a ditadura militar_pandora
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Projeto Cine Pandora - 50 anos do Golpe Militar, reflexões com a apresentação do filme "Batismo de Sangue".TRANSCRIPT
Contextualização
Ordem da Guerra Fria ou Velha Ordem
Mundial
Esgotamento do populismo: manifestações,
greves, agravamento de tensões sociais.
Modelos de desenvolvimento:
- Projeto Nacional Desenvolvimentista
- Projeto Desenvolvimentista
Projetos Aliados ideológicos da
1ºprojeto
80%
Sindicatos
Trabalhadores
Movimentos Sociais
Aliados ideológicos da 2º projeto
Classe media e alta(20%)
Os que gostam de ordem e segurança
Forças Armadas(ESG) Anti-comunistas Povo : inimigo interno
I - 1964/1969 Período da institucionalização
Castelo Branco(1964-1967)
Costa e Silva (1967-1969
II - 1969/1974 – O milagre econômico
OS ANOS DE CHUMBO
Medici 1969/1074
III - 1973/1979 - A crise: fim do milagre
Geisel (1974-1978)
IV - 1979- 1984 - Abertura e transição
Figueiredo (1979-1985)
ETAPAS DA
DITADURA MILITAR
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que
cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(4x)
Roda Viva- Chico Buarque
Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=HRFw5u5wR4c
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Pra Não Dizer Que Não Falei Das FloresGe rComposição: Geraldo Vandré aldo Vandré
Para ouvir acesse: http://www.youtube.com/watch?v=PDWuwh6edkY
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(4x)
Período de intenso crescimento econômico e de posterior endividamento.
O PIB do Brasil cresceu acima de 10% ao ano, em média, apesar da inflação, que oscilou entre 15% e 20% ao ano,
Aumento da desigualdade social e da pobreza, com cerceamento às liberdades individuais associado à repressão politica
Grande concentração de renda, com redução dos salários reais
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
1970
50% = 14,91
30% = 22,85
15% = 27,38
5% = 34,86
Supermercados Shoppings
Industria -------- mercadoria -------
consumidor
Repressão X euforia dos
consumidores
Ideologia Brasil, ame-o ou deixe-o
Ninguém segura este
país.
Brasil Ilha de tranquilidade
3ª abertura dos
portos
petrodolares
Aumento da dívida externa Construção de infra-
estrutura
Pólo químico
da Bahia Industria de
base
Grandes
projetos
Transamazônica
Rio-Niteroi
Usinas
Energia Nuclear
Ferrovia do aço
Apesar De Você
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
(Crescendo) Amanhã vai ser outro dia x
3
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão
(Coro) Apesar de você
amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se
esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
(Coro2) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa
Apesar de você
(Coro3) Apesar de você
Amanhã há de ser outro
dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de
repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você
(Coro4) Apesar de você
Amanhã há de ser outro
dia.
Você vai se dar mal, etc e
tal,
Para ouvir
acesse:http://www.youtube.com/watch?v=R7xRtSUunEY
Cálice
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
e Gilberto Gil
Pai! Afasta de mim esse
cálice
De vinho tinto de
sangue...(2x)
Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...
Pai! Afasta de mim esse
cálice
De vinho tinto de sangue...
Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
Na arquibancada
Prá a qualquer
momento
Ver emergir
O monstro da lagoa...
Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
De vinho tinto de
sangue...
De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
Pai! Afasta de mim esse
cálice
Pai! Afasta de mim esse
cálic
Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...
Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
De vinho tinto de
sangue...
De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
(Cálice!)
Essa palavra
Presa na garganta
Esse pileque
Homérico no mundo
De que adianta
Ter boa vontade
Mesmo calado o peito
Resta a cuca
Dos bêbados
Do centro da cidade...
Pai! Afasta de mim esse
cálice
Pai! Afasta de mim esse
cálice
Pai! Afasta de mim esse
cálice
De vinho tinto de sangue...
Talvez o mundo
Não seja pequeno
(Cale-se!)
Nem seja a vida
Um fato consumado
(Cale-se!)
Quero inventar
O meu próprio pecado
(Cale-se!)
Quero morrer
Do meu próprio veneno
(Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez
Tua cabeça
(Cale-se!)
Minha cabeça
Perder teu juízo
(Cale-se!)
Quero cheirar fumaça
De óleo diesel
(Cale-se!)
Me embriagar
Até que alguém me
esqueça
(Cale-se!)
Para ouvir acesse: http://www.youtube.com/watch?v=wV4vAtPn5-Q
Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...
A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil.
Meu Brasil!...
Que sonha com a volta
Do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarisses
No solo do Brasil...Mas sei,
que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança...
Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...
Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar...
Tô Voltando
Composição: Paulo César Pinheiro e
Maurício Tapajós
Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar
Porque eu tô voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador
Enche a casa de flor
Que eu tô voltando
Pega uma praia, aproveita, tá calor
Vai pegando uma cor
Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar
Que eu só quero mesmo é despentear
Quero te agarrar
Pode se preparar porque eu tô
voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som
Estréia uma camisola
Eu tô voltando
Dá folga pra empregada
Manda a criançada pra casa da avó
Que eu to voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém
chamar
Telefone não deixa nem tocar
Quero lá, lá, lá, ia, porque eu to
voltando!
Para ouvir acesse: http://www.youtube.com/watch?v=Ka_l9wyY7vU
Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa
noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas
imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria
fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava
carnaval,
Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa
noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a
cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar
Vai Passar
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque e Francis