a construção da escola pública - paulo gomes lima
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Caracterização dos avanços e impasses da escola no Brasil.TRANSCRIPT
Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
Universidade Federal da Grande Dourados
2010
Do grego Scholé – lazer/tempo livre/ócio...
Redefinição conceitual... Lugar que propicia a
construção do conhecimento historicamente
produzido...
Dissemos em aula anterior que a escola é
dualista. Como entender isso na história ???
Civilização
Força de trabalho braçal
Força de trabalho intelectual
Estado
1. Relações de poder
2. A propriedade passa a ter dono
3. Muda-se o ideal da educação.
Estado Selvagem Produção para subsistência
Meios de produção
Produção excedente
Divisão de
tarefas
Organização
do trabalho
DIVISÃO SOCIAL DE CLASSES E SURGIMENTO DA PROPRIEDADE PRIVADA
Outra tipologia de escola
Na idade antiga – Não
Na idade média – Não
Na renascença – Defensores (mas não...)
Na idade moderna – período do iluminismo... FRANÇA e
ALEMANHA – início da Educação Pública Estatal – no
entanto, sem muito interesse em atender aos filhos dos
trabalhadores (Séc. XVIII)
A educação pública começa a ser repensada a partir das
solicitações da organização social do trabalho entre modo
de produção e força de trabalho...
Formal
É a educação sistematizada, tendo a escola como instituição
responsável pelo aluno no cumprimento de suas finalidades
específicas (desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem)
por meio de currículos, metodologias e saberes pedagógicos
pertinentes.
Informal
É a educação que ocorre na família e/ou no grupo de
relacionamentos do indivíduo que não a escola, portanto, pode
apresentar caráter assistemático por não ter uma finalidade
declarada em si.
Não-
formal
É uma educação, que embora apresente fins específicos, não se
assemelha à escola formal por sua finalidade diferenciada, isto é, a
sua atenção volta-se para atividades extra-curriculares que
estimulem o desenvolvimento da criança, do adolescente, do jovem
e do adulto como por exemplo: aulas de canto, violão, marcenaria,
computação, etc. Geralmente a educação não-formal é desenvolvida
pro Organizações Não Governamentais (ONGS) e mesmo por
instituições privadas e públicas que estimulam projetos sociais com
esta perspectiva.
Teorias não-críticas – conferem poder ilusório à escola...
Teorias crítico-reprodutivistas – denunciam a impotência
da escola... Mas não apontam os encaminhamentos
necessários para sua transformação...
Teorias histórico-crítica: conhecer e agir sobre as
contradições buscando sua superação....
A escola na LDB: princípios, organização e funcionamento (LDBEN 9394/96)
Art. 3° - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Incumbências legais da Gestão Escolar – LDBEN 9394/96
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as
do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I• elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II• administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III• assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV• velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V• prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI
• articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
VII• informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos
alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
VIII
• notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei.
REFERENCIAL E ÂMBITO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA NA LDBEN 9394/96
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as
do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I
• elaborar e executar sua proposta pedagógica;
IV
• articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade
Art.14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO DOCUMENTO INCORPORADOR DE REALIDADES E
ENCAMINHAMENTOS VIDA DA ESCOLA
Freire (2001) nos deixa claro a imensa importância do P.P.P. quando este é
construído com seriedade e pautado nas realidades da escola. A educação
passa a ser vista como um direito e o destino da escola como possível de
intervenção reunindo:
Métodos, processos, técnicas de ensino, materiais didáticos, que devem estar em
coerência com os objetivos, com a opção política, com a utopia, com o sonho, de
que o projeto pedagógico está impregnado. (Freire, 2001 p.35)
“Um Projeto Político-Pedagógico corretamente construído ajuda a pensar
um processo de ensino aprendizagem com melhor qualidade e torna-se
possível de provocar mudanças.” (Veiga, 1996).