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A biossíntese de proteínas insere-se no dogma central da biologia molecular Sede da informaçã o Processo comprovado Processo não comprovado Ácido desoxirrib o-nuclêico Ácido ribonuclêic o

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Page 1: A biossíntese de proteínas insere-se no dogma central da biologia molecular Sede da informação Processo comprovado Processo não comprovado Ácido desoxirribo-

A biossíntese de proteínas insere-se no dogma central da biologia molecular

Sede da informação

Processo comprovado

Processo não comprovado

Ácido desoxirribo-nuclêico

Ácido ribonuclêic

o

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Há dois tipos: ácido ribonuclêico (RNA), formado por ribonucleotídeos

Ácido desoxirribonuclêico (DNA), formado por desoxirribonucleotídeos

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Estrutura das cinco bases encontradas nos ácidos nuclêicos, com abreviaturas e nomencla-tura

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Estrutura básica dos ácidos nuclêicos

Ao lado a estrutura do ribonucleotídeo

Adenil-3',5'-uridil-3',5'-citidil-3',5'-guanilil-3'-fosfato

Esta sequência pode ser abreviada: pUpCpGp ou apenas AUCGp

O correspondente desoxirribonucleotídeo seria: d(ATCGp)

A representação abaixo é esquemática; para representar um

desoxirribonucleotídeo basta omitir os grupos 2'-OH

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Os pares de bases de Watson-Crick

O DNA apresenta estrutura em dupla fita,

com pareamento obrigatório:

A sempre com T C sempre com G

O pareamento é antiparaleloA existência de sulcos

diferentes (maior e menor) se deve:

(1) Às diferentes estruturas das bordas superior e

inferior das bases

(2) À assimetria dos resíduos de desoxirribose

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Watson e Crick também propuseram uma disposição em

hélice (parafuso) das duas fitas

complementares

A estrutura ao lado corresponde ao que hoje se chama de

hélice B do dodecâmero auto-

complementar

d(CGCGAATTCGCG) Atenção para os sulcos maior e menor ao longo

da hélice

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Somente as bases dos pares de Watson-Crick tem alta afinidade mútua; isto foi demonstrado em

experimentos como os que estão ilustrados abaixo:

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Em termos quantitativos:

B1 + B2 B11B2

Os valores de K quando B1 e B2 são A-U ou C-G são altos; mas, são baixos quando se

trata de A-A, C-C, U-U, A-C, etc.

]B][B[]BB[

K21

21

O pareamento entre as bases de duas cadeias diferentes (fitas) é a regra no DNA

O RNA em geral se apresenta como uma fita única que pode apresentar diveras regiões com pareamento

intracadeia de acordo com as mesmas regras, i.e., A-U e G-C

Pareamento intracadeia também pode surgir no DNA em consequência de certas manipulações

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O desnaturamento do DNA implica na perda da estrutura da dupla

hélice e na separação das cadeias que adquirem uma configuração

randômica

Este processo é similar ao que ocorre com as proteínas

O desnaturamento do DNA ou RNA pelo calor costuma ser chamado

de "fusão"

A temperatura na qual 50% do DNA se apresenta na forma desnaturada

recebe a denominação de Tm

Quando o DNA desnaturado pelo calor é resfriado lentamente ele

costuma readquirir sua configuração nativa, i.e., dupla hélice com pareamento intermolecular

Se o resfriamento for crusco, o pareamento é imperfeito, parte

intermolecular e parte intramolecular

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O efeito hipercrômico é utilizado para medir

espectrofotometricamente a "fusão" do DNA

Há uma relação linear entre o valor de Tm e o teor em guanina +

citosina no DNA

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A citosina no DNA desamina

espontaneamente originando uracila

Esta reação é potencialmente

mutagênica porque a citosina pareia com a

guanina, mas a uracila com a adenina

Na hora da replicação ou transcrição, ocorreria um erro!

Para evitar o erro, existe um sistema de reparo, que substitui a uracila por uma citosina (uracil DNA-

glicosidase)

O grupo metila que distingue a timina da uracila é um sinal de reconhecimento; sem este sinal seria

impossível distinguir a uracila corretamente presente da uracila resultante da desaminação da citosina.

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A hidrólise básica depende de uma desprotonização do

grupo 2'-OH da ribose, com formação de um composto

cíclico intermediário

A falta da hidroxila 2' na deoxirribose torna o DNA muito mais resistente à

hidrólise em meio aquoso

Este é o provável motivo pelo qual o DNA e não o RNA

evoluiu como arquivo genético celular

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A modificação mais comum é a metilação

Também o RNA tem muitas bases modificadas

As bases modificadas pareiam da mesma forma que as bases originais

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Organismo .

Número de pares de bases

(kb)

Contorno (m)

Virus: Polioma, V40 Bacteriófago Bacteriófagos T2, T4, T6

. 5,1 48,6

166

. 1,7 17 55

Bactérias: Mycoplasma hominis Eschericchia coli

. 760

4.000

.

260

1.360Eucariotos (em número haplóide de cromossomos): Levedura Drosófila Humanos Peixe pulmonado

.. . 13.500 165.000 2.900.000 102.000.000

. .

4.600

56.000 990.000 34.700.000

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É a forma mais comum de DNA

A hélice é dextrógira

Inclinação dos pares de bases em relação ao plano perpendicular ao eixo: 1o

Progressão por par de bases: 3.4 Å

Vista transversal

Os oxigênios dos anéis de desoxirribose estão em vermelho

O par de bases mais próximo está em branco

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A hélice é dextrógira

Inclinação dos pares de bases em relação ao plano perpendicular ao eixo: 19o

Progressão por par de bases: 2.3 Å

Ocorrência: formas bifilamentares do RNA e nos híbridos DNA-RNA

Vista transversal No DNA-A o C3 da desoxirribose está fora do plano

No DNA-B o C2 está fora do plano

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A hélice é sinistrógira

Progressão por par de bases: 3.8 Å

A forma B se transforma em Z quando as bases sofrem uma rotação de 180o

Vista transversal

Os oxigênios dos anéis de desoxirribose estão em vermelho

O par de bases mais próximo está em branco

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A replicação semi-conserva-tiva foi provada em experimentos nos quais o DNA de Eschericchia coli foi inicial-mente marcado com 15N, mais pesado; nas gerações sucessoras, cultivadas sem 15N, formaram-se DNAs híbri-dos, que não se formariam se a replicação não fosse semi-conservativa

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Todas as DNA polimerases operam na direção 5' 3' a partir de um molde antiparalelo

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A replicação semi-conservativa se dá a

partir de forquilhas de replicação

Auto-radiografias obtidas com [3H]timidina revelam a estrutura

(olho de replicação)

Diferenciação auto-radiográfica da

replicação unidirecional e bidirecional do DNA

Após marcação fraca com [3H]timidina, uma suspensão de E. coli recebe um pulso de

grande quantidade de [3H]timidina. Alguns

segundos após isola-se o DNA para fazer

autorradiografia. Espera-se padrões diferentes para cada

tipo de replicação

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Todas as DNA polimerases conhecidas são capazes de estender fitas de DNA apenas na direção 5' 3'

Como, então, se dá a síntese na direção 3' 5' da forquilha de replicação?

O que ocorre é uma replicação descontínua numa direção e contínua na outra; os fragmentos (de Okasaki) são unidos mais

tarde por uma ligase

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Todas as DNA polimerases

precisam de um grupo 3'-OH

para estender a cadeia de DNA

Como, então, se inicia a síntese de

DNA?Uma enzima

chamada primase

(insensível à rifampicina) sintetiza um

PRIMER de RNA tanto na fita

lider como nos fragmentos de

Okasaki

Uma RNA polimerase pode sintetizar também um primer da fita líder

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Os tetrâmeros da proteína DnaA ligam a cada um dos

9 pb repetidos no oriC

Provável sequência de eventos durante a iniciação da replica-ção em E. coli na

região oriC

Moléculas adicionais de DnaA ligam para formar

uma espécie de nucleossomo

As três regiões de 13 pb ricas em A-T são então

"fundidas"A proteína DnaB separa-se do complexo DnaB-DnaC e entra na região em fusão e

a atividade helicase da DnaB mantém a

conformação randômica

A proteína SSB liga para estabilizar as fitas

separadas

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Represen-tação do conjunto replissom

o em cada

forquilha de

replicação

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PROTEÍNA FUNÇÃODNA girase Desespiraliza o DNA

SSB Ligação e estabilização da fita simples do DNADnaA Fator de iniciaçãoHU Ligação e estabilização do DNA (semelhante a histonas)

PriA Montagem do primosso, 3'5' helicase

PriB Montagem do primossomoPriC Montagem do primossomoDnaB 3'5' helicase (desespiraliza o DNA)DnaC Chaperona DnaBDnaT Auxilia o DnaC na liberação do DnaB

Primase (iniciase) Síntese do primer de RNADNA polimerase III Elongação (síntese propriamente dita do DNA)DNA polimerase I Elimina o primer de RNA, preenchendo com DNA

DNA ligase Liga covalentemente os fragmentos de OkazakiTer Término

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DNA-polimerases dirigidas por RNA ocorrem em vírus

(transcriptase reversa)

RNA-polimerases dirigidas por RNA ocorrem em vírus

e plantas

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SUB-UNIDADE

NÚMERO MASSA(kd)

FUNÇÃO

2 37 Incerta 1 151 Forma ligações fosfodiester' 1 155 Liga o molde de DNA 1 50 Reconhece o promotor e inicia a síntese

A enzima de E. coli é complexa (450 kd)

Ela executa várias funções:

1. Procura por sítios de iniciação (sítios promotores) no DNA

2. Desespiraliza um curto trecho da dupla hélice do DNA para liberar um molde de fita única

3. Seleciona o ribonucleosídeo fosfato correto e catalisa a formação de uma ligação fosfodiester; este processo é repetido muitas vezes à medida que a enzima se move ao longo do DNA

4. Detecta sinais de terminação

5. Interage com ativadores e repressores que modulam a velocidade da transcrição