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Saúde Financeira Orçamento: a base para a

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Saúde Financeira

Orçamento:a base para a

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Sendo a ArcelorMittal Tubarão uma empresa de risco 04, com efetivo direto de 5.500 empregados, é importante investir na Saúde Integral.

Pensando assim, a empresa mantém o Programa Perspectiva para Gestão Orçamentária, PGO, desde 1995, por considerar que a saúde financeira é um dos pilares na manutenção da qualidade de vida de seus empregados e ajuda a compreender que a relação com o dinheiro pode vir a ser uma fonte geradora de estresse. Portanto, a Prevenção é a palavra chave.

O trabalho é desenvolvido através de 2 módulos:

O primeiro módulo é um treinamento de caráter Preventivo, com 8 horas de duração, envolvendo empregados e familiares; ministrado por uma assistente social e um economista, com utilização de recursos audiovisuais e

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dinâmicas de grupo. A aferição de resultados é obtida, através de avaliação formal – ao término de cada evento.

Nesse módulo, focamos a economia comportamental como uma tentativa de incorporar ideias básicas da psicologia, ao mundo exato e numérico.

O enfoque utilizado contempla o orçamento basicamente na tríade: Renda, Afeto e Prazer: ou seja, não existe gasto sem carga afetiva.

- Renda: o tempo e o dinheiro, o papel e a moeda.

- Afeto: as relações afetivas com nossos filhos, pais e cônjuges que influenciam em nosso “sim” e/ou “não”, nas nossas emoções e impulsos de compra, na nossa culpa ou convicções de nossos limites e possibilidades.

- Prazer: no sentido de prover nossas necessidades de satisfação, lazer, viagens, um bom jantar, enfim, aquilo que em nossa sociedade muitas vezes é considerado supérfluo, mas que acrescenta colorido, entusiasmos e propicia também uma razão de ser, de se trabalhar não apenas pela renda.

Aprender a lidar com as emoções e com sentimentos ligados ao dinheiro – medo, raiva, inveja, escassez, culpa – é indispensável para uma vida saudável, pois entendemos que dinheiro é um meio e não um fim em si próprio.

O módulo preventivo tem proporcionado o crescimento e o amadurecimento dos participantes, no entendimento de que o grande responsável pelas consequências do uso do dinheiro é o próprio indivíduo.

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O segundo módulo com caráter Curativo é o acompanhamento mensal de empregado/cônjuge feito por um Consultor Financeiro Pessoal, visando à reestruturação do orçamento familiar.

A assistência individualizada com suporte de profissional especializado em consultoria financeira tem proporcionado maior eficácia na reorganização das famílias que têm dificuldades.

Visa despertar nos empregados a ideia de que fazer um orçamento envolve uma série de aspectos importantes, como: a relação do indivíduo com o dinheiro, o reflexo em sua família e/ou grupo em que está inserido, e como isso está diretamente ligado ao seu desenvolvimento de valores e crenças. Ou seja, não é só uma questão de matemática contábil, encontra-se intrínseca a importância da relação do casal e de como cada um lida com o dinheiro.

Por isso, a extensão do Programa para participação do cônjuge tem consequência salutar nas relações familiares, visto que, vários dos problemas tem como pano de fundo as dificuldades financeiras.

A eficácia dos resultados vem reafirmando a manutenção do Programa na busca de mudanças de comportamentos frente ao dinheiro, por tratar-se de processo individual, lento. Entretanto, quando ocorre, passa a ser um valor imensurável, à medida que traz benefícios do ponto de vista pessoal, familiar e consequentemente para a Empresa.

Todos nós desejamos ter uma boa saúde tanto física quanto financeira.

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A saúde física passa necessariamente por uma alimentação saudável e equilibrada associada à prática esportiva. Mas, será que somente a saúde física é capaz de tornar a nossa vida familiar e profissional feliz?

Certamente é importante, mas se não tivermos uma boa saúde financeira, sem dúvida em pouco tempo a saúde física ficará comprometida.

Mas o que é ter uma boa saúde financeira?

Significa saber administrar as suas finanças, isto é, saber quanto recebe de renda e, PRINCIPALMENTE, para onde está indo o seu dinheiro. Como diz G.K Chestertor “Há duas maneiras de conseguir o suficiente: uma é ganhar mais. A outra é gastar menos”.

Todos que recebem qualquer tipo de renda sabem a sua origem, ou seja: quem paga, quanto paga e quando paga. Mas sabe como essa renda é gasta?

Uma boa saúde financeira começa por saber onde está sendo gasta a sua renda e para tanto você tem que fazer a seguinte pergunta:

“Como eu e a minha família estamos gastando o nosso dinheiro?”.

Então, comece respondendo a essa pergunta junto com sua família.

Acrescenta, ainda, outra reflexão que também deve ser feita: “Já percebeu que você recebe renda (salário, pensão, aposentadoria, etc) em 13 dias do ano e gasta em 365 dias?”.

Desse fato, pode surgir um grande potencial para o desequilíbrio financeiro.

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Daí a importância de iniciar imediatamente o seu planejamento financeiro, que deverá servir de base para a elaboração do seu orçamento familiar.

Para ajudar na reflexão das perguntas anteriores, é importante conhecer a origem da palavra ECONOMIA:

A palavra ECONOMIA é de origem grega e significa “administração da casa”. Perceberam? Economia tem origem na nossa casa.

Mas o que é administrar a economia na nossa casa?

Administrar a nossa economia passa necessariamente por saber a origem dos nossos ganhos, isso todos sabemos, mas o mais importante é saber “como estamos gastando o nosso dinheiro?”.

Outra questão importante: os nossos recursos financeiros são finitos e as nossas necessidades são infinitas, crescentes, logo precisamos ajustar os recursos às necessidades, priorizando aquelas que não se podem abrir mão, como, por exemplo, despesas com a moradia e a alimentação. Por falar em moradia e alimentação, somente estes dois itens são responsáveis por cerca de 55% da renda de uma família de classe média.

Já que estamos falando muito em dinheiro, será que sabemos a sua importância nas relações familiares e no trabalho?

1º o dinheiro é importante na nossa vida, pois permite satisfazer as nossas necessidades e realizar alguns sonhos;

2º o dinheiro é o principal combustível do sistema capitalista e tudo gira em torno dele;

3º tem uma grande importância nas relações familiares e no ambiente de trabalho.

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A falta do dinheiro na família causa brigas, desavenças, tensões, acusações mútuas, doenças e até mesmo a desestruturação familiar.

No trabalho, as consequências também são sérias, pois causam baixa produtividade, baixa autoestima, desatenção e podem mesmo levar a perda do emprego.

Assim, é muito importante buscar uma sólida relação com o dinheiro e, para tanto, ter sempre em mente as relações do dinheiro na vida familiar e empresarial, pois “não depende de quanto você ganha, mas como você gasta o que ganha”.

Uma boa educação financeira começa, então, por administrar, com muito mais rigor, a utilização do dinheiro.

É simples, mas tem que ser um compromisso de TODA FAMÍLIA.

Mas como implantar o Planejamento Financeiro na administração da sua casa?

O Planejamento Financeiro tem início com o estabelecimento de METAS, no curto, médio e longo prazos e, para tanto a participação de toda a família é importante, até porque cada um tem suas necessidades, desejos e sonhos.

Já que abordamos necessidades, desejos e sonhos, é importante entender a diferença básica entre eles.

Necessidade é algo indispensável, isto é, prioritário, como as despesas com moradia, alimentação e saúde, por exemplo.

Desejos e sonhos devem e podem ser realizados, mas depois das necessidades serem plenamente atendidas.

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Sumário

Orçamento doméstico ________________________ 8

Rotina para elaboração do orçamento _________ 10

Benefícios do orçamento doméstico __________ 13

Indo às compras ___________________________ 18

Preparando-se para as compras do dia a dia ___ 22

Compras de bens duráveis e de alto valor _____ 24

Gastos imperceptíveis ______________________ 26

Quando tomar crédito? _____________________ 29

Dívidas? __________________________________ 31

Sobrou dinheiro? ___________________________ 34

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Orçamento doméstico

Governos e empresas elaboram anualmente os seus orçamentos, estimando, mês a mês, suas receitas e despesas. As receitas do governo vêm dos impostos que pagamos e das empresas da venda dos seus produtos e serviços.

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Governos e empresas que não elaboram um bom orçamento não conseguem crescer e estão quase sempre endividados, precisando recorrer a empréstimos financeiros.

Se tanto os governos quanto as empresas fazem seus respectivos orçamentos, a partir do planejamento das estimativas das receitas e despesas, também é necessário que as famílias priorizem o seu planejamento financeiro, concretizando o mesmo no Orçamento Familiar. Porém, em muitas famílias, essa prática não é utilizada e, somente quando percebem que o salário acabou antes do mês, sentem a falta de não ter realizado o planejamento financeiro, principalmente com relação às suas despesas.

As consequências mais comuns são: não pagar integralmente a fatura do cartão de crédito, utilizar com frequência o limite do cheque especial, atrasar prestações, ficar fugindo dos credores e tudo isto incorrendo em pagamento de elevados juros bancários, fazendo com que a sua dívida aumente mês a mês.

Um orçamento bem planejado permite, entre outras coisas:

Planejar o que vamos precisar gastar. O quanto já gastamos até o momento. Quanto dinheiro temos ainda no mês. Se podemos gastar mais ou se devemos poupar. Como programar uma poupança.

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Rotina para elaboração do orçamento

Fazer o orçamento de uma família é relativamente simples e, como já destacada, a participação de toda a família é fundamental. Para tanto, é preciso muito diálogo, organização, disciplina, persistência e paciência.

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1. Antes de dar início efetivamente à elaboração do orçamento, é desejável designar um dos membros da família para ser o responsável pela execução e controle. A pessoa designada deve ser rigorosa na administração do dinheiro e muitas vezes terá que dizer NÃO para alguns gastos que não foram previstos. Ela será a guardiã do cofre.

2. Relacionar todos os seus ganhos (salário líquido e trabalhos extras, como bicos, pensões, etc.).

3. Relacionar todos os seus gastos ao longo do mês, separando as despesas fixas das variáveis.

As DESPESAS FIXAS são aquelas que ocorrem todos os meses, independentemente do seu valor, por exemplo: aluguel ou prestação da casa, condomínio, contas de luz, supermercado, internet, mensalidade escolar, etc.

As DESPESAS VARIÁVEIS não ocorrem todos os meses, mas em datas preestabelecidas e podemos citar, como exemplo: as festas de aniversário, casamento, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Páscoa, Natal e pagamento de alguns impostos (IPTU, IPVA), matrícula nos inícios dos semestres escolares, entre outras.

Para algumas das despesas variáveis, estime um valor, por exemplo, para presentear um filho, a esposa ou esposo, um parente...

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4. Uma boa dica para organizar suas despesas é separá-las por grupos: moradia, alimentação, transporte, educação, saúde, lazer, cuidados pessoais e despesas financeiras.

5. Some todos os ganhos e subtraia todas as despesas. Veja o saldo.

O ideal é que exista um equilíbrio entre os ganhos e os gastos.

GANHOS – GASTOS = SALDO

Como toda família participou da elaboração do orçamento, é interessante afixar na parede, num lugar bem visível, a respectiva planilha para que todos possam vez por outra olhar os números. Igualmente importante é designar alguém da família para que possa ser o gestor do orçamento, preferencialmente aquele mais econômico.

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Benefícios do orçamento doméstico

São múltiplos os benefícios do orçamento doméstico, mas destacamos os mais relevantes.

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1. Permitir a comparação dos seus gastos, isto é, do seu padrão de consumo, comparando o planejado versus o realizado no curto, médio e longo prazos;

2. Contribuir para realizar escolhas e garantir que não irão comprometer a sua saúde financeira. Por exemplo, você vai se questionar: “Até que ponto posso trocar de carro, sem gerar problemas financeiros?”.

3. Permitir que você possa realizar alguns dos seus sonhos, mas para tanto é muito importante estabelecer METAS.

4. Poder dormir com tranquilidade, sabendo que todos os seus compromissos financeiros estão sendo pagos em dia.

Existem muitas planilhas de Orçamento Doméstico e também aplicativos para tablets e celulares, mas o ideal é que cada família crie a sua planilha, que é uma forma democrática e participativa na construção das fontes de receita e as despesas.

A seguir, sugerimos um modelo bastante simples, mas que permite ser um ponto para se construir planilhas específicas para cada família.

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Modelo de planilha para orçamento doméstico

ReCeitas eNtRaDas

Salários

Outros Ganhos

Total de Receitas

DesPesas Fixas saíDas

Aluguel ou Prestação da Casa

Condomínio

Luz

Água

Telefone

Internet

Alimentação

Mensalidade Escolar

Material Escolar

Plano de Saúde

Transporte

Combustível Veículo

tOtal DesPesas Fixas

DesPesas VaRiáVeis

IPTU

IPVA

Presentes para Festas

Lazer

Outros

tOtal DesPesas VaRiáVeis

tOtal GeRal (ReCeitas - DesPesas Fixas - DesPesas VaRiáVeis)

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A execução do orçamento pode apresentar 3 situações distintas:

1. as receitas são superiores aos gastos. Isso permite que você possa fazer alguma reserva, aplicando este recurso no mercado financeiro ou realizando algum sonho.

2. as receitas são iguais aos gastos. Esta situação mostra que o seu orçamento está equilibrado, entretanto, não está permitindo fazer qualquer tipo de reserva. Se você se encontra nesta situação é muito importante tomar algumas medidas:

a. pesquisar os melhores preços;

b. eliminar qualquer desperdício;

c. comparar produtos, aproveitando as promoções;

d. evitar crediários, evitar o cheque especial, deixar o cartão de crédito em casa e só utilizar o cartão de débito;

e. fazer questão do troco;

f. não contratar um serviço, sem antes negociar o preço.

3. as receitas são inferiores aos gastos. É uma situação que preocupa e que vai necessitar de um grande esforço de todos e tomar uma série de medidas:

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a. reduzir as despesas e/ou aumentar as receitas;

b. anotar todas as despesas por menores que sejam;

c. evitar comparações com outras pessoas (parentes, amigos, colegas de trabalho);

d. concentrar suas despesas naquilo que é NECESSÁRIO, assim mesmo pesquisando preços, aproveitando as promoções e evitando desperdício.

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Indo às compras Antes de ir às compras, é interessante ajustar as suas despesas, obedecendo aos seguintes percentuais:

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a. 30% para habitação;

b. 25% para alimentação;

c. 12% para saúde e cuidados pessoais;

d. 8% para educação e cultura;

e. 5% para vestuário;

f. 5% para despesas diversas.

Também, antes de comprar, é desejável fazer o planejamento, procurando responder as seguintes perguntas:

a. O QUE COMPRAR?

b. ONDE COMPRAR?

c. COMO COMPRAR? À VISTA, PARCELADO NO CARTÃO DE CRÉDITO, CREDIÁRIO?

d. QUANDO COMPRAR?

Faça sempre essas 3 perguntas:

a. ESTOU PRECISANDO?

b. TEM QUE SER AGORA?

c. TENHO DINHEIRO?

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Caso a resposta a alguma dessas perguntas seja NÃO, adie a compra e espere o melhor momento.

Para as compras À VISTA, negocie sempre um bom DESCONTO.

Para as compras, utilizando o CARTÃO DE CRÉDITO, verifique antes quanto você já está comprometido com as compras anteriores para não ser surpreendido por uma próxima fatura acima da sua capacidade de pagamento. Você pode ver a sua dívida, consultando a fatura do seu cartão de crédito.

Tão importante quanto consultar a sua dívida é QUITAR INTEGRALMENTE a fatura do cartão na data do vencimento, que deve ser escolhida para o dia mais conveniente para você.

Para os crediários, é importante determinar o número de prestações, a taxa de juros e ter a certeza de que o valor da prestação de hoje vai caber no orçamento dos próximos meses.

Caso você realize a compra, utilizando o CHEQUE PRÉ-DATADO, saiba que isso obrigará você a ter um maior rigor no controle do seu saldo bancário e a adotar as seguintes providências:

a. anotar no canhoto do talonário de cheques o valor da despesa e a data de vencimento;

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b. anotar na sua planilha de contas a pagar o nome do credor, o valor, a data de vencimento e o telefone de contato. Caso no dia anterior à data do vencimento do cheque você não tiver saldo suficiente, ligue para o credor e negocie um novo prazo para que ele possa depositar o cheque.

Durante as compras, é preciso muita atenção para não se deixar levar pelo vendedor, assim, muita comunicação - muita conversa - dá espaço ao vendedor, mas se formos monossilábicos o vendedor perceberá essa sintonia interpessoal. Muita conversa faz com que o vendedor se torne mais falante e muitas vezes dificulte a nossa recusa. Não demonstre que você gostou muito do produto; exercite seu lado racional e deixe a emoção para quando chegar em casa. Se o vendedor perceber seu lado emocional, certamente você acabará comprando; assim sendo, controle os seus impulsos e deixe para tomar a decisão da compra fora do estabelecimento comercial; peça para reservar o produto e volte mais tarde com a decisão já tomada.

Negocie sempre, principalmente para pagamento À VISTA. Se você já é cliente da loja, mostre a sua fidelidade, não se apresse, peça para falar com o gerente.

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Preparando-se para as compras do dia a dia

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Planeje antecipadamente o que vai comprar.

Faça uma lista.

Estabeleça limites - veja os percentuais.

Compre aquilo que é realmente NECESSÁRIO, não compre por impulso.

Faça sempre uma pesquisa de preços.

Ao receber o produto, verifique se o que comprou é o que consta da nota fiscal.

Confira o preço da nota fiscal com o preço constante do produto, pois algumas vezes há diferenças, principalmente produtos de supermercados.

Nas compras em supermercados, estabeleça um limite de quanto poderá gastar, aproveite as promoções e faça um pequeno estoque dos produtos que não estragam (óleo, produtos de higiene, etc). Não vá com fome, não leve crianças, despreze as marcas mais caras, compre as frutas da estação, entre outras coisas.

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Compras de bens duráveis e de alto valor

Normalmente, as compras de BENS DURÁVEIS - eletrodomésticos, veículos, casas e apartamentos, vão exigir um maior rigor no planejamento, pois são compras que normalmente realizamos, tomando crédito no médio e longo prazos.

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A compra de um imóvel se faz em financiamentos de longo prazo – de 15 a 30 anos, de veículos de 24 a 48 meses, eletrodomésticos em 12 meses. Assim, quanto maior o prazo de financiamento, mais se deve dar atenção ao planejamento e que tais aquisições se façam com a concordância de toda a família.

Dessa forma, faça uma relação dessas compras, seguindo o seguinte roteiro:

a. Relacione todos os bens;

b. Estime o custo de cada um;

c. Defina os prazos que você deseja realizar cada um;

d. Estabeleça prioridades.

Importante destacar que quanto maior o prazo de financiamento, mais rigoroso deve ser o planejamento e lembrar que a razão deve prevalecer sobre a emoção. Por exemplo, na compra de um imóvel a ser financiado em 30 anos, analise com cuidado, procurando verificar se o valor das prestações cabe efetivamente dentro do seu orçamento, sem ter que sacrificar muito a sua vida, se as formas de reajuste obedecem aos mesmos índices do reajuste da sua renda, se você já tem uma relativa estabilidade no emprego (venceu o período probatório) e se eventualmente existem alguns pagamentos intermediários. Assim, seja PRUDENTE, CAUTELOSO. É preferível adiar a realização do “sonho da casa própria”, do que comprometer a saúde financeira da sua família.

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Gastos imperceptíveis

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Imaginem um reservatório de dinheiro, com 13 torneiras jorrando dinheiro dentro dele, sendo que cada uma das torneiras representa o salário mensal do trabalhador. No fundo dessa caixa de dinheiro, há 365 orifícios, por onde vazam esses recursos e que representam os dias do ano. Assim, podemos concluir que “recebemos dinheiro em 13 dias e gastamos esse mesmo dinheiro em 365 dias”.

Todos que recebem renda (salários, aposentadorias, pensões) sabem da sua origem, do seu valor e quando esse recurso cai no seu reservatório financeiro, mas, será que conhecem por onde esse mesmo recurso está vazando?

Lembramos que é sempre importante não deixarmos secar essa caixa financeira.

Conhecemos muitos daqueles orifícios, por exemplo, os referentes ao pagamento do aluguel ou prestação da casa, das contas de luz, telefone, celular, água, supermercado, escola dos filhos e alguns outros. Certamente, muitos vazamentos são imperceptíveis e por menor que sejam poderiam ser evitados na sua maioria.

Como podemos identificar esses gastos imperceptíveis?

Façamos a seguinte experiência, durante uma semana: ao sair de casa para o trabalho, vamos contar quanto de dinheiro estamos carregando nos bolsos. Ao chegar em casa, após a jornada de trabalho, voltamos a contar com quanto de dinheiro

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retornamos para casa. Possivelmente, será um valor menor do que aquele inicial. Será que sabemos o destino de todo aquele dinheiro? Com certeza, de alguns gastos iremos nos lembrar, mas não de todos.

Vamos supor que na nossa contabilidade diária verificamos que estão faltando R$ 5,00 daquele dinheiro com que saímos de casa para o trabalho. A princípio, pode parecer uma quantia insignificante, mas imaginemos que esse fato se repita pelos 20 dias de trabalho no mês (nos finais de semana esse valor é ainda maior). Ao final do mês, não percebemos onde gastamos os R$ 100,00. Num ano, esse R$100,00/mês se transformariam em pouco mais de R$ 1.200,00 e que certamente poderiam ser melhor utilizados.

Esse é o ponto crucial para identificarmos os gastos imperceptíveis, que variam de pessoa para pessoa, mas podemos perceber alguns deles no nosso dia-a-dia: um cafezinho após o almoço, o troco, flanelinha, o pão na chapa, a rifa na empresa e muitos outros.

Portanto, é importante que identifiquemos com muito rigor o que poderíamos deixar de gastar diariamente, lembrando que uma boa saúde financeira começa, principalmente, por saber para onde está indo o nosso dinheiro e, para tanto, precisamos anotar todos os nossos gastos, por menores que sejam. Se assim procedermos, teremos uma boa saúde financeira, sem dívidas e preocupações.

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Quando tomar crédito?

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Poder tomar crédito é muito importante na sua vida financeira, entretanto o mau uso dele, certamente, trará muitas dores de cabeça para você e sua família.

O crédito permite adquirir alguns bens, que não seriam possíveis de serem adquiridos com pagamento à vista, por exemplo: a compra de um eletrodoméstico, de um carro, de um apartamento, etc.

Para tanto, antes de tomar o crédito, é importante fazer um planejamento dos seus gastos, de modo a verificar se o pagamento das prestações poderá ser assumido sem causar problemas futuros. Esse planejamento torna-se mais importante, na medida em que os valores a serem financiados são de alto valor ou com prazos muito longos, por exemplo: o financiamento de um imóvel ou mesmo de um carro.

Além desse planejamento, é desejável pesquisar as linhas alternativas de financiamento do crédito. Muitas vezes uma pequena diferença nas taxas de juros, de um banco para o outro, permitirá uma boa economia. Também não deve assinar qualquer contrato de financiamento sem ler, com muito cuidado, as cláusulas do contrato, principalmente aquelas que tratam das correções das prestações e das penalidades quanto a eventuais atrasos. Caso tenha alguma dúvida, peça a orientação de alguma pessoa que possa dirimi-la e só tome a decisão, quando tudo estiver bem esclarecido.

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Dívidas?As facilidades de crédito, as promoções, as publicidades, o convívio com familiares e amigos são algumas das causas responsáveis pelos endividamentos das famílias.

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As estatísticas mostram, por exemplo, que o CARTÃO DE CRÉDITO chega a ser responsável por mais ou menos 75% das causas do endividamento familiar.

Quando se compra com o cartão de crédito e não se paga integralmente a fatura no seu vencimento, a do mês seguinte vem com novas compras, as que foram realizadas de forma parcelada e os juros, que são os maiores do mercado. Por exemplo, uma compra de R$ 1.000,00 e não paga no vencimento, em 6 meses essa dívida já chega a quase R$ 2.700,00, e num ano pouco mais de R$ 7.200,00, e em 2 anos R$ 53.000,00. Então, MUITO CUIDADO!

Caso esteja endividado, a primeira providência é, COM TODA A FAMÍLIA, analisar as causas desse endividamento, fazendo as seguintes perguntas:

a. Algum imprevisto?

b. Perdi o emprego?

c. Problemas de saúde na família?

d. Gastei sem pensar no futuro?

e. Sou um consumista COMPULSIVO?

f. Não sei dizer NÃO?

g. Desejo ostentar?

h. Uso indevido do CARTÃO DE CRÉDITO?

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Como então sair das dívidas? O primeiro passo já foi dado, a partir de se conhecer as razões que levaram ao endividamento e, obviamente, ajustar o seu orçamento para que possa, gradativamente, ir pagando os seus credores.

Para uma boa gestão das dívidas, faça uma planilha, conforme abaixo.

Credor inicial N° Prest. Val Prest. Nº Pagas tx Juros

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Sobrou dinheiro?Na medida em que você vem administrando o seu dinheiro, com segurança, seguindo à risca o orçamento que elaborou com os seus familiares, é o momento de pensar em realizar algum tipo de reserva financeira, isto é, poupar para que possa ter uma relativa segurança, quanto a algum imprevisto ou

mesmo realizar alguns sonhos, como, por exemplo, a reforma da casa, a troca do carro ou mesmo uma viagem de férias.

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Mas onde investir?

Essa pergunta depende do perfil de cada investidor; uns são mais cautelosos, outros mais arrojados, outros conservadores.

Não é recomendável você entrar em investimentos de alto risco, se você é cauteloso ou mesmo conservador. É preferível aplicações em Renda Fixa, com títulos pré-fixados, onde os rendimentos são combinados no momento da compra.

Outra alternativa é com títulos pós-fixados, cuja remuneração obedece às taxas de juros diárias e que normalmente seguem igual à dos títulos do Governo.

Investimentos em renda variável são aplicações em ações, cuja remuneração depende do valor das ações num mercado bastante volátil.

Outro tipo de aplicação é a Caderneta de Poupança, cuja remuneração obedece a uma taxa pré-fixada pelo governo – cerca de 0,5% ao mês – mais uma remuneração pós-fixada. – TR – Taxa Referencial. Uma das vantagens da Caderneta de Poupança é não ter limites para depósitos e saques, e não incidir Imposto de Renda.

A melhor recomendação é você conversar com o gerente do seu banco para que ele possa orientá-lo nos melhores investimentos, considerando as suas reservas e o seu perfil.

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Qual o seu Perfil de Consumo?

Qual é o seu perfil financeiro? Faça o teste e descubra!

Desorganizado, comedido financeiramente ou empreendedor? Em qual desses perfis você se encaixa atualmente?

Fazer uma avaliação periódica da sua saúde financeira pode auxiliar a identificar gargalos e oportunidades. Você sabe em qual situação financeira você se encontra atualmente e como pode fazer para melhorá-la? Faça o teste e avalie se, atualmente, você está desorganizado, comedido financeiramente ou na posição de empreendedor. (Baseado no teste criado por Reinaldo Domingos, do portal Infomoney)

1. A sua renda mensal é suficiente para sanar todos os seus custos?

a. Pago todas as minhas contas em dia e ainda consigo poupar uma porcentagem.

b. Consigo pagar todas as minhas contas, mas não consigo guardar nenhum dinheiro.

c. Minha renda não é suficiente para pagar todas as contas, por isso sempre uso o cheque especial e/ou cartão de crédito ou peço dinheiro emprestado para amigos e familiares.

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2. Quando você decide fazer uma compra, como ela acontece?

a. Faço uma poupança ou um planejamento financeiro, previamente, de modo a investir o dinheiro e poder fazer a compra à vista.

b. Compro em muitas parcelas, mas todas elas são compatíveis com meu orçamento mensal.

c. Compro o bem que necessito e vou pagando do jeito que dá.

3. Você consegue pagar as suas contas em dia?

a. Pago à vista, em dia, e às vezes pago adiantado para conseguir reduções no valor.

b. Consigo arcar com meus compromissos financeiros em dia, mas preciso dividir em parcelas menores e pagar com mais prazo.

c. Não consigo pagar todas as minhas contas no vencimento e por isso uso o cartão de crédito, cheque especial e outras linhas de crédito para arcar com todo o meu gasto mensal.

4. Se acontecesse um imprevisto e sua fonte atual de renda deixasse de existir, por quanto tempo você conseguiria se manter no atual padrão de vida?

a. Conseguiria manter o padrão de vida atual por mais 15 anos.

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b. Conseguiria manter o padrão de vida atual por mais 1 ano, no máximo.

c. Não conseguiria manter o padrão de vida por mais nenhum mês.

5. Como você planeja a sua aposentadoria?

a. Contratei planos de previdência privada para garantir a minha independência financeira, mesmo na velhice.

b. Não consigo poupar um valor extra para previdência privada, mas contribuo regularmente para a previdência social.

c. Não tenho planos de aposentadoria.

6. Você possui um controle de ganhos e gastos pessoais e familiares?

a. Sim, faço o controle diariamente de gastos e, frequentemente, faço estudos comparativos entre o previsto e o realizado.

b. Sim, faço o registro de tudo o que ganho e gasto, mas não faço previsões, nem análises profundas.

c. Não possuo um orçamento, nem controle financeiro.

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7. Se você fosse surpreendido por uma situação que alterasse a sua realidade financeira, o que você faria?

a. Revisaria o planejamento financeiro, avaliando investimentos, dívidas, ganhos e gastos para estudar o que precisa ser mudado e quais as possibilidades de recuperação do padrão de vida anterior.

b. Cortaria gastos supérfluos e despesas não essenciais.

c. Ficaria totalmente sem saída e não saberia o que fazer.

8. Como você realiza seus investimentos?

a. Poupo 10% ou mais do que ganho e aplico em linhas de investimento variadas.

b. O pouco que sobra coloco na poupança.

c. Não faço investimentos, pois nunca sobra dinheiro.

9. Você faz planejamentos de curto, médio e longo prazos?

a. Sim, tenho sonhos para cada um desses prazos, quanto custam e sei o quanto tenho que investir ou poupar para realizá-los.

b. Tenho muitos desejos a serem realizados, já sei o quanto me demandam financeiramente, mas não tenho um planejamento fixo para realizá-los.

c. Tenho muitos sonhos, mas não consigo guardar dinheiro para torná-los reais.

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10. O que é ser financeiramente independente?

a. O trabalho para mim é um prazer, não uma necessidade. Vivo confortavelmente e posso planejar o meu futuro com tranquilidade.

b. Tenho dinheiro suficiente para arcar com meus compromissos e viver bem o dia a dia.

c. Posso aproveitar a vida intensamente, sem me preocupar com as finanças.

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PONTUAÇÃO

Some 10 pontos para cada resposta A, 5 pontos para cada resposta B e nenhum ponto para respostas C.

RESULTADO

Pontuação de 70 a 100

Empreendedor – Parabéns! Você tem a capacidade de transformar as situações em resultados positivos. Poupar e investir são hábitos que devem ser cultivados para se tornar uma pessoa financeiramente independente. Gastar menos do que se ganha e dar um destino rentável para a sobra do orçamento mensal é a maneira mais rápida de realizar os sonhos e objetivos.

Pontuação de 45 a 65

Comedido Financeiramente – Você tem saúde financeira e não possui dívidas, mas é preciso fazer um esforço maior para poupar mais dinheiro e garantir segurança no futuro. Sua situação é confortável, mas pode melhorar. Faça um controle minucioso dos ganhos e gastos da família para cortar gastos desnecessários e poder planejar os sonhos em comum, com mais tranquilidade.

Pontuação de 0 a 40

Desorganizado – Você não consegue arcar com todos os seus compromissos financeiros e está constantemente endividado. Sua situação financeira é delicada e é preciso mais disciplina

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para reverter o cenário. É muito importante ter um controle financeiro diário, anotando todos os gastos, por menores que sejam, para que se possa fazer um diagnóstico mais detalhado. Ponha no papel todas as suas dívidas e prazos de pagamento e crie um plano para eliminá-las. Tente fazer acordos com os credores e não desanime! O primeiro passo para se organizar financeiramente é tomando atitudes proativas de controle de orçamento.

Fonte: http://www.unicoconsultores.

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CAÇA PALAVRAS

SONHOS • NOME LIMPO • IMPREVISTOS • POUPANÇAPLANEJAMENTO • ORÇAMENTO DOMÉSTICO • CADASTRO POSITIVO

Y Y O R Ç A M E N T O D O M É S T I C O

C J L M A H Q C O N W H B U C L L M B X

H A H M F I G D U M U M F U R W U N K D

J H Y N I F I A S B X B D G C K Q D G S

M N C G D U J X L U C J X V C W G C I G

P K H E I K O P L A N E J A M E N T O R

V N O R C E Q V P W S Y Y U W L D N Y G

Y H I S S A P V L X T K W Y G G I R H E

E U O J X E D Q I D F M C L O D D H Q R

F W Q A L E P A C I M P R E V I S T O S

D Y E M Y H O O S V Y F S J L E R D J C

D T E O X N W Y U T E L N I L I L D H J

R I B E R K U F W P R D P W O Y Y Q N D

M N J E K I Q E A R A O V M V W O N I K

V O J P L W J F L R W N P N C G H U A U

F M N X H W P H O V O H Ç O Q N T X D L

C E P W D L Y F C I S P P A S X X H B P

R L U Y F U E E L F O J G G Y I X F F W

R I M O M Y H P K W N O X O T B T X L N

R M A O L I H O L Y H D U Y W T Y I T N

K P Q G U X F S T Y O M N K J G M C V Q

K O L M W Y N J F X S Q R F I J C Y B O

L R T G J V T B K W U Q L N P T O W O A

E V X K B P J K D P O H D O J D V X O S

W T F O L P G W L Q B Y X L W T L R E L ww

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