a agenda de lisboa: uma via para a modernização da europa

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  • 7/30/2019 A Agenda de Lisboa: uma via para a Modernizao da Europa

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    A Agenda de Lisboa:uma via para a

    Modernizao da EuropaRicardo Abreu (14707)

    Sociologia da Modernidade

    Mestrado em Estudos Sociais da Cincia

    Este ensaio faz parte da avaliao do aluno em epgrafe para a unidade curricular

    de Sociologia da Modernidade. O ensaio uma reflexo terica sobre o contributo

    das polticas publicas europeias para modernidade contempornea. A estrutura do

    ensaio pretende proporcionar ao leitor um entendimento de complementaridade

    dos conceitos de modernidade, tecnologia e Estado-Nao teis noenquadramento da Agenda de Lisboa como caminho para a modernizao da

    sociedade. Para o efeito analisado trs indicadores estratgicos: Emprego, I&D e

    crescimento econmico.

    ISCTE-IULJunho 2012

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    ndice

    Introduo ! 1A modernidade contempornea: Principais autores

    !2

    A modernidade e o desenvolvimento tecnolgico ! 5A modernidade dos Estados ! 7A Agenda de Lisboa e a modernizao dos Estados-Membros ! 8Notas conclusivas! 11Bibliografia! 14Anexos ! 16

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    A Agenda de Lisboa a caminho da Modernidade

    IntroduoA modernidade e os efeitos desta tem percorrido muita tinta e controvrsias nas ltimas dezenas de

    anos. So imensos os autores que se debatem por defender a sua tese de modernidade para a

    sociedade contempornea. Neste ensaio apresentado alguns desses autores principalmente os mais

    clssicos, aqueles que foram fontes de inspirao.

    Este ensaio pretende abordar a modernidade num enquadramento das polticas pblicas para a

    Europa. sugerido que a Agenda de Lisboa, um programa estratgico de crescimento para a

    Europa, seja um instrumento para a modernizao dos Estados-Nao compreendidos no projectoda Unio Europeia. Desta forma o ensaio dividido em 4 captulos que se complementam com o

    objectivo de conjugar os conceitos de modernidade e a estratgia da Agenda de Lisboa.

    No primeiro capitulo apresentado o conceito de modernidade na perspectiva de trs autores

    fundamentais para este estudo. Karl Marx, mais conhecido pelo seu trabalho ideolgico no

    manifesto comunista, mas com Friedrich Engel mostram uma viso da sociedade constituda por

    classes sociais distintas e divergentes nos seus objectivos finais. Uma sociedade dividida

    essencialmente por dois estratos sociais, a classe trabalhadora e os capitalistas.

    Neste capitulo tambm abordada a perspectiva de mile Durkheim de uma modernidade objectiva

    e construda factos. Para este autor na sociedade os indivduos competem entre si mas com um

    sentido de solidariedade. Esta solidariedade pode ser de dois tipos: do tipo mecnica e do tipo

    orgnica. Outro autor, outra viso de sociedade moderna proposta por Max Weber, que prope

    uma sociedade baseada na aco dos indivduos e caracterizada por conceitos amplos a que designa

    de ideais-tipo.

    No segundo capitulo do ensaio proposto discutir a relao entre a modernidade e a tecnologia.

    Sendo a Agenda de Lisboa uma estratgia baseada na tecnologia disponvel, este capitulo pretende

    enquadrar o fenmeno da tecnologia na modernidade. realado algumas teorias dos estudos

    sociais da tecnologia, nomeadamente as vises construtitivistas e deterministas de alguns autores

    relativamente tecnologia. ainda chamada ateno a viso de Andrew Feenberg do papel

    mediador da tecnologia na sociedade contempornea.

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    O terceiro capitulo encoraja o leitor a reflectir sobre as teorias do Estado no contexto da

    modernidade. abordada em sntese as noes de Estado segundo Marx, Durkheim e Weber,

    culminando no conceito de Estado-Nao, descrito pelo socilogo Anthony Giddens. Este conceito

    de Estado tem a sua importncia no enquadramento da aco da Agenda de Lisboa nos diversos

    Estados-Nao que implementaram esta estratgia.

    O ltimo capitulo pretende apresentar a estratgia associada a Agenda de Lisboa e os seus principais

    objectivos. O ensaio no descreve em pormenor a origem e todos os objectivos desta estratgia

    Europeia, mas foca o seu interesse no trabalho fundamental da professora Maria Joo Rodrigues na

    criao e posterior anlise das polticas da Agenda de Lisboa. apresentado as principais

    orientaes estratgicas e as fases de implementao estratgica, como tambm algumas criticas aos

    objectivos da Agenda de Lisboa.

    Este ensaio no pretende fazer uma recesso critica ao projecto da Agenda de Lisboa, nem abordar

    todo o trabalho feito pelos diversos governos europeus. Este ensaio uma reflexo terica sobre a

    modernidade com o objectivo de a enquadrar nas polticas publicas europeias. A estrutura do ensaio

    pretende proporcionar ao leitor um entendimento de complementaridade dos conceitos de

    modernidade, tecnologia e Estado-Nao teis no enquadramento da Agenda de Lisboa como

    caminho para a modernizao da sociedade.

    A modernidade contempornea: Principais autoresA Modernidade est associada a fenmenos que respeitam aco e estrutura da sociedade. E a

    sociologia o campo cientfico que mais se aproxima a uma anlise e interpretao destes

    fenmenos. So vrios os autores que documentam esta analise e tomam para si opinies

    divergentes e de consenso. So exemplo os trabalhos de Karl Marx e Friedrich Engel (Marx, 1968;Marx & Engels, 1970), Max Weber (Weber, 1983; Weber, Henderson, & Parsons, 1964) e mile

    Durkheim (Emile Durkheim, 1970, 1984) que inspiram muitos pensadores e socilogos da

    modernidade.

    Os trabalhos de Marx reflectem a sua opinio disruptiva da sociedade contempornea. uma viso

    histrica da sociedade e sendo a modernidade uma transformao continua da sociedade. Porque a

    histria limitada a um conjunto de situaes. na mudana que o Homem encontra a capacidade

    de transformar por via da interaco entre a aco colectiva e as circunstancias histricas.

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    Para Marx a base das estruturas sociais esto localizadas nas trocas de bens e servios ao nvel da

    produo. As foras de produo tem a capacidade de gerar riquezas por via essencialmente da

    capacidade laboral dos trabalhadores (fora produtiva), pela disseminao de conhecimento, etc. E a

    organizao da fora de trabalho origina relaes entre os Homens de mbito social, poltico e

    econmico. sobre estas relaes scio-econmicas que Karl Marx analisa e critica o sistema

    capitalista (Marx, 1996).

    Para este socilogo o capitalismo induz um elevado nvel de stress entre as estruturas das foras

    laborais e de poder econmico. Ou seja, entre dois tipos de poder ou classes sociais: o poder de

    quem coordena e o poder de que executa o trabalho (Giddens, 1993b). Enquanto a classe operria

    (proletariado) contribui para o aumento da riqueza da sociedade, as relaes entre esta classe e os

    poderes do capitalismo (burguesia) no contribuem para alterao ou mudana, mas sim para

    desigualdades.

    A viso de modernidade marxista conotada por um conflito continuo entre classes sociais

    diferentes no sentido em que a suas relaes sociais, econmicas e polticas definem as

    transformaes necessrias para o desenvolvimento e modernizao das sociedades. Portanto

    podemos afirmar que a modernizao da sociedade assenta na criao de riqueza por via do

    proletariado e que este deve ser o foco de interesse nas polticas publicas dos dirigentes. Polticas ao

    nvel da educao, formao, emprego e rendimento.

    Em contraposto noo de classe social adjacente teoria de modernidade de Marx. Emile

    Durkheim apresenta uma viso da modernidade baseada em factos. E explica que o os

    comportamentos e atitudes sociais dos Homens tem origem no conceito de competitividade entre osindivduos. No entanto alerta para o facto que esta competitividade exige solidariedade entre os

    actores sociais para a estabilizao e continuidade da sociedade.

    Na sociedade de Durkheim existe dois tipos de solidariedade, aquela que assenta na semelhana

    entre o colectivo dos actores sociais, a que denomina por solidariedade mecnica. E por outro lado a

    sociedade apresenta tambm um tipo de solidariedade orgnica, que diz respeito interdependncia

    da diviso de trabalho. precisamente atravs da diviso laboral que a competitividade se

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    desenvolve e por esta via que se diferencia e especializa (da Cruz, 2004a; Emile Durkheim,

    1970) .

    Para este socilogo, a modernidade surge da dinmica destes dois tipos de solidariedade. Reside na

    evoluo de uma sociedade baseada na solidariedade mecnica para uma tipologia mais orgnica.

    Ou seja, a modernizao da sociedade depende em muito do grau de especializao e diferenciao

    do mercado de trabalho e da fora laboral (Emile Durkheim, 1984) .

    Para ambas teorias retratadas anteriormente a modernidade justificada por uma viso estruturalista

    da sociedade. Quer seja por uma diviso estrita de classes sociais, quer por uma diviso sistmica

    da prtica laboral. Outros autores, como Max Weber, apresentam uma viso oposta modernizao

    estrutural. Este autor teoriza a modernizao por via da aco consciente dos indivduos

    representados na sociedade (da Cruz, 2004b) .

    Weber relativiza a importncia das cincias sociais concebendo-a como uma interiorizao das

    normas e valores dos cientistas sociais. Contudo, afirma que existem correntes predominantes

    concebidas pelos cientistas que disseminam pela sociedade. Ou seja, possvel desenvolver

    conhecimento sociolgico pela criao de modelos tipo, ou tipo-ideal, aceites por todos como

    conceitos universais. Para Weber existem 4 modelos tipo-ideal (da Cruz, 2004b): o modelo baseado

    na aco racional (por objectivos e valor) de caracter legal; modelo de aco tradicional assente na

    crena quotidiana; e o modelo de aco afectiva de domnio carismtico.

    Se considerarmos o Capitalismo como um tipo ideal segundo Weber, este reflexo de uma aco

    racional com objectivos econmicos e valores sociais partilhados por grande diversas naes e

    sociedades. O capitalismo, neste ponto vista, um processo de racionalizao econmica queassociado a uma tica protestante e calvinista incute um aspecto moral na obteno do lucro

    econmico (Weber, 1983). Para Weber a modernizao um processo de racionalizao assente

    numa aco guiada por objectivos.

    Nem sempre este processo de modernizao linear, por vezes opem-se prpria razo. Na

    medida em que, na senda da eficincia os indivduos tomam aces que ultrapassam a

    razoabilidade. Como exemplo a burocracia, outro ideal-tipo, que pretende optimizar os processos

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    mas por vezes esquece objectivos iniciais (Giddens, 1993b). No processo de modernizao existe o

    perigo dos meios justificarem os fins.

    Verificamos com estes autores contemporneos trs vises da modernidade antagnicas e

    complementares de uma sociedade capitalista heterognea. Por um lado o capitalismo caracterizado

    por lutas de classes sociais, para um outro em que a solidariedade fonte do progresso e por fim

    uma viso do capitalismo e modernidade orientada por processos de racionalizao da aco dos

    indivduos. Em suma podemos afirmar que a modernidade um conjunto de transformaes sociais

    que configuram a sociedade ao longo do tempo.

    Estas transformaes s existem pela aco dos diversos actores sociais, os indivduos, as

    instituies e os governos que tem uma papel fundamental na construo social da modernidade.

    Em relevo este ltimo que sob a gide de um estado implementa e coordena polticas que

    influenciam os comportamentos e atitudes dos restantes actores. O desenvolvimento da

    modernidade est implcito no prprio desenvolvimento do estado.

    A modernidade e o desenvolvimento tecnolgicoQuando abordamos a modernizao das sociedades no podemos excluir a importncia da

    tecnologia e inovao nas transformaes sociais. Recordemos o impacto que a revoluo industrial

    entre os sculos XVII e XIX teve nas sociedade ocidentais. A introduo da mquina a vapor, de

    maquinaria e de novos processos organizacionais permitiu a esta regio do mundo atingir

    crescimentos de produtividade e riqueza nunca antes alcanado. O sculo XX foi tambm um

    perodo extraordinrio para a inovao tecnolgica. Da electricidade ao desenvolvimentos

    industriais na construo automvel trouxe mobilidade s populaes, o surgimento da

    microelectrnica permitiu aparecimento dos computadores. O incio do sculo XXI foi marcadocom a grande transformao social influenciada pelas tecnologia de informao e comunicao que

    elevou o grau de complexidade nas relaes entres os indivduos.

    A tecnologia um factor catalisador de modernidade e que afecta toda sua a infra-estrutura (Brey,

    2004). Segundo alguns autores (Bijker, Hughes, & Pinch, 1987) a tecnologia uma construo

    social, ou seja, o surgimento de novas tecnologias feito com o envolvimento de diversos actores

    sociais que em conjunto com os artefactos tecnolgicos produzem sistemas e estruturas tcno-

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    sociais. Nesta perspectiva podemos sugerir que a modernizao feita pela construo scio-

    tcnica das sociedades.

    Os sistemas sociais modernos so sistemas scio-tcnicos em que a tecnologia parte integrante da

    actividade das instituies sociais e agentes econmicos (Brey, 2004). Podemos afirmar que a

    actividade social no se estrita somente ao resultado do comportamento do colectivos mas depende

    em muito da tecnologia utilizada nas transaces e relacionamentos sociais. As sociedades

    modernas so caracterizadas por uma transformao cultural influenciada pela tecnologia. Mesmo

    do ponto de vista do marxismo a tecnologia de produo tida em conta, contudo como factor

    constrangedor estrutura econmica (idem, 2004).

    Outra forma de perspectivar a relao entre a tecnologia a a sociedade surge por alguns autores

    como Heidegger, Marcurse e Ellul que teorizam a tecnologia como factor determinante para

    submisso da humanidade e racionalizao da sociedade e cultura (Brey, 2004). O determinismo

    tecnolgico assenta na base que a tecnologia desenvolvida segundo uma lgica no influenciada

    por factores sociais mas que gera consequncias sociais inevitveis (idem,2004). Ou seja, as

    transformaes tecnolgicas so independentes da actividade social contudo tm um impacto na

    estrutura econmica, social e cultural da sociedade.

    Sem dvida que a tecnologia uma das maior fontes de poder publico nas sociedades modernas. As

    decises do dia-a-dia so definidas por mecanismos associados a sistemas tecnolgicos e

    dominados por sectores que exercem o seu poder na sociedade. Andrew Feenberg (Feenberg &

    Hannay, 1995) afirma que a tecnologia no deve ser perspectivada pela forma determinista ou

    neutral. Ele argumenta que o papel da tecnologia na sociedade moderna deve prevalecer como

    mediadora das diversas actividades sociais, como na produo, medicina, educao ou sectormilitar. O autor adianta ainda que em consequncia mediao tecnolgica a democratizao da

    nossa sociedade requer tambm mudanas polticas.

    Podemos conceber a sociedade contempornea como uma definio particular da tecnologia com

    objectivos associados ao lucro e poder (Feenberg & Hannay, 1995). Para Feenberg (1995) numa

    viso mais ampla da tecnologia, um tipo de racionalidade societal pode ser interpretada com base na

    responsabilidade das aces tecnolgicas em contextos humanos e naturais. A tecnologia pode

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    assegurar mais do que um tipo de civilizao tecnolgica e ser incorporada em diferentes

    sociedades democrticas (idem, 1995).

    A modernidade dos EstadosPara Karl Marx o Estado no mais do que um instrumento para regular a sociedade capitalista a

    bem das classe dominantes. So estas que exercem poder sobre as classes trabalhadoras e definem o

    seu funcionamento (Marx & Engels, 1970). Para Emile Durkhein o Estado o garante da coeso

    das suas populaes e promove a moral e tica entre os cidados. Um Estado solidrio deve

    assegurar os meios para que as suas populaes cresam e desenvolvam em ambientes de

    cooperao entre governantes e governados (E. Durkheim & Giddens, 1986). A viso de Max

    Weber do Estado assenta na capacidade de poder por via da aco social. Ou seja, por uma tipo

    burocracia civil, caracterizada por regras administrativas e legais a que podemos chamar poltica

    democrtica (Weber, Roth, & Wittich, 1978).

    Os Estados so a forma mais completa de organizao da sociedade. Porque dele emanam a

    identidade e representao do seu povo que diferenciam dos restantes. O Estado o garante da

    independncia como do desenvolvimento da sua sociedade. Os Estados podem surgir com

    limitaes territoriais e formas polticas de governao diferentes, uns com grande extenso de

    territrio, outros podem somente ser uma cidade. Cada Estado governado por regras e polticas

    que asseguram a independncia e o bem estar dos seus cidados. Num mundo globalizado o papel

    do Estado assenta na capacidade de competir para capacitar as suas populaes com recursos

    suficientes para o seu bem-estar.

    Consideramos a organizao das sociedades modernas como Estado-Nao. E so definidos por

    possuir uma soberania, ou seja os governos exercem um poder total dentro das suas fronteirasterritoriais. So constitudos por cidados que dentro da fronteira poltica e territorial possuem

    direitos e deveres comuns. O Estado-Nao caracterizado ainda por tipo de nacionalismo

    caracterizado por smbolos e crenas que identificam a comunidade poltica desse mesmo Estado-

    Nao (Giddens, 1993b).

    Um Estado moderno usa todos os meios disponveis para garantir a segurana, o bem-estar e o

    desenvolvimento do seu povo, da sua sociedade. Como j foi referido o uso da tecnologia um

    factor determinante para a diferenciao entre Estados ditos modernos. A Educao, um outro

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    factor importante para o desenvolvimento de uma sociedade moderna. A Educao uma forma de

    modernidade que envolve alunos e comunidade, um centro de saber onde onde o conhecimento

    criado, retido e reproduzido (Giddens, 1993a).

    Com o advento da industrializao at aos nossos dias o trabalho tornou-se cada vez mais

    especializado. E a exigncia do sistema de educao perante as necessidades das populaes

    permitiu o desenvolvimento amplo de instituies de ensino, contudo esse mesmo ensino tornou-se

    mais abstracto, focando a sua ateno para as competncias de leitura, escrita e calculo. Vrios

    autores afirmam que a expanso do ensino, principalmente no sculo XX, permitiu reduzir as

    desigualdades entre os cidados, contudo a histria demonstra o contrrio ao longo deste ltimo

    sculo (idem, 1993a).

    A Europa eleva o esplendor da noo de Estado-Nao desde do tratado de Paris de 1958 em que

    nesta regio do mundo foi estabelecido um mercado comum de transaces de bens entre os

    Estados-Nao que completam a Unio Econmica Europeia (Giddens, 1993b). Mais tarde foi

    criada um tipo de unio poltica que originou a designao de Unio Europeia (UE). Apesar das

    diferenas sociais, culturais e econmicas entre as naes que integram a UE, os Estados-Nao so

    receptores de polticas econmicas e sociais que tm o objectivo de estreitar os diferentes nveis de

    desenvolvimento.

    A Agenda de Lisboa e a modernizao dos Estados-MembrosComo definido anteriormente a modernidade um processo de transformao social por via de

    diversas aces e actividades dos agentes e instituies sociais. A Unio Europeia defronta-se no

    final do sculo XX com emancipao da globalizao estendida s regies do Sul, nomeadamente aAsia. Em termos de competitividade econmica a Europa confronta a capacidade cientfica e

    tecnolgica dos Estados Unidos da Amrica e do Japo e da produtividade desenfreada das

    economias Asiticas.

    O intitulado relatrio Paradoxo Europeu de Dosi (Dosi, Llerena, & Labini, 2006) demonstra de

    facto o atraso da Europa na competitividade cientfica e tecnolgica. Este relatrio peremptrio ao

    afirmar que apesar dos pases europeus liderarem a produo cientfica no conseguem transformar

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    esse conhecimento acumulado em produo industrial e produtos inovadores. A responsabilidade

    cai sobre os sistemas cientficos de investigao e numa indstria muito fraca.

    Em Maro de 2000 o Concelho Europeu reuniu-se para uma sesso extraordinria da qual surgiu

    uma nova estratgia para a competitividade europeia face ao mundo globalizado. Os objectivos

    desta estratgia assentava em trs pilares fundamentais com um horizonte de implementao at

    2010 (Europeu, 2000; Rodrigues, 2003): Um emprego forte, uma reforma econmica e uma coeso

    social como parte integrante de uma sociedade e economia baseada no conhecimento. Tal como

    Maria Joo Rodrigues, fundadora desta estratgia, cita na sua anlise uma das concluses deste

    concelho (Rodrigues, 2009a): the union has today set itself a new strategic goal for the next

    decade: to become the most competitive and dynamic knowledge-base economy in the world

    capable of sustainable economic growth with more and better jobs and greater social cohesion.

    Este esforo gigantesco para tornar a Europa uma regio e fora mundial assente numa sociedade e

    economia baseada em conhecimento e inovao, exige dos Estados-Nao europeus um rigor na

    implementao das estratgias e implicaes ao nvel dos indicadores comparativos. Desta forma

    foram criadas diversas orientaes europeias para aplicao em polticas pblicas de cada Estado-

    Membro (idem, 2009a):

    a) Elaborao de uma poltica para a Sociedade de Informao. Pretendia melhorar a qualidade de

    vida dos cidados por via das tecnologias de informao e comunicao em reas como a gesto

    da sade e urbana ou na educao e servios pblicos. Aces concretas na criao de redes de

    telecomunicaes avanadas ou democratizar o acesso internet.

    b) Criar uma poltica comum para a Investigao e Desenvolvimento com um intuito de estabelecer

    uma rea de I&D europeu por via de programas cientifico-tecnolgicos partilhados.

    c) Promover de uma poltica de inovao e propriedade intelectual com o objectivo de criar umapatente comunitria.

    d) Promover o empreendedorismo criando polticas nacionais que simplifiquem os processos

    administrativos, melhores regulaes e acesso a capital de risco.

    e) Avanar com reformas econmicas que promovam o crescimento e a inovao, que incentivem

    os mercados financeiros a suportar novos investimento. E uma liberalizao total em sector mais

    protegidos pelos Estados.

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    f) Definir novas prioridades para poltica nacional de educao. Um ensino aberto sociedade e

    baseado em novas ferramentas como o multimedia e a internet. Iniciativas como o diploma

    Europeu ou o processo de Bolonha so exemplos destas polticas.

    g) Intensificar as polticas activas de emprego como a aprendizagem ao longo da vida, ou a

    promoo da igualdade de gneros. Sem descurar a sustentabilidade dos sistemas de segurana

    social deve ser reduzida a taxa de desemprego.

    h) Procurar a modernizao do Estado Social Europeu com a convergncia da idade de reforma com

    a idade activa das populaes (esperana mdia de vida).

    i) Elaboraes de planos nacionais que garantem a incluso social, entre outros, planos para a

    educao, sade e habitao. E tambm para grupos de risco como os idosos ou crianas.

    j) Implementao de polticas publicas para o desenvolvimento sustentvel ambiental. Uma

    orientao que chega com Concelho de Estocolmo em 2001.

    Esta agenda para um crescimento sustentvel que colocaria a Europa no topo das economias mais

    competitivas e poderosas do mundo numa dcada tinha trs fazes de implementao (Rodrigues,

    2009a): Primeira fase que consistiu em transpor as concluses deste concelho de Maro em

    instrumentos polticos da Unio Europeia que por sua vez traduzidos para os Estados-Membros.

    Segunda fase, foi programada na avaliao intercalar de 2005. Esta fase consistiu em optimizar as

    relaes de governana e aspectos financeiros entre as instituies europeias e consignados e novos

    Estados-Membros. A terceira fase, comeou em 2007 com o objectivo de consolidar a agenda para

    2010 e criar condies para a realizao de um novo tratado Europeu, designado mais tarde por

    Tratado de Lisboa.

    O Tratado de Lisboa vem proporcionar uma nova dinmica entre os Estados-Membros. O seu

    propsito assentava em duas grandes novidades no processo de construo europeia (Lopes, 2007) :no mtodo e nas polticas. No mtodo por um sistema Aberto de Coordenao que permitiria

    desenvolver o mercado de trabalho por via de uma abordagem flexvel que conjugava diversos

    eixos de aco como a cognio, a apreendizagem mtua e a coordenao de esforos. Nas

    polticas liberais, proporcionando mais concorrncia intra e inter Estados-Membros com o objectivo

    de crescimento econmico. So reforadas as polticas de emprego, de educao e formao

    profissional, de I&D e inovao.

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    As criticas implementao desta agenda de crescimento so diversas e oriundas dos diversos

    quadrantes polticos e ideolgicos. Nem todos os objectivos forma atingidos, da anlise da

    performance da implementao da agenda dos 28 dos objectivos 17 falharam ou no foram

    cumpridos at 2007. Penalizando sobretudo as aces para o desenvolvimento do mercado de

    trabalho e do ensino ao longo da vida (Rodrigues, 2009b).

    Na reviso de 2005 os resultados no foram muito esperanosos, a Europa continuava a ter uma

    diferena elevada com as regies mais avanadas do mundo. Por isso reviu-se os objectivos e os

    processos de implementao. E reduziu-se quase todos os indicadores quantitativos excepto o

    objectivo de atingir os 3% do PIB em Investigao e Desenvolvimento. Os processos de

    implementao das reformas no crescimento e emprego foram tambm reprogramados ao nvel dos

    Estados-Membro (Johansson, Karlsson, Backman, & Juusola, 2007).

    O relatrio da Comisso Europeia, em 2010, relativamente avaliao da Estratgia de Lisboa,

    revela as dificuldades em implementar esta estratgia. A taxa de emprego atingiu 66% em 2008 um

    crescimento somente de 4 pp. Apesar deste pequeno crescimento de emprego os mais pobres foram

    deixados de fora o que comprometeu os objectivos da incluso social. A esta mesma data a despesa

    em I&D representava em mdia europeia de 1,9% do PIB face aos 1,82% em 2000. Contudo os

    mecanismos de Coordenao Mtua permitiu Europa e aos seus Estados-Membros maior

    resilincia ao incio da crise financeira de 2008. um facto de que a Estratgia de Lisboa no

    estava preparada para bloquear a onda de crise que se espalhou por todo o globo.

    Notas conclusivasA modernidade pode ter diversas interpretaes e anlises. Mas uma certeza se impe, uma

    transformao social que movimenta as pessoas e estabelece dinmicas institucionais na sociedade.A modernidade atinge o seu apogeu quando interiorizada conscientemente pelos os actores sociais

    que actuam e relacionam-se com o objectivo de desenvolver o seu tipo de modernidade. Neste

    ensaio foi apresentado de forma sinttica algumas perspectivas de modernidade que serviram de

    mote para enquadrar a Agenda de Lisboa no processo de transformao Europeia.

    A Agenda de Lisboa consistiu em implementar uma estratgia poltica comum aos Estados-Nao

    pertencentes Unio Europeia como objectivo de retirar a Europa do marasmo social e econmico

    que vivia no final do sculo XX. Por via de instrumentos e objectivos especficos a Europa avano

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    para a grande transformao social dos ltimos tempos. Podemos intuir que a estratgia da Agenda

    de Lisboa, mais tarde materializada no Tratado de Lisboa, um processo de modernizao da

    sociedade europeia.

    Uma modernizao que pretendia elevar a Europa a um estgio de evoluo que permitisse afirmar-

    se como uma economia baseada no conhecimento e uma sociedade inovadora. Como afirma Robert

    Lindley (Lindley, 2003) a sociedade do conhecimento procura a mudanas estruturais a longo prazo

    pela via da produo, dessiminao e utilizao do conhecimento como fonte de riqueza e

    desenvolvimento. Acrescenta ainda que a sociedade de conhecimento no resultado de um

    enquadramento terico mas sim de uma maturao na evoluo do capitalismo.

    Os primeiros resultados da implementao da estratgia da Agenda de Lisboa no abonam para o

    sucesso desta transformao social. Como podemos verificar1 2 nos dois indicadores de emprego e

    despesa em I&D, os vrios Estados-Membros tem desenvolvimentos diferentes. O objectivo de

    70% de taxa de emprego s foi alcanado em 2008 por 9 dos 27 pases e encontramos elevadas

    diferenas entre os pases do norte e sul da Europa como tambm nos Estados-Membros mais

    recentes vindos do Leste Europeu.

    No que respeita ao indicador de despesa em I&D o objectivo dos 3% do PIB s foi alcanado por

    dois pases, a Sucia e a Finlndia. Verificamos um grupo considervel de Estados com nveis que

    no ultrapassam 1,5% e outro grupo que consegue ultrapassarmetade do objectivo. Esta diferena

    entre os pases do centro e norte e leste da Europeu demonstra a dificuldade em aplicar as

    orientaes da estratgia e o Mecanismo de Coordenao Mtua.

    No quadro indicador do crescimento econmico podemos identificar o efeito da crise instalada em2008 e verificar a quebra do crescimento do PIB a partir de 2009. Mais acentuado na Europa do que

    nos EUA, mas com uma recuperao prevista de maior valor nos EUA e Japo. O quadro demonstra

    o atraso da Europa relativamente a outras plataformas regionais nas ltimas dcadas e revela que

    no decnio 2000-2010 a taxa de crescimento entre alguns Estados-Membros diferenciada apesar

    de estarem todos sobre a mesma estratgia de crescimento.

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    1 Ver anexo A

    2 Para efeitos deste ensaio o autor s analisa 3 indicadores: Emprego, I&D e Crescimento econmico.

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    Dados estes dados podemos sugerir que a transformao social e econmica implcita na Agenda de

    Lisboa no foi implementada de igual forma pelos vrios Estados-Nao membros da Unio

    Europeia. A modernizao da Europa teve um caracter heterogneo, cada Estado partiu de

    realidades diferentes e a implementao das orientaes estratgicas tiveram diferentes

    implementaes. Como afirma Samuel Eisenstadt (Eisenstadt, 2002) podem coexistir vrias

    modernidades ou diferentes nveis de modernidade. Nesta perspectiva temos que analisar os

    resultados da Agenda de Lisboa como um caminho para a modernidade num respectivo espao

    temporal.

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    AnexosAnexo A

    Grfico A1. Taxa de emprego na Unio Europeia 2000-2008. Objectivo Agenda de Lisboa

    F

    Fonte: Comisso Europeia, SEC (2010) 114 final

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    Grfico A2. Despesa em Investigao e Desenvolvimento em %PIB. Objectivo AgendaLisboa

    Fonte: Comisso Europeia, SEC (2010) 114 final

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    Quadro A1. Crescimento do PIB, Taxa anual mdia de variao.

    Fonte: European Economy Statistical Annex, Autumn 2011: 48-49(1) 1960-91 D_W; (2) 1960-91 including D_W; (3) Former EU-15; 1960-91 including D_W

    * Provisrio** Estimado

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