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EDITORA AVE-MARIA D. Francisco Prada Piedoso exercício em honra do SAGRADO CORAÇÃO EUCARÍSTICO DE JESUS Nas primeiras sextas-feiras do mês Para a regeneração e salvação das famílias cristãs. Vinde, adoremos! A Hora Santa

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  • EDITORAAVE-MARIA

    D. Francisco Prada

    Piedoso exerccio em honra do

    SAGRADO CORAO EUCARSTICO DE JESUSNas primeiras sextas-feiras do ms

    Para a regenerao e salvao das famlias crists.

    Vinde, adoremos!

    A Hora Santa

  • AdvertnciA

    Durante todo o tempo da Exposio do Sants-simo Sacramento, os fiis devem seguir devotamente o exerccio da Hora Santa, assumindo a posio mais condigna com esprito e atitude de adorao e observando todas as recomendaes a respeito, acompanhando o coro nos cnticos e as respostas indicadas no folheto.

    A melhor regra acompanhar os movimentos do sacerdote que preside a cerimnia.

  • 5Origem, impOrtnciA e prOdigiOsA eficciA destA devOO

    Eis uma prtica toda divina, no s em seus fins como tambm pela sua origem imediata.

    Jesus, falando sua serva Margarida Maria, disse, em 1694, no misterioso tabernculo de Paray-Le-Monial:

    Todas as noites de quinta para sexta-feira te farei participar da mortal angstia que sofri no Jardim das Oliveiras, e isto te reduzir a uma espcie de agonia mais terrvel que a morte.

    Acompanhar-me-s, nesta humilde orao que ento fiz a meu Pai, entre todas as minhas tristezas, prostrando-te por uma hora com a face em terra, para aplacar a clera divina, clamando misericrdia pelos pe-cadores, para assim honrar e suavizar de algum modo a amargura que senti pelo abandono da parte dos apstolos, o que me obrigou a censur-los por no terem podido velar uma hora comigo.

    Tal a palavra imperiosa de misericrdia que estabeleceu, na primeira aurora da devoo ao Sa-grado Corao de Jesus, a prtica incomparvel que chamamos Hora Santa.

    Duas so evidentemente as ideias fundamentais desta devoo: a primeira, uma inteno de amor

  • 6compassivo que nesta hora une a alma fiel ao Corao agonizante do Salvador. Eu te farei participar disse-lhe Jesus da tristeza mortal do Getsmani. A segunda, uma reparao do pecado, um fim de desagravo redentor: pedirs perdo pelos pecadores.

    E Jesus terminou com estas desconsoladoras palavras: Tenho sede de ser amado pelos homens, mas no encontro quase ningum que tenha vontade de me aplacar esta sede com a retribuio de um amor sincero e generoso... No h quem me oferea, no abandono em que me vejo, um lugar de repouso... Queres tu consagrar-me a tua alma para que nela descanse meu amor crucificado que o mundo inteiro despreza? Quero que o teu corao me sirva de asilo quando os pecadores me perseguirem e me expul-sarem de seus coraes. Ento, com os ardores da tua caridade, reparars as injrias que recebo... Oh, sim! Apesar do inferno reinarei pela onipotncia do meu corao!.

    Tal a ideia triunfante deste exerccio de reparao e de vitria. Na Hora Santa a alma se oferece a Jesus como asilo e ao mesmo tempo lhe pede, pela agonia e pela onipotncia do seu Sagrado Corao, o advento de seu reinado na sociedade e soberania do seu amor nas conscincias e nos povos. Ele o disse: A redeno

  • 7pelo seu Corao a segunda e suprema redeno do mundo, o ltimo esforo de seu amor.

    Para secundar, pois, este esforo, para cooperar neste triunfo, a alma acompanha ao divino Mestre na Hora Santa, at chegar com ele vitria, isto , morte!

    Convm saber que a santa me, a Igreja, no s aprova, mas abenoa com efuso e recomenda com ardor essa prtica to santa. Os Sumos Pontfices a tm enriquecido com numerosas e preciosas indulgncias.

    O santo padre Pio X, enriquecendo de indul-gncias a Confraria da Hora Santa e elevando-a categoria de Arquiconfraria Universal, manifestou o apreo em que a tinha e o seu grande desejo de v-la propagada em todo o universo.

    Essa Arquiconfraria, estabelecida em Paray-le-Mo-nial, conserva os seus registros de associados na mesma cela abenoada onde Margarida Maria expirou, rece-bendo a ltima e eterna revelao do amor daquele corao!...

    Que os sacerdotes, os religiosos e todos os que de alguma forma podem exercer um apostolado de zelo, onde quer que se irradie sua influncia, lembrem-se de que, depois da Sagrada Comunho, nenhum recurso de graa existe mais eficaz do que este.

  • 8Ah! No esqueam que Jesus Cristo prometeu gravar, com caracteres indelveis em seu adorvel corao, os nomes daqueles que propagarem essa devoo.

    O ttulo de Hora dos Milagres que o povo deu a essa devoo o melhor atestado de sua eficcia.

    Queira Deus que sejam inumerveis os apstolos e as almas piedosas que, santificadas por esse amor, possam exclamar com a bem-aventurada confidente de Paray-le-Monial: Eu vos perteno inteiramente, divino Corao! Desfaleo com o desejo de unir-me a vs, de possuir-vos, de abismar-me em vs, de vs fazer reinar... Anelo por despojar-me desta miservel vida, para a glria do vosso Corao... onde tenho, para sempre, minha morada!....

  • 9indicAes prticAs

    A Hora Santa uma orao meditada, contem-plativa. Deve ser rezada lentamente e com pontos de suspenso, para dar tempo a refletir no significado de redeno que lhe quis atribuir o Salvador, quando ensinou a Margarida Maria. Convm faz-la publi-camente e diante do Santssimo Sacramento expos-to. Entretanto, as pessoas que no puderam fazer a Hora Santa na Igreja podem faz-la em casa, diante da imagem do Sagrado Corao e, sendo possvel, reunindo toda a famlia. Pode-se estabelecer a Hora Santa em todas as quintas-feiras, das trs horas da tarde em diante, sendo prefervel noite.

    Muitas pessoas fazem o exerccio da Hora San-ta nas horas de provao ou tendo grandes graas a obter. Os estabelecimentos religiosos, seminrios ou escolas colhero frutos prodigiosos dessa devo-o. Os reverendssimos procos, capelas, reitores de seminrios ou de associaes pias podero em pouco tempo verificar a fonte inesgotvel de fervor e santidade que se encontra na prtica desta devoo, cujos resultados maravilhosos a fizeram denominar a Hora dos Milagres.

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    Notas O presente exerccio est calculado para durar uma hora justa.

    Devemos fazer notas s pessoas devotas que, falando da agonia e dos sofrimentos atuais do Sagra-do Corao de Jesus na Eucaristia, no pretendam dizer que Jesus possa sofrer e agonizar em seu estado glorioso e impassvel.

    Usando da mesma linguagem que o divino Mes-tre empregou nas suas revelaes bem-aventurada Margarida, podemos afirmar que, em sua vida mortal, na sua paixo e agonia no Jardim das Oliveiras, Jesus sofreu as torturas que lhe infligiram os pecados atuais e todos os crimes e ultrajes que se multiplicam nos dias de hoje, dada a decadncia dos costumes, o de-senvolvimento da instruo sem religio, os defeitos da educao moderna, sem disciplina e sem obedincia.

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    A HOrA sAntA

    intrOduO

    CntiCos

    (De joelhos)Exposio do Santssimo Sacramento.

    Sugesto: neste momento pode ser cantado um hino ao Santssimo Sacramento.

    PreParaoi

    (de joelhos)Esta a hora trs vezes santa pela venturosa

    presena de Jesus Cristo, junto s nossas almas miserveis... A ferida de seu peito, sempre aberta, lembra-lhe a terra e suavemente o obriga a atender, ao mesmo tempo que aos cnticos do cu, s splicas e aos gemidos que sobem do desterro. Estejamos atentos sua voz!

    Jesus Eis aqui o corao que tanto amou os homens! Contemplai-o, filhos meus, saturado de

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    oprbrios nesta Hstia, onde s por vs palpita, en-tre chamas de caridade... e que no podendo conter por mais tempo os ardores que o consomem quis entregar-se ao mundo, que o tem atravessado pela lana da ingratido e do desprezo!...

    Este o supremo e ltimo recurso da minha redeno.

    Aqui tendes o meu corao, eu vo-lo dou, eu vo-lo entrego sem reservas, em troca do vosso, embora manchado de crimes e ingratides... Stio!.... Eu te-nho sede de ser amado neste Sacramento do Altar onde tenho sido at agora o Rei do silncio, o Monarca do olvido... Mas chegou a hora dos meus triunfos. Eu venho reconquistar a terra; salv-la-ei a despeito do inferno, pela onipotncia do meu corao. Aceitai-o. Eu vo-lo rogo, estendei as mos para receber este dom supremo da minha misericrdia.

    Eu venho trazer-vos fogo de vida, de amor sem limites, fogo de santidade, fogo de sacrifcio... E que hei de querer seno que arda?...

    Contemplai o meu peito dilacerado... A tendes o corao que vos amou nos abatimentos de Belm, mais ainda nas humilhaes e na obscuridade de Nazar e, muito mais, nas angstias de Getsemani e nas torturas ignominiosas do Calvrio... E vs no sabeis amar-me!

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    A minha alma est triste at a morte, pois a vinha dos meus amores s produziu os espinhos que circun-dam o meu corao. Tirai-mos, durante esta Hora Feliz, em que o vosso Deus prisioneiro d amor e pede amor... Vinde, filhos meus, tomai este corao, aceitai-o como penhor de ressurreio. Em troca trazei-me os vos-sos coraes, as vossas almas, as vossas vitrias, todas as vossas penas e alegrias! Vinde, eu perdoo todas as vossas ofensas, ingratides e desprezos... mas dizei-me que me quereis para o vosso Rei e que aceitais reconhecidos o dom incomparvel do meu Sagrado Corao.

    reflexo

    No merecemos este dom: humilhemo-nos re-conhecendo a nossa indignidade..., mas, longe de o repelir, reclamemos o favor imenso que o nosso Deus nos oferece para a nossa santificao.

    Sugesto: neste momento pode ser cantado um hino de perdo.

    ii(de joelhos)

    As almas Jesus! Vendo-vos to bondoso e prdigo de vossas graas, no diremos como o

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    apstolo: Senhor! Afastai-vos de ns, porque somos miserveis pecadores..., pelo contrrio, corremos ao encontro de vossos desejos, ansiosos por estreitar contra nosso peito o Corao divino que tanto nos amou... Vinde, Jesus! Vinde repousar sombra do nosso amor...

    Sacerdote Quando os soberbos governadores das naes ultrajarem o vosso nome e as vossas leis...

    Povo Lembrai-vos de que vos pertencemos e que estamos consagrados glria do vosso divino Corao!

    Sacerdote Quando as turbas agrupadas pelo averno e os sectrios, seus sequazes, assaltarem os vossos santurios, sedentos de sangue...

    Povo Lembrai-vos de que vos pertencemos e que estamos consagrados glria do vosso divino Corao!

    Sacerdote Quando gemer a vossa Igreja sob os grilhes e as cadeias com que os poderosos e os pretensos sbios querem entravar os seus progressos e inutilizar os seus esforos...

    Povo Lembrai-vos de que vos pertencemos e que estamos consagrados glria do vosso divino Corao!

    Sacerdote Quando tantos bons e virtuosos medirem com avareza os sacrifcios e as boas obras,

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    mostrando-se mesquinhos para convosco, quando to prdigos para o mundo...

    Povo Lembrai-vos de que vos pertencemos e que estamos consagrados glria do vosso divino Corao!

    Sacerdote Quando vos oprimir a deslealdade das almas escolhidas que deveriam esquecer as coisas da terra para serem inteiramente vossas... ento, mais do que nunca, nessa hora de suprema desolao...

    Povo Lembrai-vos de que vos pertencemos e que estamos consagrados glria do vosso divino Corao!

    Jesus Todo o meu desejo, amados filhos, dar a minha vida! Dei-a, derramando o meu sangue at a ltima gota... Dei-a, oferecendo o meu Corao com todos os seus tesouros... Dou-a, todos os dias, na minha Eucaristia, em que me entrego todo inteiro, para vos fazer participantes da minha prpria vida... Assim o quero porque precisais de mim nas vossas debilidades de cons-cincia, na fraqueza dos vossos propsitos, na inconstncia do vosso amor... Vinde! Eu sou a luz e a fortaleza!

  • 16

    reflexo

    Se sentimos remorsos de alguma culpa grave, in-fidelidade ou falta de generosidade no cumprimento de nossos deveres cristos, se temos magoado o nosso adorvel Salvador, recusando-lhe algum sacrifcio que de ns exige, peamos perdo a Jesus, fazendo um propsito sincero e enrgico para o futuro.

    Sugesto: neste momento pode ser cantado um hino de perdo.

    iii(de joelhos)

    As almas Divino Mestre e Salvador nosso, cheio de confuso nos prostramos em vossa presena e, detendo a vista sobre o Tabernculo solitrio, onde estais prisioneiro por nosso amor, sentimos oprimido o Corao pelo abandono e desprezo em que vos dei-xam os prprios cristos, as almas vossas prediletas, e mesmo as que se consagram ao vosso servio!...

    J que com tanta condescendncia permitis que durante esta Hora os que aqui se acham misturem suas lgrimas com as vossas... ns vos louvamos, Jesus, por aqueles que vos maldizem, rezamos por aqueles que vos esquecem, choramos por aqueles

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    que vos ofendem e vos adoramos por aqueles que vos abandonaram... Aceitai, Senhor, o clamor da expiao que um sincero pesar arranca de nossas almas angustiadas.

    Sacerdote Pelos nossos pecados, pelos pecados de nossos parentes, amigos e inimigos.

    Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote Pelas infidelidades e sacrilgios.Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote Pelas blasfmias e profanao dos

    dias santos.Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote Pelas libertinagens e escndalos

    pblicos.Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote Pela falta de modstia no trajar.Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote Pelos corruptores da infncia e da

    juventude.Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote Pela sistemtica desobedincia

    Santa Igreja.Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote Pelos crimes do lar cristo, pelas faltas

    dos pais e dos filhos.

  • 18

    Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote Pelos perturbadores da ordem pbli-

    ca, social e crist.Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote Pela covardia dos que devem defender

    a nossa religio.Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote Pelo abuso dos santos sacramentos.Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote Pelos ataques da imprensa mpia e

    maquinao das seitas secretas.Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Sacerdote E sobretudo pelos bons que vacilam,

    por aqueles que resistem s inspiraes da vossa divina e sapientssima graa.

    Povo Perdo! Perdo, Divino Corao!Jesus Almas queridas... olhai para a minha fronte

    marcada com a sentena de morte depois da ignomnia de ser tratado como louco!... Considerai estes mistrios de dor e caridade que se perpetuam no Santssimo Sacra-mento do Altar... O meu amor infinito e o vosso tem sido to mesquinho! Vede as minhas mos atadas por aqueles que pedem uma vergonhosa liberdade... Ou-tros, nas horas de licena e de pecado, forjam minhas cadeias, os pregos que me prenderam na Cruz... Olhai

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    para esse manto branco de insensato e pensai nessa multido que me abandona pelo respeito humano porque o mundo condena como louco aqueles que me seguem de perto.... Oh! Os sbios se envergonham de mim, os grandes me desprezam, os que so felizes me esquecem, para os que governam sou um ru, os que querem gozar a vida fazem de mim um verdugo... Porm, para todos, desde que chorem seus pecados, sou o Pai, o amigo, o redentor!

    reflexo

    Em reparao das ofensas que recebe Jesus na Sa-grada Eucaristia, ofereamos em particular as preces desta hora para a glria do Santssimo Sacramento do Altar, para o triunfo da santa me, a Igreja, e extino das foras e ideologias que espalham em toda a parte a impiedosa corrupo e a desordem.

    Sugesto: neste momento pode ser cantado um hino de perdo.

    iV

    (de joelhos) amantssimo Jesus, um ttulo que nos alenta

    em nossos desfalecimentos este de vtima, que

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    quisestes ser pelos pecadores... Sois a Salvao dos que esperam em vs! Sois a Esperana dos que em vs descanam!

    Nessa Hstia Sacrossanta permaneceis desco-nhecido e esquecido h tantos sculos, renovando a todas as horas do dia e da noite o Sacrifcio do Calvrio... e a voz do vosso Sangue precioso clama em favor de nossas almas miserveis... Entretanto, sois quase um estranho no meio de vossos filhos... e os desprezos e ultrajes dos mpios no vos ferem tanto como a desateno, a frieza e a indiferena dos bons!... Ns nos sentimos felizes, Senhor, de poder velar uma hora convosco, neste Getsemani da terra, e partilhar as amarguras do clice que vos oferece a ingratido dos homens... No olheis, Senhor, a nossa indignidade, mas considerai somente a boa vontade que nos trouxe a vossos ps... Concedei-nos a graa de muito vos amar e de fazer-vos muito amado.

    Reinai em todos os coraes, Jesus Sacramen-tado!

    Sacerdote Por meio deste Po Consagrado, consolo para os aflitos...

    Povo Reinai em todos os coraes, Jesus Sacramentado!

    Sacerdote Por meio deste Po Consagrado, defensor da inocncia e da virtude...

  • 21

    Povo Reinai em todos os coraes, Jesus Sacramentado!

    Sacerdote Por meio deste Po Consagrado, conforto e auxlio para todos os miserveis e desam-parados...

    Povo Reinai em todos os coraes, Jesus Sacramentado!

    Sacerdote Por meio deste Po Consagrado, lao de unio entre pais e filhos...

    Povo Reinai em todos os coraes, Jesus Sacramentado!

    Sacerdote Por meio deste Po Consagrado, fogo abrasador de amor e zelo para aqueles que consagram sua vida no sacerdcio...

    Povo Reinai em todos os coraes, Jesus Sacramentado!

    Sacerdote Por meio deste Po Consagrado, Pentecostes de caridade para o vosso vigrio na terra, para o episcopado, para o clero e para a vossa Igreja...

    Povo Reinai em todos os coraes, Jesus Sacramentado!

    Oh! Sim, Mestre adorado! Fazei baixar o fogo do cu que purifique, perdoe e salve milhares de infelizes que vivem sem o vosso amor, preferindo loucamente os bens terrestres e os gozos materiais!...

  • 22

    Jesus! O mundo vos despreza e procura repelir-vos... E o que faria o mundo sem vs! Deixai-vos ficar, Prisioneiro Divino, fechado nestes sacrrios, onde prometestes permanecer at a consumao dos sculos! So muitos os que maldizem o vosso nome, negam o vosso santo Evangelho..., mas so tambm muitos os que vos amam, os que vos querem sempre a seu lado, nas alegrias e nas horas tristes. Estes mesmos que vos expulsam de seus coraes, de seus lares, de suas ptrias, vir o dia em que ho de reconhecer que s vs dissestes a verdade, s vs ensinastes a justia, s vs prodigalizaste a verdadeira caridade! E, por isso, em nome desses ingratos, ns vos pedimos perdo: Misericrdia para eles, Sagrado Corao!.

    Sacerdote So tantos os que despendem dinhei-ro e juventude nas dissipaes mundanas ou prazeres que vos ofendem!...

    Povo Misericrdia para eles, Sagrado Corao!Sacerdote So tantos os que lucram tolerando

    os pecados pblicos, que traficam na profanao das conscincias e dos sentidos!...

    Povo Misericrdia para eles, Sagrado Corao!Sacerdote So tantos os pervertedores das almas,

    que pelos jornais e pelos livros enriquecem, perver-tendo seus irmos!...

  • 23

    Povo Misericrdia para eles, Sagrado Corao!Sacerdote So tantos os que exercem a deplo-

    rvel profisso de excitar vcios e paixes, por meio de espetculos onde tudo permitido!...

    Povo Misericrdia para eles, Sagrado Corao!Sacerdote So tantos os que, relaxando o seu

    critrio de cristos, no querem ver mal nenhum no atropelo em que so frustrados os vossos man-damentos!...

    Povo Misericrdia para eles, Sagrado Corao!Sacerdote So tantos aqueles que, pelos seus

    encargos de posio, deveriam evitar gravssimas ofensas e no o fazem por respeito humano ou por uma condescendncia culposa!...

    Povo Misericrdia para eles, Sagrado Corao!

    reflexo

    Peamos perdo a Deus pelos pecados pbli-cos e sociais, com que os homens o ofendem no mundo inteiro, e tomemos a resoluo de apoiar todas as iniciativas para a regenerao da famlia e da sociedade.

    Sugesto: neste momento pode ser cantado um hino de perdo.

  • 24

    V

    (de joelhos)Dulcssimo Jesus, tende piedade dos que padecem

    a mortal angstia do isolamento e do abandono!... Quantas vezes, Mestre adorado, depois de pregardes as maravilhas do vosso amor, depois de fazerdes pro-dgios em favor da multido assombrada, vistes que os homens se afastavam receosos, ou partiam indiferentes, deixando-vos como neste Sacrrio, sozinho, abando-nado, sem outras testemunhas de vossas dores e de vosso amor seno os anjos do cu!... O vosso Corao experimentava ento as mesmas penas e amarguras que esses deserdados do amor, rfos de afeio to delicada, errantes nas trevas da noite, sem um lume que lhes aquea o lar!... E no fundo dessas almas surgem os mesmos transes da agonia que sofrestes na horrvel noite da Quinta-feira Santa... Temores, repugnncias, desfalecimento assaltam-nas cada vez com mais furor. E por fim, se no acudis, vs, amigo das almas que sofrem, elas, desesperadas, chamaro talvez a morte, como libertadora, ainda que as leve para a eterna desgraa!...

    Sacerdote Apressai-vos, Senhor!... Socorrei essas almas e dai-nos a todos refgio e companhia em vosso amvel Corao!...

  • 25

    Povo Dai-nos refgio e companhia em vosso amvel Corao!...

    Sacerdote Se algum dia nos mandardes triste provao, permitindo que os nossos nos abandonem!...

    Povo Dai-nos refgio e companhia em vosso amvel Corao!...

    Sacerdote Se as molstias e a morte nos trou-xerem o isolamento, quebrando laos que pareciam imperecveis!...

    Povo Dai-nos refgio e companhia em vosso amvel Corao!...

    Sacerdote Se algum dia nos visitar a pobreza, afu-gentando os amigos que no se sentem bem com ela!...

    Povo Dai-nos refgio e companhia em vosso amvel Corao!...

    Sacerdote Se tivermos a desgraa de uma desin-teligncia com os prprios irmos!...

    Povo Dai-nos refgio e companhia em vosso amvel Corao!...

    Sacerdote Se formos flagelados pela injustia dos homens, no vos aparteis de nosso lado!...

    Povo Dai-nos refgio e companhia em vosso amvel Corao!...

    Sacerdote Se at aqueles a quem muito ama-mos nos deixarem, Jesus... nessa hora de cruel ingratido!...

  • 26

    Povo Dai-nos refgio e companhia em vosso amvel Corao!...

    Sacerdote Se aqueles que nos pediram afeto, de-dicao e sacrifcios, hoje riem-se de ns e nos odeiam, perdoai-lhes e desculpai as nossas queixas!...

    Povo Dai-nos refgio e companhia em vosso amvel Corao!...

    Sacerdote Se a calnia e as humilhaes salpi-carem de lama a nossa fronte, compadecei-vos de nossas almas dilaceradas!...

    Povo Dai-nos refgio e companhia em vosso amvel Corao!...

    Sacerdote E, se para ns chegarem aquelas horas de mortal silncio, em que a alma se ache s, intei-ramente s, submergida no vcuo do esquecimento e da cruel indiferena!...

    Povo Dai-nos refgio e companhia em vosso amvel Corao!...

    reflexo

    Consideremos a solido da agonia de Jesus no Horto, prolongada em todos os Sacrrios da terra, e tomemos a resoluo de visit-lo muitas vezes em reparao da ingratido dos homens.

  • 27

    Sugesto: neste momento pode ser cantado um hino de perdo.

    Vi

    (de joelhos)As almas Jesus! Vs sabeis quanto vos ama-

    mos! Queremos amar-vos muito mais atendendo s solicitaes do vosso Corao adorvel que pede o nosso amor para fazer-nos venturosos. Sendo, porm, to grande a nossa pobreza, deixai-vos oferecer-vos nossos coraes pelas mos de Maria, vossa me santssima, que suprir a nossa misria com os seus merecimentos.