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Jornal da AGR Encontro reúne mais de 600 profissionais da radiologia em jornada no Rio Grande do Sul Médica americana fala da importância do controle de radiação nas crianças INTERNACIONAL ESPORTE Tecnólogo afirma que radiologia do RS está preparada para atender atletas mundiais ASSITÊNCIA À VIDA Pré-Jornada levou conhecimentos para atendimentos de urgência A pedido

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Edição setembro 2012

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SETEMBRO 2012 - ANO 19 - Nº 93

Jornal da AGREncontro reúne mais de 600

profissionais da radiologia em jornada no Rio Grande do Sul

Médica americana fala da importância do controle de radiação nas crianças

INTERNACIONAL ESPORTETecnólogo afirma que radiologia do RS está preparada para atender atletas mundiais

ASSITÊNCIA À VIDAPré-Jornada levou conhecimentos para atendimentos de urgência

A pedido

02 Jornal da AGR Setembro de 2012

Edição do “Jornal da AGR”: Playpress Assessoria de Imprensa

Jornalista Responsável: Marcelo Roxo Matusiak Registro: MTB/RS: 10063Fones: (51) 3361.6016 / (51) 9775.6084 / (51) 9865.8868E-mail: [email protected]

Redação, fotos e edição:Rafael Dias Borges, Mauro Plastina, Débora PerezLucas Aleixo e Suamy Sejanes

Presidente: Dr. Silvio CavazzolaTesoureiro: Dr. Ildo Betineli

Vices-presidentes:Tomografia Computadorizada: Dr. Rodrigo DuarteRessonância Magnética: Dr. Gustavo LuersenRadiologia Geral: Dr. Thiago KriegerAngiologia e Radiologia Intervencionista: Dra. Simone ValdugaDensitrometria Óssea: Dra. Beatriz AmaralMedicina Nuclear e Radioterapia: Dr. Osvaldo EstrelaAdministração: Dr. Everton KruseUltrassom: Dr. Carlos Roberto MaiaMamografia: Dr. Dakir Duarte

Sede da AGR: Av. Ipiranga, 5311- Sala 205 - Jardim Botânico - POA / RS - CEP: 90610-001 - Fone/Fax: (51) 3339.2242

A Associação Gaúcha de Radiologia é filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por imagem. O jornal da AGR é uma publicação oficial, semestral, com distribuição gratuita a todos os médicos radiologistas do Rio Grande do Sul, Sociedade de Radiologia do Brasil e demais países do Mercosul.

EXPEDIENTE

Palavra do Presidente

Nossa XXIII Jornada Gaúcha de Radiologia e X Jornada Sul foi um sucesso, em grande parte de-vido ao apoio de todos vocês. Ti-vemos cerca de 600 participantes nesta que foi a maior jornada de todas e que vem crescendo ano a ano em número de participantes; todos puderam trocar experiên-cias e rever e fazer novas amizades, neste que é um evento tradicional na radiologia de nosso país.

A participação de renomados professores estrangeiros, junto com colegas de outros estados e de colegas gaúchos, proporcionou

uma rica troca de experiências e tenho certeza que todos ficaram satisfeitos, já aguardando a opor-tunidade de, no próximo ano, par-ticipar novamente deste evento. Durante a Jornada, foi feita uma pesquisa entre os participantes e as empresas que patrocinam o evento, que revelou que a maioria prefere que o mesmo permaneça sediado em Porto Alegre; portan-to, a partir deste levantamento, as próximas Jornada Gaúchas de Ra-diologia serão realizadas em Por-to Alegre. Isto não significa que iremos abandonar a tradição de realizar um evento em Gramado; estamos planejando retomar as atividades no interior do estado, e iremos realizar sempre no final do ano um Evento fixo em Gramado, em local a ser definido, para mar-car o encerramento das atividades da AGR, com temas científicos de interesse geral e uma programa-ção social para que todos possam levar suas famílias e confraterni-zar. Aguardem, pois temos certe-za que todos irão aprovar.

Paralelamente as atividades científicas, também estamos en-volvidos com as eleições do CBR,

onde temos dois membros da atual diretoria da AGR concorrendo na chapa 1. Contamos com o apoio de todos; participe, vote e exerça seu direito democrático de escolher seus representantes para dirigir o CBR no próximo biênio.

Estamos encerrando no final deste ano nosso biênio a frente da AGR, e gostaria de agradecer aos meus companheiros de diretoria pelo esforço e empenho incansável em todas nossas atividades fren-te a AGR, em especial na orga-nização das Jornadas Gaúchas de Radiologia de 2011 e 2012; sem a participação de todos, elas não teriam atingido o sucesso obtido. Sabemos que ainda há muito a ser feito, principalmente nas ques-tões relacionadas à remuneração e defesa profissional; estaremos atentos e sempre buscando lutar por valorização real de nosso tra-balho e em defesa de nossos asso-ciados.

Desejo também agradecer, em meu nome e de toda a nossa dire-toria, a todos que de uma forma ou de outra nos auxiliaram neste biênio: Muito Obrigado a todos vocês!

Dr. Silvio Cavazzola, Presidente da Associação Gaúcha de Radiologia

Setembro de 2012 Jornal da AGR 03

Brasil mantém alto nível em tratamento de lesões de atletas

Em época de Olimpíadas e preparação para Copa do Mundo de 2014, o atendimento médico a

atletas deve ser impecável. Con-forme o tecnólogo em radiologia, Paulo Roberto Abreu, diversas clínicas e hospitais de Porto Ale-gre estão preparados para aten-der os competidores de alto nível com relação a exames de imagem. O assunto esteve em pauta em evento recente promovido pela Associação Gaúcha de Radiolo-gia. O estado conta com a mais alta tecnologia em ressonância magnética, que facilita a detecção de lesões de menor porte, difíceis de diagnosticar apenas com os raios-X.

Exames de alto nível, dispo-níveis em solo gaúcho, disponibi-lizam imagens em alta resolução e são fundamentais para que os médicos do esporte recomendem a prevenção de novas lesões, diag-nosticando o tratamento adequa-

do, bem como o retorno apropria-do às atividades físicas.

- A seleção brasileira de fute-bol, quando esteve aqui há dois anos, utilizou este tipo de traba-lho. Atletas nossos que estão na Alemanha e Inglaterra e até no Leste Europeu acabam muitas vezes pousando em Porto Alegre para fazer exames conosco - afir-ma Paulo Roberto.

Além dos praticantes do es-porte que é paixão nacional, adeptos de outras modalidades como vôlei e ginástica olímpica adotam os departamentos médi-cos e exames de imagem de clí-nicas rio-grandenses. O tema foi abordado durante a XXII Jorna-da Gaúcha de Radiologia, reali-zada pela Associação Gaúcha de Radiologia.

Mauro Plastina

A necessidade de proteção do paciente e de todos profissionais envolvidos na realização de exa-mes radiológicos é algo que não vai mudar nunca. Porém, com criatividade, é possível estabele-cer práticas que ajudam a dimi-nuir essa exposição. O tema foi levantado pelo tecnólogo em ra-diologia, Adriano Lima e Silva, que mostrou iniciativas simples que ajudam a melhorar esse pro-cesso.

- O profissional preocupado com proteção radiológica, mesmo não tendo equipamentos ou ar-tefatos necessários, pode buscar com criatividade desenvolver ma-neiras de suprir essa necessidade - afirmou.

Um exemplo é o uso de ante-

paros fixos que dispensam a per-manência do profissional segu-rando algumas placas. Com o uso de rodinhas, a estrutura pode fa-cilmente ser deslocada para o lo-cal adequado. O uso de uma ban-queta abaixo da maca pode servir também como substituto do pro-fissional que teria que segurar as pernas do paciente.

Outra medida singela, mas que pode colaborar, é solicitar ao paciente que segure a placa, des-de que, obviamente, ele esteja em plenas condições para isso.

Todo exame que utiliza radia-ção ionizante deve ter proteção tanto para o paciente, acompa-nhante e para o profissional se es-tiver acompanhando em sala.

- É preciso usar a criatividade

e nisso todos sabem que o brasi-leiro é mestre. Soluções simples podem buscar a proteção do pa-ciente e do próprio profissional que vai trabalhar, em muitos ca-sos, cerca de 20 ou 30 anos com radiação ionizante - completou Adriano.

Um dos temas que sempre preocupa os médicos, técnicos e tecnólogos é a necessidade cons-tante de debater o tema da prote-ção radiológica. O objetivo é criar a cultura de educação continuada em que se relembre isto sempre. A necessidade se impõe, já que no dia-à-dia o comodismo pode levar a determinados trabalhadores da área a não manterem a rotina de colocação das luvas, coletes e pro-teções no corpo.

Criatividade diminui exposição humana à radiação em exames

04 Jornal da AGR Setembro de 2012

Curso prepara médicos para atuação em situações de reações adversas ao

contraste radiológicoA medicina evolui

cada vez mais na área da radiologia e se utiliza de métodos de contras-te para o diagnóstico de doenças importantes. No entanto, conforme essa técnica aumenta, se faz cada vez mais ne-cessária a qualificação profissional dos médicos para lidarem em uma si-tuação de algum tipo de procedimento alérgico aos componentes utiliza-dos.

O tema foi abordado em atividade realizada ao longo da quinta-feira (12/07), no Hotel Pla-za São Rafael, em Porto Alegre. O curso, chama-do Assistência à Vida em Radiologia (AVR), fez parte da programação Pré-Jornada da Jorna-da Gaúcha de Radiolo-gia.

A coordenadora do curso e diretora cultural do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnósti-co por Imagem, Adonis Manzella dos Santos, iniciou a apresentação fazendo uma revisão histórica dos elemen-tos usados em contraste e explicou reações ad-versas e riscos nos exa-mes.

- A evolução melhora não só para uma imagem com melhor qualidade, mas evita efeitos tóxi-cos oriundos do contras-te. Hoje os exames são muito mais seguros do

que eram antigamente, além do surgimento de novos contrastes que permitem diagnóstico com ultrassonografia e ressonância magnética - afirmou.

Os problemas mais comuns acontecem com alteração na função re-nal, apesar de não ser tão frequente. Segundo a médica, esse tipo de si-tuação, pode ser ameni-zado através da correta hidratação do paciente e uso de outras medica-ções para minimizar esse impacto. Como regra ge-ral, os médicos sempre devem usar o mínimo de contraste possível.

Um tema que divide opiniões é a utilização da palavra óbito no docu-mento chamado “Termo de Consentimento”, que o paciente assina antes de ser submetido ao exa-me.

- Realmente pode ge-rar uma ansiedade no pa-ciente por saber que está fazendo um exame que poderia, ainda que numa hipótese muito remota, levá-lo à morte. O reco-mendado é que não se use o termo óbito e sim para-da cardiorespiratória. Se o paciente não entende isso, a gente sempre pede que ele venha conversar e explicamos que é algo necessário para constar no documento, mas que é uma hipótese muito improvável - completa Adonis.

O curso já acontece no Brasil há vários anos, mas essa foi a primeira vez que foi realizado no Rio Grande do Sul. No turno da tarde, os médi-cos foram submetidos a uma aula prática usando manequins e equipamen-tos que simulam atendi-mentos de emergência.

A médica da vice-pre-sidência de angiologia e radiologia interven-cionista, da Associação Gaúcha de Radiologia, Simone Valduga, comen-ta a importância da ini-ciativa por aproximar os médicos de uma atuação que não é rotina.

- Hoje estamos muito distantes da parte práti-ca e de como fazer uma correção numa situação adversa. Passamos muito tempo em cima de aná-lise de exames. Por isso temos de estar prepara-dos porque são 15 mi-nutos, muitas vezes, nos quais é preciso estar com tudo muito esclarecido e bem organizado. É im-portante que os médicos também se mantenham atualizados porque mui-tas coisas mudam com o passar do tempo - afir-ma.

Marcelo Matusiak

Setembro de 2012 Jornal da AGR 05

As atividades iniciaram na quinta-feira (12/07) com o cur-so pré-congresso chamado As-sistência à Vida em Radiologia (AVR) que capacitou médicos para lidarem em uma situação de algum tipo de procedimento alérgico aos componentes uti-lizados em contraste radiológi-co

Na sexta-feira (13/07), entre os destaques da programação es-teve a aula ministrada pelo médi-co e professor chefe da divisão de medicina nuclear da Universidade de Washington, Barry Siegel, que abordou o uso do PET-CT na on-cologia. O médico da Universidade de Standford, nos Estados Unidos, Scott Atlas, falou sobre neurora-diologia e a professora de radiolo-gia pediátrica da universidade de Washington, Marilyn Siegel trou-xe a discussão de temas ligados à radiologia pediátrica.

No sábado, o destaque foi o Curso de Gestão, promovido em parceria com o Colégio Brasilei-ro de Radiologia (CBR). O mais polêmico debate foi em torno da baixa remuneração dos médicos

em atendimentos com planos de saúde.

- O que precisa ser feito é o mé-dico se dar conta do seu valor e re-assumir a sua dignidade. Nós que fazemos exames, que diagnostica-mos e que salvamos vidas. Os pla-nos de saúde todos são comerciais e que visam apenas o lucro e estão cada vez maiores cobrando cada vez mais do associado e pagando cada vez menos aos médicos. Hoje não existe nenhum hospital que possa funcionar sem um médico radiologista para um diagnóstico. Então por que nós nos submete-mos a isso? Chega. Não podemos mais ser explorados e precisamos dizer isso - defendeu enfático o presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia, Manoel Aparecido Gomes da Silva.

Na área da mama, o destaque ficou por conta da presença do pre-sidente da Sociedade Chilena de Radiologia, Miguel Pinochet, que fez elogios ao trabalho desenvolvi-do na especialidade no Brasil.

- O Brasil é líder no controle de qualidade em mamografia na América Latina. É um trabalho

muito sério com equipamentos, qualidade de revelação e de pelícu-las. No Chile também há uma pre-ocupação grande e consciência do tema. São feitos controles da equi-pe, do processamento e do profis-sional que está fazendo o procedi-mento - comentou.

O secretário estadual da saúde, Ciro Somoni, participou da ceri-mônia de abertura do evento na noite de sexta-feira e ressaltou a importância do encontro para mé-dicos e para sociedade.

- A radiologia e todas as espe-cialidades de imagem estão sofren-do uma evolução tecnológica mui-to grande. O Rio Grande do Sul tem acompanhado muito de perto esta evolução e isto faz com que o atendimento também evolua.

Um diagnóstico bom facilita um tratamento adequado. O traba-lho depende ainda de equipamen-tos que são vendidos a preços mui-to elevados, mas felizmente nossos serviços e hospitais têm consegui-do fazer com que toda essa evolu-ção possa acontecer aqui no estado - comentou.

Além das aulas, os visitantes puderam conhecer equipamentos, experimentar e ouvir de especia-listas os diferenciais de grandes marcas fabricantes. A feira reuniu 25 empresas entre expositores e patrocinadores. O presidente da Associação Gaúcha de Radiologia, Silvio Cavazzola, fez um balanço positivo do encontro.

- Os profissionais e as empre-sas ficaram muito satisfeitos. Con-versei com alguns expositores e eles disseram que estiveram com volume bom de visitantes e a ex-pectativa de negócios foi muito boa - disse.

Marcelo Matusiak

Jornada Gaúcha de Radiologia promove fortalecimento da classe e

apresenta novidades na área

06 Jornal da AGR Setembro de 2012

Radiologistas se mobilizam para impedir aprovação de projeto que proíbe médicos de

fazerem exames

Médicos radiologis-tas de todo o país estão unidos na tentativa de sensibilizar políticos a não aprovarem a pro-posta que pode retirar o direito de médicos faze-rem exame de ultrassom, tornando a atividade pri-vativa a técnicos, tecnó-logos e bacharéis. O Pro-jeto de Lei, número 3661 de 2012, está em tra-mitação na Câmara dos Deputados, em Brasília. O presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia, Manoel Aparecido Go-mes da Silva, não poupa adjetivos e afirma que a medida é um crime con-tra a sociedade.

- Isso não é somen-te uma ameaça a nossa especialidade e sim uma

ameaça à população. É preciso reconhecer a especialidade de cada um. Eu sou médico, por exemplo, especialista em diagnóstico e me especia-lizei em ultrassonografia e não faço cirurgia, assim como o médico que faz cirurgia não pode dar o diagnóstico dos exames. Então, tem quer ser mé-dico e tem que ser espe-cialista. Como um téc-nico de radiologia vai poder fazer isso? É uma reserva de mercado que querem puxar por lei uma competência que ele não tem - afirmou o pre-sidente do CBR.

O projeto foi apresen-tado pelo senador Paulo Paim, do RS. Pela me-dida, o médico também

ficaria impedido de ope-rar qualquer aparelho de ressonância, tomografia e PET-CT.

- O Projeto de Lei tem, inclusive, a petulân-cia de proibir a atuação dos médicos nos apare-lhos que forem desenvol-vidos daqui para frente. Estamos pedindo a parti-cipação de todos os mé-dicos radiologistas para nos dirigirmos a todos os deputados para que façam a sua parte, para que consigam demons-trar aos parlamentares a gravidade do assunto - completa o presidente do CBR, Manoel Aparecido Gomes da Silva.

O presidente da As-sociação Gaúcha de Ra-diologia, Silvio Cavazzo-

la, reforça a importância do assunto.

- Por mais qualificado que seja o técnico/tecnó-logo em radiologia, e sa-bemos que eles existem no mercado, o médico tem que fazer 6 anos de faculdade de medicina e mais 3 de especialização em Radiologia e Diag-nóstico por Imagem para poder efetuar o exame com segurança. Como o técnico/tecnólogo, que se forma em 2/3 anos, sem conhecimentos mais profundos de fisiopatolo-gia, fisiologia, anatomia e patologia poderá fazer o que levamos 9 anos para aprender? - questio-na.

Setembro de 2012 Jornal da AGR 07

Crianças precisam de radiação específica nos exames radiológicos

O exame radiológico em uma criança deve ser realizado com exposi-ções diferenciadas de um adulto, o que ainda não vem sendo feito em mui-tos casos. O alerta é da médica norte americana Marilyn Siegel que par-ticipou da Jornada Gaú-cha de Radiologia.

- As crianças são mais sensíveis à radiação porque as células cres-cem rápido. Além disso, é preciso considerar que

elas viverão por muito tempo. Se você é expos-to à radiação, pode levar de duas a três década para aparecer o risco de câncer; então, essa expo-sição na criança, se ini-ciado agora, será sentida ao longo da vida adulta - explicou a médica e pro-fessora de radiologia pe-diátrica da universidade de Washington, Marilyn Siegel.

Para ajudar nisso, os médicos trabalham com

o controle de radiação. O primeiro estudo que é feito é a real necessida-de de um determinado exame e avaliação para saber se não há outro exame alternativo que possa ser feito. Segundo a professora dos EUA, há estudos que mostram que o número de exames está diminuindo por cau-sa desses métodos alter-nativos.

- O interessante é que isso está acontecen-do em hospitais univer-sitários em número mais significativo do que hos-pitais públicos e clínicas privadas. Por isso eu re-forço a importância da educação e qualificação profissional, como a re-alizada na Jornada Gaú-cha de Radiologia - com-pletou.

A especialista acres-centa que o risco de ex-

posição à radiação é um tema atual, importante e que preocupa as pessoas. Como administrar isso é um tema que envolve diversos aspectos. O pri-meiro é o uso de equi-pamentos adequados, que possuem tecnologia para reduzir os índices de exposição. A segunda condição é que é preciso entender a maioria das características e tec-nologias presentes nos aparelhos atuais. Hoje é possível regular a ve-locidade, a voltagem e a quantidade de radiação. O que os físicos preci-sam entender, segundo a médica, é a importância da educação e qualifica-ção de como operar os equipamentos, porque são eles que operam os scanners e podem ajudar a controlar a quantidade de radiação.

Marcelo

Matu

siak

Avanços em Radioterapia permitem precisão ainda maior no tratamento de tumores

A radioterapia tem alcançado resultados cada vez mais efetivos, especialmente nos últi-mos cinco anos, quando novas tecnologias sur-giram e outras foram aprimoradas. O objetivo da radioterapia é o tra-tamento do tumor. Ela significa, na prática, a fu-são do exame de imagem com o tratamento. Se em práticas regulares é feito um exame para depois ser avaliado pelo médi-co, na radioterapia esse

processo é simultâneo, conforme o físico Telpo Dias.

- As novas tecno-logias têm entrado no mercado brasileiro de uns anos para cá com bastante ênfase. Um dos desafios ainda é mudar um quadro no qual o equipamento moderno de radioterapia que bus-ca ser guiado por ima-gem gira em torno de US$ 2 milhões e US$ 6 milhões. Este é um cus-to muito alto para a so-

ciedade, tornando-se o maior empecilho hoje - explica.

Apesar da máquina fazer muito pela pro-moção da saúde, é o ser humano que tem a missão de potencializar isso.

- O que se busca é usar melhor os recursos tecnológicos potencia-lizando-os ao máximo. Por isto, o ser humano nunca será deixado de lado - completou Tel-po.

Uma das novidades que tem chamado a aten-ção pela sua eficiência é a chamada IGRT, ou radioterapia guiada por imagem, que permite o tratamento com alvos em movimento. É o caso da respiração do pacien-te. Nesse caso, o equipa-mento calcula de forma precisa o movimento de um tumor, emitindo radiação apenas no mo-mento em que o mesmo entra no campo determi-nado.

Jornal da AGR Setembro de 2012

3 de outubro - Grupo de Estudos em Radiologia Torácica.Local: AMRIGS

5 de setembro - Grupo de Estudos em Radiolo-gia TorácicaLocal: AMRIGS

11 de setembro - Grupo de Estudos em Músculo EsqueléticoLocal: AMRIGS

19 de setembro - Grupo de Estudos em AbdômenLocal: AMRIGS

Agenda AGR

7 de novembro - Grupo de Estudos em Radiologia Torácica.Local: AMRIGS

9 de outubro - Grupo de Estudos em Músculo EsqueléticoLocal: AMRIGS

18 de outubro - Clube Hugolino AndradeLocal: Galeteria Casa do Marquês

17 de outubro - Grupo de Estudos em AbdômenLocal: AMRIGS

8 de novembro - Clube Hugolino AndradeLocal: Galeteria Casa do Marquês

13 de novembro - Grupo de Estudos em Músculo EsqueléticoLocal: AMRIGS

21 de novembro - Grupo de Estudos em AbdômenLocal: AMRIGS

9 de dezembro - Prova de ResidentesLocal: AMRIGS

Legislação em Medicina Nuclear oferece proteção, mas prestadores de serviços são

insuficientesCom as novas exigências

aprovadas em agosto de 2011, os serviços de medicina nuclear estão obrigados a cumprir um total de 354 itens, entre medidas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério do Trabalho e Emprego e Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). O elevado número de normas e resoluções é considerado importante pelo grau de complexidade dos serviços, segundo o especialista em medicina nuclear Adelanir Barroso, que trouxe o assunto recentemente em evento realizado pela Associação Gaúcha de Radiologia.

- O serviço de radiologia nuclear tem uma legislação extensa e complexa, mas extremamente necessária. Tem sido possível, mas ainda não do jeito que gostaríamos, influir na lógica do dia a dia dos profissionais envolvidos. Lei não

se discute para aplicar, mas sim como ela deve ser - explicou.

Um dado que chama a atenção da especialidade é a alta concentração em poucos estados do país. Hoje, aproximadamente 67% dos serviços são realizados apenas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Apesar de estar

em crescimento, existem apenas 362 médicos especializados no país. Entre os 354 itens a serem cumpridos pela legislação para estabelecimento de uma clínica especializada há 108 itens estabelecidos pela Anvisa, 38 pelo Ministério do Trabalho e Emprego e 210 pelo CNEN.