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8 – PLANEJAMENTO DAS AÇÕES PARA A APA FERNÃO DIAS

8.1 – Base Conceitual

A definição dada para Programas pelo Roteiro Metodológico para Gestão de APAs(IBAMA, 2001) é a de um conjunto de projetos, atividades, ou serviços dirigidos àefetivação de objetivos específicos.'

Na formulação dos programas são considerados como base os aspectosrelacionados aos espaços institucionais, os mecanismos e os instrumentos legais jáexistentes no território da Unidade de Conservação.

As diversas atividades, definidas no âmbito do Plano, integram os Programas deAção, que são delimitados para atender à complexidade de aspectos que envolvemas questões ambientais da APA. Estes conjuntos de atividades são estruturadospara atingir objetivos relevantes no plano do Conhecimento, da GestãoInterinstitucional e da Gestão Ambiental. A aplicação de Programas de Ação,articulados às Zonas Ambientais, permite a gestão ambiental específica e geral.

Para tanto, os programas voltados a instrumentalizar a gestão da UnidadeConservação devendo alcançar os objetivos da categoria na qual está inserida noSNUC, nessa caso, a Área de Proteção Ambiental - APA.

8.2 – Objetivos dos Programas

O Plano de Gestão de uma Unidade de Conservação é composto por programas esubprogramas. Para tanto, estes deverão ser definidos para todas as ZonasAmbientais da APA. A estruturação dos programas se dará por atividades afins edevem atender à complexidade de aspectos que envolvem otratamento/atendimento das questões ambientais vinculadas ao território da APA..

8.2.1 – Objetivo Geral

Com base em IBAMA (2001), o objetivo geral destes programas é o de garantir oconhecimento da dinâmica dos ecossistemas e a biodiversidade da Unidade deConservação, incluindo o conhecimento do seu patrimônio cultural.

8.2.2 – Objetivos Específicos

Os objetivos específicos do Plano de Gestão são:

� Ter um bom nível de conhecimento do ambiente, relacionados aos meiosfísico, biológico e sócio-econômico-cultural;

� Estabelecer o ordenamento territorial;

� Organizar e melhorar a gestão, por meio dos programas ( permitindo: bemgerir a Unidade, conhecendo sua dinâmica ecológica e permitindo aperpetuação das condições ambientais naturais;

� Promover a utilização da unidade para fins de pesquisa, educativos e deecoturismo, repassando o conhecimento de forma integrada;

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� Permitir o monitoramento de indicadores, verificando a aplicação daspropostas e a efetividade das ações, permitindo a identificação de desvios eatualização de decisões; e,

� Permitir o registro formal do nível de conhecimento e das decisões(normatização) de uso dos recursos naturais e espaços, garantindoconstância e coerência na gestão/manejo da Unidade.

Assim, para que os objetivos sejam alcançados, as atividades propostas deverão serdirecionadas para a proteção e a conservação dos recursos naturais da APA.

Os estudos deverão abranger as paisagens representativas dos ambientes naturais,corredores de fauna e remanescentes vegetacionais em estágio avançado desucessão e que auxiliem na potencialização das conexões ecológicas.

Os programas ora relacionados tem ainda como objetivo a proposição de estratégiasde mudanças tão necessárias nas relações do homem com seu habitat, do quepropriamente investir no aspecto fiscalizatório do cumprimento de respectivasnormas, proibições e leis específicas, cujo cumprimento entende-se como aspectonatural ao bom andamento do zoneamento da APA.

Visando facilitar o entendimento e baseando-se no Roteiro Metodológico paraGestão de APAs (IBAMA, 2001), os programas propostos para a APA Fernão Dias,consideram três grandes grupos:

� Programa para a Gestão Interinstitucional;

� Programas para o Conhecimento da APA; e,

� Programas de Gestão Socioambiental.

Esses três grupos foram estabelecidos de forma a atender as diferentes zonasambientais da APA (Figura 8.01).

Além das zonas ambientais, há programas que são de responsabilidade doórgão gestor da APA e outros que são indicados às prefeituras aplicarem. Poréma gestão da APA deve levar as propostas aos representantes municipais demodo que os mesmo percebam a necessidade de aplicação dos mesmos.

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PROGRAMAS E SUBPROGRAMAS PARA A GESTÃO DA APA FERNÃO DIAS

PROGRAMA de Pesquisa e Monitoramento da Fauna

PROGRAMA de Pesquisa Científica e Estudos Florísticos

Subprograma de Avaliação Populacional de Petunia mantiqueirensis

CONHECIMENTOGESTÃO INTERINSTITUCIONAL

PROGRAMA de Operacionalização da APA PROGRAMA de Promoção de Conexão em Fragmentos Florestais por Meio de Formação de Micro-corredores Regionais com Regularização e Ordenação de Reserva Legal

PROGRAMA de Reabilitação dos Campos da Fazenda Boa Vista

PROGRAMA de Controle de Plantas Exóticas em Áreas Rupestres

PROGRAMA de Arborização do Caminho da Fé

PROGRAMA de Implantação de Unidades de Conservação de Proteção Integral e Fomento à Criação de RPPN's

PROGRAMA de Desenvolvimento Socioeconômico

Subprograma de Adequação de Infra-estrutura Municipal e Planejamento Urbano-rural

Subprograma de Saneamento Ambiental

Subprograma de Tratamento de Resíduos Sólidos

Subprograma de Desenvolvimento Local voltado para a Organização Produtiva

Subprograma de Incentivos a Atividades Econômicas Ambientalmente Sustentáveis

Subprograma de Produção de Madeira e Lenha como Alternativa Econômica

Subprograma de Manejo Sustentável de Espécies Nativas, Plantas Ornamentais, Espécies Arbóreas

PROGRAMA de Manejo e Monitoramento de Bacias Hidrográficas

GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

PROGRAMA de Comunicação Social e Educação Ambiental

Subprograma: Apresentação da APA para a Comunidade e Promoção Comunicação entre moradores e gestores da UC

Subprograma: Divulgação de Técnicas Agroecológicas e do Projeto Conservador das Águas de Extrema

PROGRAMA de Substituição Gradual de Abelhas Exóticas por Abelhas Nativas em Áreas Prioritárias para Conservação

PROGRAMA Turístico para a APA Fernão Dias

Figura 8.01 – Programas para Gestão da APA Fernão Dias Associados às Respectivas Zonas Ambientais

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ZONA DE CONSERVAÇÃOCOM CONCENTRAÇÃO DE ATIVIDADES AGROPASTORIS

ZONA DECONSERVAÇÃO DA VIDA SILVESTRE

ZONA DE PROTEÇÃO DA VIDA SILVESTRE

ZONA DE CONSERVAÇÃOCOM CONCENTRAÇÃO DE ATIVIDADES SILVICULTUTRAIS

ZONAS URBANAS: CONSOLIDAÇÃO E EXPANSÃO

ZONA DEDESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

ZONA DE OCORRÊNCIA AMBIENTAL

TODAS AS ZONAS

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(VERSO DA FOLHA)

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8.3 – Programa de Gestão Interinstitucional

As atividades desse programa direcionam-se ao aperfeiçoamento dos mecanismosde administração, gerenciamento e cooperação institucional entre as entidadesparticipantes, ou comprometidas com o processo de gestão da APA..

8.3.1 – Operacionalização da APA

Para desenvolvimento dos programas propostos para a APA, é necessárioinstrumentalizá-la com recursos humanos, equipamentos e materiais.

� Objetivo

Buscar o estabelecimento de pessoal capacitado, de infra-estrutura adequada eequipamentos que possibilitem a gestão da APA.

� Atividades

Atividade 1 - Fazer gestão junto ao IEF para atender a demanda de pessoalnecessário para compor o quadro mínimo de servidores da APA (Tabela 8.01).

Tabela 8.01 – Quadro Profissional Necessário para a APA Fernão Dias

PROFISSIONAL QUANTIDADE FUNÇÕES OBSERVAÇÕES

Geógrafo 01 responsável pelo gerenciamentodos recursos cartográficos da APAe auxiliar na localização de focosde incêndio e em outras atividadesda APA, utilizando o softwareArcview.

Essa pessoa poderáauxiliar em outras açõespropostas nos programasespecíficos

EngenheiroAgrônomo

01 auxiliar na implementação dosprogramas propostos e na gestãoda APA

Auxiliar deLimpeza

02 Desempenhar funções delimpeza/manutenção e serviçosgerais.

Agentes deEducaçãoAmbiental

02 Desempenhar atividades dedivulgação da APA

Proveniente de estágioremunerado

AuxiliarAdministrativo

01 Trabalhos internos de escritório

Polícia Florestal 02 Desempenhar atividadesespecíficas de fiscalização, emparceria com a Polícia Florestal,na APA

Atuar em parceria com oIEF e com a PolíciaFlorestal

Atividade 2 - Capacitar recursos humanos, para garantir a gestão da APA, nasseguintes funções:

� Administrativas;

� Utilização do Arcview;

� Apoio à pesquisa;

� Operação, manutenção e equipamentos;

� Atendimento de primeiro socorros;

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� Agentes de educação ambiental e monitores com: noções básicas de meioambiente e ecologia; Conceitos de Educação Ambiental; Proteção do Patrimônio;e, Conhecimento específico sobre a APA.

Essa capacitação deverá ser contínua e sempre que houver possibilidadede cursos que envolvam temas de interesse, os mesmos devem serrealizados.

Atividade 3 - Dotar a Unidade de Conservação com os equipamentos apresentadosna Tabela 8.02 (especificações contidas no Anexo 8.01):

Tabela 8.02 – Equipamentos necessários na Gestão da APA Fernão Dias

EQUIPAMENTO QUANTIDADE OBSERVAÇÕES

Computadores 03 unidades com configuração apropriada para ser utilizado pelaequipe da APA

Carro 01 veículo Veículo traçado dada as condições precárias dasestradas da APA

Cadeiras 50 unidades Cadeiras móveis para auditório

Mesa Retangular 01 conjunto Conjunto de mesa retangular para compor o auditório

Cadeiras 08 unidades Cadeiras Específicas para as mesas de auditório

Estante 02 unidades Estante de madeira para o auditório

Armário 04 unidades Armário alto e com prateleiras

Estação de Trabalho (Work station) 05 unidades

Cadeiras 05 unidades Cadeiras próprias para as secretárias

Binóculo 02

Lanternas 04

Materiais gerais de papelaria Diversos

DVD 01

Data-show 01

Máquina Fotográfica Digital 02

Equipamento de GPS 02 Ver já existente

Material de primeiros socorros 3 kits

Arcview 01 Software para mapeamentos temáticos e inter-relaçõesde bases cartográficas

Atividade 4 - Realizar reuniões semestrais de planejamento das atividades ereuniões mensais de avaliação e ajustes entre os envolvidos com a APA.

Atividade 5 - Elaborar relatórios mensais e semestrais de atividades, além dorelatório anual de avaliação da gestão.

Atividade 6 - Elaborar e implementar um manual de procedimentos a seremimplementados na sede da APA, incluindo as atividades de: manutenção dasestruturas e infra-estruturas, escala de serviço e limpeza.

Deve ser realizada revisão anual nos procedimentos ou sempre que fornecessário.

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Atividade 7 - Elaborar e implementar rotina de fiscalização e análise do território daAPA, a ser realizado pela gerência.

Atividade 8 - Implementar o Conselho Consultivo para apoiar a Gestão e fortalecer aUC.

Para o bom andamento dessa atividade é necessário o cumprimento das seguintesnormas:

� O Conselho Consultivo apoiará a administração geral, nas atividades a seremdesenvolvidas na APA;

� A criação de um Conselho Consultivo tem como base as disposições do SNUC(Lei Federal 9.985/00), o qual estabelece que cada Unidade de Conservaçãodeverá dispor de um Conselho;

� Após a formalização do Conselho deverá ser elaborado o Regimento Interno doConselho, devendo o mesmo ser aprovado pelo IEF;

� Deverá ser realizada capacitação específica para o Conselho Consultivo, para oexercício de suas funções.

� As reuniões do Conselho devem ser periódicas.

Atividade 9 - Elaborar e implementar Plano de Prevenção e Combate a Incêndios(PPCI) da Unidade, especialmente em conjunto com as empresas florestaispresentes:

� Instruir os técnicos responsáveis pela fiscalização e controle da Unidade quantoà observação e primeiras providências a possíveis focos de fogo, principalmentedurante a época de perigo (de junho a novembro);

� Manter atualizados, através de cursos, os responsáveis pela fiscalização econtrole;

� Criar brigadas voluntárias nas comunidades, especialmente àquelas próximasdas zonas de conservação e proteção da vida silvestre;

� Adquirir e distribuir Kits incêndios para responsáveis das brigadas;

� Treinar os brigadistas;

� Manter em bom estado de conservação os equipamentos do kit incêndio.

� Desenvolver um plano de controle, prevenção e combate a incêndios Devem serindicadas as formas de detecção de incêndios, a rotina de comunicação, asformas de organização e transporte do pessoal, as alternativas de abastecimentoe transporte de combustíveis, o abastecimento de água, alimentação, apoiologístico, primeiros socorros, entre outros.

Essas indicações deverão constar em um documento específico onde as linhasde ação serão delineadas.

As atividades de prevenção e combate a incêndios serão executadas de formacontínua.

Atividade 10 - Implementar ações de combate à pesca, caça, captura e comércioilegal de animais silvestres.

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� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

Para a avaliação da efetividade do programa, os seguintes indicadores deverão serutilizados:

� O número de pessoas a serem contratadas para auxiliar na gestão da APA;

� A verificação de que os objetivos e justificativas desse programa queapresentam praticidade para a gestão da Unidade e Conservação dabiodiversidade;

� A implementação dos equipamentos requisitados;

� Existência de um manual de rotina para fiscalização e operacionalização daAPA;

� Estabelecimento do Conselho Consultivo.

� Pressupostos e Meios de Verificação de Indicadores

� O número de pessoas a serem contratadas para auxiliar na gestão da APAestá em concordância com o previsto no programa?

� Foi elaborado um manual de rotinas?

� O andamento das atividades rotineiras da APA estão ocorrendo da formaproposta no manual?

� Os recursos financeiros, de infra-estrutura e de pessoal requeridos para aimplementação dos projetos são adequados?

� Instituições com Potencialidade para Parceria

Para a operacionalização da APA poderão e/ou deverão ser formalizadas parceriascom entidades afins com os objetivos da UC como: DER, Corredor Ecológico daMantiqueira, Comitê da bacia do rio Piracicaba, Capivari e Jundiaí – PCJ e do rioSapucaí, Comitê Piracicaba-Jaguari (em implantação).

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: IEF.

� Executiva: IEF.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.03 apresenta o cronograma de implementação do Programa.

Tabela 8.03 – Cronograma de Implementação do Programa de Operacionalização

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5Fazer gestão junto ao IEF para atender à demanda de pessoal necessáriopara compor o quadro mínimo de servidores da APA

X

Capacitar recursos humanos, para garantir a gestão da APA, nas funçõesadministrativa, técnica, etc

X X X X X

Dotar a Unidade de Conservação dos equipamentos elencados na Tabela8.02

X

Realizar reuniões semestrais de planejamento das atividades e reuniões X X X X X

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AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5mensais de avaliação e ajustes entre os envolvidos com a APA

Elaborar relatórios mensais e semestrais de atividades, além do relatório anualde avaliação da gestão

X X X X X

Elaborar e implementar um manual de procedimentos a serem implementadosna sede da APA, incluindo as atividades de: manutenção das estruturas einfra-estruturas, escala de serviço e limpeza

X X X X

Elaborar e implementar rotina de fiscalização e análise do território da APA, aser realizado pela gerência

X X X X X

Implementar o Conselho Consultivo para apoiar a Gestão e fortalecer a UC X

Reeleger o Conselho Consultivo X

Elaborar e implementar Plano de Prevenção e Combate a Incêndios (PPCI)da Unidade, especialmente em conjunto com as empresas florestais

X X X X

Implementar ações de combate à pesca, caça, captura e comércio ilegal deanimais silvestres

X X X X X

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� Orçamento Estimado

A Tabela 8.04 apresenta o orçamento estimado para o Programa.

Tabela 8.04 – Orçamento Estimado do Programa de Operacionalização

ATIVIDADE

RECURSOS NECESSÁRIOS ESTIMADOS PARA IMPLANTAÇÃO / ANO (EM R$)

ANO I - TRIMESTRE ANO

1º 2º 3º 4º TOTALANO ANO II ANO III ANO IV ANO V

TOTAL

Fazer gestão junto ao IEF para atender a demanda de pessoalnecessárias para compor o quadro mínimo de servidores da APA.

1.200,00 1.200,00

Capacitar recursos humanos, para garantir a gestão da APA, nas funçõesadministrativa, técnica etc.:

Geógrafo 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 16.000,00 16.000,00 18.000,00 20.000,00 20.000,00 90.000,00

Engenheiro Agrônomo 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 16.000,00 16.000,00 18.000,00 20.000,00 20.000,00 90.000,00

Auxiliar de Limpeza 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 4.800,00 4.800,00 4.800,00 4.800,00 4.800,00 24.000,00

Dotar a Unidade de Conservação com os seguintes equipamentosComputadores (3 unidades) 6.500,00 6.500,00 6.500,00

Carro (1 veículo traçado) 95.000,00 95.000,00 95.000,00

Cadeiras (50 unidades)Mesa Retangular (1 conjunto)Cadeiras (8 unidades)Estante (2 unidade)Armário (1 unidade)Estação de Trabalho (Work station) (5 unidades)Cadeiras (2 unidades)Binóculo (1 unidades) 300,00 300,00 300,00

Lanternas (3 unidades) 250,00 250,00 250,00

Materiais gerais de papelaria (diversos) 500,00 500,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 5.000,00

DVD (1 unidade) 300,00 300,00 300,00

Máquina Fotográfica Digital (2 unidade) 1.200,00 1.200,00 1.200,00

Equipamento de GPS (2 unidades) 3.600,00 3.600,00 3.600,00

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ATIVIDADE

RECURSOS NECESSÁRIOS ESTIMADOS PARA IMPLANTAÇÃO / ANO (EM R$)

ANO I - TRIMESTRE ANO

1º 2º 3º 4º TOTALANO ANO II ANO III ANO IV ANO V

TOTAL

Material de primeiros socorros (3 kits) 200,00 200,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 2.000,00

Arcview (1 unidade) 5.000,00 5.000,00 5.000,00

Realizar reuniões semestrais de planejamento das atividades e reuniõesmensais de avaliação e ajustes entre os envolvidos com a APA.

700,00 700,00 700,00 700,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 14.000,00

Elaborar relatórios mensais e semestrais de atividades, além do relatórioanual de avaliação da gestão.

Elaborar e implementar um manual de procedimentos a seremimplementados na sede da APA, incluindo as atividades de: manutençãodas estruturas e infra-estruturas, escala de serviço e limpeza.

Apoiar a rotina de fiscalização e realizar a análise do território da APA, aser realizado pela gerência (custos com gasolina e manutenção doscarros).

3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00 60.000,00

Implementar o Conselho Consultivo para apoiar a Gestão e fortalecer aUC.

Reeleger o Conselho Consultivo

Elaborar e implementar Plano de Prevenção e Combate a Incêndios(PPCI) da Unidade, especialmente em conjunto com as empresasflorestais

150.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 210.000,00

Implementar ações de combate à pesca, caça, captura e comércio ilegalde animais silvestres;

2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 12.500,00

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8.3.2 – Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental

O presente programa possui como pressuposto básico o esclarecimento dacomunidade residente da APA quanto a assuntos que envolvam a APA,relacionados à existência da mesma como Unidade de Conservação, e também nasensibilização dos moradores quanto as atividades desenvolvidas e suas relaçõescom o meio natural e social.

No processo de fortalecimento da Unidade de Conservação, tanto a identificaçãodos anseios da comunidade quanto o estabelecimento de um canal de comunicaçãosão de fundamental importância, ainda mais quando considerado que na elaboraçãodo diagnóstico, um dos problemas levantados foi o desconhecimento da comunidadelocal sobre a existência da APA.

Há uma necessidade de despertar na população da área protegida, o interesse pelaconservação da flora, da fauna e do patrimônio natural. Esse processo, que consisteprimeiramente em conhecer a UC (diagnóstico) e posteriormente traçar programasde sensibilização/conscientização para a população e implementá-los, ocorre commais eficiência quando existe participação do Órgão Gestor da Unidade deConservação no cotidiano das comunidades. O resultado dessa interação é, na suamaioria, a população envolvida em ações voltadas à proteção integral da Unidade deConservação contra agressões internas ou externas.

� Objetivos

A elaboração do presente programa tem como objetivos:

� Promover o conhecimento da APA pelos oito municípios integrantes;

� Considerar as necessidades e expectativas da população local, levando emconta os mecanismos de comunicação já estabelecidos e outros que venham aauxiliar na compreensão da realidade em que eles se inserem;

� Estabelecer um canal de comunicação com a comunidade local da APA(informando os objetivos, finalidades, atributos, características, projetos, plano degestão, preceitos de sustentabilidade socioambiental, dentre outras informações);

� Realizar trabalhos voltados à futuros Programas de Gestão Participativa.

Para que os objetivos sejam atingidos com eficácia, este programa foi dividido emsubprogramas a saber:

8.3.2.1 - Subprograma: Apresentação da APA para a Comunidade e Promoção da Comunicação entre Moradores e Gestores da UC

� Justificativas

O presente programa busca promover o conhecimento, a discussão e acomunicação entre a APA e sua comunidade, levando em consideração o cenárioatual e a pretensão futura.

Para que a participação das comunidades, estabelecidas ao longo dos municípiosintegrantes da APA Fernão Dias seja efetiva, se faz necessário que o programaatinja diferentes públicos (gestores públicos e comunidade em geral), permitindoampla troca de conhecimento acerca da UC.

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� Objetivos

� Produzir material para apresentação da APA Fernão Dias por meio derecursos áudio-visuais diversos e divulgação em mídia (Tv, rádio e internet);

� Estabelecer mecanismos de conexão permanente entre a comunidade e osgestores da APA, com vistas a redução de possíveis conflitos e problemasrelacionados a UC;

� Implementar calendário de datas comemorativas da UC, bem como promovereventos comemorativos relacionados à APA;

� Identificar e definir um calendário de eventos regionais para subsidiar açõesde divulgação;

� Desenvolver processos de mobilização, articulação e participação dacomunidade em palestras cujo objeto seja a informação sobre os aspectosrelacionados à APA, suas implicações legais e socioambientais e suaimportância ecológicas dentre outros assuntos cabíveis.; e,

� Promover atividades comunitárias e escolares a fim de divulgar a UC e suascaracterísticas;

� Metas

� Elaborar material audiovisual, e demais materiais necessários, sobre a APAFernão Dias, bem como criar site na rede mundial de computadores(Internet) a fim de estabelecer, permanentemente, um canal de comunicaçãoentre os gestores da UC e a comunidade;

� Informar a comunidade quanto a existência da APA, bem como de seusobjetivo e particularidades, nos oito municípios integrantes da UC;

� Mobilizar e implementar ações de comemoração à datas como “aniversárioda APA”;

� Promover a divulgação da UC em festas regionais e demais atividades queagrupem número significativo de pessoas;

� Capacitar agentes e atores locais em estratégias de comunicação emobilização social, bem como disseminadores de conhecimento a fim deenvolvê-los em palestras, reuniões, eventos e demais atividades;

� Fortalecer a APA enquanto Unidade de Conservação.

� Ações

Para alcançar os objetivos propostos a metodologia a ser desenvolvida deverá serparticipativa (multidisciplinar) e interativa entre a comunidade e os órgãos gestoresda UC. Assim, no desenvolvimento de tal programa são propostas três linhasespecíficas de trabalho:

Linha de Trabalho 1: Estabelecer diálogo entre os gestores a APA, os órgãos dopoder público local, setor privado e organismos não-governamentais.

Pretende-se criar vínculos de parceria e confiança entre esses atores visandomelhoria socioambiental local e apoio em projetos da UC.

Atividades a serem desenvolvidas:

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� Promover reuniões com os segmentos governamentais e não-governamentalpara apresentar informações sobre a APA, tais como o zoneamentoambiental e implicações gerais;

� Divulgar os programas sócioambientais e seus impactos na política dedesenvolvimento local e regional, por meio de boletins Informativos ereuniões com os representantes municipais;

� Estabelecer a “Semana da APA Fernão Dias”, envolvendo comunidade local,seus principais representantes, ONG’s, escolas da região, setores daeconomia local e poder público;

� Realizar, em parceria com as prefeituras, eventos comemorativos locais eregionais como: caminhadas ecológicas, dias de campo, fóruns, etc.) comomeio de divulgação das ações previstas do Plano de Gestão da UC, comauxílio das prefeituras locais;

� Elaborar material específico referente a medidas de controle e tratamento deresíduos industriais na APA Fernão Dias, conscientizando o setor industrialpara a sustentabilidade econômica e ambiental da UC;

� Criar banco de dados sobre o projeto e programas ambientais voltados à UCapresentando seus conceitos, metodologia, resultados e parceiros;

Linha de Trabalho 2: Desenvolver programa voltado a atender necessidadespontuais da população como: solucionar dúvidas, acatar sugestões/críticas eregistrar denúncias/problemas, e manter a comunidade informada sobre osacontecimentos na APA.

Atividades a serem desenvolvidas:

� Criar um site institucional da APA Fernão Dias, subordinado a gerência daUC, com informações, principais ações, eventos, projetos, iniciativas, e quepermita atualizações periódicas, como também possua onde se tenha umlocal, onde o internauta possa dar sua opinião, sugestões, etc.;

� Utilizar o sítio na Internet para divulgar as informações sobre a APA epromover enquetes sobre assuntos relacionados à UC. Poderá funcionarainda como receptor de sugestões, críticas e denúncias, dentre outros;

� Realizar campanhas informativas voltadas à comunidade que poderão,dentre outras, ocorrer por meio de elaboração de textos, spots e releasespara divulgação da APA Fernão Dias em televisão, rádios e jornais da região(mídia local);

� Elaborar e distribuir o “Kit APA Fernão Dias” (CD-ROM, folders, mapas,cartazes, adesivos, bottons, camisetas e demais produtos de divulgação).Apesar da distribuição gratuita desse material, propõe-se a implementaçãode uma “ecoloja” com a finalidade de promoção de artigos e produtos quepermitam a geração de renda para a Unidade de Conservação;

� Fortalecer os canais de comunicação existentes e criar novas formas dedisseminação do conhecimento valendo-se da organização comunitária;

� Criar um jornal informativo escrito (folheto), que contenha aspectosrelevantes de fatos que ocorreram na Unidade de Conservação, bem como

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agenda de atividades. Sugere-se que, a princípio, a distribuição sejasemestral.

� Fomentar, junto às pousadas e hotéis, diálogos sobre sistemas deminimização de geração de lixo, a exemplo do projeto “Lixo Mínimo1” e emações de reciclagem/reutilização de resíduos;

� Propor a divulgação da APA em contas de luz; água e cartão telefônico, emparceria com as prefeituras e com os órgãos responsáveis;

� Realizar reuniões com técnicos das prefeituras municipais, professores,líderes das comunidades e demais agentes sociais interessados nasatividades a serem realizadas para discussão da metodologia e concepçãogeral do programa, a fim de propiciar amplo debate sobre os trabalhosrealizados e expectativas da população em geral;

� Criar um centro de excelência em educação ambiental no escritório doIEF/Gerência da APA Fernão Dias, disponibilizando informações, recursosáudio-visuais, palestras, conferências, seminários, treinamentos, capacitaçãotécnica de educadores ambientais;

� Elaborar projeto de educação ambiental com temas específicos (recursoshídricos, flora, fauna, uso do solo, áreas degradadas, recomposição florestal,produtividade agrícola e preservação ambiental, etc.) envolvendo: escolas,instituições, grupo de pousadas etc.;

As atividades de educação ambiental, destinadas a orientar a comunidade residentee do entorno, deverão indicar ações, ressaltando os seguintes pontos:

� Uso correto do solo, da água, do fogo, agrotóxicos e do lixo;

� Coleta de lixo, transporte, reciclagem e reaproveitamento de materiais;

� Recuperação de áreas degradadas e revegetação;

� Controle de desmatamento, queimadas e incêndios florestais;

� Divulgação da lei de crimes ambientais;

� Poluição do ar, da água e do solo;

� Preservação das matas ciliares, redução do assoreamento, conservação dolençol freático, mananciais e cursos d’água;

� Reserva legal, áreas de preservação permanente e corredores debiodiversidade; e,

� Conservação das áreas naturais protegidas.

Linha de Trabalho 3: Implementar programa municipal de inserção de informaçõessobre a APA no currículo escolar, bem como dispor a UC como laboratório depesquisa para ações de Educação Ambiental. Para tanto, algumas atividades sãopropostas:

1 Essa proposta já é utilizada em pousada na cidade de Visconde de Mauá. Além de sereconomicamente viável, tem se tornado fonte de atratividade para o local.

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� Utilizar a UC como laboratório para atividades teóricas e práticas no tocanteà Lei n.º 9.795/1999 que trata da Política Nacional de Educação Ambientalcomo obrigatoriedade no currículo escolar;

� Sugerir a elaboração de material educativo, tais como jogos com temasrelacionados a APA para alunos do ensino fundamental e médio, adaptados aidade e ao nível escolar;

� Estabelecer parceria com o Grupo de teatro de Extrema, ou outros comatuação na região, para apresentação de peças lúdicas cujo tema seja asquestões ambientais (saneamento básico, resíduos sólidos, áreas depreservação permanente, etc.);

� Incentivar diálogos escolares, (entre professores e alunos) sobre temascomo: saneamento básico; utilização consciente da água; áreas depreservação permanente, coleta seletiva, utilização do lixo orgânico emprocessos de compostagem e etc.;

� Criar, entre as escolas, uma gincana para escolha do mascote/símbolo paraa APA;

� Elaborar material audiovisual contendo imagens dos diferentes ecossistemasda APA, bem como suas particularidades, visando facilitar a compreensão dacomunidade no tocante à dinâmica da Unidade de Conservação;

� Elaborar projeto junto às escolas visando a confecção de placas educativasa exemplo do que ocorre alguns municípios da APA (Foto 8.01).

Foto 8.01 – Placa Educativa Criada Pela Escola Araucária

Fonte: STCP, 2007

� Articular para a realização de cursos de capacitação ou atualização paraprofessores, alunos, funcionários públicos, voluntários e demais agentes sociaise de educação interessados, levando em consideração as particularidadessociais e culturais dos municípios, adequando as informações a seremrepassadas para a linguagem e modo de vida da população alvo.

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� Normas

� Os materiais visuais deverão ser produzidos com papel reciclável e demaismateriais classificados como “ecológicos”;

� As estratégias de divulgação da APA devem ser discutidas com o conselhoconsultivo;

� As atividades de divulgação, comunicação social e educação ambientaldevem abranger todos os segmentos da sociedade, em especial cartórios,imobiliárias, pousadas e agências de turismo, uma vez que estes podemcontribuir para minimizar problemas detectados na UC;

� As ações devem ter como base o conhecimento da organização social local,atuando de forma articulada com os órgãos de comunicação, prefeituras edemais instituições presentes, como a SUPRAM de Varginha entre outros; e,

� Todo material sócio-educativo elaborado para a APA Fernão Dias deverá sersubmetido à aprovação da gerência da APA (IEF).

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Material de divulgação disponibilizado;

� Rede de comunicação e parcerias da APA implantada;

� Eventos de comunicação e divulgação anuais e periódicos, realizados;

� Calendário regional ilustrativo e informativo sobre a APA Fernão Dias voltadoà comunidade local, distribuído;

� Treinamento e capacitação de agentes de comunicação realizados, e;

� Campanhas de divulgação dos objetivos da APA realizadas.

� Quantidade de escolas, associações, prefeituras e outras instituiçõesabrangidas pelo programa.

� Efetividade das reuniões com representantes municipais.

� Mudança de atitude de determinadas prefeituras a respeito dodesenvolvimento socioambiental da APA.

� Efetividade do Material áudio-visual produzido.

� Aplicação de questionários na região da APA, realizada semestralmente a fimde identificar o nível de conhecimento dos moradores em relação à APA.

� Avaliação de atores envolvidos no programa sobre a efetividade deste.

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

Para a verificação da efetividade do programa, deverão ser considerados osseguintes elementos:

� Percentual de escolas, associações, prefeituras e outras instituiçõesatendidas pelo programa;

� Avaliação, por parte dos professores e responsáveis pelas demaisinstituições envolvidas, sobre a efetividade do material produzido e suaaplicabilidade no ensino formal;

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� Quantidade de palestras desenvolvidas ao longo dos anos;

Deve ser feito registro das palestras a serem realizadas e de sua qualidade(verificada pelos próprios participantes)

� Análise técnica-estratégica dos resultados alcançados com a distribuição dematerial informativo;

� Realização de diagnóstico, acerca dos resultados do processo decomunicação social sobre a APA Fernão Dias, junto aos principaisrepresentantes da comunidade local.

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� Prefeituras municipais;

� ONG’s;

� Escolas municipais e estaduais;

� Diversos meios de comunicação locais existentes.

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: IEF.

� Executiva: IEF.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.05 apresenta o cronograma de implementação para o Programa.

Tabela 8.05 – Cronograma de Implementação para o Subprograma: Apresentação da APA para a Comunidade e Promoção da Comunicação entre Moradores e Gestores da UC

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Linha de Trabalho 1: Estabelecer diálogo entre os gestores a APA, os órgãos do poder público local,setor privado e organismos não-governamentais

Promover reuniões com os segmentos governamentais e não-governamental para apresentar informações sobre a APA, tais como ozoneamento ambiental e implicações gerais

X X X X X

Divulgar os programas socioambientais e seus impactos na política dedesenvolvimento local e regional, por meio de boletins Informativos ereuniões com os representantes municipais

X X X X X

Estabelecer a “Semana da APA Fernão Dias”, envolvendo comunidadelocal, seus principais representantes, ONG’s, escolas da região, setoresda economia local e poder público

X X X X X

Realizar, em parceria com as prefeituras, eventos comemorativos locaise regionais como: caminhadas ecológicas, dias de campo, fóruns, etc.)como meio de divulgação das ações previstas do Plano de Gestão daUC, com auxílio das prefeituras locais

X X X X X

Elaborar material específico referentes a medidas de controle etratamento de resíduos industriais na APA Fernão Dias, conscientizandoo setor industrial para a sustentabilidade econômica e ambiental da UC

X X X X X

Criar banco de dados sobre o projeto e programas ambientais voltados àUC apresentando seus conceitos, metodologia, resultados e parceiros

X X X X X

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AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Linha de Trabalho 2: Desenvolver programa voltado a atender necessidades pontuais da populaçãocomo: solucionar dúvidas, acatar sugestões/críticas e registrar denúncias/problemas, e manter acomunidade informada sobre os acontecimentos da APA

Criar um site próprio da APA Fernão Dias, subordinado a gerência daUC, com informações, principais ações, eventos, projetos, iniciativas,com atualizações periódicas, onde se tenha um local para o internautadar sua opinião, sugestões etc.

X X X X X

Utilizar o sítio na Internet para divulgar as informações sobre a APA epromover enquetes sobre assuntos relacionados à UC. Poderá funcionarainda como receptor de sugestões, críticas e denúncias, dentre outros

X X X X X

Realizar campanhas informativas voltadas à comunidade que poderão,dentre outras, ocorrer por meio de elaboração de textos, spots ereleases para divulgação da APA Fernão Dias em televisão, rádios ejornais da região (mídia local)

X X X X X

Elaborar e distribuir o “Kit APA Fernão Dias” (CD-ROM, folders, mapas,cartazes, adesivos, bottons, camisetas e demais produtos dedivulgação). Apesar da distribuição gratuita desse material, poderia sercriada uma “ecoloja” com a finalidade de promoção de artigos paraadquirir renda para a Unidade de Conservação

X X X X X

Fortalecer os canais de comunicação existentes e criar novas formas dedisseminação do conhecimento valendo-se da organização comunitária

X X X X X

Elaborar material visual para distribuição na comunidade incluindo aconcepção, preparação e impressão do material socioambiental-educativo (folders, cartazes, cartilhas, revistas, material audiovisual eoutros)

X X X X X

Criar um jornal informativo escrito (folheto), que contenha aspectosrelevantes de fatos que ocorreram na Unidade de Conservação, bemcomo agenda de atividades. Sugere-se que, a princípio, a distribuiçãoseja semestral

X X X X X

Discutir, junto às pousadas e hotéis, diálogos sobre sistemas deminimização de geração de lixo, a exemplo do projeto “Lixo Mínimo” eem ações de reciclagem/reutilização de resíduos

X X X X X

Elaborar material de divulgação da APA em contas de luz; água e cartãotelefônico, em parceria com as prefeituras e com os órgãos responsáveis

X X X X X

Elaborar projeto de educação ambiental com temas específicos(recursos hídricos, flora, fauna, uso do solo, áreas degradadas,recomposição florestal, produtividade agrícola e preservação ambiental,etc.) envolvendo: escolas, instituições, grupo de pousadas etc.

X X X X X

Linha de Trabalho 3: Implementar programa municipal de inserção de informações sobre a APA no currículoescolar, bem como dispor a UC como laboratório de pesquisa para ações de Educação Ambiental. Para tanto,algumas atividades são propostas:

Utilizar a UC como laboratório para atividades teóricas e práticas notocante à Lei n.º 9.795/1999 que trata da Política Nacional de EducaçãoAmbiental como obrigatoriedade no currículo escolar

X X X X X

Sugerir a elaboração de material educativo, tais como jogos com temasrelacionados a APA para alunos do ensino fundamental e médio,adaptados a idade e ao nível escolar

X X X X X

Estabelecer parceria com o Grupo de teatro de Extrema, ou outros comatuação na região, para apresentação de peças lúdicas cujo tema sejaas questões ambientais (saneamento básico, resíduos sólidos, áreas depreservação permanente, etc.)

X X X X X

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AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Incentivar diálogos escolares, (entre professores e alunos) sobre temascomo: saneamento básico; utilização consciente da água; áreas depreservação permanente, coleta seletiva, utilização do lixo orgânico emprocessos de compostagem e etc.

X X X X X

Criar, entre as escolas, uma gincana para escolha do mascote/símbolopara a APA

X X X X X

Elaborar material audiovisual contendo imagens dos diferentesecossistemas da APA, bem como suas particularidades, visando facilitara compreensão da comunidade no tocante à dinâmica da Unidade deConservação

X X X X X

Elaborar projeto junto às escolas visando a confecção de placaseducativas a exemplo do que ocorre alguns municípios da APA

X X X X X

Articular para a realização de cursos de capacitação ou atualização paraprofessores, alunos, funcionários públicos, voluntários e demais agentessociais e de educação interessados, levando em consideração asparticularidades sociais e culturais dos municípios, adequando asinformações a serem repassadas para a linguagem e modo de vida dapopulação alvo

X X X X X

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� Orçamento Estimado

A Tabela 8.06 apresenta o orçamento estimado para o Programa.

Tabela 8.06 – Orçamento Estimado para o Subprograma: Apresentação da APA para a Comunidade e Promoção da Comunicação entre Moradores e Gestores da UC

ATIVIDADE

RECURSOS NECESSÁRIOS ESTIMADOS PARA IMPLANTAÇÃO / ANO (EM R$)

ANO I - TRIMESTRE ANOS

1º 2º 3º 4º TOTALANO ANO II ANO III ANO IV ANO V

TOTAL

Linha de Trabalho 1

Promover reuniões com os segmentos governamental e não-governamental para apresentar informações sobre a APA, tais como ozoneamento ambiental e implicações gerais

0,00 0,00 0,00 0,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 5.000,00

Divulgar os programas socioambientais e seus impactos na política dedesenvolvimento local e regional, por meio de boletins Informativos ereuniões com os representantes municipais

4.000,00 0,00 0,00 0,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 20.000,00

Estabelecer a “Semana da APA Fernão Dias”, envolvendo comunidadelocal, seus principais representantes, ONG’s, escolas da região, setoresda economia local e poder público

0,00 0,00 0,00 0,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 5.000,00

Realizar, em parceria com as prefeituras, eventos comemorativos locaise regionais como: caminhadas ecológicas, dias de campo, fóruns, etc.)como meio de divulgação das ações previstas do Plano de Gestão daUC, com auxílio das prefeituras locais

0,00 1.000,00 0,00 1.000,00 2.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 6.000,00

Elaborar material específico referentes a medidas de controle etratamento de resíduos industriais na APA Fernão Dias, conscientizandoo setor industrial para a sustentabilidade econômica e ambiental da UC(ver com sindicato das indústrias)

12.000,00 0,00 0,00 0,00 12.000,00 0,00 12.000,00 0,00 12.000,00 36.000,00

Criar banco de dados sobre o projeto e programas ambientais voltadosà UC apresentando seus conceitos, metodologia, resultados e parceiros;

Linha de Trabalho 2

Criar um site próprio da APA Fernão Dias, subordinado a gerência daUC, com informações, principais ações, eventos, projetos, iniciativas,

0,00 0,00 0,00 5.000,00 5.000,00 1.800,00 2.000,00 2.200,00 2.400,00 13.400,0

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ATIVIDADE

RECURSOS NECESSÁRIOS ESTIMADOS PARA IMPLANTAÇÃO / ANO (EM R$)

ANO I - TRIMESTRE ANOS

1º 2º 3º 4º TOTALANO ANO II ANO III ANO IV ANO V

TOTAL

com atualizações periódicas, onde se tenha um local para o internautadar sua opinião, sugestões etc.

Utilizar o sítio na Internet para divulgar as informações sobre a APA epromover enquetes sobre assuntos relacionados à UC. Poderá funcionarainda como receptor de sugestões, críticas e denúncias, dentre outros

Realizar campanhas informativas voltadas à comunidade que poderão,dentre outras, ocorrer por meio de elaboração de textos, spots ereleases para divulgação da APA Fernão Dias em televisão, rádios ejornais da região (mídia local)

0,00 1.500,00 0,00 1.500,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 12.000,00

Elaborar e distribuir o “Kit APA Fernão Dias” (CD-ROM, folders, mapas,cartazes, adesivos, bottons, camisetas e demais produtos dedivulgação). Apesar da distribuição gratuita desse material, poderia sercriada uma “ecoloja” com a finalidade de promoção de artigos paraadquirir renda para a Unidade de Conservação

0,00 35.000,00 0,00 0,00 35.000,00 15.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 110.000,00

Fortalecer os canais de comunicação existentes e criar novas formas dedisseminação do conhecimento valendo-se da organização comunitária

Criar um jornal informativo escrito (folheto), que contenha aspectosrelevantes de fatos que ocorreram na Unidade de Conservação, bemcomo agenda de atividades. Sugere-se que, a princípio, a distribuiçãoseja semestral

0,00 2.000,00 0,00 2.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 20.000,00

Discutir, junto às pousadas e hotéis, diálogos sobre sistemas deminimização de geração de lixo, a exemplo do projeto “Lixo Mínimo” eem ações de reciclagem/reutilização de resíduos

0,00 0,00 0,00 0,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 5.000,00

Propor incluir a APA (slogan) em contas de luz; água e cartão telefônico,em parceria com as prefeituras e com os órgãos responsáveis

Elaborar projeto de educação ambiental com temas específicos(recursos hídricos, flora, fauna, uso do solo, áreas degradadas,recomposição florestal, produtividade agrícola e preservação ambiental,etc.) envolvendo: escolas, instituições, grupo de pousadas etc.

0,00 0,00 5.000,00 0,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 25.000,00

Linha de Trabalho 3

Utilizar a UC como laboratório para atividades teóricas e práticas no

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ATIVIDADE

RECURSOS NECESSÁRIOS ESTIMADOS PARA IMPLANTAÇÃO / ANO (EM R$)

ANO I - TRIMESTRE ANOS

1º 2º 3º 4º TOTALANO ANO II ANO III ANO IV ANO V

TOTAL

tocante à Lei n.º 9.795/1999 que trata da Política Nacional de EducaçãoAmbiental como obrigatoriedade no currículo escolar

Sugerir a elaboração de material educativo, tais como jogos com temasrelacionados a APA para alunos do ensino fundamental e médio,adaptados a idade e ao nível escolar

Estabelecer parceria com o Grupo de teatro de Extrema, ou outros comatuação na região, para apresentação de peças lúdicas cujo tema sejaas questões ambientais (saneamento básico, resíduos sólidos, áreas depreservação permanente, etc.)

3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 15.000,00

Incentivar diálogos escolares (entre professores e alunos) sobre temascomo: saneamento básico; utilização consciente da água; áreas depreservação permanente, coleta seletiva, utilização do lixo orgânico emprocessos de compostagem e etc.

Criar, entre as escolas, uma gincana para escolha do mascote/símbolopara a APA 3.000,00 3.000,00 3.000,00

Elaborar material audiovisual contendo imagens dos diferentesecossistemas da APA, bem como suas particularidades, visando facilitara compreensão da comunidade no tocante à dinâmica da Unidade deConservação

6.000,00 6.000,00 6.000,00

Elaborar projeto junto às escolas visando a confecção de placaseducativas a exemplo do que ocorre alguns municípios da APA 3.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 7.000,00

Articular para organização de cursos de capacitação ou atualizaçãopara professores, alunos, funcionários públicos, voluntários e demaisagentes sociais e de educação interessados

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8.3.2.2 – Subprograma: Divulgação de Técnicas Agroecológicas e do Projeto Conservador das Águas de Extrema

� Justificativas

Entendendo-se como agroecológicas o conjunto de técnicas que visam aprodutividade agropecuária gerando o mínimo impacto ao ambiente natural e quepropiciem a presença de uma maior diversidade biológica no sistema produtivo.

Desde a definição da aptidão agrícola dos solos, passando por seu manejoadequado e o uso de produtos alternativos para o controle de pragas e doenças,tem-se como necessária sua ampla divulgação na APA Fernão Dias.

Dentre as técnicas a serem divulgadas, salienta-se a inserção do componentearbóreo no sistema agropecuário, criando não só cultivos silviculturais, mas tambémagro-florestais e agro-silvo-pastoris. A presença de árvores aumenta adisponibilidade de nichos ecológicos, facilitando a movimentação de aves entrefragmentos florestais e disponibilizando recursos a diversos animais, além doincremento na ciclagem de nutrientes, da oferta de sombra ao gado e dapossibilidade de receita com a produção de madeira ou outros produtos.

Outro aspecto é a conservação das águas. Com objetivo de fomentar essaconservação, o município de Extrema publicou a Lei No 2.100 de 21/dezembro/2005que cria o Projeto Conservador das Águas e define apoio financeiro aos proprietáriosrurais que contribuírem para a conservação. Trata-se de um projeto de granderelevância que visa premiar aqueles proprietários que atribuem ações dirigidas paraa conservação das matas ciliares e das águas. Este projeto encontra-se no início,mas já apresenta indícios de bons resultados.

Como a APA Fernão Dias possui entre seus principais atributos a significativaprodução hídrica, a qual escoa em grande parte para o Estado de São Paulo e emoutra parte para a bacia do rio Grande em Minas Gerais, indo contribuir parahidrelétricas, a conservação deste imprescindível recurso natural representa um dosprincipais argumentos de preservação ambiental para a região.

Reforçar tal programa em Extrema e ampliá-lo para os demais municípios existentesna APA seria uma importante conquista ambiental para a região. Na implantaçãodesta ação devem-se considerar os demais programas relacionados à conexão decorredores, averbação de reservas legais e outros que levam em conta a inserçãodo componente arbóreo na paisagem.

Para que a implantação deste projeto obtenha sucesso nos demais municípios sefaz necessária a captação de recursos para bancar o repasse aos proprietáriosrurais. Cobrança pelo uso da água nos municípios de jusante, vendas de crédito decarbono e diversos programas de financiamento deverão ser buscados.

� Objetivos

� Reduzir o impacto da agricultura e pecuária, atividade econômica com maiorrepresentatividade na APA, no ambiente natural;

� Reforçar e dissipar o Projeto “Conservador das Águas” existente em Extremaestendendo-o para outros municípios.

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� Metas

� Proporcionar cerca de 4 cursos e dias de campo com técnicasagroecológicas em diferentes locais da APA a cada ano;

� Promulgar, por parte dos demais municípios, legislação semelhante à Lei N.º2.100 de 21 de dezembro de 2005 de Extrema já no primeiro ano deimplantação do Programa.

� Ações

� Contatar produtores agroecológicos da região para que possam palestrarsobre suas iniciativas, produção e comercialização. Cita-se o caso dosOrgânicos da Mantiqueira que possuem boas referências de sucesso em seutrabalho;

� Buscar recursos para divulgação das técnicas agroecológicas em diferenteslocais da APA ;

� Promover cursos, palestras e dias de campo;

� Cadastrar produtores rurais interessados na implementação de novastécnicas agroecológicas;

� Divulgar a Lei nº 2.100 de 21 de dezembro de 2005 de Extrema nos demaismunicípios por meio de reunião com as prefeituras municipais;

� Articular com os municípios a promulgação de leis que incentivem arecomposição da mata ciliar e de áreas de reserva legal, bem como aimplementação de sistemas de tratamento de resíduos;

� Sugerir a mesma estrutura do Projeto Conservador das Águas aos demaismunicípios da APA Fernão Dias, principalmente relacionadas a:

1.Formar parcerias com entidades com capacidade de financiamento doprojeto;

2.Definir as microbacias inseridas no município;

3.Definir, por prioridades, qual será a primeira microbacia a serimplementado as ações;

4.Fazer o cadastro de usuários dessa microbacia (já existe ogeoreferenciamento das propriedades o qual poderá ser utilizado com basepara desenvolvimento das ações);

5.Iniciar as ações de proteção da mata ciliar e da recomposição das áreas dereserva legal;

6.Prever a remuneração dos produtores rurais parceiros no projeto; e,

7.Divulgar os resultados do projeto.

� Normas

Deverá ser contratado um profissional para de responsabilizar pela organização daspalestras temáticas, da infra-estrutura, da organização dos eventos, eprincipalmente, que possa atuar junto ao produtor rural para dispersão dessastécnicas.

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� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Organização de, pelo mesmo, 4 cursos e dias de campo, por ano, paradivulgação de técnicas agroecológicas em diferentes locais da APA;

� Registro de todas as atividades desenvolvidas em documento específicopara comprovação da execução;

� Houve comprometimento das prefeituras em buscar alternativas ecológicas-econômicas;

� Existência, por parte dos demais municípios, de legislação semelhante à Leinº 2.100 de 21 de dezembro de 2005 de Extrema;

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

� Foram realizados cursos e dias de campo? Em quais localidades?

� Esses cursos e dias de campo abrangeram qual parcela da comunidade?

� Quantos municípios possuem legislação que protege as áreas depreservação de permanente e consideram o produtor rural como parceiro nasatividades;

� Foram envolvidos profissionais de diferentes áreas temáticas quepossibilitassem a divulgação de técnicas agroecológicas?

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� EMATER;

� EMBRAPA;

� ONG’s;

� Associações comunitárias como os Orgânicos da Mantiqueira; e,

� Prefeituras Municipais.

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: IEF, prefeituras municipais, organizações não governamentais;

� Executiva: prefeituras municipais.

� Cronograma de Implantação

A Tabela 8.07 apresenta o cronograma de implementação para o Programa.

Tabela 8.07 – Cronograma de Implementação para o Subprograma de Divulgação de Técnicas Agroecológicas e do Projeto Conservador das Águas de Extrema

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5Contatar produtores agroecológicos da região para que possam palestrarsobre suas iniciativas, produção e comercialização. Cita-se o caso dosOrgânicos da Mantiqueira que possuem boas referências de sucesso emseu trabalho

X X X X X

Buscar recursos para divulgação das técnicas agroecológicas emdiferentes locais da APA

X X X X X

226

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AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5Contatar produtores agroecológicos da região para que possam palestrarsobre suas iniciativas, produção e comercialização. Cita-se o caso dosOrgânicos da Mantiqueira que possuem boas referências de sucesso emseu trabalho

X X X X X

Cadastrar produtores rurais interessados na implementação de novastécnicas agroecológicas

X X

Promover cursos, palestras e dias de campo X X X X X

Divulgar a Lei nº 2.100 de 21 de dezembro de 2005 de Extrema nosdemais municípios por meio de reunião com as prefeituras municipais

X X

Articular com os municípios a promulgação de leis que incentivem aRecomposição da mata ciliar e de áreas de reserva legal, bem como aimplementação de sistemas de tratamento de resíduos

X X X X X

Sugerir a mesma estrutura do Projeto Conservador das Águas aosdemais municípios da APA Fernão Dias

X

� Orçamento Estimado

O orçamento para esse programa deve ser discutido com os potenciais parceiros,pois deve ir ao encontro da realidade municipal. A contratação de técnicoespecializado já consta no programa de operacionalização da APA.

8.4 – Programas de Conhecimento

Os objetivos desses programas são: garantir o conhecimento da dinâmica dosecossistemas, a biodiversidade da unidade de conservação, incluindo oconhecimento do seu patrimônio cultural.

As atividades vinculadas deverão ser direcionadas para proteção e a conservaçãodos recursos naturais da Unidade.

Estão enquadrados como programas de Conhecimento os definidos pelo caráter deestudos ambientais, pesquisa, monitoramento ou georeferenciamento.

8.4.1 – Programa de Pesquisa e Monitoramento da Fauna

A região da APA Fernão Dias é considerada como uma das áreas prioritárias doEstado de Minas Gerais para a realização de inventários biológicos, inserindo-se,conforme os resultados do Workshop “Prioridades para Conservação daBiodiversidade do Estado de Minas Gerais”, em uma das regiões definidas como de“Importância Biológica Especial” pela possibilidade de ocorrência de espéciesendêmicas e ecossistemas singulares (BIODIVERSITAS, 2005).

Os diagnósticos realizados por ocasião do presente Plano de Gestão indicaram aocorrência, para a região da APA, de espécies endêmicas e ameaçadas de extinçãodo bioma da Floresta Atlântica. Pela própria natureza desse trabalho, estesdiagnósticos limitaram-se à relação de tais espécies, às possibilidades de ocorrênciade outras, a eventuais pressões incidentes e, quando possível, à indicação delocalidades de registro e de áreas prioritárias para pesquisa e proteção. Essasinformações constituem a base a ser complementada com conhecimentos futuros aserem gerados a partir de projetos de pesquisa e monitoramento.

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O presente programa tem como objetivo apresentar uma lista de projetos prioritáriospara desenvolvimento na APA, listando ainda critérios e diretrizes para aimplementação dos mesmos.

� Justificativas

Projetos de pesquisa que tenham a biota por objeto são de fundamental importânciapara o entendimento dos processos ecológicos vigentes em uma determinadaregião. Enquanto a flora age como elemento formador da paisagem e é responsávelpela estabilidade e qualidade de recursos físicos como o solo e a água, a fauna,enquanto agente controladora e disseminadora da vegetação, tem fundamentalimportância na manutenção e na dinâmica de um ecossistema, contribuindo paraque a vegetação se estabeleça e se auto-sustente indefinidamente através deprocessos associativos entre ambos os elementos. O entendimento de como se dãoesses processos são fundamentais para o sucesso, também, de quaisquerprogramas de recuperação de áreas degradadas. Além disso, como há atualmenteum forte apelo do povo em geral para que se conheça e se conserve as árvores e osanimais silvestres brasileiros, quaisquer programas que visam a realização deatividades de cunho ambiental que não contemplem projetos específicos sobre aflora e a fauna estarão fadados ao fracasso perante a opinião pública em geral.

� Objetivos

Em linhas gerais, o Programa de Pesquisa e Monitoramento da fauna tem comoobjetivo o conhecimento, de forma progressiva, desse fator na APA Fernão Dias,visando gerar um banco de dados sobre a biodiversidade regional de forma acontribuir para a melhoria do manejo da mesma.

São Objetivos Específicos do Programa:

� Realizar o inventário das espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios,peixes, insetos e demais grupos animais da APA, efetuando análises desimilaridades entre os diferentes estágios de sucessão vegetal e condiçõesde preservação da vegetação;

� Caracterizar os ambientes de ocorrência de cada uma das espécieslevantadas e, quando for o caso, em diferentes estágios de desenvolvimentodos indivíduos;

� Promover a continuidade da identificação das espécies raras, ameaçadas deextinção e/ou endêmicas dos ecossistemas presentes na região, assim comoas de valor cinegético;

� Identificar novas áreas relevantes para a manutenção destas espécies e/ouda diversidade biológica como um todo;

� Continuar o diagnóstico dos principais impactos sofridos pelos ecossistemas,pela flora e pela fauna em decorrência das diversas atividades relativas aomanejo e uso dos recursos naturais da região;

� Monitorar os principais processos de risco às espécies e/ou às comunidadesbiológicas na região e a efetividade da implementação de medidas decontrole;

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� Propor continuamente medidas de conservação, manejo, controle efiscalização para a fauna regional;

� Efetuar o aproveitamento científico de espécimes da fauna a partir doencontro de animais atropelados, abatidos e/ou decorrentes de demais usosda APA, disponibilizando-os para a comunidade científica e técnica em geral;

� Diagnosticar áreas propícias à realização de solturas de animais silvestresameaçados de extinção ou de espécies porventura apreendidas oriundas daregião;

� Comparar o grau de conservação da biota nas três zonas da APA (VidaSilvestre, Silvicultura e Agropastoril); e,

� Efetuar monitoramento de animais soltos, quando houver.

� Metas

Como metas para a vigência do presente Plano de Gestão, espera-se odesenvolvimento, se não na sua totalidade, ao menos parcial dos seguintes projetosespecíficos:

� Inventário florístico e da fauna de vertebrados terrestres, iniciado nestePlano de Gestão, nas áreas indicadas como prioritárias durante o períodomínimo de dois anos de estudos de campo;

� Diversidade de peixes em diferentes recursos hídricos, abrangendo pelomenos 30% da área de cada bacia hidrográfica regional;

� Inventário da flora de interesse medicinal junto às comunidades locais;

� Estudo sobre a distribuição, densidade demográfica e dinâmica populacional(realizado em, pelo menos, um ano) de espécies da fauna endêmicas e demaior interesse em conservação, a saber: anta (Tapirus terrestris), bugio ruivo(Alouatta guariba), sauá (Callicebus nigrifrons), sagüi (Callithrix aurita), muriqui(Brachyteles hypoxanthus), preguiça (Bradypus variegatus), onça-pintada(Panthera onca), porcos do mato (Tayassu pecari e Pecari tajacu), uru(Odontophorus capueira), jacuaçu (Penelope obscura), gavião-pega-macaco(Spizaetus tyrannus), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), sabiá-cica(Triclaria malachitacea), pica-pau-rei (Campephilus robustus), choquinha-da-serra (Drymophila genei), tropeiro-da-serra (Lipaugus lanioides), caneleirinho-de-chapéu-preto (Piprites pileata), muçurana (Clelia montana);

� Estudo das relações da comunidade de morcegos com o habitat e espéciesvegetais da APA realizado em, pelo menos, dois anos;

� Estudo sobre polinização, frugivoria e dispersão de sementes por mamíferose aves realizado em, pelo menos, três anos;

� Estudo da ecologia alimentar, padrões de movimentação e área de vida decarnívoros e ungulados da APA realizado em, pelo menos, dois anos;

� Estudo da distribuição, biologia e densidade populacional de animaispeçonhentos e vetores presentes na APA realizado em, pelo menos, doisanos;

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� Estudo dos padrões de distribuição espacial e temporal das espécies deanfíbios nas regiões indicadas como prioritárias realizado em, pelo menos,dois anos;

� Estudo das interações insetos-plantas de áreas naturais da APA, comrecomendações quanto à recuperação de áreas degradadas realizado em,pelo menos, dois anos;

� Monitoramento contínuos dos atropelamentos de fauna nas principaisrodovias regionais, com mapeamento das áreas de maior incidência erecomendações de controle do fenômeno; e,

� Monitoramento de fauna em áreas de preservação permanente alteradas emprocesso de recuperação, com repetições pelo mesmo tempo a cada cincoanos realizado em, pelo menos, dois anos.

� Ações

Caberá ao órgão gestor da unidade desenvolver as seguintes ações:

� Implementar e coordenar as ações do Programa Temático de Pesquisa eMonitoramento de Fauna;

� Elaborar relatório anual de atividades e avaliação de cada área temáticaenvolvida;

� Estabelecer o cronograma de realização de pesquisas em andamento e asprevistas na UC;

� Implantar um sistema permanente de fomento à pesquisa científica na UC,por meio de convênios e acordos de cooperação com universidades,instituições de pesquisa, organismos nacionais e internacionais, empresasprivadas e fundações, dentre outros;

� Criar condições, quando dos projetos específicos de monitoramento deinteresse da unidade, para a realização de pesquisas científicas no que serefere à aquisição de equipamentos, alojamento e transporte dospesquisadores;

� Oferecer segurança para que os pesquisadores possam conduzir seusestudos;

� Criar, ou adaptar metodologias para instalação de criatórios de peixes,visando impedir escapes de indivíduos, larvas ou ovos, além de fiscalizar oscriatórios já existentes atendendo esses mesmos princípios;

� Organizar e manter banco de dados e uma biblioteca das pesquisasrealizadas, incluindo uma relação com sistemas de geoprocessamento (SIG);

� Promover oficinas e outros eventos com a participação dos pesquisadores,para a apresentação da produção científica da APA; e,

� Organizar informações para divulgação da APA como campo de investigação.

� Normas

Como normas para o Programa de Pesquisa e Monitoramento da Fauna propõe-se:

� As pesquisas a serem realizadas deverão ter autorização da chefia da APA;

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� Quando implicarem em fontes de recursos do Governo do Estado de MinasGerais, serão prioritárias as pesquisas relacionadas neste Plano de Gestão ecujos resultados forneçam subsídios ao manejo da APA;

� Estudos de inventário florístico e faunístico deverão possuir licença especial,fornecida pelo IEF (conforme Instrução Normativa IBAMA no 154, de 01 demarço de 2007) para coleta na Unidade;

� Os exemplares de plantas e animais coletados, bem como eventuaiscarcaças de animais atropelados, deverão, obrigatoriamente, ser destinadosa coleções museológicas registradas no IBAMA e, quando houver solicitaçãoformal e devida autorização, às instituições de ensino e pesquisa;

� Cópias de todas as pesquisas e publicações sobre a APA deverão serencaminhadas e arquivadas na administração da Unidade e na sede do IEF,em Belo Horizonte;

� Quando implicar em apoio logístico a ser cedido pelo IEF, o pesquisadordeverá avisar com antecedência suas datas permanência em campo, bemcomo o número de participantes da equipe;

� O IEF, quando solicitado pelo pesquisador, poderá fornecer toda ainformação disponível sobre a Unidade e seu entorno;

� Quando implicarem em coleta e/ou monitoramento de espécies ameaçadas,os trabalhos referentes à flora e à fauna deverão ser realizados porpesquisadores que comprovarem conhecimento sobre a área temática;

� Estudos que implicarem em manuseio, captura ou coleta de espéciesameaçadas de extinção, deverão ser licenciadas pelo IBAMA; e,

� Não será permitida a soltura de quaisquer espécies na área da APA, amenos que esta faça parte de um Programa de Pesquisa e Conservação,com o devido monitoramento e protocolo sanitário empregados.

� Definição de Indicadores para Avaliação de Efetividade do Programa

Para a avaliação da efetividade do programa como um todo e da praticidade dosresultados das pesquisas, os seguintes indicadores deverão ser utilizados:

� O número de pesquisas implementadas na APA durante o período devigência do Plano de Gestão;

� A verificação de que os objetivos e justificativas de tais projetos apresentampraticidade para a gestão da Unidade e Conservação da biodiversidade;

� A verificação de que os métodos dos projetos não são conflitantes com osobjetivos da Unidade;

� A praticidade da implementação do projeto em relação a prazos, custos einfra-estrutura requisitada;

� A coerência entre a formação do profissional a atuar na região com os temaspropostos para estudo; e,

� A possibilidade de divulgação e publicação dos estudos desenvolvidos.

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� Pressupostos e Meios de Verificação de Indicadores

Os pressupostos e os meios para se verificar a efetividade da implantação dopresente programa têm como base as seguintes questões:

� O número de pesquisas implementadas por ano na APA está emconcordância com o previsto nas metas estabelecidas?

Deverá ser considerado como adequado se este número atingir pelo menos70%, tendo-se como prioritários os estudos sobre diversidade biológica emonitoramentos em geral.

� Os objetivos dos projetos implementados são concordantes com as metasestabelecidas no Plano de Gestão e com os objetivos específicos da APA?

� Os métodos indicados nos projetos apresentam fatores que possaminviabilizá-los tecnicamente, ou economicamente, ou põem em risco a flora, afauna e/ou a integridade dos ecossistemas regionais?

� Os profissionais participantes dos projetos têm experiência nos assuntostratados, ou contam com consultores e orientadores que tenham estaexperiência?

� O cronograma de atividades dos projetos são adequados, ou suficientes parasua implementação?

� Os recursos financeiros, de infra-estrutura e de pessoal requeridos para aimplementação dos projetos são adequados?

� Os resultados esperados de cada projeto apresentam relevância, oupraticidade para a solução dos problemas diagnosticados na APA?

� O número de publicações elaboradas ao final do período de vigência doPlano de Gestão (5 anos) é concordante com os esforços de pesquisaefetuados?

Estima-se que pelo menos uma publicação por pesquisa deverá serelaborada.

Para a verificar se os projetos que forem implementados na APA, tenham coerênciacom os objetivos da unidade, deve-se atentar para os contrastes existentes entrepesquisas e projetos de monitoramento. Enquanto os primeiros podem ter, em geral,a característica de gerarem conhecimentos básicos, não diretamente relacionadosaos objetivos da APA, mas tão somente à elucidação de aspectos relacionados àecologia das espécies (situação que pode requerer, inclusive, a coleta emanipulação experimental de muitos indivíduos das espécies objeto de avaliação),projetos de monitoramento destinam-se a avaliar relações específicas entreelementos naturais e elementos modificadores do meio e atestar, ou não, a eficáciada implantação dos programas e procedimentos de manejo que forem realizados.

Em linhas gerais, os monitoramentos pouco diferem metodologicamente daspesquisas, mas seus resultados deverão contemplar essencialmente a busca deindicadores de que atividades de manejo implementadas garantam umasustentabilidade da APA. Nessa linha de entendimento, deve-se, de antemão,atentar para que os projetos de pesquisa que venham a ser implementados devemprimeiramente ser avaliados se seus objetivos e métodos não comprometam a

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sustentabilidade do recurso, situação em que tal projeto deverá ser prontamentedescartado.

� Instituições com Potencialidade para Parcerias, Convênios ouContratação/Execução das Atividades

Para o desenvolvimento dos programas de pesquisa, recomenda-se a formação deparceiras com as principais universidades e centros de pesquisa com atuação nasáreas indicadas. É recomendável que sejam priorizadas instituições do Estado deMinas Gerais, tais como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),Universidades Estaduais em geral, Fundação Ezequiel Dias, PUC-Minas e demaisinstituições de ensino superior do estado, dentre outras. Na inexistência deprofissionais capacitados nessas instituições, somente então se recomenda queorganizações não governamentais, empresas e instituições de outros estados sejamcontatadas para desenvolvimento dos projetos supracitados. Recomenda-setambém, nesse caso, que sejam efetuadas consulta a instituições com atuaçãonacional em determinadas áreas de conhecimento, a exemplo das SociedadesBrasileiras de Primatologia, Ornitologia e Herpetologia, Grupo Pró-Carnívoros,Sociedade Brasileira de Zoologia, dentre outras.

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: entidades financiadoras de pesquisa, ONG's, UniversidadesEstaduais e Federais;

� Executiva: centros de pesquisa, universidades, empresas e organizaçõesnão governamentais. O Instituto Estadual de Florestas, por meio da gerênciada APA, deverá articular a implementação desse programa.

� Cronograma de Implementação do Programa

A Tabela 8.08 apresenta o cronograma de implementação do Programa.

Tabela 8.08 – Cronograma de Implementação para o Programa de Pesquisa e Monitoramento da Fauna

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Implementar e coordenar as ações do Programa Temático dePesquisa e Monitoramento de Fauna;

X X X X X

Elaborar relatório anual de atividades e avaliação de cada áreatemática envolvida;

X X X X X

Estabelecer o cronograma de realização de pesquisas emandamento e as previstas na UC;

X X X

Implantar um sistema permanente de fomento à pesquisacientífica na UC, por meio de convênios e acordos de cooperaçãocom universidades, instituições de pesquisa, organismosnacionais e internacionais, empresas privadas e fundações, dentreoutros;

X X

Criar condições, quando dos projetos específicos demonitoramento de interesse da unidade, para a realização depesquisas científicas no que se refere à aquisição deequipamentos, alojamento e transporte dos pesquisadores;

X X X X X

Oferecer segurança para que os pesquisadores possam conduzir X X X X X

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AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5seus estudos;

Criar, ou adaptar metodologias para instalação de criatórios depeixes, visando impedir escapes de indivíduos, larvas ou ovos,além de fiscalizar os criatórios já existentes atendendo essesmesmos princípios;

X X X X X

Organizar e manter banco de dados e uma biblioteca daspesquisas realizadas, incluindo uma relação com sistemas degeoprocessamento (SIG);

X X

Promover oficinas e outros eventos com a participação dospesquisadores, para a apresentação da produção científica daAPA; e,

X X X X X

Organizar informações para divulgação da APA como campo deinvestigação.

� Orçamento Estimado

O orçamento para esse programa deve ser discutido com os potenciais parceiros,pois deve ir ao encontro da realidade das instituições de pesquisas envolvidas.

8.4.2 – Programa de Pesquisa Científica e Estudos Florísticos

� Justificativas

Diversos estudos botânicos já foram desenvolvidos no território da APA, porémconcentrados na porção sul e centro-sul da APA, região de Extrema, Monte Verde eGonçalves, na floresta ombrófila densa e mista, e na vegetação rupestre. Para osambientes de floresta estacional e nos campos graminosos de altitude não seencontrou nenhuma referência de estudo.

Como muitas das espécies são exclusivas a um, ou outro ambiente é importante quese amplie o conhecimento botânico da região dedicando esforços a estes locais comcarência de estudo.

Dentre as instituições com pesquisa na região destaca-se a Universidade Federal deMinas Gerais, através de seu Departamento de Botânica, a qual tem desenvolvidodiversos estudos na região da APA.

� Objetivo

� Ampliar o conhecimento botânico da APA Fernão Dias, avaliando aimportância de tipologias vegetais ainda pouco conhecidas em seu território.

� Meta

� Relacionar as espécies presentes no território da APA e sua área deocorrência, como também caracterizar sua forma de ocupação,representatividade florística e situação atual de conservação.

� Ações

� Criar parceiras com instituições de pesquisa com interesse em desenvolverestudos na região;

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� Em conjunto com a instituição de pesquisa procurar fontes financiadoras;

� Desenvolver durante 1 ano, com coletas mensais, estudos nas áreasselecionadas; e,

� Identificar espécies e publicar resultados e indicações de novos estudosespecíficos, se assim os pesquisadores envolvidos julgarem comonecessário.

� Normas

� As pesquisas a serem realizadas deverão ter autorização da chefia da APA;

� Quando implicarem em fontes de recursos do Governo do Estado de MinasGerais, serão prioritárias as pesquisas que forneçam subsídios ao manejo daAPA;

� Estudos de inventário florístico deverão possuir licença especial para coletana unidade, a qual deverá ser fornecida pelo IEF (conforme InstruçãoNormativa IBAMA no 154, de 01 de março de 2007);

� Os exemplares de plantas coletados, deverão obrigatoriamente serdestinados a coleções museológicas registradas no IBAMA e/ou, quandohouver solicitação formal e devida autorização, a instituições de ensino epesquisa;

� Cópias de todas as pesquisas e publicações sobre a APA deverão serencaminhadas e arquivadas na administração da Unidade e na sede do IEFem Belo Horizonte;

� Quando implicar em apoio logístico a ser cedido pelo IEF, o pesquisadordeverá avisar sempre com antecedência suas datas de ida a campo, bemcomo o período abrangido e o número de participantes da equipe;

� O IEF, quando solicitado, poderá fornecer toda a informação disponível sobrea unidade e seu entorno para o pesquisador; e,

� Quando implicarem em coleta e/ou em monitoramento de espéciesameaçadas, os trabalhos referentes à flora deverão ser realizados porpesquisadores que comprovarem conhecimento sobre a área temática.

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

Para a avaliação da efetividade do programa como um todo e da praticidade dosresultados das pesquisas, os seguintes indicadores deverão ser utilizados:

� O número de pesquisas implementadas na APA durante o período devigência do Plano de Gestão;

� A verificação de que os objetivos e justificativas de tais projetos apresentampraticidade para a gestão da unidade e conservação da biodiversidade;

� A verificação de que os métodos dos projetos não são conflitantes com osobjetivos da unidade;

� A praticidade da implementação do projeto em relação a prazos, custos einfra-estrutura requisitada;

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� A coerência entre a formação do profissional a atuar na região com os temaspropostos para estudo; e,

� A possibilidade de divulgação e publicação dos estudos desenvolvidos.

� Pressupostos e Meios de Verificação de Indicadores

Os pressupostos e os meios para se verificar a efetividade da implantação dopresente programa têm como base as seguintes questões:

� O número de pesquisas implementadas por ano na APA encontra-se emconcordância com o previsto?

� Os objetivos dos projetos implementados são concordantes com as metasestabelecidas neste Plano de Gestão e com os objetivos específicos daAPA?

� Os métodos indicados nos projetos apresentam fatores que possaminviabilizá-los tecnicamente ou economicamente ou põem em risco a flora, afauna e a integridade dos ecossistemas regionais?

� Os profissionais participantes dos projetos apresentam experiência nosassuntos tratados ou contam com consultores e orientadores que tenhamesta experiência?

� O cronograma de atividades dos projetos são adequados ou suficientes parasua implementação?

� Os recursos financeiros, de infra-estrutura e de pessoal requerido para aimplementação do projeto são adequados?

� Os resultados esperados de cada projeto apresentam relevância oupraticidade para a solução dos problemas diagnosticados na APA? e,

� O número de publicações elaboradas ao final do período de vigência doPlano de Gestão (5 anos) é concordante com os esforços de pesquisaefetuados?

Estima-se que pelo menos uma publicação por pesquisa deverá serelaborada.

Para a verificação de que os projetos que venham a ser implementados na APAtenham coerência com os objetivos da unidade, deve-se atentar para diferençasexistentes entre pesquisas e projetos de monitoramento. Enquanto os primeirospodem ter, em geral, a característica de gerarem conhecimentos básicos nãodiretamente relacionados aos objetivos da APA, mas tão somente à elucidação deaspectos relacionados à ecologia das espécies (situação que pode requerer,inclusive, a coleta e manipulação experimental de muitos indivíduos das espéciesobjeto de avaliação), projetos de monitoramento destinam-se a avaliar relaçõesespecíficas entre elementos naturais e elementos modificadores do meio e a atestar,ou não, a eficácia da implantação dos programas e procedimentos de manejo queforem realizados.

Em linhas gerais, os monitoramentos pouco diferem metodologicamente daspesquisas, mas seus resultados deverão contemplar essencialmente a busca deindicadores de que atividades de manejo implementadas garantam uma

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sustentabilidade da APA. Nessa linha de entendimento, deve-se de antemão atentarpara que os projetos de pesquisa que venham a ser implementados devemprimeiramente ser avaliados se seus objetivos e métodos não comprometam asustentabilidade do recurso, situação em que tal projeto deverá ser prontamentedescartado.

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� Universidades Federais e Estaduais,

� Fundações de pesquisa e desenvolvimento;

� ONGs;

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: Universidades Federais e Estaduais de Minas Gerais;

� Executiva: centros de pesquisa, universidades, empresas e organizaçõesnão governamentais. O Instituto Estadual de Florestas, por meio da gerênciada APA, deverá articular a implementação desse programa.

A Tabela 8.09 apresenta o cronograma de implementação.

Tabela 8.09 – Cronograma de Implementação

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Criar parceiras com instituições de pesquisa com interesse emdesenvolver estudos na região;

X X

Em conjunto com a instituição de pesquisa procurar fontesfinanciadoras;

X X

Desenvolver durante 1 ano, com coletas mensais, estudos nasáreas selecionadas; e,

X X

Identificar espécies e publicar resultados e indicações de novosestudos específicos, se assim os pesquisadores envolvidosjulgarem como necessário.

X X

� Orçamento Previsto

O recursos destinado a esse programa é de responsabilidade das empresas queirão realizar as pesquisas.

Considerando duas bolsas de pesquisa, custos de viagem, material de campo e paraa montagem e envio de exsicatas, o recurso aproximado é de R$50.000,00 anual.

8.4.2.1 – Avaliação Populacional de Petunia mantiqueirensis

� Justificativas

Considerada até o momento como a única espécie vegetal endêmica da região, aPetunia mantiqueirensis é um arbusto encontrado na floresta ombrófila,principalmente na região de Gonçalves e Camanducaia.

Neste status de espécie típica da região é interessante que se amplie seuconhecimento e conheça mais a respeito de sua distribuição e ecologia, criandomelhor embasamento para desenvolver estratégias para sua proteção. Em conjunto

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com o programa de plantas ornamentais, dever-se-á desenvolver estudos depropagação e cultivo desta espécie.

É possível que esta espécie também ocorra em ambientes semelhantes fora dosdomínios da APA, a exemplo da porção norte do Estado de São Paulo e no restanteda região sudeste de Minas Gerais. Nesta possibilidade, essas regiões tambémdeverão ser consideradas na avaliação da área de ocorrência da espécie.

Este estudo é um bom tema para se desenvolver uma tese de mestrado e como taldeverá ser incentivado junto a instituições de pesquisa.

� Objetivo

� Conhecer a população de Petunia mantiqueirensis e preservá-la.

� Meta

� Definir a área de ocorrência de Petunia mantiqueirensis e estratégias deproteção.

� Ações

� Contatar instituições de pesquisa e expor o interesse;

� Buscar recursos através de parcerias com instituições de pesquisa;

� Mapear a ocorrência de Petunia mantiqueirensis;

� Avaliar aspectos de sua biologia e ecologia;

� Desenvolver técnicas de reprodução da P. Mantiqueirensis; e,

� Definir estratégia de proteção específica, se avaliar como necessário.

� Normas

� As pesquisas a serem realizadas deverão ter autorização da chefia da APA;

� Estudos de inventário florístico deverão possuir licença especial para coletana unidade, a qual deverá ser fornecida pelo IEF (conforme InstruçãoNormativa IBAMA no 154, de 01 de março de 2007);

� Os exemplares de plantas coletados, deverão obrigatoriamente serdestinados a coleções museológicas registradas no IBAMA e/ou, quandohouver solicitação formal e devida autorização, a instituições de ensino epesquisa;

� Cópias de todas as pesquisas e publicações sobre a APA deverão serencaminhadas e arquivadas na administração da Unidade e na sede do IEFem Belo Horizonte;

� O IEF, quando solicitado, poderá fornecer toda a informação disponível sobrea unidade e seu entorno para o pesquisador; e,

� Quando implicarem em coleta e/ou em monitoramento de espécies ameaçadas,os trabalhos referentes à flora deverão ser realizados por pesquisadores quecomprovarem conhecimento sobre a área temática.

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� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� O número de grupos de pesquisas com foco na P. Mantiqueirensisimplementadas na APA durante o período de vigência do Plano de Gestão;

� A verificação de que os objetivos e justificativas de tais pesquisasapresentam compatibilidade com os objetivos da APA;

� A verificação de que os métodos dos projetos não são conflitantes com osobjetivos da unidade;

� A coerência entre a formação do profissional a atuar na região com os temaspropostos para estudo; e,

� A possibilidade de divulgação e publicação dos estudos desenvolvidos.

� Pressupostos e Meios de Verificação de Indicadores

� Os objetivos dos projetos implementados são concordantes com as metasestabelecidas neste Plano de Gestão e com os objetivos específicos daAPA?;

� Os profissionais participantes dos projetos apresentam experiência nosassuntos tratados ou contam com consultores e orientadores que tenhamesta experiência?;

� O cronograma de atividades dos projetos são adequados ou suficientes parasua implementação?;

� Os recursos financeiros, de infra-estrutura e de pessoal requerido para aimplementação do projeto são adequados?;

� Os resultados esperados de cada projeto apresentam relevância oupraticidade para a solução dos problemas diagnosticados na APA?;

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� Universidades Federais e Estaduais;

� Fundações de pesquisa e desenvolvimento;

� ONGs.

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: Universidades Federais e Estaduais de Minas Gerais. Instituiçõesde Pesquisa;

� Executiva: centros de pesquisa, universidades, empresas e organizaçõesnão governamentais. O Instituto Estadual de Florestas, por meio da gerênciada APA, deverá articular a implementação desse programa.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.10 apresenta o cronograma de implementação do Programa.

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Tabela 8.10 – Cronograma de Implementação para o Subprograma de Avaliação Populacional da Petunia mantiqueirensis

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Contatar instituições de pesquisa e expor o interesse X

Buscar recursos em parceria com a instituição de pesquisa X

Mapear a ocorrência de Petunia mantiqueirensis X X

Desenvolver técnicas de reprodução da P. mantiqueirensis X X

Definir estratégia de proteção específica, se avaliar como necessário X X

Avaliar aspectos de sua biologia e ecologia X X

� Orçamento Estimado

O recursos financeiro será de responsabilidade das entidades de pesquisas querealizarão o projeto. Estima-se um orçamento básico aproximado de R$50.000,00.

8.5 – Programa de Gestão Ambiental

Esse programa objetiva estruturar as atividades ambientais de promoção, uso e/oufiscalização e controle necessários à gestão ambiental da APA.

A gestão deve ser realizada por meio de estratégias combinadas e adequadas,capazes de garantir a conservação e a preservação dos recursos naturais, e oenfrentamento dos problemas ambientais da APA.

Sua execução deverá estar em linha com as orientações do Zoneamento Ambientale com as respectivas normas de proteção ambiental, aplicando-se a ele a legislaçãoestadual e nacional em vigor.

8.5.1 – Programa de Promoção de Conexão entre Fragmentos Florestais por Meio de Formação de Micro-Corredores Regionais com Regularização e Ordenação de Reservas Legais

A criação de reservas legais de áreas rurais é uma medida prevista em Lei, cujoobjetivo primordial compreende a proteção de parte do patrimônio natural noterritório nacional in loco. Esta medida é estabelecida pelo Código Florestal de 1934(Decreto no 23.793), que criou o limite do direito de uso da propriedade à quartaparte, ou seja, a reserva obrigatória mínima de 20% da vegetação nativa de cadapropriedade rural (Joels, 2002). A denominação de Reserva Legal, contudo, veio apartir da Lei 7.803, de 18 de julho de 1989, que introduziu, também, a exigência deaverbação ou registro da área à margem da inscrição de matrícula do imóvel (Joels,2002).

Em 2000, a Medida Provisória (MP) N.º 1956-50/00 destacou o mecanismo decompensação da reserva legal, permitindo ao produtor rural que não dispõe de áreanatural significativa em sua propriedade criar a referida reserva em outra região,desde que a mesma seja equivalente em extensão e relevância ecológica e localize-

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se na mesma microbacia hidrográfica. Esta MP traz pela primeira vez, também, afunção da reserva legal como área de conservação da biodiversidade (Joels, 2002),assim definida: “área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural,excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dosrecursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, àconservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção da fauna e flora nativa”.

Em função do quase “ineditismo” que permeia a função das reservas legais comoáreas destinadas à proteção da fauna, em geral a criação de tais áreasfundamentava-se na mera avaliação da paisagem, a qual muitas vezes nãoimplicava em presença de espécies faunísticas de maior interesse em conservação.

� Justificativa

Na APA Fernão Dias há diversos fragmentos florestais isolados em diferentescircunstâncias de relevo e distância de outros mais. Tem-se como uma daspremissas na Biologia da Conservação que o isolamento de populações emfragmentos aumenta a chance de extinções locais de diversas espécies vegetais eanimais. Desta forma, promover a conexão entre os fragmentos irá aumentar achance de sobrevivência de diversas espécies uma vez que possibilita trocasgenéticas e do aumento das áreas de uso das espécies da fauna.

O ideal é que estas conexões sejam estabelecidas através de florestas formadas porespécies nativas. Mas, por se tratar de propriedades particulares, considera-se apossibilidade de constituir corredores de ligação com espécies exóticas, a exemplodo eucalipto, árvore amplamente utilizada para produção madeireira em diversaspropriedades rurais. Mesmo que estes corredores com espécies exóticas sejamrestritivos à permeabilidade por algumas espécies, deve-se considerar que suapresença é melhor que pastagens e lavouras anuais, as quais constituem barreirasao deslocamento da maior parte das espécies nativas.

Tão importante quanto o plantio, considera-se a possibilidade de apenas permitir aregeneração natural através do cercamento da área de interesse, ficando estadefinição a critério do técnico responsável pela implantação das ações.

Este programa deverá ser dirigido, principalmente para a Zona Agropastoril, onde ataxa de fragmentação é mais intensa.

� Objetivos

O presente programa tem, como objetivo geral, a função de indicar o ordenamentoideal das reservas legais na APA, de forma que as mesmas possibilitem a formaçãode micro-corredores ecológicos que, por sua vez, permitam que processos dedispersão e fluxo de genes da flora e da fauna garantam a perpetuação dasespécies.

São objetivos específicos desse programa:

� Identificar áreas estratégicas para a criação de micro-corredores ecológicosna área da APA;

� Estabelecer lay out ideais para o ordenamento das reservas legais emconjunto com áreas de preservação permanente e demais áreas protegidas;

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� Apoiar a gestão da APA na cobrança da regularização ambiental das áreasrurais locais;

� Permitir a conservação da biota regional; e,

� Reduzir o grau de fragmentação existente nas florestas da APA Fernão Diase, conseqüentemente, aumentar a área coberta por florestas nativas.

� Metas

As metas a serem alcançadas deverão ser modestas no início para que se dominemas técnicas e nuances relacionada às características regionais, e que osproprietários das terras sejam conscientizados.

Desta forma, deve-se prever a recuperação de um mínimo de 50ha para o primeiroano, 100ha para o segundo e 100ha para o terceiro. Este projeto deverá serprorrogado pelo tempo que for necessário a regularização das propriedades:

� Cadastramento e mapeamento das reservas legais já averbadas na área daAPA;

� Regularização das reservas legais não averbadas, mas já estabelecidas;

� Definir, logo ao primeiro ano da vigência deste Plano de Gestão, de áreasestratégias para criação de micro-corredores ecológicos regionais, tendo-sepor base as áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade regionale as áreas de preservação permanente da APA;

� Demarcação de áreas naturais presentes nas regiões dos micro-corredorespara criação e estabelecimento de novas reservas legais;

� Estabelecimento de termos de ajuste de conduta para a totalidade dosproprietários que estejam em situação de descumprimento da legislaçãoreferente às reservas legais, com indicação de áreas potenciais para criaçãodas mesmas de acordo com cada micro-bacia regional; e,

� Avaliação da situação das áreas de preservação permanente da APA ecobrança, na forma da lei, do cumprimento da conservação de tais áreas porparte dos proprietários rurais.

� Ações

� Promover a conexão entre fragmentos dirigidos para propriedades que nãopossuem Reserva Legal com o mínimo de 20% de sua área e onde as Áreasde Preservação Permanente (APPs) não se encontram preservadas,principalmente as matas ciliares;

� Adequar legalmente as propriedades a Reservas Legal que deverá ser formadatendo sua locação direcionada para áreas que promovam a conexão defragmentos florestais próximos;

� Incentivar a criação de Reservas Legal, pois mesmo tendo amparo legal, aconstituição da RL e a preservação das APP's nas propriedades rurais não é umfato amplamente disseminado. Na maioria das propriedades rurais estas áreasou não se encontram estabelecidas ou não possuem o tamanho mínimo exigidopor lei;

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� Selecionar, com base no conhecimento regional dos técnicos do IEF, EMATER eoutros organismos atuantes na APA, proprietários sensíveis à implantação desteprojeto;

� Iniciar o processo com os fragmentos de floresta estacional na região de PinhalGrande, Negros e Pinhalzinho, município de Toledo e Itapeva;

� Buscar financiamento para promover a revegetação das áreas de interesse.Devem-se buscar iniciativas já existentes, tais como o Programa PROMATAdo IEF, e outras novas fontes financiadoras, tais como a possibilidade dereverter recursos provenientes de usuários de água a jusante da bacia;

� Relacionar as propriedades rurais com deficiência na Reserva Legal e APP'spor meio de consultas aos funcionários do IEF regional e pesquisas emcartórios de registro de imóveis;

� Convocar proprietários rurais para assinatura de termo de compromisso como IEF;

� Definir áreas a serem recuperadas através de visita à propriedade e locaçãoda área a ser revegetada com consideração dos fragmentos florestaisremanescentes na propriedade e vizinhança;

� Definir técnicas a serem aplicadas;

� Repassar mudas, insumos e cercamento das áreas;

� Incentivar a averbação das RL nas propriedades inseridas dentro dos limitesda APA;

� Efetuar o cadastro das APP's e Reservas Legais existentes na região daAPA;

� Elaborar e manter atualizado um banco de dados georeferenciados cominformações referentes às reservas legais;

� Efetuar, com pessoal próprio ou mediante licitação, a avaliação de áreasprioritárias para o estabelecimento de micro-corredores dentro da APA;

� Efetuar a cobrança do cumprimento da legislação por parte dos proprietáriosrurais acerca do sistema de reservas legais e APPs;

� Promover discussões e palestras sobre o tema junto às comunidades,prefeituras e associações regionais;

� Orientar a recuperação das APPs e reservas legais nas propriedades parauma maior eficácia no processo de conservação da diversidade biológicaregional;

� Monitorar e fiscalizar o processo de recuperação e manutenção das APPs ereservas legais; e,

� Realizar educação ambiental junto aos proprietários rurais locais.

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� Normas

� A implantação e adequação das reservas legais a serem realizadas deverãoestar de acordo com as áreas levantadas como prioritárias e estratégicaspara a criação de micro-corredores na APA;

� A responsabilidade na implantação e averbação das reservas legais ficam acargo dos proprietários das áreas, sendo a fiscalização a cargo do IEF eSEMAD;

� A avaliação primária de áreas com maior relevância para a implantação dasreservas legais é de responsabilidade da gestão da UC, de acordo com asáreas prioritárias e estratégicas propostas no Plano de Gestão; e,

� O IEF, quando solicitado, poderá fornecer toda a informação disponível sobrea unidade e seu entorno para o proprietário que deseje adequar ou implantarsua reserva legal.

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Número de reservas legais implantadas e/ou adequadas com os propósitosdo Plano de Gestão;

� Número de termos de ajuste de conduta emitidos e cumpridos ao longo doprocesso; e,

� Situação da flora e da fauna nas áreas indicadas ao longo do processo deregularização das reservas legais e formação de micro-corredores.

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

Por meio do contexto proposto na averbação da reserva legal serão geradasconexões entre sistemas naturais que funcionam como um mecanismo eficientepara que o fluxo gênico, tanto da fauna como da flora, se mantenha.

Para que os indicadores sugeridos sejam efetivamente avaliados e o próprioprocesso de regularização das reservas legais aconteça, é de fundamentalimportância o fortalecimento institucional do IEF na região e dos demais órgãosestaduais, a exemplo da SUPRAM Sul de Minas. Para tanto, pressupõe-se que umprocesso de comunicação e educação ambiental consista no primeiro passo doprocesso, para somente após efetuar-se o cumprimento da lei em seu rigor. Para talsituação, requer-se que o IEF tenha maior contingente de pessoal técnico ligado àAPA, bem como o maior número possível de formação de parcerias que atuem naregião, inclusive para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e monitoramentoque, invariavelmente, geram por si só um processo de sensibilização da população.

Para a verificação da efetividade do programa, deverão ser considerados osseguintes elementos relacionados aos indicadores acima citados:

� Percentual de áreas regularizadas após contato com proprietários rurais;

� Percentual de área recuperada nos locais indicados como prioritários para oestabelecimento de micro-corredores; e,

� Dinâmica do aparecimento de espécies indicadoras de boas condiçõesambientais na medida em que as áreas foram sendo recuperadas.

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� Instituições com Potencialidade para Parceria

No estabelecimento deste programa, deve-se considerar o IBAMA e o MinistérioPúblico como as principais instituições de apoio à fiscalização e ao cumprimento dalei e das normas estabelecidas neste Plano de Gestão.

Já para apoio junto aos proprietários, são indicadas a EMATER, a Associação deProdutores Rurais, Cooperativas e demais Organizações Não Governamentais comatuação junto à área rural regional.

Para a criação das reservas legais propriamente ditas, os proprietários podem contarcom programas de compensação ambiental fomentadas por instituições privadas,linhas de crédito e por financiamentos de produção florestal e recomposição de APPe reserva legal asseguradas pelo Programa Nacional Florestal – PNF/MMA, taiscomo Proflora, Pronaf Floresta, FNO Floresta, FCO Pronatureza, FNE Verde eBNDES.

� Responsabilidade de execução

� Financeira: Municípios, SEMAD, IEF e INCRA Minas Gerais.

� Executiva: Municípios e IEF.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.11 apresenta o cronograma de implementação do programa.

Tabela 8.11 – Cronograma de Implementação para o Programa de Promoção de Conexão entre Fragmentos Florestais por Meio de Formação de Micro-Corredores Regionais com Regularização Ordenação de Reservas Legais

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Promover a conexão entre fragmentos dirigidos parapropriedades que não possuem Reserva Legal com o mínimo de20% de sua área e onde as Áreas de Preservação Permanente(APPs) não se encontram preservadas, principalmente as matasciliares

X X X

Adequar legalmente as propriedades a Reservas Legal quedeverá ser formada tendo sua locação direcionada para áreasque promovam a conexão de fragmentos florestais próximos

X X X

Incentivar a criação de Reservas Legal, pois mesmo tendo amparolegal, a constituição da RL e a preservação das APP's naspropriedades rurais não é um fato amplamente disseminado. Namaioria das propriedades rurais estas áreas ou não se encontramestabelecidas ou não possuem o tamanho mínimo exigido por lei

X X X X X

Selecionar, com base no conhecimento regional dos técnicos do IEF,EMATER e outros organismos atuantes na APA, proprietáriossensíveis à implantação deste projeto

X

Iniciar o processo com os fragmentos de floresta estacional na regiãode Pinhal Grande, Negros e Pinhalzinho, município de Toledo eItapeva

X X X

245

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AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Buscar financiamento para promover a revegetação das áreas deinteresse. Devem-se buscar iniciativas já existentes, tais como oPrograma PROMATA do IEF e a constituição do Corredor daMantiqueira, além de novas fontes financiadoras, tais como apossibilidade de reverter recursos provenientes de usuários deágua a jusante da bacia

X

Relacionar as propriedades rurais com deficiência na ReservaLegal e APP's por meio de consultas aos funcionários do IEFregional e pesquisas em cartórios de registro de imóveis

X X X

Convocar proprietários rurais para assinatura de termo decompromisso com o IEF

X X X

Definir áreas a serem recuperadas através de visita àpropriedade e locação da área a ser revegetada comconsideração dos fragmentos florestais remanescentes napropriedade e vizinhança

X X X

Definir técnicas a serem aplicadas X X X

Repassar mudas, insumos e cercamento das áreas X X X

Incentivar a averbação das RL nas propriedades inseridas dentrodos limites da APA

X X X

Efetuar o cadastro das APP's e Reservas Legais existentes naregião da APA

X X X

Elaborar e manter atualizado um banco de dadosgeoreferenciados com informações referentes às reservas legais

X X X

Efetuar, com pessoal próprio ou mediante licitação, a avaliaçãode áreas prioritárias para o estabelecimento de micro-corredoresdentro da APA

X X X

Efetuar a cobrança do cumprimento da legislação por parte dosproprietários rurais acerca do sistema de reservas legais e APPs

X X X

Promover discussões e palestras sobre o tema junto àscomunidades, prefeituras e associações regionais

X X X

Orientar a recuperação das APPs e reservas legais naspropriedades para uma maior eficácia no processo deconservação da diversidade biológica regional

X X X

Monitorar e fiscalizar o processo de recuperação e manutençãodas APPs e reservas legais

X X X

Realizar educação ambiental junto aos proprietários rurais locais X X X

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� Orçamento Estimado

Considerando a mobilização, o plantio e o cercamento das áreas, sendo quealgumas delas não receberão plantio, apenas permitindo a regeneração natural,estima-se o custo médio de R$5.000,00 por hectare.

8.5.2 – Programas de Reabilitação dos Campos da Fazenda Boa Vista

Com área de ocorrência reduzida, os campos de altitude representam o ambientemais alterado na região da APA, tendo sido quase todo plantado com araucárias(região da Fazenda Boa Vista), as quais apresentam desenvolvimento deficiente emdecorrência de restrições edáficas.

� Justificativa

Por se tratar de um ambiente único na APA, pelo seu grau de isolamento e pelacarência de estudos específicos, apresenta potencial de conter endemismos eespécies novas para a ciência.

� Objetivo

� Reabilitar o ambiente de campo de altitude, reintegrando-o à paisagem regional.

� Metas

� Avaliar a situação e proceder a negociações com proprietários no 1º ano deprojeto; e,

� Retirar árvores que não componham originalmente a área de campo, aexemplo das araucárias plantadas no local, no 2º ano.

� Ações

Para o caso da região da Fazenda Boa Vista:

� Contatar proprietários das terras onde existe este ambiente, principalmentena Fazenda Boa Vista, no alto da serra da Bocaina, nas cabeceiras doribeirão Jaguari;

� Definir estratégia de retirada ou redução das árvores de araucária e outrasque venham a ser detectadas como alheias à áreas de campo ali presentes;

� Avaliar necessidade de reintrodução de plantas ou de retirada de espéciesexóticas; e,

� Definir estratégias de pastoreio, já que se trata de propriedade particular.

� Normas

A extração das espécies que plantadas e que não compõe a área de campodeverá ser realizada com a aprovação do (s) proprietário (s) e comacompanhamento de profissional qualificado que se responsabilizetecnicamente.

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Avaliação da situação dos campos de altitude da Fazenda Boa Vista;

� Foram retiradas as árvores que não compõem originalmente a área decampo;

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� Pressupostos e meio de Verificação de Indicadores

� Parecer de técnico responsável sobre a efetividade das ações e sobre ascondições de conservação dos campos.

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� Universidades de âmbito regional como as de Lavras e Itajubá.

� Responsabilidade de execução

� Financeira: Proprietários das áreas, IEF, ONG’s e fundos de apoio;

� Executiva: IEF, Universidades, Profissional qualificado e responsável técnicopelo projeto.

� Cronograma de Implantação

A Tabela 8.12 apresenta o cronograma estimado para implementação do programa.

Tabela 8.12 – Cronograma de Implementação para o Programas de Reabilitação dos Campos da Fazenda Boa Vista

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Contatar proprietários das terras onde existe este ambiente,principalmente na Fazenda Boa Vista, no alto da serra da Bocaina, nascabeceiras do ribeirão Jaguari

X X

Definir estratégia de retirada ou redução das árvores de araucária eoutras que venham a ser detectadas como alheias à áreas de campo

X

Avaliar necessidade de reintrodução de plantas ou de retirada deespécies exóticas

X X

Definir estratégias de pastoreio, já que se trata de propriedadeparticular

X

� Orçamento Estimado

A princípio, considera-se que o custo desta ação poderá ser amortizado pelacomercialização da madeira pelo proprietário, bastando ao IEF licenciar o corte e avenda da madeira.

8.5.3 – Programa de Controle de Plantas Exóticas em Áreas Rupestres

Espécies exóticas invasoras englobam desde plantas, invertebrados (ácaros einsetos), microrganismos (bactérias, fungos, vírus, viróides, prions e nematóides)até vertebrados de grande porte. Podem ser definidas como espécies que seencontram fora de seu ambiente natural, onde passam a reproduzir e exercerdominância sobre outros organismos, constituindo ameaça à diversidade biológica ecausando impactos ambientais ou perdas de produção.

A invasão de plantas e animais exóticos é considerada a segunda maior causa deextinção de espécies no mundo, atrás apenas da supressão de ambientes. Na APAexistem várias espécies exóticas aclimatadas, propagando-se espontaneamente(biocontaminação), como por exemplo, o pinus (Pinus spp.), o capim-colonião

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(Panicum maximum) e várias braquiárias (Brachiaria spp.). Essa propagação, que éconsiderada uma contaminação biológica, afeta o ambiente natural de diferentesformas e em diferentes graus de descaracterização, exigindo seu controle de formaa se garantir a manutenção dos processos ecológicos naturais, em especial nasáreas prioritárias para conservação da biodiversidade.

� Justificativa

O presente programa justifica-se em função da necessidade de conservação dapaisagem natural de áreas elevadas para a biodiversidade regional e para odesenvolvimento de atividades turísticas.

Apesar da presença de plantas exóticas em todo o território da APA, sendo este umaspecto inerente às culturas agrícolas e à pecuária, como se tratam de propriedadesparticulares, estas fazem parte da paisagem e do direito do uso da terra pelosagricultores, pecuaristas e empresas silvicultoras.

No entanto, em ambientes não utilizados para a produção agropecuária, destinadosà conservação, estas plantas deverão ser controladas, procurando-se reduzir suadensidade. Este é caso dos afloramentos rochosos na região de Monte Verde, ondese observou a presença de gramíneas exóticas, a exemplo do capim gordura Melinisminutiflora.

A principal questão ambiental, não é a presença da planta em si, mas o fato delaestar ocupando um espaço que poderia ser ocupado por uma espécie nativa, asquais, em geral, possuem relações ecológicas mais estreitas com outras espécies.

Desta forma, a eliminação destas plantas propiciará a recolonização por outrasespécies dos espaços disponibilizados.

� Objetivos

O objetivo geral deste programa é o de minimizar os impactos causados pelaintrodução de espécies vegetais exóticas em áreas de importância biológica e deespecial valor cênico presentes na APA.

São objetivos específicos desse programa:

� Efetuar a remoção e o controle das espécies vegetais exóticas(especialmente de capins e pinus) nas áreas naturais constituídas porafloramentos rochosos em áreas elevadas;

� Reduzir a presença de espécies exóticas em locais destinados àpreservação; e,

� Efetuar a recuperação da paisagem em áreas onde a contaminação biológicatenha afetado a dinâmica natural dos sistemas ecológicos.

� Metas

As metas idealizadas para este programa são as seguintes:

� Identificar e mapear todas as áreas rupestres com invasão biológicapresentes na APA em um período máximo de três (3) anos;

� Início das atividades de manejo em pelo menos 30% das áreas até ohorizonte máximo de cinco (5) anos; e,

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� Realizar o monitoramento completo das áreas manejadas até o períodoanteriormente citado.

� Ações

São ações previstas para o desenvolvimento do presente projeto:

� Identificar áreas de afloramentos rochosos elevados com contaminaçãobiológica evidenciada na área da APA;

� Conversar com os proprietários das terras onde se situam os afloramentosrochosos em Monte Verde;

� Definir a data da ação ao fim do período seco, para que os espaços criadospossam ser colonizados logo que as chuvas reiniciem;

� Remover manualmente indivíduos de Pinus spp. e de demais espéciesarbóreas encontradas nessas áreas;

� Resgatar e manter ex situ de espécies vegetais rupestres nativas nas áreasa serem objeto de remoção intensiva de capins exóticos;

� Remover, por meio de capinagem ou de sufocamento por cobertura com lonaplástica, de aglomerados homogêneos de capins exóticos;

� Organizar mutirões para a tarefa de capinar as gramíneas exóticas;

� Recuperar e revolver solo das áreas manejadas, quando possível;

� Monitorar, pelo período de um (1) mês, de eventual reaparecimento decapins nas áreas manejadas;

� Repetir o processo;

� Reintroduzir e monitorar a pega de espécies nativas;

� Controlar e proibir a entrada de animais domésticos herbívoros compotencial capacidade de dispersão de capins (em especial cavalos, gado ecaprinos) nas áreas manejadas; e,

� Realizar atividades de educação ambiental com a comunidade local,proprietários de áreas e eventuais visitantes.

� Normas

� As atividades de procura e remoção de gramíneas exóticas da área da APAdeverão constituir atividades rotineiras de manutenção das áreas;

� A remoção das gramíneas deverá ser feita de maneira mecânica, evitando-sea aplicação de quaisquer produtos químicos; e,

� As espécies nativas a serem removidas e posteriormente reintroduzidasdeverão ser exatamente aquelas originárias de cada região.

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Percentual de áreas recuperadas;

� Taxa de recolonização de espécies exóticas após o manejo; e,

� Taxa de recolonização de espécies nativas após o manejo.

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� Pressupostos e meio de verificação de indicadores

Deve-se considerar que o programa será efetivo na medida em que, após arecuperação ambiental implementada, haja um percentual maior de recolonizaçãodo ambiente manejado pelas espécies nativas do que pelas exóticas.

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� EMBRAPA;

� Empresas de manejo florestal; e,

� Instituições de pesquisa (Universidades e ONG's) com atuação na área demanejo florestal e agronômico.

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: Proprietários das áreas; e,

� Executiva: IEF e proprietários das áreas.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.13 apresenta o cronograma estimado para implementação do programa.

Tabela 8.13 – Cronograma de Implementação para o Programa de Controle de Plantas Exóticas em Áreas Rupestres

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Identificar áreas de afloramentos rochosos elevados comcontaminação biológica evidenciada na área da APA

X X

Conversar com os proprietários das terras onde se situam osafloramentos rochosos em Monte Verde

X X

Definir a data da ação ao fim do período seco, para que os espaçoscriados possam ser colonizados logo que as chuvas reiniciem

X

Remover manualmente indivíduos de Pinus spp. e de demaisespécies arbóreas encontradas nessas áreas

X X X

Resgatar e manter ex situ de espécies vegetais rupestres nativas nasáreas a serem objeto de remoção intensiva de capins exóticos

X X

Remover, por meio de capinagem e/ou de sufocamento por coberturacom lona plástica, de aglomerados homogêneos de capins exóticos

X X

Organizar mutirões para a tarefa de capinar as gramíneas exóticas X X

Recuperar e revolver solo das áreas manejadas, quando possível. X X

Monitorar, pelo período de um (1) mês, de eventual reaparecimentode capins nas áreas manejadas

X X

Repetir o processo X X X

Reintroduzir e monitorar a pega de espécies nativas X X

Controlar e proibir a entrada de animais domésticos herbívoros com X X X

251

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AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

potencial capacidade de dispersão de capins (em especial cavalos,gado e caprinos) nas áreas manejadas

Realizar atividades de educação ambiental com a comunidade local,proprietários de áreas e eventuais visitantes

X X X

� Orçamento Estimado

Considerando o custo de contatos com proprietários, mobilização de pessoal paramutirão e a ação, estima-se o recurso aproximado de R$21.000,00, a ser utilizadoao longo de 3 anos.

8.5.4 – Programa de Arborização do Caminho da Fé

O caminho da fé é uma rota de peregrinação que incia-se na cidade de Escalvado,interior do Estado de São Paulo ou em Mococa, nordeste do mesmo estado. Ocaminho corta o Estado de Minas Gerais da cidade de Andradas até Paraisópolis. Odestino final do Caminho da Fé é a cidade de Aparecida no Estado de São Paulo.(Figura 8.02)

Figura 8.02 – Traçado do Caminho da Fé

Fonte: http://www.caminhodafe.com.br/mapa.html

Estas caminhadas são feitas ao longo de quase todo ano e, especialmente, nasépocas de festas religiosas. Todo o caminho é percorrido a pé pelos peregrinos, porestradas, em geral, pouco arborizadas, levando os caminhantes ao desconfortoambiental pela insolação.

252

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O presente projeto propõe a arborização das estradas, com espécies nativas, notrecho compreendido entre o município de Paraisópolis/MG até o Distrito deLuminosa (Brasópolis/MG), correspondendo a 25 km de extensão (Figura 8.03).

� Justificativas

O plantio de árvores nativas nesse trecho, além de trazer o conforto para osperegrinos, contribuirá para agregar valor ambiental a esta região atuando aindacomo forte componente de Educação Ambiental.

Considerando que este caminho possui uma extensão de cerca de 25 km no interiorda APA, seriam necessárias aproximadamente 10.000 mudas para plantar as duasmargens da estrada com espaçamento médio de 5 m. Como existem algumasárvores no caminho, pode-se reduzir este montante para cerca de 7.000 mudas.

Figura 8.03 – Caminho da Fé – Destaque para os Municípios de Paraisópolis e Distrito de Luminosa(Brasópolis)

Fonte: http://www.caminhodafe.com.br/mapa.html

� Objetivos

� Aumentar o componente arbóreo na paisagem compreendida entre osmunicípios de Paraisópolis e Luminosa;

� Promover conforto ambiental aos peregrinos que utilizam o caminho;

� Incentivar atividades de Educação Ambiental no trecho estabelecendoparceria com escolas e ONG's com interesses afins;

� Metas

� A meta para o primeiro ano do projeto é o plantio de aproximadamente 100mudas de espécies nativas; e,

� A cada ano seguinte, a meta passa a ser o plantio de 1.000 mudas nativas.

253

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� Ações

O ideal seria que cada árvore fosse plantada por um peregrino, tendo a espécie e olocal pré-definidos pela gerência da APA, onde a cova já deveria estar aberta e amuda à disposição. No entanto, como o grande volume de peregrinações se dá naépoca seca do ano, a escassez de água poderia comprometer a sobrevivência dasmudas. Assim sendo, a muda será plantada em nome de cada interessado, o qualpagará por ela, recebendo um certificado com o nome da espécie, suas qualidades ea localização do plantio, o que permitirá a visitação.

Este mesmo discurso deverá ser levado para à direção da Basílica de Aparecida,buscando o apoio desta instituição religiosa:

� Contatar a direção da Basílica de Aparecida, em São Paulo;

� Providenciar as mudas de arbóreas nativas;

� Desenvolver estratégias de abordagem dos peregrinos;

� Definir locais para plantio;

� Detalhar estratégias de plantio;

� Elaborar certificados e marcação das mudas em campo; e,

� Plantar as mudas.

Ainda são previstas as ações:

� Definir e marcar com estacas os locais indicados para o plantio das mudas;

� Providenciar mudas de árvores nativas para o plantio;

� Estabelecer parceria com local de retirada/carimbo de credencial, nomunicípio de Paraisópolis com a finalidade de oferecer ao peregrino a mudaa ser plantada;

� Estabelecer parceria com a Basílica de Aparecida com a finalidade de queesta possa apoiar e disseminar o projeto;

� Desenvolver estratégias de abordagem dos peregrinos, valendo-se daapresentação acerca do futuro sombreamento na estrada e, principalmente,da importância do componente arbóreo na paisagem. Deverá ser abordadaainda a idéia de que o gesto serve como minimizador da “pegada ecológica”decorrente dos grandes eventos ocorrentes em Aparecida. Frases como“Deixe sua marca e apague sua pegada ecológica” ou “plante sua sombra”poderão ser utilizadas neste programa.

� Criar concurso, junto às escolas, quanto a adoção do Slogan utilizado para aminimização da Pegada Ecológica;

� Elaborar selo adicional para compor a Credencial e o Certificado doperegrino que aderir à proposta de aquisição da muda;

� Detalhar estratégias de plantio;

� Divulgar, ao longo do trajeto, o projeto e seus objetivos; e

� Plantio das mudas em locais previamente definidos.

254

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� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Quantidade de árvores plantadas ao longo dos anos.

� Aprovação da direção da Basília e engajamento da mesma no processo.

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

� Quantidade de certificados emitidos;

� Quantidade de mudas plantadas;

� Mapa aéreo com imagens comparativas atualizado anualmente.

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� EMBRAPA;

� Pousada da Praça (Distribuidora de credencial em Paraisópolis);

� Basílica de Aparecida;

� EMATER; e,

� Comunidade em geral.

� Responsabilidade de Execução

� Técnica: IEF, EMATER;

� Financeira: IEF, fiéis/peregrinos;

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.14 apresenta o cronograma estimado para implementação do programa.

Tabela 8.14 – Cronograma de Implementação para o Programa de Arborização do Caminho da Fé

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Estabelecer parceria com a Basílica de Aparecida com a finalidadede que esta possa apoiar e disseminar o projeto

X X X

Providenciar as mudas de arbóreas nativas X X X

Desenvolver estratégias de abordagem dos peregrinos X X X

Definir locais para plantio X X X

Detalhar estratégias de plantio X X X

Elaborar certificados e marcação das mudas em campo X X X

Plantar as mudas X X X

Definir e marcar com estacas os locais indicados para o plantiodas mudas

X X X

Providenciar mudas de árvores nativas para o plantio X X X

Estabelecer parceria com local de retirada/carimbo de credencial,no município de Paraisópolis com a finalidade de oferecer aoperegrino a muda a ser plantada

X X X

Contatar a direção da Basílica de Aparecida, em São Paulo X X X

Desenvolver estratégias de abordagem dos peregrinos, valendo-seda apresentação acerca do futuro sombreamento na estrada e,

X X X

255

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AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5principalmente, da importância do componente arbóreo napaisagem. Deverá ser abordada ainda a idéia de que o gesto servecomo minimizador da “pegada ecológica” decorrente dos grandeseventos ocorrentes em Aparecida. Frases como “Deixe sua marcae apague sua pegada ecológica” ou “plante sua sombra” poderãoser utilizadas neste programa

Criar concurso, junto às escolas, quanto a adoção do Sloganutilizado para a minimização da Pegada Ecológica

X X X

Elaborar selo adicional para compor a Credencial e o Certificadodo peregrino que aderir à proposta de aquisição da muda

X X X

Detalhar estratégias de plantio X X X

Divulgar, ao longo do trajeto, o projeto e seus objetivos da APA X X X

Plantio das mudas em locais previamente definidos X X X

� Orçamento Previsto

Espera-se que o custo seja em parte amortizado pela venda do direito de plantio aosperegrinos e com parcerias estabelecidas com a Igreja Católica. De qualquer forma,considerando a mobilização e o custo das mudas, o plantio e a manutenção, estima-se o valor de R$ 10.000,00 (Dez mil reais) a cada ano, somando R$ 30.000,00(Trinta mil reais) nos três primeiros anos de projeto.

8.5.5 – Programa de Implementação de Unidades de Conservação de Proteção Integral e Fomento à Criação de RPPNs

As unidades de conservação são porções do território nacional, incluindo as águasterritoriais, com características naturais de relevante valor, de domínio público ouprivado, legalmente instituídas pelo poder público, com objetivos e limites definidos,sob regime especial de administração e às quais aplicam-se garantias de proteção.Essas áreas visam guardar e proteger amostras de ecossistemas regionaiscontemplando as finalidades ambientais, educacionais, científicas e mesmoeconômicas intrínsecas a uma Unidade de Conservação.

Já as Reservas Particulares do Patrimônio Natural - RPPNs integram o SistemaNacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC (Lei n.º 9.985/2000) nacategoria Uso Sustentável e atua como área de importante estratégia deconservação de ambientes naturais e, ao mesmo tempo, oferece benefícios aoproprietário assegurados por lei (SNUC e Lei n° 8.171/91. Art. 104 e Decreto 1.922de 96), a saber:

� Direito de propriedade preservado;

� Isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);

� Prioridade na análise dos projetos, pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente –FNMA;

� Preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola, junto àsinstituições oficiais de crédito, para projetos a serem implementados empropriedades que contiverem RPPN em seus perímetros;

256

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� Possibilidades de cooperação com entidades privadas e públicas naproteção, gestão e manejo da unidade;

� Possibilidade de sobreposição de perímetro da RPPN com a Área dePreservação Permanente – APP e com a Reserva Legal; e,

� Ainda como incentivo a criação de RPPN, o Estado de MG promulgou em 27de Dezembro de 2000 a Lei n.º 13.803 que prevê o repasse de percentuaisdo ICMS ecológico aos municípios com áreas destinadas a Unidades deConservação.

Assim, considerando a necessidade de aumento do esforço de conservação deespécies de interesse na região da APA e a existência de áreas com característicasfísicas naturais que apresentam grande importância biológica regional, o presenteprograma visa incentivar a criação de áreas com maior restrição ao uso antrópico etambém, seja aquelas criadas pelo poder público ou por particulares, como é o casodas RPPN's.

� Justificativas

Apesar de todos os remanescentes florestais existentes na APA Fernão Dias seremde interesse para a conservação, e estes devem integrar Reservas Legais e APPs,alguns apresentam extensão e grau de preservação que os capacitam comopotenciais Unidades de Conservação (UC).

No entanto, atualmente, apenas o Parque Municipal Ecológico do Brejo Grande deParaisópolis representa Unidade de Conservação de Proteção Integral legalmenteconstituída. O reduzido Parque Estadual do Cadete não existe enquanto UC, apesardo terreno ser de propriedade do IEF e ter toda uma infra-estrutura disponível. Existetambém a Reserva Florestal do Sauá, na Serra do Lopo, mas esta talvez estejaincluída como Reserva Legal de uma propriedade particular e não como unidade deconservação.

Com potencial a constituir UC de Proteção Integral destaca-se a Serra de MonteVerde e as florestas do entorno da Serra de São Domingos. Na primeira área inclui-se a propriedade dos fundadores do Distrito, cuja área intercala a Reserva Legal(RL) da empresa Melhoramentos, a qual poderia vir a se tornar uma ReservaParticular do Patrimônio Natural (RPPN), graduando assim seu status depreservação.

No caso do Pico de São Domingos e seu entorno, além de um importante marcogeográfico, existem extensos remanescentes florestais, os quais pertencem adiferentes propriedades rurais, podendo constituir suas Reservas Legal. Assim,considerando que as RPPN's podem sobrepor as RL's, esse programa sugere acriação dessas UC's com vistas, inclusive, aos incentivos para os proprietários epara o município, conforme já citado.

A criação de RPPN's deverá ser incentivada, principalmente em locais comcaracterísticas particulares, como, por exemplo, locais com vegetação de campo dealtitude que constitui um ambiente de pouca ocorrência na região. Especificamenteesse bioma, corresponde à propriedade Fazenda Boa Vista, situada na região doalto curso dos córregos Consolação e da Pedra de Afiar e do ribeirão Bocaina, nomunicípio de Sapucaí-Mirim.

257

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Além disso, a criação de Unidades de Conservação vem ao encontro do proposto nalei do ICMS Ecológico que prevê, em seu inciso VIII - Meio Ambiente – a distribuiçãode parte dos recursos disponíveis em dois componentes - Saneamento Básico eUnidades de Conservação (sub-critérios, o Índice de Conservação -IC, referente àsUnidades de Conservação e outras áreas protegidas e o sub-critério Índice deSaneamento Ambiental-ISA, referente a Aterros Sanitários, Estações de Tratamentode Esgotos-ETE e Usinas de Compostagem) :

“a) parcela de, no máximo, 50% (cinqüenta por cento) do total será distribuída aosmunicípios cujos sistemas de tratamento ou disposição final de lixo ou de esgotosanitário, com operação licenciada pelo órgão ambiental estadual, atendam, nomínimo, a, respectivamente, 70% (setenta por cento) e 50% (cinqüenta por cento) dapopulação, sendo que o valor máximo a ser atribuído a cada município não excederáo seu investimento, estimado com base na população atendida e no custo médio"per capita" dos sistemas de aterro sanitário, usina de compostagem de lixo eestação de tratamento de esgotos sanitários, fixado pelo Conselho Estadual dePolítica Ambiental - COPAM

b) o restante dos recursos será distribuído com base no Índice de Conservação doMunicípio, calculado de acordo com o Anexo IV da lei, considerando-se as unidadesde conservação estaduais, federais e particulares, bem como as unidadesmunicipais que venham a ser cadastradas, observados os parâmetros e osprocedimentos definidos pelo órgão ambiental estadual”.

No Anexo 8.01 é apresentada a Lei n° 13.803 (27/12/00) e a Deliberação NormativaCOPAM n° 86 (17/07/05).

� Objetivos

São objetivos deste programa:

� Incentivar a criação de Unidades de Conservação de Proteção Integral e deReservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN's, segundo diretrizes doSistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza – SNUC (Lei n.º9.985/2000);

� Gerar renda aos municípios, provenientes do repasse do ICMS Ecológicoconforme ditames da Lei Federal nº 13.803/2000;

� Incentivar a conservação in loco de representantes da flora e da faunanativas da APA;

� Promover a criação de espaços adequados para o desenvolvimento deestudos e pesquisas sobre a biota original regional;

� Garantir a conservação de importantes amostras da vegetação nativa;

� Buscar mecanismos mais eficientes de fomento destinados à conservação dabiota e para o desenvolvimento de pesquisas;

� Incentivar a criação de espaços naturais destinados à execução deatividades de educação ambiental e observação da natureza à comunidadelocal e visitantes da região; e,

� Gerar a formação de bancos de dados sobre a biota original regional quepossibilitem análises comparativas para atividades de monitoramento ambiental.

258

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� Metas

� Criar, ao menos duas Unidades de Conservação de Proteção Integral queabranja, no mínimo, 4.000 ha em uma das áreas de interesse biológicoindicadas neste Plano de Gestão, com especial referência à região doentorno do Pico São Domingos e a região do Pico do Selado em MonteVerde;

� Promover, ao menos uma palestra em cada município, cujo objeto seja oesclarecimento de dúvidas sobre a criação de RPPN's; e,

� Estabelecer, ao menos, 6.000 ha de Reservas Particulares do PatrimônioNatural em um período de10 anos.

� Ações

� Levantar áreas com potencial para criação de Unidades de Conservação deProteção Integral;

� Propor projetos, junto a órgãos estaduais e federais, de criação de UC's deProteção Integral;

� Levantar áreas com potencial para criação de RPPNs no interior da UC;

� Efetuar análise detalhada da qualidade dos fragmentos nas áreas indicadascomo de relevância biológica;

� Propor o projeto de incentivo à criação de RPPN´s em parceria comprefeituras;

� Efetuar levantamento de proprietários das áreas apontadas como potenciaisà criação de UC;

� Organizar palestra, junto aos proprietários de áreas potenciais, a fim desensibilizá-los sobre a necessidade de preservação de áreas da APA FernãoDias (interface com o subprograma de Comunicação Social e EducaçãoAmbiental, Sensibilização das Comunidades Residentes e do Entorno);

� Estabelecer, por meio de mapeamento, o traçado da Unidade deConservação idealizada;

� Elaborar Decreto de desapropriação de áreas de interesse para UCs;

� Estabelecer termos específicos para criação das Ucs;

� Estabelecer Parques Municipais Lineares ao longo de rios para proteção econservação da qualidade hídrica, associada ao lazer da comunidade epopulação flutuante.

� Normas

� A criação, tanto de Unidades de Proteção Integral quanto de RPPN's deveráobedecer os dispostos no Sistema Nacional de Unidades de Conservação daNatureza – SNUC (Lei n.º 9.985/2000) e demais legislação federal/estadualvigente;

� Devem ser priorizadas as Zonas de Preservação e Conservação da VidaSilvestre para criação de unidades de proteção integral;

259

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� A criação de RPPNs deverá ser uma atitude voluntária por parte doproprietário rural, cabendo contudo à gestão da APA indicar as vantagens,oportunidades e obrigações do processo de criação, bem como agilizar estejunto aos órgãos competentes;

� A criação da UC de proteção integral deverá, necessariamente, ocorrer deforma participativa;

� A UC a ser implementada deverá, preferencialmente, ser na categoriaParque, de forma a contribuir com o desenvolvimento econômico dosmunicípios da região;

� A UC deverá obrigatoriamente conter zonas de proteção integral (intangíveisou primitivas) de acordo com estudos biológicos previamente realizados eque perfaçam pelo menos 75% da área da unidade (pelo menos 3.000 ha),evitando a criação apenas de áreas com finalidades de uso público e lazer;

� A SEMAD/IEF e as Secretarias Municipais de Agricultura e Meio Ambientedeverão priorizar o contato e incentivo à criação de RPPN’s em áreas ondefor constatada maior fragilidade ambiental devido à pressão antrópica e quepossam vir a ser substituída por áreas agricultáveis, pastagens, loteamentos,etc;

� A SEMAD/IEF e as Secretarias Municipais de Agricultura e Meio Ambientedeverão oferecer suporte técnico à proprietários de terras interessados nacriação de RPPNs, bem como, facilitar e agilizar o processo interno decriação das mesmas; e,

� A SEMAD/IEF deverá efetuar a gestão junto às Prefeituras Municipais,objetivando a participação no processo de regulamentação e criação de RPPN’s,isenção do ITR e participação no recebimento do ICMS Ecológico.

� Definição dos Indicadores para Avaliação

� Compor gráfico comparativo entre o número de Unidades criadas antes eapós a implantação do projeto, considerando os ganhos, sociais, ambientaise econômicos;

� Aumento do valor de ICMS repassado aos municípios;

� Criar banco de dados geográfico que permita a fácil visualização das UC'sinstituídas e atualizado anualmente.

� Percentual de áreas preservadas na forma de RPPNs em relação àtotalidade da área da APA;

� Qualidade e relevância dos ecossistemas protegidos;

� Presença de espécies indicadoras de existência de comunidades biológicasestabilizadas.

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

Deve-se considerar que a efetividade do programa ocorre à medida em que sãoconsideradas as seguintes observações:

260

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� Pelo menos 3000 ha, protegidos na forma de RPPNs ou outras UCs, nos trêsprimeiros anos de vigência do Plano de Gestão;

� Presença de pelo menos 70% das espécies consideradas como raras eameaçadas de extinção da APA nas áreas protegidas indicadas, apontadopor meio de levantamentos de campo;

� Presença de florestas em estágios avançados de recuperação em pelomenos 70% de cada área protegida;

� Presença de áreas com potencialidade de estabelecimento de micro-corredores ecológicos entre as áreas protegidas.

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� Empresas de consultoria ambiental em geral e instituições de pesquisa(Universidades e ONGs) com atuação na área de conservação da natureza.

� Destaca-se ainda a Associação de Reservas Particulares do PatrimônioNatural e Outras Reservas Privadas de Minas Gerais (ARPEMG). Essaassociação, surgida para sanar as necessidades dos proprietários no tocantea criação e troca de experiencias sobre as UC's, tem como principal esforçoa criação de RPPN nos Corredores de Biodiversidade da Mata Atlântica.

� Cia Melhoramentos;

� Klabin S.A.;

� Votorantin Celulose e Papel;

� NR Acampamentos;

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: IEF, SEMAD, prefeituras municipais; e,

� Executiva: IEF.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.15 apresenta o cronograma estimado para implementação do programa.

Tabela 8.15 – Cronograma de Implementação para o Programa de Implementação de Unidades de Conservação de Proteção Integral e Fomento à Criação de RPPNs

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Levantar áreas com potencial para criação de Unidades deConservação de Proteção Integral e RPPNs

X

Organizar palestra, junto aos proprietários de áreas potenciais, afim de sensibilizá-los sobre a necessidade de preservação deáreas da APA Fernão Dias (interface com o subprograma deComunicação Social e Educação Ambiental, Sensibilização dasComunidades Residentes e do Entorno)

X

Propor projetos, junto a órgãos estaduais e federais, de criação de X

261

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AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

UC's de Proteção Integral

Levantar áreas com potencial para criação de RPPNs no interiorda UC

X

Efetuar análise detalhada da qualidade dos fragmentos nas áreasindicadas como de relevância biológica

X

Propor o projeto de incentivo à criação de RPPN´s em parceriacom prefeituras

X

Efetuar levantamento de proprietários das áreas apontadas comopotenciais à criação de UC

X

Elaborar Decreto de desapropriação de áreas de interesse, para ocaso de Ucs de Proteção Integral

X

Estabelecer termos específicos para criação das Ucs X

262

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� Orçamento Estimado

A Tabela 8.16 apresenta o orçamento estimado para implementação do programa.

Tabela 8.16 – Orçamento Estimado para o Programa de Implementação de Unidades de Conservação de Proteção Integral e Fomento à Criação de RPPNs

ATIVIDADE

RECURSOS NECESSÁRIOS ESTIMADOS PARA IMPLANTAÇÃO / ANO (EM R$)

ANO I - TRIMESTRE ANOS

1º 2º 3º 4º TOTALANO ANO II ANO III ANO IV ANO V

TOTAL

Levantar áreas com potencial para criação de Unidades de Conservação deProteção Integral e RPPNs

Organizar palestra, junto aos proprietários de áreas potenciais, a fim desensibilizá-los sobre a necessidade de preservação de áreas da APA FernãoDias (interface com o subprograma de Comunicação Social e EducaçãoAmbiental, Sensibilização das Comunidades Residentes e do Entorno)

10.000,00 10.000,00

Estabelecer, por meio de mapeamento, o traçado da Unidade deConservação idealizada

20.000,00 20.000,00

Levantar áreas com potencial para criação de RPPNs no interior da UC 25.000,00 25.000,00

Efetuar análise detalhada da qualidade dos fragmentos nas áreas indicadascomo de relevância biológica

50.000,00 50.000,00

Propor o projeto de incentivo à criação de RPPN´s em parceria comprefeituras e de Unidades de Conservação de Proteção Integral

5.000,00 5.000,00

Efetuar levantamento de proprietários das áreas apontadas como potenciaisà criação de UC

100.000,00 100.000,00

Elaborar Decreto de desapropriação de áreas de interesse, para o caso deUcs de Proteção Integral

Estabelecer termos específicos para criação das Ucs

263

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8.5.6 – Programa de Desenvolvimento Socioeconômico

A tendência atual é a de incentivar as populações locais a administrar terras erecursos naturais voltados para o uso sustentável bem como promover o seudesenvolvimento. O presente programa tem como propósito compatibilizar odesenvolvimento socioeconômico dos municípios pertencentes a APA , através damelhoria da qualidade de vida da população aliado a preservação ambientaladequada. As ações propostas não contemplam a visão da natureza conservadacomo um empecilho ao desenvolvimento socioeconômico porém buscam evitar oureduzir o uso indevido dos recursos naturais, migração e a pobreza, especialmente apobreza rural por meio da geração de emprego e renda.

Para tanto foram contemplados, primeiramente, ações com o fim de incentivar aorganização dos diferentes atores sociais (agricultores, mulheres, jovens, alunos,entre outros) na forma da elaboração de um Planejamento Integrado Participativo,voltado para a busca de alternativas socioeconômicass pouco ou ainda não-exploradas seguida de outras, específicas, voltadas para a geração de emprego erenda.

Durante a realização das reuniões com a prefeitura e lideranças comunitárias, foiabordada a necessidade emergente de elaboração de Plano Diretor Municipal,mesmo para aqueles municípios cuja população é inferior a 20.000 habitantes, umavez que, essa elaboração está vinculada a recursos da SEMAD. Considera-se que oprograma de desenvolvimento socioeconômico necessitaria, na medida do possível,de um incremento de quadros técnicos especializados, especialmente dasprefeituras e instituições como EMATER e IEF que teriam a função de propor,implementar e acompanhar projetos que visem o desenvolvimento socioeconômicoregional agropecuário.

8.5.6.1 – Subprograma: Melhoria e Adequação da Infra-estrutura Municipal e Planejamento urbano-rural

A infra-estrutura municipal compreende todos os sistemas físicos necessários aodesenvolvimento das atividades urbanas, incluindo os de saneamento básico, deiluminação pública, viário, de transportes e de trânsito. O programa de saneamentoe resíduos sólidos, no entanto será realizado separadamente.

A sugestão é que este programa seja realizado em cada um dos municípiospertencentes a APA, especialmente nas zonas de consolidação e expansão urbana,segundo a necessidade e a pertinência da realização. Além disso, torna-seimportante que inicialmente seja feito um diagnóstico sobre as principais fontespoluidoras existentes em cada um dos municípios.

� Justificativas

Os municípios pertencentes a APA, enfrentam diferentes problemas relacionados auma legislação inadequada de uso e ocupação do solo, tais como o maximização dapressão sobre os recursos naturais com o aumento do parcelamento das terras,chacreamentos, além do crescimento, inclusive de áreas ocupadas por umapopulação mais carente, podendo desencadear um processo de favelização noentorno de algumas cidades, a exemplo de Camanducaia.

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Visando a ordenação territorial, sugere-se que a primeira ação a ser tomada é aelaboração do Plano Diretor Municipal, afim de determinar e controlar a ocupaçãoterritorial. Mesmo que não seja obrigatório a elaboração desse Plano em municípioscom população inferior a 20.000 habitantes, trata-se de um instrumento fundamentalpara o alcance dos objetivos da APA Fernão Dias.

� Objetivos

� Ordenar o crescimento municipal, de forma a conciliar a conservação dosrecursos naturais ao desenvolvimento socioeconômico;

� Realizar o planejamento urbano voltado para a melhoria da infra-estruturamunicipal nos diferentes municípios pertencentes a APA.

� Metas

� Elaborar Plano Diretor Municipal Participativo observando diretrizes da Lein.º 10.257 de10 de julho de 2001, com aspectos relacionados ao uso eocupação do solo, controle e melhoria da infra-estrutura viária, definição delocais específicos para chacreamento, entre outros. A elaboração estávinculada ao apoio financeiro e técnico do Estado;

� Melhorar a condição das estradas rurais precárias as quais dificultam oacesso e o escoamento da produção agropecuária;

� Conciliar as diretrizes propostas pelo zoneamento da APA com o propostopelos futuros planos diretores.

� Ações

� Realizar uma reunião entre todos os municípios pertencentes a APA paratroca de experiências;

� Elaborar o Plano Diretor Municipal que contemple ações para regulamentar ouso e a ocupação do solo, especialmente no que diz respeito a açõesvoltadas a evitar o fracionamento do espaço rural;

� Apoiar medidas de controle do parcelamento de terras, tais como:chacreamentos, condomínios, fracionamento de propriedades, etc.;

� Reduzir, de forma ordenada, o desmembramento da propriedade ruraldecorrente da demanda crescente do mercado que favorece a especulaçãoimobiliária e que, de certa forma, retira a função produtiva da terra;

� O plano diretor deve contemplar: estudos sobre a construção de estradasrurais buscando menor custo e menor impacto ambiental, projeto técnicosobre adequação de estadas rurais a fim de analisar a drenagem,revestimento e proteção; conscientizar os agricultores sobre o fato de que aconservação e a durabilidade das estradas é um parceria entre produtores eprefeitura, cabendo aos agricultores evitar obstruir ou dificultar a passagemdas águas pluviais pelos canais de escoamento abertos pelo município aolongo das estradas.

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� Normas

� O plano diretor deve ser elaborado tomando como premissa o zoneamentoda APA Fernão Dias, sendo que deverá promover em seu diagnóstico ummaior detalhamento no que tange:

1.Fragmentos florestais a serem conservados (bem como políticasmunicipais destinadas aos mesmos),

2.Áreas destinadas a chacreamentos e diretrizes para as mesmas;

3.Áreas destinadas ao desenvolvimento industrial fora do limite proposto pelozoneamento;

4.Áreas destinadas a Zona de Conservação e Proteção da Vida Silvestre;

5. Outros aspectos que se façam necessários.

� Prever dentro do Plano Diretor ou da política municipal programas voltados aarborização urbana, a exemplo de projetos de pomares caseiros queassociem a redução dos custos com alimentos para a população, a estéticadas propriedades para fins turísticos e a conservação do meio ambiente.

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

Para a avaliação da efetividade do programa como um todo os seguintes indicadoresdeverão ser utilizados:

� Elaboração do Plano de Uso e Ocupação do Solo de cada municípiopertencente a APA, em até 1 ano da implantação do programa;

� Participação efetiva da comunidade nas reuniões de elaboração dos PlanosDiretores;

� Avaliar a conservação das estradas rurais e demais estruturas urbanas erurais.

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

� Existência de Plano Diretor Municipal para os oito municípios integrantes daAPA;

� Estrutura da elaboração do Plano Diretor considerou reuniões com acomunidade e com a participação da gerência da APA;

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� Prefeituras Municipais;

� CODEMAS;

� Associação Amigos de Monte Verde;

� Grupo Dispersores de Brasópolis;

� EMATER;

� Associação dos Produtores de Orgânicos da Mantiqueira;

� Cia Melhoramentos;

� Klabin S.A.;

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� NR Acampamentos;

� Associações da indústria e comércio e empresas locais;

� Cemig;

� Fundação João Pinheiro;

� Bancos (CEF, ABN AMRO/Banco Real, Banco do Brasil, HSBC, Bradesco,etc);

� Ministério das Cidades.

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: SEMAD, Fundação João Pinheiro e prefeituras municipais;

� Executiva: Prefeituras Municipais.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.17 apresenta o cronograma estimado para implementação do programa.

Tabela 8.17 – Cronograma de Implementação para o Subprograma: Melhoria e Adequação da Infra-estrutura Municipal e Planejamento Urbano-Rural

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Realizar uma reunião entre todos os municípios pertencentes aAPA para troca de experiências

X

Elaborar o Plano Diretor Municipal que contemple ações pararegulamentar o uso e a ocupação do solo, especialmente no quediz respeito a ações voltadas a evitar o fracionamento do espaçorural

X

Apoiar medidas de controle do parcelamento de terras, taiscomo: chacreamentos, condomínios, fracionamento depropriedades, etc.

X X X X X

Reduzir, de forma ordenada, o desmembramento da propriedaderural decorrente da demanda crescente do mercado que favorecea especulação imobiliária e que, de certa forma, retira a funçãoprodutiva da terra

X X X X X

O plano diretor deve contemplar: estudos sobre a construção deestradas rurais buscando menor custo e menor impactoambiental, projeto técnico sobre adequação de estadas rurais afim de analisar a drenagem, revestimento e proteção;conscientizar os agricultores sobre o fato de que a conservaçãoe a durabilidade das estradas é um parceria entre produtores eprefeitura, cabendo aos agricultores evitar obstruir ou dificultar apassagem das águas pluviais pelos canais de escoamentoabertos pelo município ao longo das estradas.

X

267

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� Orçamento Estimado

Estima-se que os planos diretores sejam desenvolvidos com auxílio financeiro dogoverno do Estado, SEMAD, por meio da Fundação João Pinheiro.

8.5.6.2 – Subprograma de Saneamento Ambiental

Por saneamento básico, entende-se todo o sistema de abastecimento de água, ocuidado com a coleta e destinação de resíduos sólidos e a coleta e tratamento dosefluentes domésticos e industriais, redes de esgotos estruturadas nos municípios atéobras de drenagem urbana, bem como controle de pragas e qualquer tipo de agentepatogênico, visando à saúde das comunidades.

Assim, recomenda-se para a APA Fernão Dias, a elaboração e implantação deprojetos desta envergadura visando prover o saneamento básico nos municípiosabrangidos pela UC para minimizar as condições ambientais responsáveis pelaocorrência de doenças ou que oferecem riscos iminentes ao seu aparecimento.

Além disso, o problema de saneamento ambiental foi detectado como um dosprincipais a serem solucionados pelo diagnóstico Socioambiental do ConsórcioERG-STCP (2007), pelo plano diretor da bacia do PCJ (2007) e por outros estudosefetuados na região.

� Justificativas

O saneamento básico nos municípios integrantes da APA Fernão Dias se constituinum dos problemas mais graves, no que diz respeito a falta de estações detratamento de esgoto observando-se rios contaminados com efluentes do esgoto,como discutido anteriormente.

Foi possível constatar problemas como contaminação dos rios em função darecepção de esgoto doméstico além de outros relacionados com o sistema deabastecimento de água em vários municípios, particularmente, devido à presença demetais pesados nos rios da região, provenientes das lavouras, principalmente, dabataticultura e da bananicultura, como nos municípios de Brasópolis, Camanducaia,Itapeva e Sapucaí-Mirim.

As empresas responsáveis pelo sistema de tratamento de água, a exemplo da SAAEem Paraisópolis ou da COPASA nos demais municípios, acabam disponibilizandoágua tratada de acordo com os padrões de potabilidade estabelecidos pelalegislação vigente, seguindo as normas de potabilidade da OMS. No entanto, há dese observar que a quantidade de aditivos químicos acaba sendo superior ao de umsistema convencional. Esse fator a longo prazo, pode ter conseqüências para asaúde humana. Outro aspecto a ser considerando, diz respeito à perda no sistemade distribuição de água, devido à precariedade da rede instalada em algunsmunicípios, com canalização antiga, problemas de vazamentos e falta dehidrometração.

Desta forma, o saneamento básico no município deficitário e a inexistência de redesde esgoto em parte da APA aliado a ausência de informação, planejamento egerenciamento de saneamento necessita de um programa específico voltado para aresolução do problema.

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� Objetivos

� Desenvolver ações de saneamento básico nas áreas urbanas e rurais dosmunicípios abrangidos pela APA para a melhoria da qualidade de vida dapopulação residente e da qualidade ambiental;

� Promover melhores condições ambientais à população e ao município;

� Metas

O programa deverá garantir os serviços ou a ampliação das medidas desaneamento básico para as áreas deficitárias, por meio da complementação e/ouativação de sistemas de coleta e destinação de esgoto e de abastecimento de águaa fim de garantir a boa qualidade da água consumida pela população, bem comoproteger os mananciais, rios e cursos d'água e reduzir as pressões antrópicas nosecossistemas naturais.

� Ações

� Discutir com os municípios os mecanismos que possibilitam o repasse departe do ICMS Ecológico para aqueles com ações voltadas ao saneamentobásico;

� Estabelecer convênios, parcerias e buscar apoio junto ao PROSAB-Programa de Pesquisa em Saneamento Básico.

� Apoiar iniciativas, projetos, medidas que permitam a mobilização ecapacitação de agentes locais para a implantação de fossas sépticas,biodigestoras e demais alternativas de saneamento, utilizando como fonte definanciamento, o micro-crédito, Governo Estadual, Federal, prefeituras einstituições nacionais e estrangeiras envolvidas na proteção do meioambiente;

� Levantar a situação atual e detalhada do sistema de tratamento de efluentesdo esgoto doméstico nos municípios da APA;

� Incentivar à elaboração, por parte dos municípios, integrantes da APA, de umPlano Diretor de Saneamento Ambiental, compreendido como: abastecimentode água; coleta e tratamento de esgoto e resíduos sólidos;

� Elaborar um estudo e mapeamento das redes de abastecimento de água, deesgoto sanitário e de drenagem urbana no município;

� Treinar agentes de saúde e educadores para informar a população ruralsobre a importância do saneamento básico;

� Apoiar, orientar a implantação de sistemas de tratamento de esgoto (ETE)nos municípios integrantes da APA;

� Melhorar a qualidade das águas dos rios por meio de estruturação sanitáriadas cidades;

� Controlar e fiscalizar a limpeza de lotes vagos e imóveis, sobretudo naquelesem que situação de abandono possa gerar problemas sanitários;

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� Exigir dos novos proprietários, especialmente de chácaras, um sistema detratamento de esgoto bem como moradias em condições adequadas desaneamento básico.

� Normas

Como norma para o Programa de Saneamento Básico propõe-se que:

� O trabalho deverá ser realizado e controlado pela COPASA – Companhia deSaneamento de Minas Gerais, Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAEe por outras instituições estaduais responsáveis pelo saneamento básicomunicipal em conjunto com as prefeituras.

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Número de municípios que implementaram um programa de saneamentobásico no período de 5 anos;

� Número de ações de treinamento sobre a importância do saneamentobásico;

� Análise da qualidade dos rios e cursos d'água; e,

� Número de projetos voltados para buscar recursos para a mobilização ecapacitação de agentes locais para a implantação de fossas sépticas,biodigestoras e demais alternativas de saneamento rural.

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

� Realização do diagnóstico por município;

� Ações de conscientização sobre a educação ambiental, realizadas pelosagentes de saúde, através da análise do material utilizado tem sido eficaz; e,

� Análise da qualidade dos rios e cursos d'água comparativa em relação aperíodos anteriores ao diagnóstico.

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� FEAM

� PROSAB - Programa de Pesquisa em Saneamento Básico;

� COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais;

� Prefeituras municipais;

� associações comunitárias;

� CODEMA – Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental;

� Câmara de Vereadores;

� Programa Saúde da Família;

� Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE;

� Promotoria Pública;

� Faculdades; e,

� ONG's atuantes na região.

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� Responsabilidade de Execução

� Financeira: Prefeituras Municipais;

� Executiva: Prefeituras Municipais, SAAE, COPASA e por outras instituiçõesestaduais responsáveis pelo saneamento básico municipal e prefeituras.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.18 apresenta o cronograma estimado para implementação do programa.

Tabela 8.18 – Cronograma de Implementação para o Subprograma de Saneamento Ambiental

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Discutir com os municípios os mecanismos que possibilitam orepasse de parte do ICMS Ecológico para aqueles com açõesvoltadas ao saneamento básico

X

Estabelecer convênios, parcerias e buscar apoio junto aoPROSAB- Programa de Pesquisa em Saneamento Básico

X

Apoiar iniciativas, projetos, medidas que permitam a mobilização ecapacitação de agentes locais para a implantação de fossassépticas, biodigestoras e demais alternativas de saneamento,utilizando como fonte de financiamento, o micro-crédito, GovernoEstadual, Federal, prefeituras e instituições nacionais eestrangeiras envolvidas na proteção do meio ambiente

X X X X X

Levantar a situação atual e detalhada do sistema de tratamento deefluentes do esgoto doméstico nos municípios da APA

X

Incentivar à elaboração, por parte dos municípios, integrantes daAPA, de um Plano Diretor de Saneamento Ambiental,compreendido como: abastecimento de água; coleta e tratamentode esgoto e resíduos sólidos

X

Elaborar um estudo e mapeamento das redes de abastecimentode água, de esgoto sanitário e de drenagem urbana no município

X

Treinar agentes de saúde e educadores para informar a populaçãorural sobre a importância do saneamento básico

X

Apoiar, orientar a implantação de sistemas de tratamento deesgoto (ETE) nos municípios integrantes da APA

X

Melhorar a qualidade das águas dos rios por meio de estruturaçãosanitária das cidades

X X X

Controlar e fiscalizar a limpeza de lotes vagos e imóveis,sobretudo naqueles em que situação de abandono possa gerarproblemas sanitários

X X X

Exigir dos novos proprietários, especialmente de chácaras, umsistema de tratamento de esgoto bem como moradias emcondições adequadas de saneamento básico

X X X X X

� Orçamento Estimado

É de responsabilidade dos municípios estabelecer o orçamento paradesenvolvimento de tal programa.

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8.5.6.3 – Subprograma de Tratamento de Resíduos Sólidos

� Justificativas

Para enfrentar o problema do lixo, sua coleta, processamento e destinação final, hádiversas soluções, desde os aterros sanitários, incineradores, usinas decompostagem e os lixões, até a coleta seletiva, reciclagem de entulho ecompostagem simplificada.

Dentre as soluções convencionais, os lixões continuam sendo a mais utilizada,apesar dos graves prejuízos que trazem ao meio ambiente, à saúde e à qualidadede vida da população. Já a coleta seletiva, reciclagem de entulho e compostagemsimplificada, embora sejam mais complexas do ponto de vista da suaoperacionalização, conseguem incorporar questões mais amplas comopreocupação com a perspectiva do gênero, emprego e renda, parcerias com outrossetores governamentais e com a sociedade civil.

Observam-se várias questões problemáticas nos municípios pertencentes a APA,tais como: lixões próximos aos cursos d'água e sem tratamento para os resíduos;deposição de lixo doméstico em locais com restrições ambientais (várzeas,vertentes, margem dos rios e topos de morro) ou ainda a céu aberto o que acarretacomo conseqüências o potencial aumento de enchentes, erosão e assoreamentodos cursos d’água, além da deterioração da qualidade das águas.

Outro fator observado refere-se a ausência de informação, planejamento egerenciamento de resíduos sólidos apesar de já existirem programas de educaçãoambiental nas escolas sobre lixo voltado para os alunos e a comunidade, através deeventos, palestras, trabalhos e visitas. Outras iniciativas voltadas à educaçãoambiental desenvolvidas na região do entorno, como em São Bento do Sapucaí,poderiam ser aproveitadas no âmbito da APA Fernão Dias, como o “Projeto SeloVerde”, onde as famílias que obtém o selo pela reciclagem, separação do lixo ecuidados com o meio ambiente, recebem desconto no IPTU.

� Objetivos

� Propor um projeto para destinação final adequada do lixo, voltada, também,para a redução do lixo produzido a fim de prolongar a vida útil dos aterrossanitários;

� Elaborar e implementar sistema de gestão de resíduos sólidos sustentáveltendo como referência o princípio dos 3 Rs: redução, reutilização ereciclagem;

� Realizar um projeto voltado para a coleta seletiva de lixo bem como ageração de emprego e renda entre os municípios, com envolvimentocomunitário, como ocorre em Extrema;

� Transformar os lixões e aterros controlados existentes em aterros sanitários;

� Implantar sistema de coleta seletiva de lixo.

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� Metas

� Determinar soluções sustentáveis para os municípios, entre elas atransformação dos lixões e aterros controlados em aterros sanitários, nosmunicípios aonde ainda não existe;

� Implantar de forma adequada a coleta, transporte, unidades de tratamentos edestinação adequada de resíduos sólidos; e,

� Elaborar programas para a geração de emprego e renda através da coletaseletiva.

� Ações

� Estabelecer parcerias com o programa “Minas sem Lixões” desenvolvido pelaFEAM, que oportuniza palestras e cursos no centro de referência doprograma;

� Levantar a situação atual do sistema de tratamento de lixo nos municípios daAPA, propondo sistemas adequados para recolhimento e destinação do lixo;

� Implantar um programa de gerenciamento integrado de resíduos sólidosurbanos, visando a adequada disposição final dos resíduos sólidos, o melhordesempenho e atendimento da coleta e da limpeza urbana, controle efiscalização da disposição dos resíduos em locais inadequados, entre outros,nos municípios que assim o necessitem;

� Apoiar, orientar a implantação de aterro sanitário nos municípios integrantesda APA que ainda não possuem;

� Elaborar campanhas educativas a fim de combater o desperdício,estimulando assim mudanças de atitudes e hábitos em relação a disposiçãoadequada dos resíduos gerados nas instituições e residências a fim dereduzir o volume de lixo gerado , contribuindo para o aumento da vida útildos aterros sanitários;

� Elaborar de ações voltadas para o gerenciamento integrado dos resíduossólidos urbanos (ex: consórcio entre municípios para construção e operaçãode aterros sanitários) garantindo a ampliação da coleta seletiva de lixo e dareciclagem, bem como a redução da geração de resíduos sólidos;

� Implantar formas sustentáveis de beneficiamento do lixo produzido nomunicípio, incluindo instalação de lixeiras, ampliação da coleta seletiva eplanejamento da disposição e destinação do lixo domiciliar, hospitalar,industrial e da construção civil;

� Assegurar que a coleta, transporte e destino final do lixo hospitalar,comercial, doméstico e industrial estejam dentro das normas de segurança epreservação do meio ambiente;

� Elaborar e implementar sistema de gestão de resíduos sólidos, garantindo aampliação da coleta seletiva de lixo e da reciclagem;

� Elaborar trabalhos com a comunidade para aproveitamento do lixo orgânicoatravés do programa de Compostagem Simplificada: a coleta seletiva érealizada nas próprias fontes geradoras (restaurantes, mercados, podas de

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árvores e gramados realizadas pela prefeitura). A diferença em relação àcoleta realizada em lixões é a não-contaminação com produtos tóxicos. Issopermite a produção de um "composto limpo" usado nas hortas comunitáriasdas escolas públicas e por agricultores;

� Estabelecer e implementar programas de rígido controle de fiscalizaçãosobre a disposição de resíduos sólidos de saúde e industriais;

� Realizar ações educativas com a população residente na APA e as diversasinstituições públicas, privadas sobre a importância da reciclagem bem comoorientação sobre a separação do lixo;

� Elaborar projetos de cooperativas de reciclagem com a finalidade de geraçãode renda para a população carente e preservação do meio ambiente.

� Normas

Como norma para o Programa de Tratamento de Resíduos Sólidos propõe-se que:

� O diagnóstico sobre a situação do lixo no município deverá ser realizado pordiversas instituições, tais como: associações, organização nãogovernamentais, prefeituras e a COPASA;

� As prefeituras deverão apoiar e orientar a formação de cooperativas dereciclagem.

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Os pressupostos e os meios para se verificar a efetividade da implantação dopresente programa se relacionam com a coleta, processamento e destinaçãofinal dos resíduos sólidos de forma adequada, nos municípios pertencentes aAPA, em um período máximo de 5 anos após a implantação do Plano deGestão na APA Fernão Dias; e,

� Avaliações anuais deverão ser realizadas para avaliar o andamento e aevolução dos programas municipais, através de indicadores pré-selecionados.

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

� Criar indicadores mensuráveis a partir do diagnóstico inicial com os fatoresmais críticos para serem resolvidos;

� Elaborar um cronograma para a resolução dos problemas e a busca desoluções, bem como metas bem definidas possíveis de avaliação, pormunicípio.

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� Prefeituras Municipais;

� Associações Comunitárias;

� CODEMAS;

� Câmara de Vereadores;

� CEMPRE – Compromisso Empresarial para a Reciclagem;

� COPASA;

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� Promotoria Pública;

� Universidades;

� SEBRAE;

� FUNASA;

� FEAM;

� Ministério das Cidades; e,

� MMA (PNMA, PDA, FNMA).

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: Prefeituras Municipais e FEAM;

� Executiva: Prefeituras Municipais e FEAM.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.19 apresenta o cronograma estimado para implementação do programa.

Tabela 8.19 – Cronograma de Implementação para o Subprograma de Tratamento de Resíduos Sólidos

AÇÕES ANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Estabelecer parcerias com o programa “Minas sem Lixões”desenvolvido pela FEAM, que oportuniza palestras e cursos nocentro de referência do programa

X

Levantar a situação atual do sistema de tratamento de lixo nosmunicípios da APA, propondo sistemas adequados pararecolhimento e destinação do lixo

X

Implantar um programa de gerenciamento integrado de resíduossólidos urbanos, visando a adequada disposição final dosresíduos sólidos, o melhor desempenho e atendimento da coletae da limpeza urbana, controle e fiscalização da disposição dosresíduos em locais inadequados, entre outros, nos municípiosque assim o necessitem

X

Apoiar, orientar a implantar aterro sanitário nos municípiosintegrantes da APA que ainda não possuem

X

Elaborar campanhas educativas a fim de combater o desperdício,estimulando assim mudanças de atitudes e hábitos em relação adisposição adequada dos resíduos gerados nas instituições eresidências a fim de reduzir o volume de lixo gerado ,contribuindo para o aumento da vida útil dos aterros sanitários

X X X X X

Elaborar ações voltadas para o gerenciamento integrado dosresíduos sólidos urbanos (ex: consórcio entre municípios paraconstrução e operação de aterros sanitários) garantindo aampliação da coleta seletiva de lixo e da reciclagem, bem como aredução da geração de resíduos sólidos

X X X X X

Implantar formas sustentáveis de beneficiamento do lixoproduzido no município, incluindo instalação de lixeiras,

X X X X X

275

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AÇÕES ANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

ampliação da coleta seletiva e planejamento da disposição edestinação do lixo domiciliar, hospitalar, industrial e daconstrução civil

Assegurar que a coleta, transporte e destino final do lixohospitalar, comercial, doméstico e industrial estejam dentro dasnormas de segurança e preservação do meio ambiente

X X X X X

Elaborar e implementar sistema de gestão de resíduos sólidos,garantindo a ampliação da coleta seletiva de lixo e da reciclagem

X X X X X

Elaborar trabalhos com a comunidade para aproveitamento dolixo orgânico através do programa de CompostagemSimplificada: a coleta seletiva é realizada nas próprias fontesgeradoras (restaurantes, mercados, podas de árvores egramados realizadas pela prefeitura). A diferença em relação àcoleta realizada em lixões é a não-contaminação com produtostóxicos. Isso permite a produção de um "composto limpo" usadonas hortas comunitárias das escolas públicas e por agricultores

X X X X X

Estabelecer e implementar programas de rígido controle defiscalização sobre a disposição de resíduos sólidos de saúde eindustriais

X X X X

Realizar ações educativas com a população residente na APA eas diversas instituições públicas, privadas sobre a importância dareciclagem bem como orientação sobre a separação do lixo

X X X X X

Elaborar projetos de cooperativas de reciclagem com a finalidadede geração de renda para a população carente e preservação domeio ambiente

X X X X X

� Orçamento Estimado

Os valores a serem estabelecidos serão de responsabilidade das prefeiturasmunicipais e seus potenciais parceiros.

8.5.6.4 – Subprograma de Desenvolvimento Local Voltado para a Organização Produtiva

� Justificativas

O enfoque deste programa preconiza que os diferentes atores sociais é que são osprincipais responsáveis pela melhoria da qualidade de vida, na medida em que sãoos que mais conhecem a sua realidade. Um processo participativo de discussão dosprincipais problemas/soluções para a formação de grupos eu fortalecimento dasformas organizacionais já existentes (associações de produtores, comercialização,clube de mães, cooperativas, grupos de jovens), além da formação de novasassociações pode acarretar em resultados positivos para a população local.

Objetiva-se que o processo de organização destes diferentes grupos com interessescomuns gere iniciativas acompanhadas de um aumento de renda e ocupação. Comoexemplo de ações conjuntas que poderiam ser desenvolvidas através de grupos

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organizados estariam: comercialização em conjunto; adoção de técnicas agro-ecológicas; micro-unidades de produção de grupos de mulheres:padaria/confeitaria/doces/costura; pequenas agroindústrias: queijos, frutas secas,balas, abatedouro de animais; motivação de jovens para permanecerem no meiorural.

Além disso, a participação conjunta das diferentes instituições atuantes nosdiferentes municípios da APA pode facilitar no planejamento integrado reduzindo odistanciamento dos órgãos/entidades ambientais e entidades ligadas ao setorprodutivo, como evidenciado nas Oficinas de Planejamento. No entanto, estaorganização não exclui a necessidade de assistência técnica no que diz respeito aorganização agropecuária, identificada nas oficinas como deficiente nos municípiosem questão.

Na verdade, todas as ações terão como propósito estimular a montagem ou aampliação de pequenos negócios, sem perder de vista a preocupação com a suaeficiência e desenvolvimento. Na verdade, um programa desta índole tem comopropósitos futuros a formação de cooperativas e associações, a capacitação demão-de-obra especializada, a regularização do setor informal da economia e aidentificação de fontes de financiamento.

Desta forma, o governo local mais do que um agente realizador do desenvolvimento,deve funcionar como articulador e facilitador das ações de desenvolvimento,inicialmente para mobilizar as capacidades locais.

� Objetivo

� Sensibilizar, desenvolver e fortalecer a capacidade dos diferentes atoressociais (agricultores, mulheres, jovens, alunos, entre outros) paradesencadear um processo organizativo participativo voltado para aampliação das oportunidades de geração de emprego e renda pelas famíliasrurais e urbanas, ou seja um projeto de desenvolvimento local.

� Meta

Elaboração de um Planejamento Participativo Municipal ou para a APA, como umtodo, com enfoque de atividades/metas para os diferentes grupos (agricultores,mulheres, jovens, artesões, entre outros) cujo objetivo principal seja determinarformas de organização na geração de renda e ocupação. Apresentação e discussão dos Planos de Desenvolvimento Local ParticipativosMunicipais junto às universidades, instituições de pesquisa, extensão e assistênciatécnica, agências de fomento, entre outras.

� Ações

� Propiciar o envolvimento das comunidades incentivando a participação dapopulação nas atividades de implementação das ações previstas eprivilegiando a experiência e integração entre os participantes;

� Identificar e apoiar atividades não-agrícolas e econômicas não-exploradassustentáveis;

� Firmar um convênio/apoio junto ao SEBRAE;

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� Elaborar, um Programa de Busca de Recursos e de Capacitação emDesenvolvimento Local Sustentável para os diferentes atores sociais,agricultores, jovens, mulheres, alunos e demais representantes dosmunicípios cujo enfoque deve ser a preocupação conservacionista emrelação os recursos naturais porém economicamente viável, socialmentejusto e politicamente fundamentado na participação da sociedade, através daorganização em associações, cooperativas. O propósito nesta ação é realizaruma capacitação massiva com o propósito de desenvolver a consciênciaorganizativa dos diferentes atores sociais. Desta forma, no curso serãoabordados aspectos relacionados a: propiciar a reflexão sobre o conceito decidades sustentáveis e as implicações sobre o planejamento e gestãomunicipal; apresentar aspectos sociológicos, econômicos e ambientais queapontam os sujeitos de uma cidade e suas responsabilidades, desde apessoa física às pessoas jurídicas e instituições; apontar as questões locaisa serem objeto de ação e transformação pelos sujeitos de uma cidade, de umterritório e, finalmente, apontar diretrizes para o processo decisório quecontemple a noção de cidades sustentáveis como parâmetro para a açãocoletiva dos sujeitos de uma cidade;

� Levantamento, junto à população residente e do entorno, das técnicas demanejo e ocupação do solo, atividades econômicas e demais atividadesdesenvolvidas, anseios e expectativas da população;

� Apoiar estratégias locais que favoreçam o associativismo, comércio solidário,envolvendo o produtor rural através de capacitação/cursos oferecidos pelaEMATER, SEBRAE ;

� Efetuar estudos em parceria com as Prefeituras Municipais, em função daspotencialidades de aproveitamento turístico da região e do entorno da APA.

� Normas

� Os programas de capacitação para a formação de associações, bem comoas oficinas para elaboração dos Planos, desenvolvido para gruposespecíficos, devem ser realizados por profissionais preparados para essaatividade ou equipes multidisciplinares;

� As atividades do programa deverão ser acompanhadas pelo IEF, em parceriacom as prefeituras municipais da região, universidades, faculdades, ONG’satuantes, iniciativa privada e escolas da da região;

� A gerência da APA, por meio de seus técnicos responsáveis, deverão fazercumprir as normas estabelecidas.

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Os pressupostos e os meios para se verificar a efetividade da implantação dopresente programa relacionam-se a elaboração final do Planejamento deDesenvolvimento Participativo Municipal ou para a APA como um todo.

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

� Verificar se o Planejamento Participativo está focado na organização dosdiferentes atores sociais e contempla a realidade diferenciada dos grupos emunicípios em questão.

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� Averiguar se estão contempladas no Planejamento a implantação de umarede de parcerias.

� Instituições com Potencialidade para Parceria

Dentre os potenciais parceiros destacam-se: Prefeituras, Conselho de PolíticaAmbiental – COPAM, Associações de produtores, Associações Comunitárias,Cooperativas, Grupos de jovens, EMATER, EMBRAPA, ONG’s, AssociaçõesComunitárias, CODEMAS, Associação Amigos de Monte Verde,Cidadania/Paraisópolis, Grupo Dispersores de Brasópolis, Associação dos Artesãosde Gonçalves, COPASA, igrejas, sindicatos rurais, Associação dos Produtores deOrgânicos da Mantiqueira, Polícia Ambiental, associações da indústria e comércio eempresas locais, universidades (PUC, Unesp, Unicamp, UFMG, UFLA, UNIFEI,etc), SEBRAE.

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: IEF e Prefeituras Municipais;

� Executiva: Prefeituras Municipais e IEF/APA.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.20 apresenta o cronograma estimado para implementação do programa.

Tabela 8.20 – Cronograma de Implementação para o Subprograma de Desenvolvimento Local Voltado para a Organização Produtiva

AÇÕES ANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Propiciar o envolvimento das comunidades incentivando aparticipação da população nas atividades de implementação dasações previstas e privilegiando a experiência e integração entreos participantes

X

Identificar e apoiar atividades não-agrícolas e econômicas não-exploradas sustentáveis

X

Firmar um convênio/apoio junto ao SEBRAE X

Elaborar um Programa de busca de Recursos e de Capacitaçãoem Desenvolvimento Local Sustentável para os diferentes atoressociais, agricultores, jovens, mulheres, alunos e demaisrepresentantes dos municípios cujo enfoque deve ser apreocupação conservacionista em relação os recursos naturaisporém economicamente viável, socialmente justo e politicamentefundamentado na participação da sociedade, através daorganização em associações, cooperativas

X

Levantamento, junto à população residente e do entorno, dastécnicas de manejo e ocupação do solo, atividades econômicas edemais atividades desenvolvidas, anseios e expectativas dapopulação

X

Apoiar estratégias locais que favoreçam o associativismo,comércio solidário, envolvendo o produtor rural através decapacitação/cursos oferecidos pela EMATER, SEBRAE

X X X X X

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AÇÕES ANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Efetuar estudos em parceria com as Prefeituras Municipais, emfunção das potencialidades de aproveitamento turístico da regiãoe do entorno da APA.

X X

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� Orçamento Estimado

A Tabela 8.21 apresenta o orçamento estimado para implementação do programa.

Tabela 8.21 – Orçamento Estimado para o Subprograma de Desenvolvimento Local Voltado para a Organização Produtiva

ATIVIDADE

RECURSOS NECESSÁRIOS ESTIMADOS PARA IMPLANTAÇÃO / ANO (EM R$)

ANO I - TRIMESTRE ANOS

1º 2º 3º 4º TOTALANO ANO II ANO III ANO IV ANO V

TOTAL

Propiciar o envolvimento das comunidades incentivando a participação dapopulação nas atividades de implementação das ações previstas eprivilegiando a experiência e integração entre os participantes

Identificar e apoiar atividades não-agrícolas e econômicas não-exploradassustentáveis

25.000,00 25.000,00

Firmar um convênio/apoio junto ao SEBRAE

Elaborar, inicialmente, um Programa de Capacitação em DesenvolvimentoLocal Sustentável para os diferentes atores sociais, agricultores, jovens,mulheres, alunos e demais representantes dos municípios cujo enfoque deveser a preocupação conservacionista em relação os recursos naturais porémeconomicamente viável, socialmente justo e politicamente fundamentado naparticipação da sociedade, através da organização em associações,cooperativas

100.000,00 100.000,00

Levantamento, junto à população residente e do entorno, das técnicas demanejo e ocupação do solo, atividades econômicas e demais atividadesdesenvolvidas, anseios e expectativas da população

50.000,00 50.000,00

Apoiar estratégias locais que favoreçam o associativismo, comérciosolidário, envolvendo o produtor rural através de capacitação/cursosoferecidos pela EMATER, SEBRAE

Efetuar estudos em parceria com as Prefeituras Municipais, em função daspotencialidades de aproveitamento turístico da região e do entorno da APA.

50.000,00 50.000,00

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8.5.6.5 – Incentivo a Atividades Econômicas Ambientalmente Sustentáveis

� Justificativas

Os produtores rurais necessitam antes de mais nada garantir a sobrevivência e paratanto, obter retorno financeiro de suas atividades. Mesmo conscientes daimportância da preservação ambiental na APA caso não obtenham retorno financeirodificilmente irão alterar o modo de produção, bem como não adotarão as técnicasmenos impactantes. Entre as formas de agregar valor aos produtos estaria obeneficiamento em agroindústrias pequenas voltadas para a produção de doces,frutas secas, queijos, entre outros produtos.

Por outro lado, o mercado consumidor está mais receptivo a aquisição de produtossustentáveis, trata-se do consumo consciente. Desta forma, a exigência doconsumidor apresenta-se como um dos principais indutores de mudanças nosistema produtivo além de ser uma alternativa estratégica para os agricultores.Buscar mercados que se disponham a pagar uma sobretaxa relativa à preservaçãoambiental e à eqüidade social poderá trazer uma importante motivação à adoção detécnicas ecologicamente corretas na condução dos sistemas produtivos. Outro fatorfavorável é o aumento da demanda por produtos orgânicos e frutas de climatemperado bem como por recursos naturais para a elaboração de novosmedicamentos, fragrâncias, etc

Assim, a APA Fernão Dias poderá criar um selo ou fazer parceira com certificadorascredenciadas de forma a certificar os produtos provenientes das propriedades queestiverem de acordo com as normas e propostas estabelecidas para a APA, aexemplo de adotar sistemas agroecológicos, diversificar a produção agropecuária ecomercializar alimentos orgânicos, artesanato (cestaria, tapeçaria, entre outros)visando o comércio local e regional além do turístico, evitando, na medida dopossível a intermediação.

Tais atividades podem ter como modelo o que já ocorre em alguns municípios taiscomo: a banana orgânica em Brasópolis (Luminosa) desenvolvida com o auxílio daEMATER; e a produção de orgânicos em Camanducaia (Bairro Pessegueiros).

� Objetivos

� Promover o desenvolvimento de atividades econômicas voltadas para aprodução sustentável do ponto de vista social, ambiental e econômico, o queimplica o emprego de tecnologias compatíveis com a preservação ambientalda APA, tanto na produção agropecuária como atividades artesanais ebeneficiamento dos produtos agropecuários in natura como queijos, doces,bolos, entre outros.

� Inserir comercialmente os produtos em mercados alternativos aosconvencionais reduzindo a intermediação. O propósito é elevação da renda ea geração de empregos.

� Fortalecer as atividades voltadas ao turismo rural.

� Metas

� Criação de mecanismos que incentivem os produtores rurais a produzirem deacordo com as normas e objetivos da APA Fernão Dias, bem como fornecer

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alternativas de renda para os mesmos em projetos participativos, além daocupação da mão-de-obra reduzindo o êxodo rural freqüente nos municípios;

� Estabelecimento de novas associações, tal como a Associação dosProdutores de Orgânicos da Mantiqueira de Gonçalves, voltada para aassistência técnica e comercialização de produtos, junto a supermercados,feiras e comércios locais e regionais, bem como em postos turísticos eentrega domiciliar nos domicílios urbanos localizados no interior e nasimediações da APA;

� Viabilização das alternativas através de apoio técnico-jurídico, suportefinanceiro, capacitação para gerenciamento e qualificação, por meio deparcerias com instituições diversas como universidades, bancos, SEBRAE,prefeituras, entre outras.

� Ações

� Propor que o órgão gestor da Unidade seja o alavancador e que osmunicípios busquem recursos junto a órgãos financiadores para promover acriação de uma infra-estrutura de comercialização dos produtos ecertificação;

� Orientar os agricultores / associações de produtores sobre linhas de créditopara produção, comercialização e beneficiamento de produtosagropecuários;

� Promover oficinas e outros eventos com a participação dos agricultores,técnicos para incentivar a participação e discutir as estratégias de ação maisadequadas voltadas para cada município/associação ou para a APA como umtodo, inclusive no que diz respeito a programas governamentais e agênciasde fomento para financiamento;

� Reunir os atuais produtores agroecológicos existentes na APA Fernão Dias edefinir as estratégias de valorização desses tipos de produtos (orgânicos in-natura e beneficiados, artesanato);

� Incentivar projetos de agro industrialização, através de apoio tecnológico,capacitação, incentivos fiscais e oferta de crédito, com ênfase na pequena emicro empresa Viabilizar projetos de pequenas e médias agroindústrias demodo a agregar valor aos produtos regionais e aumentar a oferta deemprego;

� Oferecer assistência técnica adequada para os novos agricultores orgânicosbem como reuniões e oficinas de capacitação;

� Manter contatos periódicos com as certificadoras credenciadas;

� Buscar mercados diferenciados nos municípios vizinhos, junto às áreasvoltadas ao turistas no Caminho da Fé e, se possível, um ponto de vendasde comercialização direta de produtos vinculada a associação de produtores,bem como entrega direta de produtos;

� Difundir e adequar técnicas de pesquisa em manejo do solo, uso sustentávelda terra, alternativas de desenvolvimento sustentáveis, tratamento deefluentes domésticos, industriais, hospitalares, desenvolvidas por centros de

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excelência em pesquisa científica como EMBRAPA, EMATER, EPAMIG,SEBRAE, universidades e faculdades da região e demais centros depesquisa estaduais e nacionais;

� Apoiar a capacitação de técnicos de extensão rural e produtores rurais paraadoção de técnicas de manejo agrícola sustentáveis;

� Apoiar a criação de um centro de excelência em alternativas dedesenvolvimento sustentável do meio rural, junto às associações demoradores ou demais entidades, a exemplo do Bairro das Posses (Extrema),Bairro das Flores (Itapeva), Bairro Pessegueiros (Camanducaia), Associaçãodos Produtores de Orgânicos da Mantiqueira (Gonçalves), Associações dosProdutores de Banana de Luminosa (Brasópolis), Distrito dos Costas(Paraisópolis), Associação Ecológica e Cultural de Integração Fronteira dasArtes (Toledo);

� Apoiar medidas que propiciem o fortalecimento dos órgãos de extensão rurale os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável;

� Apoiar medidas de controle e manejo adequado da pecuária de corte e leiteda região da APA Fernão Dias, como o manejo sustentável das pastagens,controle de doenças, produtividade, associativismo, crédito rural, infra-estrutura (laticínios, tanques de expansão, etc);

� Apoiar a realização de eventos, seminários, palestras, treinamento deprodutores rurais com enfoque na pecuária regional;

� Apoiar a realização de eventos, concursos para a idealização de um “SeloVerde da APA Fernão Dias”, com logotipo, para utilização na certificação dosprodutos ambientalmente sustentáveis da UC, ecologicamente corretos,socialmente aceito, adotando a experiência da Associação dos Produtores deOrgânicos da Mantiqueira (Gonçalves); e,

� Estabelecer convênios com as prefeituras municipais para a comercializaçãodos produtos certificados pelo Selo Verde da APA Fernão Dias, inicialmenteem escolas da região, repartições públicas, mercado local, regional, locaiscom grande afluxo de turistas.

� Normas

� As reuniões, oficinas deverão ter a participação dos agricultores e outrosmoradores locais;

� Uma recomendação seria a ampliação dos escritórios da EMATER dotando-os de maior número de profissionais além de integração entre as instituiçõesenvolvidas;

� As atividades do programa deverão ser acompanhadas pelo órgão gestor daAPA, SEMAD – MG e IEF, em parceria com as prefeituras dos municípioslocalizados na APA, ONGs atuantes nos municípios, universidades,especialmente aquelas já atuantes tais como a UFMG, UFV e a Universidadede Itajubá.

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� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

Para a avaliação da efetividade do programa como um todo, os seguintesindicadores deverão ser utilizados, após 3 anos da implantação do programa:

� Número de novas associações por município – associações auto-geridas;

� Número de agricultores orgânicos por município;

� Criação de agroindústrias locais;

� Número de novos canais de comercialização; e,

� Número de famílias produtoras de algum tipo de artesanato.

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

Deve-se considerar que o programa será efetivo na medida em que, após o períodode 3 anos, boa parte da população rural residente na APA participem de, pelomenos, uma atividade, seja produção orgânica, beneficiamento de produtos,comercialização ou produção de artesanatos.

� Instituições com Potencialidade para Parceria

EMATER, Instituições de pesquisa (Universidades e ONGs) com atuação na área dedesenvolvimento sustentável e agronômica. Convênios junto a programas deMestrado nas áreas de Agroecologia, Economia e Sociologia Rural, PlanejamentoAgropecuário, Prefeituras municipais, associações comunitárias, Associação Amigosde Monte Verde, Cidadania/Paraisópolis, Grupo Dispersores de Brasópolis,Associação dos Artesãos de Gonçalves, Associação dos Produtores de Orgânicosda Mantiqueira, Instituto Bio-Dinâmico de Botucatu, Polícia Ambiental, CiaMelhoramentos, Klabin, Votorantin, NR Acampamentos, associações da indústria ecomércio e empresas locais, Cemig, EMBRAPA, Comitê PCJ, universidades (PUC,Unesp, Unicamp, UFMG, UFLA, UNIFEI, etc), Senar, Conservação Internacional –CI, Fundação Mokit Okada “Korin”, Greenpeace, KWF (Banco Alemão), TNC, WWF.

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: Prefeituras Municipais e IEF;

� Executiva: Prefeituras Municipais.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.22 apresenta o cronograma de implementação do Programa.

Tabela 8.22 – Cronograma Estimado para o Subprograma Incentivo a Atividades Econômicas Ambientalmente Sustentáveis

AÇÕES ANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Propor que o órgão gestor da Unidade seja o alavancador e que osmunicípios busquem recursos junto a órgãos financiadores parapromover a criação de uma infra-estrutura de comercialização dosprodutos e certificação

X

Orientar os agricultores / associações de produtores sobre linhas decrédito para produção, comercialização e beneficiamento de produtosagropecuários

X

285

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AÇÕES ANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Promover oficinas e outros eventos com a participação dosagricultores, técnicos para incentivar a participação e discutir asestratégias de ação mais adequadas voltadas para cadamunicípio/associação ou para a APA como um todo, inclusive no quediz respeito a programas governamentais e agências de fomentopara financiamento

X

Reunir os atuais produtores agroecológicos existentes na APA FernãoDias e definir as estratégias de valorização desses tipos de produtos(orgânicos in-natura e beneficiados, artesanato)

X

Incentivar projetos de agro industrialização, através de apoiotecnológico, capacitação, incentivos fiscais e oferta de crédito, comênfase na pequena e micro empresa Viabilizar projetos de pequenase médias agroindústrias de modo a agregar valor aos produtosregionais e aumentar a oferta de emprego

X

Oferecer assistência técnica adequada para os novos agricultoresorgânicos bem como reuniões e oficinas de capacitação

X

Manter contatos periódicos com as certificadoras credenciadas X

Buscar mercados diferenciados nos municípios vizinhos, junto àsáreas voltadas ao turistas no Caminho da Fé e, se possível, umponto de vendas de comercialização direta de produtos vinculada aassociação de produtores, bem como entrega direta de produtos

X

Difundir e adequar técnicas de pesquisa em manejo do solo, usosustentável da terra, alternativas de desenvolvimento sustentáveis,tratamento de efluentes domésticos, industriais, hospitalares,desenvolvidas por centros de excelência em pesquisa científica comoEMBRAPA, EMATER, EPAMIG, SEBRAE, universidades e faculdadesda região e demais centros de pesquisa estaduais e nacionais

X X X

Apoiar a capacitação de técnicos de extensão rural e produtoresrurais para adoção de técnicas de manejo agrícola sustentáveis

X X X X

Apoiar a criação de um centro de excelência em alternativas dedesenvolvimento sustentável do meio rural, junto às associações demoradores ou demais entidades, a exemplo do Bairro das Posses(Extrema), Bairro das Flores (Itapeva), Bairro Pessegueiros(Camanducaia), Associação dos Produtores de Orgânicos daMantiqueira (Gonçalves), Associações dos Produtores de Banana deLuminosa (Brasópolis), Distrito dos Costas (Paraisópolis), AssociaçãoEcológica e Cultural de Integração Fronteira das Artes (Toledo)

X X X X

Apoiar medidas que propiciem o fortalecimento dos órgãos deextensão rural e os Conselhos Municipais de Desenvolvimento RuralSustentável

X X X X

Apoiar medidas de controle e manejo adequado da pecuária de cortee leite da região da APA Fernão Dias, como o manejo sustentável daspastagens, controle de doenças, produtividade, associativismo,crédito rural, infra-estrutura (laticínios, tanques de expansão, etc)

X X X X

Apoiar a realização de eventos, seminários, palestras, treinamento deprodutores rurais com enfoque na pecuária regional

X X X X

Apoiar a realização de eventos, concursos para a idealização de um X X X X

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AÇÕES ANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

“Selo Verde da APA Fernão Dias”, com logotipo, para utilização nacertificação dos produtos ambientalmente sustentáveis da UC,ecologicamente corretos, socialmente aceito, adotando a experiênciada Associação dos Produtores de Orgânicos da Mantiqueira(Gonçalves)

Estabelecer convênios com as prefeituras municipais para acomercialização dos produtos certificados pelo Selo Verde da APAFernão Dias, inicialmente em escolas da região, repartições públicas,mercado local, regional, locais com grande afluxo de turistas.

X

� Orçamento Previsto

O orçamento ora previsto é de aproximadamente R$120.000,00 distribuídos emquatro anos e, refere-se única e exclusivamente às responsabilidades do IEF quantoao fornecimento de infra-estrutura para realização de treinamentos, apoio técnicoatravés de profissionais capacitados e material didático informativo relacionado àconservação e preservação dos recursos naturais.

8.5.6.6 – Subprograma de Produção de Madeira (lenha, madeira beneficiada, madeira processada, entre outros), como Alternativa Econômica

� Justificativas

Além da intensa produção de pasta celulósica da empresa Melhoramentos, ademanda de madeira na região é grande, já que existem diversas madeireiras naregião de Camanducaia que produzem tábuas, ripas, etc, principalmente, para aconstrução civil.

Como fonte de energia, considera-se o uso da madeira nas lareiras dos hotéis epousadas e nos fogões de restaurantes e de diversas casas no meio rural que fazemuso da lenha. Olarias são poucas, mas também existem, principalmente na porçãoleste de Gonçalves.

O consumo da madeira para móveis é pequeno, tendo observado apenas umaserraria dedicada a este fim, mesmo assim com porte pequeno. Por outro lado, aexemplo do restante da região sudeste brasileira, a importação de madeiraamazônica é intensa, sendo esta utilizada tanto na construção civil como namovelaria.

Resgatando a origem da ocupação regional, tem-se uma intensa produção pretéritade madeira caracterizada pela presença de antigas construções onde a madeira eraum dos principais componentes estruturais e de acabamento. Restituir tal situação éinviável nos dias atuais, já que não existe um estoque de madeira suficiente para ademanda e os remanescentes florestais são imprescindíveis à mínima manutençãoda diversidade biológica remanescente.

Atualmente, existe um grande volume de produção madeireira, mas toda eladestinada à produção industrial de papel, utilizando-se de espécies de ciclorelativamente curto e de baixa dureza e resistência. Espécies nativas com potencialmadeireiro apresentam ciclos longos e ainda não são estudadas e selecionadas

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para comporem produções em escala comercial. De qualquer forma, muitasespécies nativas são conhecidas por sua excelente qualidade madeireira e nesteobjetivo foram intensamente utilizadas no passado, apresentando potencial decultivo e manejo.

Resta então, à atual geração, construir situações para que no futuro o uso dasespécies nativas seja novamente possível. Possibilitar e incentivar a produçãoatravés do plantio em escala de árvores nativas com a perspectiva de que poderãoser utilizadas é valorizar a diversidade natural e, ao mesmo tempo, agregar valorambiental e econômico às propriedades rurais, já que enquanto vivas, as árvoresestarão produzindo frutos, sombra, capturando carbono e circulando nutrientes, e aoserem cortadas poderão dar retorno econômico ao proprietário.

Para a produção de lenha e carvão têm-se possibilidades de ciclos mais curtos,onde além de espécies exóticas conhecidas como o eucalipto, a grevilha e aleucena, pode-se agregar espécies nativas, tais como o pau-jacaré Piptadeniagonoacantha, o vassourão Piptocarpha angustifolia e o angico Anadenantheraperegrina, ao qual também se agrega valores como madeira beneficiada. Comofonte madeireira, além desta última espécie, cita-se o jacarandá-tâ Machaeriumvillosum, o pinheirinho Podocarpus lambertii, açoita-cavalo Luehea divaricata, otambú Aspidosperma parvifolium, etc.

De toda forma, deve-se sempre vincular o corte de qualquer árvore nativa ao plantiode outras ”x”, para que sempre se esteja repondo o estoque. A definição destarelação deverá ser estabelecida de forma que transforme o plantio de nativas emuma situação ambientalmente correta, mas que reguarde o preceito deeconomicamente viável para o produtor.

As plantas inseridas na perspectiva de uso futuro deverão compor sistemasagrosilvopastoris e bosques de produção.

� Objetivos

� Manter, para as gerações atual e futuras, a possibilidade do uso da madeirae, ao mesmo tempo, agregar na paisagem os importantes atributosambientais do componente arbóreo ou explorar de forma sustentávelespécies adequadas à região voltadas para a produção de madeira e lenhapara uso doméstico e comercial.

� Metas

� Formar sistemas agrosilvopastoris; e,

� Criar bosques de produção madeireira.

� Ações

� Selecionar espécies passíveis de uso e economicamente viáveis;

� Incentivar o plantio de mudas arbóreas, ou a condução de espécies com bomgrau de regeneração natural e potencial de uso futuro;

� Incentivar a introdução de bosques de produção madeireira, inclusive comespécies nativas, oferecendo mudas e apoio técnico para implementaçãodessas florestas;

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� Apresentar a proposta de formação de sistemas agrosilvopastoris para osprodutores rurais, por meio de palestras itinerantes;

� Fornecer subsídios técnicos para manutenção dos sistemas criados pelosagricultores.

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Realização de palestras itinerantes nos municípios;

� Comunidades envolvidas no subprograma;

� Produtores rurais participando efetivamente do subprograma;

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

� Avaliação das palestras itinerantes nos municípios;

� Quantidade de comunidades envolvidas no subprograma;

� Quantidade de Produtores rurais atingidos pelo subprograma;

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� EMATER;

� Convênios junto a programas de Mestrado nas áreas de Agroecologia, Economiae Sociologia Rural, Planejamento Agropecuário;

� Prefeituras municipais;

� Associações comunitárias;

Instituto Bio-Dinâmico de Botucatu.

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: Prefeituras Municipais e IEF;

� Executiva: Prefeituras Municipais com apoio do IEF.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.23 apresenta o cronograma de implementação do Programa.

Tabela 8.23 – Cronograma Estimado para o Subprograma de Produção de Madeira (lenha, madeira beneficiada, madeira processada, entre outros), como Alternativa Econômica

AÇÕES ANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Selecionar espécies passíveis de uso e economicamenteviáveis

X X

Incentivar o plantio de mudas arbóreas, ou a condução deespécies com bom grau de regeneração natural e potencial deuso futuro

X X

Incentivar a introdução de bosques de produção madeireira,inclusive com espécies nativas, oferecendo mudas e apoiotécnico para implementação dessas florestas

X X

289

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AÇÕES ANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Apresentar a proposta de formação de sistemasagrosilvopastoris para os produtores rurais, por meio depalestras itinerantes

X X

Fornecer subsídios técnicos para manutenção dos sistemascriados pelos agricultores

X X

� Orçamento Estimado

O orçamento previsto é estimado em R$40.000,00 ao ano, e refere-se única eexclusivamente às responsabilidades do IEF quanto ao fornecimento deinfraestrutura para realização de treinamentos, apóio técnico através de profissionaiscapacitados e material didático informativo relacionado à conservação e preservaçãodos recursos naturais.

8.5.6.7– Subprograma de Manejo Sustentado de Espécies Nativas, Plantas Ornamentais e Espécies Arbóreas

� Justificativas

Diversas espécies vegetais existentes na APA possuem potencial de cultivo com oobjetivo de ornamentação em jardinagem, paisagismo e na arborização urbana.Dentre elas se destacam as das famílias Bromeliaceae, Orchidaceae,Amaryllidaceae, Begoniaceae, Araceae e Gesneriaceae, além de diversas árvores ecipós de flores vistosas.

Como exemplo de espécie arbórea, cita-se a própria araucária, a quaresmeiraTibouchina candoleana e o manacá-da-serra Tibouchina mutabilis e dentre osarbustos cita-se também a Petunia mantiqueirensis, que é uma espécie endêmica daregião. Como cipós de potencial ornamental têm-se o cipó tapé Camptosemagrandiflorum, o cipó de são-joão Pyrostegia venusta e diversos outros.

Outra espécie seria a Ilex paraguariensis, que produz a erva-mate. Na região daAPA ela não é utilizada com este fim e poderia tornar-se uma alternativa de plantiopara as comunidades locais.

O cultivo dessas plantas e sua comercialização podem representar uma importantefonte de rendimentos econômicos para a população da APA, além de valorizar asespécies nativas, servindo ainda para repovoar alguns locais de interesse comespécies nativas.

Apesar de não haver ainda técnicas específicas para o cultivo das espécies nativasde interesse, já existe conhecimento suficiente em jardinagem e em viveiros demudas para que se promova a reprodução de diversas dessas plantas.

O ponto mais delicado desse programa é o resgate de plantas matrizes na naturezasem gerar impacto e dentro de um respaldo legal. Por este motivo, este programadeverá começar lentamente, tendo a perspectiva de longo prazo para ganharconsistência. Desta forma, deverá se iniciar apenas com viveiros do próprio IEF eapenas plantas reproduzidas neste local serem repassadas para viveirosparticulares credenciados.

290

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� Objetivos

� Valorizar as espécies vegetais nativas;

� Criar alternativas econômicas para a população.

� Metas

� Para o 1o ano – definir ao menos dez espécies a serem trabalhadas, oslocais de recolhimento de plantas matrizes e/ou sementes e a estrutura deviveiro a ser dedicada a este programa;

� Para o 2o ano – resgatar plantas matrizes de herbáceas e arbustivas esementes de arbóreas e cipós e iniciar produção;

� Para o 3o ano – aprimorar técnicas; e

� Para o 4o ano – repassar plantas para particulares conveniados.

� Ações

� Definir equipe a ser envolvida no projeto, na qual devem constar botânico,técnico agrícola e viveiristas;

� Estabelecer o aspecto legal da coleta e cultivo das plantas nativas;

� Criar um viveiro para APA ou utilizar o viveiro de Extrema;

� Preparar viveiro para receber sementes e mudas;

� Resgatar plantas e colher sementes;

� Cultivar plantas no viveiro e avaliar o desenvolvimento e as técnicasaplicadas;

� Difundir espécies nativas potenciais e selecionar pessoas interessadas emcultivar plantas ornamentais nativas;

� Regulamentar o cultivo comercial.

� Normas

� Esse programa só poderá ser implementado a medida em que o cultivocomercial de árvores nativa seja regulamentado;

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� EMBRAPA;

� Convênios junto a programas de Mestrado nas áreas de Agroecologia, Economiae Sociologia Rural, Planejamento Agropecuário;

� Prefeituras municipais;

� Associações comunitárias;

� Universidades;

� Instituto Bio-Dinâmico de Botucatu.

� Responsabilidade de Execução

� Financeira: IEF, Prefeituras Municipais;

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� Executiva: Prefeituras Municipais.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.24 apresenta o cronograma de implementação do Programa.

Tabela 8.24 – Cronograma Estimado para o Subprograma de Manejo Sustentado de Espécies Nativas, Plantas Ornamentais e Arbóreas

AÇÕES ANO DE EXECUÇÃO1 2 3 4 5

Definir equipe a ser envolvida no projeto, na qual devem constarbotânico, técnico agrícola e viveiristas

X X X X

Estabelecer o aspecto legal da coleta e cultivo das plantas nativas X X X X

Criar um viveiro para APA ou utilizar o viveiro de Extrema X X X X

Preparar viveiro para receber sementes e mudas X X X X

Resgatar plantas e colher sementes X X X X

Cultivar plantas no viveiro e avaliar o desenvolvimento e as técnicasaplicadas

X X X X

Difundir espécies nativas potenciais e selecionar pessoasinteressadas em cultivar plantas ornamentais nativas

X X X X

Regulamentar o cultivo comercial X X X X

� Orçamento Estimado

Considerando a contratação de técnicos especializados, o transporte de plantaspara o viveiro e o custo de manutenção das plantas em viveiro do IEF, o orçamentoanual é da ordem de R$ 40.000,00, num período de quatro anos.

8.5.7 – Programa de Fomento à Substituição Gradual de Abelhas Exóticas por Abelhas Nativas em Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da APA

As abelhas nativas, também conhecidas como abelhas indígenas sem ferrão,exercem importante papel na conservação dos ecossistemas aos quais estãoinseridas. As abelhas sem ferrão brasileiras são as principais polinizadoras de 90%das árvores brasileiras, algumas das quais dependem exclusivamente destesinsetos. As espécies possuem tamanhos, formas, coloração e hábitos os maisdiversos. Dependendo de cada espécie, os ninhos contêm de 500 a 80.000indivíduos (Nogueira-Neto, 1997).

No Brasil, existem mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão, divididas emMeliponas e Trigonas. Seu papel chave nos ecossistemas dificilmente é apreciadona sua plenitude. As abelhas campeiras, ao coletar o néctar e o pólen, visitam quasetodo tipo de arbustos e árvores com flores, servindo assim de agentes polinizadoresnas matas e plantações.

Para o Estado de Minas Gerais as espécies nativas facilmente manejadas sãoMelipona quadrifasciata, Melipona bicolor, Melipona rufiventris e Tetragoniscaangustula.

292

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O potencial invasor de abelhas exóticas é um grande problema detectado emUnidades de Conservação e na região da APA em geral, pois podem provocarmortes de animais silvestres e ameaçar a população local com a possibilidade deataques. A substituição da abelha exótica pela nativa possibilita a composição de umbanco genético com bom potencial econômico e de desenvolvimento. Ascomunidades que participarão desse Programa precisarão de capacitação para omanejo adequado da população de abelha nativas concomitante ao processo deerradicação da abelha africana Apis mellifera.

� Justificativa

A substituição gradual de abelhas exóticas por abelhas nativas traz grandesbenefícios para o ambiente. Em um primeiro momento as abelhas nativas realizampolinização mais efetiva do que as abelhas exóticas devido a característicascomportamentais e fisiológicas derivadas de um processo co-evoluído entre asprimeiras e as plantas nativas (Ackerman, 1983. Nogueira-Neto, 1997). Já em umsegundo plano, o risco de acidentes no manejo de abelhas nativas é notoriamentemenor do que o com as espécies exóticas pelo simples fato das nativas possuírem oferrão atrofiado, não oferecendo risco à fauna local e ao próprio ser humano no seumanejo. Por fim, em se tratando de uma região eminentemente turística em que ovisitante procura produtos “alternativos” originários da natureza, o mel de abelhasnativas pode constituir em um forte atrativo para as propriedades com oferta desteproduto.

� Objetivos

� Reduzir os danos e riscos ambientais decorrentes da invasão de abelhasexóticas sobre os ecossistemas, a flora e a fauna das áreas prioritárias àconservação desses elementos na APA Fernão Dias;

� Garantir a perpetuação das espécies nativas de abelhas na região;

� Gerar atração de turistas e fontes alternativas de renda para os produtoresrurais regionais a partir da produção e divulgação da presença de produtosde origem natural.

� Metas

Como metas para a vigência do Programa de Fomento à Substituição Gradual deAbelhas Exóticas por Abelhas Nativas, espera-se o desenvolvimento total ou aomenos parcial das seguintes atividades:

� Realização do estudo sobre presença e viabilidade econômica de abelhasnativas no primeiro ano de vigência do Plano de Gestão;

� Cadastro completo dos apicultores com atividades nas áreas prioritárias emtrês anos;

� Treinamento e capacitação para o manejo de abelhas nativas de pelo menos50% dos apicultores erradicados nas áreas prioritárias da APA durante avigência do Plano de Gestão (5 anos);

� Retirada de pelo menos 50 colméias de abelhas exóticas ao ano das áreasprioritárias; e,

293

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� Implementação de pelo menos 300 caixas de abelhas nativas durante avigência do Plano de Gestão (5 anos).

� Ações

� Efetuar o inventário de espécies de abelhas nativas da APA com capacidadede produção de mel em nível comercial;

� Treinar e capacitar os produtores rurais regionais em atividades de criação emanejo de abelhas nativas;

� Resgatar ninho de abelhas nativas (varredura de sondagem. varredura deseleção. resgate. distribuição), relocando-os nas áreas de produção;

� Retirar colônias de abelhas Apis mellifera do ambiente natural nas regiõesconsideradas como prioritárias para a conservação da biodiversidade daAPA; e,

� Realizar educação ambiental com apicultores regionais.

� Normas

� Por se tratar de atividade ecologicamente sustentável que exerce impactopositivo sobre o meio ambiente, a meliponicultura pode ser exercida, desdeque corretamente, em qualquer área dentro da APA, inclusive nas reservaslegais e APP's;

� A responsabilidade na implantação e averbação das atividades de educaçãoambiental e capacitação ficam a cargo dos gestores da APA em parceria comONG's e Associações de Produtores Rurais que tenham interesse nestasatividades; e,

� A retirada de colônias de abelhas nativas da natureza para a constituição decolméias deve ser controlada para que não ocorra desmate, impactosambientais desnecessário e até mesmo a morte da colméia devido a manejoincorreto.

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Número de colméias de abelhas exóticas retiradas;

� Monitoramento do aparecimento de novas colméias de espécies exóticas nanatureza;

� Número de apicultores participantes do Programa de Fomento à SubstituiçãoGradual de Abelhas Exóticas por Abelhas Nativas; e,

� Percentual de renda obtida por apicultor com a mudança da atividade.

� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

Os pressupostos e os meios para se verificar a efetividade da implantação dopresente programa têm como base as seguintes questões:

� O número de criadores de meliponídeos recrutados por ano na APAencontra-se em concordância com o previsto nas metas estabelecidas?

294

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� Os números de colméias de abelhas exóticas retiradas da APA sãoconcordantes com as metas estabelecidas neste Plano de Gestão e com osobjetivos específicos da APA?

� Houve redução significativa do número de aparecimento de novas colméiasde abelhas exóticas na natureza a partir da retirada destas e da introduçãode colméias de espécies nativas?

� A renda obtida pela meliponicultura é significativa em relação àqueladerivada da apicultura?

� Instituições com Potencialidade para Parceria

� EMBRAPA;

� Universidades;

� Associação de Produtores Rurais;

� ONG's; e,

� Empresas de Consultoria que demonstrem conhecimento e experiência noassunto.

� Responsabilidade de execução

� Financeira: IEF, SEMAD, EMATER;

� Executiva: proprietários das áreas; e,

� Fiscalização do programa: IEF

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.25 apresenta o cronograma de implementação para o programa.

Tabela 8.25 – Cronograma Estimado para o Programa de Fomento à Substituição Gradual de Abelhas Exóticas por Abelhas Nativas em Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da APA

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Efetuar o inventário de espécies de abelhas nativas da APA comcapacidade de produção de mel em nível comercial

X

Treinar e capacitar os produtores rurais regionais em atividades decriação e manejo de abelhas nativas

X X X

Resgatar ninho de abelhas nativas (varredura de sondagem.varredura de seleção. resgate. distribuição), relocando-os nas áreasde produção

X

Retirar colônias de abelhas Apis mellifera do ambiente natural nasregiões consideradas como prioritárias para a conservação dabiodiversidade da APA (Zona de Conservação e Proteção da VidaSilvestre)

x X

Realizar educação ambiental com apicultores regionais X X X X

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� Orçamento Estimado

A Tabela 8.26 apresenta o orçamento estimado para o programa.

Tabela 8.26 – Orçamento Estimado para o Programa de Fomento à Substituição Gradual de Abelhas Exóticas por Abelhas Nativas em Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da APA

ATIVIDADE

RECURSOS NECESSÁRIOS ESTIMADOS PARA IMPLANTAÇÃO / ANO (EM R$)

ANO I - TRIMESTRE ANO

1º 2º 3º 4º TOTALANO ANO II ANO III ANO IV ANO V

TOTAL

Efetuar o inventário de espécies de abelhas nativas da APA com capacidade deprodução de mel em nível comercial

25.000,00 25.000,00

Treinar e capacitar os produtores rurais regionais em atividades de criação emanejo de abelhas nativas

50.000,00 25.000,00 25.000,00 100.000,00

Resgatar ninho de abelhas nativas (varredura de sondagem. varredura deseleção. resgate. distribuição), relocando-os nas áreas de produção

30.000,00 30.000,00

Fazer gestão junto aos proprietários das áreas, a EMATER e a EMBRAPA pararetirada das colônias de abelhas Apis mellifera do ambiente natural nas regiõesconsideradas como prioritárias para a conservação da biodiversidade da APA(Zona de Conservação e Proteção da Vida Silvestre)

30.000,00 25.000,00 55.000,00

Realizar educação ambiental com apicultores regionais

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8.5.8 – Programa de Revitalização e Monitoramento de Bacias Hidrográficas

Esse programa está em consonância ao Plano das Bacias Hidrográficas dos RiosPiracicaba, Capivari e Jundiaí (2004-2007), sendo estendido a bacia do Sapucaíinserida na APA Fernão Dias.

As microbacias são os sistemas mais indicados para desenvolvimento de trabalhoscom o foco de manejo integrado, uma vez que são as grandes formadoras ealimentadoras dos rios e de conseqüentemente de grandes sistemas fluviais. Porém,o direcionamento de políticas que incentivem e fortaleçam essa escala de atuaçãosão poucas, a exemplo do Projeto Conservador das Águas de Extrema que buscano trabalho com microbacias a utilização sustentável da microbacia.

Essas unidades de planejamento micro diferenciam-se das bacias pois sãoaltamente sensíveis ao manejo, podendo observar a relação direta entre as práticasde manejo e os impactos ambientais proporcionados por elas (Lima, 2004). Amanutenção e retomada dos valores da microbacia hidrográfica referentes aosprocessos hidrológicos é fundamental para manutenção da produção hídrica da APAFernão Dias.

Para tanto, os ecossistemas ripários protetores das cabeceiras de drenagens emargens de riachos atuam como importantes áreas dentro das microbacias. Muitasvezes as matas ciliares incorporam diferentes visões de uso. Conforme cita LIMA(2004) as matas ciliares possuem diferentes valores de acordo com o ponto de vistae o setor que utiliza a terra “para o pecuarista, representam obstáculo ao livreacesso do gado à água; para a produção florestal, representam sítios bastanteprodutivos, onde crescem árvores de alto valor comercial; em regiões de topografiaacidentada, proporcionam as únicas alternativas para o traçado de estradas; para oabastecimento de água ou para a geração de energia, representam excelenteslocais de armazenamento de água visando garantia de suprimento contínuo”.

� Justificativa

Alguns estudos como de Elmore & Bescht (1987) in Lima (2004), apontam que arecuperação das matas ciliares contribuem aumentando a capacidade dearmazenagem de água na microbacia. Capacidade esta que contribui para a vazãona estação mais seca do ano que na região da APA coincide com os meses deinverno no hemisfério Sul.

Com essa colocação pode-se avaliar que, com a retirada ou degradação da mataciliar, essa capacidade de armazenagem fica reduzida refletindo no período demenos chuva.

Outro papel importante dessas matas é a filtragem superficial de sedimentos,diminuição da concentração de agrotóxicos utilizados nas culturas direcionadas aosrios e córregos (isto dado ao carreamento das partículas do solo, sendo que osistema radicular da vegetação pode absorver tais nutrientes).

Além do apresentado, o presente programa visa corroborar com as ações indicadasno Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (2004-2007), no documento Plano de Ação do Corredor Ecológico da Mantiqueira (2006),além do proposto pela prefeitura municipal de Extrema no Projeto Conservador dasÁguas e pelo grupo Dispersores em Brasópolis.

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� Objetivos

� Conhecer a efetiva demanda hídrica para os municípios da APA;

� Propor a identificação dos principais pontos de contaminação hídrica;

� Identificar e monitorar as atividades poluidoras;

� Propor cadastramento dos usuários e dos usos de água (para a bacia doPiracicaba/Jaguari no Estado de Minas Gerais foi efetuado umcadastramento de usos de água, utilizado no diagnóstico socioambiental daAPA Fernão Dias, 2007);

� Fiscalizar e monitorar os pontos de lançamento de efluentes; e,

� Propor o levantamento da qualidade das águas superficiais, visando oacompanhamento de parâmetros indicadores da manutenção da qualidade,devido ao potencial modificador decorrente das diferentes atividadeseconômicas inseridas na APA.

� Divulgar a proposição do trabalho com microbacias implementado pelomunicípio de Extrema.

� Meta

� Reduzir o principal problema que afeta os recursos hídricos na APA que é apoluição por esgoto doméstico;

� Articular entre os municípios a implementação de sistema de esgoto;

� Ampliação do programa Conservador das Águas para os demais municípiosda APA.

� Ações

� Fortalecer os comitês de bacia inseridos na APA Fernão Dias Comitê Federal- PCJ, Comitê estadual Piracicaba/Jaguari, Comitê da bacia do Sapucaí;

� Apoiar a operação da rede básica hidrológica, piezométrica e de qualidadedas águas proposta pelo Plano Diretor da bacia do PCJ;

� Divulgar os dados de quantidade e qualidade dos recursos hídricos, e deoperação de reservatórios;

� Fazer gestão junto a SUPRAM no que tange a regularização do usos daágua (outorgas), inclusive dos usos considerados insignificantes;

� Montar um banco de dados específico para a APA Fernão Dias contendo osdados de monitoramentos;

� Articular com os municípios e os comitês de bacias o planejamento egerenciamento dos recursos hídricos;

� Incentivar a cooperação intermunicipal visando o planejamento egerenciamento dos recursos hídricos;

� Apoiar o controle das fontes poluidoras, com auxílio do órgão responsávelpelo licenciamento;

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� Propor iniciativas junto as prefeituras municipais que busquem a aplicaçãoda legislação referente as Áreas de Preservação Permanente;

� Propor a construção de parques lineares ao longo dos rios, possibilitando amanutenção das áreas de APP e lazer aos visitantes;

� Formar banco de dados sobre recursos hídricos – SIG;

� Propor o cadastramento e monitoramento de fontes poluidoras e sistema deabastecimento público;

� Propor estudo para identificação dos principais pontos decontaminação/poluição hídrica;

� Identificar e monitorar as atividades poluidoras;

� Fiscalizar e monitorar os pontos de lançamento de efluentes;

� Promover semanas, dias festivos ou comemorativos alusivos aos recursoshídricos (Programa de Comunicação Social);

� Criar mecanismos para beneficiar os produtores rurais que preservem áreasde preservação permanente, nascentes, minas, cursos d’água, rios em suaspropriedades, em parceria com as prefeituras a exemplo do ProjetoConservador das Águas;

� Realizar eventos, encontros, fóruns, seminários anuais com prefeitos edemais autoridades públicas, associações de moradores, dos setores daeconomia local, ong’s, instituições de ensino, para discussão das diretrizes epolíticas de conservação dos recursos hídricos, a exemplo do ProjetoConservador das Águas;

� Articular a retomada do projeto da EMATER Proteção das nascentes deacordo com a Lei nº14.309/02 que dispõe sobre as políticas Florestal e deProteção a Biodiversidade.

� Normas

� Esse programa deve estar em consonância com as ações propostas peloPlano de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (2004-2007);

� Definição dos Indicadores para Avaliação da Efetividade do Programa

� Presença do Comitê do PCJ nos municípios de sua influência na APA;

� Rede básica hidrológica, piezométrica e de qualidade das águas implantadana APA;

� Quantidade e qualidade de informações sobre os recursos hídricos e de umbanco de dados;

� Porcentagem de usuários de água com regularização do usos;

� Cooperação intermunicipal visando o planejamento e gerenciamento dosrecursos hídricos;

� Quantidade de APP e Reservas Legal averbadas.

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� Pressupostos e Meio de Verificação de Indicadores

� As atividades propostas pelo Plano das Bacias do Piracicaba, Capivari eJundiaí estão sendo colocadas em prática nos municípios da APA?

� Todos os municípios abrangidos pelo Comitê estão inteirados das açõespropostas?

� Existência de rede básica hidrológica, piezométrica e de qualidade daságuas nos municípios da APA, inclusive na bacia do rio Grande (rio Sapucaí-Mirim e Vargem Grande e seus afluentes);

� Existência de banco de dados na APA;

� Quantidade de APP e Reservas Legal averbadas em cartório (fazendo partedo banco de dados).

� Instituições com Potencialidade para Parceria

EMATER, Comitê PCJ

� Responsabilidade de Execução

Financeira: Municípios, Entidades Financiadoras, ONG's, Governo de Minas Gerais

Executiva: Municípios, Entidades Financiadoras, ONG's, Governo de Minas Gerais

� Cronograma de ImplantaçãoA ser definido junto as entidades participantes da execução, uma vez que pode serviabilizado junto aos comitês de bacias inseridos na APA.

� Orçamento Estimado

A ser discutido entre as entidades parceiras para desenvolvimento.

8.5.9 – Programa Turístico para a APA Fernão Dias

O turismo praticado de forma sustentável, em que pese suas diferentes definições,busca essencialmente a gestão de todos os recursos intervenientes na atividadeturística de modo a atender às necessidades econômicas, sociais e estéticas dasdestinações, mantendo a integridade cultural, os processos ecológicos e abiodiversidade, podendo ser um importante instrumento na definição de um modelode desenvolvimento sustentável para a região.

Notoriamente o turismo na região da APA Fernão Dias, já representa umaimportante alternativa de desenvolvimento, devido suas potencialidades em termosde riquezas de ambientes naturais e culturais. O cenário proporcionado se apresentaespecial não apenas pela beleza de sua paisagem, mas principalmente pela variadaoferta de destinos turísticos.

Diante dos cenários apresentados foi elaborada a proposta de Programa Turísticocom três focos: o ordenamento e normatização, o desenvolvimento e a implantaçãode receptivos.

Em um primeiro momento, propõe-se a ordenação e normatização por meio dainteração dos órgãos envolvidos tais como: dirigentes da APA Fernão Dias, agentesmunicipais (departamentos de turismo e meio ambiente), circuitos turísticos e outrosque se fizerem necessários.

300

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Na seqüência se propõe desenvolver atividades voltadas ao ecoturismo e ao turismohistórico-cultural, focos mais representativos da APA.

Por fim, sugere-se a implementação de quiosques como receptivos aos turistas.

8.5.9.1 – Subprograma de Ordenamento Turístico e Normatização das Atividades

� Objetivos

� Ordenar as atividades turísticas no território de abrangência da APA FernãoDias;

� Compatibilizar as atividades turísticas com a conservação ambiental;

� Potencializar a capacidade dos municípios em atrair investimentos, gerarempregos e recursos, além de proporcionar vantagens consideráveis emrelação a outras iniciativas e segmentos;

� Oferecer suporte às ações de planejamento, gestão e implementação deprogramas integrados ao meio ambiente;

� Normatizar as atividades turísticas na APA.

� Ações

Ordenamento

� Discutir com os municípios a integração das potencialidades turísticas e queas mesmas estejam contempladas em seus planos diretores. Os debates eações em torno do documento possibilitarão benefícios para o ordenamentodo turismo local como: controle do crescimento urbano por meio de leis dezoneamento e de uso do solo; diretrizes para o paisagismo; saneamento;proteção ambiental entre outras importantes ações;

� Implantar e fortalecer os Conselhos Municipais de Turismo e ConselhosMunicipais de Meio Ambiente, incentivando o compromisso dos cidadãos naimplantação de políticas voltadas para a preservação do patrimônio turísticoe ambiental;

� Discutir com os representantes municipais e lideranças normas específicasde turismo que contemplem restrições quanto à utilização dos recursosambientais e que coincidam com os objetivos do zoneamento proposto paraa APA e os Planos Diretores. A legislação municipal compartilhada darásuporte a uma atuação eficiente e eficaz do poder público que terá maioresfacilidades em elaborar e executar os planejamentos locais;

� Assegurar no orçamento municipal recursos para o turismo (Fundosmunicipais), tendo direcionamento efetivo dos locais, infra-estruturas oumelhorias a serem aplicados tais recursos;

� Compor e capacitar os recursos humanos e estruturar espaços físicospróximos aos atrativos turísticos para atender a demanda turística;

� Propor o Planejamento Turístico Municipal, especialmente para a região deMonte Verde e Gonçalves, para que esteja integrado aos diferentes agentesdo turismo, públicos e privados. O turismo se constitui em atividade

301

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econômica conduzida, principalmente pelo setor privado, estimulado pordemandas de consumo e pela gestão publica;

Normatização

Para normatização do turismo no território em questão apresentam-se as seguintesdireções:

� Estabelecer normas de conduta tanto para empresas prestadoras de serviçoscomo para o turista consumidor;

� Estabelecer critérios de segurança aos turistas nas atividades turísticas(favorecimento de relacionamentos);

� Elaborar conjunto de normas jurídicas devem ser feitas de forma legal, com aparticipação dos órgãos públicos, comunidades e setor privado do turismo(responsabilidade compartilhada);

� Estabelecer responsabilidades para todos os atores envolvidos, incluindodesde o turista, o profissional da área, o prestador de serviços, as empresas,os guias, os transportes, os meios de hospedagem e gestores públicos(objetivos coletivos);

� Elaborar normas de conduta voltadas a conservação do meio ambiente(incluindo proteção de áreas naturais, saneamento básico, produção de lixo,entre outros) a serem adotadas por turistas, rede hoteleira, de pousadas erestaurantes utilizadores ou implementados na região;

Para tanto faz-se necessário deliberar sobre:

1. A política municipal de desenvolvimento turístico;

2. O licenciamento turístico ambiental;

3. O fundo municipal de turismo;

4. O sistema municipal de controle de visitação turística;

5. A regulamentação de serviços de hospedagem em geral;

6. A regulamentação de agências de turismo;

7. A regulamentação de sítios turísticos receptivos;

8. A regulamentação de guias e condutores ambientais;

9. A regulamentação de atividades de esportes de aventura aquáticas (rafting,cascading, canyoning, bóia-cross, etc);

10. A regulamentação de esportes de montanha (rappel, montanhismo,escalada);

11. A regulamentação de atividades terrestres (trilhas, bicicletas, cavalos, off-road, quadriciclos, etc);

12. Outras que se fizerem necessárias.

Como instrumento para análise coloca-se a lei Federal 6.513/77 que estabelece asÁreas Especiais e Locais de Interesse Turístico e as normas da ABNT que dispõesobre o Turismo.

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� Normas

� O ordenamento turístico municipal deverá considerar as zonas ambientaispropostas para a APA Fernão Dias e em seus planos diretores.

� Os municípios deverão trocar experiências visando o enriquecimento de seusplanos, fortalecendo a Unidade de Conservação e aproveitando o chamarizAPA Fernão Dias.

� Para as áreas de relevante interesse para conservação ou preservação,constituídas pelos fragmentos florestais nativos existentes, deve ser levadaem conta à criação de Unidades de Conservação pelos benefíciossocioambientais embutidos. Nessas áreas a normatização estará a cargo doPlano de Manejo específico.

� Indicadores para Avaliação de Efetividade do Subprograma

� Elaboração de Planos de Desenvolvimento Turístico;

� Elaboração de plano de desenvolvimento turístico municipal;

� Elaboração de legislação específica, regulamentação e políticas municipaisvoltadas ao turismo sustentável;

� Meios de Verificação de Indicadores

� Quantificação de municípios com plano de desenvolvimento turísticoimplementados;

� Existência de legislação específica, regulamentação e políticas municipaisvoltadas ao turismo sustentável.

� Instituições com Potencial de Parceria

� Circuito Turístico Serras Verdes, Circuito Turístico Caminhos do Sul de Minas,SETUR, secretarias municipais de turismo, CODEMA, ONG's, etc..

� Responsabilidade pela Execução

� Conselhos Municipais de Turismo e Conselhos Municipais de Meio Ambiente.

� Prefeituras Municipais

� Circuitos Turísticos Serras Verdes e Caminhos do Sul de Minas.

� Cronograma de Implantação do Programa

� A ser definido a partir da realização do subprograma de ordenamento enormatização do turismo proposto.

� Orçamento Estimado

Responsabilidade dos municípios e variável de acordo com as potencialidades decada um.

8.5.9.2 – Subprograma de Desenvolvimento do Ecoturismo

O principal foco de desenvolvimento para a região é o Ecoturismo, por serconceituado como “conjunto de atividades turísticas que utilizam, de formasustentável, o patrimônio natural e cultural, incentivam sua conservação e buscam a

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formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente,promovendo o bem-estar das populações envolvidas” (EMBRATUR, 2004).

A priorização deste segmento poderá ser um vetor de atratividade regional,enfatizando programações de menor impacto negativo sobre o meio ambiente.

� Objetivos

� Potencializar a oferta turística da APA;

� Proporcionar desenvolvimento econômico associado às atividades turísticas.

� Atividades

� Caracterizar a oferta turística em escala compatível ao mercado a que sepretende atingir e de acordo com as potencialidades municipais;

� Elaborar pesquisa de demanda turística nos municípios;

� Elaborar projeto de sinalização para os atrativos turísticos, indicando o tipo deatividade por meio dos pictogramas propostos pelo Ministério de Turismo;

� Fazer gestão junto aos municípios para a instalação de infra-estrutura compatívelcom a intensidade desejável da atividade turística, considerando ascaracterísticas de cada ambiente e suas peculiaridades sócio-culturais;

� Criar campanhas educativas e de orientação aos visitantes nos principais pontosde fluxos turísticos e visitação em áreas naturais;

� Orientar os operadores turísticos locais, entre eles os guias e condutores;

� Estabelecer acordos com proprietários de atrativos para a introdução de métodosregulatórios informais;

� Propor modificação ou melhorias no sistema viário e nas regras deestacionamento de veículos em pontos turísticos em conjunto com as prefeituras;

� Estabelecer taxas para diminuir os custos dos serviços públicos demandadospelo excesso de fluxos turísticos (segurança, lixo, abastecimento de água,tratamento de esgotos, sinalização e iluminação pública, etc);

� Apoiar a certificação para estabelecimento ou ampliação da qualidade esustentabilidade no consumo e nos negócios;

� Adotar códigos de conduta e de ética nas atividades turísticas;

� Potencializar as datas comemorativas relacionadas ao turismo e/ou meioambiente para sensibilização e mobilização;

� Avaliar juntamente a prefeitura municipal de Camanducaia e Extrema, apossibilidade de transformar as estradas que ligam as sedes municipais aodistrito de Monte Verde em uma “Estrada Parque”, onde sejam desenvolvidas emsua margem, atividades turísticas como venda de artesanato com motivosregionais, implementação de pousadas rurais, entre outras atividades queirradiem o turismo e proporcionem desenvolvimento para a região;

� Elaborar e implementar pequenos roteiros turísticos que agregam valor aosatrativos naturais.

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� Indicadores para Avaliação de Efetividade do Programa

� Elaboração de documento sobre a oferta e demanda turística da APA;

� Existência de placas de sinalização dos atrativos turísticos;

� Existência de campanhas voltadas aos turistas;

� Quantidade de proprietários envolvidos no programa;

� Verificação da inserção dos principais atrativos atuais da APA no programa;

� Quantidade de guias e condutores abrangidos pelo programa;

� Ampliação da certificação da existente;

� Quantidade de empresas/instituições com certificação;

� Existência de “estradas parques”.

� Meios de Verificação de Indicadores

� Existência de documento sobre a oferta e demanda turística da APA;

� Quantidade de roteiros turísticos existentes

� Instituições com Potencialidade para Parcerias

� Grupo Melhoramentos, Klabim S.A.

� Responsabilidade de Execução

� Executiva e Financeira: Prefeituras Municipais, Circuitos Turísticos e Entidadesenvolvidas com o desenvolvimento turístico da região.

� Cronograma de Implantação do Programa

A ser definido a partir da realização do subprograma de ordenamento enormatização do turismo proposto.

� Orçamento Estimado

A cargo das entidades responsáveis pela execução do subprograma, a época desua realização.

8.5.9.3 – Subprograma de Implementação de Receptivos

Apesar de Extrema, Camanducaia e Gonçalves possuírem receptivos em seusnúcleos urbanos, a implementação de quiosques em pontos estratégicos da APA éde fundamental relevância para divulgação dos atrativos turísticos e da própriaUnidade de Conservação.

� Objetivos

� Dotar os turistas, visitantes e moradores da APA de conhecimento sobre amesma;

� Implementar receptivos para turistas e comunidade geral em locais estratégicos.

� Atividades

� Buscar recursos junto a fontes financiadoras para elaboração de projeto delayout dos quiosques e construção dos mesmos;

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� Construir as estruturas propostas;

� Sinalizar a existência e localização dos quiosques em ambas as margens darodovia;

� Instrumentalizar os quiosques com material de divulgação da APA e de seusatrativos naturais, culturais, históricos, gastronômicos, entre outros (disponibilizaros materiais gerados no Programa de Comunicação e Educação Ambiental);

� Fazer gestão junto às prefeituras municipais para alocação de quatro pessoasdisponibilizadas para trabalharem nesses quiosques (2 por quiosque, pararevesamento), podendo ser provenientes de voluntariado;

� Realizar palestras para as pessoas envolvidas no trabalho junto aos quiosquespara esclarecimento referentes a APA;

� Criar mecanismos de controle do fluxo de visitantes, como fichas deidentificação.

� Normas

� O portal da cidade de Gonçalves poderá servir como um dos locais a seremutilizados como receptivo da APA, desde que acordado com a prefeitura.

� Alocar nesses receptivos o mapa de zoneamento da APA com as respectivasdiretrizes.

� As placas a serem inseridas pela APA, deverão obedecer a simbologia epictogramas adotados pelo Ministério do Turismo (Figura 8.04).

Figura 8.04 – Exemplos de Simbologia Sugerida para a Indicação das Atividades Turísticas

SÍMBOLO ATIVIDADE SÍMBOLO ATIVIDADE SÍMBOLO ATIVIDADE

Artesanato Observaçãonoturna Vôo

Caminhadaem trilhas Cicloturismo Montanhismo

Cachoeira

Local comatendimento aportadores dedeficiência

Turismo Rural

Fonte: Ministério do Turismo

� Adotar a prática de critérios e princípios de conduta para ambientes naturais;

� Os monitores, condutores de visitantes deverão receber capacitação adequada;

� Os visitantes deverão seguir os princípios de conduta consciente em ambientesnaturais, de acordo com o folheto Excursionismo de Mínimo Impacto – Programa

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Nacional de Áreas Protegidas – MMA, como: ser responsável por sua segurança,cuidar das trilhas, trazer seu lixo de volta, deixar cada coisa em seu lugar,respeitar animais e plantas, ser cortês com outros visitantes, entre outros;

� Indicadores para Avaliação de Efetividade do Programa

� Implementação de receptivos em locais adequados;

� Quantidade de pessoas atendidas pelos receptivos;

� Fluxo turístico em locais antes não tão visitados.

� Meios de Verificação de Indicadores

� Existência e localização dos receptivos;

� Quantidade de fichas de identificação de turistas existentes;

� Número de visitantes em determinado atrativo fornecido pelos donos daspropriedades.

� Instituições com Potencialidade para Parcerias

� Prefeituras Municipais, Circuitos Turísticos Serras Verdes e Caminhos do Sul deMinas e Entidades envolvidas com o desenvolvimento turístico da região.

� Responsabilidade de Execução

Financeira: IEF e SEMAD.

Executiva: IEF.

� Cronograma de Implementação

A Tabela 8.27 apresenta o cronograma de implementação para o programa.

Tabela 8.27 – Cronograma Estimado para o Programa de Implementação

AÇÕESANO DE EXECUÇÃO

1 2 3 4 5

Elaborar projeto para localização, sinalização, layout e implantação dequiosques, às margens da BR-381 e da MG-173, ou em outros locaisde visibilidade, além de um receptivo na própria sede da APA.

X

Construir as estruturas propostas X

Instrumentalizar os quiosques com material de divulgação da APA e deseus atrativos naturais, culturais, históricos, gastronômicos, entreoutros (disponibilizar os materiais gerados no Programa deComunicação e Educação Ambiental)

X X X X X

Fazer gestão junto às prefeituras municipais para alocação de quatropessoas disponibilizadas para trabalharem nesses quiosques (2 porquiosque, para revesamento), podendo ser provenientes devoluntariado

X X X X X

Realizar palestras para as pessoas envolvidas no trabalho junto aosquiosques para esclarecimento referentes a APA

X X X X X

Criar mecanismos de controle do fluxo de visitantes X X X X X

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� Orçamento Estimado

A Tabela 8.28 apresenta o orçamento estimado para o programa.

Tabela 8.28 – Orçamento Estimado para o Programa de Implementação

ATIVIDADE

RECURSOS NECESSÁRIOS ESTIMADOS PARA IMPLANTAÇÃO / ANO (EM R$)

ANO I - TRIMESTRE ANO

1º 2º 3º 4º TOTALANO ANO II ANO III ANO IV ANO V

TOTAL

Elaborar projeto para localização, sinalização, layout e implantação de quiosques,às margens da BR-381 e da MG-173, ou em outros locais de visibilidade, além deum receptivo na própria sede da APA.

100.000,00 100.000,00

Construir as estruturas propostas 100.000,00 100.000,00

Instrumentalizar os quiosques com material de divulgação da APA e de seusatrativos naturais, culturais, históricos, gastronômicos, entre outros (disponibilizaros materiais gerados no Programa de Comunicação e Educação Ambiental)

Fazer gestão junto às prefeituras municipais para alocação de quatro pessoasdisponibilizadas para trabalharem nesses quiosques (2 por quiosque, pararevesamento), podendo ser provenientes de voluntariado

Realizar palestras para as pessoas envolvidas no trabalho junto aos quiosquespara esclarecimento referentes a APA

5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 25000

Criar mecanismos de controle do fluxo de visitantes, como fichas de identificação

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8.6 – Prioridades de Implementação

Todos os programas elencados apresentam importância para o desenvolvimentosocioambiental da APA. Porém, como prioridade para implementação no prazo de 5anos, destacam-se os programas de Operacionalização da APA, de ComunicaçãoSocial e Educação Ambiental e o Subprograma de Implementação de Receptivos.Isso dado o caráter de andamento e funcionamento da APA enquanto Unidade deConservação.

Estima-se que com a implementação desses programas, os objetivos da APA sejamalcançados e ocorra abertura para implementação dos demais programas sugeridos.

8.7 – Orçamento Geral

A Tabela 8.29 apresenta o resumo do orçamento estimado para os três eixosprogramáticos sugeridos.

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Tabela 8.29 – Orçamento Geral Programático

PROGRAMAS TEMÁTICOS

RECURSOS NECESSÁRIOS ESTIMADOS PARA IMPLANTAÇÃO / ANO (EM R$)

ANO I- TRIMESTRE

I II III IV TOTAL ANOANO II ANO III ANO IV ANO V TOTAL

Gestão Interinstitucional 39400 59450 27900 117400 256850 246300 137500 128700 139900 909250

Conhecimento* 40000 40000 40000 40000 40000 200000

Gestão Ambiental 255000 485000 235000 150000 135000 1260000

TOTAL GERAL 39.400,00 59.450,00 27.900,00 117.400,00 551.850,00 771.300,00 412.500,00 318.700,00 314.900,00 2.369.250,00

* Esse grupo não possui orçamento dividido por subprograma para que a APA tenha autonomia para direcionar o recurso auxiliando as entidades de pesquisa.

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