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UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANCAMPUS PATO BRANCO
CURSO DE CINCIAS CONTBEIS
FRANCIELI SOTTILI E SUCELAINE MARIA MABONI
CONTABILIDADE GERENCIAL, O USO DA INFORMAOGERENCIAL NUMA PEQUENA EMPRESA.
TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO
PATO BRANCO-PR
2009
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FRANCIELI SOTTILI E SUCELAINE MARIA MABONI
CONTABILIDADE GERENCIAL, O USO DA INFORMAOGERENCIAL NUMA PEQUENA EMPRESA.
Monografia apresentada como requisito parcial paraobteno do titulo de Bacharel do Curso de CinciasContbeis, da Universidade Tecnolgica Federal doParan, Campus Pato Branco.
Orientador: Paulo Roberto Pegoraro, Msc.
PATO BRANCO2009
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FRANCIELI SOTTILI E SUCELAINE MARIA MABONI
CONTABILIDADE GERENCIAL, O USO DA INFORMAOGERENCIAL NUMA PEQUENA EMPRESA.
Monografia apresentada como requisito parcial paraobteno do titulo de Bacharel do Curso de Cincias
Contbeis, da Universidade Tecnolgica Federal doParan, Campus Pato Branco.
Orientador: Paulo Roberto Pegoraro, Msc.
BANCA EXAMINADORA
Professor Paulo Roberto Pegoraro, Msc.Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR
Orientador
Professor Antnio Ceclio SilvrioUniversidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR
Banca Examinadora
Professor lvaro ScolaroUniversidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR
Banca Examinadora
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Dedicamos este estudo:
Aos nossos pais: Dcio e Marines e Valdir e Neiva (em memria);
Aos nossos companheirosPaulo e Mauricio.
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AGRADECIMENTOS
Foram muitos os que ajudaram a concluir este trabalho e a eles nossos
sinceros agradecimentos...
s nossas famlias, pelo amor, carinho, apoio e compreenso;
Aos nossos namorados, pelo amor e incentivo;
Ao professor Msc. Paulo Roberto Pegoraro, pela sua pacincia, dedicao e
por aceitar a orientao deste estudo;
Ao administrador da empresa, o qual foi realizado o estudo de caso, pela sua
pacincia e dedicao;
Aos amigos e amigas da Universidade, pelas amizades;
A todos que colaboraram de alguma forma para a realizao deste trabalho;E a Deus, pois, sem sua ajuda, nada teria sido possvel.
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"No espere por oportunidades extraordinrias. Agarre ocasies comuns e as faa
grandes. Homens fracos esperam por oportunidades; homens fortes as criam."
(Orison Swett Marden)
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LISTA DE GRFICOS
GRFICO 1: Composio do Ativo (R$) ...................................................................55
GRFICO 2: Composio do Ativo (%) .....................................................................55
GRFICO 3: Composio do Passivo (R$)................................................................56
GRFICO 4: Composio do Passivo (%) ................................................................56
GRFICO 5: Capital Circulante Liquido ....................................................................57
GRFICO 6: ndices de Liquidez ..............................................................................58
GRFICO 7: Estrutura de Capital Patrimonial e Endividamento...............................58
GRFICO 8: Indicadores de Margem e Rentabilidade .............................................59
GRFICO 9: Faturamento Bruto Mensal ..................................................................60
GRFICO 10: rea de Maior Preocupao ..............................................................61GRFICO 11: Conhece o Termo Contabilidade .......................................................61
GRFICO 12: Contabilidade nas Empresas .............................................................62
GRFICO 13: Motivo da Escolha da Contabilidade Externa ....................................62
GRFICO 14: Para que Serve a Contabilidade ........................................................63
GRFICO 15: Como Analisa os Nmeros da sua Empresa .....................................64
GRFICO 16: Existe Fluxo de Caixa na Empresa ....................................................65
GRFICO 17: Periodicidade da Projeo do Fluxo de Caixa ...................................65
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Classificao do Porte das Empresas de acordo com o nmero de
funcionrios ...............................................................................................................20
Tabela 2 Evoluo da distribuio dos estabelecimentos ......................................21
Tabela 3 Evoluo da distribuio da massa de remunerao dos empregados ..22
Tabela 4 Demonstrao do Ativo ...........................................................................54
Tabela 5 Demonstrao do Passivo .......................................................................55
Tabela 6 Demonstrao do Resultado do Exerccio ..............................................56
Tabela 7 Apresentao do resultado das perguntas 8 a 11 ...................................63
Tabela 8 Apresentao do resultado das perguntas 17 a 20 .................................66
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Comparativo entre Contabilidade Gerencial e Contabilidade
Financeira...................................................................................................................23
Quadro 2 Caractersticas da Informao para tomada de deciso ........................26
Quadro 3 Exemplo da Estrutura do Balano Patrimonial conforme Lei 11638/07 .34
Quadro 4 Estrutura da Demonstrao do Resultado do Exerccio conforme Lei
11638/07 ....................................................................................................................36
Quadro 5 Estrutura do Balano Patrimonial Padronizado ......................................38
Quadro 6 Demonstrao do Fluxo de Caixa pelo Mtodo Direto ...........................40
Quadro 7 - Demonstrao do Fluxo de Caixa pelo Mtodo Indireto .........................41
Quadro 8 Exemplo da estrutura da Demonstrao das Mutaes do PatrimnioLquido .......................................................................................................................43
Quadro 9 Representao grfica da Demonstrao do Valor Adicionado .............44
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LISTA DE SIGLAS
Sebrae Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas
BP Balano Patrimonial
DRE Demonstrao do Resultado do Exerccio
DFC Demonstrao de Fluxo de Caixa
DMPL Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido
DVA Demonstrao de Valor Adicionado
PL Patrimnio Liquido
ICMS Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Prestao de servios
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados
PIS Programa de Integrao Social
Cofins Contribuio para o Financiamento da Seguridade SocialIRPJ Imposto de Renda de Pessoa Jurdica
CSLL Contribuio Social sobre o Lucro Lquido
LC Lei Complementar
CCL Capital Circulante Lquido
ABC Activity Based Costing
CMV Custo da Mercadoria Vendida
CP Curto Prazo
ET Endividamento TotalPC Passivo Circulante
PELP Passivo Exigvel a Longo Prazo
LC Liquidez Corrente
LS Liquidez Seca
LI Liquidez Imediata
LG Liquidez Geral
CTRT Capital de Terceiros sobre Recursos Totais
GCT Garantia de Capital de TerceirosDCPET Dvidas de Curto Prazo sobre o Endividamento Total
IPL Imobilizaes do Patrimnio Lquido
ML Margem Lquida
RA Rentabilidade do Ativo
RPL Rentabilidade do Patrimnio Lquido
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RESUMO
Este trabalho descreve a origem da contabilidade, a micro e pequena empresa deacordo com a legislao vigente e a contabilidade gerencial como ferramenta quepode auxiliar na tomada de deciso nas micro e pequenas empresas. O trabalho
apresenta ainda, os modelos das demonstraes contbeis, atravs das quais foipossvel aplicar ndices financeiros e econmicos que podem ser de grande utilidadena gesto do negcio. Apresenta um estudo de caso em uma pequena empresa doramo de auto peas e mecnica pesada. E encerra com o resultado da pesquisa emque foi possvel identificar que o campo para a contabilidade gerencial nas pequenasempresas amplo, pois os entrevistados demonstraram no possuir conhecimentona rea, porm existe interesse na sua implantao.
PALAVRAS CHAVE: Contabilidade gerencial. Micro e pequena empresa. Tomadade deciso.
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ABSTRACT
This paper describes the origin of accounting, the micro and small companiesaccording to the current legislation and management accounting as a tool that can beused in the decision taking in micro and small companies. The paper also describes
the models of financial demonstrations that permitted to apply financial and economicindices that can be very useful in the business management. It presents a study ofcase in a small company of heavy mechanic. And ends with the results of the searchthat permitted to identify that the management accounting field in small companies isbig, because the respondents have not demonstrated knowledge in the area, butthere is interest in its implementation.
KEY WORDS: Management accounting. Micro and small companies. Decisiontaking.
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SUMRIO
1 - INTRODUO.....................................................................................................141.1 TEMA...............................................................................................................141.2 OBJETIVOS.....................................................................................................151.3 JUSTIFICATIVA...............................................................................................151.4 METODOLOGIA..............................................................................................15
2 EMBASAMENTO TERICO..................................................................................172.1 ORIGEM DA CONTABILIDADE.......................................................................172.2 A PEQUENA EMPRESA .................................................................................202.3 A CONTABILIDADE GERENCIAL...................................................................22
2.3.1 Controle Interno ................................................................................................... 24
2.3.2 Sistemas de Custeio ............................................................................................ 27
2.3.3Anlises das Demonstraes Contbeis..............................................................33
2.3.3.1 Balano Patrimonial e Demonstrao de Resultados........................................33
2.3.3.2 Demonstrao do Fluxo de Caixa (DFC)............................. ............................. 38
2.3.3.3 Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Liquido (DMPL) ..................... ...... 42
2.3.3.4 Demonstrao do Valor Adicionado (DVA): ......................................................43
2.3.3.5Anlise de Indicadores...................................................................................... 44
3 ESTUDO DE CASO E ANLISE DOS RESULTADOS........................................543.1 APRESENTAO DA EMPRESA ANALISADA..............................................543.2 DEMONSTRAES CONTBEIS DA EMPRESA..........................................54
3.2.1 Ativo.....................................................................................................................54
3.2.2 Passivo ................................................................................................................ 55
3.2.3 DRE.....................................................................................................................56
3.2.5 ndices de Liquidez ..............................................................................................57
4 - APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA ...............605 - CONSIDERAES FINAIS.................................................................................676 - REFERNCIAS ...................................................................................................697 ANEXOS .............................................................................................................71
7.1 QUESTIONRIO .............................................................................................717.2 BALANO PATRIMONIAL E DRE COM ANLISES VERTICAL EHORIZONTAL........................................................................................................74
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1 - INTRODUO
De acordo com Hoss et al. (2006) a contabilidade surgiu da necessidade humana
de controlar suas riquezas, ou seja, de saber sobre o seu patrimnio. Com a
evoluo da humanidade e desenvolvimento dos mercados saber apenas, o quanto
se tem j no mais o bastante.
Com a competitividade cada vez mais acirrada entre as empresas, quem tem
informao e souber como usa-l pode aumentar suas chances de permanecer no
mundo dos negcios. Neste contexto temos, ento, que a contabilidade serve como
instrumento para a tomada de deciso, desde que consiga gerar informaes teis e
em tempo hbil, atravs da coleta de dados econmicos e relatrios que atendam as
necessidades de seus usurios.Deste modo o ramo desta cincia que tem por objetivo suprir os gerentes de um
elenco maior de informaes a contabilidade gerencial, pois voltada para fins
internos (Marion, 2006). Com ela o administrador pode obter informaes do tipo:
preo de um produto, o que mais vivel, dvidas de curto prazo ou longo prazo,
aumentar os estoques, reduzir custos, ter o local da empresa alugado ou aplicar no
imobilizado, entre outros.
Portanto, para o emprego do conhecimento citado acima ser feita uma pesquisa
bibliogrfica sobre contabilidade gerencial e, em seguida aplicado numa pequenaempresa do ramo de auto-peas e mecnica pesada, na forma de estudo de caso
realizado na empresa. Atravs das informaes geradas, ser elaborado um
questionrio e distribudo entre micro e pequenos empresrios, verificando de
acordo com sua opinio, se o controle gerencial uma ferramenta de uso vivel
para a pequena empresa.
1.1 Tema
Contabilidade Gerencial
1.1.1 Formulao do problema
Qual a importncia da contabilidade gerencial e quais as informaes
necessrias para o gestor na tomada de deciso?
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1.2 Objetivos
1.1.1 Objetivo geral
Abordar a contabilidade gerencial na pequena empresa e verificar a
importncia das informaes geradas para a tomada de deciso.
1.1.2 Objetivos especficos
Abordar em forma de pesquisa bibliogrfica a contabilidade gerencial.
Identificar, em pesquisa bibliogrfica, as diferenas entre os mtodos de custeio
por absoro, varivel e de atividades.
Analisar as demonstraes contbeis.
Aplicar um instrumento de pesquisa para levantar a opinio referente a
informao gerencial como ferramenta para uma pequena empresa nas cidades de
Pato Branco e Pranchita/PR.
Apresentar o resultado da pesquisa relacionando-a com o trabalho executado.
1.3 Justificativa
De acordo com a pesquisa do SEBRAE realizada no ano de 2008, Taxa de
Sobrevivncia e Mortalidade das Micro e Pequenas Empresas as pequenas
empresas tm buscado cada vez mais conhecimento e informao para se manter
no mercado. Por este motivo a contabilidade gerencial pode auxiliar, tambm, a
pequena empresa, a saber, mais sobre o seu negcio fornecendo informaes mais
prximas da realidade para poder projetar um futuro mais seguro possvel.
1.4 Metodologia
Primeiramente, ser feita uma pesquisa bibliogrfica sobre contabilidade,
pequena empresa e contabilidade gerencial, em seguida o levantamento de dados
atravs de um estudo de caso numa pequena empresa. Aps o trmino deste, ser
aplicado um questionrio que ser distribudo entre empresrios e administradores,
para verificar se, de acordo com sua opinio, o controle gerencial uma ferramenta
de uso vivel para a pequena empresa.
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No estudo de caso sero analisadas o Balano Patrimonial (BP),
Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE) e os indicadores financeiros.
Para Oliveira (2001) a pesquisa bibliogrfica tem por finalidade conhecer as
diferentes formas de contribuio que se realizaram sobre determinado assunto oufenmeno. de grande importncia, pois, atravs desta pesquisa podem se obter
vrias informaes que comprovem e complementem uma determinada teoria.
J, o estudo de caso, trata-se de acordo com Gil (2002), de um estudo
profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e
detalhado conhecimento (...). Pois, desta forma que se poder conhecer melhor o
objeto de estudo, que no caso uma pequena empresa do ramo de auto-peas e
mecnica pesada.
O questionrio ser utilizado na forma de abordagem quantitativa. Segundo
Oliveira (2001) este termo significa quantificar opinies, dados, nas formas de coleta
de informaes (...), este mtodo auxilia na investigao e melhor visualizao das
opinies para a apurao do resultado.
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2 EMBASAMENTO TERICO
Neste capitulo sero abordados os aspectos tericos que envolvem a
contabilidade, sua origem e seus objetivos. Em seguida a definio dada pela Lei
128/2008, que altera a Lei 123/2006, sobre micro e pequena empresa. Aps serabordado alguns conceitos de contabilidade gerencial, suas caractersticas e
objetivos. E por fim, segue a abordagem dos principais ndices de anlise financeira.
2.1 Origem da contabilidade
A contabilidade existe desde o surgimento da humanidade. Com o passar dos
anos, o homem foi acumulando riquezas e a comunidade crescendo, fazendo com
que surgisse a necessidade de novas formas de cuidar dos seus bens. Ento, a
partir da, surgiram os primeiros vestgios de um registro contbil e com ele a histria
da contabilidade.
Segundo S,
Admite-se, pois, que h cerca de 20.000 anos, o homem j registrava osfatos da riqueza em contas, de forma primitiva buscava, assim memorizaraquilo que dispunha e que no precisava mais buscar na natureza, porquearmazenava.(S, Antonio Lopes, 1997, pg. 20)
Acredita-se que com o desenvolvimento da civilizao, principalmente namesopotmia, lugar pesquisado por arquelogos e estudiosos, o comeo da escrita
cuneiforme, deu inicio a uma contabilidade mais moderna, pois, os povos j no
usavam mais escrever nas paredes das cavernas, mas sim registros em plaquinhas
de argila, demonstrando que houve um grande avano.
De acordo com S,
No Oriente, todavia, sem os problemas decorrentes dos latifundirios edeclnios das cidades e das sociedades, sem a influncia do clero,estruturou-se um critrio de registro que mais tarde se aperfeioaria naItlia, na Baixa Idade Mdia e que seria denominado de partidas dobradas
ou partidas duplas. (S, 1997, pg. 34).
Mediante as dificuldades que sofreu o mundo ocidental, os grandes
estudiosos (como frei Luca Pacioli e tantos outros religiosos que escreveram a
histria da contabilidade), no deixaram de criar e inovar, buscando conhecer
melhor a matemtica e a aritmtica, e us-la para melhorar as tcnicas contbeis.
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Com esses esforos, surgem s famosas partidas dobradas, o popular dbito e
credito como conhecido hoje.
At o sculo XVI, a contabilidade estava totalmente com sua base voltada
para o empirismo (perodo pr-cientfico), e foi a partir do final desse sculo que
comeou a se libertar de tal caracterstica. Com isso, surgem s doutrinas contbeis,
com a finalidade de definir os elementos fundamentais de uma cincia. No entanto,
a libertao do empirismo s ocorreu no sculo XIX.
Segundo Melis, citado por S,
A contabilidade, nesse perodo, libertou-se da estreita tica dos registros epassou ao exame do natural contedo dos registros, buscando o verdadeiroobjeto da cincia contbil. Cada um teve sua tica prpria em relao matria de estudo, mas todos buscaram a mesma com seriedade. (S,1997, pg. 60)
Com a modernizao da contabilidade, pela evoluo da escrita contbil, natural que novas idias surjam e, com isso a contabilidade como as outras
matrias, se torna uma cincia, ganhando seu espao e aprimorando os
conhecimentos at ento acumulados, para ganhar seu espao e tornar-se de fato
uma cincia.
Foi em conseqncia do aprimoramento da contabilidade atravs do
desenvolvimento de uma contabilidade cientfica, o crescimento do comrcio com as
expanses martimas, a descobertas de novas terras at ento desconhecidas, o
desenvolvimento da indstria a criao de grandes empresas como as sociedades
annimas etc., que propiciou o crescimento da contabilidade em pases como os
Estados Unidos.
O surgimento do American Institut of Certield Public Accountants foi de
extrema importncia no desenvolvimento da Contabilidade e dos princpios
contbeis. Vrias associaes empreenderam muitos esforos e grandes somas em
pesquisas nos Estados Unidos. Havia uma total integrao entre acadmicos e os j
profissionais da Contabilidade, o que no ocorreu com as escolas europias, onde
as universidades foram decrescendo em nvel e em importncia.
A criao deste instituto foi muito importante para o crescimento e
desenvolvimento da contabilidade. Nos EUA, com a quebra da Bolsa de New York
em 1929, houve a necessidade de estabelecer normas padronizadas, da o
surgimento dos Princpios Contbeis.
Segundo Favero,
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As escolas americanas alem de possuir uma metodologia diferente noensino da contabilidade tambm possui dois focos distintos que so agerao de informao aos usurios externos (contabilidade societria oufinanceira) e gerao de informaes aos usurios internos (contabilidadede gesto ou gerencial). (FAVERO, 2005, pg. 20)
Mediante as vantagens que as escolas americanas possuem em relao aoutras, fica difcil sua metodologia no se espalhar pelo mundo todo como um modelo
de ensino da contabilidade.
A contabilidade no Brasil se inicia com o descobrimento, e se aprimora com o
desenvolvimento do comercio, evoluo da sociedade e com a criao de armazns
alfandegrios. Foi em 1549, que Portugal mandou para o Brasil o primeiro Contador
Geral, Gaspar Lamego, cuja misso era controlar os armazns1.
Foi somente em 1808, com a chegada da famlia real e a criao da casa dos
contos (tesouro nacional), que proporcionou um desenvolvimento socioeconmico ecultural mais efetivo na colnia. Com a abertura dos portos as naes amigas e o
comercio com outros pases trouxe a necessidade de um aprimoramento nessa rea.
Houve a criao e o desenvolvimento de cursos para formar os guarda-livros, como
eram chamados na poca, pois, a escriturao das contas s poderia ser feita por
profissionais formados em aulas de comrcio.
Em 1869, foi criada a Associao dos Guarda-livros da Corte, aps isso, a
profisso foi reconhecida no Brasil como a primeira profisso liberal2.
No Brasil, o ensino da contabilidade, levou quase cem anos para estruturar-
se. Foi somente em 1902, que foi fundada a Escola Prtica de Comercio, atualmente
Fundao de Comercio lvares Penteado. At meados do sculo XX, sofreu
influencia da contabilidade italiana, mas com o crescimento do pas, desenvolvimento
do comercio e a entrada de grandes empresas norte- americanas e inglesas no pas,
trouxe a necessidade de novos mtodos de escriturao, superando os at ento
existentes.
No pensamento de Favero (2005),
Paralelamente instalao das indstrias, instalavam-se as empresas deauditorias, que influenciaram decisivamente na adoo da metodologiaamericana de contabilidade, uma vez que os profissionais formados combase na escola italiana j no atendiam s exigncias dessas empresas.(FAVERO, 2005, pg.21).
1Fonte site: www.revista.unifacs.br acessado dia 28 de maio de 2009, s 20:09 h.
2Fonte site: www.revista.unifacs.br acessado dia 28 de maio de 2009, s 20:11 h.
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Com a entrada das multinacionais no Brasil, a contabilidade praticada com
embasamento na doutrina italiana, j no correspondia s necessidades das grandes
empresas que aqui se instalaram. Por esse motivo, surgiram s empresas
prestadoras de servios contbeis americanas, que estavam mais bem preparadas
para atender as empresas que aqui se instalaram e, com isso foi inevitvel a
influencia da escola americana na contabilidade brasileira e nas universidades que
hoje ministram cursos de cincias contbeis.
2.2 A pequena empresa
A Lei Complementar 128/2008, que altera a LC 123/2006, em seu artigo 3
define a microempresa e empresa de pequeno porte de acordo com a receita bruta,
a qual no inciso 1 definida como o produto da venda de bens e servios nasoperaes de conta prpria, o preo dos servios prestados e o resultado nas
operaes em conta alheia, no includas as vendas canceladas e os descontos
incondicionais concedidos. Sendo assim, se enquadra como microempresa a
empresa, o empresrio, a pessoa jurdica, ou a ela equiparada, que aufira no ano-
calendrio receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil
reais) e, no caso de empresa de pequeno porte receita bruta superior a R$
240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00
(dois milhes e quatrocentos mil reais).Outra classificao dada pelo SEBRAE (Servio Brasileiro de Apoio s
Micro e Pequenas Empresas) que define o porte, se micro ou pequena empresa,
conforme o nmero de funcionrios empregados, como mostra o quadro abaixo:
Tabela 1 - Classificao do Porte das Empresas de acordo com o nmero de funcionrios.
Classificao de acordo com o nmero de funcionrios nas empresas
MICROEMPRESA PEQUENA EMPRESAIndstria eConstruo
At 19 De 20 a 99
Comrcio eServios At 09 De 10 a 49
Fonte: Adaptado de SEBRAE 2008.
Para enfatizar ainda mais a importncia da micro e pequena empresa na
economia nacional o SEBRAE publicou no ano de 2008 o Anurio do Trabalho na
Micro e Pequena Empresa que tem, tambm, como objetivo disponibilizar um perfil
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sobre a micro e pequena empresa. Segundo a publicao, estes dados se tornam
relevantes
quando se leva em conta a reduo do nmero de empregos causada pelasmudanas tecnolgicas e dos processos de trabalho nas grandesempresas, apontando para a tendncia de este segmento tornar-se cadavez mais representativo para a gerao de trabalho e renda e, portanto,para a conformao do mercado de trabalho no pas.(Sebrae Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas,2008. pg. 21)
Como poderemos observar na tabela abaixo se torna bastante relevante dar
uma ateno especial para a micro e pequena empresa devido a sua grande
representatividade dentre os negcios regulares no Brasil.
Tabela 2 Evoluo da distribuio dos estabelecimentos.
Adaptada de Anurio do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2008, SEBRAE.De acordo com a pesquisa realizada pelo SEBRAE, at 2006, a quantidade
de empresas, incluindo micro, pequena, mdia e grande com empregados, era de
2.241.071. Deste total 83,6% era de micro empresas e 13,9% de pequenas
empresas. De 2002 2006 a porcentagem das micro empresas diminuiu cerca de
0,8%, j as pequenas empresas aumentaram 0,7%. Atravs destes dados
observamos que a maioria dos estabelecimentos de micro e pequenas empresas,
pois juntas representam 97,5% do total de empresas no Brasil no ano de 2006.
Conforme a pesquisa, podemos observar como mostra a tabela abaixo, aevoluo da distribuio salarial entre 2002 a 2006 de acordo com o porte da
empresa e setor de atividade. Estes nmeros tambm apontam para a grande
importncia das micro e pequenas empresas na economia deste pas. Atravs dos
dados podemos dizer que as micro e pequenas empresas dos setores de comrcio e
construo so as empresas em que a distribuio salarial mais elevada, ou seja,
de toda a remunerao gerada por estes setores a maior parte vem das micro e
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pequenas empresas, assim como no setor de servios este mrito das grandes
empresas. J o setor em que as empresas esto mais niveladas o industrial, isto
demonstra a fora da micro e pequena empresa que tenta sobreviver no mercado
cada vez mais competitivo.
Tabela 3 Evoluo da distribuio da massa de remunerao dos empregados
Evolu o d a d istribui o da ma ssa de remunera o do s emp regad os,
por po rte e seto r d e a tividad e no Brasil, da dos d e 2002 - 2006 em %.
COMRCIO SERVIO INDSTRIA CONSTRUO
MICRO E PEQUENA 66,9 33,0 31,1 51,9MDIA 11,7 10,0 31,3 30,62002
GRANDE 21,5 57,0 37,6 17,5MICRO E PEQUENA 67,3 33,6 30,8 51,7
MDIA 11,6 10,0 31,2 30,02003GRANDE 21,0 56,4 38,0 18,3
MICRO E PEQUENA 67,6 33,2 29,5 49,9MDIA 11,3 9,7 30,4 30,72004
GRANDE 21,2 57,1 40,0 19,4MICRO E PEQUENA 66,7 32,9 29,6 45,7
MDIA 11,2 9,6 29,9 30,22005GRANDE 22,1 57,5 40,4 24,1
MICRO E PEQUENA 66,4 32,0 29,4 45,0MDIA 11,0 9.3 29,7 31,22006
GRANDE 22,7 58,7 40,9 23,9Adaptada de Anurio do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2008, SEBRAE.
2.3 A contabilidade gerencial
Como vimos contabilidade uma cincia que surgiu da necessidade de se
ter informaes sobre a riqueza que se possui e, com o passar do tempo, do
patrimnio como um todo (Hoss, 2006). Esta evoluo deu a tal cincia uma
conotao mais relevante, como diz Crepaldi (...)
a contabilidade um instrumento da funo administrativa que tem comofinalidade controlar o patrimnio das entidades, apurar o resultado das
entidades e prestar informaes sobre o patrimnio e sobre o resultadodas entidades aos diversos usurios das informaes contbeis.(CREPALDI, 2002. pg.16.)
Ainda para Crepaldi (2002) a cincia que estuda e controla o patrimnio
das entidades, mediante o registro, a demonstrao expositiva e a interpretao dos
fatos nele ocorridos (...).
Nota-se, portanto, que a contabilidade pode ser de fundamental importncia
para a empresa, pois, assim ter controle do seu patrimnio e poder obter as
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informaes necessrias para tomada de deciso a qualquer momento. Tais
informaes so geradas atravs de relatrios como Balano Patrimonial,
Demonstrao de Resultado do Exerccio, Demonstrao de Fluxo de Caixa,
Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido, Demonstrao de Valor
Adicionado e, demais relatrios internos chamados de gerenciais, os primeiros so
destinados, geralmente, aos usurios externos e os relatrios gerencias visam
atender a necessidades de informaes internas.
Hoss (2006) define os usurios das informaes contbeis como externos e
internos a organizao. Ele cita como exemplo de usurios externos os
fornecedores, o fisco, os clientes, bancos, etc. J os usurios internos so
considerados por ele, os prprios proprietrios, administradores e funcionrios, os
quais determinam como sero os relatrios dependendo da informao quenecessitem.
Observamos, ento, que a contabilidade pode oferecer vrias ferramentas
que auxiliam na gesto e, principalmente, na tomada de deciso. Assim destacamos
a contabilidade gerencial, voltada principalmente ao usurio interno que tem a
liberdade de mold-la de acordo com sua necessidade de informao, utilizando os
registros e controles contbeis para conduzir a entidade.
Portanto, a contabilidade gerencial se diferencia da contabilidade financeira,
como veremos na comparao abaixo, pois, esta relacionada com o fornecimentode informaes para os acionistas, credores e outros que esto fora da organizao.
Quadro 1 Comparativo entre Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira
CONTABILIDADE GERENCIAL X CONTABILIDADE FINANCEIRA
CARACTERSTICAS GERENCIAL FINANCEIRA
Usurios Internos Externos e internos.
Quanto aos Relatrios Facilitar o planejamento, controle, Facilitar a anlise financeira
avaliao de desempenho e dos usurios externos.
tomada de deciso interna.
Quanto a Frequencia Quando necessrio administrao. Anual, trimensal e ocasionalmente
Quanto a base de dados mensal.
para quantificar os dados. Vrias bases (moeda corrente, Moeda corrente.
moedas estrangeiras, ndices, etc.
Quanto a restrio nas informaes Nenhuma restrio, exceto Princpios contbeis
as determinadas pela administrao. geralmente aceitos.
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Quanto Caractersticas das Deve ser relavante e a tempo, Deve ser objetiva, verificvel,
informaes fornecidas. podendo ser subjetiva. relevante e a tempo.
Quanto perspectiva dos relatrios Orientada para o futuro, para facili- Orientao histrica.
tar o planejamento, controle e avali-
ao de desempenho antes do fato,
acoplada com uma orientao hist-
rica para avaliar os resultados reais
Fonte: Adaptado de PADOVEZE, 2004.
Para Srgio de Iudcibus,
a Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, comoum enfoque especial conferido a vrias tcnicas e procedimentos contbeis j conhecidos e tratados na contabilidade financeira, contabilidade decustos, na anlise financeira e de balanos etc., colocados numaperspectiva diferente, num grau de detalhe mais analtico ou numa forma deapresentao e classificao diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentesdas entidades em seu processo decisrio.(IUDCIBUS, 1987. pg. 15.)
Ou seja, a contabilidade gerencial pode apresentar uma viso mais clara da
situao de uma entidade, pois, no tem uma regra a seguir, a no ser a de facilitar
e auxiliar na tomada de deciso.
Segundo HorngrenA contabilidade gerencial refere-se a informao contbil desenvolvida paragestores dentro de uma organizao. Em outras palavras, a contabilidadegerencial o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar,preparar, interpretar e comunicar informaes que auxiliem os gestores aatingir objetivos organizacionais. (HORNGREN, 2004. pg. 04.)
Podemos dizer ento, que a contabilidade gerencial pode medir o
desempenho econmico de uma empresa, fornecendo dados administrao,
ajudando-o a melhorar seu desempenho no sentido de atingir as suas metas.
Desta forma a Contabilidade Gerencial preocupa-se com a informao
contbil til administrao. (ANTHONY, 1979).
2.3.1 CONTROLE INTERNO
Uma ferramenta que pode auxiliar a contabilidade gerencial o controleinterno, o qual Crepaldi (1998) define como
o sistema, de uma empresa, que compreende o plano de organizao, osdeveres e responsabilidades e todos os mtodos e medidas adotadas coma finalidade de: salvaguardar os ativos; verificar a exatido e fidelidade dos dados e relatrios contbeis e deoutros dados operacionais; devolver a eficincia nas operaes;
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comunicar e estimular o cumprimento das polticas, normas eprocedimentos administrativos adotados. (CREPALDI, 1998. pg. 41)
Portanto, o controle interno abrange a organizao como um todo, ou seja,
cada parte da empresa tem suas funes, suas normas e procedimentos e pessoas
responsveis por eles, assim, ele tem a finalidade de fazer com que cada parte
desempenhe corretamente a sua funo seguindo as rotinas j estabelecidas e
fazendo modificaes sempre que necessrio, para tornar a organizao eficiente.
2.3.1.1 Divises do Controle Interno
O controle interno divide-se, segundo Crepaldi (1998) em: controles
organizacionais, controle do sistema de informao e controle de procedimentos.
Os controles organizacionais referem-se maneira de designar
responsabilidades e delegar autoridade. Em alguns casos necessrio delegar
funes e responsabilidades e, para isto, indispensvel estabelecer uma estrutura
organizacional adequada, pois, esta estrutura a base para as atividades de
planejamento, execuo e controle das operaes. (CREPALDI, 1998. P. 43)
Crepaldi (1998) considera a segregao de funo e de pessoal fundamental
para o bom andamento das operaes e processos dentro da empresa.
A segregao de funes pode ajudar a evitar a ocorrncia de fraudes e
erros, como exemplo, tem-se o processo de emisso e pagamento de salrios. Se,
somente, uma pessoa realiza todo o processo, ou seja, emite a folha de pagamento
e tambm, faz o pagamento diretamente ao funcionrio, podem ocorrer desvios de
dinheiro, que no sero percebidos de imediato, porm, podem ser apanhados
mediante uma vistoria interna. Mas esta fraude poderia ter sido evitada se houvesse
a diviso dos trabalhos, isto , uma pessoa emitiria a folha de pagamento e outra
pessoa faria a conferncia e o respectivo pagamento ao funcionrio.
Portanto, a segregao de funes nada mais do que a diviso do trabalho
sem que haja a repetio de processos.Porm, segundo Crepaldi (1998), este sistema de controle interno s ser
eficaz se houver pessoas competentes e suficientes para realizar o trabalho em
cada etapa.
no eficaz estabelecer procedimentos de controle que exijam a utilizaode critrios que superem a capacidade ou a experincia dos indivduosencarregados da tarefa ou procedimentos de controle que no possam seraplicados devido a excesso de volume de trabalho dos funcionrios.(CREPALDI, 1998. pg. 44)
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Para evitar a situao descrita acima necessrio que a administrao tome
algumas medidas, a saber: verificar o potencial dos funcionrios identificando em
qual setor suas habilidades sero melhor aproveitadas, realizar treinamentos e
oferecer cursos de capacitao, estabelecer uma poltica de cargos e salrios e, em
determinados perodos, realizar uma avaliao de desempenho.
O controle do sistema de informao o controle obtido mediante a prestao
de informao aos nveis da administrao. Para ter um bom planejamento e
controle das operaes da empresa, a administrao deve ter todas as informaes
possveis sobre as atividades e operaes da mesma. Para que as informaes
sejam teis tomada de decises ela deve ser:
Quadro 2 Caractersticas da Informao para tomada de deciso
Fonte: Adaptado de Contabilidade Gerencial, CREPALDI (1998).
Contudo, no basta a administrao possuir todas estas informaes se no
souber o que fazer com elas.
J, os controles de procedimento referem-se, de acordo com Crepaldi (1998),
a observao de polticas e procedimentos dentro da organizao e, seu objetivo o
alcance da eficincia operacional e empresarial. Para que este objetivo seja
alcanado necessrio que os controles de procedimentos sejam adequados
estrutura organizacional, estejam bem definidos e documentados e sejam fceis de
interpretar e aplicar.
Assim, observa-se que o controle interno de grande importncia para
controlar as operaes da empresa eficientemente, pois pode fornecer relatrios eanlises precisas, que demonstram a situao da organizao, alm da
responsabilidade pela preservao de seus ativos e preveno ou descoberta de
erros ou fraudes, tornando-se, desta forma, um instrumento indispensvel para a
contabilidade gerencial.
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2.3.2 SISTEMAS DE CUSTEIO
Outra rea importante da contabilidade gerencial a de custos, j, que, o
custo uma despesa que se faz para obter um rendimento, ou seja, um
investimento do qual se espera um retorno, e por isto se deve ter em mos todas asinformaes necessrias para uma boa administrao dos custos. Desta forma a
administrao necessita de vrias informaes sobre os custos da empresa, pois, de
acordo com Crepaldi (1998) influenciam na determinao da receita, na tomada de
deciso, no planejamento, nas avaliaes e nos controles. Alm disso, necessrio
conhecer os mtodos de custeio para poder escolher o melhor mtodo assegurando,
assim, o uso apropriado dos recursos da empresa.
Segundo Martins (2008) a contabilidade de custos surgiu da necessidade da
indstria, aps a Revoluo Industrial no sculo XVIII, de identificar os custos dos
seus produtos na fase de produo. Essa necessidade foi ampliada e hoje a
contabilidade de custos, segundo este autor, tem duas funes relevantes: o auxlio
ao Controle, fornecendo dados, oramentos alm da comparao com valores
definidos anteriormente e, a ajuda s tomadas de decises, esta consiste em
alimentao de informaes sobre valores relevantes que dizem respeito sconseqncias de curto e longo prazo sobre medidas de introduo ou cortede produtos, administrao de preos de venda, opo de compra ouproduo etc..(MARTINS, 2008. pg. 22)
Deste modo esta rea da contabilidade gerencial se tornou um instrumentomuito relevante para a administrao tomar decises importantes com relao a
seus produtos, saber qual mais rentvel, qual est usando mais recursos da
empresa, qual tem maior venda, alm de algumas ferramentas como ponto de
equilbrio contbil, econmico e financeiro e outras informaes importantes para a
gesto desta rea.
Esta ferramenta da contabilidade gerencial pode ser aplicada, alm das
indstrias, nas empresas comerciais, de prestao de servio, entre outras. Existem
alguns mtodos para sua aplicao, basta escolher o mais correto para cada tipo de
atividade.
Porm, antes de decidir por um ou outro mtodo necessrio diferenciar
alguns termos da contabilidade de custos, sendo eles: gasto, desembolso,
investimento, custo, despesa e perda.
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Para Martins (2008) gasto a compra de um produto ou servio qualquer que
gera desembolso, este representado por entrega ou promessa de entrega de ativos,
como por exemplo, o gasto com aquisio de servios de mo-de-obra, no momento
em que o servio for prestado existe o gasto. Portanto o gasto representado pelo
momento em que existe o reconhecimento contbil da dvida. E o desembolso ,
portanto, o pagamento da aquisio de tal produto ou servio.
O termo investimento definido por Martins (2008) como um gasto ativado
em funo de sua vida til ou de benefcios atribuveis a perodos futuros. O autor
cita como exemplo a aquisio de matria-prima e explica que um gasto
contabilizado temporariamente como ativo circulante.
O custo, de acordo com Martins (2008), tambm um gasto, porm
reconhecido como custo realmente, ou seja, a matria-prima que na sua aquisiofoi um gasto que se tornou investimento quando estocado agora, na fabricao
torna-se custo do produto fabricado e parte do bem elaborado.
J a despesa considerada por Martins (2008) como bem ou servio
consumido direta ou indiretamente para obteno de receitas, como exemplo cita a
comisso de vendedor que um gasto que se torna uma despesa.
E a perda o bem ou servio consumido de forma anormal ou involuntria
(Martins, 2008. P. 26). Ou seja, a perda no ocorreu para que houvesse uma
obteno de receita, o que aconteceu foi um fato anormal que ocasionou umsacrifcio de algum ativo involuntariamente como, por exemplo, na ocorrncia de
incndios.
Os sistemas de custeio, isto , a forma como sero apropriados os custos,
segundo Crepaldi (1998) so: sistema de custeio por absoro, sistema de custeio
varivel e o custo-padro. Martins (2008) cita, ainda, o sistema de custeio baseado
em atividades (ABC).
O sistema de custeio por absoro, geralmente, o que as empresas mais
usam por, de acordo com Martins (2008), ser derivado da aplicao dos princpioscontbeis e aceito pela legislao comercial e fiscal, e
(...) consiste na apropriao de todos os custos de produo aos benselaborados, e s os de produo; todos os gastos relativos ao esforo deproduo so distribudos para todos os produtos ou servios feitos.(MARTINS. 2008. pg. 37)
Nesta apropriao dos custos de produo a distino principal se faz entre
custos e despesas. Esta separao importante
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(...) porque as despesas so jogadas imediatamente contra o resultado doperodo, enquanto somente os custos relativos aos produtos vendidos teroidntico tratamento. Os custos relativos aos produtos em elaborao e aosprodutos acabados que no tenham sido vendidos estaro ativados nosestoques desses produtos. (CREPALDI, 1998. pg. 83)
Portanto, este mtodo faz com que cada produto absorva a parcela do custo
direto, sendo aquele que alocado diretamente ao produto, porque h uma medida
objetiva de seu consumo, por exemplo, a matria-prima e a energia eltrica das
mquinas; e do indireto, que so aqueles que para serem alocados aos produtos,
necessitam da utilizao de algum critrio de rateio, como por exemplo, o aluguel e
salrios de supervisores. (CREPALDI. 1998. P. 59)
Observamos, ento, que existem algumas desvantagens na aplicao deste
mtodo de custeio, pois fornece poucas informaes de carter gerencial, ou seja,
que auxiliem na tomada de deciso e, dificuldade em definir o critrio para o rateio
dos custos indiretos, o que pode ocasionar distores nas informaes sobre o custo
dos produtos.
No sistema de custeio varivel ou direto h uma separao dos gastos entre
variveis e fixos, isto , em gastos que aumentam ou diminuem proporcionalmente
ao volume da produo/venda e gastos que se mantm estveis perante esta
oscilao do volume de produo/venda. (CREPALDI. 1998. P.111).
Deste modo, segundo Crepaldi (1998) considera-se custo de produo(...) apenas os custos variveis incorridos no perodo. Os custos fixos, pelofato de existirem mesmo que no haja produo, no so consideradoscomo custo de produo e sim como despesas, sendo encerradosdiretamente contra o resultado do perodo. (CREPALDI, 1998. pg.111).
Assim, o custo fixo por no estar ligado a nenhum produto ou unidade de
produo distribudo por meio de critrios de rateio em menor ou maior grau, como
exemplo, pode-se citar a despesa com aluguel. J os custos variveis, de acordo
com Martins (2008) so aqueles em que o consumo de materiais diretos depende do
volume de produo, ou seja, aumentam ou diminuem de acordo com a quantidadeproduzida, por exemplo, a matria-prima.
Porm, este sistema, segundo Crepaldi (1998), no aceito pelo fisco, j que
no atende aos princpios da contabilidade. As empresas utilizam este sistema para
anlise interna, auxiliando na tomada de deciso de fixao de preos, compra ou
fabricao de um produto ou servio, entre outras.
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O sistema de custeio varivel oferece ao administrador algumas ferramentas
a mais para tomar decises. Crepaldi (1998) cita a margem de contribuio, ponto
de equilbrio, margem de segurana e alavancagem operacional.
A margem de contribuio um conceito de extrema importncia para se
tomar decises gerenciais. a diferena entre o preo de venda e a soma dos
custos e despesas variveis.
Segundo Crepaldi,
do ponto de vista da anlise da margem de contribuio, as despesas soclassificadas como fixas ou variveis. Os custos variveis so deduzidosdas vendas para obter a margem de contribuio. Os custos fixos so,ento, subtrados da margem de contribuio para obter a renda lquida.(CREPALDI, 1998. pg.121)
Esta informao auxilia o administrador a definir estratgias com relao a
preos de venda, quantidade a ser produzida, avaliao de desempenho, entre
outras.
J, o ponto de equilbrio determina o momento em que no existe lucro nem
prejuzo, ou seja, o momento em que as vendas totais cobrem todos os custos e
despesas totais.
Segundo Martins (2008) existem, pelo menos, trs pontos de equilbrio: o
contbil, quando receitas menos custos e despesas totais do resultado nulo; o
econmico, quando do como resultado o custo de oportunidade empregado; e ofinanceiro, quando o valor das disponibilidades permanece inalterado,
independentemente de haver resultado contbil ou econmico.
A empresa atinge o ponto de equilbrio contbil quando a soma das margens
de contribuio cobrir todos os custos e despesas fixas, ou seja, o resultado final
nulo. Para encontrar o ponto de equilbrio econmico Martins (2008) cita como
exemplo
(...) uma empresa que tenha tido um patrimnio lquido no incio do ano de $10.000.000,00 colocados para render um mnimo de 10% a.a, temos um
lucro mnimo desejado anual de $ 1.000.000,00. Assim, se essa taxa for ade juros no mercado, conclumos que o verdadeiro lucro na atividade serobtido quando contabilmente o resultado for superior a esse retorno. Logo,haver um ponto de equilbrio econmico (PEE) quando houver um lucrocontbil de $ 1.000.000,00. O PEE ser obtido quando a soma das margensde contribuio, totalizar ento $ 5.000.000,00, para que , deduzidos oscustos e despesas fixos de $ 4.000.000,00, sobrem os $ 1.000.000, de lucromnimo desejado. (MARTINS, 2008. pg. 261)
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Em resumo, para estipular o ponto de equilbrio econmico adiciona-se o
custo de oportunidade aos custos fixos, visando obteno do lucro almejado pelo
empresrio.
J, o ponto de equilbrio financeiro a quantidade que iguala a receita total
com a soma de custos e despesas, que representam desembolso financeiro para a
empresa. Neste caso, os encargos da depreciao so exclusos por no
representarem desembolso para empresa. 3
A margem de segurana um importante indicador de risco, pois, segundo
Crepaldi (1998), aponta a quantidade que as vendas podem cair antes de ter
prejuzo. Ou seja, quantidade de produtos em que se opera acima do ponto de
equilbrio.
Em uma situao em que o Ponto de Equilbrio fique muito prximo dasvendas totais, temos uma margem de segurana muito frgil, pois qualquer reduo
de atividades coloca a empresa em situao de lucro nulo ou prejuzo. 4
A Alavancagem operacional
a medida de extenso de quantos custos fixos esto sendo usados dentroda organizao. O termo alavancagem vem da possibilidade de levantarlucros lquidos em propores maiores do que o normalmente esperado,atravs da alterao correta da proporo dos custos fixos na estrutura decustos da empresa. (PADOVEZE, 2004. pg. 372)
Portanto, a alavancagem operacional trata da capacidade que a empresa tem
de, por exemplo, aumentar a produo, e conseqentemente seus custos e produzir,
assim, um efeito maior do que este aumento no resultado.
Em resumo, pode-se dizer que o sistema de custeio varivel uma
ferramenta gerencial, pois fornece alguns dados importantes para a tomada de
deciso, j que reduz as distores existentes nos critrios de rateio usados no
sistema de absoro.
Outra ferramenta que pode ser usada em conjunto com o sistema de custeio
por absoro ou varivel o custo-padro, que trata de uma estimativa dos custos
apropriados produo.
Para Crepaldi a finalidade do custo padro,
3Site http://www.pde.com.br/conceitos_p2.php , acessado em 29/07/09 s 22h08min.
4Site
http://74.125.95.132/search?q=cache:mPacjFccB7wJ:www.vinteum.com.br/downloads/CUSTOS/download.php
%3Ffname%3D./MSOAOGAOeEXERCICIOS.doc+margem+de+seguran%C3%A7a&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br, acessado em 30/07/09 s 20h17min.
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proporcionar um instrumento de controle administrao da empresa.Significa tomar conhecimento de uma determinada realidade, compar-lacom aquilo que deveria ser, em termos ideais, identificar oportunamente osdesvios e tomar providencia o sentido da correo de tais desvios.(CREPALDI, 1998. pg.169).
Desta forma, entende-se que o custo padro determinado pela prpriaempresa, atravs do conhecimento das atividades e processos de fabricao de
seus produtos, alm dos preos e quantidades dos insumos que sero usados neste
processo.
Se bem avaliado, o custo padro, pode servir como base para que a empresa
consiga identificar, dentro das oscilaes existentes, se houve ou no desvios, que
trouxeram como conseqncia, o aumento do custo do produto.
O sistema de custeio ABC, custeio baseado em atividades, para Martins
(2008) tem duas verses: a primeira baseada nas atividades que a empresa efetuano processo de fabricao de seus produtos; uma metodologia de custeio que
procura reduzir sensivelmente as distores provocadas pelo rateio arbitrrio dos
custos indiretos (sistema de custeio por absoro), ou seja, a dinmica bsica
atribuir, primeiramente, os custos s atividades e posteriormente atribuir os custos
das atividades aos produtos; a segunda verso tem uma abordagem gerencial e
estratgica, que possibilita a anlise de custos sob duas vises:
a) a viso econmica de custeio, que uma viso vertical, no sentidoque apropria os custos aos objetos de custeio atravs das atividadesrealizadas em cada departamento; eb) a viso de aperfeioamento de processos, que uma visaohorizontal, no sentido de que capta os custos dos processos atravs dasatividades realizadas nos vrios departamentos funcionais. (MARTINS,2008. pg. 286)
Conforme Martins, a viso vertical contempla os dados da primeira verso do
ABC, j a viso horizontal, serve para anlise e aperfeioamento dos processos
atravs da melhoria de desempenho na execuo das atividades.
Observa-se, ento, que o sistema de custeio ABC diferencia-se dos sistemas
de custeio por absoro e varivel, pois este se apia no planejamento, execuo e
mensurao dos custos das atividades, tornando-se uma ferramenta de gesto que
pode propiciar vantagens competitivas, por possibilitar aos gestores tomar decises
estratgicas em relao a: alterao nos processos de formao de preos, no mix
de produtos, eliminao de desperdcios e atividades que no agregam valor, entre
outras. (MARTINS, 2008. P. 289)
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2.3.3 ANLISES DAS DEMONSTRAES CONTBEIS
Para Marion (2005) a anlise da variao da riqueza existe h tanto tempo
quanto a contabilidade, porm a exigncia de um relatrio para anlise de outras
pessoas surge, segundo o autor, a partir do sculo XIX, atravs da solicitao dosbanqueiros americanos de demonstrativo para avaliao de crdito.
Ainda para Marion (2005), os bancos, principais usurios destas
demonstraes, exigiam apenas os Balanos, mais tarde outras demonstraes
foram estabelecidas e comearam a ser analisadas para concesso de emprstimos
e financiamentos s empresas.
Atualmente a anlise das demonstraes tornou-se bastante relevante para
os usurios externos a organizao. Para Marion (2005), j que a abertura de capital
por parte das empresas possibilita que qualquer pessoa seja um acionista, desta
forma a empresa que demonstrar, atravs de seus nmeros, maior possibilidade de
ganho ter a preferncia entre os investidores.
De acordo com Marion (2005), todas as demonstraes contbeis so
importantes e devem ser analisadas, sendo: Balano Patrimonial (BP),
Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE), Demonstrao de Fluxo de Caixa
(DFC), Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido (DMPL) e Demonstrao
de Valor Adicionado (DVA).
Entretanto a anlise das demonstraes citadas acima , tambm, um
importante instrumento para os usurios internos a organizao. Trata-se de uma
ferramenta que propicia avaliaes do patrimnio e das decises tomadas, tanto em
relao ao passado quanto em relao ao futuro aumentando, assim, a segurana
nas decises do empresrio ou administrador. 5
2.3.3.1 Balano Patrimonial e Demonstrao de Resultados
O Balano Patrimonial a pea mais importante na contabilidade, afirma
Padoveze e Benedicto (2007). O BP contm todos os bens (ativo), direitos (ativo) e
obrigaes (passivo) de uma empresa, de acordo com os autores
5Fonte:http://pt.shvoong.com/business-management/b-accounting/1659771-analise-das-
demonstra%C3%A7%C3%B5es-contabeis/, acessado no dia 24 de abril de 2009 s 19:30 h.
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o ativo evidencia os elementos patrimoniais positivos, enquanto que opassivo evidencia dois elementos at antagnicos: mostra, em primeirolugar, as dvidas da empresa, consideradas elementos patrimoniaisnegativos e, em segundo lugar, complementando a equao contbil, ovalor da riqueza dos acionistas, evidenciada no patrimnio lquido.(PADOVEZE e BENEDICTO, 2007. pg. 27).
Ou seja, representa todo o patrimnio da empresa. Podemos entender melhor
visualizando a representao grfica da citao acima.
Quadro 3 Exemplo da Estrutura do Balano Patrimonial conforme Lei 11638/07.
ATIVO PASSIVO
Passivo Circulante
No Circulante: Exigvel a Longo Prazo eResult. No Realizados
Ativo Circulante
No Circulante: Realizvel aLongo Prazo; Investimentos;
Imobilizado e Intangvel.
Patrimnio Lquido: Capital Realizado;Reservas de Capital; Ajustes de Avaliao;
Reservas de Lucro; (-) Aes em Tesouraria e(-) Prejuzos Acumulados.
Fonte: Mudanas nas Demonstraes Contbeis, Coordenadores MARION e REIS; 2003.Adaptado de Lei 11.638/07 e 10941/09
Para classificar as contas do BP usa-se o critrio de grau de liquidez
conforme descrito por Marion (2003), ou seja, que se realizam em dinheiro mais
rapidamente. Desta forma para Padoveze e Benedicto (2007) no ativo circulante
teremos, ento as disponibilidades, os clientes, os estoques e outros valores a
realizar-se no prazo de at 365 dias. E no ativo no circulante, como o prprio nome
j indica, so os bens e direitos que se realizaro aps o prazo de 365 dias e, ainda,
bens adquiridos para utilizao na atividade da empresa, como: mquinas,
equipamentos eletrnicos, software, lquidos de depreciao, amortizao e
exausto (PADOVEZE e BENEDICTO, 2007. P. 34).
Se no ativo as contas so classificadas de acordo com o critrio de grau de
liquidez, no passivo usa-se como critrio de classificao o grau de exigibilidade, ou
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seja, a dvida em que o vencimento do prazo para pagamento estiver a menos de
365 dias ser alocada no grupo passivo circulante. Deste modo o passivo circulante
como indica Padoveze e Benedicto (2007) conter as contas de: fornecedores,
impostos a recolher, emprstimos/financiamentos e outras contas a pagar que
vencero em at 365 dias. J o passivo no circulante conter obrigaes em que a
exigibilidade se dar aps 365 dias.
O grupo passivo engloba, ainda, um grupo muito importante, o patrimnio
lquido, neste grupo que est demonstrado o capital prprio da empresa. De
acordo com Marion (2003) neste grupo estar evidenciado o capital realizado, as
reservas de capital, os ajustes de avaliao patrimonial, as reservas de lucro e os
prejuzos acumulados e aes em tesouraria, na forma de conta redutora do capital.
Portanto o PL representa o investimento dos proprietrios acrescido pelo resultadoda atividade num determinado perodo.
Desta forma podemos dizer que o Balano Patrimonial a fotografia de uma
empresa num determinado perodo, pois nele est o resultado de todos os fatos
ocorridos no tempo analisado, ou seja, mostra todos os recursos (passivo e PL)
necessrios para a operao, de que forma foram aplicados (ativo) e, ainda, se as
decises tomadas tiveram resultado positivo (lucro) ou negativo (prejuzo).
Para saber se tais decises geraram resultado positivo ou negativo
necessrio conhecer outro relatrio contbil a DRE Demonstrao de Resultadodo Exerccio. Para Marion (2003) o objetivo bsico da DRE definido como a
evidenciao do resultado das operaes sociais lucro ou prejuzo apurando
a) o resultado operacional do perodo, ou seja, o resultado das operaesprincipais e acessrias da empresa provocado pela movimentao dosvalores aplicados no Ativo;b) o lucro lquido de perodo, ou seja, aquela parcela do resultado que,efetivamente, ficou disposio dos scios para ser retirada ou reinvestida.(Mudanas nas Demonstraes Contbeis, MARION, 2003. pg. 32)
, portanto, um resumo das receitas e despesas de um determinado perodo
que mostra como resultado lquido, ou seja, todas as receitas diminudas de todasas despesas, o lucro, se o resultado for positivo, ou o prejuzo, se o resultado for
negativo.
Paratal evidenciao necessrio que a DRE esteja na forma vertical, isto ,
parte-se da receita bruta e, de acordo com os fatos, adies ou subtraes chega-se
ao resultado lquido, conforme indicado pela Lei 11638 e demonstrado por Marion
(2003), abaixo o quadro mostra como deve ser estruturada a DRE.
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Quadro 4: Estrutura da DRE conforme Lei 11638/07
DEMONSTRAO DO RESULTADODO EXERCCIO1 RECEITA BRUTA2 (-) DEDUES DA RECEITA3
RECEITA LQUIDA (1-2)4 (-) CUSTO DA MERC/ PROD. VENDIDO5 (=)LUCRO OPERACIONAL BRUTO (3-4)6 RESULTADO OPERACIO NAL BRUTO (7-8)7 RECEITAS8 DEPESAS9 (=)RESULTADO OPERACIONAL LQUIDO (5+6)
10 (=)RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAES (9+10)11 (=)RESULTADO LQUIDO DO EXERCCIO12 AJUSTES DE EXERCCIOS ANTERIO RES13 (=)RESULTADO LQUIDO DO EXERCIO, AJUSTADO
Adaptado de Mudanas nas Demonstraes Contbeis, MARION (2003) e Lei 11638/07.Obs: os nmeros na primeira coluna no fazem parte do demonstrativo, foram colocados para melhorentendimento de quais linhas fazem parte do somatrio.
O quadro acima mostra os principais grupos de conta que a DRE deve conter.
Sendo eles:
1 Receita Bruta: de acordo com Marion (2003) este grupo corresponde ao valor
bruto das vendas e/ou servios.
2 Deduesda Receita: aqui se inclu os impostos (ICMS, IPI, PIS/COFINS, etc.),
alm de devolues, no-efetivao do servio, etc.
3 Receita Lquida: o montante correspondente da subtrao de Receita Bruta e
Dedues da Receita, o que realmente fica para a empresa.
4 Custo da Mercadoria ou Produto Vendido: so alocados nesta conta os
gastos com a mercadoria vendida ou produo do produto. Conforme Marion (2003),
no caso de mercadoria (comrcio), agrupam-se nesta conta o valor de aquisio,
seguros e transporte at o local da venda e tributos devidos na aquisio ou
importao e, no caso de produo do produto (indstria), o custo de aquisio de
insumos e as despesas diretas.
5 Lucro Operacional Bruto: corresponde ao total da Receita Lquida diminuda do
Custo da Mercadoria ou Produto Vendido.
6 Resultado Operacional Bruto: este grupo contm o resultado entre receitas
operacionais e despesas operacionais, ou seja, receitas e despesas derivadas das
atividades da empresa.
9 Resultado Operacional Lquido: contm a soma entre Lucro Operacional Bruto
e o Resultado Operacional Bruto, este poder ser positivo se as receita forem maiores
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que as despesas aumentando o Lucro Operacional ou negativo se as despesas
forem maiores que as receitas diminuindo, portanto, o Lucro Operacional.
10 Resultado Antes das Participaes: a soma de Resultado Operacional
Lquido e Resultado no Operacional, o lucro lquido do exerccio antes da deduo
do IRPJ e CSLL, da participao de administradores ou diretores e dos empregados.
11 Resultado Lquido do Exerccio: aqui contm, ento, o resultado efetivo do
perodo que, no entanto, pode ser alterado por eventuais ajustes de exerccios
anteriores. (MARION, 2003. P. 36).
12 Resultado Lquido do Exerccio Ajustado: o montante que restar nesta conta
o que deve ser lanado no Patrimnio Lquido e dado um destino, de acordo com a
vontade dos diretores observando as determinaes da legislao vigente.
O Balano Patrimonial e a Demonstrao de Resultado do Exerccio so osprimeiros relatrios que devem ser analisados, pois, como vimos, estes dois
relatrios contm todos os resultados da atividade de uma empresa num
determinado perodo. Com as anlises do BL e da DRE possvel conhecer quanto
a empresa tem aplicado em sua atividade, a evoluo destas aplicaes ao longo de
um perodo, bem como as origens para estas aplicaes e, ainda, se as decises
tomadas causaram efeito positivo ou negativo.
Para Savytzky (2008) a anlise de BL contm trs fases, a saber:
a) exame das contas quanto sua finalidade e qualidade econsequentemente classificao nos agrupamentos do balano;b) apurao dos ndices; ec) interpretao.(SAVYTZKY. 2008. pg. 33)
Portanto, primeiramente, se faz o exame das contas do balano, que tem por
finalidade a reclassificao das mesmas, pois os balanos podem conter valores
irreais ou estar mal estruturados e, sem um exame prvio, pode causar distoro na
apurao dos ndices e, em conseqncia disto, concluses erradas.
Desta forma o modelo proposto por Pegoraro (2009)6 divide o ativo em
financeiro, operacional e no circulante, j no passivo, o passivo circulante divide-se
entre operacional, financeiro, no circulante e no patrimnio lquido, o capital j deve
aparecer deduzido do capital a realizar e somado as reservas que existirem. Como
demonstrado no quadro abaixo.
Quando 5: Estrutura do Balano Patrimonial Padronizado
6 Material de Apoio para Anlise das Demonstraes Contbeis 2009.
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BALANO PATRIMONIAL PADRONIZADO
ATIVO PASSIVOCIRCULANTE CIRCULANTE
Financeiro OperacionalDisponvel FornecedoresAplic a es Financeiras Outras ob riga es
Operacional FinanceiroClientes EmprstimosEstoq ues Duplica ta s Desc ontad as
NO CIRCULANTE NO CIRCULANTERealizvel a LongoPrazo Exigve l a Longo Prazo
Investimentos Resultados NoRealizadosImobilizado
IntangvelPATRIMNIO LQUIDO
Fonte: Adaptado de Material de Apoio para Anlise das Demonstraes Contbeis 2009,PEGORARO (2009) e Mudanas nas Demonstraes Contbeis, MARION, 2003.
Aps este exame e a realocao das contas no BL, Savytzky (2008) sugere
que se determine, primeiramente, a situao patrimonial e financeira, bem como, o
grau de imobilizao e de endividamento e, por fim, a rentabilidade.
2.3.3.2 Demonstrao do Fluxo de Caixa (DFC)
A demonstrao de fluxo de caixa mostra todo o movimento de entradas e
sadas de caixa de um determinado perodo. Com posse deste demonstrativo o
administrador ter a possibilidade de elaborar melhor o planejamento financeiro de
curto prazo.7
Segundo Marion (2003) por meio DFC
podem ser avaliadas as alternativas de investimentos e as razes queprovocaram as mudanas da situao financeira da empresa, as formas deaplicao do lucro gerado pelas operaes e ate mesmo os motivos deeventuais quedas do capital de giro.(MARION, 2003.pg.57)
Portanto, a DFC pode ser usada como instrumento de verificao da situao
financeira da empresa, presente e futura e, pode-se ainda, atravs dele analisar
7 Site http://www.ccsa.ufpb.br/~nca/dfc.html , acessado em 06/08/09 as 20hr41min.
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alternativas de investimento e controlar, ao longo do tempo, o impacto das decises
que tenham reflexo monetrio sobre a empresa.
Para entender melhor o fluxo de caixa necessrio conhecer as principais
transaes que podem ou no afetar o caixa da empresa, a saber: 8
a) Transaes que afetam o caixa (disponvel)
Aumento do caixa por:
Integralizao do capital pelos scios ou acionistas, so os
investimentos em espcie realizados pelos proprietrios;
Emprstimos bancrios e financiamentos, que so os recursos
financeiros oriundos das instituies financeiras;
Venda de itens do ativo permanente;
Vendas a vista e recebimentos de duplicatas a receber; Outras entradas, como juros recebidos, dividendos recebidos de outras
empresas, indenizaes de seguros recebidas etc.
Diminuio do caixa por:
Pagamentos de dividendos aos scios;
Pagamentos de juros;
Aquisio de itens do ativo permanente;
Compras a vista e pagamentos de fornecedores;
Pagamentos de despesa/custo contas a pagar e outros.
b) Transaes que no afetam o caixa
Depreciao, amortizao e exausto, so redues de ativo, sem
afetar o caixa;
Aumento ou diminuio de itens de investimentos pelo mtodo de
equivalncia patrimonial.
Aps o reconhecimento das transaes que afetam ou no o caixa, possvel
partir para a confeco do fluxo, o qual dividido segundo MARION (2003) em trs
fluxos: fluxo das atividades operacionais, fluxo das atividades de investimento e fluxo
das atividades de financiamento.
O fluxo de atividades operacionais composto por recebimentos e
pagamentos derivados da prpria operao da empresa e so ligados na maioria
das vezes ao ativo e passivo circulante.
8 Site http://www.ccsa.ufpb.br/~nca/dfc.html , acessado em 06/08/09 s 21hr20min.
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Quadro 7 Demonstrao do Fluxo de Caixa pelo Mtodo Indireto.
DEMONSTRAO DO FLUXO DE CAIXA MTODO INDIRETO
Fluxo de Caixa proveniente:
1. Das atividades operacionaisLucro Liquido do exerccio
+/- Receitas ou despesas que no afetamo caixa
Receita de equivalncia patrimonial
Depreciao e amortizao
Baixa de Ativo Permanente
Despesa com devedores duvidosos
= Lucro Liquido Ajustado
Acrscimo ou diminuio de ativos operacionais
Duplicatas a receber de clientes
Contas a receber diversas
Adiantamentos diversos
Estoques
Despesas pagas antecipadamente
= Diminuio nos ativos operacionais
Acrscimo ou diminuio de passivos operacionais
Fornecedores
Impostos e contribuies
Salrios e encargos sociais
Credores diversos
Imposto de renda
= Acrscimos nos passivos operacionais
= Acrscimo de caixa orig inado das atividades operacionais
2. Das atividades operacionais
Receita de venda de:
Imobilizado
Investimentos permanentes
Aquisies de:
Imobilizado
Investimentos permanentes
= Diminuio de caixa originada das atividades de investimentos
3. Das atividades de fin anciamento
Integralizao de capital
DEMONSTRAO DO FLUXO DE CAIXA MTODO INDIRETO
Novos emprstimos e financiamentos
Amortizao de emprstimos e financiamentos
Dividendos pagos
= Acrscimo de caixa orig inado das atividades de financiamentos
Resumo
Saldo Inicial
+ Acrscimo de caixa no perodo
= Saldo final
Fonte: Adaptado de Mudanas nas Demonstraes Contbeis, MARION (2003).
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2.3.3.3 Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Liquido (DMPL)
Essa demonstrao tem por objetivo evidenciar as mutaes ocorridas no
exerccio nas contas patrimoniais integrantes do grupo do Patrimnio Liquido.
A Lei das Sociedades por Aes (Lei 6.404/76) em seu artigo 186 exigiu umademonstrao especifica do destino do lucro, quando no distribudo aos scios e,
tambm das perdas, tal demonstrao foi mantida pela Lei 11638/08.
A DMPL contm a movimentao ocorrida durante um exerccio nas diversas
contas que compem o patrimnio lquido, sendo elas: capital social, reservas de
capital, reservas de lucros, ajuste de avaliao patrimonial, aes em tesouraria e
prejuzos acumulados. Esta demonstrao, de acordo com MARION (2003), mostra
o fluxo de uma conta para outra, indicando a origem e o valor de cada acrscimo ou
diminuio do PL durante o exerccio.Para S (2008) esta demonstrao deve conter:
1. Saldo inicial do exerccio;2. Ajustes que tenham ocorrido no exerccio que se demonstra;3. Correo monetria do saldo inicial do exerccio;4. Reservas revertidas para que se liberassem;5. O lucro liquido do exerccio que se demonstra e que se acresce situao anterior (1 a 3);6. O destino que foi dado ao resultado referido, ou seja, o que transferiupara reservas, o que se distribuiu como dividendos, o que se incorporou aocapital, mostrando como se chega ao saldo final. (S, 2008, pg. 96)
E seguir os padres do quadro abaixo:
Quadro 8: Exemplo da estrutura da Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido
DEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMNIO LQUIDO (DMPL)CAPITAL RESERVAS LUCROS OUELEMENTOSSOCIAL CAPITAL REAVALIAO LUCROS PREJUZOS ACUMLADOS
TOTAL
Saldo no incio do perodo(+/-) Ajustes de perodos anteriores (+/-) (+/-)Saldo Inicial Ajustado e Corrigido
Reverso de reservas de lucros (-) +Integralizao do capital a realizar + +Resultado lquido do exerccio (+/-) (+/-)Formao de reservas de:
Lucros + (-)Capital + +Reavaliao + +
Capitalizao de:Reservas + (-) (-) (-)Lucros + (-)
Dividendos ou lucros creditados (-) (-)Aumento de capital social pelos scios/acionistas + +(+/-) Compra/venda de suas prprias aes(+/-) Outras mutaesSaldo Final do Perodo
Fonte: Adaptado de NEVES, 2007.
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A DMPL, portanto, possibilita ter maior clareza sobre o patrimnio lquido da
empresa, j que este o grupo que mais interessa aos scios ou acionistas e, ainda,
as pessoas externas, principalmente porque neste grupo que os lucros e prejuzos
da empresa so lanados, ocasionando o aumento ou diminuio do patrimnio.
2.3.3.4 Demonstrao do Valor Adicionado (DVA):
O valor adicionado representa a riqueza criada por uma entidade num
determinado perodo de tempo, bem como sua efetiva distribuio. (NEVES, 2007)
Segundo Marion (2003), a demonstrao do valor adicionado mostra o quanto
de valor a empresa adiciona aos insumos adquiridos por ela e sua distribuio aos
elementos que contriburam para esta adio.
Para Neves (2007) a necessidade de elaborao da DVA surgiu tendo em
vista que:
a) a Demonstrao do Resultado do Exerccio identifica apenas aparcela da riqueza criada que efetivamente permanece na empresa na formade lucro, no 9identifica, portanto, as demais geraes de riquezas;b) as demais demonstraes financeiras tambm no so capazes deindicar quanto de valor a entidade est adicionando ou agregando smercadorias ou insumos que adquire; ec) as demonstraes mencionadas no identificam, ainda, quanto e deque forma foram distribudos os valores adicionados ou agregados.
Quadro 9: Representao grfica da Demonstrao do Valor Adicionado
DEMONSTRAO DO VALOR ADICIONADO (DVA)
I - Gerao do Valor Adicionado - Elementos:Receitas Operacionais e no-operacionais(-) Custo das mercadorias, produtos e servios vendidos.(-) Servios adquiridos de terceiros.(-) Materiais e insumos, energia, comunicao, propaganda, etc.(-) Outros Valores(=) Valor Bruto Adicionado(-) Despesas de depreciao, amortizao e exausto.(=) Valor Adicionado Lquido(+) Valores remunerados por terceiros (juros, aluguis e outros)(=) Valor Adicionado Disposio da Empresa
II - Distribuio do Valor AdicionadoRemunerao do trabalhoRemunerao do Governo (impostos e contribuies)Remunerao do Capital de Terceiros (juros, aluguis, etc)Remunerao do Capital Prprio (dividendos e lucros retidos)Outros(=) Total do Valor Distribudo (igual ao total gerado)
Fonte: Adaptado de NEVES (2007)
9Este item ser abordado apenas teoricamente, pois este trabalho voltado para anlise das Micro e Pequenas
Empresas, vide o item Metodologia.
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Portanto, a DVA indica a parte da riqueza que pertence aos scios ou
acionistas, a parte que pertence aos demais capitalistas que financiam a entidade
(capital de terceiros), a parte que pertence aos empregados e finalmente a parte que
fica com o governo.
2.3.3.5 Anlise de Indicadores
De acordo com Padoveze (2004) os indicadores econmico-financeiros so
os elementos que representam o conceito de anlise de balano, estes so obtidos
atravs do balano patrimonial e da demonstrao de resultado.
Tais indicadores tm por objetivo evidenciar a situao patrimonial, financeira
e de rentabilidade atual da empresa, podendo, ainda fazer projees futuras. Caso
estas projees apontarem para problemas que possam afetar a continuidade daempresa, a administrao poder tomar medidas preventivas.
2.3.3.5.1 Capital de Giro
O termo capital de giro pode ser entendido como os recursos que as
empresas mantm em caixa para atender suas necessidades operacionais
imediatas, como por exemplo, negociar preos melhores com os fornecedores,
pagar salrios e outros. Fazem parte do capital de giro os recursos em caixa,
aplicaes financeiras, duplicatas a receber e estoques, ou seja, os recursos quepodem ser convertidos em dinheiro mais rapidamente.
De acordo com Assaf (2002) os elementos de giroesto identificados no ativo
circulante e passivo circulante, ou seja, no curto prazo. Por isso, para se determinar
o montante que representa o capital de giro necessrio conhecer, tambm, as
dvidas de curto prazo da empresa.
Outros indicadores que podemos obter da anlise do capital de giro so o
capital de giro lquido (CCL) e o capital de giro prprio. (Assaf, 2002. P.16-18). O
CCL pode ser obtido da diferena entre ativo circulante e passivo circulante,segundo Assaf o montante obtido representa a folga financeira da empresa. Se for
positivo, ativo maior que passivo, significa que a empresa possui recursos
suficientes para financiar a atividade, quando for negativo, aponta a ineficincia dos
recursos obtidos, ou seja, no so suficientes ou podem estar aplicados de forma
incorreta.
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J para obter o capital de giro prprio o patrimnio lquido deve ser diminudo
do ativo permanente e somado ao realizvel a longo prazo (Assaf, 2002. P. 18),
desta forma possvel identificar os recursos prprios que esto financiando a
atividade da empresa.
A gesto do capital de giro deve ser uma das preocupaes mais importantes
das empresas, pois, caso a empresa no administre corretamente os itens que
fazem parte do capital de giro, poder lev-la a uma situao de insolvncia, ou
seja, incapaz de cumprir com seus compromissos financeiros.
2.3.3.5.2 Anlise da Liquidez
Os indicadores mais usados dividem-se, segundo Padoveze e Benedicto
(2007), em cinco categorias, a saber:
Liquidez
Estrutura e Endividamento
Atividades
Margem e Rentabilidade
Preo e Retorno da Ao
Os indicadores de liquidez para Marion (2005)
so utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto ,constituem uma apreciao sobre se a empresa tem capacidade para saldarseus compromissos. Essa capacidade de pagamento pode ser avaliada,considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo imediato. (MARION, 2005.pg. 83).
Tais indicadores podem ser importantes para ajudar a administrao no
processo decisrio, pois apontam a situao financeira da empresa em determinado
momento, porm no devem ser analisados individualmente e, to pouco,
considerados definitivos, j que a fonte para o clculo destes ndices o balano
patrimonial, o qual poder ser alterado por qualquer evento que modifique oselementos patrimoniais.
Os analistas financeiros trabalham com quatro indicadores de liquidez, sendo
eles: liquidez corrente, liquidez seca, liquidez imediata e liquidez geral.
A Liquidez Corrente, para Padoveze (2004), identifica a capacidade de
pagamento da empresa dos valores de curto prazo. obtida pela frmula:
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Geralmente consideram-se como bons ndices aqueles acima de 1,00, pois
abaixo deste valor pode-se dizer que a empresa no tem capacidade de saldar seuscompromissos de curto prazo.
A Liquidez Seca representa a capacidade de pagamento de curto prazo
excluindo-se os estoques. A excluso dos estoques do ativo circulante transforma
esta parcela do ativo apenas em valores recebveis (Padoveze, 2004. P.211), pois
para o estoque tornar-se recebvel deve, primeiramente, ser vendido.
obtida pela frmula:
Segundo Padoveze e Benedicto (2007) importante ressaltar que na anlise
deste ndice deve ser levado em conta o tipo da empresa. Em empresas comerciais
os estoques realizam-se mais facilmente do que nas empresas industriais, pelo fato
de que nas indstrias existem trs tipos de estoque: estoques de matria-prima,
estoques de produtos em elaborao e estoques de produtos acabados.
Geralmente para as empresas industriais considerado bom indicador acima
de 0,70 e para o comrcio 0,50 desde que o ndice de liquidez corrente seja acima
de 1,00. (PADOVEZE E BENEDICTO, 2007. P. 140).A Liquidez Imediata o indicador mais claro de liquidez, j que considera
apenas os ativos financeiros efetivamente disponveis, tais como saldos bancrios e
aplicaes financeiras de curto prazo, para saldar as dvidas de curto prazo. obtido
pela frmula:
De acordo com Padoveze (2004) no h um nmero base, pode-se dizer que
quanto maior, melhor. Entretanto, o excesso de liquidez imediata pode prejudicar a
rentabilidade, ou seja, investindo muito em aplicaes financeiras pode faltar
recursos para investir na prpria atividade.
A Liquidez Geral considera todos os valores recebveis, tanto de curto prazo
quanto de longo prazo. obtido pela frmula:
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Para Padoveze e Benedicto (2007) no existe nenhum referencial para este
indicador, pelo fato de considerar itens de mesma natureza, porm com diferentesperodos de realizao. Para este autor no deve se considerar este ndice no
processo de anlise.
2.3.3.5.3 Anlise de Estrutura e Endividamento
A Situao Patrimonial pode ser conhecida atravs da aplicao da anlise
vertical ou de estrutura e horizontal. De acordo com Neves (2007) a anlise vertical
tem por objetivo medir percentualmente cada componente em relao ao todo do
qual faz parte, ou seja, medir quanto por cento que cada conta representa emrelao ao BL ou a DRE e, ainda, se existir dois ou mais perodos, fazer as
comparaes necessrias pra a interpretao desta informao.
J a anlise horizontal, para Neves (2007)
avalia o aumento ou a diminuio dos valores que expressam os elementospatrimoniais ou do resultado numa determinada srie histrica de exerccios(NEVES, 2007. pg. 430)
ou seja, compara entre dois ou mais perodos a evoluo das contas, tanto do BL
quanto da DRE.
Atravs da anlise vertical e horizontal possvel saber, por exemplo, onde a
empresa investe mais e por quanto tempo, isto , uma complementa a outra, desta
forma permite tirar concluses sobre alguns fatos que ocorrem dentro da srie de
perodos analisados.
Segundo Neves (2007) o endividamento indica o montante dos recursos de
terceiros que est sendo usado, na tentativa de gerar lucros. Ainda para ele
(...) existe grande preocupao com o grau de endividamento e com acapacidade de pagamento da empresa, pois, quanto mais endividada elaestiver maior ser a possibilidade de que no consiga satisfazer as
obrigaes com terceiros. (NEVES, 2007. pg. 436).
Portanto, este ndice mede a proporo das dvidas da empresa em relao
ao capital prprio. Para analisar este indicador so aplicadas, segundo Neves
(2007), as seguintes frmulas:
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O ndice acima indica a proporo do ativo total financiada por recursos de
terceiros. Segundo Neves (2007) quanto menor este ndice, melhor ser a situao
da empresa, pois, significa que est usando do seu capital para financiar sua
atividade, deixando de pagar encargos a terceiros.
O ndice acima mede a proporo das dividas em relao ao patrimnio
liquido. Para Neves (2007) quanto maior for o capital prprio, maior ser a
segurana dos credores.
Com o ndice acima possvel identificar a proporo das dividas de curto e
longo prazo em relao s dividas totais. Neste ndice no se pode definir um
padro, pois, para saber se melhor para a empresa ter mais ou menos dvidas de
curto e longo prazo, necessrio conhecer a atividade e poltica da empresa e seu
ciclo operacional.
O ndice acima demonstra a parcela do patrimnio liquido aplicado do ativopermanente. Estudiosos da rea entendem que nem sempre bom para as
empresas imobilizarem seu patrimnio, pois, a parcela imobilizada pode diminuir o
capital de giro da empresa, forando-a a buscar recursos de terceiros para financiar
sua atividade, arriscando-se a pagar juros altos.
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2.3.3.5.4 Anlise dos Indicadores da Atividade
Esses indicadores buscam evidenciar atividade operacional da empresa e
(...) so calculados inter-relacionando o produto das transaes dacompanhia e o saldo constante ainda no balano patrimonial, e envolvem os
principais elementos formadores do capital de giro prprio da empresa.(PADOVEZE, 2004. pg. 215).
Indicam, portanto, as rotaes sofridas pelo capital e por valores empregados
na produo mostrando quantas vezes foram empregados e recuperados.
Os principais indicadores que possibilitam analisar a atividade operacional da
empresa so os prazos de giro dos estoques, prazo mdio de recebimento das
vendas, prazo mdio de pagamentos das compras, ciclo operacional, ciclo financeiro
e giro do ativo (Padoveze. 2004. P. 215). Esses indicadores demonstram quantos
dias em mdia empresa leva para pagar suas compras, receber suas vendas,renovar seus estoques e recuperar seu ativo. Tais resultados so obtidos atravs da
aplicao das frmulas abaixo:
Este ndice demonstra quantas vezes o estoque foi renovado durante um
perodo. Segundo Padoveze (2004) ele um dos indicadores da produtividade
operacional e ainda possvel identificar a quantidade de dias em que os valores de
estoque so suficientes para a produo, para isto necessrio dividir a quantidade
de dias pelo ndice obtido pela frmula acima.
O ndice de prazo mdio de recebimento significa quanto tempo, em mdia, a
empresa leva para receber suas vendas, ou seja, para que suas vendas sejamtransformadas em dinheiro. necessrio ter cuidado ao definir as polticas de
vendas a prazo, ou seja, fornecendo prazos de recebimento de vendas maiores que
os prazos de pagamentos a fornecedores, a empresa poder ter dificuldades em
administrar seu capital de giro, se no possuir capital prprio suficiente para
sustentar a atividade da empresa. Segundo Padoveze (2004) para que este ndice
possa cumprir com seu objetivo necessrio fazer o clculo mensalmente.
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Este indicador acima para Padoveze (2004) demonstra o prazo mdio que aempresa consegue para pagar seus fornecedores. interessante que o pra