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7114 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N. o 259 — 8 de Novembro de 2001 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Portaria n. o 1270/2001 de 8 de Novembro O Decreto-Lei n. o 232/90, de 16 de Julho, que esta- belece os princípios a que deve obedecer o projecto, a construção, a exploração e a manutenção do sistema de abastecimento dos gases combustíveis canalizados, veio definir a composição do sistema que integra as infra-estruturas de gás natural, adoptando um processo especial de aprovação administrativa, bem como uma regulamentação específica a estabelecer por portarias. Por outro lado, o Decreto-Lei n. o 7/2000, de 3 de Fevereiro, veio introduzir alterações a esse diploma, uma vez que houve necessidade de introdução de novos elementos infra-estruturais no sistema do gás natural, e proceder a alguns ajustamentos no procedimento administrativo aplicável ao licenciamento dos projectos, sendo estas alterações provenientes da revisão do Decre- to-Lei n. o 374/89, de 25 de Outubro, que veio consignar novas formas de exercício de actividade do gás natural, operada pelo Decreto-Lei n. o 8/2000, de 8 de Fevereiro. Em consequência da alteração ao artigo 1. o do Decre- to-Lei n. o 232/90, de 16 de Julho, introduzida pelo Decreto-Lei n. o 7/2000, de 3 de Fevereiro, os postos de enchimento de gás natural veicular ficaram a fazer parte integrante do sistema de gás natural definido no citado preceito. Nos termos previstos no artigo 13. o do Decreto-Lei n. o 232/90, de 16 de Julho, a regulamentação do projecto, construção, exploração e manutenção dos componentes do sistema de gás natural é estabelecido por portaria do Ministro da Economia. A presente portaria tem por finalidade proceder à aprovação do Regulamento de Segurança Relativo ao Projecto, Construção, Exploração e Manutenção de Pos- tos de Enchimento de Gás Natural, regulamentando, assim, esta matéria. Assim: Ao abrigo do artigo 13. o do Decreto-Lei n. o 232/90, de 16 de Julho, na redacção que lhe foi dada pelo Decre- to-Lei n. o 7/2000, de 3 de Fevereiro: Manda o Governo, pelo Ministro da Economia, que seja aprovado o Regulamento de Segurança Relativo ao Projecto, Construção, Exploração e Manutenção de Postos de Enchimento de Gás Natural, que constitui o anexo da presente portaria e dela faz parte integrante. O Ministro da Economia, Luís Garcia Braga da Cruz, em 12 de Outubro de 2001. ANEXO REGULAMENTO DE SEGURANÇA RELATIVO AO PROJECTO, CONS- TRUÇÃO, EXPLORAÇÃO E MANUTENÇÃO DE POSTOS DE ENCHI- MENTO DE GÁS NATURAL. CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1. o Objecto e âmbito 1 — O presente Regulamento estabelece as condições a que deve obedecer o projecto, a construção, a explo- ração e a manutenção de postos de enchimento de gás natural, destinados ao abastecimento de veículos rodo- viários que utilizem gás natural como combustível. 2 — O presente Regulamento aplica-se, igualmente, a postos de enchimento multicombustíveis. Artigo 2. o Definições Para os efeitos do presente Regulamento, entende-se por: a) Armazenagem — recipientes sob pressão desti- nados a conter gás natural comprimido para pos- terior fornecimento; b) Atmosfera explosiva — mistura de ar com um gás ou vapor inflamável, cuja concentração se encontra dentro dos limites de inflamabilidade; c) Bateria de cilindros de gás — conjunto de cilin- dros destinados à armazenagem de gás natural comprimido, solidamente ancorados a um suporte; d) Cilindro — recipiente sob pressão, utilizado para conter o gás natural comprimido, com capacidade inferior a 150 dm 3 ; e) Contentor — estrutura que, não sendo um edi- fício, se destina a conter um ou mais compo- nentes do posto de enchimento; f) Dispositivo de rotura ou breakaway — também designado por sistema de rompimento da man- gueira, dispositivo que, quando accionado, corta instantaneamente a admissão do gás à unidade de enchimento; g) Distância de segurança — distância, medida em projecção horizontal, entre o posto de enchi- mento, seus componentes e estruturas, e outras instalações e estruturas da vizinhança; h) Equipamentos auxiliares — equipamentos com- plementares do posto de enchimento que visam permitir a exploração do mesmo, em segurança; i) Fogo nu — objecto ou aparelho que possa ser sede de chamas, faíscas ou fagulhas, pontos quentes ou fontes susceptíveis de provocar a inflamação de misturas de vapores ou de gás com o ar; j) Ilha — plataforma com a altura mínima de 0,15 m ou delimitada por guardas metálicas ou marcos protectores, dispostos de modo a garantir uma distância mínima de 0,5 m entre as unidades de enchimento e o veículo a abastecer; k) Instalação de armazenagem — componente do posto de enchimento principalmente constituída por bateria de cilindros ou reservatórios de gás natural comprimido situados a jusante da ins- talação de compressão; l) Instalação de compressão — componente do posto de enchimento cuja função é aumentar a pressão do gás natural para valores adequados aos veículos que vão abastecer; m) Instalação de enchimento — componente do posto de enchimento constituída por uma ou mais unidades de enchimento localizadas numa ilha; n) Pistola de enchimento — dispositivo situado no extremo da unidade de enchimento destinado a ser acoplado ao reservatório de gás natural comprimido; o) Posto de enchimento de gás natural — instala- ções destinadas a comprimir, armazenar e for-

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7114 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 259 — 8 de Novembro de 2001

MINISTÉRIO DA ECONOMIA

Portaria n.o 1270/2001de 8 de Novembro

O Decreto-Lei n.o 232/90, de 16 de Julho, que esta-belece os princípios a que deve obedecer o projecto,a construção, a exploração e a manutenção do sistemade abastecimento dos gases combustíveis canalizados,veio definir a composição do sistema que integra asinfra-estruturas de gás natural, adoptando um processoespecial de aprovação administrativa, bem como umaregulamentação específica a estabelecer por portarias.

Por outro lado, o Decreto-Lei n.o 7/2000, de 3 deFevereiro, veio introduzir alterações a esse diploma,uma vez que houve necessidade de introdução de novoselementos infra-estruturais no sistema do gás natural,e proceder a alguns ajustamentos no procedimentoadministrativo aplicável ao licenciamento dos projectos,sendo estas alterações provenientes da revisão do Decre-to-Lei n.o 374/89, de 25 de Outubro, que veio consignarnovas formas de exercício de actividade do gás natural,operada pelo Decreto-Lei n.o 8/2000, de 8 de Fevereiro.

Em consequência da alteração ao artigo 1.o do Decre-to-Lei n.o 232/90, de 16 de Julho, introduzida peloDecreto-Lei n.o 7/2000, de 3 de Fevereiro, os postosde enchimento de gás natural veicular ficaram a fazerparte integrante do sistema de gás natural definido nocitado preceito.

Nos termos previstos no artigo 13.o do Decreto-Lein.o 232/90, de 16 de Julho, a regulamentação do projecto,construção, exploração e manutenção dos componentesdo sistema de gás natural é estabelecido por portariado Ministro da Economia.

A presente portaria tem por finalidade proceder àaprovação do Regulamento de Segurança Relativo aoProjecto, Construção, Exploração e Manutenção de Pos-tos de Enchimento de Gás Natural, regulamentando,assim, esta matéria.

Assim:Ao abrigo do artigo 13.o do Decreto-Lei n.o 232/90,

de 16 de Julho, na redacção que lhe foi dada pelo Decre-to-Lei n.o 7/2000, de 3 de Fevereiro:

Manda o Governo, pelo Ministro da Economia, queseja aprovado o Regulamento de Segurança Relativoao Projecto, Construção, Exploração e Manutenção dePostos de Enchimento de Gás Natural, que constituio anexo da presente portaria e dela faz parte integrante.

O Ministro da Economia, Luís Garcia Braga da Cruz,em 12 de Outubro de 2001.

ANEXO

REGULAMENTO DE SEGURANÇA RELATIVO AO PROJECTO, CONS-TRUÇÃO, EXPLORAÇÃO E MANUTENÇÃO DE POSTOS DE ENCHI-MENTO DE GÁS NATURAL.

CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 1.o

Objecto e âmbito

1 — O presente Regulamento estabelece as condiçõesa que deve obedecer o projecto, a construção, a explo-ração e a manutenção de postos de enchimento de gás

natural, destinados ao abastecimento de veículos rodo-viários que utilizem gás natural como combustível.

2 — O presente Regulamento aplica-se, igualmente,a postos de enchimento multicombustíveis.

Artigo 2.o

Definições

Para os efeitos do presente Regulamento, entende-sepor:

a) Armazenagem — recipientes sob pressão desti-nados a conter gás natural comprimido para pos-terior fornecimento;

b) Atmosfera explosiva — mistura de ar com umgás ou vapor inflamável, cuja concentração seencontra dentro dos limites de inflamabilidade;

c) Bateria de cilindros de gás — conjunto de cilin-dros destinados à armazenagem de gás naturalcomprimido, solidamente ancorados a umsuporte;

d) Cilindro — recipiente sob pressão, utilizado paraconter o gás natural comprimido, com capacidadeinferior a 150 dm3;

e) Contentor — estrutura que, não sendo um edi-fício, se destina a conter um ou mais compo-nentes do posto de enchimento;

f) Dispositivo de rotura ou breakaway — tambémdesignado por sistema de rompimento da man-gueira, dispositivo que, quando accionado, cortainstantaneamente a admissão do gás à unidadede enchimento;

g) Distância de segurança — distância, medida emprojecção horizontal, entre o posto de enchi-mento, seus componentes e estruturas, e outrasinstalações e estruturas da vizinhança;

h) Equipamentos auxiliares — equipamentos com-plementares do posto de enchimento que visampermitir a exploração do mesmo, em segurança;

i) Fogo nu — objecto ou aparelho que possa sersede de chamas, faíscas ou fagulhas, pontosquentes ou fontes susceptíveis de provocar ainflamação de misturas de vapores ou de gáscom o ar;

j) Ilha — plataforma com a altura mínima de 0,15 mou delimitada por guardas metálicas ou marcosprotectores, dispostos de modo a garantir umadistância mínima de 0,5 m entre as unidades deenchimento e o veículo a abastecer;

k) Instalação de armazenagem — componente doposto de enchimento principalmente constituídapor bateria de cilindros ou reservatórios de gásnatural comprimido situados a jusante da ins-talação de compressão;

l) Instalação de compressão — componente doposto de enchimento cuja função é aumentara pressão do gás natural para valores adequadosaos veículos que vão abastecer;

m) Instalação de enchimento — componente doposto de enchimento constituída por uma oumais unidades de enchimento localizadas numailha;

n) Pistola de enchimento — dispositivo situado noextremo da unidade de enchimento destinadoa ser acoplado ao reservatório de gás naturalcomprimido;

o) Posto de enchimento de gás natural — instala-ções destinadas a comprimir, armazenar e for-

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necer gás natural comprimido aos veículos a gásnatural, cujo enchimento pode ser de carga lentaou rápida, compostas, nomeadamente, pela ins-talação de compressão, instalação de armaze-nagem, unidades de enchimento e equipamen-tos auxiliares;

p) Posto de enchimento de carga lenta — instala-ção que aproveita os períodos de estaciona-mento dos veículos a gás natural para procederao seu enchimento, operação que por si sópoderá demorar várias horas;

q) Posto de enchimento de carga rápida — insta-lação que permite abastecer veículos a gás natu-ral com rapidez semelhante, em duração, à dospostos de abastecimento de combustíveis líqui-dos;

r) Pressão de ensaio — valor da pressão, sempresuperior à pressão de serviço máxima admissível,à qual se efectua o ensaio de resistência mecâ-nica de um componente, recipiente, tubagemou da instalação;

s) Pressão de projecto — pressão máxima relativa,a que tecnicamente é possível operar cada umadas partes que constituem as instalações;

t) Pressão de rebentamento — pressão máxima aque um componente pode resistir;

u) Pressão de serviço máxima admissível — valormáximo da pressão do sistema, em condiçõesnormais de funcionamento, mas sempre inferiorà pressão de projecto;

v) Recipiente de recuperação — recipiente querecupera gás dos compressores e dispositivosauxiliares e que também pode servir para amor-tecer as pulsações da entrada do compressor;

w) Reservatório de gás natural comprimido — reci-piente sob pressão destinado a armazenar GNCnum veículo a gás natural;

x) Reservatório sob pressão — recipiente sob pres-são com capacidade superior a 150 dm3, adianteabreviadamente designado por reservatório;

y) Separador — dispositivo, situado após cada andarde compressão, destinado a condensar e recolheros líquidos em suspensão;

z) Técnico competente — indivíduo dotado com aformação, conhecimento técnico e a experiênciaadequada para supervisionar ou executar o tra-balho em causa, de um modo seguro e apro-priado;

aa) Unidade de enchimento — componente do postode enchimento, situado no fim da tubagem docompressor e ou da armazenagem, que inclui omedidor volumétrico, o totalizador de preço, ovolume de venda e o indicador de preço unitário,através do qual o gás natural comprimido é for-necido aos veículos a gás natural;

bb) Válvula de corte geral — válvula de comandoremoto, situada à entrada da instalação de com-pressão, a qual permite interromper o fluxo degás;

cc) Válvula de enchimento — válvula do reservató-rio do veículo a gás natural através da qual seprocede ao seu abastecimento;

dd) Válvula de seccionamento da instalação — vál-vula de comando manual, situada no posto deenchimento a menos de 15 m da válvula de cortegeral, que corta o abastecimento de gás naturalà instalação de compressão;

ee) Zona classificada — zona com risco de incêndioou explosão, definida com base na frequênciada ocorrência e duração desses incidentes e queexige precauções de segurança especiais paraa construção, instalação e uso de aparelhagem;

ff) Zona 0 — área na qual está presente, de modopermanente ou por longos períodos, uma atmos-fera explosiva;

gg) Zona 1 — área na qual é possível a ocorrênciade misturas de gás com o ar, dentro dos limitesde inflamabilidade, nas condições de funciona-mento corrente;

hh) Zona 2 — área na qual é possível a ocorrênciaacidental de misturas de gás com o ar, dentrodos limites de inflamabilidade, mas nunca emcondições de funcionamento corrente;

ii) Zona não perigosa — zona exterior a uma zonaclassificada e que dispensa precauções de segu-rança especiais para a construção, instalação eutilização de aparelhagem.

Artigo 3.o

Normalização e certificação

Sem prejuízo do disposto no presente Regulamento,não é impedida a comercialização dos produtos, mate-riais, componentes e equipamentos por ele abrangidos,desde que acompanhados de certificados emitidos, combase em especificações e procedimentos que asseguremuma qualidade equivalente à visada por este diploma,por organismos reconhecidos segundo critérios equiva-lentes aos previstos na norma da série NP EN 45 000,aplicáveis no âmbito do Sistema Português da Quali-dade, a que se refere o Decreto-Lei n.o 234/93, de 2 deJulho.

CAPÍTULO II

Localização e disposição dos equipamentos

SECÇÃO I

Implantação dos equipamentos

Artigo 4.o

Localização

1 — A localização e a disposição dos componentesque constituem o posto de enchimento deve ser cui-dadosamente planeada, tendo em atenção as restriçõesespecíficas de cada um deles, as distâncias de segurançae os requisitos das zonas classificadas, de forma a per-mitir o fácil acesso aos bombeiros e aos seus equi-pamentos.

2 — Os componentes do posto de enchimento devemser implantados ao ar livre, podendo, no entanto, serimplantados em locais fechados, desde que se cumpramos requisitos de segurança e ventilação desses locais.

Artigo 5.o

Implantação ao ar livre

Os compressores, a armazenagem, as unidades deenchimento e os equipamentos auxiliares implantadosao ar livre devem estar, total ou parcialmente, protegidospor uma estrutura aligeirada de protecção contra asintempéries e cumprir os requisitos aplicáveis em maté-ria ambiental.

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Artigo 6.o

Implantação em local fechado

1 — Os compressores, a armazenagem e os equipa-mentos auxiliares podem ser implantados em locaisfechados, nomeadamente em contentores, quando, porrazões de segurança ou ambiental, não for aconselhávela sua implantação ao ar livre.

2 — Os contentores devem ser projectados de formaque, em caso de explosão no interior, não ocorra a suadesintegração, podendo, para o efeito, ser usados tectosexpelíveis.

3 — Os compressores, a armazenagem e os equipa-mentos auxiliares podem ficar no mesmo contentordesde que o volume da armazenagem seja igual ou infe-rior a 1000 m3(n) de gás natural.

4 — Os contentores usados para abrigar os compres-sores, a armazenagem e os equipamentos auxiliares nãodevem ser utilizados para qualquer outro fim.

5 — Os contentores devem cumprir, nomeadamente,os seguintes requisitos:

a) Ser construídos com materiais não combustíveisde classe M.0;

b) Dispor de insonorização em relação ao exterior;c) Ter iluminação interior;d) Ter portas que abram para o exterior.

Artigo 7.o

Unidades de enchimento

1 — As unidades de enchimento são implantadas aoar livre ou num contentor, desde que seja feita umaanálise de riscos.

2 — Os postos de enchimento de carga lenta devemser dotados de uma protecção contra interferências nãoautorizadas, em especial durante os períodos de enchi-mento sem presença humana.

3 — As unidades de enchimento devem ser adequadasà zona de segurança em que são implantadas e disporde um espaço envolvente suficiente para a entrada esaída de veículos.

Artigo 8.o

Instalações eléctricas e de transformadores

1 — As linhas eléctricas de alta tensão e as unidadesde transformação para alimentação eléctrica do postode enchimento devem ficar instaladas no exterior dezonas classificadas e em conformidade com a legislaçãoaplicável.

2 — As instalações eléctricas de baixa tensão devemcumprir a legislação aplicável, tendo em especial atençãoos requisitos relativos aos locais com risco de incêndioou explosão.

Artigo 9.o

Respiradouros

1 — Os topos dos respiradores devem:

a) Estar situados em locais visíveis e abertos paraa atmosfera;

b) Estar munidos de tapa-chamas em rede dearame e estar protegidos contra os agentesexternos, não sendo permitido o uso de pro-tecções na saída do tipo «chapéu» ou similar;

c) Estar a uma altura do solo igual ou superiora 4 m;

d) Estar a uma distância mínima, na horizontal,de 5 m de qualquer chaminé, fogo nu ou edifício.

2 — As tubagens dos respiradouros devem:

a) Ser de material adequado a suportar as soli-citações a que estão expostas;

b) Ter uniões soldadas, flangeadas, roscadas ou dotipo de junta mecânica;

c) Estar isentas de qualquer tipo de dispositivo quepossa interceptar a passagem do gás.

3 — As secções das tubagens dos respiradourosdevem ser dimensionadas para descarregar o caudalmáximo, nas condições mais desfavoráveis previsíveis,e ter em conta o nível sonoro admissível.

4 — Sempre que os respiradouros das válvulas desegurança ou de outros elementos conduzam a um colec-tor, este não deve impedir o correcto funcionamentodos mesmos.

SECÇÃO II

Zonas classificadas

Artigo 10.o

Generalidades

1 — A definição das zonas classificadas do posto deenchimento de gás natural deve estar em conformidadecom a norma EN 60 079-10 ou outra tecnicamenteequivalente.

2 — Nos estudos preliminares, as zonas classificadaspodem ser delimitadas por aproximação, face à loca-lização dos equipamentos eléctricos e outras potenciaisfontes de ignição, e devem ser claramente definidas nastelas finais, antes da entrada em serviço do posto deenchimento.

3 — A classificação das zonas deve ser feita para con-dições normais de funcionamento, desprezando fugasmenores de material inflamável, mas tendo em contaas falhas que envolvam reparações urgentes ou paragensde emergência.

Artigo 11.o

Zonas classificadas

1 — As instalações eléctricas existentes no interior daszonas classificadas devem obedecer à legislação espe-cífica.

2 — Não devem existir aberturas ou janelas que dêempara o interior de zonas classificadas.

3 — As zonas classificadas devem ficar inseridas nointerior do limite de propriedade do posto de enchi-mento, conforme ilustra a figura n.o 1 anexa ao presenteRegulamento e que dele faz parte integrante.

Artigo 12.o

Instalações de compressão

1 — As instalações de compressão instaladas ao arlivre originam uma zona 1, de 0,5 m à sua volta, e umazona 2, de 1,5 m, envolvente da zona 1, conforme ilustra

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N.o 259 — 8 de Novembro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 7117

a figura n.o 2 anexa ao presente Regulamento e quedele faz parte integrante.

2 — As instalações de compressão instaladas em con-tentores originam uma zona 1, de 3 m à sua volta, euma zona 2, de 3 m, envolvente da zona 1.

3 — Qualquer abertura para o exterior afectada poruma zona 1 origina uma zona 2, com 2 m, conformeilustram as figuras n.os 3 e 4 anexas ao presente Regu-lamento e que dele fazem parte integrante.

Artigo 13.o

Instalações de armazenagem

1 — As instalações de armazenagem situadas ao arlivre originam uma zona 2, de 3 m à sua volta, conformeilustra a figura n.o 5 anexa ao presente Regulamentoe que dele faz parte integrante.

2 — As instalações de armazenagem instaladas emcontentores originam as zonas e distâncias de protecçãoiguais às mencionadas nos n.os 2 e 3 do artigo 12.o

Artigo 14.o

Unidades de enchimento

1 — O interior do corpo da unidade de enchimentoé considerada uma zona 2.

2 — Em volta da pistola de enchimento, na área ondeestá previsto o enchimento do veículo e se situe o res-piradouro para a atmosfera da válvula de enchimento,deve considerar-se uma zona 2, com 1 m de raio, con-forme ilustra a figura n.o 6 anexa ao presente Regu-lamento e que dele faz parte integrante.

3 — Se não existir o respiradouro mencionado nonúmero anterior, a pistola de enchimento não originaqualquer zona classificada.

Artigo 15.o

Colector dos respiradouros

1 — Os colectores dos respiradouros onde seja pre-visível a efectivação de descargas intermitentes que for-mem parte do processo originam as seguintes zonasclassificadas:

a) Zona 1, um cilindro com 1 m de raio e 2 mde altura;

b) Zona 2, um cilindro exterior, concêntrico, com3,5 m de raio e 7 m de altura, sendo a basedo cilindro situada 1 m abaixo do topo do res-piradouro, conforme ilustra a figura n.o 7 anexaao presente Regulamento e que dele faz parteintegrante.

2 — Os colectores dos respiradouros cujo funciona-mento seja condicionado ao accionamento de um dis-positivo de alívio ocasional que não forma parte do pro-cesso normal originam uma zona 2, um cilindro com1 m de raio e 2 m de altura, conforme ilustra a figuran.o 8 anexa ao presente Regulamento e que dele fazparte integrante.

Artigo 16.o

Distâncias de segurança

1 — A distância mínima entre a instalação de arma-zenagem, a instalação dos compressores e as unidades

de enchimento e os reservatórios e as unidades de abas-tecimento de combustíveis líquidos devem ser de 5 m.

2 — A distância mínima entre a instalação de arma-zenagem, a instalação dos compressores, as unidadesde enchimento e os equipamentos auxiliares e a viapública deve ser de 3 m.

3 — A distância mínima entre a instalação de arma-zenagem, a instalação dos compressores, as unidadesde enchimento e os equipamentos auxiliares e as viasférreas ou rodovias deve ser de 15 m.

4 — A distância mínima entre a instalação de arma-zenagem e quaisquer materiais combustíveis deve serde 3 m.

5 — Os equipamentos eléctricos devem distar pelomenos 3 m de qualquer edifício, linha divisória de pro-priedade, vias de circulação interiores e fogos nus.

6 — A distância mínima de segurança entre o postode enchimento, os seus componentes e estruturas eoutras instalações e estruturas de vizinhanças são asseguintes:

EquipamentosDistânciamínima(metros)

Unidades de enchimento/unidades de abastecimento deoutros combustíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*)

Instalação de armazenagem/armazenagem de outros com-bustíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Instalação de armazenagem/unidade de abastecimento deoutros combustíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Instalação de armazenagem/aberturas dos edifícios inte-grados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Instalação do compressor/unidades de enchimento . . . . . . 3

(*) Distância determinada em função dos requisitos das zonas classificadas.

Artigo 17.o

Linhas eléctricas

A distância mínima entre a zona classificada originadapor qualquer dos componentes dos postos de enchi-mento e a projecção horizontal das linhas eléctricas deveser de:

a) 3 m, para linhas de baixa tensão;b) 15 m, para linhas de alta tensão.

CAPÍTULO III

Regras de construção e exploração

SECÇÃO I

Princípios gerais de projecto e instalação

Artigo 18.o

Princípios gerais de projecto

1 — O posto de enchimento deve dispor de:

a) Uma área suficiente para a exploração, manu-tenção e inspecção;

b) Meios necessários para evitar que a segurançade exploração seja afectada pela entrada de pes-soas não autorizadas;

c) Sinalização de circulação de veículos no interiorda área do posto.

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2 — Qualquer que seja o tipo de local que contenhaos equipamentos, deve ter-se em conta o efeito das ondasde choque geradas por uma eventual deflagração inte-rior, adoptando paredes e tectos de construção aligei-rada, nomeadamente janelas, clarabóias e portas deabertura fácil.

3 — A construção dos locais fechados e dos tectosdeve cumprir, nomeadamente, os requisitos seguintes:

a) Não permitir a acumulação de gás;b) O número de renovações de ar seja de cinco

vezes por hora, através de entradas de ar pro-cedente de zonas não classificadas, situadas nasparedes exteriores, junto ao solo e aos tectos;

c) O sistema de ventilação assegure que a con-centração de gás no ar ambiente interior sejasempre inferior a 25% do limite inferior deinflamabilidade e que não haja espaços mortossem ventilação;

d) Cumpram as condições de refrigeração dosequipamentos impostas pelo fabricante dosmesmos.

4 — Os locais integrados em parte de um edifício,para além do disposto nos n.os 2 e 3 do presente artigo,devem:

a) Dispor de paredes interiores confinantes como resto do edifício que não apresentem soluçõesde continuidade, solidamente fixadas e de classede resistência ao fogo cento e vinte minutos;

b) Ter pelo menos uma parede exterior;c) Ser exclusivamente acessíveis pelo exterior;d) Ter ventilação independente da do edifício.

5 — Na construção e exploração do posto de enchi-mento devem estar previstos, entre outros, os efeitosinerentes à variação de temperatura e pressão, a tre-pidações causadas ou solicitações naturais ou artificiais.

6 — Todos os componentes devem ser fabricados commateriais que garantam condições de funcionamento esegurança adequadas à sua utilização e obedeçam aosrequisitos das normas técnicas aplicáveis, bem comoserem acompanhados pelos respectivos certificados,segundo a norma EN 10 204 ou outra tecnicamenteequivalente.

7 — Todos os elementos de construção devem serdotados por um sistema de protecção contra a corrosão,nomeadamente por pintura ou protecção catódica.

8 — As tubagens e as instalações de armazenagemdevem ser dotadas de pontos de purga e de esva-ziamento.

9 — Os equipamentos eléctricos implantados emzonas classificadas devem cumprir os requisitos das nor-mas EN 50 014 e EN 50 020, bem como dispor de pro-tecção adequada conforme especificado na normaEN 60 079.

10 — O nível do ruído desenvolvido, em especial nasunidades de compressão, deve respeitar a legislaçãovigente.

Artigo 19.o

Qualidade do gás natural

1 — A qualidade e características do gás natural afornecer são da inteira responsabilidade da respectiva

entidade licenciada, devendo os parâmetros caracteri-zadores do gás respeitar os valores estabelecidos porportaria do Ministro da Economia.

2 — Os equipamentos do posto de enchimento devemser adequados para a qualidade de gás que recebem.

3 — O gás fornecido às unidades de enchimento devecumprir os requisitos da norma ISO CD 15 403 ou outratecnicamente equivalente e não deve conter partículascujo diâmetro origine mau funcionamento da unidadede enchimento.

4 — As operações de manutenção e de inspecção, pre-vistas durante o funcionamento normal do posto deenchimento, não devem afectar a qualidade do gás natu-ral fornecido aos veículos.

5 — O posto de enchimento deve dispor de uma uni-dade de secagem destinada a evitar condensações, sem-pre que o teor de água no gás natural ultrapasse osvalores estabelecidos pelo fabricante do equipamentodo veículo movido a gás natural.

Artigo 20.o

Tubagens e acessórios

1 — Os materiais, o dimensionamento, a construção,a instalação e os ensaios das tubagens e dos seus aces-sórios da rede de gás do posto de enchimento devemcumprir o disposto no Regulamento Técnico Relativoao Projecto, Construção, Exploração e Manutenção deRedes de Gases Combustíveis.

2 — As uniões soldadas devem ser executadassegundo procedimentos aprovados e por soldadoresqualificados.

3 — As tubagens e os seus acessórios devem ser pro-jectados, fixados e mantidos firmemente, de modo aevitar rompimentos em funcionamento normal, causa-dos pela vibração, rotação e movimento.

4 — A dimensão do ramal de gás do posto de enchi-mento deve ser adequado às necessidades de alimen-tação do compressor e o funcionamento deste não deveoriginar problemas de redução do caudal, da pressãoou pulsação na tubagem do sistema de alimentação.

5 — As tubagens situadas a jusante do compressordevem:

a) Ter o menor número de juntas possível;b) Ficar posicionadas e protegidas contra os danos

que possam ser causados por veículos emmovimento.

Artigo 21.o

Tubagens à vista

1 — As tubagens à vista devem ser fixas, por meiode suportes, para evitar danos causados por vibraçõesou impactos e a flecha entre dois suportes não deveexceder 1/300 da distância entre eles, atendendo a umaeventual dilatação.

2 — As uniões não soldadas devem ficar situadas emlocais facilmente acessíveis para permitir uma inspecçãovisual.

3 — As tubagens sobrepostas a vias internas de pas-sagem de veículos devem ficar posicionadas e protegidascontra os danos que possam ser causados pelos veículosaltos.

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4 — As tubagens devem ser sujeitas, periodicamente,a uma inspecção visual.

Artigo 22.o

Tubagens enterradas

1 — As tubagens enterradas, quando necessário,devem ser protegidas contra a acção do meio envolvente,nomeadamente por meio de mangas protectoras ou pro-tecção catódica.

2 — Entre as tubagens enterradas, dotadas de pro-tecção catódica, e as unidades de enchimento devemser usadas juntas isolantes para obter uma descon-tinuidade.

3 — As juntas isolantes, implantadas à vista em áreasonde seja possível haver acumulação de gás no ar, devemser protegidas através do estabelecimento de distânciasde protecção adequadas, com o fim de evitar misturasexplosivas.

4 — As juntas isolantes acima referidas devem serposicionadas de modo a não ficarem sobrepostas.

5 — Os troços de tubagem emergentes do solo e seusacessórios, situados fora da cobertura do posto de enchi-mento, devem ser dotados de isolamento.

Artigo 23.o

Tubagens em galeria

1 — As tubagens podem ser instaladas em galeriassubterrâneas desde que estas sejam dotadas com ven-tilação e drenagem eficientes, de modo a impedir a exis-tência de misturas explosivas durante o funcionamentonormal.

2 — As galerias devem ser facilmente acessíveis paraa inspecção visual da tubagem.

3 — A qualidade e a construção das tubagens ins-taladas em galeria devem ser as mesmas das tubagensà vista.

Artigo 24.o

Ligações flexíveis entre tubagens

Todas as ligações flexíveis, excepto as mangueiras deenchimento, devem ser adequadas aos parâmetros doprojecto.

Artigo 25.o

Manómetros e termómetros

1 — Os manómetros e termómetros devem obedeceràs normas técnicas aplicáveis.

2 — O limite superior da escala dos manómetros nãodeve exceder o dobro da pressão de serviço máximaadmissível e não deve ser inferior a 1,2 vezes a pressãode timbre da válvula de abertura ou termóstato asso-ciado, quando for o caso.

3 — Os manómetros instalados no posto de enchi-mento devem ser graduados nas mesmas unidades.

4 — Os manómetros e termómetros devem ser ins-talados em locais que permitam uma fácil leitura e manu-tenção e que estejam protegidos contra impactos eacções externas.

5 — O valor máximo da escala dos termómetros deveser o dobro da temperatura de serviço, mas nunca infe-rior a 1,2 vezes o valor fixado no termóstato associado.

6 — Na ligação do manómetro deve ser interpostauma válvula de excesso de caudal ou, na sua falta, umaredução com um diâmetro máximo de saída de 1,4 mm.

7 — Os manómetros devem dispor de uma válvulade seccionamento e respiro, sempre que estas sejamnecessárias para permitir a manutenção e verificaçãodurante o funcionamento da instalação.

Artigo 26.o

Instalação de componentes adicionais

1 — O posto de enchimento deve, quando necessário,instalar um sistema de filtragem do gás e de regulaçãoda pressão, devendo o sistema permitir a substituiçãofácil e segura dos seus elementos constitutivos.

2 — A instalação de componentes adicionais, taiscomo unidades de secagem e sistemas de arrefecimentodo gás, deve ser projectada e executada de modo queo funcionamento do posto de enchimento não sejaprejudicado.

3 — O sistema de filtragem e o sistema de separaçãodevem ser dimensionados em função da pressão de ser-viço máxima admissível no ponto da instalação em quese inserem e obedecer aos requisitos das directivascomunitárias ou normas técnicas aplicáveis.

Artigo 27.o

Sistema de medição

1 — O sistema de medição deve garantir a continui-dade e fiabilidade das medições de gás natural nos limi-tes de incerteza corrente dos modelos comercializadose deve ser de modelo aprovado.

2 — O sistema de medição deve estar protegido porum dispositivo contra retornos de gás e sobrepressõesnão previstas.

Artigo 28.o

Dispositivos de segurança

1 — Os componentes do posto de enchimento quepossam ser submetidos a sobrepressões devem disporde dispositivos de segurança contra o excesso de pressãoque garantam um caudal de descarga adequado, istoé, que a pressão nunca exceda os limites estabelecidos.

2 — A montante do compressor deve ser instaladoum sensor que permita assinalar que a pressão se encon-tra abaixo do limite estabelecido, caso em que o com-pressor deve parar sem possibilidade de arranqueautomático.

Artigo 29.o

Válvulas de segurança

1 — As válvulas de segurança devem cumprir osrequisitos da legislação aplicável.

2 — A pressão de disparo das válvulas de segurançadeve estar compreendida entre 110% e 115% da pressãomáxima de serviço admissível do componente onde seencontra instalada, excepto no caso dos cilindros e reser-vatórios, que não deve exceder 120% da pressão máximade serviço admissível, mas nunca acima da pressão deensaio.

3 — No corpo da válvula de segurança devem estargravados os valores da pressão de disparo, em bars, o

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caudal de ar, em metros cúbicos (n) por minuto, e adata de calibração.

4 — Sempre que haja a necessidade de descargas,intermitentes ou em situações de emergência, o gás devedescarregar para a atmosfera em sentido ascendente.

5 — A tubagem de descarga deve:

a) Ser vertical e desimpedida;b) Terminar num local seguro, a uma altura igual

ou superior a 3 m acima do solo;c) Terminar num local situado a, pelo menos, 1 m

acima de qualquer edifício existente num raiode 5 m;

d) Ter em conta os efeitos adversos da chuva, con-densação, corpos estranhos e ferrugem.

6 — Sempre que os respiros das válvulas de segurançadescarreguem para um colector, tal não deve impediro funcionamento de qualquer válvula.

7 — Não é permitida a descarga dos respiros no inte-rior dos compartimentos em que se encontram osequipamentos.

Artigo 30.o

Regulação da pressão

1 — Sempre que seja necessário dispor de unidadesou postos de redução da pressão, a sua implantaçãodeve cumprir os requisitos do Regulamento aplicável.

2 — A pressão máxima de abastecimento não deveexceder 200 bar nos postos de enchimento desprovidosde compensação de temperatura ou 250 bar, indepen-dentemente da temperatura do fluido.

3 — Os postos de enchimento devem ser dotados comum dispositivo de segurança independente, destinadoa impedir que a pressão de abastecimento dos veículosexceda o valor máximo admitido.

Artigo 31.o

Dispositivos de corte

1 — No posto de enchimento devem existir, nomínimo, dispositivos de corte manual nos seguintespontos:

a) Na tubagem de admissão do compressor;b) A montante e a jusante de qualquer grupo de

reservatórios de armazenagem;c) Na entrada de gás de cada unidade de enchi-

mento.

2 — O posto de enchimento deve dispor, no mínimo,dos seguintes dispositivos de segurança:

a) Uma válvula de corte geral do gás;b) Um botão de paragem de emergência.

Artigo 32.o

Válvulas

1 — As válvulas devem cumprir os requisitos das nor-mas técnicas aplicáveis.

2 — A válvula de seccionamento da instalação deveser instalada a uma distância não superior a 15 m daválvula de corte geral, deve estar devidamente assina-

lada, facilmente acessível, à vista e manobrável em qual-quer circunstância.

3 — A jusante da válvula de seccionamento referidano número anterior e a montante da instalação de com-pressão deve existir outra válvula de seccionamento, quedeve remeter-se à posição de fechada sempre que hajaqualquer falha do sistema ou queda de pressão.

4 — À saída dos colectores da instalação de arma-zenagem deve existir, na sua proximidade, uma válvulade seccionamento, a montante das unidades de enchi-mento.

5 — Se não houver instalação de armazenagem, a vál-vula citada no número anterior deve ficar situada naproximidade da tubagem de saída do compressor.

6 — As válvulas de accionamento automático do tipofail-safe devem, em caso de falha de energia, remeter-seà posição de segurança, poder ser accionadas por botõesde emergência e rearmadas manualmente ou segundoas sequências estabelecidas para este caso.

Artigo 33.o

Recipientes sob pressão

Consideram-se recipientes sob pressão todos os com-ponentes da instalação abrangidos pelo Decreto-Lein.o 211/99, de 14 de Junho.

Artigo 34.o

Equipamentos auxiliares de emergência

1 — Quando se proceder à instalação de grupos gera-dores de emergência, previstos para actuarem em casode falha da rede eléctrica, aqueles devem respeitar osrequisitos relativos a distâncias de segurança e de zonasclassificadas.

2 — Sempre que a implantação dos equipamentosassim o aconselhe, o posto de enchimento deve disporde um sistema de iluminação de emergência e de umgrupo de emergência, para manter em funcionamentoo sistema de protecção contra incêndios.

Artigo 35.o

Uniões flexíveis, válvulas de acoplamento e de enchimento

1 — As mangueiras de enchimento e as uniões fle-xíveis devem ser fabricadas com materiais resistentesà corrosão, previstas para as condições de pressão etemperatura mais severas e adequadas para transportargás natural.

2 — As mangueiras e as uniões flexíveis devem, antesde entrarem em serviço, ser ensaiadas com uma pressãonão inferior a duas vezes o valor da pressão máximade serviço admissível e apresentar uma resistência àrotura não inferior a quatro vezes o valor da pressãomáxima de serviço admissível.

3 — As mangueiras e as uniões flexíveis devem estarmarcadas, de forma indelével, com o nome ou marcacomercial do fabricante, identificação do uso a que sedestinam, valor da pressão máxima de serviço admissívele a data de fabrico.

4 — As mangueiras e as uniões flexíveis devem sersujeitas periodicamente a uma inspecção visual, para

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garantir a manutenção das características necessárias àsua utilização.

5 — As mangueiras e as uniões flexíveis devem sersujeitas, anualmente, a um ensaio de estanquidade paraverificação da inexistência de fugas, utilizando comométodo uma solução espumífera ou outro procedimentosimilar, fazendo-se a sua substituição imediata no casode se verificar a existência de fugas.

6 — As válvulas de acoplamento e de enchimentodevem cumprir todos os requisitos das EspecificaçõesAGA/CGA NGV1 (Compressed Natural Gas Vehicle.Fuelling Connection Devices).

7 — A mangueira de enchimento deve dispor de con-tinuidade eléctrica entre a unidade de enchimento ea válvula de enchimento do reservatório do veículo, parapermitir a sua ligação à terra através do sistema doposto de enchimento.

Artigo 36.o

Indicador da direcção do vento

Para efeitos de segurança, deve ser instalado, numlocal visível e destacado, um indicador da direcção dovento, do tipo «manga».

SECÇÃO II

Instalações de compressão

Artigo 37.o

Requisitos técnicos

1 — Os compressores devem:

a) Obedecer aos requisitos das directivas comu-nitárias e às instruções de instalação definidaspelo fabricante, de modo a evitar a transmissãode vibrações às suas ligações;

b) Dispor de um sistema de descarga de cada umdos andares de compressão, quando param.

2 — A pressão de disparo da válvula de segurançacorrespondente ao último andar de compressão nãodeve exceder em mais de 10 % o valor da pressãomáxima de serviço admissível.

3 — Devem ser tomadas todas as medidas adequadasno sentido de evitar o retorno de gás à instalação decompressão.

4 — A instalação de compressão deve parar, auto-maticamente, em qualquer das seguintes condições:

a) Baixa pressão de gás à entrada;b) Elevada pressão de gás à entrada;c) Elevada pressão de gás à saída;d) Elevada temperatura do gás à saída;e) Baixa pressão do lubrificante.

5 — A instalação de compressão deve dispor, nomínimo, dos seguintes dispositivos:

a) Contador de horas de funcionamento;b) Manómetros em cada andar de compressão;c) Manómetro de aspiração;d) Manómetro da pressão do lubrificante;e) Termómetro da temperatura de saída do gás;f) Verificador do nível do lubrificante.

6 — O reajustamento do sistema de controlo deveser feito manualmente.

7 — Devem existir indicadores luminosos que mos-trem que a rede eléctrica está ligada e que o motorfunciona.

8 — O compressor deve parar de modo seguro,mesmo no caso de faltar a energia eléctrica.

9 — A instalação de compressão deve dispor da ins-trumentação necessária para evidenciar, de forma clarae permanente, o estado de funcionamento da instalação.

Artigo 38.o

Projecto

Na elaboração do projecto das instalações de com-pressão o projectista deve ter em conta que o equi-pamento de compressão deve:

a) Ser seleccionado para funcionar com segurançae a plena carga;

b) Ser dotado, nomeadamente na sua entrada esaída, com meios adequados para minimizar atransmissão de vibrações à estrutura e com umdispositivo adequado que proteja o sistema depulsação inaceitável devida à pressão;

c) Ser adequadamente protegido contra os agentesatmosféricos, a fim de garantir um funciona-mento seguro e fiável, quando destinados aserem montados a céu aberto;

d) Ter os componentes, peças e controlos que pos-sam exigir afinações, manutenção ou substitui-ção durante a sua vida útil, facilmente acessíveis.

Artigo 39.o

Gás fornecido pelo compressor

1 — O gás saído do compressor não deve ser causade mau funcionamento dos equipamentos que o uti-lizem, por efeito de corrosão ou entupimento.

2 — O gás libertado no separador deve ser recupe-rado, e o recipiente do gás recuperado deve ser dotadocom uma válvula de segurança que descarregue paraa atmosfera num ponto sem perigo.

3 — Deve existir um sistema seguro e controlado pararemoção de líquidos, no ponto de acumulação doscondensados.

Artigo 40.o

Válvulas de segurança dos andares de compressão

1 — Cada andar de compressão deve ser dotado comuma válvula de segurança adequada.

2 — O último andar de compressão deve ser dotadocom uma válvula de segurança dimensionada para ocaudal total, a qual deve descarregar para a atmosferaou para um recipiente de recuperação, devendo estepossuir uma válvula de segurança.

Artigo 41.o

Componentes das tubagens de admissão e de saída do compressor

1 — Deve existir uma válvula na linha de admissão,destinada cortar o gás sempre que o compressor não

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esteja a funcionar, e que deve encontrar-se normalmentefechada.

2 — Deve existir uma válvula anti-retorno na tubagemde saída do compressor, para evitar a perda de pressãoa jusante quando o compressor está a descarregar ouquando o separador está a drenar.

Artigo 42.o

Marcações e instruções

1 — Cada compressor deve estar clara e permanen-temente caracterizado com os dados relevantes e ins-critos numa placa sinalética.

2 — Cada compressor deve ser fornecido com ins-truções detalhadas de montagem, assistência e fun-cionamento.

SECÇÃO III

Instalações de armazenagem

Artigo 43.o

Generalidades

A armazenagem pode ser efectuada em cilindros ouem reservatórios especialmente concebidos para oefeito.

Artigo 44.o

Requisitos de instalação de armazenagem

1 — Os reservatórios e os cilindros de armazenagemdevem estar adequadamente suportados, tendo emconta as seguintes considerações:

a) Evitar a concentração de cargas excessivas nosapoios;

b) Os materiais dos apoios devem ser não com-bustíveis de classe M.0 ou serem adequada-mente protegidos contra a acção do fogo;

c) Permitir a livre contracção e dilatação dos reser-vatórios e cilindros, tubagens, acessórios e dossistemas de fixação.

2 — Os reservatórios, cilindros, suportes e acessóriosdevem ser adequadamente protegidos contra a corrosão,em especial nos seus pontos de apoio.

3 — Os cilindros devem estar afastados entre si, nomínimo, 30 mm.

4 — Deve ser previsto o espaço necessário para per-mitir o acesso, sob quaisquer condições, a todas as vál-vulas e acessórios da instalação, e para realizar quera sua operação quer a sua manutenção.

5 — Os sistemas de fixação e interligação devem per-mitir realizar as operações citadas no número anterior.

6 — A instalação de armazenagem deve dispor dosacessos e vias de fuga adequados a situações deemergência.

7 — A armazenagem deve ser instalada num localbem ventilado, de preferência a céu aberto, o seu pavi-mento deve permitir o escoamento de quaisquer líquidosacumulados sob os reservatórios e deve permitir umaeficaz inspecção da mesma.

8 — Deve ser possível a fácil remoção de qualquerreservatório ou grupo de reservatórios, de acordo com

o projecto adoptado, tendo em conta a protecção doscolectores durante a operação de remoção.

Artigo 45.o

Baterias de cilindros

1 — Todos os cilindros integrantes de uma bateriadevem ter idênticas dimensões e capacidade, ficar dis-postos na mesma direcção e sentido, de forma a mini-mizar o risco em caso de disparo de qualquer dos seuselementos de segurança, não sendo permitido o seuempilhamento na posição vertical.

2 — Qualquer que seja o número de cilindros de umabateria, esta deve permitir o acesso às válvulas de cadaum deles, bem como a realização das operações demanutenção previsíveis.

3 — Deve existir um espaço livre de, no mínimo, 1 mem volta de cada bateria de cilindros, cujo comprimentonão deve exceder 6 m.

Artigo 46.o

Reservatórios de armazenagem

1 — Os reservatórios de armazenagem devem cum-prir a legislação aplicável.

2 — Devem ser adoptados meios que impeçam quequalquer reservatório seja isolado da sua válvula de segu-rança, sendo aceitáveis a remoção dos manípulos dasválvulas de corte e a adopção de procedimentos dagarantia da segurança para retirar de serviço qualquerreservatório.

3 — Deve existir um manómetro em cada reservatórioda armazenagem.

Artigo 47.o

Válvulas das instalações de armazenagem

1 — Deve existir uma válvula de corte de emergência,situada no exterior da zona de armazenagem.

2 — Cada cilindro e reservatório deve dispor, nomínimo, de um tampão fusível (à temperatura de 110oC)e de uma válvula de fecho de comando manual, instaladade modo a não afectar o correcto funcionamento dosdispositivos de segurança instalados.

3 — Os cilindros e ou reservatórios que descarreguempara um mesmo colector devem estar à mesma pressão,excepto no caso dos respiros.

4 — Cada colector deve dispor de:

a) Um fusível (à temperatura de 110oC) e umaválvula de segurança, cuja pressão de disparodeve ser inferior à das válvulas de segurançados cilindros ou reservatórios que lhe estejamligados;

b) Dispositivos de segurança, os quais devem poderser bloqueados na posição de afinação set point,se forem ajustáveis, de modo a prevenir inter-venções não autorizadas, marcados com a pres-são de timbre e, quando necessário, a direcçãodo fluxo;

c) Uma válvula de corte de um quarto de volta,situada a jusante dos dispositivos de segurança,que permita a sua selagem e bloqueamento naposição de fecho;

d) Meios que impeçam o retorno do gás para mon-tante da válvula citada na alínea anterior;

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e) Uma válvula de excesso de caudal e de um únicomanómetro;

f) Uma válvula de purga e esvaziamento, só mano-brável com o auxílio de uma chave ou ferra-menta especial.

SECÇÃO IV

Unidades de enchimento

Artigo 48.o

Disposições gerais

1 — As vias de acesso e áreas de estacionamento dosveículos a serem abastecidos devem ser dispostas demaneira que os mesmos só possam circular de marchaà frente.

2 — Deve ser evitada a deterioração das mangueirasde enchimento por efeito do atrito, torção ou do con-tacto com o solo.

3 — O comprimento das mangueiras de enchimento,dos postos de enchimento de carga rápida, não deveexceder 5 m.

4 — Deve existir uma passagem, com a larguramínima de 1 m, paralela ao lado da válvula de enchi-mento do veículo, que permita a livre passagem daspessoas para efectuarem as operações de enchimento.

5 — Nos postos de enchimento de carga lenta deveexistir uma passagem com a largura mínima de 1 m:

a) Entre veículos, se o enchimento se fizer pelaparte lateral;

b) Em cada 30 m, se o enchimento se fizer pelaparte dianteira ou traseira.

Artigo 49.o

Unidades de enchimento

1 — As unidades de enchimento devem dispor de,pelo menos, os seguintes dispositivos automáticos desegurança:

a) Sistema de rotura ou breakaway;b) Válvula(s) de corte.

2 — As unidades de enchimento devem ser protegidascontra as colisões dos veículos em movimento.

3 — Na unidade de enchimento deve existir:

a) Um ou mais botões de comando da paragemde emergência, situados na sua proximidade;

b) Uma ligação equipotencial entre o automóvele a unidade durante as operações de enchi-mento.

4 — É admissível classificar a zona como não perigosasempre que a parte electrónica da unidade esteja sufi-cientemente afastada do compartimento de movimen-tação do gás.

5 — Os veículos só devem permanecer junto das uni-dades de enchimento durante as operações de enchi-mento.

Artigo 50.o

Mangueiras de enchimento

As mangueiras de enchimento devem:

a) Ser flexíveis e resistentes à corrosão e a danosmecânicos;

b) Ser protegidas contra vincos e abrasão;c) Ser adequadas para funcionar com gás natural

em condições normais de serviço;d) Ser adequadamente acondicionadas quando não

estão a ser usadas;e) Ter uma pressão de rebentamento de, pelo

menos, o quádruplo do valor da pressão máximade serviço admissível;

f) Ser marcadas, ao longo do seu comprimento,com a data de fabrico, fluido compatível e marcado fabricante e ter uma vida de serviço, nomáximo, de 10 anos;

g) Ser inspeccionadas periodicamente;h) Poder suportar nas ligações um esforço de trac-

ção, no sentido do seu eixo, não inferior ao daforça do sistema de rotura ou breakaway.

Artigo 51.o

Pistolas de enchimento

1 — As pistolas de enchimento devem ser equipadascom meios que só permitam a passagem do gás quandoa ligação à válvula de enchimento do reservatório doveículo estiver concluída e estanque.

2 — As pistolas de enchimento devem:

a) Satisfazer o disposto nas normas técnicas apli-cáveis;

b) Ser adequadamente acondicionadas quando nãoestiverem a ser utilizadas.

3 — No caso dos postos de enchimento de cargarápida, as pistolas das unidades de enchimento devemser equipadas com um botão ou alavanca, destinadosa comandar manualmente o início do enchimento.

4 — Sempre que a pressão manual no botão ou naalavanca citados no número anterior desaparecer, oenchimento deve parar automática e imediatamente.

5 — A zona de perigo em volta da pistola de enchi-mento só é aplicável durante as operações de enchi-mento.

6 — As pistolas de enchimento devem dispor de:

a) Sistema de descompressão, para permitir o seuacoplamento e desacoplamento;

b) Um dispositivo, situado a montante da pistolade enchimento, que permita controlar a pressãode enchimento do veículo.

7 — Quando a descompressão afecta apenas o gásretido pela pistola de enchimento, ela pode ser feitapara um colector de respiros que conduza a um localao ar livre ou para um sistema de recuperação do gás.

SECÇÃO V

Medidas de protecção e manutenção

Artigo 52.o

Protecção contra impactos

1 — Os compressores e a armazenagem devem estaradequadamente protegidos contra a entrada de veículose de pessoas não autorizadas.

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2 — As unidades de enchimento devem estar ade-quadamente protegidas contra eventuais impactos deveículos.

Artigo 53.o

Protecção contra a corrosão e ligação à terra

1 — Devem ser usadas todas as medidas de protecçãonecessárias, passivas ou activas, contra os efeitos da cor-rosão de origem química ou de correntes vagabundas,oriundas de equipamentos não pertencentes ao postode enchimento.

2 — Todas as massas metálicas susceptíveis de cria-rem potenciais eléctricos perigosos devem ser ligadosà terra em conformidade com a regulamentação apli-cável.

Artigo 54.o

Material de combate a incêndios

1 — Os postos de enchimento devem dispor, em cadaunidade de enchimento, simples ou dupla, pelo menosum extintor portátil de 6 kg de pó químico, amovívelou provido de rodado, situado em lugar bem visível ede fácil acesso.

2 — Nos postos de enchimento multicombustíveis, asunidades de enchimento de gás natural devem ser con-sideradas independentes das restantes.

3 — Os postos de enchimento de carga lenta, em queas unidades de enchimento estejam alinhadas, devemdispor de um extintor do tipo citado no n.o 1 por cada10 m.

4 — Os postos de enchimento implantados em locaisfechados devem dispor de extintores do tipo citado non.o 1:

a) Um, no exterior, junto da porta de entrada;b) Um, no interior, por cada 10 m a contar do

ponto de implantação do extintor exterior.

5 — Quando a instalação de compressão e ou dearmazenagem ficar situada ao ar livre, deve ser implan-tado um extintor, do tipo citado no n.o 1, acessível evisível, por cada 15 m e, no mínimo, um junto da ins-talação de compressão e outro junto da instalação dearmazenagem.

6 — Junto do painel de controlo e do quadro eléctricodo posto de enchimento deve ser instalado um extintorde pó químico, tipo ABC, de 6 kg, podendo ser de ani-drido carbónico caso o painel de controlo e o quadroeléctrico se situem num local fechado.

7 — Os demais meios de combate a incêndio devemcumprir os requisitos fixados pelo Serviço Nacional deBombeiros.

8 — No posto de enchimento devem existir saídas deemergência, estrategicamente situadas e de aberturapara fora, em função da dimensão das instalações.

9 — Devem ser instaladas placas sinalizadoras, indi-cando o percurso até às saídas de emergência maispróximas.

10 — As áreas afectas às instalações de compressão,de armazenagem e de enchimento não devem servirpara conter quaisquer materiais ou aparelhos não estri-

tamente essenciais ao seu bom funcionamento e manu-tenção.

Artigo 55.o

Sistemas de emergência

1 — A instalação deve dispor de um sistema auto-mático de paragem de emergência, destinado a actuarsempre que a concentração de gás no local exceda 25%do limite inferior de inflamabilidade.

2 — A reactivação do sistema deve ser manual, porintervenção de técnico competente.

3 — Os postos de enchimento devem dispor de umaválvula de corte de emergência, accionada, preferen-cialmente, por controlo remoto.

4 — Se a válvula for de comando manual, deve:

a) Ser do tipo de um quarto de volta;b) Ficar situada no exterior do local, bloqueável

na posição de fechada, com o sentido de fechoclaramente assinalado;

c) Ser rápida e facilmente acessível;d) Estar claramente identificada, mediante uma

placa bem visível, durante o dia e durante anoite.

5 — O sistema de corte de emergência do posto deenchimento deve:

a) Dispor de dispositivos de comando da paragemde emergência distribuídos por vários pontosdo posto de enchimento, com pelo menos umdeles situado em local acessível, a uma distânciasegura dos componentes críticos;

b) Dispor de botoneiras de comando de corte deemergência, do tipo seta, claramente indicados;

c) Bloquear as botoneiras na posição de corte, apósa sua utilização;

d) Interromper imediatamente o funcionamentoda instalação, deixando-a nas condições de segu-rança previstas;

e) Dispor de uma botoneira em cada instalaçãode enchimento;

f) Dispor de uma botoneira em cada 15 m, quandoa instalação de enchimento for do tipo alinhado;

g) Dispor de uma botoneira na instalação de com-pressão e outra na de armazenagem.

6 — As botoneiras de corte de emergência devem serdevidamente identificadas.

Artigo 56.o

Procedimentos de paragem de emergência

1 — Os postos de enchimento devem dispor de umprocedimento para paragem de emergência.

2 — O referido procedimento deve impor a paragemdo compressor e o corte das saídas de todas as ins-talações de armazenagem ou a saída do compressor nospostos de enchimento de carga lenta, através docomando de válvulas automáticas.

3 — O corte deve efectuar-se o mais próximo possíveldo ponto de aprovisionamento do posto de enchimento.

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N.o 259 — 8 de Novembro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 7125

4 — A paragem de emergência deve, nomeadamente:

a) Cortar a energia ao posto de enchimento, comexcepção da destinada à ventilação forçada;

b) Cortar o enchimento aos veículos nos pontosiniciais das mangueiras;

c) Cortar o fluxo do gás natural entre o compres-sor, as várias secções da armazenagem e as uni-dades de enchimento, sendo que a estas, se exis-tir mais de uma, pode ser feito através de umaválvula central;

d) Adoptar uma sequência de paragem tal que ocorte da energia ao compressor seja precedidodo fecho da válvula de entrada no compressor,impedindo assim a entrada de ar atmosféricona tubagem.

Artigo 57.o

Iluminação

1 — A instalação eléctrica deve obedecer aos requi-sitos da legislação aplicável.

2 — O posto de enchimento deve dispor da ilumi-nação suficiente para permitir a sua exploração racionale segura.

3 — O posto de enchimento deve dispor de ilumi-nação de emergência em todos os locais onde se prevejaa presença de pessoas e na sinalização das vias de saída.

Artigo 58.o

Sistema de detecção de gás

Deve ser instalado um sistema de detecção de gás,em conformidade com a EN 60 079 ou outra tecnica-mente equivalente.

SECÇÃO VI

Entrada em serviço e manutenção

Artigo 59.o

Disposições gerais

1 — Antes da entrada em serviço do posto de enchi-mento deve proceder-se à limpeza de todas as insta-lações e equipamentos, dando especial atenção aos com-ponentes que possam sofrer danos durante esta ope-ração e executando a secagem e purga da instalação.

2 — Terminada a construção mecânica, todos os equi-pamentos sob pressão devem ser pressurizados com gáse verificada a existência de fugas, após o que devemser purgados e declarados aptos para entrar em serviço.

3 — Deve ser instalado um filtro de arranque do sis-tema a montante da instalação de compressão.

4 — Deve ser executado um ensaio de pressão emmoldes aprovados pela entidade competente para olicenciamento.

5 — O sistema deve ser purgado segundo procedi-mentos aprovados pela entidade competente para olicenciamento, mas o compressor pode ser dispensadoda purga e ensaio.

6 — Deve ser verificado o bom funcionamento detodos os equipamentos de segurança antes da entradaem funcionamento corrente.

Artigo 60.o

Ensaio de resistência mecânica

1 — Todos os componentes da instalação que fun-cionem com uma pressão máxima de serviço admissíveligual ou superior a 4 bar,devem ser submetidos a umensaio de resistência mecânica a uma pressão igual a1,5 vezes a pressão máxima de serviço admissível,durante um período não inferior a seis horas.

2 — Não são permitidas quebras da pressão nemfalhas estruturais, durante o ensaio, o que deve constardo respectivo relatório.

3 — Podem ser dispensados deste ensaio os elementose componentes que:

a) Disponham de certificados de ensaio corres-pondente;

b) Tenham sido previamente verificados e ensaia-dos nos locais de fabrico ou de montagem edisponham de documentação comprovativa.

Artigo 61.o

Ensaio de estanquidade

1 — Deve ser executado um primeiro ensaio da ins-talação completamente realizado, com o auxílio de arou azoto, à pressão de 5 bar durante um período devinte e quatro horas, nas quais se verificará a inexistênciade fugas.

2 — Se for detectada a existência de fugas, devemestas ser eliminadas e repetido o ensaio citado nonúmero anterior.

3 — Sempre que a pressão máxima de serviço admis-sível esteja compreendida entre 0,4 bar e 4 bar, o ensaiodeve ser realizado, durante uma hora, a uma pressãoigual a 1,5 vezes o valor da pressão máxima de serviçoadmissível, após o que se elabora o respectivo relatório.

4 — Sempre que a pressão máxima de serviço admis-sível seja inferior a 0,4 bar, o ensaio deve ser realizadoa 1 bar, durante uma hora, elaborando-se de seguidao respectivo relatório.

Artigo 62.o

Recipientes sob pressão

Os recipientes sob pressão estão sujeitos às inspecçõese ensaios previstos no Decreto-Lei n.o 22/99, de 14 deJunho.

Artigo 63.o

Outras verificações prévias

Antes da admissão de gás natural no sistema, deveser comprovado o correcto funcionamento de todos ossistemas de segurança verificáveis, bem como o valorregistado em cada uma das unidades de enchimento.

Artigo 64.o

Ensaio com gás

Após a realização dos ensaios, deverá verificar-se ainexistência de fugas na instalação, completamente mon-tada e pronta a funcionar com gás.

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7126 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 259 — 8 de Novembro de 2001

Artigo 65.o

Manutenção

1 — As instalações devem ser sujeitas às operaçõesde manutenção e revisão prescritas pelos fabricantesdos equipamentos e dos componentes.

2 — Todas as intervenções devem ser registadas emlivro próprio, no qual constem, nomeadamente, a data,o nome do interveniente e a operação realizada, bemcomo as assinaturas do interveniente e do responsávelda instalação.

3 — O livro de intervenções da instalação deve estarem poder do proprietário do posto de enchimento epermanentemente à disposição das entidades oficiaiscompetentes.

SECÇÃO VII

Avisos e instruções de funcionamento

Artigo 66.o

Avisos

1 — Devem ser afixadas nas instalações do posto deenchimento, de maneira que fiquem bem visíveis, emcaracteres legíveis e indeléveis, pelos funcionários epelos utentes que entram na área de enchimento, asseguintes instruções:

a) As condições de exploração, nomeadamente oaviso de proibição de fogo nu nas zonas clas-sificadas, a proibição de fumar e de foguear,a proibição de utilização de telemóveis e a obri-gação de parar o motor e corte de ignição;

b) As medidas de segurança a respeitar e, em par-ticular, a proibição de armazenar matérias infla-máveis nas zonas classificadas.

2 — Os avisos podem ser apresentados sob a formade pictogramas e deverão ser colocados junto às uni-dades de enchimento ou à entrada das zonas clas-sificadas.

Artigo 67.o

Instruções

Nas instalações do posto de enchimento devem existirpara consulta, em lugar acessível, dos funcionários asseguintes instruções:

a) As medidas a tomar em caso de acidente ouincidente;

b) Manual de operações e um plano de combatea acidentes, devendo o pessoal afecto à suaexploração receber treino adequado para cum-primento do mesmo.

ANEXO

Lista não exaustiva de normas técnicas aplicáveis

EN 60 079-10 Aparelhos eléctricos para atmosferasexplosivas — parte 10: classificação de áreas de segu-rança.

EN 10 204 Produtos metálicos. Documentos tipo deinspecção.

EN 50 014 Aparelhos eléctricos para atmosferas explo-sivas — requisitos gerais.

EN 50 039 Aparelhos eléctricos para atmosferas explo-sivas — sistema de segurança intrínseca.

EN 50 020 Especificação para aparelhos eléctricos comprotecção tipo «i».

EN 60 204-1 Segurança de máquinas — equipamentoeléctrico.

ISO CD 15 403 Designação da qualidade do GN parauso comprimido como combustível para veículos.

ISO CD 14 469 Veículos rodoviários — válvulas deenchimento de reservatórios para GN.

ISO DIS 11 439 Cilindros para alta pressão para apli-cação em armazenagens móveis de GN para veículosrodoviários.

FIGURA N.o 1

Distância limite da zona de segurança (d)

FIGURA N.o 2

Instalação de compressão ao ar livre

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FIGURA N.o 3

Instalação de compressão ou de armazenagem instaladaem local fechado (a)

FIGURA N.o 4

Instalação de compressão ou de armazenagem instaladaem local fechado (a)

FIGURA N.o 5

Instalação de armazenagem situada ao ar livre

FIGURA N.o 6

Unidade de enchimento

FIGURA N.o 7

Colector de respiro

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FIGURA N.o 8

Colector de respiro ocasional

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS

Portaria n.o 1271/2001

de 8 de Novembro

O Decreto-Lei n.o 224/2000, de 9 de Setembro, queestabelece a regulamentação da Componente Pesca dosProgramas Regionais do Continente, designado porMARIS, aplicável ao território do continente duranteo período de vigência do Quadro Comunitário de Apoiopara 2000-2006 (QCA III), estipula, no seu artigo 2.o,que os domínios através dos quais o mesmo se desen-volve sejam objecto de portaria.

Assim, ao abrigo do Regulamento (CE) n.o 2792/1999,do Conselho, de 17 de Dezembro, e do disposto naalínea b) do n.o 3 do artigo 2.o do Decreto-Lein.o 224/2000, de 9 de Setembro, que cria oMARIS — Componente Pesca dos Programas Regio-nais do Continente:

Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura, doDesenvolvimento Rural e das Pescas, o seguinte:

1.o É aprovado o Regulamento da Componente Pescados Programas Regionais do Continente (MARIS), quefaz parte integrante da presente portaria.

2.o A presente portaria entra em vigor no dia seguinteao da sua publicação.

O Ministro da Agricultura, do DesenvolvimentoRural e das Pescas, Luís Manuel Capoulas Santos, em18 de Outubro de 2001.

REGULAMENTO DA COMPONENTE PESCA DOS PROGRAMASREGIONAIS DO CONTINENTE (MARIS)

CAPÍTULO I

Disposição geral

Artigo 1.o

Objecto

O presente Regulamento estabelece os regimes deapoio financeiro:

a) À qualidade e normalização dos produtos dapesca; e

b) Às infra-estruturas e equipamentos colectivosde apoio ao desenvolvimento da aquicultura;

nos termos do Regulamento (CE) n.o 2792/99, do Con-selho, de 17 de Dezembro, e do previsto no Decreto-Lein.o 224/2000, de 9 de Setembro.

CAPÍTULO II

Qualidade e normalização dos produtos da pesca

Artigo 2.o

Âmbito e objectivos

Este regime tem como âmbito e objectivos apoiarfinanceiramente os projectos que se destinem a pro-mover o desenvolvimento da qualidade e normalizaçãodos produtos da pesca e da aquicultura.

Artigo 3.o

Promotores

Podem apresentar candidaturas a este regime:

a) Quaisquer entidades públicas ou sujeitas a con-trolo público com atribuições e responsabilida-des na área da pesca;

b) Organizações de produtores e outras associa-ções do sector da pesca, sem fins lucrativos; e

c) Organismos privados de controlo e certificação,apenas para as acções de controlo e certificação.

Artigo 4.o

Tipos de projectos

1 — No âmbito deste regime são enquadráveis osseguintes projectos, desde que de interesse colectivo:

a) Desenvolvimento de sistemas necessários à carac-terização dos produtos de qualidade e dos seusmodos de produção;

b) Desenvolvimento de acções que visem a etique-tagem, o controlo da qualidade, os sistemas econdições de produção dos produtos da pesca,bem como a respectiva certificação;