5a conferÊncia da cidade de campinas relatÓrio … · iv - propor orientações e recomendações...

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1 5 a CONFERÊNCIA DA CIDADE DE CAMPINAS RELATÓRIO FINAL 1ª PARTE TEXTO BASE NACIONAL Proposta nº 1 Eixo: Participação e Controle Social no Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano Emenda aditiva no parágrafo 18: Até janeiro de 2014, o Ministério das Cidades deverá encaminhar à Presidência da República proposta de alteração dos atuais objetivos, responsabilidades e atribuições do Conselho Nacional das Cidades e da Conferência Nacional das Cidades, seguindo as resoluções aprovadas nesta Conferência. Proposta nº 2 Eixo: Participação e Controle Social no Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano Emenda aditiva no inciso III do parágrafo 21: III - emitir normas, orientações e recomendações referentes à aplicação da Lei Federal 10.257/01, o "Estatuto da Cidade", e demais legislações e atos normativos relacionados ao desenvolvimento urbano, tais como: Lei Nacional de Mobilidade Urbana, nº 12.587/12, Lei da Regularização Fundiária, nº 11.977/09, Lei Nacional de Saneamento Ambiental, nº 11.457/07 e Lei 12.305/2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos. Proposta nº 3 Eixo: Participação e Controle Social no Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano Emenda modificativa no inciso VII do parágrafo 21: VII propor normas e critérios para o licenciamento de empreendimentos ou atividades como significativo impacto sócio-ambiental de âmbito regional ou nacional; Proposta nº 4 Eixo: Participação e Controle Social no Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano Emenda aditiva no inciso IV do parágrafo 25: IV - propor orientações e recomendações sobre a aplicação da Lei 10.257 de 2001, Estatuto da Cidade, e da lei nacional de cooperação de desenvolvimento urbano, e demais legislações e atos normativos relacionados ao desenvolvimento urbano, tais como: Lei Nacional de Mobilidade Urbana, nº

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5a CONFERÊNCIA DA CIDADE DE CAMPINAS

RELATÓRIO FINAL

1ª PARTE – TEXTO BASE NACIONAL

Proposta nº 1

Eixo: Participação e Controle Social no Sistema Nacional de Desenvolvimento

Urbano

Emenda aditiva no parágrafo 18:

Até janeiro de 2014, o Ministério das Cidades deverá encaminhar à Presidência

da República proposta de alteração dos atuais objetivos, responsabilidades e

atribuições do Conselho Nacional das Cidades e da Conferência Nacional das

Cidades, seguindo as resoluções aprovadas nesta Conferência.

Proposta nº 2

Eixo: Participação e Controle Social no Sistema Nacional de Desenvolvimento

Urbano

Emenda aditiva no inciso III do parágrafo 21:

III - emitir normas, orientações e recomendações referentes à aplicação da Lei

Federal 10.257/01, o "Estatuto da Cidade", e demais legislações e atos

normativos relacionados ao desenvolvimento urbano, tais como: Lei Nacional de

Mobilidade Urbana, nº 12.587/12, Lei da Regularização Fundiária, nº 11.977/09,

Lei Nacional de Saneamento Ambiental, nº 11.457/07 e Lei 12.305/2010 –

Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Proposta nº 3

Eixo: Participação e Controle Social no Sistema Nacional de Desenvolvimento

Urbano

Emenda modificativa no inciso VII do parágrafo 21:

VII – propor normas e critérios para o licenciamento de empreendimentos ou

atividades como significativo impacto sócio-ambiental de âmbito regional ou

nacional;

Proposta nº 4

Eixo: Participação e Controle Social no Sistema Nacional de Desenvolvimento

Urbano

Emenda aditiva no inciso IV do parágrafo 25:

IV - propor orientações e recomendações sobre a aplicação da Lei 10.257 de

2001, Estatuto da Cidade, e da lei nacional de cooperação de desenvolvimento

urbano, e demais legislações e atos normativos relacionados ao

desenvolvimento urbano, tais como: Lei Nacional de Mobilidade Urbana, nº

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12.587/12. Lei da Regularização Fundiária, nº 11.977/09, Lei Nacional de

Saneamento Ambiental, nº 11.457/07 e Lei 12.305/2010 – Política Nacional de

Resíduos Sólidos.

Proposta nº 5

Eixo: Fundo Nacional de Desenvolvimento Urbano - FNDU

Emenda aditiva no parágrafo 28:

Até janeiro de 2014, o Ministério das Cidades deve elaborar e encaminhar à

Presidência da República proposta de criação do Fundo Nacional de

Desenvolvimento Urbano (FNDU) como instrumento institucional de caráter

financeiro. Tem a finalidade de dar suporte às ações e formas de cooperação

entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios para atender aos objetivos

da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, composto por rubricas

específicas para as áreas de habitação de interesse social, saneamento

ambiental de interesse social, transporte e mobilidade de interesse social, e

programas urbanos estratégicos.

Proposta nº 6

Eixo: Fundo Nacional de Desenvolvimento Urbano – FNDU

Emenda aditiva no inciso IV do parágrafo 30:

IV - Apoiar a implementação de instrumentos e processos de gestão

democrática da cidade, contemplando inclusive iniciativas da sociedade civil.

Proposta nº 7

Eixo: Fundo Nacional de Desenvolvimento Urbano – FNDU

Emenda aditiva no item (v) do inciso II do parágrafo 31:

II – recursos dos seguintes fundos: (i) Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT;

(ii) Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, nas condições

estabelecidas pelo seu Conselho Curador; (iii) Fundo Nacional de Habitação de

Interesse Social – FNHIS; (iv) Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social - FAS;

(v) Fundo Nacional de Interesses Difusos e (vi) Fundos Constitucionais de

Desenvolvimento Regional.

Proposta nº 8

Eixo: Instrumentos e Políticas de Integração Intersetorial e Territorial

Emenda aditiva no parágrafo 35:

Até janeiro de 2014, o Ministério das Cidades deve encaminhar ao Poder

Executivo proposta de projeto de lei institucionalizando o SNDU, incorporando as

definições presentes nessas resoluções, bem como aquelas das Segunda,

Terceira e Quarta Conferências Nacionais das Cidades relativas ao tema.

Proposta nº 9

Eixo: Políticas de Incentivo à Implantação de Instrumentos de Promoção da

Função Social da Propriedade

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Emenda aditiva no item (iii) do parágrafo 38:

Até 2016, o Ministério das Cidades deve elaborar e implementar uma política de

promoção da regularização fundiária urbana envolvendo (i) programas de

assistência técnica a processos de regularização fundiária urbana nos

municípios; (ii) a formação de agentes locais e sociais para a promoção de

ações de regularização fundiária urbana; (iii) um plano de promoção da função

sócio-ambiental nos imóveis da União vazios ou subutilizados prioritariamente

para fins de habitação de interesse social podendo contemplar usos para

espaços de cultura, esporte, lazer, educacionais e desenvolvimento de

atividades de economia solidária.

Proposta nº 10

Eixo: Políticas de Incentivo à Implantação de Instrumentos de Promoção da

Função Social da Propriedade

Emenda modificativa do parágrafo 41:

A formação de agentes locais e sociais para a promoção de ações de

regularização fundiária urbana deve ser desenvolvida em âmbito nacional,

envolvendo municípios em todos os Estados da Federação e o Distrito Federal,

e incluir os seguintes conteúdos: (i) procedimentos jurídicos e administrativos

para regularização fundiária de terrenos ocupados por população de baixa

renda, para fins de moradia; (ii) a instituição de zonas de especial interesse

social, em áreas ocupadas pela população de baixa renda e em área vazias ou

subutilizadas, vinculando seus usos à moradia de interesse social, e (iii) o

combate à especulação imobiliária, a subutilização de terrenos vazios e a

captura da valorização fundiária, decorrente dos investimentos públicos, para

fins de investimentos em habitação de interesse social podendo contemplar usos

para espaços de cultura, esporte, lazer, educacionais e desenvolvimento de

atividades de economia solidária.

Proposta nº 11

Eixo: Políticas de Incentivo à Implantação de Instrumentos de Promoção da

Função Social da Propriedade

Emenda aditiva no item (ii) do parágrafo 44:

Até 2016, o Ministério das Cidades, juntamente com o ConCidades, devem

elaborar e implementar um programa de monitoramento da revisão dos Planos

Diretores Participativos, envolvendo: (i) a formação de agentes locais e sociais

para a revisão dos planos diretores municipais; (ii) campanhas nacionais em

torno de instrumentos específicos, em especial as Zonas de Especial Interesse

Social, a Outorga Onerosa do Direito de Construir, o parcelamento e edificação

compulsória, o Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no tempo e a

desapropriação, a Usucapião, Operação Urbana Consorciada, Direito de

Preempção e os Conselhos das Cidades; (iii) a produção de material didático em

torno dos temas da campanha; (iv) a assistência técnica na revisão dos Planos

Diretores.

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Proposta nº 12

Eixo:

Emenda modificativa do parágrafo 49:

A proposta de aprovação deste importante marco regulatório consolida o

compromisso com a gestão democrática e participativa, promove o controle e a

justiça social, aproxima os cidadãos da gestão urbana através da leitura

comunitária dos problemas urbanos, com imediata repercussão no uso dos

recursos disponíveis e das fontes de financiamento voltadas para o

compromisso de uma cidade para todos, organizada através da proposição de

programas e projetos urbanos adequados ao perfil da população de cada uma

de nossas localidades. No atual cenário institucional brasileiro, onde estão

disponíveis os planos e marcos regulatórios setoriais importantes bem como um

grande número de recursos para implantar as diretrizes dos planos e programas,

faz-se necessário fortalecer a boa prática urbana calcada no debate e no

planejamento urbano de médio e longo prazo.

Proposta nº 13

Eixo: Participação e Controle Social no Sistema Nacional de Desenvolvimento

Urbano

Emenda aditiva:

Reivindicar junto ao Governo Federal a participação dos municípios nas

discussões relativas aos impactos gerados pela implantação de aeroportos,

objetivando a definição de ações conjuntas entre as várias esferas de governo,

bem como a alocação de recurso sob a gestão da União com vistas à

distribuição regional e setorial dos mesmos, para as ações atreladas ao

desenvolvimento urbano, habitação, saneamento, mobilidade e transporte

urbano.

2ª PARTE – TEXTO DE APRESENTAÇÃO DAS PRIORIDADES DO

MINISTÉRIO DAS CIDADES PARA A POLÍTICA DE

DESENVOLVIMENTO URBANO NO PERÍODO 2014-2016

Proposta nº 1

O Ministério das Cidades diponibilizará na internet um banco de dados contendo:

- Propostas apresentadas nas diversas conferências que possam ser

aproveitadas por outras cidades. - Estudos de casos notáveis de soluções

adotadas em diversos locais apontando os resultados, custos, economias de

tempo e recursos, etc. - Planilha de custos básicos para execução de obras

publicas nas diversas regiões. - Recomendações elaboradas pelo Conselho

Nacional das Cidades para orientar os planejamentos locais.

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Proposta nº 2

A fim de fazer valer a competência dos municípios na gestão plena do território,

bem como a preeminência da função social de propriedade e a efetiva aplicação

do Estatuto da Cidade e também para possibilitar a orientação na elaboração

dos planejamentos locais, o sistema nacional de desenvolvimento urbano deve

se consolidar em um sistema de informações com indicadores de mobilidade e

trânsito, habitação, saneamento e planejamento urbano. Disponibilizar um portal

contendo: estudos de casos notáveis de soluções adotadas.

Proposta nº 3

Priorização do transporte público coletivo - PAC da Mobilidade - contemplando o

desenvolvimento e implementação do plano cicloviário e acessibilidade de

acordo com os princípios do desenho universal.

Proposta nº 4

Aeroporto de Viracopos: implementação da logística operacional de mobilidade e

integração dos diversos modais e sistematização do sítio aeroportuário e do seu

entorno;

Proposta nº 5

Implementação e integração do TAV;

Proposta nº 6

Que sejam aplicados os mesmos benefícios e facilidades dos projetos de 0 a 3 a

projetos de 3 a 6, desde que seja desenvolvido por cooperativas habitacionais já

constituídas, pois vários cidadãos que possuem renda acima de 3 salários até 6

salários encontram muita dificuldade para conseguir financiamento.

3ª PARTE – TEXTO DE APRESENTAÇÃO DAS PRIORIDADES

MUNICIPAIS E ESTADUAIS PARA A POLÍTICA DE

DESENVOLVIMENTO URBANO NO PERÍODO 2014-2016

A luta pela Reforma Urbana vem desde a década de 1960. Fazia parte das

Reformas de Base do Governo João Goulart, em que também estavam presentes a

Reforma Agrária, a Reforma Sanitária, a Reforma do Ensino e as Reformas

Tributária e Política. Reformas de Base que levaram à sua queda por um golpe

militar.

Na década de 1970, em plena ditadura militar, o povo ocupou terras para garantir

sua moradia. E esses movimentos se estenderam pela década de 1980. Já em 1988

a Constituinte assegurou, por meio da mobilização e participação popular,

importantes avanços sociais. Dentre eles, um capítulo específico sobre a Reforma

Urbana na Constituição. E essa Reforma foi fundamentada em 3 princípios: a função

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social da propriedade, a gestão democrática e a justa distribuição de ônus e

benefícios da cidade.

Em Campinas, os movimentos sociais estão se unindo e fortalecendo o debate de

ideias e a busca de caminhos para que as conquistas sociais se materializem na

vida de todos efetivando a garantia do direito à Cidade.

São quatro os princípios fundamentais defendidos para a política de

desenvolvimento urbano do Município:

i) Gestão participativa na tomada de decisões sobre a cidade: fortalecer e empoderar

os conselhos municipais, a instituição de conferências e assembleias setoriais de

forma continuada e sistêmica, e o apoio às organizações sociais;

ii) Função social da propriedade e o direito à moradia: elaborar e implementar

políticas de combate à retenção especulativa do solo, visando a redução do valor do

mesmo e consequente facilitação do acesso à terra urbanizada. O direito individual

da propriedade não pode se sobrepor às necessidade coletivas de acesso à terra e

à moradia! O direito à moradia deve ser entendido não apenas como o direito a um

teto, mas como o Direito à Cidade. Ou seja, o direito a todos os serviços (comércio,

escola, postos de saúde) e infraestruturas (transporte, saneamento, asfalto) que a

cidade oferece;

iii) Enfrentamento dos principais problemas sócio-ambientais: implementar ações e

políticas voltadas à redução da geração de resíduos, ao aumento da reciclagem e da

reutilização dos resíduos sólidos e à destinação ambientalmente adequada dos

rejeitos. Também deve ser elaborado, por meio de processo participativo e

descentralizado, o plano municipal de saneamento básico;

iv) Direito à mobilidade urbana: elaborar e implementar políticas norteadas pelo

interesse público. Ou seja, fundamentadas no princípio de que o sistema viário deve

garantir prioridade à circulação dos pedestres, dos ciclistas e os meios de transporte

públicos coletivos.

METAS PARA O SANEAMENTO

O setor de saneamento básico no Brasil compreende as atividades de

abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais

urbanas, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos (Lei 11.445/07).

Nesse sentido, a elaboração do Plano Municipal de Saneamento consiste em uma

das diretrizes basilares para formação da política pública e gestão ambiental da

cidade sob a coordenadoria da Secretaria do Verde e Desenvolvimento Sustentável

(SVDS).

Em Campinas os serviços de saneamento básico são prestados pelos seguintes

órgãos:

Sanasa: Abastecimento de água potável e esgotamento sanitário

Secretaria de Infraestrutura: drenagem de águas pluviais

Secretaria de Serviços Públicos: limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos.

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Além disso, o Municiípio, em 2012, aderiu à regulamentação da Agência da ARES-

PCJ, inclusive instituindo o Conselho de Controle Social, que fiscaliza as ações de

saneamento básico na cidade, com apoio da SVDS.

Prima-se que tanto os formadores de Políticas Públicas quanto os que as

implementam através da gestão, não internalizem em suas decisões/diretrizes

apenas ações voltadas às compensações ambientais relacionadas à ações de

comando e controle (a exemplo do licenciamento ambiental), mas também para

condutas pró-ativas de sustentabilidade ambiental a exemplo de recuperação de

nascentes e margens de corpos d'água, inclusive com orçamentos específicos.

A SANASA – Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A. é

responsável pelo planejamento, execução, fiscalização e operação dos sistemas de

abastecimento de água potável e coleta, afastamento e tratamento de esgoto.

A meta empresarial é atender a população urbana com 100% de abastecimento de

água, coleta e afastamento de esgoto e tratamento de esgoto até o ano de 2016.

Atualmente o atendimento com água potável atinge 99,5% da população. A

infraestrutura instalada conta com cinco estações de tratamento de água – ETA com

capacidade de tratamento de 4.530 litros/segundo, 66 reservatórios de água,

299.019 ligações prediais e 3.839 km de extensão de redes de distribuição e

adutoras.

O sistema de esgotamento sanitário atende com coleta e afastamento 88% da

população urbana, e trata aproximadamente 80%, contando com 259.730 ligações e

3.506 km de extensão de rede, além de 74 estações elevatórias de esgoto e 24

Estações de Tratamento de Esgoto, entre estas a EPAR – Capivari II - Estação

Produtora de Água de Reuso.

Com uma das mais modernas tecnologias implantadas, A EPAR utiliza membranas

filtrantes após o tratamento biológico e garante alto grau de eficiência na remoção

de nitrogênio, fósforo, DBO, DQO, além da remoção da maioria de vírus e bactérias,

resultando em elevado grau de pureza (99,5%). É importante ressaltar que a água

produzida na EPAR – Capivari II poderá abastecer o Parque Industrial de Campinas

e região, reduzindo o uso de água dos Rios Atibaia, Capivari e Jaguari (preservação

dos recursos naturais).

O planejamento para atendimento total da população envolve a implantação de

novas redes de água, reservatórios, adutoras e sub adutoras, redes coletoras,

interceptores, elevatórias e novas ETEs, além da manutenção e troca de redes

existentes. Abaixo estão elencadas algumas prioridades já definidas para o

abastecimento de água e em seguida esgotamento sanitário:

Rede de Água em Bairros: Loteamento Bananal, Chácara Gargantilha, Morada

das Nascentes, Chácara Recreio Santa Fé, Chácaras Marisa, Jardim Santa

Maria, Vale das Garças, Estância Paraíso, Parque Xangrilá /Parque Luciamar,

Recanto Colina Verde;

Reservatórios, Casa de Bombas, Obras Externas, Linhas de Recalque: Morada

das Nascentes, Jardim Santa Maria;

Reservação de Água Potável: Reservatório João Erbolato - 2.500 m³,

Reservatório São Vicente - 3.500 m³, Reservatório ETA DIC - 2.600 m³,

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Reservatório San Conrado - 900 m³, Reservatório Nova Europa - 2.000 m³,

Reservatório PUCC - 3.000 m³, Reservatório Taquaral - 6.000 m³;

Troca de Redes de água: Nova Campinas, Nova Campinas II, Jd. Primavera, Jd.

Paulistano, Jd. Planalto, Palo Alto, Vila Carminha;

Rede Coletora de Esgoto em Bairros e Núcleos Residenciais: Sítios de Recreio

Gramado, Monte Líbano, Chácaras Buriti, San Conrado, Colinas do Ermitage,

Morada das Nascentes, Village, Chácara Leandro, Vale das Garças, Solar de

Campinas, Chácara Santa Margarida, Belvedere, Chácara Sta Luzia, Chácara

Boa Sorte, Pq. Xangrila e Luciamar, Recanto dos Dourados, Pq. das

Universidades, Santa Cândida, Pq. dos Pomares, Chácara São Rafael, Chácara

Bela Vista, Chácara Gargantilha, Região Bananal, Jd Monte Belo, Carlos

Gomes, TIC, N. R. Agreste I e II, N. R. Campineiro, Chácara. Anhanguera, N. R.

Pq. Universal I e Chico Amaral I, Chácara São Martinho, Jd Sul América, Cidade

Satélite Iris I, Cidade Satélite Iris II, Cidade Satélite Iris III, Cidade Satélite Iris IV

sem N R Monte Alto, Jd. São Judas Tadeu, Jd. Uruguai, Chácara Morumbi,

Chácara São Judas Tadeu, N. R. São Judas Tadeu, N. R. Pq. da Amizade, N. R.

03 Estrelas, N. R. Monte Alto, N. R. Princesa D’oeste, Jd. Lisa II, Chácara

Santos Dumont, DIC, Jd. Irajá, Jd do Lago III, Pq. Centenário, Vila Saltinho, Pq.

Aeroporto de Viracopos, Recanto dos Pássaros, N. R. Santo Antonio e

Todescan, N. R. Rosalina, N. R. Ilha do Lago, N. R. Canaã, N. R. Camboriu, N.

R. Jd. Bandeiras II, N. R. Da Paz, Jd. Marialva, Jd. Maringá, Jd. Santa Maria I,

Chácara Recreio Santa Fé, Jd. Monte Alto, Recanto Colina Verde;

Estações Elevatórias de Esgoto e Linhas de Recalque: Gramado II, Village

Campinas, Solar Campinas, Guara, Recanto dos Dourados, Pq Universidades,

Alphaville, Pq. dos Pomares, Chácara São Rafael, San Conrado, Colinas do

Ermitage, Morada das Nascentes, Arboreto, Chácara Gargantilha e Jd. Monte

Belo, Região Bananal e Carlos Gomes, Jd. Campineiro, EEE Santa Monica para

o sistema Boa Vista, Cidade Satélite Iris II e III, Capivari II, Nova América -

Sigrist, Nova América – conclusão;

Estações de Tratamento de Esgoto: San Martin (mais um módulo da ETE), Boa

Vista e Interligações, Nova América (mais um módulo da ETE), Capivari II - 3ª

Fase, Capivari I (mais um módulo da ETE ), Piçarrão (Ampliação).

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

São os resíduos domiciliares, comerciais e os resíduos de limpeza urbana Classe

IIA, II e III, estes últimos provenientes da varrição, limpeza de logradouros e vias

públicas e outros serviços de limpeza urbana.

A geração diária destes resíduos é da ordem de 1.200 toneladas/dia, os quais são

coletados em sua totalidade e dispostos no aterro controlado Delta A, mediante

contrato de prestação de serviços estabelecido com o Consórcio TECAM.

Atualmente 650 toneladas/mês destes resíduos são reciclados em 14 cooperativas,

ou seja, cerca de 2% do total dos resíduos gerados e coletados no município,

principalmente através da Coleta Seletiva.

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Em atendimento a Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/10 a gestão

integrada de resíduos sólidos deve estar em consonância com o Plano Municipal de

Saneamento Básico , conforme preconiza a Le 11.445/07. O Plano de Saneamento

Básico encontra-se em fase de diagnóstico e definirá, em seu prognóstico, as

propostas e programas de ação do mesmo. Estes deverão ter ampla participação

social, através da audiências públicas e outros mecanismos de participação como

oficinas, seminários, etc e deliberação dos conselhos afins.

METAS PARA A HABITAÇÃO

OBJETIVOS DA POLITICA DE HABITAÇÃO.

I - universalizar o acesso à moradia com condições adequadas de habitabilidade,

priorizando a população de baixa renda;

II – reduzir o déficit habitacional promovendo empreendimentos de Interesse Social.

III – reverter o processo de segregação sócio–espacial, promovendo o cumprimento

da função social da cidade e da propriedade, por intermédio do incentivo e indução à

produção habitacional de interesse social nos vazios urbanos que possuam, em seu

entorno, infraestrutura;

IV – promover a requalificação urbanística e a regularização fundiária dos

assentamentos habitacionais precários, clandestinos e irregulares, dotando–os de

infraestrutura, equipamentos públicos e serviços urbanos e erradicando riscos;

V – promover a melhoria das construções em assentamentos precários, através de

assistência técnica à autoconstrução e de financiamentos para reforma, ampliação e

melhoria da edificação;

VI – remover e reassentar as famílias que ocupam áreas de risco ou inadequadas

para habitação.

São diretrizes da Política de Habitação:

I - Articular os programas habitacionais, com as demais políticas, gestão ambiental,

transporte, saúde, educação, assistência social e trabalho e renda, bem como

fortalecer os mecanismos e instâncias de participação, através do Conselho de

Habitação e audiências públicas.

II – instituir Zonas Especiais de Interesse Social;

III – constituir banco de terras, destinado à produção de habitações de interesse

social;

IV – coibir a implantação de loteamentos clandestinos e irregulares;

V – garantir o acesso das famílias de baixa renda às linhas de financiamento público

para habitação de interesse social;

VI – simplificar os procedimentos de aprovação de empreendimentos habitacionais

de interesse social, promovendo a redução dos custos e o aumento da oferta;

VII – contemplar, nos programas habitacionais, alternativas como locação social e

consórcios, incrementando o comércio e o aproveitamento de imóveis vazios;

VIII – instituir sistema de informações atualizadas sobre a situação habitacional do

Município, que reflita sua evolução, constituído de indicadores quantitativos e

qualitativos, além de mapas e plantas, a ser integrado a sistema de informações

geográficas – SIG multifinalitário e multiusuário;

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IX – instituir cadastro dos beneficiários de concessão de uso especial para fins de

moradia e de concessão de direito real de uso a ser integrado a sistema de

informações geográficas – SIG multifinalitário e multiusuário;

X – participar da recuperação ambiental de áreas públicas objeto de desocupação;

XI – observar os critérios de acessibilidade universal e a reserva e adequação de

parcela das unidades habitacionais produzidas para o atendimento de portadores de

necessidades especiais;

XII – otimizar e potencializar ações no setor de habitação, de forma articulada com

as esferas estadual, federal e internacional e demais municípios da Região

Metropolitana de Campinas;

XIII - Identificar, demarcar e regularizar as ocupações implantadas nos bens imóveis

federais e áreas de ferrovias desativadas sob o domínio da União.

XIV- Implementar o Plano Setorial da Habitação em consonância com as diretrizes

do Ministério das Cidades nas instâncias dos Conselhos da Habitação e da Cidade.

XV – aderir ao Sistema e ao Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social;

XVI – privilegiar a ocupação de imóveis vagos nas áreas urbanas, através da

aplicação dos instrumentos urbanísticos, ao invés de ampliar o perímetro urbano ou

criar novas áreas de loteamentos.

EIXOS DE ATUAÇÃO - SEHAB

Estruturador;

Produção habitacional;

Regularização fundiária;

A remoção só será executada em áreas configuradas como risco as vidas das

famílias, com a garantia de realocação em áreas próximas e acompanhada pelo

conselho municipal de habitação.

Concessão de financiamentos para construção;

Reforma e ampliação;

Concessão de auxilio moradia;

Contenção de ocupações, parcelamentos clandestinos e danos ambientais;

Aperfeiçoamento da legislação (parcelamento do solo; LUOS; implementação

dos instrumentos do Estatuto da Cidade nos termos do Plano Diretor e Plano

Municipal de Habitação; implementação dos Planos Locais de Gestão; incentivos

tributários; etc).

Aparelhamento da estrutura administrativa da SEHAB e COHAB

Convênios e parcerias com órgãos, entidades e iniciativa privada;

Principais instrumentos do Plano Diretor e do Plano Municipal de Habitação que

deverão ser recepcionados pelos Planos Locais de Gestão:

ZEIS de Indução;

Parcelamento, edificação e utilizações compulsórios;

ZEIS de Regularização;

Operação urbana consorciada;

Outorga onerosa do direito de construir;

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Utilização de terrenos com dívidas tributárias para atendimento do déficit

habitacional;

Implementação de política tributária especial na área central para estimular a

ocupação de imóveis vagos.

PRIORIDADES MUNICIPAIS

Busca-se, a partir desta 5ª Conferência da Cidade – etapa municipal, apontar as

necessidades para a política de desenvolvimento municipal, com destaque para a

integração das políticas urbanas:

1. Habitação

Demarcar de ZEIS (zonas especiais de interesse social) em todas as

macrozonas, em especial, em Sousas e Joaquim Egídio para atendimento das

famílias de 0 à 6 salários mínimos.

Unificar o FUNDAP (fundo municipal de atendimento a sub habitação popular) e

FMH (fundo municipal de habitação) que será regido por um conselho gestor

DELIBERATIVO, composto de forma paritária por entidades e orgãos do poder

público e sociedade civil. Objetivando a participação, o controle social e a

transparência em todos os seus atos.

Implementar Programas de Reformas e Readequação de moradias na área

central e demais assentamentos precários consolidados e consolidáveis. Para

atender famílias na faixa de 0 à 6 salários mínimos, oferecendo assistência

técnica com treinamento e capacitação de mão-de-obra (próprios beneficiários e

terceiros). Além de financiamento e subsídios para a compra de materiais de

construção.

Combater as diversas formas de segregação, preconceitos e discriminação

social presente na cidade através do desenvolvimento de políticas públicas

integradas e inclusivas estruturadas de acordo com os instrumentos jurídicos e

urbanísticos do estatuto das cidades.

A remoção das famílias das áreas de riscos iminente deverão ser planejadas,

discutidas e aprovadas de forma transparente por todos os entes envolvidos de

forma clara e com bastante antecedência. Estas famílias deverão ser realocadas

para áreas próximas das moradias originais com toda a infraestrutura urbana

concluída conforme estabelece a política nacional de desenvolvimento urbano,

políticas setoriais e a declaração dos direitos humanos da ONU.

Fortalecimento Técnico e Financeiro da Coordenadoria de Regularização

Fundiária.

Garantir o acesso da população de baixa renda (0 a 3 salários mínimos) a

imóveis localizados no centro da cidade, por meio da implementação de

programas de moradia popular.

Executar o Plano Municipal de Habitação de Interesse Social elaborado em

2011, com acompanhamento do Conselho Municipal de Habitação.

Garantir a consolidação de áreas consideradas como de urbanização simples

pelo Plano Municipal de Habitação de Interesse Social.

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12

Promover o diálogo do CONCIDADE com os demais Conselhos que façam

interface com suas atribuições, como CONDEMA, CONDEPACC, CONGEAPA e

em especial o CMDU, CMT e CMH, atraves da criação de camaras temáticas .

Aplicar e regulamentar os intrumentos previstos no artigo 4º da Lei 10.257/01,

especialmente os dispositivos legais que regulamentam a questão fundiária

urbana como a instituição das Zonas de Especial Interesse Social, outorga

onerosa do direito de construir, parcelamento, edificação e uso compulsório,

imposto predial e terreitorial urbano progressivo no tempo, desapropriação com

pagamentos em títulas da divida publica, direito de preempção e concessão de

uso especial para fins de moradia.

Implementar programa de assistência técnica pública e gratuita para o projeto e

a construção de habitação de interesse social, conforme Lei Federal 11888/2008

e Lei Municipal n. 13886/2010.

Definir a Zeis de Indução (conforme inciso I do artigo 84 do Plano Diretor,) de

forma distribuída em todas macrozonas do Municipio e demarcar todos os

assentamentos precários passiveis de consolidação conforme Plano Local de

habitação de interesse Social como Zeis de Regularização (conforme inciso II do

art 84 do Plano Diretor – Lei 15/2006).

Incluir na Lei Municipal de Parcelamento do Solo a exigência de uma

porcentagem de doação de áreas públicas nos parcelamentos do solo destinada

a Habitação de Interesse Social.

Transferir as atribuições do Conselho Consultivo do Fundap (Lei Municipal

4985/1980) e do Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação (Lei

Municipal 10.616/2000 fundo este hoje inoperante) ao Conselho Municipal de

Habitação (Lei Municipal 11.464/2003), que é o conselho que possui a

prerrogativa de composição adequada para tratar das questões habitacionais,

conforme a determinação da Lei do Sistema Nacional de Habitação de Interesse

Social (Lei Federal 11.124/2005).

Criação de um único fundo Municipal de Habitação cuja gestão esteja vinculada

ao Conselho Municipal de Habitação, conforme as determinações da Lei do

Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social ( Lei 11.124/2005). Para isso

é necessária a revogação do FUNDAP (Fundo de Apoio a População de Sub-

Habitação Urbana – Lei 4.985/1980) e do FMH (Fundo Municipal de Habitação –

Lei 10.616/2000), e criação de um único fundo cujo controle social seja realizado

pelo Conselho Municipal de Habitação.

Regularização de favelas e núcleos mais antigos deverão ter prioridade no

município e no Estado, ampliando a ocupação dos espaços institucionais.

Aumento da área construída das unidades habitacionais de 45m para 60m² e

que contenham mais áreas institucionais (escolas, postos de saúde, etc.) através

de contrapartida com as construtoras realizadoras dos empreendimentos.

Dar prioridade a produção do empreendimento de interesse social no programa

Minha Casa Minha Vida.

A remoção das famílias das áreas de risco iminente deverão ser planejadas,

discutidas e aprovadas de forma transparente por todos os entes envolvidos de

forma clara e com bastante antecedência. Estas famílias deverão ser realocadas

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para áreas próximas das moradias originais com toda a infraestrutura urbana

concluída conforme estabelece a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano,

políticas setoriais e a declaração dos direitos humanos da ONU.

Regularização fundiária da cidade de Campinas, sendo que a população quer

acompanhar o trabalho, pois tem bairros de 30 a 40 anos sem regularizar, o

governo está visando construção de Minha Casa Minha Vida e fazendo plano de

regularização, com esta regularização cairá o número de inscritos na COHAB e

ficará menor o número de casas que falta para construir.

Que a COHAB Campinas crie um mecanismo de loteamento popular, para

pessoas que querem construir sua casa própria ou em regime de mutirão, e

continuar com o sistema de crédito de construção.

Creches e escolas mais próximas da residência.

Rede de esgoto na região Ouro Verde, pois tem esgoto correndo a céu aberto

pelas ruas.

Terrenos para casas, pois os apartamentos estão muito demorados.

Incluir as famílias de baixa renda no programa Minha Casa Minha Vida assim

trazendo moradia digna, sustentabilidade, segurança, saneamento básico, água

potável e energia.

Priorizar mais as creches e as escolas com melhorias no ensino, segurança e

creches com período integral.

Melhoria nos postos de saúde, a falta de médico e atendimento digno lembrando

da segurança, transporte público assim trazendo mais qualidade de vida a todos.

Habitação legalizada no distrito de Sousas.

Melhoria no transporte e melhoria no sistema de saúde no posto que não tem

médico e a farmácia nunca tem medicamento. No nosso bairro não tem escola

para nossas crianças, e não tem área de lazer.

Cumprir as reservas de área para interesse social para idosos, portadores de

deficiência de 0 a 3 salários mínimos.

Inclusão Núcleo Residencial Parque das Flores, Núcleo Residencial Satélite Íris

(área Camprev) nas prioridades rede água e esgoto e regularização fundiária.

Núcleo Residencial São Francisco

Núcleo Residencial Rosário

2. Transporte e Mobilidade Urbana

Revitalização das linhas ferroviárias que passam por importantes locais da

cidade como Centro, Rodoviária, Guanabara, D. Pedro, Viracopos, etc. Deveria

ser implantado um sistema de transportes do tipo VLT (Veículo leve sobre

trilhos). O momento tem de ser esse, pois Campinas já apresenta grandes

indícios de dificuldade de locomoção. Além disso, a ligação com Viracopos e

Rodoviária excluiria a necessidade do TAV chegar até o centro da cidade. A

antiga linha Paulistana também entraria em pauta já que realizaria através de

trem a ligação com as cidades vizinhas, como Sumaré, Hortolândia, Valinhos e

Vinhedo e posteriormente São Paulo.

Revisão do sistema de transporte público da cidade. Campinas é

reconhecidamente uma cidade de pólo tecnológico e em amplo crescimento

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urbano. É URGENTE a necessidade de se rever o atendimento à população via

ônibus urbano. Não basta construir mais corredores próprios para ônibus! É

preciso mudar! Para isso sugiro a implementação de trens e metrôs na cidade de

Campinas, no mínimo interligando os terminais da cidade: Barão Geraldo, Ouro

Verde, Campo Grande, Centro, Sousas entre outros.

Implementar e fiscalizar as principais Leis já formuladas em âmbito Federal,

Estadual e Municipal relacionadas à Política de Mobilidade Urbana. (são elas,

respectivamente, Leis 12.587/12, Lei 10.095/98 e Lei 13.288/08).

Estabelecer um cronograma para a implementação do Plano Cicloviário

Municipal, elaborado pela EMDEC (cuja primeira versão é do ano de 2006 e que

já teve diferentes contribuições do Conselho de Mobilidade Urbana). Os marcos

iniciais considerados primordiais pela Comissão Cicloviária de Campinas para a

implementação do Plano Cicloviário Municipal são:

i) Viabilizar a ciclovia, devidamente separada e protegida da via dos

automóveis, na Avenida José de Sousa Campos (Norte-Sul);

ii) Estabelecer, regulamentar e fiscalizar espaços específicos para

estacionamento (bicicletários e paraciclos) principalmente nos locais de

entroncamento entre diferentes modais do transporte público;

iii) Articular o transporte por bicicleta com os demais modais do Sistema

Municipal de Transportes, viabilizando os deslocamentos com segurança,

eficiência e conforto para o ciclista e para os demais usuários da via;

iv)Elaborar projetos de construção de praças e parques (incluindo os parques

lineares), com área superior a quatro mil metros quadrados, contemplando o

tratamento cicloviário nos acessos e no entorno próximo, assim como

paraciclos e bicicletários no seu interior;

v)Destinar espaços em vias públicas (como pontes, viadutos e túneis) que

ainda serão implantadas para o acesso e circulação de bicicletas, em

conformidade com os estudos de viabilidade, sem causar prejuízo na

circulação de pedestres;

vi)Manter ações educativas permanentes com o objetivo de promover

comportamentos seguros e responsáveis dos ciclistas, pedestres e condutores

de veículos (motorizados ou não), visando divulgar o uso adequado de espaços

compartilhados.

Criar projeto de lei ordinária que autoriza a setransp/ emdec a implantação,

operação, manutenção e exploração dos meios de publicidade e propaganda

dos equipamentos públicos instalados nas infraestruturas de mobilidade urbana

de campinas conforme disposto na lei federal nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012.

Aperfeiçoar a base legal existente para circulação veículos de carga e descarga

que operam com bens e mercadorias na região central.

Criar grupo de trabalho intersetorial para tratar de “mobilidade urbana não

motorizada”, objetivando o desenvolvimento e implementação de políticas

públicas específicas e humanizadas; subsidiando a elaboração do plano

municipal de mobilidade (setransp).

Criar grupo específico na pmc integrado por representantes de todas as

secretarias correcionalizadas com eixo mobilidade urbana, a fins de

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implementação de diretrizes, procedimentos, políticas e conceitos de

desenvolvimento urbano sustentável.

Instituir a central de monitoramento do transporte público.

Criar nova legislação para polos geradores de tráfego.

Criação de terminais de transferências de ônibus no entorno do centro (norte-

sul-leste-oeste), de forma que linhas de ônibus não cruzem o centro (rótula),

circulando pela mesma somente o sistema de locomoção da rótula.

Implementação urgente de sistema de fiscalização dos ônibus, cujo sistema já

está atrasado há uma década.

Terminal de ônibus na região do Campo Belo.

Restringir a utilização de veículos no centro de Campinas, promovendo a

utilização de transporte de massa e alternativas (ciclovias).

Sistema de Integração BRT Diesel/Elétrico com transporte ferroviário.

Rever projeto rótula para evacuação Plano de Contigência urgência e

emergencia Campinas – Sede copa do mundo (rota de fuga).

Estudo e planejamento do entorno das estações de transferencia corredor John

Boyd Dunlop e Ouro Verde. Obs: plano diretor Macrozona 05.

Implantação de vias marginais ao corredor John Boyd Dunlop.

Implantar vias de ligação entre os bairros.

Um profundo estudo para instalar passarelas e semáforos nos lugares de grande

circulação de veículos e de pedestres. Ex: Vila Brandina.

Palestras para os profissionais da área para ajudar os usuários no sentido de

acessibilidade nos transportes e nas ruas.

Iluminação nos pontos mais desertos.

Corredores tri-modais: aproveitamento dos leitos ferroviarios desativados e ainda

não incluidos no plano de BRT como eixos de mobilidade nos três modais que

mais se beneficiam da baixa declividade:

– calçadões para pedestres

– VLT – Veiculo leve sobre trilhos

– Ciclovias.

Ligação viária entre Campo Grande, Ouro Verde, Aeroporto de

Viracopos/Campo Belo, para atender o grande polo de geração de emprego que

virá a ser o Aeroporto de Viracopos. Ampliação do BRT para fazer essa ligação

(av. Deputado Eduardo Magalhães), também é de extrema importância, uma

segunda alternativa de acesso ao Aeroporto.

Considerando a política dos Ministérios das Cidades de priorização de modos

coletivos e não motorizados de transporte, a cidade de Campinas deveria fazer

também uma ação educativa a respeito da acessibilidade e desenho universal

no meio urbano. Deve-se aplicar o conceito de Rota Acessivel aos projetos

urbanísticos desenvolvidos pelo poder público. Deve-se disponibilizar a cartilha

sobre a construção das calçadas para todo estabelecimento e habitação autuado

por não conformidade com a lei municipal de acessibilidade.

Inserir avisos sonoros de linhas e próximos pontos dentro dos ônibus e não

apenas ligados ao uso de aparelhos celulares, ter como exemplo os metrôs de

São Paulo que tem avisos sonoros e luminosos com toda a rota da linha.

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Corredores para bicicletas (30% das vias).

Calçadas adequadas com padrão de largura (comportando os cadeirantes).

Espaços públicos com infra-estrutura.

Transporte Multimodal (municipal) planificar alternativas de transporte que

complementem o transporte publico de massa, que atualmente é só rodoviário.

Utilizará trechos da malha ferroviária desativada que atravessam o municipio,

com base em estudos específicos, com base em pesquisas origem-destino:

- estrada de ferro Carril Funilense (centro campinas – barão geraldo)

- Cia de Ferro mogiana (centro – estação anhumas)

- Sorocabana, E.F. (centro – aeroporto de viracopos)

- Cia Paulista (centro – pátio boa vista – entrocamento rodoferroviário) e (centro

– abolição Unip)

ESTADUAL: CPTM – Jundiaí – Campinas Integração do Trem da CPTM que liga

São Paulo à Campinas.

Implementação de paraciclos para bicicletarios nos 3 principais terminais

urbanos do município (terminal central, terminal ouro verde, terminal barão

geraldo) com o objetivo de ampliar a conexão intermodal entre ciclistas e

usuários do transporte coletivo.

Unificação da utilização do bilhete único tanto para utilização de transporte

coletivo como também para o aluguel das bicicletas no projeto “viva bike”.

Desenvolvimento e apresentação de um cronograma por parte da

EMDEC/Secretaria de Transportes no que tange as principais ações

relacionadas à mobilidade urbana no município (novas vias, BRT, plano

cicloviário).

Renovação do projeto “viva bike” contemplando a correta manutenção e

preservação das bicicletas disponíveis para locação.

Fazer com que haja uma politica de transporte para promoção de atendimento

às pessoas autistas uma vez que elas precisam de educação, saude, lazer,

cultura. Com isso as famílias destes acabam sofrendo preconceito no uso do

transporte coletivo.

3.Planejamento Urbano e Gestão Territorial

Reivindicar junto ao Governo Federal a participação dos municípios da região

metropolitana de Campinas nas discussões relativas aos impactos gerados pela

implantação do Aeroporto Internacional de Viracopos, objetivando a definição de

ações conjuntas entre as várias esferas de governo, bem como a alocação de

recurso sob a gestão da União com vistas à distribuição regional e setorial dos

mesmos, para as ações atreladas ao desenvolvimento urbano, habitação,

saneamento, mobilidade e transporte urbano.

Resgatar a identidade dos bairros, através da revitalização de seu patrimônio

material e imaterial. Criar, gerir e restaurar espaços de convivência, garantido

que a população tenha acesso a lazer, cultura e esporte. Garantir que os

espaços com essas características, localizado na área central sejam de acesso

universal, realizando sempre atividades de educação, resgate da memória e

integração social, afim de reavivar uma identidade coletiva à cidade.

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Que a lei de zoneamento não permita empresas de grande porte em zonas

residenciais.

Incluir entre as atribuições do Conselho da Cidade a "avaliação dos resultados

de programas governamentais, em especial aqueles vinculados as políticas

federais tais como o PAC e Minha Casa, Minha Vida, encaminhando suas

observações ao Conselho Nacional das Cidades".

O Estatuto das Cidades garante a Função Social da Terra: Os municípios

deverão estabelecer uma legislação para obrigar os proprietários de terrenos ou

imóveis mal utilizados para cumprir a função social.

Parcelamento e Edificação Compulsórios: Os municípios deverão estabelecer

uma legislação com prazo para que os proprietários realizam as ações

necessárias para que a função social seja cumprida.

IPTU Progressivo no tempo: Os municípios deverão estabelecer uma legislação

com punição e prazo para que os proprietários realizem as ações necessárias

para que a função social seja cumprida, em especial, para as reservas de terras

com a intenção de especulação imobiliária.

Desapropriação: Estabelecer que a desapropriação possa ocorrer em todo o

território municipal, menos, em locais de proteção ambiental.

O Plano Diretor só vale se a população participar (Audiências Públicas, Iniciativa

popular, consultas públicas, Orçamento Participativo, Conferências, Conselho de

Habitação e Desenvolvimento Urbano: Estabelecer em legislação específica que

os municípios realizam de forma ampla e popular em todo o território municipal

(bairros ou conjuntos de bairros). O Conselho da Cidade deverá fazer um debate

popular anualmente para prestar contas e avaliar as resoluções aprovadas na 5°

conferência da cidade. Com a articulação entre o Conselho da cidade,

Interconselhos, Forum Nacional de Reforma Urbana, Conselho Estadual e

Federal. Garantir a política e Financiamento para a implantação das diretrizes

estabelecidas do Plano Diretor.

Fortalecer o Conselho Municipal da Cidade (CONCIDADE) como importante

instância participativa do planejamento urbano, modificando seu caráter de

Consultivo para Deliberativo (resgatando o definido pela Lei 12.111/04 que o

criou) e coincidindo sua eleição com a realização da Conferência da Cidade.

Incluir entre as atribuições do CONCIDADE o acompanhamento da

implementação do Plano Diretor, a obrigatoriedade de sua manifestação nas

propostas sobre criação e/ou alteração da legislação pertinente ao

desenvolvimento urbano, e de apreciação das propostas relacionadas ao

desenvolvimento urbano constantes da Lei Orçamentária, PPA e LDO, antes de

seu envio à Câmara Municipal.

Promover diálogo do CONCIDADE com os demais Conselhos que façam

interface com suas atribuições, em especial o CMDU (Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano), o CMTM (Conselho Municipal de Transportes e

Mobilidade) e o CMH (Conselho Municipal de Habitação), através da criação de

Câmaras Temáticas.

Aplicar e regulamentar os instrumentos previstos no artigo 4º, da Lei 10.257/01

(Estatuto da Cidade), especialmente os dispositivos legais que regulamentam a

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questão fundiária urbana como a instituição das Zonas de Especial Interesse

Social, outorga onerosa do direito de construir, parcelamento, edificação e uso

compulsórios, imposto predial e territorial urbano progressivo no tempo,

desapropriação, direito de preempção e concessão de uso especial para fins de

moradia.

Definir ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) de forma distribuída nas

diversas Macrozonas do Município.

Revisar o Plano Diretor de modo a adequá-lo às diretrizes e planos instituídos

pelo Estatuto da Cidade, principalmente no concernente à fixação de áreas

relacionados ao parcelamento, edificação ou utilização compulsórios; à

usucapião especial de imóvel urbano; ao direito de superfície; ao direito de

preempção; à outorga onerosa do direito de construir; às operações urbanas

consorciadas; da transferência do direito de construir; ao estudo de impacto de

vizinhança.

Revisar imediatamente o Plano Diretor de Campinas, dando ênfase à

participação da população em todas as fases do processo (como estabelecido

no artigo 40 do Estatuto da Cidade). Esse processo deve ser concomitante com

a revisão e harmonização de toda a legislação de parcelamento e uso e

ocupação do solo.

Suspender as discussões sobre os Planos Locais de Gestão Urbana até que a

revisão do Plano Diretor seja concluída.

Considerar na revisão do Plano Diretor os seguintes pontos: não ampliação o

Perímetro Urbano com a preservação das áreas rurais; extinção da Zona 18 na

Lei de Uso e Ocupação do Solo; exigência de que desmembramentos de

grandes áreas também destinem áreas públicas para praças, parques, serviços

públicos etc., o que não é exigido na lei de parcelamento; estabelecimento de

Zonas de Amortecimento que protejam áreas impróprias à ocupação ou

expansão urbana.

Regulamentar, por lei, o Estudo de Impacto de Vizinhança.

Incluir na revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo áreas, distribuídas pelo

Município, destinadas à implantação de cooperativas de reciclagem.

Elaborar um regulamento para os dispositivos constantes da Lei de Uso e

Ocupação do Solo que exijam uma regulamentação para sua execução, além de

trazer os conceitos e definir critérios para os termos abertos constantes do

mesmo diploma legal, tais quais, "dependendo de estudos específicos", "a

pedido dos interessados", "mediante laudo técnico", "sob consulta ao Poder

Executivo”.

Criar novas Unidades de Conservação, Parques e Bosques Urbanos no

Município, como o Parque de Barão Geraldo e o Parque dos Jatobás, de forma a

melhorar a relação área verde e área de lazer/habitante.

Retomar o processo de tombamento n. 04/03 do Conselho de Defesa do

Patrimônio Cultural de Campinas – CONDEPACC -, destinado ao estudo de

tombamento do conjunto de áreas verdes naturais, fragmentos de matas

remanescentes, incluídos os parques e bosques, que contêm áreas de

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vegetação nativa, áreas de floresta estacional semidecidual, áreas de floresta

paludosa (Matas Brejosas) e áreas de Cerrado no município de Campinas.

Diretrizes para o desenvolvimento de Ecovilas Urbanas:

- Revisão vinculada ao projeto de lei do município de Campinas protocolado sob

Nº 2011/08/11587

- Promover incentivos e fornece parâmetros para a implantação e caracterização

de uma modalidade de loteamento de caráter ecológico, denominado “ecovila

urbana”, cuja estrutura de desenvolvimento e execução é norteada pelos

princípios da sustentabilidade, e que busca o equilíbrio (i) econômico, (ii)

ambiental e (iii) social, caracterizado como sendo assentamento humano, a partir

da criação de modelos de vida sustentável, dentro das características de sua

própria bioregião, numa abordagem que estimula o desenvolvimento comunitário

e pessoal.

Garantir a agilização dos processos de regularização fundiária em curso e o

início da regularização de todas as áreas ocupadas por população de baixa

renda passíveis de consolidação, tal como previsto no Plano Local de Habitação

de Interesse Social. Garantir ainda, através da articulação da Prefeitura

Municipal de Campinas e demais órgãos competentes, a regularização fundiária

dos bairros do entorno do Aeroporto de Viracopos e garantir o acesso a todas

infraestruturas e equipamentos públicos faltantes na área, tais como: terminal de

ônibus, melhoramentos viários, creches, escolas, postos de saúde.

Propor alteração no Zoneamento urbano, permitindo a criação de quadras com

uso misto e tipologias variadas em relação ao dimensionamento de lotes e

edificações, levando-se em consideração a insolação, a ventilação e a livre

passagem de pedestres através da quadra (“quadras abertas”; do inglês: “open

blocks”).

Prioridade na Política de Desenvolvimento Urbano do Município de Campinas. A

Coordenadoria setorial de patrimônio histórico de Campinas, órgão da Secretaria

de Cultura do Município de Campinas tem como prioridade em sua política de

desenvolvimento urbano, a Recuperação físia dos imóveis do centro histórico do

Município de Campinas. Criada em 1988, desde então tem trabalhado

intensamente e em conjunto da sociedade representrado pelo CONDEPAC,

órgão deliberativo que orienta os trabalhos e ações de diagnóstico,

mapeamento, inventário dos bens de interesse histórico, arquitetônico e

ambiental do municipio a fim de preservá-los pela instituição do tombamento.

Isto possibilita atividades de educação e turismo histórico em conjunto com a

Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turístico de Campinas, bem como

fornecer instrumentos as Secretarias de Planejamento, Serviços Públicos e

Infraestrutura, pois afeta o ordenamento urbano da idade. Já existe uma

quantidade substancial de estudos, inventário, fichas de informação, mapas,

levantamentos históricos dos imóveis e resoluções de tombamento de imóveis

do Centro Histórico de Campinas, com proposições de recuperação, restauro,

manutenção de todo este acervo urbano. Recursos financeiros e humanos são

necessários para a implementação de projetos e valorização dos bens tombados

e de seu entorno, quanto a: A - Normatização e adequação da publicidade,

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tendo em vista que o uso destes imóveis predominantemente comercial, visando

a despoluição visual e valorização da arquitetura das edificações; B – Limpeza

de fachadas, recuperação, restauro e manutenção dos imóveis tombados; C –

Retirada de fiação e postes de rede de energia aérea, transformando-a em

subterrâneo; D – Tratamento das calçadas, ruas e vias de acesso atendendo as

normas de acessibilidade, promovendo segurança para a circulação dos

pedestres; E – Identificação visual e educativa dos prédios históricos; F – que no

processo de recuperação física dos imóveis seja garantida a função social da

propriedade privilegiando o uso de moradia de interesse social, evitando o

processo de gentrificação.

Criação do serviço municipal de pesquisas continuada, com a função de

levantar, utilizando sistemática apropriada, as reais necessidades dos

munícipes. Essas informações, adequadamente agrupadas em banco de dados,

com o objetivo de subsidiar os técnicos em planejamento na idealização da

“Cidade que precisamos”. Este banco de dados integrará o cadastro

multifacilitário municipal.

Estabelecer política urbana voltada para a construção de uma cidade compacta

e socialmente justa, com densidades economicamente viáveis para o

oferecimento de condições urbanas adequadas, com mescla de usos, de

segmentos sociais e de padrões de ocupação, limitando a expansão urbana e

priorizando a ocupação de vazios situados em regiões urbanas consolidadas,

através de medidas como a implantação dos instrumentos do Estatuto da Cidade

que visam coibir a retenção especulativa da terra.

Estruturação técnica e institucional do processo de planejamento, elaboração e

revisão do Plano Diretor, da legislação e planos urbanísticos e estratégicos,

planos viários, de revitalização do centro, de fomento às centralidades de bairro,

desenvolvimento de operações urbanas e outros instrumentos urbanísticos;

Revisão e atualização das leis de uso e ocupação do solo, parcelamento,

regulamentação de instrumentos urbanísticos previstos no Estatuto da Cidade,

atualização do Plano Diretor do Município frente às novas dinâmicas, tendências

e demandas de desenvolvimento do município, considerando a Campinas que

queremos nos próximos 20 anos com a participação dos conselhos previstas

pelo estatuto da cidade.

Prever o direito de construção de espaços edificados superiores a área total do

terreno, até limite a ser determinado, mediante contrapartida econômica a ser

destinada ao Fundo Municipal de Habitação e ao Fundo Municipal Infraestrutura,

sendo este último a ser criado, conforme estabelece o artigo 173 da Lei

Orgânica do Município.

Desenvolver plano urbanístico para a região do entorno do Aeroporto

Internacional de Viracopos, visando recuperar, requalificar e regularizar as áreas

situadas na região, considerando os impactos dos grandes empreendimentos

previstos, em especial a ampliação do Aeroporto de Viracopos, a

complementação do Anel Viário Magalhães Teixeira e Trem de Alta Velocidade

(TAV), com o estabelecimento das intervenções a serem realizadas, os

instrumentos urbanísticos para viabilização das intervenções e a definição das

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responsabilidades dos entes envolvidos com sua implantação respeitando aos

acordos internacionais de direitos humanos ao qual o Brasil é signatário.Garantir

ainda, através da articulação da Prefeitura Municipal de Campinas e demais

órgão competentes, a regularização fundiária dos bairros do entorno do

Aeroporto de Viracopos e garantir o acesso a todas infraestruturas e

equipamentos públicos faltantes na área, tais como: terminal de ônibus,

melhoramentos viários, creches, escolas, postos de saúde e serviços.

Priorizar programas de regularização fundiária, de produção de habitação de

interesse social e de controle de ocupações irregulares;

Elaboração de trabalho técnico de proposição de estruturação viária, revisão das

diretrizes macroviárias existentes e indicação de ações emergenciais para a

circulação urbana do município.

Adequar e capacitar a estrutura técnica e institucional da SEPLAN para atender

a demanda de trabalhos previstos, quais sejam: implantação de processo

permanente de planejamento, revisão da legislação urbanística, implementação

de plano local de habitação de interesse social, do plano de mobilidade, plano

de saneamento elaboração de planos viários, plano de recuperação do centro,

desenvolvimento e implementação de operações urbanas, dentre outros

necessários ao desenvolvimento urbano sustentável do município, assegurando

a compatibilidade de uso do solo e densidade urbana apropriada, revertendo o

quadro de degradação urbana, estimulando soluções eficientes e de baixo custo.

Capacitação e apoio técnico e logístico ao funcionamento dos Conselhos da

Cidade e de Desenvolvimento Urbano e promoção de eventos ligados ao

urbanismo.

Desenvolvimento de programa de fomento às centralidades do município através

da identificação de potenciais centralidades do município, elaboração de

propostas fomento e intervenção, bem como de articulação da ação pública

nesses locais.

Adotar ferramentas tecnológicas de comunicação na busca de maior eficiência e

efetividade das atividades de planejamento e gestão. 2.3.49-Fomentar a

participação da sociedade nas atividades de planejamento através da utilização

de tecnologias de comunicação.

Desenvolver ferramentas informatizadas de análise espacial, de carregamento

viário de polo geradores de tráfego, de monitoramento da aplicação da

legislação urbanística e de disponibilização de informações na web.

Construção de Base Cartográfica Cadastral, modernização e informatização do

Cadastro Técnico Municipal, implantação de Sistema de Informação

Georreferenciado que permita a construção de cadastro técnico multifinalitário e

a integração de diferentes bases de dados da PMC e de outras origens de

interesse para a gestão do território e o planejamento da ação pública.

Incentivo a revitalização e reutilização das áreas centrais, espaços particulares

abandonados, otimizar o convívio nas praças públicas, considerando a grande

degradação nas cidades metropolitanas. O Município não consegue resolver

sozinho, é preciso de força tarefa nacional e principalmente das cidades

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pertencentes a mesma região metropolitana. Atenção nas migrações de

moradores de Rua.

4. Saneamento Ambiental

Área de saneamento - A destinação dos recicláveis e de outras pequenas

quantidades de entulhos e de poda precisa ter opção de destinação em locais

distribuídos pela cidade de forma a otimizar a logística. Sugiro que sejam

incluídas na revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo áreas, distribuídas pelas

diversas Regiões da cidade, adequadas à implantação de cooperativas de

reciclagem e de Ecopontos.

Área de saneamento - Como forma de evitar o descarte de lixo em terrenos

baldios, estradas, etc, sugiro a implantação de ecopontos, distribuídos pelo

Município, para onde possam ser destinados pequenos volumes (até 1 m3)de

resíduos de construção e poda, além de resíduos domésticos perigosos (tintas,

óleos, inseticidas, lâmpadas, eletrônicos etc).

Elaborar imediatamente o Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos, de

acordo com os preceitos da Lei 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos

Sólidos), que prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, institui a

responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos, estabelece metas

importantes para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento

nos níveis nacional, estadual, microregional, intermunicipal ou metropolitano e

municipal.

Viabilizar o Aterro Sanitário Delta B, pela desapropriação da área prevista para

sua implantação.

Prosseguir com os trabalhos de remediação nos aterros desativados Pirelli e

Santa Bárbara e evitar novas invasões.

Mapear e cadastrar as nascentes e vertentes do Município, obrigando a sua

preservação nos empreendimentos aprovados.

Estabelecer programa de recuperação das matas ciliares.

Definir regras claras para a aprovação da construção de barragens.

ORIENTAÇÕES GERAIS

Convocar eleição para o Conselho Municipal de Habitação. O mandato dos

conselheiros da gestão anterior se encerrou em janeiro 2013 e até o momento o

Poder Executivo não convocou eleições para uma nova gestão.

Moradia Popular ou lotes na região de Sousas ou Joaquim Egidio pelo menos

para aqueles que moram na região e pagam aluguel.

Fiscalização constante dos projetos, plantas, qualidade de material a ser

utilizado, mão-de-obra especializada, construtora idônea, espaço físico racional

para todos os membros da família.

Incluir o Núcleo Residencial Ipaussurama para fins de regularização.

Moradia, casas com esgoto e asfalto. Mais rapidez na entrega dessas moradias.

Terrenos para casas com rede de esgoto, escola, asfalto, posto de saúde nos

bairros com médicos para atendimento.

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Mais moradias para a população. Moradias mais próximas do centro, pois as

últimas entregues têm sido feitas cada vez mais distante do centro da cidade.

Banheiro e bebedouro nos pontos finais e nas principais estações de troca.

Responsabilidade nas mudanças de pontos de ônibus: Ex: ponto do ventura mall

já mudou umas 10 vezes, reforma-se um imóvel, muda-se o ponto. O usuário

acaba sendo prejudicado.

Para o transporte urbano municipal que fosse criado uma comissao entre

sindicato e trabalhadores profissionais da categoria para que apontassem os

problemas e soluções do transporte público.

Que o fundo municipal de transporte e transito comece a funcionar com urgência

urgentíssima, pois atualmente isto não ocorre e que o exemplo do fundo

municipal de Transporte e Transito, de Curitiba, Jundiaí, o fundo municipal de

Saúde e da Educação em Campinas tem representantes dos conselhos

municipais e da sociedade civil organizada no Conselho Diretor dos fundos que

gerem o dinheiro público. Em Campinas, a lei municipal que instituiu o Fundo

Municipal de transporte e transito prevê apenas o Sr. Prefeito Municipal e o

Secretário de Transportes ter assento no Conselho Diretor do Fundo.

Propostas para Região SUL (Eixo Santos Dumont): Continuação / Rodoanel

José Roberto Magalhães Teixeira (verificar possibilidade de menor impacto

social e ambiental) Projeto / SP 073 Rod. Lix Da Cunha (com ciclovias, barreira

anti-ruídos, acostamento, iluminação, espaço para caminhada) Implantação das

Marginais da Rod. Santos Dumont Regularização Fundiária (estrutura técnica,

financeira) Centro Multifucional Pedra Branca (atacado e varejo de produtos da

produção local) Geração de Empregos e Renda / Distrito Industrial Projetos

Culturais na Região Projeto se utilização da linha férrea (desativada antigo VLT

E Mimosa).

PRIORIDADES ESTADUAIS

Encaminhar recomendação ao Governo do Estado para a elaboração de um

plano regional de desenvolvimento, a ser concebido com a participação do

governo e sociedade civil dos municípios afetados, direta ou indiretamente, pela

ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos, internalizando em sua

concepção ações com vistas a garantir a manutenção das especificidades dos

municípios envolvidos no que tange às suas características físicas, ambientais e

sócio-econômicas, tendo em vista que as políticas que venham a ser praticadas

pelos envolvidos sigam uma orientação comum e procurem resultar no bem

coletivo.

A garantia da participação efetiva da sociedade na definição da política urbana é

fundamental, seja pelo fato deste tema ter ganhado relevância na pauta de

organizações da sociedade civil, muito antes dos governos atentarem para a

questão, seja pelo impacto social das políticas urbanas na vida do conjunto da

sociedade, sobretudo da parcela submetida à pobreza. Em nível estadual a

participação e o controle social cotidiano da política urbana deverá ocorrer

através do Conselho Estadual das Cidades com caráter deliberativo e que

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respeite, no mínimo, os parâmetros da resolução aprovada na 4ª Conferência

das Cidades, realizada em 2010. A composição do conselho deverá respeitar a

proporção de 60% de representantes de entidades e movimentos oriundos da

sociedade civil e 40% de representantes oriundos dos poderes públicos. O

conselho será presidido por representante da sociedade civil. Cabe salientar que

a ausência deste instrumento de participação popular, a partir de 2015, impedirá

que o estado de São Paulo participe de editais coordenados pelo Ministério das

Cidades e/ou receba recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Urbano-

FNDU quando este estiver em pleno funcionamento.

O estado de São Paulo criará um Fundo Estadual de Desenvolvimento Urbano –

FEDU sob coordenação do Conselho Estadual da Cidade, para que os repasses

ocorram fundo a fundo, garantindo transparência, controle social e tratamento

sistêmico dos recursos públicos. Além de recursos do FNDU voltados a atender

às finalidades e programas traçados pela esfera federal, o FEDU será composto

por recursos estaduais específicos para áreas de habitação de interesse social,

transporte e mobilidade de interesse social e programas urbanos estratégicos

definidos pelas Conferências das Cidades.

O governo estadual manterá políticas permanentes de estímulo à criação de

fundos municipais e metropolitanos de desenvolvimento urbano, até a

universalização deste instrumento de gestão no estado de São Paulo.

O estado de São Paulo organizará com ampla participação popular e

envolvimento direto do Conselho Estadual das Cidades, um plano estadual de

ordenamento territorial e desenvolvimento econômico e social e estimulará as

regiões metropolitanas a fazerem o mesmo, estabelecendo objetivos

estratégicos sobre seus territórios para a próxima década.

Os projetos de órgãos estaduais, como aqueles desenvolvidos pela Companhia

de Desenvolvimento Habitacional e Urbano- CDHU, mesmo em parcerias com

entidades locais, com ou sem fins lucrativos, ou cooperativas, não poderão

submeter o planejamento urbano das cidades e seus investimentos em

infraestruturas mas, ao contrário, deverão ser desenvolvidos com estrita

observância e integração com estes parâmetros de planejamentos locais.

O governo do estado de São Paulo desenvolverá políticas continuadas de

promoção da acessibilidade universal em todos os órgãos públicos estaduais e

obras públicas sob sua gestão. Desenvolver ainda a indução de política de

acessibilidade universal junto às cidades paulistas.

O estado de São Paulo desenvolverá, em conjunto com o Ministério das

Cidades, políticas públicas e programas de assistência técnica e formação de

agentes para a promoção da regularização fundiária urbana nos municípios, que

“observem a garantia ao acesso e permanência das famílias à moradia nas

áreas regularizadas, de forma a evitar a valorização fundiária e a posterior

expulsão das mesmas pela dinâmica da especulação imobiliária”.

O estado de São Paulo desenvolverá plano estadual de promoção à função

social nos imóveis do governo estadual vazios ou subutilizados para fins de

habitação de interesse social. O mesmo plano deverá prever também a

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arrecadação de terras públicas estaduais no meio rural, improdutivas e/ou

griladas, para fins de reforma agrária.

As políticas estaduais de garantia de Promoção da Função Social da

Propriedade, como a aplicação de 1% do ICMS para habitação popular, não

poderão sofrer contingenciamentos oriundos de estratégias de desonerações ou

substituições de impostos, sob pena de responsabilização civil e criminal de

seus gestores.

A aplicação dos recursos oriundos da arrecadação do ICMS, deverão ser

direcionados exclusivamente à construção de moradias de interesse social,

sendo vedado sua utilização em obras de infraestrutura e outras, quando não

vinculadas a obras de habitação de interesse social, que deverão receber

recursos de dotação orçamentária específica.

Considerando: “I- a água como valor de uso e como bem essencial à vida

humana, que deve ser assegurado a todos em igual quantidade segundo as

necessidades sociais locais e regionais; II- água como bem não essencial,

vinculado a diversos usos tal como lazer; e III – água como insumo comercial, de

serviços e de produção”, o estado de São Paulo deverá promover planejamento

integrado de consumo e abastecimento para as próximas décadas, envolvendo

todas as regiões metropolitanas e cidades e respeitando a diversidade ambiental

e o desenvolvimento social, político e econômico do estado.

Desenvolver políticas de integração entre as cidades da RMC para solucionar

problemas comuns.

Integração da RMC através de malha ferroviária; Aproveitamento da malha

ferroviária existente na RMC como alternativa de Transporte de massa, frente ao

atual modal sobre pneus e de baixo valor agregado.

Implantação de uma política de integração tarifária na RMC.

Compor grupo de trabalho integrado pelos orgãos correlacionados a nivel

municipal e estadual para tratar das interfaces rodovia/ município.

Criar um Conselho RMC popular para debater, propor e aprovar políticas

públicas para as cidades.

Revitalização das linhas ferroviárias que passam por importantes locais da

cidade como Centro, Rodoviária, Guanabara, D. Pedro, Viracopos, etc. Deveria

ser implantado um sistema de transportes do tipo VLT (Veículo leve sobre

trilhos). O momento tem de ser esse, pois Campinas já apresenta grandes

indícios de dificuldade de locomoção. Além disso, a ligação com Viracopos e

Rodoviária excluiria a necessidade do TAV chegar até o centro da cidade. A

antiga linha Paulistana também entraria em pauta já que realizaria através de

trem a ligação com as cidades vizinhas, como Sumaré, Hortolândia, Valinhos e

Vinhedo e posteriormente São Paulo.

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MOÇÕES APROVADAS

MOÇÃO DO SASP – a respeito do decreto 17.980/13

Nós, a população de Campinas, solicitamos a inclusão dos conselhos municipais

correlatos no grupo de trabalho revisor da legislação urbanística, edilícia, de uso e

ocupação do solo e de parcelamento do solo, instituída pelo decreto 17890 de 28 de

Fevereiro de 2013. Insurgimo-nos contra a atitude do Exmo Sr Prefeito Municipal de

Campinas, Jonas Donizzeti, pela criação do grupo de trabalho sem a participação

dos membros dos respectivos conselhos municipais que discutem o tema.

Entendemos que todos os conselhos municipais devam participar do grupo de

trabalho, mais especialmente o CONCIDADE, o CMDU, o CONDEMA, o Conselho

de habitação, o Conselho de Transporte e o Conselho Gestor da Macrozona 05, que

já discutem as questões abordadas por esta legislação. Os conselhos municipais

tem o papel fundamental no fortalecimento da participação democrática na

formulação e implementação de políticas públicas, e por este motivo, não podem ser

deixados à margem de um processo de impacto tão grande em nossa cidade.

O decreto 17890, da forma como foi feito, não propicia a construção democrática,

uma sociedade mais justa, igualitária e regida por processos mais transparentes nas

políticas publicas, além de se afastar das premissas do governo federal para a

participação e controle social na gestão pública.

A inclusão dos conselhos municipais no grupo de trabalho criada pelo decreto 17890

será um ato de política publica valiosa para a cidade, e assim solicitamos a revisão

do mesmo.

MOÇÃO: CENTRAL DE MOVIMENTOS POPULARES CMP, UNIÃO DE MORADIA

POPULAR UMP, NOVA ALIANÇA, MOVIMENTO DOS TRABALHOS

DESEMPREGADOS MTD, OCUPAÇÃO JOANA D'ARQUE OJD

Título: Repúdio contra a violação do Direito a Moradia e remoção das familias na

cidade de Campinas e por uma Politíca Habitacional transparente.

Na contramão da verdadeira democracia, a Prefeitura Muncipal de Campians, não

esboucou nenhuma preocupação como está sendo feita a reforma urbana no

presente e nem tão pouco como será feita no futuro.

É a na Conferência Municipal das Cidades que a Sociedade organizada toma

ciência de tudo que está sendo plenejado e executado nas Cidades. É nas CNC que

os poderes executivos Municipal, Estadual e Federal, ficam na mesma altura, em pé

de igualdade com os cidadãos brasileiros e as decisões do povo ganham

encaminhamento para serem transformadas em Leis, normas e etc...

A Sociedade Brasileira nos movimentos sociais organizados por lutas de direitos e

legitimados na história deste País, tem tido avanços substanciais na construção de

Governos com gestão participativa e transparente, garantindo espaços de

intervenção para opniar, fiscalizar, propor ou deliberar, na visão e concpção de

quem vive as politicas públicas ou a falta delas.

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A experiência com os Conselhos de Saúde, que acompanham o SUS, da

Assistencia Social que acompanham o SUAS (Sistema Único de Assistência Social),

das Cidades, que defendem um sistema urbano de interesse social e demais

conselhos que fazem controle social, mostra que só assim, com a participação

efetiva da sociedade nas tomadas de decisões do Executivo, é que o Brasil será aos

poucos concertdao e vascinado contra todo o tipo de crimes que prejudicam a

sociedade, como a corrupção.

Aos moldes das cidades melhores desenvolvidas do mundo, os Conselhos tem

nessa forma democratica de ajudar a governar, a garantia de melhorar as politícas

públicas e torná-las efetivas e verdadeiramente eficazes, para o principal

interessado, o povo.

A participação e divisão de responsabilidade com a sociedade civil organizada por

meio dos conselhos, por ex., mostam amadurecimento ou não dos chefes executi do

Brasil.

A ausência de uma política habitacional faz com que muitas famílias procurem

alternativas de moradia em locais considerados “ ilegais” pelo Poder Público. Pelo

Brasil, devido as grandes eventos previstos, como a Copa do mundo 2014 e as

Olimpiadas 2016, intensificam-se cada vez mais, os desalojamentos de milhares de

famílias em várias comunidades nos Estados sedes.

As desocupação de famílias tem sido realizadas de forma intensa e truculenta.

Portanto, vemos um processo de exclusão e repressão atraves do aparato policial e

das politícas públicas dos governos Municipais e Estaduais que silenciosamente

cometem ações desumanas. Ficam as questões:

A luta por moradia assemelhe-se a uma guerra? O povo deve ser combatido? É

crime lutar por um direito reconhecido na Constituição Federal, que à a moradia

digna, é crime lutar por uma políca habitacional para o povo e não para a

especulação imobiliária?

A forma como o Prefeito Jonas Donizzete e seu governo tem tratado a população de

Campinas, mostra para que veio.

O Presidente da Cohab Campinas (Ricardo Chiminazzo) por sua vez tem tomado a

mesma postura do Prefeito Jonas Donizzete, pois em uma das reuniões disse: “

Vocês precisam rezar mais para serem sorteados por um dos programas

habitacionais de Campinasӎ uma vergonha, pois o prefeito Jonas tem sua (s) casa

(s), o Ricardo Chiminazzo, também tem onde reclinar sua cabeça, não se

preocupando com pessoas de baixa renda, trabalhadores que não tiveram a

oportunidade de adquirir um imóvel e ficam a depender do programa falido de

habitação. A forma, como se da atenção a política de moradia é muito tímida e

muitas vezes coibidas pelo caráter estrutural dos interesses do capital, pois se

realmente funcionasse não teríamos um déficit habitacional de 51.000 famílias sem

moradia digna.

É do conhecimento de todos que pode se desapropriar para fins lucrativos

(especulação mobiliária) como está acontecendo com 7.000famílias do Jd. Campo

Belo, como aconteceu com as famílias do Nova Aliança mas desapropriação por

interesse social para o executivo não é uma prioridade.

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Por esses e outros motivos repudiamos, o Prefeito Jonas Donizete e o Presidente da

COHAB -Campinas Ricardo Chiminazzo.

Através deste ato, estamos registrando nosso descontentamento com as

desastrosas ações do Poder executivo e repudiamos com veemência as agressões

que os movimentos populares tem sofrido e não vamos parar até que as políticas

públicas sejam mudadas.

Também estamos dando o devido encaminhamento deste documento para as

autoridades competentes e para toda a população de Campinas para que todos

tenham conhecimento do descaso que a Prefeitura do Governo (PSB) Jonas

Donizete e o Presidente da COHAB ( Ricardo Chiminazzo) tem tratado os

movimentos populares de nossa cidade

SÓ A LUTA FAZ JUSTIÇA!!!!!

ABAIXO A CRIMINALIZAÇÃO DAS LUTAS POPULARES!!!!!

PELO DIREITO DEMOCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO E MANIFESTAÇÃO!!!!

PELO CUMPRIMENTO DO ESTATUTO DA CIDADE!!!!!

Nós que acreditamos, que é possível e direito de todos morar com dignidade,

assinamos este documento.