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LEI Nº 11.266 de 16 de dezembro de 2004. DISPÕE SOBRE A ADEQUAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE CURITIBA AO ESTATUTO DA CIDADE - LEI FEDERAL Nº 10.257/01, PARA ORIENTAÇÃO E CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO MUNICÍPIO. A CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA, CAPITAL DO ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte lei: TÍTULO I DA ADEQUAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE CURITIBA Art. 1º Art. 1º Esta lei dispõe sobre a adequação do Plano Diretor de Curitiba às diretrizes e instrumentos instituídos pela Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto da Cidade. Art. 2º Art. 2º Esta lei complementa as diretrizes estabelecidas no Plano Preliminar de Urbanismo e no Plano Diretor de Curitiba, instituído pela Lei nº 2828 , de 10 de agosto de 1.966, e incorpora as políticas e diretrizes propostas e sucessivamente implantadas no Município, em conformidade com as orientações estabelecidas para o desenvolvimento das etapas de implantação do Plano Diretor de Curitiba. Art. 3º Art. 3º O Plano Diretor de Curitiba visa propiciar melhores condições para o desenvolvimento integrado e harmônico e o bem-estar social da comunidade de Curitiba, bem como da Região Metropolitana, e é o instrumento básico, global e estratégico da política de desenvolvimento urbano do Município, determinante para todos os agentes, públicos e privados, que atuam na cidade. § 1º O Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual deverão incorporar as diretrizes e as prioridades contidas neste Plano Diretor de Curitiba, instrumento básico do processo de planejamento municipal. § 2º Sem prejuízo à autonomia municipal, o Plano Diretor de Curitiba deverá ser compatível com os seguintes instrumentos: I - planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; II - planejamento da Região Metropolitana de Curitiba. § 3º Além do Plano Diretor de Curitiba, no processo de planejamento municipal serão utilizados, entre outros instrumentos: I - de planejamento municipal, em especial: a) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; b) zoneamento ambiental; c) plano plurianual; d) diretrizes orçamentárias e orçamento anual; e) gestão orçamentária participativa; f) plano de mobilidade e de transporte urbano integrado; g) plano de habitação; h) planos de desenvolvimento econômico e social; i) planos, programas e projetos setoriais. LeisMunicipais.com.br

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Page 1: E CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO MUNICÍPIO. ESTATUTO DA CIDADE … · 2014. 4. 28. · estatuto da cidade - lei federal nº 10.257/01, para orientaÇÃo e controle do desenvolvimento

LEI Nº 11.266 de 16 de dezembro de 2004.

DISPÕE SOBRE A ADEQUAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE CURITIBA AOESTATUTO DA CIDADE - LEI FEDERAL Nº 10.257/01, PARA ORIENTAÇÃOE CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO MUNICÍPIO.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA, CAPITAL DO ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu,Prefeito Municipal, sanciono a seguinte lei:

TÍTULO IDA ADEQUAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE CURITIBA

Art. 1ºArt. 1º Esta lei dispõe sobre a adequação do Plano Diretor de Curitiba às diretrizes einstrumentos instituídos pela Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto da Cidade.

Art. 2ºArt. 2º Esta lei complementa as diretrizes estabelecidas no Plano Preliminar de Urbanismo e noPlano Diretor de Curitiba, instituído pela Lei nº 2828, de 10 de agosto de 1.966, e incorpora aspolíticas e diretrizes propostas e sucessivamente implantadas no Município, em conformidade comas orientações estabelecidas para o desenvolvimento das etapas de implantação do Plano Diretor deCuritiba.

Art. 3ºArt. 3º O Plano Diretor de Curitiba visa propiciar melhores condições para o desenvolvimentointegrado e harmônico e o bem-estar social da comunidade de Curitiba, bem como da RegiãoMetropolitana, e é o instrumento básico, global e estratégico da política de desenvolvimento urbanodo Município, determinante para todos os agentes, públicos e privados, que atuam na cidade.

§ 1º O Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual deverão incorporar asdiretrizes e as prioridades contidas neste Plano Diretor de Curitiba, instrumento básico do processode planejamento municipal.

§ 2º Sem prejuízo à autonomia municipal, o Plano Diretor de Curitiba deverá ser compatível com osseguintes instrumentos:

I - planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimentoeconômico e social;

II - planejamento da Região Metropolitana de Curitiba.

§ 3º Além do Plano Diretor de Curitiba, no processo de planejamento municipal serão utilizados,entre outros instrumentos:

I - de planejamento municipal, em especial:

a) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo;b) zoneamento ambiental;c) plano plurianual;d) diretrizes orçamentárias e orçamento anual;e) gestão orçamentária participativa;f) plano de mobilidade e de transporte urbano integrado;g) plano de habitação;h) planos de desenvolvimento econômico e social;i) planos, programas e projetos setoriais.

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II - institutos tributários e financeiros, conforme disposto no art. 4º, item IV, da Lei Federal nº 10.257;

III - institutos jurídicos e políticos, conforme disposto no art. 4º, item V, da Lei Federal nº 10.257;

IV - estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV).

Art. 4ºArt. 4º O Plano Diretor de Curitiba abrange a totalidade do território do Município, completamenteurbano, estabelecendo diretrizes para:

I - a política de desenvolvimento urbano do município;

II - a política urbanístico-ambiental;

III - a política social e econômica;

IV - a gestão democrática.

Art. 5ºArt. 5º O processo de planejamento municipal dar-se-á de forma integrada, contínua epermanente, em conformidade com as diretrizes estabelecidas nesta lei, sob coordenação emonitoramento do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC.

§ 1º - O processo municipal de planejamento deve promover:

I - revisão e adequação do Plano Diretor e da legislação urbanística, sempre que necessário;

II - atualização e disseminação das informações de interesse do Município;

III - coordenação do Plano de Ação da Administração e das Leis do Plano Plurianual, de DiretrizesOrçamentárias e do Orçamento Anual;

IV - ordenamento do pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade epromoção do bem estar dos habitantes do Município;

V - participação democrática popular observado especialmente o contido nos arts. 46, 47, 48 e 49,desta lei.

§ 2º Propostas de alteração do Plano Diretor de Curitiba deverão ser apreciadas pelo órgãocolegiado municipal de política urbana.

TÍTULO IIDA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 6ºArt. 6º A política de desenvolvimento urbano da Cidade de Curitiba deverá conduzir ao plenodesenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana mediante os seguintesobjetivos gerais:

I - gestão democrática, participativa e descentralizada;

II - promoção da qualidade de vida e do ambiente, reduzindo as desigualdades e a exclusão social;

III - inclusão social, compreendida pela oportunidade de acesso a bens, serviços e políticas sociais,trabalho e renda a todos os munícipes;

IV - integração e complementaridade das ações públicas e privadas, locais e regionais através deprogramas e projetos de atuação;

V - promoção social, econômica e cultural da cidade pela diversificação, atratividade e

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competitividade das atividades;

VI - fortalecimento do setor público, recuperação e valorização das funções de planejamento,articulação e controle;

VII - articulação das estratégias de desenvolvimento da cidade no contexto regional metropolitano;

VIII - regulação pública sobre o solo urbano mediante a utilização de instrumentos redistributivos darenda urbana e da terra e controle sobre o uso e ocupação do espaço da Cidade;

IX - integração horizontal entre os órgãos e conselhos municipais, promovendo a atuaçãocoordenada no desenvolvimento e aplicação das estratégias e metas de planos, programas eprojetos;

X - universalização da mobilidade e acessibilidade;

XI - prioridade ao transporte coletivo público na mobilidade urbana;

XII - preservação e recuperação do ambiente natural e cultural;

XIII - promoção de estratégias de financiamento que possibilitem o cumprimento dos planos,programas e projetos em condições de máxima eficiência;

XIV - participação da população nos processos de decisão, planejamento e gestão.

XV - privilegiar os gastos públicos nas áreas que melhor proporcionem a melhoria da qualidade devida a todos os cidadãos;

XVI - recuperar os investimentos feitos pelo poder público municipal na realização de infra-estruturapública que proporcione a valorização de imóveis urbanos.

Art. 7ºArt. 7º Complementarmente àquelas estabelecidas no Estatuto da Cidade, também são diretrizesgerais da política urbana de Curitiba:

I - consolidar o Município de Curitiba como centro regional integrado de desenvolvimento sustentávelnos setores industrial e de serviços e como pólo competitivo de inovação tecnológica, sede deatividades produtivas e geradoras de emprego e renda;

II - aumentar a eficiência econômica da Cidade, de forma a ampliar os benefícios sociais e reduzir oscustos operacionais para os setores público e privado, inclusive por meio do aperfeiçoamentotécnico-administrativo do setor público;

III - promover o desenvolvimento sustentável, a justa distribuição das riquezas e a eqüidade social noMunicípio;

IV - elevar a qualidade de vida do cidadão, promovendo a inclusão social e reduzindo asdesigualdades que atingem diferentes camadas da população e áreas do Município, particularmenteno que se refere à saúde, educação, cultura, condições habitacionais, à oferta de infra-estrutura eserviços públicos e à geração de oportunidades de acesso a trabalho e à renda;

V - elevar a qualidade do ambiente urbano, por meio da preservação dos recursos naturais e daproteção do patrimônio histórico, artístico, cultural, urbanístico, arqueológico e paisagístico;

VI - propiciar padrões adequados de qualidade do ar, da água, do solo, de uso dos espaços abertose verdes, de circulação e habitação em áreas livres de resíduos, de poluição visual e sonora;

VII - orientar a distribuição espacial da população, atividades econômicas, equipamentos e serviçospúblicos no território do Município, conforme as diretrizes de crescimento, vocação, infra-estrutura,recursos naturais e culturais;

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VIII - otimizar o uso das infra-estruturas instaladas, em particular as do sistema viário e detransportes;

IX - democratizar o acesso à terra e à habitação, estimulando os mercados acessíveis às faixas demenor renda;

X - evitar o uso especulativo da terra como reserva de valor, de modo a assegurar o cumprimento dafunção social da propriedade;

XI - promover a integração e a cooperação com os governos federal, estadual e com os municípiosda Região Metropolitana de Curitiba, no processo de planejamento e gestão das funções públicas deinteresse comum;

XII - incentivar a participação da iniciativa privada e demais setores da sociedade em ações relativasao processo de urbanização, mediante o uso de instrumentos urbanísticos diversificados, quando forde interesse público e compatíveis com as funções sociais da Cidade;

XIII - descentralizar a gestão e o planejamento públicos, conforme previsto na Lei Orgânica, mediantea consolidação das Administrações Regionais e instâncias de participação local;

XIV - priorizar o bem estar coletivo em relação ao individual.

Art. 8ºArt. 8º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigênciasfundamentais de ordenação da Cidade expressas neste Plano Diretor de Curitiba, assegurando oatendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e aodesenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas nesta lei e no art. 2ºdo Estatuto da Cidade, Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, e os seguintes requisitos:

I - compatibilidade do uso da propriedade com a infra-estrutura, equipamentos e serviços públicosdisponíveis;

II - compatibilidade do uso da propriedade com a preservação da qualidade do ambiente urbano enatural;

III - a distribuição de usos e intensidades de ocupação do solo de forma equilibrada em relação àinfra-estrutura disponível, aos transportes e ao meio ambiente, de modo a evitar ociosidade esobrecarga dos investimentos coletivos.

TÍTULO IIIDA POLÍTICA URBANÍSTICO - AMBIENTAL

CAPÍTULO IDA ESTRUTURAÇÃO URBANA

Art. 9ºArt. 9º A política de estruturação urbana tem como objetivo geral orientar, ordenar e disciplinar ocrescimento da Cidade, através dos instrumentos de regulação que definem a distribuição espacialdas atividades, a densificação e a configuração da paisagem urbana no que se refere à edificação eao parcelamento do solo, com as seguintes diretrizes:

I - consolidar a conformação linear de crescimento e adensamento da Cidade com a integração douso do solo, sistema viário e transportes, respeitando as restrições ambientais e estimulando osaspectos sociais e econômicos;

II - estimular a distribuição espacial da população e de atividades econômicas em áreas dotadas deserviços, infra-estrutura e equipamentos, de forma a otimizar o aproveitamento da capacidadeinstalada, reduzir os custos e os deslocamentos;

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III - hierarquizar o sistema viário, de forma a propiciar o melhor deslocamento de veículos epedestres, atendendo as necessidades da população, do sistema de transporte coletivo, individual ede bens;

IV - estimular a expansão linear das atividades econômicas ao longo de eixos de adensamento;

V - requalificar o centro tradicional estimulando a implantação de habitações e atividadeseconômicas, de animação e de lazer;

VI - fortalecer a identidade e a paisagem urbana, mantendo escalas de ocupação compatíveis comseus valores naturais, culturais, históricos e paisagísticos;

VII - consolidar e ampliar áreas de uso preferencial ou exclusivo de pedestres;

VIII - revitalizar áreas e equipamentos urbanos como meio de promoção social e econômica dacomunidade;

IX - utilizar racionalmente o território, considerando sua vocação, infra-estrutura e os recursosnaturais, mediante controle da implantação e funcionamento de atividades que venham a ocasionarimpacto ao meio ambiente urbano;

X - consolidar a integração da Cidade com as demais áreas da Região Metropolitana de Curitiba,através da organização e planejamento do território visando o interesse comum;

XI - promover a integração de usos, com a diversificação e mesclagem de atividades compatíveis, demodo a reduzir os deslocamentos da população e equilibrar a distribuição da oferta de emprego etrabalho na Cidade;

XII - integrar a política físico-territorial e ambiental com a política sócio-econômica;

XIII - estabelecer normas específicas de uso e ocupação do solo para a proteção dos recursosnaturais em áreas de mananciais e bacias hidrográficas;

XIV - induzir a ocupação compatibilizada com a função social da propriedade urbana peloordenamento do uso e ocupação do solo;

XV - distribuir espacialmente os equipamentos e serviços públicos, de forma a atender aosinteresses e necessidades da população atual e projetada;

XVI - contribuir para a redução do consumo de energia e melhoria da qualidade ambiental, por meiodo estabelecimento de parâmetros urbanísticos que minimizem os problemas de drenagem eampliem as condições de iluminação, aeração, insolação e ventilação das edificações;

XVII - promover a diversificação de padrões arquitetônicos;

XVIII - implantar sistema eficaz de fiscalização e definir as condições e parâmetros para regularizaros assentamentos consolidados, incorporando-os à estrutura urbana, respeitado o interesse públicoe o meio ambiente, buscando coibir o surgimento de novos assentamentos irregulares;

XIX - aprimorar o sistema de informações georreferenciadas, com dados sobre parcelamento, uso dosolo e edificações para subsidiar a gestão do uso e ocupação do solo.

SEÇÃO IDO MACROZONEAMENTO

Art. 10Art. 10 Macrozoneamento é o estabelecimento de áreas diferenciadas de adensamento, uso e

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ocupação do solo visando dar a cada região melhor utilização em função das diretrizes decrescimento, da mobilidade urbana, das características ambientais e locacionais, objetivando odesenvolvimento harmônico da comunidade e o bem estar social de seus habitantes

Art. 11Art. 11 A área urbana, constituída da totalidade do Município de Curitiba, é dividida nas seguintesáreas:

I - eixos estruturantes - principais eixos de crescimento da cidade, caracterizados como áreas deexpansão do centro tradicional e como corredores de ocupação mista de alta densidade, tendo comosuporte os sistemas de circulação e de transporte;

II - eixos de adensamento - eixos de crescimento complementares da estruturação urbana, deocupação mista e de média-alta densidade;

III - áreas com predominância de ocupação residencial de alta, média e baixa densidade - onde devese promover, prioritariamente, a ocupação residencial, com alta, média e baixa densidades, deacordo com o suporte natural, infra-estrutura implantada e proximidade dos eixos estruturais e deadensamento;

IV - áreas de ocupação mista de alta, média e baixa densidade - onde se deve promover ocupaçãomista, residencial, comercial e de serviços, de alta, média e baixa densidade de acordo com osuporte natural e infra-estrutura implantada;

V - áreas com destinação específica - aquelas cuja ordenação de uso e ocupação do solo secaracteriza pela existência ou previsão de instalações destinadas a grandes usos institucionais,industriais, comerciais e de serviços, que por seu porte ou natureza exijam confinamento em áreaspróprias;

VI - áreas de proteção ambiental - aquelas de propriedade pública ou privada, onde se impõerestrição ao uso do solo visando à proteção dos aspectos naturais, tais como: corpos d`água,vegetação ou qualquer outro bem de valor ambiental.

§ 1º A plantas indicadas no Anexo 01 - Macrozoneamento e Anexo 02 - Densidades de Ocupação,integrantes desta lei, apresentam, de forma esquemática, as áreas diferenciadas de uso e ocupaçãodo solo e de adensamento que deverão ser respeitadas na elaboração da adequação da legislaçãourbanística, atendidos os objetivos e diretrizes deste Plano Diretor.

§ 2º As compartimentações das macrozonas, de acordo com o suporte natural, infra-estrutura,densidade, uso e ocupação do solo, serão objeto da Lei de Zoneamento Uso e Ocupação do Solo.

SEÇÃO IIDO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Art. 12Art. 12 O território do Município será ordenado por meio do parcelamento, uso e ocupação dosolo para atender as funções econômicas e sociais da Cidade, compatibilizando desenvolvimentourbano, sistema viário, as condições ambientais, oferta de transporte coletivo, saneamento básico edemais serviços urbanos.

Parágrafo Único - As leis de Uso e Ocupação do Solo e de Parcelamento do Solo deverão estarcompatibilizadas com os objetivos e diretrizes deste Plano Diretor de Curitiba.

SEÇÃO IIIDOS EIXOS DE ESTRUTURAÇÃO VIÁRIA

Art. 13Art. 13 Para orientar o crescimento e adensamento da Cidade, sempre integrada ao uso do solo

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e sistema de transporte, a malha viária de Curitiba apresenta uma macro-hierarquia que constitui osuporte físico da circulação da Cidade, com o objetivo de induzir uma estrutura urbana linearizada,constituída dos seguintes eixos de estruturação viária:

I - eixos estruturais - principais eixos viários de crescimento e adensamento da cidade, constituídopreferencialmente por um sistema trinário de vias para o sistema de transporte coletivo, o tráfego defluxo contínuo e o trafego local;

II - eixo metropolitano - eixo viário de integração da região metropolitana constituído por um sistemacom linha de transporte coletivo em pista exclusiva, vias locais de acesso às atividades e ciclovia ;

III - eixos viários principais - eixos viários que constituem o suporte físico da circulação urbana daCidade, equilibram a distribuição de fluxos na malha viária e otimizam o potencial das diversas áreasurbanas.

§ 1º A planta indicada no Anexo 03 - Eixos de Estruturação Viária, integrante desta lei, apresenta, deforma esquemática, os eixos de estruturação viária do Município que deverão ser respeitadas naelaboração da adequação da legislação urbanística e planos setoriais, atendidos os objetivos ediretrizes deste Plano Diretor.

§ 2º Tendo em vista o caráter regional e metropolitano da malha viária de Curitiba, as rodoviasfederais, o contorno rodoviário e as ferrovias são complementares ao aos eixos de estruturaçãourbana.

SEÇÃO IVDOS EIXOS DE ESTRUTURAÇÃO DO TRANSPORTE COLETIVO

Art. 14Art. 14 Para atender a demanda da mobilidade da população, integrada ao uso do solo e sistemade circulação urbana, a o sistema de transporte coletivo da Cidade apresenta uma macro-hierarquiacom os seguintes eixos de estruturação:

I - eixos estruturais - principais corredores de transporte coletivo urbano, com pistas exclusivas parao sistema de transporte;

II - eixo metropolitano - corredor de transporte coletivo de caráter urbano e de integraçãometropolitana;

III - eixos de ligação - eixos de transporte coletivo que interligam os eixos estruturais;

IV - eixos tronco integrados - principais eixos de transporte coletivo de integração urbana emetropolitana;

V - eixos interbairros - eixos de transporte coletivo, circulares ou pendulares, que integram diversosbairros ao eixo estrutural.

Parágrafo Único - A planta indicada no Anexo 04 - Eixos de Estruturação do Transporte Coletivo,integrante desta lei, apresenta, de forma esquemática, os eixos de estruturação do sistema detransporte coletivo da Cidade que deverão ser respeitadas na elaboração da adequação dalegislação urbanística e planos setoriais, atendidos os objetivos e diretrizes deste Plano Diretor.

CAPÍTULO IIDA MOBILIDADE URBANA E TRANSPORTE

Art. 15Art. 15 A política municipal de mobilidade urbana e transporte, têm o compromisso de facilitar osdeslocamentos e a circulação de pessoas e bens no Município, com as seguintes diretrizes gerais:

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I - priorizar no espaço viário o transporte coletivo em relação ao transporte individual;

II - melhorar e ampliar a integração do transporte público coletivo em Curitiba e buscar aconsolidação da integração metropolitana;

III - priorizar a proteção individual dos cidadãos e do meio ambiente no aperfeiçoamento damobilidade urbana, circulação viária e dos transportes;

IV - promover a acessibilidade, facilitando o deslocamento no Município, através de uma redeintegrada de vias, ciclovias e ruas exclusivas de pedestres, com segurança, autonomia e conforto,especialmente aos que têm dificuldade de locomoção;

V - buscar a excelência na mobilidade urbana e o acesso ao transporte no atendimento aos que têmdificuldade de locomoção;

VI - equacionar o abastecimento e a distribuição de bens dentro do Município de modo a reduzir seusimpactos sobre a circulação viária e o meio ambiente;

VII - compatibilizar o planejamento e a gestão da mobilidade urbana para promover a melhoria daqualidade do meio ambiente;

VIII - promover a proteção aos cidadãos nos seus deslocamentos através de ações integradas, comênfase na educação;

IX - estimular a adoção de novas tecnologias que visem a redução de poluentes, resíduos oususpensão e de poluição sonora, priorizando a adoção de combustíveis renováveis;

X - promover o controle, monitoramento e fiscalização, diretamente ou em conjunto com órgãos daesfera estadual ou federal, da circulação de cargas perigosas e dos índices de poluição atmosféricae sonora nas vias do Município;

XI - instituir o Plano Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte Integrado.

Parágrafo Único - As diretrizes gerais da política municipal de mobilidade urbana e transporte sãovoltadas para o conjunto da população do Município, com diretrizes específicas para os seusprincipais componentes.

SEÇÃO IDO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Art. 16Art. 16 São diretrizes específicas da política municipal de transporte de passageiros:

I - articular os meios de transporte coletivo que operam no Município em uma rede única, de alcancemetropolitano, integrada física e operacionalmente;

II - estabelecer critérios de planejamento e operação de forma integrada aos sistemas estadual einterestadual, atendendo aos interesses e necessidades da população e características locais;

III - promover meios institucionais adequados para a perfeita harmonia no planejamento egerenciamento dos serviços públicos de transporte de passageiros no âmbito federal e estadual;

IV - ordenar o sistema viário, através de mecanismos de engenharia, legislação e capacitação damalha viária, priorizando a circulação do transporte coletivo sobre o transporte individual;

V - adotar tecnologias apropriadas de baixa, média e alta capacidade, de acordo com asnecessidades de cada demanda;

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VI - promover a atratividade do uso do transporte coletivo por intermédio de deslocamentos rápidos,seguros, confortáveis e custos compatíveis;

VII - estabelecer políticas tarifárias que preservem o equilíbrio econômico e social do sistema detransporte coletivo;

VIII - buscar a excelência de padrões de qualidade que proporcionem aos usuários do transportecoletivo crescente grau de satisfação do serviço;

IX - racionalizar o sistema de transporte e as formas de gerenciamento e controle de operação;

X - adequar a oferta de transportes à demanda, compatibilizando seus efeitos indutores com osobjetivos e diretrizes de uso e ocupação do solo e da circulação viária;

XI - possibilitar a participação da iniciativa privada na operação e implantação de infra-estrutura dosistema, sob a forma de investimento, concessão ou permissão de serviço público ou obra;

XII - promover e possibilitar às pessoas portadoras de deficiência, com dificuldades de locomoção, eidosos condições adequadas e seguras de acessibilidade autônoma aos meios de transporte urbano;

XIII - estruturar as medidas reguladoras para o uso de outros sistemas de transporte de passageiros.

SEÇÃO IIDOS SISTEMAS VIÁRIO, DE CIRCULAÇÃO E TRÂNSITO

Art. 17Art. 17 São diretrizes específicas da política municipal dos sistemas viário, de circulação etrânsito:

I - planejar, executar e manter o sistema viário segundo critérios de segurança e conforto dapopulação, respeitando o meio ambiente, obedecidas as diretrizes de uso e ocupação do solo e dotransporte de passageiros;

II - promover a continuidade ao sistema viário por meio de diretrizes de arruamento a seremimplantadas e integradas ao sistema viário oficial, especialmente nas áreas de urbanizaçãoincompleta;

III - promover tratamento urbanístico adequado nas vias e corredores da rede de transportes, demodo a proporcionar a segurança dos cidadãos e a preservação do patrimônio histórico, ambiental,cultural, paisagístico, urbanístico e arquitetônico da Cidade;

IV - melhorar a qualidade do tráfego e da mobilidade, com ênfase na engenharia, educação,operação, fiscalização e policiamento;

V - planejar e operar a rede viária municipal, priorizando o transporte público de passageiros, emconsonância com o Plano Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte Integrado;

VI - aperfeiçoar e ampliar o sistema de circulação de pedestres e de pessoas portadoras dedeficiência, propiciando conforto, segurança e facilidade nos deslocamentos;

VII - desenvolver um programa cicloviário, buscando a integração metropolitana e incentivando suautilização com campanhas educativas;

VIII - implantar estruturas para controle da frota circulante e do comportamento dos usuários.

SEÇÃO III

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DO TRANSPORTE DE CARGAS

Art. 18Art. 18 São diretrizes específicas da política municipal de transporte de cargas:

I - estruturar medidas reguladoras para o transporte de carga;

II - promover a integração do sistema de transporte de cargas rodoviárias aos terminais de grandeporte, compatibilizando-o com os programas de desenvolvimento aeroportuário e ferroviário e com aracionalização das atividades de carga e descarga na Cidade;

III - definir as principais rotas, os padrões de veículos e os pontos de carga e descarga a seremutilizados no abastecimento e na distribuição de bens dentro do Município;

IV - estabelecer horários especiais de tráfego de veículos de transporte de cargas bem comorestrições de tonelagem nos principais eixos ou áreas da Cidade;

V - promover medidas reguladoras para o uso de veículos de propulsão humana e tração animal;

VI - viabilizar a implantação de terminais intermodais e de centros de distribuição no âmbito urbano emetropolitano.

CAPÍTULO IIIDO PATRIMÔNIO AMBIENTAL E CULTURAL

Art. 19Art. 19 A política municipal do meio ambiente tem como objetivo promover a conservação,proteção, recuperação e o uso racional do meio ambiente, em seus aspectos natural e cultural,estabelecendo normas, incentivos e restrições ao seu uso e ocupação, visando a preservaçãoambiental e a sustentabilidade da Cidade, para as presentes e futuras gerações.

Parágrafo Único - Constituem os aspectos natural e cultural do meio ambiente, o conjunto de bensexistentes no Município de Curitiba, de domínio público ou privado, cuja proteção ou preservaçãoseja de interesse público, quer por sua vinculação histórica, quer por seu valor natural, cultural,urbano, paisagístico, arquitetônico, arqueológico, artístico, etnográfico e genético, entre outros.

Art. 20Art. 20 São diretrizes gerais da política municipal do meio ambiente:

I - promover a sustentabilidade ambiental planejando e desenvolvendo estudos e ações visandoincentivar, proteger, conservar, preservar, restaurar, recuperar e manter a qualidade ambientalurbana e cultural;

II - elaborar e implementar planos, programas e ações de proteção e educação ambiental e culturalvisando garantir a gestão compartilhada;

III - assegurar que o lançamento na natureza, de qualquer forma de matéria ou energia, não produzariscos à natureza ou a saúde pública e que as atividades potencialmente poluidoras ou que utilizemrecursos naturais, tenham sua implantação e operação controlada;

IV - definir de forma integrada, áreas prioritárias de ação governamental visando à proteção,preservação e recuperação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;

V - identificar e criar unidades de conservação e outras áreas de interesse para a proteção demananciais, ecossistemas naturais, flora e fauna, recursos genéticos e outros bens naturais eculturais, estabelecendo normas a serem observadas nessas áreas;

VI - estabelecer normas específicas para a proteção de recursos hídricos, por meio de planos de usoe ocupação de áreas de manancial e bacias hidrográficas;

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VII - promover adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços compatíveis com oslimites de sustentabilidade ambiental;

VIII - promover o saneamento ambiental, por meios próprios ou de terceiros, com a oferta deserviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às característicaslocais;

IX - promover a preservação do patrimônio cultural edificado e dos sítios históricos, mantendo suascaracterísticas originais e sua ambiência na paisagem urbana, por meio de tombamento ou outrosinstrumentos, e orientar e incentivar o seu uso adequado;

X - estabelecer o zoneamento ambiental para o Município de Curitiba, de forma única ousegmentada;

XI - identificar e definir os bens de valor ambiental e cultural, de natureza material e imaterial, deinteresse de conservação e preservação, integrantes do Patrimônio Ambiental e Cultural doMunicípio de Curitiba;

XII - estabelecer normas, padrões, restrições e incentivos ao uso e ocupação dos imóveis, públicos eprivados, considerando os aspectos do meio ambiente natural, cultural e edificado, compatíveis comos limites da sustentabilidade ambiental;

XIII - orientar e incentivar o uso adequado do patrimônio, dos sítios históricos e da paisagem urbana

XIV - estabelecer incentivos construtivos e fiscais visando à preservação, conservação erecuperação do patrimônio cultural e ambiental;

XV - reduzir anualmente, a emissão de poluentes nocivos à saúde despejados no ar, no solo e naságuas, segundo o Plano Municipal de Controle Ambiental e Desenvolvimento Sustentável,observados os protocolos internacionais relativos à matéria firmados pelo Brasil.

CAPÍTULO IVDA PAISAGEM URBANA E DO USO DO ESPAÇO PÚBLICO

SEÇÃO IDA PAISAGEM URBANA

Art. 21Art. 21 A paisagem urbana, entendida como a configuração visual da cidade e seuscomponentes, resultante da interação entre os elementos naturais, edificados, históricos e culturais,terá a sua política municipal definida com seguintes objetivos:

I - proporcionar ao cidadão o direito de usufruir a paisagem;

II - promover a qualidade ambiental do espaço público;

III - possibilitar ao cidadão a identificação, leitura e compreensão da paisagem e de seus elementosconstitutivos, públicos e privados;

IV - assegurar o equilíbrio visual entre os diversos elementos que compõem a paisagem urbana;

V - ordenar e qualificar o uso do espaço público;

VI - fortalecer uma identidade urbana, promovendo a preservação do patrimônio cultural e ambientalurbano.

Art. 22Art. 22 São diretrizes gerais da política de paisagem urbana:

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I - implementar os instrumentos técnicos, institucionais e legais de gestão da paisagem urbana;

II - promover o ordenamento dos componentes públicos e privados da paisagem urbana,assegurando o equilíbrio visual entre os diversos elementos que a constituem;

III - favorecer a preservação do patrimônio cultural e ambiental urbano;

IV - promover a participação da comunidade na identificação, valorização, preservação econservação dos elementos significativos da paisagem urbana;

V - proteger os elementos naturais, culturais e paisagísticos, permitindo a visualização do panoramae a manutenção da paisagem em que estão inseridos;

VI - conscientizar a população a respeito da valorização da paisagem urbana como fator de melhoriada qualidade de vida, por meio de programas de educação ambiental e cultural;

VII - consolidar e promover a identidade visual do mobiliário urbano, equipamentos e serviçosmunicipais, definindo, padronizando e racionalizando os padrões para sua melhor identificação, comênfase na funcionalidade e na integração com a paisagem urbana.

Parágrafo Único - Entende-se como mobiliário urbano todos os objetos, elementos e pequenasconstruções integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantados pelo poderpúblico municipal ou mediante sua autorização expressa.

SEÇÃO IIDO USO DO ESPAÇO PÚBLICO

Art. 23Art. 23 A política municipal do uso do espaço público tem como prioridade a melhoria dascondições ambientais e da paisagem urbana, com os seguintes objetivos:

I - ordenar e disciplinar o uso dos espaços públicos, de superfície, aéreo e do subsolo poratividades, equipamentos, infra-estrutura, mobiliário e outros elementos, subordinados à melhoria daqualidade da paisagem urbana, ao interesse público, às funções sociais da Cidade e às diretrizesdeste Plano Diretor;

II - ordenar e disciplinar o uso dos espaços públicos para a comercialização de produtos, realizaçãode eventos e demais atividades, subordinados a preservação da qualidade e identidade urbana;

III - promover a preservação dos espaços públicos livres, que proporcionam à população o contatocom ambientes naturais amenizando o ambiente urbano construído;

IV - compatibilizar o uso dos espaços públicos com sua vocação e demais funções, valorizando suaimportância para a circulação e encontro da população;

V - proporcionar no espaço público condições de segurança e conforto no deslocamento de pessoase veículos, priorizando a circulação de pedestres, em especial de pessoas com dificuldades delocomoção.

Art. 24Art. 24 São diretrizes gerais da política de uso do espaço público:

I - promover a implantação e adequação da infra-estrutura urbana necessária para o deslocamento econvívio da população;

II - implementar normas e critérios para a implantação de atividades, equipamentos de infra-estruturade serviços públicos, mobiliário urbano e outros elementos;

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III - regulamentar o uso e a implantação de equipamentos de infra-estrutura de serviços públicos desuperfície, aérea e de subsolo nos espaços públicos;

IV - possibilitar a outorga, concessão ou permissão de uso de espaços públicos do Município para aimplantação de equipamentos de infra-estrutura de serviços públicos, mobiliário urbano e outroselementos;

V - coordenar e monitorar as ações das concessionárias de serviços públicos e dos agentes públicose privados na utilização do espaço público, mantendo cadastro e banco de dados atualizado.

§ 1º Consideram-se equipamentos urbanos destinados à prestação de serviços de infra-estrutura,entre outros, os equipamentos relacionados com abastecimento de água, serviços de esgoto, energiaelétrica, coleta de águas pluviais, dutos para transporte de petróleo e derivados ou de produtosquímicos, transmissão telefônica, de dados ou de imagem, limpeza urbana, gás canalizado etransporte.

§ 2º O uso do espaço público, de superfície, aéreo ou de subsolo, poderá ser objeto deremuneração ao Município, de acordo com regulamentação específica.

CAPÍTULO VDA HABITAÇÃO

Art. 25Art. 25 A política municipal de habitação tem por objetivo orientar as ações do Poder Público e dainiciativa privada propiciando o acesso à moradia, priorizando famílias de menor renda, numprocesso integrado às políticas de desenvolvimento urbano e regional e demais políticas municipais.

Parágrafo Único - As diretrizes gerais da política municipal de habitação estão voltadas para oconjunto da população do Município, com destaque para as diretrizes da política da habitação deinteresse social para a população de menor renda.

Art. 26Art. 26 São diretrizes gerais da política municipal de habitação:

I - assegurar a integração da política municipal de habitação com as demais políticas públicas, emespecial as de desenvolvimento urbano, de mobilidade, de geração de emprego e renda, sociais eambientais;

II - atuar de forma integrada com as demais políticas habitacionais dos municípios da RegiãoMetropolitana de Curitiba, com prioridade para os limítrofes, visando a distribuição equilibrada dapopulação no território metropolitano;

III - promover a ocupação do território urbano de forma harmônica, com áreas diversificadas eintegradas ao ambiente natural;

IV - promover o cumprimento da função social da terra urbana respeitando o meio ambiente, emconsonância com o disposto na Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade e neste PlanoDiretor;

V - viabilizar a produção de lotes urbanizados e de novas moradias, com vistas à redução do déficithabitacional e ao atendimento da demanda constituída por novas famílias;

VI - estimular a participação da iniciativa privada na produção de moradias, em especial as deinteresse social;

VII - dar continuidade ao processo de simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupaçãodo solo e das normas para as edificações, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumentoda oferta dos lotes e unidades de moradia, sem prejuízo das condições adequadas à habitabilidade eao meio ambiente;

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VIII - instituir o Plano Municipal de Habitação de Interesse Social.

SEÇÃO ÚNICADA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Art. 27Art. 27 São diretrizes gerais da política municipal de habitação de interesse social:

I - diversificar as modalidades de acesso à moradia, tanto nos produtos quanto nas formas decomercialização, adequando o atendimento às características sócio-econômicas das famíliasbeneficiadas;

II - estabelecer normas especiais de urbanização, de uso e ocupação do solo e de edificações paraassentamentos de interesse social, regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas porpopulação de menor renda, respeitadas a situação sócio-econômica da população e as normasambientais;

III - instituir de zonas especiais de interesse social;

IV - estabelecer critérios para a regularização de ocupações consolidadas e promover a titulação depropriedade aos seus ocupantes;

V - promover a relocação de moradores residentes em locais impróprios ao uso habitacional e emsituação de risco, recuperando o meio ambiente degradado;

VI - produzir e incentivar a produção de moradias e lotes urbanizados destinados ao atendimento defamílias de menor renda;

VII - permitir o parcelamento e ocupação do solo de interesse social com parâmetros diferenciados,como forma de incentivo à participação da iniciativa privada na produção de habitação para asfamílias de menor renda;

VIII - promover a regularização fundiária e a urbanização de áreas de assentamentos subnormais,adequando-as aos parâmetros urbanísticos e ambientais estabelecidos e incluindo-os no contextoda cidade formal;

IX - promover melhores condições de habitabilidade às moradias já existentes, tais comosalubridade, segurança, infra-estrutura e acesso aos serviços e equipamentos urbanos;

X - promover assistência técnica e jurídica para a comunidade de baixa renda de ocupaçõesirregulares, visando à regularização da ocupação;

XI - promover a melhoria da capacidade de gestão dos planos, programas e projetos habitacionaisde interesse social;

XII - buscar a auto-suficiência interna dos programas habitacionais, propiciando o retorno dosrecursos aplicados, respeitadas as condições sócio-econômicas das famílias beneficiadas.

TÍTULO IVDA POLÍTICA SOCIAL E ECONÔMICA

CAPÍTULO IDO DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Art. 28Art. 28 A política municipal de desenvolvimento social tem como objetivo geral a promoção social

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e econômica, de forma a gerar melhoria na qualidade de vida da população, preservando eincentivando as potencialidades regionais e locais, através da articulação das políticas públicas emsuas várias dimensões.

Art. 29Art. 29 São diretrizes gerais da política de desenvolvimento social:

I - respeito e valorização do indivíduo como cidadão, independentemente da condição sócio-econômica, raça, cor ou credo.

II - a ação social como processo sistêmico e integrado, a partir de base territorial e com foco nafamília, na cultura e na inclusão sócio-econômica de cada cidadão;

III - descentralização e de intersetorialidade do processo administrativo;

IV - excelência em serviços públicos de assistência e promoção social, através de práticasinovadoras;

V - integração e complementaridade nos programas, projetos e ações entre os diversos órgãos degoverno e a sociedade civil;

VI - estímulo à autonomia da população em situação de risco e vulnerabilidade social, em especialna educação, na formação profissional e geração de oportunidades de trabalho e renda;

VII - instituir o Plano Municipal de Desenvolvimento Social, de maneira integrada e complementar aoPlano Municipal de Desenvolvimento e demais planos setoriais.

SEÇÃO IDO ABASTECIMENTO

Art. 30Art. 30 A política municipal do abastecimento tem como objetivo geral a promoção da segurançaalimentar à população, especialmente àquelas em situação de risco social, melhorando o seu padrãonutricional e facilitando o acesso a produtos alimentícios básicos de qualidade e com baixo custo.

Art. 31Art. 31 São diretrizes gerais da política municipal do abastecimento:

I - melhorar, ampliar e consolidar a Rede Social de Abastecimento;

II - ofertar à comunidade de baixa renda produtos mais baratos e de qualidade;

III - promover a educação alimentar que vise a forma correta e mais econômica de assegurar umaalimentação saudável;

IV - ampliar e apoiar parcerias e iniciativas na produção, distribuição e comercialização de alimentos;

V - incentivar a produção de hortaliças, grãos e plantas medicinais em imóveis públicos e privados;

VI - promover ações de combate à fome;

VII - viabilizar alimentação em situações emergenciais e de calamidade.

SEÇÃO IIDA CULTURA

Art. 32Art. 32 A política municipal da cultura tem por objetivo geral promover o desenvolvimento sócio-

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artístico-cultural da população.

Art. 33Art. 33 São diretrizes gerais da política municipal da cultura:

I - consolidar a Cidade como referência na promoção de eventos culturais na área da música, doteatro, das artes plásticas, do cinema e da literatura;

II - ampliar e consolidar as possibilidades de convivência cotidiana do cidadão com atividadesartísticas e culturais, considerando novas formas de expressão e a inserção da arte no âmbitocomunitário;

III - promover a utilização dos equipamentos municipais e espaços públicos como mecanismo dedescentralização e universalização da atividade cultural;

IV - ampliar as possibilidades de produção, difusão e acesso aos bens e atividades culturais,incentivando as relações entre a arte e a tecnologia;

V - promover a preservação e conservação do patrimônio cultural da Cidade;

VI - incentivar e fomentar a participação pública e privada no financiamento de projetos culturais.

SEÇÃO IIIDA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

Art. 34Art. 34 A política municipal de segurança pública e defesa social tem como fundamentodesenvolver e implantar medidas que promovam a proteção do cidadão, articulando e integrando osorganismos governamentais e a sociedade, para organizar e ampliar a capacidade de defesa dacomunidade e dos próprios municipais, com os seguintes objetivos:

I - potencializar as ações e os resultados de segurança pública mediante a articulação com asinstâncias públicas federal e estadual e com a sociedade organizada;

II - articular as instâncias responsáveis pela proteção da população, dos bens, dos serviços e dospróprios do Município;

III - ampliar a capacidade de defesa social da comunidade;

IV - coordenar as ações de defesa civil no Município, articulando os esforços das instituições públicase da sociedade.

Art. 35Art. 35 São diretrizes gerais da política municipal de segurança pública e defesa social:

I - estimular a parceria e a co-responsabilidade da sociedade com o poder público nas ações desegurança pública, defesa comunitária e proteção do cidadão;

II - promover a educação e a prevenção na área de segurança pública e defesa social;

III - intervir em caráter preventivo e preditivo nos ambientes e situações potencialmente geradores detranstornos sociais;

IV - manter quadro efetivo adequado para a manutenção da segurança dos próprios públicos e paracolaboração aos programas emergenciais de defesa civil.

V - integrar programaticamente aos sistemas estadual e federal de segurança pública, suprindopessoal, estrutura, tecnologia e informação necessários ao bom desempenho de suas atribuiçõesdefinidas em convênio .

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VI - instituir o Plano Municipal de Segurança e defesa social .

SEÇÃO IVDA EDUCAÇÃO

Art. 36Art. 36 A política municipal da educação tem como fundamento assegurar ao aluno educação dequalidade para o exercício da cidadania, com os seguintes objetivos:

I - atender à demanda da educação infantil, conforme os parâmetros do Plano Nacional daEducação;

II - universalizar o atendimento à demanda do Ensino Fundamental, garantindo o acesso epermanência na escola;

III - promover a erradicação do analfabetismo;

IV - compatibilizar as propostas educacionais com as necessidades oriundas do processo dedesenvolvimento sustentável da Cidade;

V - melhorar os indicadores de escolarização da população.

Art. 37Art. 37 São diretrizes gerais da política municipal da educação:

I - promover o acesso da escola e da população às novas tecnologias;

II - ampliar e consolidar a autonomia administrativa, financeira e pedagógica das unidadeseducacionais, garantindo agilidade na viabilização de projetos pedagógicos e qualidade noatendimento;

III - promover a participação da sociedade nos programas educacionais da Cidade;

IV - promover a articulação e a integração das ações voltadas à criação de ambientes deaprendizagem;

V - promover programas de inclusão e de atendimento a educandos portadores de necessidadesespeciais, preferencialmente na rede regular de ensino;

VI - promover a elevação do nível de escolaridade da população economicamente ativa;

VII - promover ações que motivem a permanência das crianças e adolescentes no ambiente escolar,em especial aquelas em situação de risco ou vulnerabilidade social.

SEÇÃO VDO ESPORTE E LAZER

Art. 38Art. 38 A política municipal do esporte e lazer tem como fundamento a promoção de ações quepossibilitem a utilização do tempo livre, a prática esportiva, a melhoria e conservação da saúde pormeio da atividade física e sociabilização, com os seguintes objetivos:

I - formular, planejar, implementar e fomentar práticas de esporte, lazer e atividades físicas para odesenvolvimento das potencialidades do ser humano e de seu bem estar;

II - desenvolver cultura esportiva e de lazer junto à população, com práticas cotidianas baseadas emvalores de integração do homem com a natureza e da sua identificação com a cidade de Curitiba

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Art. 39Art. 39 São diretrizes gerais da política municipal do esporte e lazer:

I - promover o acesso aos equipamentos esportivos municipais e às suas práticas esportivas, delazer, e de atividades físicas, proporcionando bem estar e melhoria da qualidade de vida;

II - ampliar e consolidar programas nos segmentos de esporte, educação e rendimento como fator depromoção social;

III - ampliar e consolidar programas destinados à disseminação de práticas saudáveis junto àcomunidade;

IV - ampliar a rede municipal de equipamentos para o esporte, lazer e atividades físicas, de acordocom as necessidades atuais e projetadas.

SEÇÃO VIDA ASSISTÊNCIA E PROMOÇÃO SOCIAL

Art. 40Art. 40 A política municipal de assistência e promoção social visa a autosustentabilidade dapopulação em situação de risco ou vulnerabilidade social e tem como objetivos:

I - promover a proteção e a defesa dos direitos da população em situação de risco e vulnerabilidadesocial;

II - realizar ações de promoção à família e de apoio ao desenvolvimento comunitário;

III - implementar ações que possibilitem a criação de oportunidades de trabalho e renda à populaçãoem situação de risco ou vulnerabilidade social;

IV - investir e incentivar a educação profissional, priorizando a população de risco ou vulnerabilidadesocial.

Art. 41Art. 41 São diretrizes gerais da política municipal de assistência e promoção social:

I - fortalecer e ampliar a rede de responsabilidade solidária para a ação social;

II - promover e incentivar a convivência familiar, a autonomia e a integração do idoso na comunidade;

III - promover a inclusão da pessoa portadora de deficiência e necessidades especiais na família ena comunidade;

IV - desenvolver junto ao jovem uma cultura de protagonista de participação e de co-responsabilidade para com a comunidade;

V - promover, no âmbito da Assistência Social, o enfrentamento à violência, à exploração e abusosexual, e o atendimento à população de rua, à vitimizada e àquela em conflito com a lei.

SEÇÃO VIIDA SAÚDE

Art. 42Art. 42 A política municipal de saúde visa a promoção da saúde da população pela gestão eregulação dos serviços próprios e conveniados, pelo monitoramento de doenças e agravos, pelavigilância sanitária, integrada as políticas de controle da qualidade ambiental, do ar e das águas, dosresíduos orgânicos e inorgânicos, tendo como objetivos:

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I - promover a saúde, reduzir a mortalidade e aumentar a expectativa de vida da população;

II - implementar o Sistema Único de Saúde - SUS;

III - consolidar a gestão plena do Sistema de Saúde;

IV - consolidar o controle social.

Art. 43Art. 43 São diretrizes gerais da política municipal de saúde:

I - promover a melhoria constante da infra-estrutura pública dos serviços de saúde;

II - implementar os sistemas de gestão e regulação dos serviços próprios e conveniados ao SUS;

III - promover a melhoria do quadro epidemiológico, reduzindo os principais agravos, danos e riscosà saúde da população curitibana;

IV - promover ações estratégicas de atenção à mulher, à criança, ao adolescente, ao adulto, ao idosoe ao portador de deficiência;

V - consolidar a distritalização das ações, tendo como modelo um Sistema Integrado de Serviços deSaúde - SISS;

VI - promover a ampliação da participação de representantes de entidades organizadas e dascomunidades nos Conselhos e Conferências;

VII - promover a educação na área de saúde, visando o auto-cuidado, a prevenção e a co-responsabilidade da população por sua saúde;

VIII - consolidar as Unidades Básicas de Saúde como porta de entrada do Sistema de SaúdeMunicipal;

IX - viabilizar ações de prevenção, promoção, proteção e atenção à saúde, no âmbito municipal;

X - promover a melhoria dos índices de morbidade e mortalidade no município, especialmente daspatologias de enfrentamento contínuo.

CAPÍTULO IIDO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Art. 44Art. 44 A política municipal de desenvolvimento econômico, entendida em sua ampla vinculaçãocom a de desenvolvimento social, tem o compromisso com a contínua melhoria da qualidade de vidada população e com o bem estar da sociedade, com base nos princípios de sustentabilidade e dedesenvolvimento local e endógeno, com os seguintes objetivos:

I - aumentar a competitividade regional;

II - dinamizar a geração de emprego trabalho e renda;

III - desenvolver potencialidades locais;

IV - consolidar a posição do Município como "Centro de Referência em Negócios";

V - fortalecer e difundir a cultura empreendedora;

VI - intensificar o desenvolvimento tecnológico, consolidando no Município um sistema regional deinovação;

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VII - aperfeiçoar continuamente o modelo adotado a partir da perspectiva sistêmica, considerando osdesafios do crescimento econômico, a eqüidade social e o respeito ao meio ambiente.

VIII - Apoiar e incentivar o desenvolvimento e aperfeiçoamento das iniciativas individuais e coletivascom o fim de desenvolver e consolidar a economia solidária.

Art. 45Art. 45 Os programas, projetos e ações na área de desenvolvimento econômico observarão asseguintes diretrizes:

I - promover a manutenção, consolidação e o surgimento de novas regiões competitivas em termoseconômicos;

II - buscar parcerias com os atores do desenvolvimento econômico local, estabelecendo consenso ea adesão criativa às iniciativas de promoção econômica;

III - incentivar e apoiar iniciativas de geração de oportunidades de emprego, trabalho e renda;

IV - fortalecer e articular a base produtiva local;

V - promover a infra-estrutura necessária e adequada ao desenvolvimento econômico, turístico esocial da Cidade;

VI - intensificar a promoção do desenvolvimento e aplicação de tecnologias vinculadas àsnecessidades e possibilidades do sistema produtivo do Município;

VII - fomentar as atividades econômicas baseadas em inovação tecnológica e em uso intensivo deconhecimento;

VIII - maximizar a sinergia dos ativos da Cidade Industrial de Curitiba, potencializando a criação,difusão e uso do conhecimento e inovação;

IX - disponibilizar informações como instrumento de fomento para investimentos e negócios;

X - desenvolver as relações nacionais e internacionais com associações e instituições multilaterais,empresariais, bem como, com organismos governamentais de âmbito Federal e Estadual, no intuitode ampliar as parcerias e a cooperação;

XI - incrementar a participação do setor produtivo no mercado mundial e diversificar a pauta deexportações, favorecendo o aumento da competitividade regional;

XII - adotar políticas fiscais que favoreçam a redução das desigualdades sociais;

XIII - disponibilizar serviços públicos em meios avançados de tecnologia, proporcionando economia erentabilidade temporal, espacial e ambiental;

XIV - articular ações para a ampliação da sintonia entre a oferta e demanda de capacitaçãoprofissional, em especial nas áreas prioritárias de desenvolvimento sócio-econômico do Município;

XV - articular e integrar as iniciativas de promoção econômica com os demais Municípios da RegiãoMetropolitana de Curitiba;

XVI - implementar políticas de apoio às iniciativas de ocupação autônoma, associativa ecooperativada;

XVII - constituir instrumentos de apoio aos micros e pequenos empreendimentos, individuais oucoletivos, na forma de capacitação gerencial, transferência tecnológica e fornecimento de crédito;

XVIII - instituir o Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico baseado em "territórios sócio-

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econômicos", estruturado em programas, projetos e ações locais e compatibilizado com as diretrizesde estruturação urbana e de proteção do ambiente natural e cultural, observando a integração ecomplementaridade ao Plano Municipal de Desenvolvimento Social.

TÍTULO VDA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE

Art. 46Art. 46 A gestão democrática do Município de Curitiba tem como objetivo estabelecer umarelação entre a Administração Pública e a população, construída com base na democraciaparticipativa e na cidadania, assegurando o controle social, em busca da cidade sustentável.

Art. 47Art. 47 São diretrizes gerais da gestão democrática:

I - valorizar o papel da sociedade civil organizada e do cidadão como partícipes ativos ecolaboradores, co-gestores, e fiscalizadores das atividades da administração pública;

II - ampliar e promover a interação da sociedade com o poder público;

III - garantir o funcionamento das estruturas de participação e controle social previstas nesta lei e emlegislação específica;

IV - promover formas de participação e organização, ampliando a representatividade social.

Art. 48Art. 48 Será assegurada a participação direta da população e de associações representativas devários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos,programas e projetos de desenvolvimento urbano sustentável, mediante as seguintes instâncias departicipação:

I - órgão colegiado municipal de política urbana;

II - debates, audiências e consultas públicas;

III - conferência municipal da cidade;

IV - Iniciativa popular de projetos de lei, de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbanosustentável ;

V - conselhos municipais distritais.

Parágrafo Único - A conferência municipal da cidade, de que trata o inciso III, será realizada no anode 2005 e sempre a cada biênio.

Parágrafo Único - A Conferência Municipal da Cidade, de que trata o inciso III, será realizada deacordo com o cronograma da Conferência Nacional das Cidades. (Redação dada pela Leinº 14314/2013)

Art. 49Art. 49 O órgão colegiado municipal de política urbana terá por finalidade:

I - acompanhar, fiscalizar e avaliar, ouvidos os demais conselhos municipais, a implementação dosobjetivos e diretrizes do Plano Diretor de Curitiba e a execução dos planos, programas e projetos deinteresse para o desenvolvimento urbano e ambiental.

II - apresentar, apreciar e avaliar propostas de revisão e adequação da legislação urbanística e doPlano Diretor de Curitiba;

III - apresentar, apreciar e avaliar propostas relativas às operações urbanas consorciadas e outras

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propostas sobre projetos de lei de interesse urbanístico;

IV - propor, apreciar e avaliar projetos de lei e medidas administrativas que possam ter repercussãono desenvolvimento urbanístico sustentável do Município

V - sugerir ao Poder Executivo adequações nas ações destinadas a implementação dos objetivos,diretrizes, planos, programas e projetos referentes ao desenvolvimento e ao planejamento urbanosustentável;

VI - apresentar, apreciar e avaliar propostas de alteração da legislação urbanística a seremconsideradas no momento de sua modificação ou revisão.

Parágrafo Único - As normas que disciplinarão a composição e funcionamento do órgão colegiadomunicipal de política urbana serão definidas em legislação específica.

TÍTULO VIDOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO IDOS INSTRUMENTOS EM GERAL

Art. 50Art. 50 Para ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da Cidade e da propriedadeurbana, e para o planejamento, controle, gestão e promoção do desenvolvimento urbano, oMunicípio de Curitiba adotará os instrumentos previstos no art. 4º da Lei Federal nº 10.257, de 10 dejulho de 2001 - Estatuto da Cidade, sem prejuízo de outros instrumentos de política urbana.

§ 1º Os instrumentos previstos no Estatuto da Cidade regem-se pela legislação que lhes é própria,observado o disposto neste Plano Diretor, em especial o contido nos Capítulos II a VII deste Título V.

§ 2º Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por órgãosou entidades da Administração Pública com atuação específica nessa área, a concessão de direitoreal de uso de imóveis públicos poderá ser contratada coletivamente.

§ 3º Os instrumentos de política urbana que demandem dispêndio de recursos por parte do PoderPúblico Municipal devem ser objeto de controle social, garantida a participação de comunidades,movimentos e entidades da sociedade civil.

CAPÍTULO IIDO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS

Art. 51Art. 51 Nos termos fixados em lei específica, o Município poderá exigir que o proprietário do solourbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, promova seu adequado aproveitamento, sobpena de aplicar os mecanismos previstos na Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatutoda Cidade, de:

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

II - imposto predial e territorial progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública.

§ 1º A aplicação dos mecanismos previstos no "caput" deste artigo, incisos I a III, se dará em áreasem que haja predominância de condições favoráveis de infra-estrutura, topografia e qualidadeambiental para o adensamento.

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§ 2º Independentemente do imposto predial e territorial progressivo no tempo, o Município poderáaplicar alíquotas progressivas ao IPTU em razão do valor, localização e uso do imóvel, conforme oart. 156, § 1º, da Constituição Federal.

Art. 52Art. 52 São áreas passíveis de parcelamento e edificação compulsórios, e de aplicação dosdemais mecanismos previstos no "caput" do artigo anterior, incisos II e III, mediante notificação doPoder Executivo e nos termos dos arts. 5º a 8º da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, osimóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados, situados na área urbana, excetuando-se:

I - imóveis integrantes das Áreas de Proteção Ambiental;

II - áreas de Parques de Conservação, de Lazer e Lineares, de Bosques de Lazer e de Conservação,de Reservas Biológicas e as Unidades de Conservação Específicas;

III - imóveis com Bosques Nativos Relevantes, onde o índice de cobertura florestal seja igual ousuperior a 50% (cinqüenta por cento) da área do imóvel;

IV - imóveis com Áreas de Preservação Permanente, conforme o estabelecido no Código FlorestalBrasileiro, onde o índice de comprometimento dessas áreas seja igual ou superior a 50% (cinqüentapor cento) da área do imóvel.

§ 1º Considera-se não edificado o lote ou gleba onde o coeficiente de aproveitamento é igual a zero.

§ 2º Considera-se subutilizado, o lote ou gleba edificados, nas seguintes condições:

a) situados em eixos estruturais e de adensamento, áreas com predominância de ocupaçãoresidencial e áreas de ocupação mista que contenham edificação cuja área construída represente umcoeficiente de aproveitamento inferior a 5,0% (cinco por cento) do coeficiente de aproveitamentoprevisto na legislação de uso e ocupação do solo;b) situados em áreas com destinação específica e que contenham edificação de uso não residencial,cuja área destinada ao desenvolvimento da atividade seja inferior a 1/3 (um terço) da área doterreno, aí compreendidas áreas edificadas e não edificadas necessárias à complementação daatividade;c) imóveis com edificações paralisadas ou em ruínas situados em qualquer área.

§ 3º Conforme determinado em legislação específica, são exceções ao indicado no parágrafoanterior: os imóveis que necessitem de áreas construídas menores para o desenvolvimento deatividades econômicas e os imóveis com exploração de produtos hortifrutigranjeiros vinculados aprogramas municipais de abastecimento alimentar, devidamente registrados nos órgãoscompetentes.

§ 4º Imóveis com Bosques Nativos Relevantes ou Áreas de Preservação Permanente estabelecidasno Código Florestal Brasileiro, onde o índice de comprometimento dessas áreas seja inferior a 50%(cinqüenta por cento), mas que incidam outras limitações administrativas que prejudiquem suaadequada ocupação, nos termos da Lei de Zoneamento e Uso do Solo, também poderão serexcetuados no previsto no "caput" deste artigo.

§ 5º Para efeito desta lei, considera-se coeficiente de aproveitamento a relação entre a áreacomputável e a área do terreno.

Art. 53Art. 53 A instituição de critérios para as edificações não utilizadas, para as quais os respectivosproprietários serão notificados a dar melhor aproveitamento, sob pena de sujeitar-se ao impostopredial progressivo no tempo e desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública,será objeto de lei específica.

Parágrafo Único - A lei específica que trata este artigo poderá determinar a aplicação dos critériosdiferenciados por zonas, ou partes de zonas de uso, conforme o interesse público de dinamizar aocupação de determinados trechos da Cidade

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Art. 54Art. 54 O Poder Executivo promoverá a notificação dos proprietários dos imóveis não edificados,subutilizados ou não utilizados, intimando-os a dar o aproveitamento adequado para os respectivosimóveis, de acordo com lei específica, que determinará as condições e prazos para implementaçãoda referida obrigação, atendido o disposto nos arts. 51 e 52, desta lei.

CAPÍTULO IIIDO DIREITO DE PREEMPÇÃO

Art. 55Art. 55 O Município, por meio do Direito de Preempção, terá a preferência para aquisição deimóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, desde que o imóvel esteja incluído emárea a ser delimitada em lei específica e o Poder Público dele necessite para:

I - regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III - constituição de reserva fundiária;

IV - ordenamento e direcionamento da ocupação urbana;

V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;

VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Art. 56Art. 56 As áreas em que incidirão o Direito de Preempção serão delimitadas em legislaçõesespecíficas, que também fixarão seus prazos de vigências e as finalidades para as quais os imóveisse destinarão.

§ 1º O prazos de vigência não serão superiores a 05 (cinco) anos, renováveis a partir de um anoapós o decurso do prazo inicial.

§ 2º O Direito de Preempção fica assegurado ao Município, durante a vigência do prazo fixado pelalei específica, independentemente do número de alienações referentes ao imóvel.

Art. 57Art. 57 Tanto o Município quanto os particulares deverão observar as disposições do art. 27 daLei Federal nº 10.257, de 10 de Junho de 2001, e as estabelecidas em legislação municipalespecífica.

Art. 58Art. 58 Durante o prazo de vigência do Direito de Preempção, o organismo competente daadministração municipal, a ser definido dependendo da finalidade pela qual o imóvel está preempto,deverá ser consultado no caso de alienações, solicitações de parcelamento do solo, emissão delicenças para construção e funcionamento de atividades.

CAPÍTULO IVDA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 59Art. 59 A outorga onerosa do direito de construir, também denominado solo criado, é aconcessão emitida pelo Município, para edificar acima dos índices urbanísticos básicos estabelecidosde coeficiente de aproveitamento, número de pavimentos ou alteração de uso, e porte, mediantecontrapartida financeira do setor privado, em áreas dotadas de infra-estrutura.

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Art. 60Art. 60 A outorga onerosa do direito de construir propicia maior adensamento de áreas já dotadasde infra-estrutura, sendo que os seus recursos serão aplicados para as seguintes finalidades:

I - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social e regularização fundiária;

II - promoção, proteção e preservação do patrimônio histórico, cultural, natural e ambiental;

III - ordenamento e direcionamento da ocupação urbana;

IV - criação de espaços de uso público de lazer e áreas verdes;

V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários.

Art. 61Art. 61 As macrozonas onde a outorga onerosa do direito de construir poderá ser exercida são asseguintes:

I - eixos estruturantes;

II - eixos de adensamento;

III - áreas com predominância de ocupação residencial de alta, média e baixa densidade;

IV - áreas de ocupação mista de alta, média e baixa densidade;

V - áreas com destinação específica.

Parágrafo Único - A outorga onerosa do direito de construir também poderá ser aplicada nos lotescom testadas para os eixos viários principais e para a regularização de edificações, desde quegarantidas as condições de habitabilidade e de qualidade ambiental, conforme estabelecido em leiespecífica.

Art. 62Art. 62 Os acréscimos máximos ao coeficiente de aproveitamento indicado na legislação dezoneamento, uso e ocupação do solo pela outorga onerosa, serão proporcionais à infra-estruturaexistente, conforme o indicado abaixo:

a) eixos estruturantes: até 02 (dois);b) eixos de adensamento: até 02 (dois);c) áreas de ocupação mista alta, média e baixa densidade: até 02 (dois);d) áreas com predominância de ocupação residencial de alta, média e baixa densidade: até 01 (um);e) áreas com destinação específica: até 01 (um).

§ 1º Deverão ser respeitadas as compartimentações das macrozonas, de acordo com o suportenatural, infra-estrutura, densidade, uso e ocupação do solo.

§ 2º Para os terrenos com testada para eixos viários principais, legislação específica poderá indicaracréscimos máximos de até 01 (um) coeficiente, pela outorga onerosa do direito de construir, aoscoeficientes de aproveitamento indicados na legislação de zoneamento, uso e ocupação do solo.

Art. 63Art. 63 A outorga onerosa do direito de construir será regulamentada em lei específica, quedeterminará os limites máximos de coeficiente de aproveitamento, número de pavimentos, alteraçãode uso e porte, de acordo com a compartimentação das macrozonas, e a infra-estrutura implantada.

§ 1º Lei específica de concessão da outorga onerosa do direito de construir estabelecerá as fórmulasde cálculo, a contrapartida, os casos passíveis da isenção de contrapartida e condições relativas àaplicação deste instrumento.

§ 2º Os recursos auferidos deverão ser utilizados exclusivamente para as finalidades expressas nos

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incisos I a V do art. 60 desta lei.

Art. 64Art. 64 Nas operações urbanas consorciadas, a utilização da outorga onerosa do direito deconstruir será definida em lei específica, bem como os parâmetros máximos e mínimos decoeficiente e altura em cada intervenção.

CAPÍTULO VDA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 65Art. 65 A transferência do direito de construir, também denominada transferência de potencialconstrutivo, é a autorização expedida pelo Município ao proprietário do imóvel urbano, privado oupúblico, para edificar em outro local, ou alienar mediante escritura pública, o potencial construtivo dedeterminado lote, para as seguintes finalidades:

I - promoção, proteção e preservação do patrimônio histórico cultural, natural e ambiental;

II - programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixarenda e habitação de interesse social;

III - implantação de equipamentos urbanos e comunitários, e espaços de uso público;

IV - melhoramentos do sistema viário básico;

V - proteção e preservação dos mananciais da Região Metropolitana de Curitiba mediante convênioou consórcio entre os municípios envolvidos.

§ 1º O proprietário de um imóvel impedido de utilizar plenamente o potencial construtivo definido naLei de Zoneamento Uso e Ocupação do Solo, por limitações relativas a preservação do patrimônioambiental ou cultural, poderá transferir parcial ou totalmente o potencial deste imóvel.

§ 2º O mesmo benefício poderá ser concedido ao proprietário que doar ao Município o seu imóvel,ou parte dele, para os para os fins previstos nos incisos I a V do "caput" deste artigo.

§ 3º Lei municipal específica estabelecerá as condições relativas à aplicação da transferência dodireito de construir ou transferência de potencial construtivo.

Art. 66Art. 66 As macrozonas onde a transferência do direito de construir poderá ser autorizada são asseguintes.

I - eixos estruturantes;

II - eixos de adensamento;

III - áreas com predominância de ocupação residencial de alta, média e baixa densidade;

IV - áreas de ocupação mista de alta, média e baixa densidade;

V - áreas com destinação específica.

Parágrafo Único - A transferência do direito de construir ou transferência de potencial construtivotambém poderá ser aplicada nos lotes com testadas para os eixos viários principais e para aregularização de edificações, desde que garantidas as condições de habitabilidade e de qualidadeambiental, conforme estabelecido em lei específica.

Art. 67Art. 67 Os acréscimos máximos ao coeficiente de aproveitamento indicado na legislação dezoneamento, uso e ocupação do solo, pela transferência de potencial construtivo, serão

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proporcionais à infra-estrutura existente, conforme o indicado abaixo:

I - eixos estruturantes: até 02 (dois);

II - eixos de adensamento: até 02 (dois);

III - áreas de ocupação mista alta, média e baixa densidade: até 02 (dois);

IV - áreas com predominância de ocupação residencial de alta, média e baixa densidade: até 01(um);

V - áreas com destinação específica: até 01 (um).

§ 1º Deverão ser respeitadas as compartimentações das macrozonas, de acordo com o suportenatural, infra-estrutura, densidade, uso e ocupação do solo.

§ 2º Para os terrenos com testada para eixos viários principais, legislação específica poderá indicaracréscimos máximos de até 1 (um) coeficiente, pela transferência de potencial construtivo, aoscoeficientes de aproveitamento indicados na legislação de zoneamento, uso e ocupação do solo.

Art. 68Art. 68 Serão objetos de regulamentação em lei específica, entre outras:

I - as condições de aplicação do instrumento;

II - n os parâmetros de altura máxima;

III - as densidade máximas admitidas;

IV - os casos de alterações de usos;

V - as definições de contrapartida;

VI - as fórmulas de cálculos;

VII - os casos passíveis de renovação de potencial;

VIII - as condições de averbação em registro de Imóveis.

Art. 69Art. 69 Nas operações urbanas consorciadas, a utilização da transferência do direito de construir,bem como os parâmetros máximos e mínimos de coeficiente e altura em cada intervenção, serãodefinidos em lei específica.

CAPÍTULO VIDAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Art. 70Art. 70 A operação urbana consorciada é o conjunto de intervenções e medidas coordenadaspelo Município, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes einvestidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticasestruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental, notadamente ampliando os espaçospúblicos, organizando o sistema de transporte coletivo, implantando programas de melhorias deinfra-estrutura, sistema viário e de habitações de interesse social.

§ 1º Cada operação urbana consorciada será criada por lei específica, de acordo com as disposiçõesdos arts. 32 a 34 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade e o previstoneste Plano Diretor.

§ 2º Caberá ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC a coordenação,

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acompanhamento e monitoramento de todo projeto de operação urbana consorciada.

§ 3º A operação urbana consorciada pode ser proposta pelo Executivo, ou por qualquer cidadão ouentidade que nela tenha interesse.

§ 4º No caso de operação urbana consorciada de iniciativa da municipalidade, o Poder Público,poderá, mediante chamamento em edital, definir a proposta que melhor atenda ao interesse público.

§ 5º No caso de operação urbana consorciada proposta pela comunidade, o interesse público daoperação será avaliado pelo IPPUC, ouvido o órgão colegiado municipal de política urbana.

Art. 71Art. 71 Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas:

I - a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo,bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente ou oimpacto de vizinhança;

II - a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com alegislação vigente;

III - a ampliação dos espaços públicos e implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

IV - a oferta de habitação de interesse social.

Art. 72Art. 72 As operações urbanas consorciadas têm como finalidades:

I - implantação de espaços e equipamentos públicos;

II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e reciclagem de áreasconsideradas subutilizadas;

III - implantação de programas de habitação de interesse social;

IV - ampliação e melhoria do sistema de transporte público coletivo;

V - proteção e recuperação de patrimônio ambiental e cultural;

VI - melhoria e ampliação da infra-estrutura e da rede viária;

VII - dinamização de áreas visando à geração de empregos;

VIII - reurbanização e tratamento urbanístico de áreas.

Art. 73Art. 73 A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada deverá conter no mínimo:

I - definição da área de abrangência e do perímetro da área da intervenção;

II - finalidade da operação proposta;

III - programas básicos de ocupação da área e de intervenções previstas;

IV - estudo prévio de impacto de vizinhança;

V - programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pelaoperação;

VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados emfunção da utilização dos benefícios previstos;

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VII - forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação dasociedade civil;

§ 1º Quando for o caso, a lei específica da operação urbana consorciada também poderá prever:

a) execução de obras por empresas da iniciativa privada, de forma remunerada, dentre outras, pelaconcessão para exploração econômica do serviço implantado;b) solução habitacional dentro de sua área de abrangência, no caso da necessidade de remover osmoradores de áreas de ocupação subnormal e áreas de risco;c) instrumentos e parâmetros urbanísticos previstos na operação e, quando for o caso, incentivosfiscais e mecanismos compensatórios para os participantes dos projetos e para aqueles por eleprejudicados;d) preservação dos imóveis e espaços urbanos de especial valor histórico, cultural, arquitetônico,paisagístico e ambiental;e) estoque de potencial construtivo adicional;f) prazo de vigência.

§ 2º Os recursos obtidos pelo Poder Público Municipal na forma do inciso VI do "caput" deste artigo eda alínea "e" do § 1º, serão aplicados exclusivamente no programa de intervenções, definido na leide criação da operação urbana consorciada.

Art. 74Art. 74 A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá prever a emissão peloMunicípio de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de construção, que serãoalienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento das obras e serviços necessários àprópria Operação.

§ 1º Os certificados de potencial adicional de construção serão livremente negociados, masconvertidos em direito de construir unicamente na área objeto da operação.

§ 2º Apresentado pedido de licença para construir ou para modificar o uso, o certificado de potencialadicional será utilizado no pagamento da contrapartida correspondente aos benefícios urbanísticosconcedidos que superem os padrões estabelecidos pela legislação de uso e ocupação do solo,respeitados os limites estabelecidos na lei de cada operação urbana consorciada.

§ 3º A lei deverá estabelecer, entre outros:

a) a quantidade de certificado de potencial adicional de construção a ser emitida, obrigatoriamenteproporcional ao estoque de potencial construtivo adicional previsto para a operação;b) o valor mínimo do certificado de potencial adicional de construção;c) as fórmulas de cálculo das contrapartidas;d) as formas de conversão e equivalência dos certificados de potencial adicional de construção, emmetros quadrados de potencial construtivo adicional e de metros quadrados de potencial dealteração de uso e porte.

Art. 75Art. 75 Ficam indicadas as seguintes áreas para as operações urbanas consorciadas:

I - Centro;

II - Prado Velho;

III - Parolin;

IV - Eixos de Adensamento;

V - Unidades de Conservação.

VI - a área da Rodoferroviária e a faixa que inclui as áreas do ramal da RFFSA para AlmiranteTamandaré e terrenos limítrofes, da Rodoferroviária até o limite do Município.

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§ 1º Os perímetros das áreas indicadas para as operações urbanas consorciadas, representadasesquematicamente no Anexo 05 - Operações Urbanas Consorciadas, integrante desta lei, serãodescritos em leis específicas.

§ 2º Além das áreas indicadas neste artigo, poderão ser objeto de operações urbanas consorciadas,outras áreas a serem definidas em lei específica.

§ 3º Nas áreas definidas para Operações Urbanas Consorciadas o Município terá o Direito dePreempção, nos termos do disposto no Capítulo III, TÍTULO VI - DOS INSTRUMENTOS DEPOLÍTICA URBANA desta lei.

Art. 76Art. 76 Nas áreas de operações urbanas consorciadas o coeficiente construtivo máximo doimóvel não deverá exceder a 4 (quatro), exceto nas áreas que já venham a possuir esse coeficiente,ou maior, onde será admitido o acréscimo máximo de 02 (dois) coeficientes.

Parágrafo Único - Em qualquer caso, poderão ser aplicados os coeficientes máximos admitidos nalegislação que dispõe sobre a outorga onerosa de potencial construtivo.

Art. 77Art. 77 Imóveis localizados no interior dos perímetros das operações urbanas consorciadas, sãopassíveis de receber o potencial construtivo oriundo de imóveis de valor cultural e de áreaspreservação ambiental não inseridos no seu perímetro, desde que disposto na lei específica queaprovar a operação urbana consorciada.

CAPÍTULO VIIDO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 78Art. 78 Fica instituído o Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV como instrumento deanálise para subsidiar o licenciamento de empreendimentos ou atividades, públicas ou privadas, quena sua instalação ou operação possam causar impactos ao meio ambiente, sistema viário, entornoou à comunidade de forma geral, no âmbito do Município.

Art. 79Art. 79 Os empreendimentos e atividades, privados ou públicos, que dependerão de elaboraçãode Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV - para obter as licenças ou autorizações deconstrução, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público Municipal, serão definidos emlegislação específica.

Art. 80Art. 80 O EIV será elaborado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos doempreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suasproximidades, incluindo para análise, no mínimo, os seguintes itens:

I - descrição detalhada do empreendimento;

II - delimitação das áreas de influência direta e indireta do empreendimento ou atividade,considerando entre outros aspectos:

a) o adensamento populacional;b) equipamentos urbanos e comunitários;c) uso e ocupação do solo;d) valorização imobiliária;e) geração de tráfego e demanda por transporte público;f) ventilação e iluminação;g) paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.h) descrição detalhada das condições ambientais

III - identificação dos impactos a serem causados pelo empreendimento ou atividade, nas fases deplanejamento, implantação, operação e desativação, se for o caso;

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IV - medidas de controle ambiental, mitigadoras ou compensatórias adotadas nas diversas fases,para os impactos citados no inciso anterior, indicando as responsabilidades pela implantação dasmesmas.

Parágrafo Único - Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveispara consulta, no órgão competente do Poder Público Municipal, por qualquer interessado.

Art. 81Art. 81 A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de Estudo Prévio deImpacto Ambiental - EIA, requeridas nos termos da legislação ambiental.

CAPÍTULO VIIIDO MONITORAMENTO E CONTROLE DO PLANO DIRETOR

Art. 82Art. 82 O sistema de monitoramento e controle do Plano Diretor de Curitiba tem por objetivoorganizar e sistematizar as informações municipais para o monitoramento e controle da implantaçãodo Plano Diretor de Curitiba.

Art. 83Art. 83 São diretrizes do sistema de monitoramento e controle da implantação do Plano Diretorde Curitiba:

I - promover a divulgação e utilização das informações relevantes da esfera municipal, de forma aatender a necessidade do setor público e as demandas da população no planejamento da cidade;

II - dar transparência e prestar contas à população das ações governamentais, possibilitando ocontrole social;

III - desenvolver e sistematizar um conjunto de informações estratégicas, essenciais e necessáriaspara o conhecimento da realidade em que atua o governo, para a gestão municipal efetiva edemocrática;

IV - formalizar um grupo gestor da informação municipal de caráter paritário;

V - estabelecer parcerias com a sociedade civil organizada, buscando a cooperação entre agentespúblicos e privados, em especial com conselhos setoriais, universidades e entidades de classe,visando a produção e validação de informações.

Art. 84Art. 84 Além do disposto no art. 5º, compete ao IPPUC coordenar, implantar e manter atualizadoum Sistema de Informações físicas, territoriais, sociais e econômicas, integrado por sub-sistemasconstituídos por informadores e usuários de órgãos públicos, concessionárias de serviços públicos eentidades de classe, tendo por finalidade o acompanhamento do desenvolvimento e transformaçõesda cidade, para subsidiar as necessárias alterações e complementações deste Plano Diretor.

§ 1º Os agentes públicos e privados, incluindo os Cartórios de Registro de Imóveis, deverão fornecerao Município os dados e informações necessários ao sistema.

§ 2º O Sistema de Informações deverá publicar, periodicamente, as informações analisadas, bemcomo colocá-las permanentemente à disposição dos órgãos informadores e usuários.

TÍTULO VIIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 85Art. 85 A implantação da política municipal de Habitação de Interesse Social será deresponsabilidade da Companhia de Habitação Popular de Curitiba - COHAB-CT, respeitadas as

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atribuições dos demais órgãos e secretarias municipais.

Art. 86Art. 86 Entende-se por sistema de gestão e controle o conjunto de órgãos, normas, recursoshumanos e técnicos objetivando a coordenação das ações dos setores público e privado, e dasociedade em geral, a integração entre os diversos programas setoriais e a dinamização emodernização da ação governamental.

Parágrafo Único - O sistema de gestão e controle, conduzido pelo Poder Público Municipal, deverágarantir a necessária transparência e a participação dos cidadãos e de entidades representativas.

Art. 87Art. 87 Deverão ser encaminhados à Câmara Municipal projetos de legislação urbanísticacompatíveis com as políticas e diretrizes deste Plano Diretor, no prazo máximo de 03 (três) anoscontados a partir de sua vigência.

§ 1º Enquanto não forem aprovadas as legislações complementares compatíveis com as políticas ediretrizes deste Plano Diretor, continuarão em vigência todas as legislações que tratam dedesenvolvimento urbano, em especial:

I - Lei nº 9.800, de 03 de janeiro de 2000, que dispõe sobre o Zoneamento, uso e Ocupação do Solodo Município de Curitiba e dá outras providências;

II - Lei nº 9.801, de 03 de janeiro de 2000, que dispõe sobre os Instrumentos de Política Urbana noMunicípio de Curitiba;

III - Lei nº 9.802, de 03 de janeiro de 2000, que institui incentivos para a implantação de ProgramasHabitacionais de Interesse Social;

IV - Lei nº 9803, de 03 de janeiro de 2000, que dispõe sobre a Transferência de PotencialConstrutivo;

V - Lei nº 9.804, de 03 de janeiro de 2000, que cria o Sistema de Unidades de Conservação doMunicípio de Curitiba e estabelece critérios e procedimentos para implantação de novas Unidades deConservação;

VI - Lei nº 9.805, de 03 de janeiro de 2000, que cria o Setor Especial de Conservação SanitárioAmbiental e dá outras providências;

VII - Lei nº 9.806, de 03 de janeiro de 2000, que institui o Código Florestal do Município e dá outrasprovidências.

§ 2º No mesmo prazo previsto no "caput" deste artigo, o Município instituirá comissão com afinalidade específica de avaliar e propor as adequações da legislação vigente, correlacionada àpresente lei, bem como a sua consolidação, nos termos da Lei Complementar nº 95, de 26 defevereiro de 1998 e alterações feitas pela Lei Complementar nº 107, de 26 de abril de 2001.

Art. 88Art. 88 No prazo máximo de 3 (três) anos, contados a partir da vigência deste Plano Diretor,deverão ser elaborados, entre outros os seguintes planos, observado o contido no artigo 48:

I - Plano Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte Integrado;

II - Plano Municipal de Habitação de Interesse Social;

III - Plano de Desenvolvimento Econômico;

IV - Plano de Desenvolvimento Social;

V - Plano Municipal de Defesa Pública e Defesa Social;

VI - Plano Municipal de Controle Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

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Parágrafo Único - Os Planos indicados neste artigo deverão assegurar a participação direta dapopulação e de associações representativas de vários segmentos da comunidade.

Art. 89Art. 89 O Poder Público Municipal poderá utilizar a urbanização consorciada emempreendimentos conjuntos da iniciativa privada e dos Poderes Públicos Federal e Estadual,visando a integração e a divisão de competência e recursos para execução de projetos de interessecomum.

Parágrafo Único - A coordenação dos empreendimentos conjuntos por meio de urbanizaçãoconsorciada será do Poder Público Municipal, devendo ser avaliado o interesse público da operaçãopelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC.

Art. 90Art. 90 Nenhuma edificação reforma, demolição ou obra de qualquer espécie, poderá ser feitasem prévio licenciamento pelos órgãos competentes da Prefeitura.

§ 1º Os projetos deverão ser elaborados de acordo com os objetivos e diretrizes deste Plano Diretore com as normas regulamentares de edificações da Prefeitura Municipal.

§ 2º As edificações, reformas, demolições ou obras de qualquer espécie, em execução euexecutadas em desacordo com os objetivos e diretrizes deste Plano Diretor, ou com as normasregulamentares de edificações ficarão sujeitas a sanções administrativas.

Art. 91Art. 91 Ficam expressamente revogados os seguintes artigos da Lei nº 2828, de 10 de agosto de1.966:

I - arts. 3º e 4º;

II - arts. 5º a 34;

III - arts. 36 a 46;

IV - arts. 58 a 64.

Art. 92Art. 92 Esta lei entra em vigor após 30 (trinta) dias de sua publicação.

PALÁCIO 29 DE MARÇO, em 16 de dezembro de 2004.

Cassio TaniguchiPREFEITO MUNICIPAL

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