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1 ADMINISTRAÇÃO 4º Período LOGÍSTICA E RECURSOS MATERIAIS Autoras: Christiane de Almeida Lustosa Rossi Suzana Gilioli da C. Nunes

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ADMINISTRAÇÃO

4º Período

LOGÍSTICA E RECURSOS MATERIAIS

Autoras: Christiane de Almeida Lustosa Rossi

Suzana Gilioli da C. Nunes

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NOTA:

Material Didático cedido pela Fundação Universidade do Tocantins – UNITINS

à Faculdade ITOP, fruto de um Contrato de Cessão de uso de Material

Didático.

Todos os direitos, desta obra são reservados para Fundação Universidade do

Tocantins - UNITINS.

Não é permitida a reprodução parcial ou total desta obra, exceto com a

autorização prévia da UNITINS.

Plágio é crime, porque viola os direitos de autor (Lei nº 9.610/98 – Direitos

Autorais), No Código Penal, se prevêem de três meses a quatro anos de

PRISÃO

Pirataria é crime. Entende-se por pirataria a reprodução, venda e distribuição

de produtos sem a devida autorização e o pagamento dos direitos autorais (Lei

nº 10.695, DE 1º DE JULHO DE 2003)

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PLANO DE ENSINO

CURSO: Administração

PERÍODO: 4°

DISCIPLINA: Logística e Recursos Materiais

Ementa

Evolução e conceitos da Administração de Materiais. Gestão de compras.

Gestão de estoques. Sistema logístico. Característica dos transportes.

Objetivos

Conhecer a evolução histórica da Logística e da Cadeia de Suprimentos.

Aplicar conceito e instrumentos da Logística e da Cadeia de

Suprimentos em uma organização.

Entender o funcionamento da gestão de transportes.

Conteúdo programático

Logística no Brasil

Logística e Cadeia de Suprimentos

Cadeia de Suprimentos e Serviço ao cliente

Decisões sobre política de estoques

O Sistema de estocagem

Fundamentos do transporte

Decisões sobre transportes

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Bibliografia básica ARNOULD, J.R. Tony. Administração de Materiais. São Paulo: Atlas, 2006. DIAS, M. A. P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2007.

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GONÇALVES, Paulo Sergio. Administração de materiais. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. Bibliografia complementar BERTAGLIA, Paulo Roberto Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2009. BOLLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos / logística empresarial. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. MARTINS, Petrônio Garcia. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2006.

RAZZOLINI Filho, Edelvino. Logística. Curitiba: Juruá, 2008.

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Sumário

Capítulo 1 – Logística no Brasil

Capítulo 2 - Logística e Cadeia de Suprimentos

Capítulo 3 - Serviços logísticos ao cliente e a busca pela qualidade

Capítulo 4 – Decisões sobre política de estoques

Capítulo 5 – Compras e Logística reversa

Capítulo 6 - Fundamentos dos Transportes

Capítulo 7 - Decisões sobre transportes

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Capítulo 1 – Logística no Brasil

Introdução

Este é o primeiro tema da nossa disciplina Logística e Recursos

Materiais. Nele, você ficará conhecendo melhor o campo de abrangência da

Administração de Materiais e a sua importância no cenário da administração.

Em meio à evolução da Administração de Materiais, podemos emitir um

conceito de nossa disciplina Logística e Recursos Materiais: que compreende

as decisões e o controle sobre o planejamento, programação, compra,

armazenamento e distribuição dos materiais indispensáveis à produção ou ao

funcionamento da entidade organizada.

Para que você possa entender melhor este assunto, é aconselhável

conhecer um pouco os conceitos sobre: o que são bens de consumo; bens

duráveis e não duráveis; funcionamento de uma empresa. O conhecimento

desses três itens, que foi visto na disciplina Teoria Geral da Administração -

TGA, no 1º período, o ajudará a compreender melhor sobre o campo da

Administração de Materiais. Fique atento a esses pré-requisitos para que você

alcance os objetivos deste capítulo: conhecer o conceito e a importância da

logística na empresa e conhecer a realidade da logística dos modais mais

utilizados em nosso país.

1.1 Administração de materiais

Para começar os nossos estudos, é bom saber que a Administração de

Materiais (AM) é muito mais que um simples ramo da ciência e da tecnologia

administrativa: ela trata de normas relacionadas à gerência daquilo que, sob a

designação genérica de materiais, entra como elementos constitutivos e

constituintes na linha de produção de uma empresa.

Essa designação abrange outros bens contábeis que, embora não

contribuam diretamente para a fabricação, acabam fazendo parte da rotina da

empresa. Vou citar como exemplo: os materiais de escritório, de limpeza para

os serviços de conservação e de materiais de segurança para os serviços de

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prevenção de incêndios e de acidentes. Mais um ponto que a AM tem de

característica é a organização e execução de tarefas de compras,

armazenagem, conservação, controle e distribuição física. Busca cuidar desde

a compra do produto até a entrega aos utilizadores dos materiais pedidos,

cuidando para que não haja falta de materiais à produção e nem acúmulo de

estoques.

A AM tem por objetivo garantir o abastecimento permanente dos artigos

necessários para atender as demandas

dos setores de produção e/ou ainda gerenciar todos os problemas relacionados

com os suprimentos e tudo o mais que possa representar investimento de

capital de uma organização, por meio da fiscalização, zelo e controle.

1.1.1 Interligação da administração de materiais com as demais

administrações

a) Administração de vendas

A função deste setor é de pesquisar os mercados consumidores,

exercendo, em primeira análise, uma função de marketing, comparando

informações coletadas sobre as necessidades e anseios de um mercado

consumidor potencial, determinando o quê e quanto produzir.

b) Administração da produção

Como resultado da pesquisa da Administração de Vendas, a

Administração da Produção, por meio de seu setor de Planejamento e Controle

da Produção (P.C.P.), prevê o que deverá ser feito, alocando os recursos

necessários. Quantas máquinas, quantas pessoas e quanto material serão

necessários.

c) Administração de material

É responsável pelo suprimento contínuo dos materiais necessários, em

decorrência da ação conjunta das duas primeiras administrações.

d) Administração financeira e orçamentária

Em algumas empresas, o setor de Administração Financeira e

Orçamentária são departamentos distintos, mas suas função andam de mãos

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dadas. Ele regula os recursos necessários à execução daquilo que foi

determinado pela Administração da Produção. Além daqueles destinados a

gastos fixos com pessoal, instalações etc., prevê as entradas de recursos.

Deverá estar perfeitamente entrosada com a Administração de Materiais,

para saber quantos recursos sairão, e com a Administração de Vendas, para

saber quantos recursos entrarão. Possibilita, assim, controlar perfeitamente o

Cash Flow, evitando situações inesperadas. Possibilita também a adoção de

políticas financeiras.

e) Administração de pessoal

Este setor da administração cuida do recrutamento, seleção e

treinamento do pessoal de toda empresa.

f) Administração de recursos

Uma das maiores dificuldades enfrentadas por profissionais ligados à

área de produção é a Administração de Recursos escassos, seja na produção

de bens tangíveis, quanto na prestação de serviços. O campo de recursos

administráveis é bem amplo.

As empresas precisam e têm à sua disposição cinco tipos de recursos:

materiais, patrimoniais, de capital ou financeiros, humanos e tecnológicos. Em

nossa disciplina, vamos focar os Recursos Materiais e Patrimoniais. Quando se

trata da Administração de Recursos Patrimoniais, nós estaremos tratando da

sequência de operações, que tem início na identificação do fornecedor do

produto, passa pelo processo de aquisição e recebimento do bem, para depois

lidar com sua conservação, manutenção ou, quando for o caso, alienação.

g) Fatores de produção

É importantíssimo que desde já definamos o que é recurso. Para isso,

utilizaremos a conceituação que entende como recurso tudo aquilo que gera ou

tem a capacidade de gerar riqueza, no sentido econômico do termo. Dessa

forma, os clássicos fatores de produção - capital, terra (ou natureza) e trabalho

- são recursos e, como tal, devem ser administrados.

Assim podemos dizer que um item de estoque é um recurso, pois,

agregado a um produto em processo, irá constituir-se em um produto acabado

que deverá ser vendido por um valor superior ao somatório de todos os custos

inclusos em sua fabricação. Simplificando, um edifício que abriga as

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instalações de uma empresa é um recurso, já que é essencial ao

funcionamento dela.

A mão de obra humana também faz parte dos recursos da empresa,

pois, com seu conhecimento, gera novas ideias, que são transformadas em

novos produtos, novas metodologias de trabalho e serviços cada vez mais

adequados ao uso dos consumidores.

E o capital?

O capital (veja bem, estamos falando de dinheiro mesmo) é o recurso mais

facilmente reconhecido, por sua característica de liquidez, que faz com que ele

possa ser utilizado inclusive para aquisição de outros recursos.

1.2 Logística

Segundo o Dicionário Aurélio (1999, p.1231), logística é

a) parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operativos e administrativos); b) recrutamento, incorporação, instrução e adestramento, designação, transporte, bem estar, evacuação, hospitalização e desligamento de pessoal; c) aquisição ou construção, reparação, manutenção e operação de instalações e acessórios destinados a ajudar o desempenho de qualquer função militar; d) contrato ou prestação de serviços.

O termo logística surgiu na II Guerra Mundial. A necessidade que o

governo americano tinha de manter sempre abastecidas as suas tropas no

campo de batalha, fez com que buscasse meios de tornar a distribuição de

suprimentos mais eficiente e ágil em meio ao território inimigo e, ao mesmo

tempo, hostil. Hoje a logística é utilizada por diversas empresas em todo o

mundo.

Agora, este termo está sendo utilizado por organizações dependentes

em pontos amplamente dispersos de fornecimento, para satisfazer as

necessidades de um grande número de clientes amplamente dispersos. Pode

ser usado tanto dentro das fronteiras nacionais quanto em ambientes

internacionais.

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1.2.1 A logística

A logística atua no campo do gerenciamento do fluxo de materiais. Ela

está mais preocupada com o local de estocagem, dados de inventário e

sistemas de informação, bem como com transporte e armazenagem. Assim,

sinteticamente, podemos definir logística como o gerenciamento de material de

chão a chão.

Podemos dizer que a logística nada mais é do que o processo de gerir

estratégias para a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais,

peças e produtos acabados e os fluxos de informações correlatas, por meio da

organização e seus canais de marketing, de modo a melhorar a lucratividade.

1.3 Logística empresarial

A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e

armazenagem. Visa à facilitação do fluxo de produtos, desde o ponto de

aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, com o propósito de

providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.

Atividades primárias da logística empresarial

A definição apontada, no parágrafo anterior, indica as atividades que são

de importância primária para atingir os objetivos logísticos de custo e nível de

serviço. Essas atividades-chave são:

• transportes;

• manutenção de estoques;

• processamento de pedidos.

Essas atividades são consideradas primárias, porque, ou elas

contribuem com a maior parcela do custo total da logística, ou elas são

essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística.

1.3.1 Transportes

Para a maioria das empresas, o transporte é considerado a atividade do

campo logístico mais importante. Tal consideração se deve ao fato de que ela

absorve de um a dois terços dos custos operacionais. É por isso que o

transporte possui tal importância, pois nenhuma empresa pode realizar

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atividades, organizar a movimentação de suas matérias-primas ou de seus

produtos, sem considerar a importância dessa atividade.

Com isso, podemos definir o transporte como sendo os vários métodos

para se movimentar produtos. As alternativas mais populares são os modos

rodoviário, ferroviário e aeroviário. A administração da atividade de transporte

geralmente envolve decidir se quanto ao método de transporte, aos roteiros e à

utilização da capacidade dos veículos.

a) Manutenção de estoques

Geralmente, não é compensatório para a empresa providenciar

produção ou entrega instantânea aos clientes. Para se atingir um grau razoável

de estoque de produto, é necessário manter os estoques bem supridos, pois

eles agem como "amortecedores" entre a oferta e a demanda.

O setor de administração de estoques busca reunir níveis tão baixos quanto

possível, ao mesmo tempo em que disponibiliza o produto desejado pelos

clientes.

b) Processamento de pedidos

Os custos de processamento de pedidos costumam ser pequenos, se

comparados aos custos de manutenção de estoques ou de transportes.

Resumindo, o processamento de pedidos é uma atividade da logística

básica. A sua importância baseia-se no fato de ela ser um elemento crítico em

termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes.

c) Atividades de apoio

Você já sabe que o transporte, a manutenção de estoques e o

processamento de pedidos são os principais fatores que contribuem para a boa

condição física de bens e serviços oferecidos pela empresa. As atividades que

apoiam essas ações fundamentais são:

armazenagem;

manuseio de materiais;

embalagem de proteção;

obtenção do produto;

programação de produtos;

manutenção de informação.

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Você lembra que falamos, antes, sobre o efeito amortecedor, citado na

manutenção de estoques? O transporte desempenha um papel importante no

processo da administração do estoque de uma empresa. Lembre-se de que a

empresa já tem propriedade de determinado bem, a partir do momento em que

há a compra dele, não quer dizer necessariamente que o produto deva estar

nas instalações do armazém.

A logística empresarial age como um lubrificante nas engrenagens do

campo da movimentação de materiais. Quando realizadas atividades primárias

como gestão de transportes; controle de estoques; processamento de pedidos,

a empresa terá mais facilidade para atender o cliente, de forma ágil e

satisfatória, junto às atividades de apoio.

As atividades de apoio são ações que cuidam da manutenção do

bem/serviço, visando a preservar a sua qualidade para o momento da entrega

para o cliente.

Conforme vimos, aplicar o conceito de logística empresarial é um

constante desafio para qualquer empresa que deseja sobressair no mercado. E

a logística, em nosso país, como anda?

1.4 Logística no Brasil

No dia 6 de junho, é celebrado o dia da logística no Brasil. Apesar de

inegáveis avanços, a logística ainda é um dos maiores entraves para a

competitividade tanto das empresas quanto do próprio país.

Como exemplo, temos o resultado de pesquisa do Centro de Estudos

em Logística do Coppead/UFRJ, que mostra que as despesas com logística

alcançaram cerca de 17% do PIB. Como consequência, o impacto da logística

no custo final dos produtos comercializados no Brasil atinge 7,2%, contra 4%

nos Estados Unidos.

1.4.1 Conhecendo melhor o nosso cenário logístico

Você sabia que o total de carga transportada no Brasil poderia dobrar?

Nosso país perde importantes negócios no mercado internacional por

problemas relacionados à logística, que envolve os sistemas de portos, de

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rodovias e de ferrovias e acarreta metade de seus principais entraves, segundo

estimativa de especialistas.

O Brasil deixou de embarcar cerca de US$ 2 bilhões em agricultura pela

falta de condições logísticas no ano passado. Além disso, em função do

demurrage (sobreestadia), importadores e exportadores pagaram mais de US$

1 bilhão em multas — provocadas pela permanência, nos portos, maior que a

estipulada. Essa análise é do coordenador da câmara de Logística da

Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Pires (1994) destaca que o Brasil exporta apenas 1,2% a mais do que

exportou no ano de 1960. De qualquer forma, acredita que o país tenha

condição de elevar suas exportações. Segundo o autor, há pouco tempo, o

país movimentava aproximadamente três contêineres por hora; atualmente,

esse número gira em torno de 30, a cada hora (segundo dados da

Confederação Nacional dos Transportes - CNT). Podemos dizer que

avançamos muito, mas ainda falta mais para alcançarmos o mesmo patamar

dos mercados internacionais.

Segundo Simson (2001), exportações sazonais, como o da soja, cujo

pico está registrado entre os meses de março até setembro, deve ser alternado

com outras cargas, a fim de evitar filas de até 100 quilômetros no Porto de

Santos. Um dos motivos é a falta de contêineres, o que também acarreta

espera de mais de 16 horas para o embarque.

De acordo com o diretor da Intermodal South America — Feira

Internacional de Transportes e Serviços de Comércio Exterior, realizada entre

os dias 1 e 3 de junho, Martin Von Simson, parte do gerenciamento dos modais

do transporte brasileiro deveria ser privatizado e receber investimentos da

ordem de US$ 20 bilhões.

As mudanças na economia, como o crescimento na China e a

desvalorização do Dólar frente ao Real, sinalizam a necessidade de ordenar

investimentos privados, principalmente em portos, contêineres e navios. As

áreas mais críticas são aquelas que geram cargas refrigeradas ou

frigorificadas, como a carne bovina, de frango, o suco de laranja e as frutas.

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Cerca de 20% do gasto na fabricação do suco de laranja brasileiro,

detentor de 80% do mercado global, pertence ao custo de exportação.

E o sistema adotado pelo governo para as concessões das rodovias e

ferrovias, que apresentam como objetivo arrecadar recursos para sanar dívidas

públicas, desestimulam o investimento privado. Segundo Simson (2001, p.52),

"os 180 terminais não recebem investimentos porque, quando o período de

concessão acaba, os bens ficam para o estado".

1.4.2 Rodovias

Números da última pesquisa da Confederação Nacional do Transporte

(CNT) revelam que mais de 74,7% das rodovias do país estão em estado ruim

ou péssimo. Caminhões quebrados, excesso de manutenção, impossibilidade

de desenvolver uma velocidade-padrão para entregar a mercadoria no prazo

estabelecido pelo cliente, roubo de carga e aumento do custo logístico são

apenas alguns dos problemas que se enfrentam devido às ineficiências da

infra-estrutura de transporte do Brasil. Diante de um possível apagão logístico –

que pode afetar o desenvolvimento econômico e, principalmente, o crescimento

das exportações do país, o que causa indignação é a falta de competência do

Ministério dos Transportes, que não vem sendo capaz de, nem ao menos,

empenhar a verba já aprovada da pasta.

Segundo dados do próprio Ministério dos Transportes, a liberação tardia

de recursos e a falta de agilidade na execução do orçamento fizeram a pasta

perder, em 2004, R$ 782,9 milhões disponíveis. Com esse dinheiro, seria

possível construir, aproximadamente, 700 quilômetros de estradas, ou

restaurar cerca de 3.500 quilômetros.

Cerca de 75% das rodovias brasileiras encontram-se em condições

desfavoráveis aos usuários em termos de desempenho, segurança e

economia. O que não faltam são buracos, remendos, ondulações. Mas faltam

sinalizações, segurança, conservação. E sobram pedágios e problemas.

Para Andrade (2004, p.24), a análise final dos resultados da Pesquisa

Rodoviária CNT 2004 "resulta na conclusão de que a infra-estrutura rodoviária

brasileira encontra-se em condições amplamente desfavoráveis aos usuários

em termos de desempenho, segurança e economia".

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Em 2004, foram analisados 74.681 km de rodovias, dos quais 74,7%

foram classificados como deficientes, ruins ou péssimos, nos aspectos

pavimento, sinalização e geometria da via. Segundo os levantamentos

realizados, a condição de pavimento de nossas rodovias é deficiente, ruim ou

péssima, em 56,1% dos trechos pesquisados (40.213 km). Em 46,5% dos

casos, as rodovias apresentam desgastes, trincas, remendos na malha,

afundamentos, ondulações, buracos na pista ou ainda têm o pavimento

totalmente destruído, obrigando as reduções de velocidade em 12,8% dos

trechos. Nossas rodovias apresentam também problemas quanto à sinalização

vertical e à horizontal.

Esse cenário traz consigo uma série de consequências indesejáveis,

tanto em termos da elevação dos custos de transporte e da perda de

competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo, quanto pelo

elevado número de acidentes e de vítimas em nossas estradas (ANDRADE,

1994, p.54).

Dentro de um cenário de globalização, as péssimas condições das

estradas são ainda mais preocupantes. Como fazer negócio com uma empresa

do país que não pode garantir que a entrega será feita na data prevista? Para o

governo, é importante entender que, para o desenvolvimento econômico e para

as exportações continuarem crescendo, a confiabilidade na logística é

importantíssima.

1.4.3 Transporte aéreo de passageiros

Nos últimos anos, mais cidadãos brasileiros têm tido acesso aos

serviços de transporte aéreo de passageiros, até bem pouco tempo

considerado transporte da elite. Mas com a sua popularização, aumentaram os

problemas que já havia, como mau atendimento por algumas companhias,

atraso no vôo, cancelamento de vôo, atraso ou extravio na entrega da

bagagem, danos e violação da bagagem e overbooking.

As reclamações não param por aí. Em época de férias, por exemplo,

bagagens extraviadas, vôos atrasados e pessoas impedidas de embarcar viram

quase que rotina nos aeroportos.

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Para um bom administrador, é importante adotar estratégias que visem a

impedir tais inoportunos para os clientes. Dentre um dos maiores problemas

encontrados no atendimento é o chamado overbooking. Os modais mais

utilizados no mercado brasileiro são: o aéreo de passageiros e rodovias.

Conforme vimos, neste capítulo, no Brasil, há diversos problemas gerenciais

que agem como entrave no desenvolvimento do cenário logístico nacional. Um

exemplo é o caos no setor aéreo que é de responsabilidade não só do governo,

mas também do setor privado de transporte aéreo de passageiros.

Saiba mais

Você poderá complementar sobre este assunto no sítio:

http://www.sbda.org.br/revista/Anterior/1605.htm. Neste endereço, você verá

sobre overbooking na Revista Brasileira de Direito Aeroespacial. O artigo

intitulado No-Show versus Overbooking traz esclarecimentos importantes sobre

o referido assunto.

Primeiramente, é preciso saber o que é um passageiro no-show e um

passageiro overbooking. Vejamos o que significa cada um, conforme está no

sítio da SBDA.

• O passageiro no-show é todo aquele possuidor de reserva confirmada que

não se apresenta para o embarque.

• O passageiro overbooking é todo aquele possuidor de reserva confirmada,

mas impedido de embarcar devido a reservas em número superior ao dos

assentos disponíveis.

Raramente ocorre overbooking de passageiro portador de bilhete de primeira

classe.

Mas o que então gera o overbooking?

O overbooking é causado pelo fato de as empresas buscarem um ―fator de

segurança‖ para assegurar a elas o total preenchimento das vagas no avião. É

uma prática comum para empresas que não gostariam que poltronas ficassem

vazias, ocasionando um aumento no custo de transporte por passageiro.

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O cenário logístico, apesar do que foi mostrado neste tema, melhorou

muito nos últimos 10 anos. Isso se deve à cobrança feita pelo próprio mercado

aos nossos governantes que se viram obrigado a voltar a sua atenção para a

infra-estrutura logística no Brasil.

Contudo, é importante frisar que de nada adianta ter uma boa

infraestrutura logística se as empresas não estiverem preparadas para as

diversidades impostas pelo turbulento e mutante mercado.

Até bem pouco tempo, o uso do modal aéreo para o transporte de

cargas era pouco difundido entre administradores, mas hoje a realidade é bem

diferente. Com a popularização dos preços das passagens, além do aumento

do acesso a passageiros, muitas empresas viram nesse modal a agilidade

tanto buscada para satisfazer o cliente, assim como o conhecimento de novas

modalidades de transporte de grandes cargas.

1.4.4 Transporte aéreo de cargas

De acordo com sítio Aéreo Consultoria, o transporte de cargas aéreas é

um mercado que atrai muitos investimentos. Em um país enorme como o

nosso, desprovido de um serviço ferroviário eficiente, ao mesmo tempo

prejudicado por rodovias mal conservadas, reduz-se a eficácia dos transportes

terrestres e sem poder contar com as ligações fluviais que seriam preciosos

instrumentos de integração.

O sistema de transporte aéreo é o modal de transporte perfeito para

mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes e encomendas

urgentes.

Saiba mais

A Aéreo Consultoria é uma empresa especializada em informações sobre a

utilização do modal aéreo como alternativa no transporte de mercadorias. Visite

o sítio: http://www.aeroconsult.com.br/textos/cargas_aereas_070404.htm

É perfeito para produtos de tecnologia, exemplo: computadores,

softwares, telefones celulares etc., que precisam de um transporte rápido em

função de seu alto valor, bem como a sua rápida desvalorização.

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Porém, apresenta alguns problemas como:

• alto custo de frete;

• pouca capacidade de carga em relação aos demais modais;

• impossibilidade de transporte de cargas perigosas (ex.

produtos químicos);

• custo elevado da sua infra-estrutura;

• impossibilidade de agregar o alto valor das tarifas aéreas aos produtos de

baixo custo unitário como, por exemplo, matéria-prima, produtos semifaturados

e alguns manufaturados;

Esses fatores acabam levando a empresa a buscar alternativas mais

baratas, como é o caso do transporte via hidrovias e ferrovias.

1.4.5 Hidrovias

O Brasil possui uma grande malha hidroviária – cerca de 28 mil

quilômetros navegáveis que está sendo subutilizada. Porém infelizmente o

nosso país, cujo litoral é de 9.198 km e ainda possui uma rede hidroviária

enorme, ainda não explora adequadamente o transporte marítimo. Um dos

fatores que mais influencia essa situação é a falta de regulamentação deste

tipo de modal, o que acaba impossibilitando a realização dos investimentos de

maneira ordenada e em longo prazo. O custo de embarque por contêiner, no

transporte hidroviário, é outro problema enfrentado por empresas. Apesar de

ter diminuído em quase US$ 300, o valor ainda é alto, quando comparado aos

demais portos estrangeiros.

Em relação aos investimentos, o BNDES disponibiliza um financiamento

com taxas baixas para construções de embarcações. Porém, de nada adianta

ter embarcações, se não houver toda uma estrutura por trás disso, além de

uma regulamentação, como já foi citado acima.

1.4.6 Ferrovias

Conforme dados do sítio Brasil Transportes, o Brasil dispõe de apenas

28.168 km de malha ferroviária (1998). A própria Argentina – bem menor que o

Brasil - possui mais de 35.000 km de ferrovias e os Estados Unidos, mais de

170 mil. Cerca de 35% de nossas ferrovias operam há mais de 60 anos. Em

1998, foram transportados cerca de 353 milhões de toneladas de cargas

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(19,9% do total do país). Foram conduzidos, também, 393 milhões de pessoas,

se considerados o transporte de interior e o de subúrbio. Da receita do setor,

cerca de 96% vêm do movimento de carga. Em geral, as ferrovias do Brasil são

de traçado antigo, mal equipadas e com grande atraso tecnológico em sua

logística operacional.

A revista eletrônica ALAF (www.alaf.inf.ar) diz o seguinte: [...] a ausência

de investimentos na expansão da malha ferroviária, ou mesmo na retificação

de traçados existentes, e a manutenção do nível tecnológico de décadas

passadas do material rodante (locomotiva e vagões) explicam o porquê da

matriz de distribuição modal de transporte no Brasil ainda ser

predominantemente rodoviária, mantendo-se a participação da ferrovia nos

mesmos níveis do período estatal (cerca de 20% na média brasileira).

Grande parte da malha ferroviária brasileira vem de construções do

início do século XX e, portanto, está em condições tecnológicas muito inferiores

a das rodovias construídas a partir da década de 60. Um exemplo típico desse

fato é a expressiva participação do transporte rodoviário no estado de São

Paulo (praticamente responsável por 50% do PIB do país), cujas políticas de

governo na área do transporte, desde a década de 60, têm sido orientadas

para a construção de rodovias de alta produção e tecnologia adequada para a

época.

Como resultado, no estado de São Paulo, apesar de três

concessionárias ferroviárias operarem (FERROBAN, MRS e ALL) as linhas

existentes, a participação da ferrovia é de apenas 5% da carga transportada,

ou seja, muito aquém até da média brasileira.

O sítio Portal Brasil (www.portalbrasil.net) complementa dizendo que,

atualmente, o mercado de compra de locomotivas usadas, especialmente dos

USA, está bastante aquecido no Brasil, visto seu custo ser extremamente

inferior a locomotivas novas. Essa condição, a despeito de ser uma solução

real e factível para as condições das ferrovias brasileiras, cada vez mais nos

distancia tecnologicamente dos países desenvolvidos, tornando, a médio e

longo prazo, cada vez menor nossa capacidade de competição num mundo

globalizado.

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A falta de investimentos e a baixa demanda por vagões e locomotivas

fazem com que a indústria ferroviária esteja com sua produção praticamente

parada, desde 1991. A principal operadora da malha ferroviária é a Rede

Ferroviária Federal S.A. - RFFSA. Infelizmente, é um fator típico das empresas

do nosso país buscar equipamentos usados no exterior, por falta de pesquisa e

investimentos neste setor. É um mercado de fácil acesso, devido à abertura

gerado pelas recentes políticas de importação de transportes incentivados pelo

Governo Federal.

Mas ainda assim, em meio às dificuldades, existem alguns casos

isolados de operação de ferrovias pela iniciativa privada, quase sempre para

atendimento de suas próprias necessidades.

O cenário da logística, no Brasil, ainda tem muito a crescer. Nosso país

é um dos que mais tem possibilidade de expansão da aplicação da logística,

mas, muitas vezes por desinteresse dos poderes público e privado, esta

realidade ainda está longe de mudanças. Nosso mercado cresceu muito, é

verdade, mas ainda falta empenho e, principalmente, interesse de todos os

setores, para que esta realidade seja mudada. Tal mudança ocorrerá a partir

do momento em que existir incentivos para a pesquisa e desenvolvimento de

novas alternativas de transportes, ou mesmo melhorias das existentes, mas

que sejam voltadas para a realidade do Brasil.

No próximo capítulo, aprofundaremos um pouco mais no sistema

logístico. Você conhecerá a Cadeia de Suprimentos. Neste capítulo,

abordaremos tópicos como ciclo de vida do produto, embalagem, precificação,

gestão de custos e análise da cadeia de valo.

Resumo

A Administração de Materiais é um conjunto de métodos e

procedimentos que visam ao melhor aproveitamento de bens tangíveis e

escassos. Ela busca gerenciar os processos de recebimento, movimentação e

estocagem de produtos. Todo esse processo é trabalhado de forma integrada

com os diversos setores da empresa. A logística é uma extensão da

Administração de Materiais. Conforme vimos, a logística cuida da parte

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estratégica no processo de movimentação e estocagem de materiais. Alguns

de seus objetivos é a redução de custos para o transporte de produtos e a

otimização no transporte para mostrar eficiência ao cliente, desempenhando,

assim, uma atividade de marketing para a empresa. A logística empresarial age

como um lubrificante nas engrenagens do campo da movimentação de

materiais. Quando realizadas atividades primárias como gestão de transportes;

controle de estoques; processamento de pedidos, a empresa terá mais

facilidade para atender o cliente de forma ágil e satisfatória junto às atividades

de apoio. As atividades de apoio são ações que cuidam da manutenção do

bem/serviço, visando a preservar a sua qualidade para o momento da entrega

para o cliente.

Os modais mais utilizados no mercado brasileiro são o aéreo de

passageiros e rodovias. Conforme vimos, neste capítulo, no Brasil, há diversos

problemas gerenciais que agem como entrave ao desenvolvimento do cenário

logístico nacional. Um exemplo é o caos no setor aéreo que é de

responsabilidade não só do governo, mas também do setor privado de

transporte aéreo de passageiros. Por volta da década de 60, o governo

enxergava, no modal rodoviário, o desenvolvimento econômico do nosso país.

O transporte aéreo de passageiros foi uma tendência mundial. Com isso,

outros meios de transporte, como o transporte de cargas via aérea, hidrovias e

ferrovias, sofreram com o esquecimento por parte de investimentos do

governo. Hoje, tenta-se correr atrás do prejuízo, mas levará um tempo, para

que as melhorias tenham um efeito permanente no mercado brasileiro.

Atividades

1. A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e

armazenagem. Visa à facilitação do fluxo de produtos, desde o ponto de

aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, com o propósito de

providenciar níveis de serviço adequados aos clientes, a um custo razoável.

Para alcançar este objetivo, possui atividades que são de importância primária.

Dentre essas atividades estão incluídos:

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I – o transporte, pois nenhuma empresa pode realizar atividades, organizar a

movimentação de suas matérias-primas ou de seus produtos sem considerar a

importância dessa atividade;

II – o processamento de pedidos, uma atividade da logística básica, sendo um

elemento crítico em relação ao tempo necessário;

III – o capital, que é o recurso mais facilmente reconhecido por sua

característica de liquidez, que faz com que ele possa ser utilizado inclusive

para aquisição de outros recursos;

IV – manutenção de estoques, que busca reunir níveis tão baixos quanto

possível, ao mesmo tempo em que deve manter a disponibilidade do produto

desejado pelos clientes.

Estão corretas, apenas, as assertivas

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) III e IV.

d) I, II, III e IV.

2. A Administração de Materiais trata de normas relacionadas com a gerência

daquilo que, sob a designação genérica de materiais, entra como elementos

constitutivos e constituintes na linha de produção de uma empresa. A respeito

da Administração de Materiais, é correto afirmar que

a) não abrange os bens contábeis, pois eles não contribuem diretamente para

a fabricação, não fazem parte da rotina da empresa.

b) trata da organização e execução de tarefas de compras, armazenagem,

conservação, controle e distribuição física.

c) seu papel começa somente no processo de produção, após a entrega das

matérias primas.

d) tem a função de abastecer a área de produção de recursos humanos,

indispensáveis ao processo.

3. Um dos importantes aspectos da logística é o transporte. Em relação aos

vários modais, é podemos afirmar que

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I - caminhões quebrados, excesso de manutenção, impossibilidade de

desenvolver uma velocidade-padrão para entregar a mercadoria no prazo

acordado com o cliente, roubo de carga e aumento do custo logístico são

apenas alguns dos problemas enfrentados devido às ineficiências da infra-

estrutura de transporte do Brasil.

II – o transporte aéreo de passageiros, ainda hoje, continua limitado a uma

pequena parte dos cidadãos brasileiros, sendo utilizado somente pela elite.

III - o transporte marítimo não é explorado em sua totalidade, principalmente

devido à falta de regulamentação deste tipo de modal, o que impossibilita a

realização de investimentos de maneira ordenada e a longo prazo.

IV - grande parte da malha ferroviária brasileira vem de construções recém

inauguradas, sendo referência no mundo pelas condições tecnológicas

superiores.

Estão corretas, apenas, as assertivas

a) I, e III.

b) I, II e IV.

c) III e IV.

d) I, II, III e IV.

4. Durante a leitura do capítulo, você conheceu um pouco da realidade do

sistema logístico brasileiro. E em seu Estado? A situação é parecida? Alguns

estados têm sistema logístico mais desenvolvido, em outros os problemas são

maiores. Pesquise, junto a empresários que utilizam transporte, qual o modal

mais utilizado em seu estado e quais os principais problemas apresentados em

cada modal que dificultam sua utilização.

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Capítulo 2 - Logística e Cadeia de Suprimentos

Introdução

A partir deste momento, iniciaremos uma jornada sobre o papel

primordial da Logística na organização. Para facilitar seu entendimento,

acompanhe fielmente o conteúdo da disciplina Gestão da Produção. Você

perceberá que uma área não funciona sem a outra. A Gestão da Produção

cuidará da transformação dos materiais e operações de serviços, já a Logística

dará o suporte, desde o recebimento dos insumos, armazenagem, expedição,

faturamento, até a saída e distribuição dos produtos para os clientes.

É interessante que você busque relembrar os conceitos sobre bens de

consumo, bens duráveis e não duráveis e funcionamento de uma empresa.

Todos esses temas foram abordados na disciplina Teoria Geral da

Administração – TGA e o ajudarão a compreender melhor nosso conteúdo. Ao

final deste capítulo, esperamos que você seja capaz de reconhecer a

importância da Logística e da Cadeia de Suprimentos, além de entender o

significado do que chamamos de cadeia de suprimentos.

Vimos, no capítulo um, que o termo logística surgiu na II Guerra Mundial.

A necessidade que o governo americano tinha de manter sempre abastecidas

as suas tropas, no campo de batalha, fez com que buscasse meios de tornar a

distribuição de suprimentos mais eficiente e ágil, em meio ao território inimigo

e, ao mesmo tempo, hostil. Hoje a logística é utilizada por diversas empresas,

em todo o mundo, com o objetivo de agregar valor ao produto ou serviço

oferecido ao cliente e diminuir custos para a organização. Já a cadeia de

suprimentos ou supply chain management é um termo surgido mais recente e

que capta a essência da logística integrada.

Assim como a logística, a cadeia de suprimentos abrange todas as

atividades relacionadas ao fluxo e transformação de mercadorias, desde a

aquisição da matéria-prima até o usuário final, bem como todos os fluxos de

informação.

Vamos lá! Nosso trabalho apenas começou! Muita atenção que o

conteúdo é singular e pode direcioná-lo a um grande campo de trabalho.

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2.1 A importância da logística/cadeia de suprimentos

Um dos fatores que colocam a logística em xeque ultimamente é que ela

é considerada a última alternativa para a redução de custos. Muitos

pesquisadores concordam em que ainda não há um conceito bem definido para

a logística, visto que o seu surgimento se deu na II Guerra Mundial. Desde

então, o mercado passou por diversas transformações.

A maioria das empresas de serviços ou agências e instituições

governamentais, assim como todas as empresas privadas, são carentes de um

especialista em logística em diferentes níveis. É por isso que o interesse pela

logística tem aumentado muito nos últimos anos.

Em meio a tantas transformações, é que administradores estão

reconhecendo, agora, a necessidade do estabelecimento de um conceito bem

definido do que significa logística, uma vez que começam a entender melhor o

fluxo contínuo de materiais, as relações tempo-estoque na produção e

distribuição e os aspectos relativos ao fluxo de caixa no controle de materiais.

A verdade é que o enfoque da administração está mudando para um conceito

mais atualizado que envolve definição de mercado, planejamento do produto,

apoio logístico.

A importância da logística cresce paralela aos desafios de mercado. A

globalização vem trazendo novos desafios para todos os ramos da

administração, que está sendo obrigada a reavaliar seus conceitos e modelos.

Com isso, empresas começaram a pensar na logística como uma estratégia,

investir em logística é ter a certeza do sucesso com o cliente e sobrevivência

no mercado.

A logística cuida da parte estratégica no processo de movimentação e

estocagem de materiais. Alguns de seus objetivos é a redução de custos para

o transporte de produtos e a otimização no transporte para mostrar eficiência

ao cliente, desempenhando, assim, uma atividade de marketing para a

empresa.

A preocupação com a logística é válida, pois significa que há

investimento na criação de valor para todos os atores que se relacionam

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diretamente com a organização, tais como: clientes e fornecedores. Perceba

que produtos e serviços não têm valor, a não ser que esteja em poder dos

clientes, atendendo ao tempo e lugar esperados. Como exemplo, podemos

citar os bares que servem bebidas nos estádios: caso essas organizações não

proponham fácil acesso aos clientes, de nada adiantará seus produtos nos

eventos esportivos.

A partir deste momento, reconheça que a logística afeta

significativamente os custos da empresa, de modo que as decisões tomadas

quanto aos processos da cadeia de suprimentos proporciona diferentes níveis

de serviços ao cliente, direcionadas formas mais eficazes de penetrar em

novos mercados e de aumentar o lucro.

Saiba mais

As empresas ponto.com (empresas que realizam o ecommerce) dão extrema

importância à logística, visto que fazer o produto chegar até o cliente, na

quantidade certa, no local certo e na hora certa, é fundamental para o sucesso

da empresa. Assim, empresas como Americanas, ou Submarino dão extrema

importância ao gerenciamento logístico. A logística envolve operações como

armazenagem e transporte. No cenário atual, não basta ter um excelente

ambiente, um ótimo produto e

um preço atraente, uma entrega pontual é primordial para a empresa desse

ramo. Para conhecer sobre o assunto, leia a reportagem no Portal Exame,

através do link

http://portalexame.abril.com.br/static/aberto/estudosexame/edicoes_0878/m011

3486.html. Nesse endereço, você terá mais informações no tema ―Mais ágeis e

mais lucrativas‖, de 05.10.2006, sobre o valor da logística para as organizações

que desejam desempenhar melhor seu papel no mercado.

2.2 A logística e a cadeia de suprimentos agregam valor ao cliente

Bem, já deu pra compreender que qualquer produto ou serviço perde

quase todo o seu valor se não estiver ao alcance dos clientes, no momento e

no lugar adequado ao seu consumo.

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Segundo Ballou (2006, p. 37), ―é um conceito generalizado que a

atividade empresarial cria quatro tipos de valor em produtos ou serviços, a

saber: forma, tempo, lugar e posse. Desses quatro valores, dois são criados

pela logística.‖ A forma é criada na produção da empresa, a partir do resultado

da transformação dos insumos utilizados. O marketing e as finanças criam o

valor de posse ao induzir o cliente a comprar o produto ou serviço, por meio de

mecanismos como publicidade e condições de venda. Já a logística controla os

valores de tempo e lugar, através do transporte, dos fluxos de informação e dos

estoques.

A partir dessa análise, constatamos a imprescindível atenção ao nosso

tema, pois, além de compor dois dos quatro valores atribuídos à atividade

empresarial, se contarmos que a produção da empresa é competência da

cadeia de suprimentos, que faz parte da logística, terá três dos quatro valores

sob a responsabilidade da mesma.

O surgimento de mecanismos como o telentrega de fast food, os caixas

automáticos dos bancos, a entrega via aérea/24 horas e o correio eletrônico na

Internet fez com que nós consumidores criássemos expectativas da

disponibilidade de produtos e serviços, cada vez mais em tempo reduzido.

Mesmo vivenciando esse contexto de exigências por parte dos

consumidores, visualizamos que a organização é capaz de atender às

necessidades do mercado desde que gerencie corretamente a logística e a

cadeia de suprimentos.

2.3 A cadeia de suprimentos ou supply chain

A cadeia de suprimentos ou supply chain corresponde ao grupo de

fornecedores que supre as necessidades de uma empresa na criação e no

desenvolvimento de seus produtos e serviços. Em outras palavras, quer dizer

que a cadeia de suprimentos se estende desde o fornecedor da matéria-prima

à fabricação de um determinado produto, até o seu consumo final. Ainda nesse

processo, passa a manufatura, centros de distribuição, atacadistas (quando

houver) e varejistas.

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Há algum tempo atrás, as grandes indústrias produziam a maior parte

dos componentes necessários à fabricação de seus produtos, isto porque

conseguiam realizar essa tarefa a um custo mais baixo. Além desse fator,

também não gostavam de ficar na dependência de fornecedores.

É bom sabermos que toda cadeia de suprimentos é formada por elos

que devem ser mantidos sempre muito bem coesos, pois se um deles romper,

afeta todo o restante da cadeia. O que dará resultados factíveis à empresa é o

modo como a gestão é realizada em todos os níveis e processos

organizacionais, entendendo, acima de tudo, que os elos são interdependentes

e necessários para o resultado final.

Uma das tarefas mais complicadas para a empresa é ter sua cadeia de

suprimentos equilibrada, com elos firmes e estáveis, de modo a propiciar

racionalidade à tomada de decisões. A gestão depende do entrosamento entre

os atores (elos) da cadeia de suprimentos, pois quanto mais a jusante do elo

final da cadeia, mais fácil e precisa será a previsão de uma demanda; agora,

quanto mais a montante do elo final, maiores as dificuldades de previsão,

dificultando a programação de compra ou tomada de decisões, devido ao

tempo da chegada de informações e os níveis por onde ela terá que passar até

chegar ao local indicado. Para a cadeia de suprimentos, informação é tudo e o

ideal é que flua de maneira ágil e íntegra para resultar ações rápidas e

repostas hábeis.

Quando adquirimos um produto ou serviço, não imaginamos o processo

grandioso e necessário para converter os insumos, a mão-de-obra e a energia

em algo útil ao mercado.

Imagine a industrialização de uma geladeira! Visualizou? Pois bem, a

geladeira utiliza componentes fabricados por outras indústrias, como é o caso

do compressor. Para fabricar o compressor, essa indústria precisará de fios

elétricos, metais, entre outros elementos, que serão fornecidos por outras

empresas e que farão parte da montagem da geladeira. Toda essa relação

exposta aqui representa a cadeia de suprimentos.

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No decorrer dos anos, as organizações perceberam que é mais

proveitoso concentrar seus esforços nas atividades que realiza bem e que as

diferenciam das demais do mercado.

Novaes (2004) assevera que, para explicarmos a cadeia de suprimentos,

não basta descrevê-la apenas pela relação dos atores na fabricação de um

produto, mas, também, a relação entre parceiros que oferecem serviços de

armazenagem, distribuição, transporte, estacionamentos, entre tantos outros.

Reflita

Você conseguiu abranger qual realidade necessária às organizações

estão vivenciando atualmente? Tentarei ajudar. Tivemos um salto enorme de

mudanças no cenário organizacional, tanto em aspectos externos, quanto

internos. O importante é captar que essas mudanças são qualitativas e que,

quando focamos sobre o gerenciamento logístico ou a cadeia de suprimentos,

queremos dizer que, cada vez mais, as empresas estão tratando esse assunto

de um modo estratégico, ou seja, em lugar de otimizar operações, focalizando

procedimentos logísticos como meros geradores de custos, as empresas

participantes da cadeia de suprimentos passaram a buscar novas soluções,

utilizando a logística para ganhar competitividade e induzir novos negócios. Os

atores da cadeia de suprimentos passaram a trabalhar mais próximos, trocando

informações, antes consideradas confidenciais, e formando parcerias.

Legal! Vejamos o exemplo citado por Ballou (2006, p. 51), para

entendermos essas adequações realizadas pelas empresas nos dias de hoje.

No exemplo ele descreve que

Um fabricante de equipamentos de escritório adotou uma providência radical destinada a poupar tempo, um recurso de alto valor no ramo, no conserto de equipamentos. Tradicionalmente, a empresa mandava seus técnicos de uma central de serviços para o local do equipamento danificado de cada cliente. Com isso, pessoal altamente qualificado e remunerado passava a maior parte do tempo viajando. A empresa então reprogramou seu sistema logístico, colocando em centros de serviços em todo o país equipamentos de substituição. Quando o cliente reclamava de problemas com algum equipamento, recebia outro igual em caráter provisório, enquanto a máquina danificada era enviada ao centro regional de serviços para os reparos necessários. O novo sistema conseguiu não apenas reduzir os custos dos consertos, mas também melhorar os serviços prestados aos clientes no seu todo.

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As organizações estão buscando soluções mais eficientes para atender

melhor e de modo mais rápido as necessidades de seus clientes. É uma

realidade e não mais uma novidade ou modismo. Todas as empresas estão

conscientes das exigências do mercado e, por isso, aprimoram-se

constantemente.

A logística pode ser a alternativa para proposição de diferenciais para as

organizações na visão dos clientes. A logística possibilita a redução de custos

e agregação de valor aos produtos e serviços oferecidos. A empresa com

essas características é consequentemente mais bem posicionada perante seus

concorrentes.

Porém, a logística, por si só, não alcança esses resultados, sendo

necessária a inserção do gerenciamento da cadeia de suprimentos no

planejamento dos processos organizacionais.

Um mau gerenciamento da cadeia de suprimentos pode levar a

organização a uma série de prejuízos, sendo eles de aspectos financeiros, na

imagem organizacional, entre outros. Além de não entregar o produto ou

serviço na data ou local combinado, quantidade ou especificações erradas

levará à percepção do cliente a falta de credibilidade em relação à compra

efetuada.

É de suma importância precisar, com exatidão, todos os quesitos

necessários para atender as necessidades dos clientes, de modo a

dimensioná-los para o resultado esperado, pois esses atores serão os

direcionadores de como o canal ou processo deverá ser conduzido pela

empresa. Assim, tenha atenção ao cliente!

No próximo capítulo, exploraremos o significado dos serviços para o

cliente, para a empresa e para a logística especificamente. Conheceremos os

principais componentes dos serviços. Sugeriremos alguns métodos para a

obtenção do nível ótimo para os serviços. Por fim, discutiremos sobre a

importância do planejamento para a gestão dos serviços.

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Resumo

Neste capítulo, você pôde perceber a importância do papel da logística

no desempenho da organização perante seus concorrentes, fornecedores e

clientes. O bom gerenciamento logístico contribui com a redução de custos e

com a satisfação dos clientes. A organização que investe em uma estrutura

logística de qualidade possibilita a otimização nos processos organizacionais,

desde a aquisição da matéria-prima até a entrega do produto final ao

consumidor.

Estudamos que a cadeia de suprimento agrega valor ao cliente, desde

que reconhecida a existência de elos (atores/parceiros) interdependentes que

devem ser mantidos sobre preocupação, planejamento e acompanhamento

constantes para que hajam bons resultados para a empresa.

Por fim, constatamos que o cenário é complicado, temos clientes

exigentes e concorrentes eficazes, mas, por outro lado, temos boas saídas,

desde que contemos com parcerias de trabalho que facilitem a vida

organizacional e satisfaça os anseios dos clientes.

Atividades

1. A logística está sendo considerada a última alternativa para reduzir custos

na empresa. Além deste aspecto ela também possibilita agregar valor ao

produto e serviços oferecidos. A respeito deste tema indique, nas alternativas a

seguir, (V) para verdadeiro e (F) para falso.

a) ( ) As organizações estão munidas de profissionais especialistas na área

da logística.

b) ( ) A logística é pensada atualmente sob o enfoque estratégico,uma vez

que é considerada um diferencial competitivo para a organização.

c) ( ) Produtos e serviços têm valor se estiverem ao alcance dos clientes, no

lugar e no tempo esperados.

A sequência correta é

a) V, F, V.

b) F, V, V.

c) V, V, F.

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d) F, F, V.

2. Leia atentamente o texto a seguir e responda ao questionamento,

assinalando a alternativa correta.

Logística 2009 - Desafios ou Oportunidades

―Estamos vivendo mais um momento de transformação nos modelos de negócios. Como a Logística é um processo que permeia toda a cadeia de valor das organizações, já começamos a perceber que a crise financeira e a consequente queda no volume de negócios já provoca mudança nas estratégias das empresas de prestação de serviços logísticos. Um exemplo desta mudança de estratégia foi o anuncio do encerramento das operações da Ryder no Brasil, Argentina e Chile que tinha muitas de suas operações focadas no setor automotivo. Com certeza este mercado será ocupado por outros prestadores de serviços logísticos, que precisarão se adequar a ―nova‖ realidade do mercado automotivo, mantendo uma estrutura mais flexível, menos onerosa e mantendo o nível de serviço solicitado pelos contratantes do serviço. Como sabemos, novos desafios exigem criatividade e soluções inovadoras. Quem sabe este não seja o momento de inserção no mercado de um ―novo‖ player que ofereça algo diferente, pense em operações compartilhadas com outros segmentos, proponha otimização ou até reconstrução de processos. O desafio existe e como profissionais de logística precisamos buscar sempre a melhor forma para superá-los.‖ (Hélio Meirim – 21.12.2008 – www.ogerente.com.br)

Após a leitura podemos concluir que

a) o texto propõe a existência de profissionais da área logística que estão

desempregados.

b) as organizações que prestam serviços de gerenciamento logístico devem se

adequar à realidade vivenciada, oferecendo soluções criativas e inovadoras

para as empresas contratantes.

c) As organizações estão muito tranquilas, pois o mercado demonstra uma

situação de estagnação.

3. A respeito do papel da logística, indique a alternativa correta:

a) o interesse pela logística tem diminuído a cada ano;

b) o enfoque da administração está voltado a conceitos mais antigos para

resgatar a definição de mercado, planejamento do produto e apoio logístico;

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c) a importância da logística cresce ao mesmo tempo em que crescem os

desafios do mercado.

d) a logística cuida apenas de aspectos financeiros no processo de

movimentação e estocagem de materiais.

4. A cadeia de suprimentos ou supply chain corresponde ao grupo de

fornecedores que supre as necessidades de uma empresa na criação e no

desenvolvimento de seus produtos e serviços. Em outras palavras, podemos

dizer que

a) a cadeia de suprimentos se estende desde o fornecedor da matéria-prima à

fabricação de um determinado produto, até o seu consumo final.

b) toda cadeia de suprimentos é formada por elos que, apesar de nem sempre

coesos, afetam o restante da cadeia.

c) uma das tarefas mais fáceis para os tomadores de decisão da empresa é

manter a cadeia de suprimentos equilibrada.

d) para a cadeia de suprimentos, controle é tudo, pois proporciona agilidade

que resulta em ações rápidas e repostas hábeis.

Capítulo 3 - Serviços logísticos ao cliente e a busca pela qualidade

Introdução

Veremos, neste capítulo, a importância da boa gestão dos serviços e da

qualidade na empresa. Para subsidiar nosso estudo, você deverá recapitular

temas vistos na disciplina Teoria e Gestão das Organizações, do segundo

período, tais como: planejamento e estratégia. O primeiro tema ajudará a

pensar no planejamento logístico da organização, e o segundo, a criar

estratégias de suprimento e distribuição para os produtos, sejam eles bens ou

serviços.

Por último, acompanhe o conteúdo da disciplina Gestão Mercadológica.

Nela você encontrará mais informações sobre mix de marketing que se refere

aos 4 Ps (praça, produto, preço e promoção). A gestão mercadológica nos

auxilia no planejamento e no direcionamento das estratégias da empresa.

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Você consegue vislumbrar o que os clientes avaliam quando buscam

algo na organização? Eles buscam preço, qualidade e serviço. Se atendido em

suas conveniências, os clientes aproveitam ou ignoram as ofertas da empresa.

Serviço é um termo bem amplo, inclui desde a disponibilidade da mercadoria

até a manutenção pós-venda. O projeto do sistema logístico deve estabelecer o

nível de serviços a ser oferecido ao cliente.

O gestor deve conhecer os níveis de serviços praticados pela empresa,

visto que se constituem em importantes indicadores de desempenho do

processo logístico como um todo. Conforme Wanke (2003), o ponto crítico é

como medir a qualidade do serviço prestado, já que é algo abstrato e

intangível. Dessa forma, veremos neste capítulo que uma das formas é pelo

monitoramento da percepção e da expectativa daqueles que recebem os

serviços, realizando medições por meio de pesquisas de serviços ao cliente.

O propósito deste capítulo é levar você a definir serviços logísticos ao

cliente e a determinar a aplicabilidade da qualidade nas empresas. Por isso,

fique atento para que, ao final, você tenha conseguido alcançá-los.

3.1 Definindo serviços logísticos ao cliente

O serviço logístico ao cliente é um componente essencial para a

estratégia da empresa. Faz parte da cadeia de atividades da empresa, começa

normalmente com a formalização do pedido e culmina na entrega das

mercadorias ao cliente, embora em uma variedade de situações possa ter

continuidade, na forma de serviços de apoio ou manutenção de equipamentos,

ou qualquer outra modalidade de suporte técnico. Para entender o que conduz

o comportamento do consumidor, o maior desafio tem sido pesquisar e definir

os elementos que constituem serviço ao cliente. Segundo Ballou (2006), os

elementos que constituem o serviço ao cliente estão atribuídos em três

categorias: pré-transação, transação e pós-transação.

A pré-transação tem como principais elementos:

Compromisso de procedimento

Compromisso entregue ao cliente

Estrutura organizacional

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Sistema flexível

Serviços técnicos

Como exemplos para essa categoria, podemos citar: procedimentos

relativos a eventuais devoluções e treinamento técnico e manual de serviço ao

comprador. A primeira ação permite ao cliente conhecer com exatidão o tipo de

serviço que será prestado e a segunda constitui um incentivo de bom

relacionamento entre o comprador e o vendedor.

A transação é composta pelos elementos que resultam diretamente na

entrega do produto ao cliente.

Níveis de estoque

Pedidos em carteira

Elementos do ciclo de pedidos

Tempo

Transbordo

Sistema confiável

Conveniências do pedido

Substituição de produtos

Os elementos da pós-transação representam os elementos dos serviços

necessários para dar suporte ao produto em campo.

Instalação, garantia, alterações, consertos, peças

Rastreamento do produto

Queixas e reclamações dos clientes

Embalagem

Substituição temporária de produtos danificados.

Esses elementos são apresentados depois de efetivada a venda do

produto, porém devem ser planejados nos dois primeiros momentos.

Devemos ter consciência de que nem todos esses serviços têm o

mesmo nível de prioridade para o cliente. Dessa forma, precisamos gerenciar

qual deles seria mais lucrativo e proporcionaria melhores resultados. Uma

pesquisa avaliativa, junto aos clientes, direcionará a bons indicadores para

essa escolha.

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3.2 Importância do serviço logístico

A tendência é não darmos importância aos serviços aos clientes, porém

é necessário que trabalharmos em conjunto com a área de marketing e de

vendas de modo verificar até que ponto os elementos dos serviços afetam a

rentabilidade da empresa. Enquanto gerentes de logística, tentam deixar, em

segundo plano, os serviços ao cliente, saiba que a visão do comprador é

totalmente ao contrário, ele valoriza os elementos dos serviços. Já existem

provas mais que suficientes de que a logística de serviços ao cliente tem

impacto positivo nas vendas.

Baritz e Zissman citados por Ballou (2006) asseveram que existem

algumas penalidades impostas por compradores aos fornecedores por falhas

nos serviços ao cliente, tais como:

Recusaram-se a apoiar promoções;

Reduziram o volume dos negócios;

Advertiram o representante ou gerente;

Encerraram todas as compras junto ao fornecedor;

Passaram a intercalar as compras de determinados itens;

Recusaram-se a comprar novos artigos.

Outro fator a ser considerado pela gestão da logística de serviços é a de

trabalhar com uma carteira permanente de clientes, já que, segundo Ballou

(2006, p. 102) ―quando se atenta para o fato de que 65% dos negócios da

empresa são feitos com seus clientes permanentes, fica mais simples entender

a importância de manter uma base de clientes cativos‖.

A observação de Bender apud Ballou (2006, p. 102) diz que

Em média, custa seis vezes mais desenvolver um cliente novo do que conservar um antigo. Do ponto de vista financeiro, então, os recursos investidos em atividades de serviços ao cliente proporcionaram retorno substancialmente mais alto do que os utilizados na promoção e desenvolvimento de outras ações de atração ao cliente.

Entendemos que estrategicamente, o incremento dos serviços logísticos

para fidelizar clientes é mais potencial de retorno lucrativo para a empresa do

que gastar horrores em tentativas de possíveis desertores.

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Saiba mais

Esse pequeno trecho foi tirado do Portal Exame, na intenção de demonstrar

que no cenário vivenciado as empresas que não colocam seus produtos

imediatamente aos olhos do cliente, para avaliação ou consumo, perdem

espaço no mercado.

―Os estilistas da espanhola Zara, fabricante e rede de varejo de roupas

que rapidamente está se tornando uma marca de moda globalizada,

descobriram um jeito de lançar coleções numa velocidade maior do que a da

maioria de seus concorrentes. Mais da metade da produção da empresa é

confeccionada na sede de La Coruña, na Espanha. A fabricação é própria ou

fica a cargo de pequenos parceiros instalados nos arredores da unidade. As

roupas são feitas em pequenos lotes e distribuídas por caminhão para entrega

na Europa ou por avião para as lojas que a rede possui mundo afora, inclusive

no Brasil. Ao contratar pequenos fornecedores que atuam vizinhos à fábrica-

mãe, a Zara ganhou um tempo precioso -- e tempo é quase tudo numa

economia viciada em velocidade. Enquanto uma empresa que produz roupas

na Ásia leva até nove meses para colocar um novo modelo nas lojas, a Zara

faz isso em pouco mais de um mês. O efeito desse processo é visível. Como a

rede evita a produção em massa, a renovação dos modelos é intensa. Para o

consumidor, a impressão que fica (uma expressão da verdade, por sinal) é a de

uma marca vibrante, com energia suficiente para apresentar novidades não a

cada verão ou inverno -- mas sempre. A estratégia só funciona graças à

eficiência logística da Zara, que permite que um vestido fabricado em La

Coruña apareça poucas semanas depois na vitrine de uma loja como a do

Morumbi Shopping, na zona sul de São Paulo."

Para a leitura completa, acesse a reportagem no Portal Exame, através do link

http://portalexame.abril.com.br/static/aberto/estudosexame/edicoes_0878/m011

3484.html. Nesse endereço você terá mais informações sobre o tema ―A era da

logística‖, de 05.10.2006, sobre a competitividade e a necessidade do

desenvolvimento dos serviços logístico nas organizações.

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3.3 A constante busca pela qualidade

Não é muito simples definir qualidade. O que é qualidade? Quando um

produto ou serviço tem qualidade? De acordo com o que encontramos no

dicionário Aurélio (1999, p.1675) qualidade é: ―um termo subjetivo para o qual

cada pessoa tem seu próprio significado. Uso técnico: 1 – As características de

um produto ou serviço que tem habilidade de satisfazer necessidades implícitas

ou declaradas. 2 - Um produto ou serviço livre de deficiências‖.

Adotando uma visão bastante resumida, podemos dizer que qualidade é:

a satisfação do cliente com o menor custo possível, atendendo-o no menor

tempo e fazendo o produto de acordo com as normas estabelecidas pela NBR,

Inmetro, ISO etc.

É importante lembrar que o cliente é a razão da existência de uma

empresa e esta, como tal, deve tratá-lo como tal. O princípio da qualidade é

baseado no fato de que tudo que existe pode ser melhorado, definindo, assim,

a melhoria contínua de produtos, procedimentos e pessoas.

Há diversos exemplos de empresas que, baseadas nas teorias de

controle de qualidade, conquistaram um grande mercado consumidor e se

mantiveram no cenário econômico mundial.

A preocupação com a qualidade deixou de ser uma estratégia de

diferenciação e passou a ser uma necessidade para a sobrevivência das

empresas no mercado. Os clientes estão cada vez mais exigentes e buscam

produtos que atendam suas necessidades a baixo custo e no tempo exato. As

empresas que queiram continuar no mercado tornando-se competitivas,

necessariamente, devem ter um sistema que garanta a qualidade e a

viabilidade de seus produtos.

Atualmente, a melhor ferramenta que se tem para controle da qualidade

de produtos e serviços é o Controle Total da Qualidade (Total Quality Control -

TQC): a qualidade deixa de ser de responsabilidade de um setor específico e

passa a ser de responsabilidade de todos os envolvidos no processo e,

principalmente, de responsabilidade e comprometimento da alta administração

e gerência. Para alcançar esse nível de qualidade, a empresa deve passar por

uma revolução nos processos administrativos e deve estar preparada para

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mudanças sociais, tecnológicas e econômicas de maneira rápida e satisfatória.

A qualidade passa a ser um problema de gerenciamento.

3.4 Evolução da qualidade

Na época em que a demanda era muito maior que a oferta, ou seja, as

empresas podiam fabricar seus próprios produtos e também serviços

independentemente das necessidades dos consumidores, os consumidores

tinham que se adaptar as suas necessidades, em função do que podiam

conseguir no mercado.

Nos dias de hoje, essa realidade mudou, o que ainda não mudou é a

demanda, mas em troca a oferta cresceu muito. Hoje são as empresas que

precisam adaptar-se aos gostos e necessidades dos clientes. Aquelas que não

seguirem essa tendência ficam fora do mercado.

As empresas que estão atentas a essa realidade criam uma espécie de

canal de comunicação on-line com o mercado, promovendo uma contínua

conversação. Todas as informações coletadas por esse canal devem ser

tratadas na organização e funcionar como alavanca para o desenvolvimento de

novos produtos e serviços e implantação de novas tecnologias.

3.5 Controle da qualidade total

"Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende

perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no

tempo certo às necessidades do cliente" (CAMPOS, 1992, p.2).

O controle de qualidade total é um modelo administrativo criado nos

Estados Unidos da América, mas que foi aperfeiçoado no Japão. O modelo

oriental tem uma ênfase maior na participação de todos os setores da empresa

na implantação e manutenção do controle de qualidade.

O TQC foi originado a partir de várias ferramentas, como: o método

cartesiano, o controle estatístico de Shewhart, o comportamento humano

segundo Maslow, as ideias de Taylor e o trabalho sobre qualidade de Juran.

O Controle de Qualidade Total segue uma série de eventos nos quais

ele está baseado.

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• Produzir segundo as necessidades dos clientes.

• Assegurar a produtividade da empresa.

• Resolver os problemas sempre de forma a melhorar a qualidade.

• Respeitar o empregado.

• Gerenciar preventivamente.

• Basear as decisões em fatos e números.

As mudanças em todo mundo têm acelerado os processos de forma que

quem não consegue assimilar tais modificações é logo deixado para trás. A

revolução tecnológica é uma realidade e a qualidade deixou de ser um luxo,

tornando-se uma obrigação à qual todas empresas competitivas estão

submetidas.

No contexto atual, não ter defeitos não significa qualidade. Os

consumidores, à medida que assimilam as melhoras de um produto, passam a

exigir outras. "As pessoas ficam satisfeitas em situações momentâneas, em

picos, retornando sempre à situação normal, que é a insatisfação‖ (CAMPOS,

1992, p.151). Baixo custo, zero defeito, segurança, entrega rápida e assistência

técnica são itens que refletem na preferência do consumidor, mostrando a

verdadeira função da qualidade.

3.6 Planejamento

Para que ocorra o planejamento da qualidade, é necessário que se

descubram as necessidades do consumidor, de modo a fabricar um produto ou

serviço com qualidade.

Algumas etapas como identificação dos clientes, determinação de suas

necessidades, desenvolvimento de métodos, meios de produção e confirmação

da eficácia do processo são primordiais em um planejamento da qualidade

total.

O novo cenário econômico mundial, o código de defesa do consumidor e a crescente conscientização do povo brasileiro têm forçado as organizações (empresas, hospitais, escolas, etc.) a reverem sua postura frente ao consumidor, ao empregado e outros membros, ao acionista e à sociedade em geral (SILVA, 1996, p.13).

Segundo Silva, os consumidores, ao terem a liberdade de escolha,

fazem inúmeras exigências, refletindo em uma qualidade desejada. As

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empresas que queiram sobreviver no contexto econômico deverão adaptar a

qualidade de seu produto à qualidade esperada.

Em relação à transformação das características dos produtos, são várias

as ferramentas que irão ajudar o empresário a adotar o sistema de qualidade e

controle total são: - gráfico de pareto; - diagrama de causa e efeito; -

estratificação; - folha ou lista de verificação; - histograma; - diagrama de

dispersão e gráficos de controle. Já para o planejamento da qualidade são: -

diagrama de afinidades; - diagrama de relações; - diagrama de matriz; -

diagrama de matriz de priorização; - diagrama de árvore; - diagrama do

processo decisório; - diagrama de setas. Há também o PDCA,

Shake Down, QC STORY, 5S, CCQ, CEDAC. Cada uma dessas visa à

complementação uma da outra, de forma que seja um processo de

aperfeiçoamento contínuo e ininterrupto.

3.7 Ferramentas

PDCA - método de gerência fundamento em quatro diferentes fases:

P (Plan) planejamento – definir o que queremos, planejar o que será

feito, estabelecer metas e definir os métodos que permitirão atingir os

objetivos;

D (Do) execução – são executadas as tarefas, conforme o planejado e

coletados os dados;

C (Check) verificação - verificar os resultados que estão sendo obtidos

na execução e analisados, conforme planejado;

A (Act) ação – são feitas as devidas correções de forma que os erros

observados em C não voltem a ocorrer.

5S - a denominação "5S" é devido às cinco palavras iniciadas pela letra "S",

quando pronunciadas em japonês, ou seja, SEIRI (organização), SEITON

(arrumação), SEISO (limpeza), SEIKETSU (padronização) e SHITSUKE

(disciplina).

5W1H - espécie de check-list, que se baseia em seis termos ingleses: What (O

quê?); Who (Quem?); Where (Onde?); When (Quando?); Why (Por quê?) e

How (Como?).

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Existem modelos de gestão que pense e trabalhe com objetivos que vão

além de simplesmente satisfazer as expectativas dos clientes sob condições

normais de operação. Outros mais engajados na possibilidade de um resultado

melhor costumam planejar até as raras ocasiões em que o sistema logístico

pode passar por falhas e é necessário tomar medidas como o recolhimento do

produto. O importante a enfatizar é que ações pré-planejadas podem evitar as

penalidades exercidas pelo cliente nesse capítulo, onde a situação levaria

muito tempo para efetivar a recuperação dos clientes insatisfeitos. O

aprendizado que retiramos desse conteúdo é o de que a empresa deve privar

pelo oferecimento de serviços que satisfaçam e amparem os clientes e que

todos os processos organizacionais sejam mantidos com base na qualidade.

Você perceberá que os estoques fazem parte do grande investimento de

capital no canal de suprimentos e que uma boa gestão os manterá no nível

mais baixo possível, equilibrando com o nível adequado de disponibilidade de

produto. A gestão de estoque tem sido alvo de pesquisas extensivas. O

próximo capítulo nos dará nortes de controle e qualidade nessa área. Até lá!

Resumo

A partir desse conteúdo, conhecemos a definição dos serviços logísticos

ao cliente e a aplicabilidade da qualidade na empresa. No primeiro momento,

conhecemos o efeito positivo dos serviços logísticos ao cliente sobre as

vendas, influenciando a compra e o retorno do consumidor à empresa. Para

melhor apresentar os serviços logísticos, eles foram divididos em três

categorias: pré-transação, transação e pós-transação.

No segundo momento, vimos que qualidade é um conjunto de ações

procedimentais que visam à satisfação plena do cliente. Com o crescimento da

demanda de consumidores, a empresa tem que se adaptar para atender às

necessidades de quem vai adquirir o seu produto. Para isso, há diversas

ferramentas que podem ser utilizadas, tais como: Controle Total de Qualidade

(TQC), as atividades de apoio ao planejamento como o PDCA, 5 S e o 5W1H.

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Atividades

1. O mercado consumidor é exigente e o comportamento é reflexo da

quantidade enorme de empresas concorrentes e produtos oferecidos. A

organização precisa adotar meios que intensifiquem o potencial de retenção de

clientes. Ballou (2006) apresenta três categorias que constituem o serviço

logístico ao cliente. Assinale a seguir a alternativa correspondente.

a) Pré-transação, transação e pós-transação.

b) Transação, manutenção e controle.

c) Diagnóstico, execução e controle.

d) Apresentação, transação e execução.

2. Nos últimos anos houve muitas mudanças na aplicação do termo qualidade

nas empresas. Essas mudanças se devem a vários fatores que acompanharam

a evolução cultural e tecnológica da sociedade. Conforme estudamos em

nossas aulas, sobre o controle de qualidade total não devemos afirmar que

I - os que não acompanham as modificações nos processos são logo deixados

para trás.

II – a qualidade deixou de ser um luxo, graças à revolução tecnológica.

III – no contexto do mercado atual, não ter defeitos significa qualidade.

IV – qualidade, baixo custo, entrega rápida e assistência refletem na

preferência do consumidor.

Podemos afirmar que

a) I, II e III estão corretas

b) II, III e IV estão corretas

c) Apenas a III está correta

d) I, II, III e IV estão corretas

3. O serviço logístico ao cliente é

I. Um componente essencial para a estratégia da empresa.

II. Faz parte da cadeia de atividades da empresa.

III. Começa normalmente com a formalização do pedido e culmina na

entrega das mercadorias ao cliente.

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Podemos afirmar que

a) I e III estão corretas

b) II e III estão corretas

c) apenas a III está correta

d) I, II e III estão corretas

4. Sobre a evolução da qualidade, assinale a alternativa correta.

a) As empresas que não seguirem a tendência da aplicação da qualidade nos

processos e produtos ficam fora do mercado.

b) Hoje em dia o cliente precisa se adaptar aos produtos e serviços a ele

oferecidos

c) As empresas que estão atentas à realidade do mercado criam uma espécie

de bloqueio na comunicação com o cliente até que o processo de implantação

da qualidade se finalize.

d) A qualidade serve para aprimorar produtos, mas não serve como estratégia

de aprimoramento para os processos organizacionais.

Capítulo 4 – Decisões sobre política de estoques

Introdução

No capítulo um, você conheceu o significado de Administração de

Materiais e viu que os estoques também são objetos de estudo da Logística.

Entendendo essa estrutura, ficará mais fácil entender a importância das

decisões relacionadas a estoque para o gestor.

Esperamos que você, ao final deste capítulo, seja capaz de

compreender a importância dos estoques para a organização;

conhecer as contas de estoque que influenciam no controle de materiais.

Manter estoques na quantidade certa é um dos grandes desafios do

gestor. Grandes quantidades de estoques podem significar altos custos.

Porém, estoques baixos ou nulos podem prejudicar a venda, não estando

disponível quando o cliente precisa.

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Segundo Slack et al. (1997, p.381), "o estoque é definido como a

acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de

transformação". Podemos afirmar que o termo "estoque" significa os recursos

de entradas a serem transformados em produtos e serviços.

Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital

circulante e da posição financeira da maioria das companhias industriais e

comerciais. A sua correta determinação, no início e no fim do período contábil,

é essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício. Os

estoques estão intimadamente ligados às principais áreas de operação das

companhias e envolvem problemas de administração, controle, contabilização

e, principalmente, de avaliação.

Nas empresas comerciais, os estoques são formados pelas mercadorias

para revenda. Nas indústrias, os estoques permitem separar as etapas da

produção e favorecem as operações realizadas pelas áreas de suprimento,

produção e vendas. Os estoques são classificados de acordo com a natureza e

finalidade dos bens que os integram, a saber: matérias-primas, materiais de

consumo e produtos em elaboração e acabados (BRAGA, 1995).

4.1 Dificuldades de gerenciamento

Hoje em dia, pode-se afirmar que a falta de informações apropriadas ou

excesso de informações desnecessárias é um dos principais problemas em

boa parte das empresas. Embora os executivos necessitem de informações

relevantes, foco básico dos sistemas de informações gerenciais, eles são

vítimas de uma abundância de informações irrelevantes para o gerenciamento

do estoque.

Nas organizações atuais, um dos grandes problemas que a gerência de

materiais enfrenta é a obtenção de soluções para os seguintes itens:

a) decidir o quê deve permanecer em estoque;

b) decidir quando se deve reabastecer o estoque;

c) decidir quanto de estoque será necessário para um período pré-

determinado;

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d) controlar os estoques em termos de quantidade, valor, e fornecer

informações dos mesmos;

e) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos.

A necessidade de informações relevantes acaba causando grandes

transtornos nas empresas: quanto maior for a quantidade de dados coletados,

mais difícil será filtrar as informações válidas para o seu decisório. Para que se

possa melhor gerenciar o processo organizacional do estoque, o executivo

necessita de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG), capaz de processar

esse grande volume de dados gerados, transformando-os em informações

válidas para sua organização.

A ação corretiva corresponde às medidas ou providências que são

adotadas para eliminar os desvios significativos que o analista de sistemas,

organização e métodos detectou, ou mesmo para reforçar os aspectos

positivos que a situação apresenta.

4.2 Tipos de estoques

As contas de estoques incluem:

• produtos acabados - devem representar aqueles já terminados e oriundos

da própria empresa e disponíveis para venda;

• mercadorias para revenda - agrupam todos os produtos adquiridos de

terceiros para revenda e que não sofrem nenhum processo de transformação

na empresa;

• produtos em elaboração - representam a totalidade das matérias-primas já

requisitadas que estão em processo de transformação e todas as cargas de

custos diretos e indiretos relativos à produção não concluída na data do

balanço.

Após o término da fabricação de determinado produto, seus custos são

transferidos para produtos acabados. Estes irão receber os débitos oriundos

das cargas que se apropriam dos custos de produção. O modelo de Plano de

Contas apresenta o grupo de Custos de Produção para fins de custeio e

Contabilidade de Custos;

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• matérias-primas - sua composição e natureza são extremamente

diversificadas e dependem de cada tipo de indústria. Elas normalmente

representam um valor significativo em relação ao total dos custos de produção;

• materiais de acondicionamento e embalagem - refere-se a todos os itens

de estoque que se destinam à embalagem de produto ou ao seu

acondicionamento para remessa.

Conforme o tipo de indústria, particularmente naquelas em que a

embalagem é parte integrante do produto, os itens do estoque são, às vezes,

classificados impropriamente na conta de matérias-primas;

• materiais auxiliares - englobam os estoques de materiais, de menor

importância, utilizados no processo industrial. Tais itens podem ser apropriados

diretamente ou não ao produto. São caracterizados por não ter uma

representação significativa no valor global do custo de produção e pela

dificuldade de ser identificados fisicamente no produto;

• materiais de manutenção e suprimento gerais - as contas de manutenção

e suprimentos classificam os estoques de materiais para manutenção das

máquinas, equipamentos, instalações prediais e outras atividades que visam a

manter o processo de organização dos materiais em perfeito funcionamento;

• importações em andamento - englobam os custos relacionados a

importações que estão em andamento e também as próprias mercadorias em

movimentação, quando a condição de compra é feita no tipo FOB (quando os

custos de transporte são por conta do comprador), no ponto de embarque, pelo

exportador;

• almoxarifado - a conta de almoxarifado varia muito de uma empresa para

outra, em função de suas peculiaridades e necessidades. Todavia, engloba

todos os itens de estoque em geral, pode incluir produtos de alimentação do

pessoal, materiais de escritório, peças em geral e uma variedade de itens.

Muitas empresas, por questão de controle, adotam a prática de, para fins

contábeis, já lançar tais estoques como despesas no momento da compra,

somente mantendo controle quantitativo, pois, muitas vezes, representam uma

quantidade muito grande de itens, mas de pequeno valor.

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Contabilmente, não é a prática mais correta pelo Princípio da

Competência, mas é aceitável pela convenção da materialidade, quando usada

adequadamente;

• adiantamento a fornecedores - abriga os adiantamentos feitos pela empresa

para os fornecedores, atrelados às compras de materiais que serão agregados

aos estoques no ato do recebimento. Ao efetuar um adiantamento a um

fornecedor de matéria-prima, deve-se registrar nesta conta; a baixa tem que

ser contabilizada quando ocorrer o recebimento, registrando-se o custo total na

conta (Passivo Circulante);

• provisão para redução ao valor de mercado - esta conta credora, que deve

ser classificada como redução do grupo de estoques, destina-se a registrar o

valor dos itens de estoques, que estiverem a um custo superior ao valor de

mercado;

• provisão para perdas em estoques - esta conta é destinada ao registro de

conhecidas perdas nos estoques, também calculada por meio de estimativas

relativas a estoques obsoletos e cobrir as diferenças de patrimônio físico,

quando as perdas não puderem ser contabilizadas nas próprias contas, pelo

fato de não estarem identificados os itens específicos e por constituírem

estimativas. Tal previsão não é dedutível para fins fiscais.

Os estoques representam uma parcela significativa do ativo circulante,

provocando custos financeiros e despesas operacionais. Os obstáculos a

serem ultrapassados nas operações de transformação das matérias-primas em

produtos acabados e nos esforços de venda e de cobrança evidenciam o

tempo despendido e os riscos inerentes ao processo de conversão dos

estoques em numerários (BRAGA, 1995). Portanto, o administrador financeiro

deve exercer um controle rígido sobre os níveis de estoques, visando a

preservar a capacidade de solvência da empresa e maximizar o retorno dos

recursos aplicados. Mas não devemos esquecer as condições necessárias ao

pleno desenvolvimento das atividades operacionais.

É preciso manter um nível de estoques de materiais e produtos em

elaboração e acabados para alcançar ganhos de escala e reduzir os custos de

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produção e para contornar os problemas de atrasos de fornecedores, quebra

de equipamentos, greves etc., buscando, assim, um equilíbrio entre os

aspectos operacionais e financeiros da empresa (BRAGA, 1995).

4.3 Custos relacionados a estoques

O problema da avaliação ou atribuição de custos aos estoques é muito

extenso e complexo. O momento da contabilização de compras de itens do

estoque, assim como o das vendas a terceiros, deve ser o da transmissão do

direito de propriedade dos produtos. Dessa forma, na determinação de se os

itens integram ou não a conta de estoques, o importante não é sua posse

física, mas o direito de sua propriedade. Assim, normalmente, os estoques

estão representados por:

• itens que existem fisicamente em estoques;

• itens adquiridos pela empresa, mas que estão em trânsito;

• itens da empresa que foram remetidos para terceiros em consignação;

• itens de propriedade da empresa que estão em poder de terceiros para

armazenagem, beneficiamento, embarque etc.

Segundo Sanvicente (1995), há dois tipos de custos. O primeiro é o

custo que varia diretamente com o investimento ou volume dos estoques,

compreendendo os seguintes itens:

• perdas associadas a risco de obsolescência dos itens estocados;

• taxa mínima de retorno desejada sobre o investimento imobilizado em

estoques (custo de oportunidade);

• despesas de manejo, transporte e transferência física dos itens estocados;

• o espaço necessário para armazenamento, usando-se uma estimativa de

"aluguel", caso as instalações pertençam à empresa;

• imposto predial;

• seguros;

• custos do departamento de controle de estoques.

O segundo custo é o que varia em relação inversa ao volume dos

estoques, associados à falta de estoques ou aos pedidos de compra ou ordens

de produção dos itens envolvidos, conforme abaixo:

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• descontos por quantidades perdidas em compras feitas em lotes insuficientes;

• despesas decorrentes de perturbações do processo produtivo em caso de

falta ou manutenção de estoques pequenos, por exemplo, inclusão de custos

de horas extras e colocação do equipamento em condições de operar;

• margens de contribuição das vendas perdidas por falta de produtos acabados

para atender aos pedidos recebidos;

• gastos adicionais de pedido, emissão de ordens de produção e/ou

transportes.

4.4 Avaliação

A empresa mantém um registro permanente de estoque, a preço de

venda, utilizado para fins de controle e aplicação gerencial. A cada compra, o

valor é registrado na contabilidade ao custo e a preço de venda.

As empresas que possuem controle permanente, baseados em preços

de venda, têm a sistemática facilitada por possuírem saldos disponíveis a

qualquer momento. As compras são lançadas a preço de venda. Entretanto,

para o funcionamento do sistema, é imperioso que o controle registre as

remarcações ocorridas nos preços de venda.

A base elementar da contabilização dos estoques é o custo. No caso de

produtos adquiridos para revenda, de matérias-primas ou de outros tipos de

materiais utilizados no processo de produção, tal custo é o custo de aquisição

dos itens. No caso de produtos em processo e acabados, é o custo de

produção.

Mas, conforme citado na legislação e conceitos contábeis, a regra básica

de avaliação na data do balanço é a do custo ou mercado, dos dois o menor. O

custo é a base elementar da avaliação dos estoques. Mas quando houver a

perda de utilidade ou a redução no preço de venda ou de reposição de um item

que reduza o seu valor recuperável, ou seja, de mercado, a um nível abaixo do

custo, deve-se, então, assumir como base final de avaliação o preço de

mercado inferior ao custo, mediante uma provisão, mantendo-se os controles

de estoques ao valor original de custo.

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O método do custo ou mercado, dos dois o menor, tem como finalidade,

portanto, eliminar dos estoques a parcela dos custos que provavelmente não

seja recuperável. A aplicação desse critério deve ser na avaliação dos

inventários de final de cada ano, para que as perdas resultantes de estragos,

deterioração, obsoletismo, reduções na estrutura de preços de venda ou de

reposição sejam reconhecidas nos resultados do exercício em que tais perdas

ocorrem e não no exercício em que a mercadoria é vendida, reposta ou

transformada em sucata.

No próximo capítulo, falaremos de compras e logística reversa.

Procuraremos entender como se dá o processo de compras e conheceremos a

aplicabilidade da logística reversa.

Resumo

O controle de um estoque visa a solucionar problemas com o fluxo de

informações dentro da empresa. Algumas vezes é comum para o departamento

de compras realizar a aquisição de produtos, sem ter o conhecimento exato do

número do mesmo produto que está em estoque, o tempo de ócio no espaço

do armazém e os custos de manutenção e movimentação. Para isso, há

diversas ferramentas que auxiliam na gestão e integração de informações

dentro da empresa.

Atividades

1. Um dos ativos mais importantes da organização é o estoque, e saber

gerenciá-lo adequadamente é um dos grandes desafios do gestor. Deste modo,

é correto afirmar que

I – o estoque é definido como a acumulação armazenada de recursos materiais

em um sistema de transformação.

II – nas empresas comerciais, os estoques são formados pelas matérias-primas

que serão transformadas.

III - nas indústrias, os estoques permitem separar as etapas da produção e

favorecem as operações realizadas pelas áreas de suprimento, produção e

vendas.

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IV - os estoques devem ser tratados isoladamente, não se relacionando com as

áreas de operação das companhias.

Estão corretas, apenas, as afirmativas

a) I, e III.

b) I, II e IV.

c) III e IV.

d) I, II, III e IV. .

2. Os estoques são classificados de acordo com a natureza e finalidade dos

bens que os integram. Em relação a mercadorias para revenda, é correto

afirmar que os estoques significam

a) aqueles já terminados e oriundos da própria empresa e disponíveis para

venda.

b) a totalidade das matérias-primas já requisitadas que estão em processo de

transformação, bem como todas as cargas de custos diretos e indiretos

relativos à produção não concluída na data do balanço.

c) o agrupamento de todos os produtos adquiridos de terceiros para revenda e

que não passam por nenhum processo de transformação na empresa.

d) algo de composição e natureza extremamente diversificadas e dependem de

cada tipo de indústria.

3. O tipo de estoque que engloba todos os itens de estoque pode incluir

produtos de alimentação do pessoal, materiais de escritório, peças em geral e

uma variedade de itens, podendo ter a denominação de

a) materiais auxiliares.

b) materiais de manutenção e suprimentos gerais.

c) importações em andamento.

d) almoxarifado.

4. Agora que você já conhece todos os tipos de estoques, pegue como

exemplo a empresa em que trabalha (ou já trabalhou). Aponte o tipo de

estoque que ela mantém, e descreva suas características.

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Capítulo 5 – Compras e Logística reversa

Introdução

Bem sabemos que, anteriormente, quando se falava em comprar, já se

pensava em diminuição do dinheiro do caixa, um gasto que, às vezes, era

desnecessário, como o custo-benefício para se gastar com tal mercadoria,

entre outras atividades relacionadas com a aquisição de mercadorias. Neste

capítulo, veremos um conceito diferente para a compra em uma empresa: ela é

um segmento importante no departamento de administração de materiais.

Veremos, também, o significado da logística reversa.

Os efeitos da Primeira Guerra Mundial, como faltas de produtos,

improvisações e aperfeiçoamentos técnicos, tiveram grande influência no

desenvolvimento do departamento de compras. Com isso, ele ampliou o seu

lugar ao lado de outras funções.

Com o passar dos anos, as compras deixaram de ser um fator de

despesas para a empresa, adquiriram um novo papel de lógica e estratégia nos

negócios, passaram a ser vistas também como uma fonte de lucro.

Esperamos que você, ao final deste capítulo, seja capaz de entender

como se dá o processo de compras e de conhecer a aplicabilidade da logística

reversa.

5.1 Compras

5.1.1 Entendendo a função compras

Dias (1995) afirma que a função compras passa a ser um segmento

importante no departamento de aquisição de materiais, também chamado de

suprimentos e compras. Como parte do processo da logística, ela tem como

finalidade suprir as necessidades de materiais e serviços, pois planeja a

quantidade correta que vai trazer a satisfação da empresa e cliente no

momento certo. Deixou de ser algo cheio de burocracia e buscou suprir o

necessário. Analisa se recebeu o produto que foi comprado e procura

armazená-lo em boas condições.

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Como todo departamento, tem seu objetivo funcional dentro da

organização. Os objetivos da função compras são: manter e organizar a

entrada e saída contínua de suprimentos ou materiais com um custo mínimo de

investimento; adquirir materiais com qualidade e quantidade estabelecida pela

gestão, procurando, sempre, dentro de uma negociação justa, a melhor

condição de pagamento para a empresa.

Para se organizarem as compras, precisa-se entender como se procede

cada passo do segmento dessa função: as entradas ou pedidos solicitados,

chamados de inputs, vêm de vários departamentos como a área financeira,

produção (PCP) e vendas. Ao entrarem os pedidos solicitados, começa-se um

processo de pesquisa no mercado, cotações (qual o melhor preço), estudo do

material, investigação da fonte, ou seja, investigam-se os fornecedores, como

se desenvolve a sua matéria-prima para, enfim, adquirir o material com as

especificações técnicas desejadas e com qualidade. Para se chegar à compra,

precisa-se, também, autorização para se efetuar tal procedimento, registrar

todos os dados possíveis e, assim, se chegar à primeira parte da função.

No departamento de vendas, quando se solicita o material de escritório,

essa solicitação passa por alguns processos como: há no sistema uma janela

chamada de suprimentos e então se começa relacionar o que precisa. Feito

isso, solicita-se ao gerente comercial que aprove o pedido, que, em seguida,

passa para compras que irá levantar dados do fornecedor já existentes para o

fornecimento do material ou realizam-se novas pesquisas e cotações, para,

então, aprovar o meu pedido e efetuar a compra. Isso leva mais ou menos uma

semana, para que se receba o material solicitado.

Para o setor industrial, há uma manutenção de estoque devido ao

processo da área ter um trabalho contínuo e sem pausas. Para isso, o setor

compras sempre possuirá um planejamento mensal da área de vendas que,

aprovado pelo PCP, dará continuidade à linha produtiva. Toma-se cuidado para

não transformar em grandes estoques, ou seja, dinheiro parado em estocagem.

Tem que haver um padrão no estoque.

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A mudança brusca, na área econômica, traz, ao mercado, várias

turbulências em que compras passam a minimizar gastos e controlar

dispêndios, chamados de cortes nos gastos ou redução.

O ano de 2001 foi o ano "apagão", que mexeu muito com diversos

setores industriais, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. O governo subiu

absurdamente a alíquota de impostos dos produtos (IPI), para inibir as vendas

aos clientes e consumidores finais, dificultando todo um processo de compra

de materiais. Tudo ficou mais caro e impossibilitou as organizações de

continuar o seu trabalho. O setor de compras teve um papel muito importante

de buscar em seus fornecedores o menor preço, inovação e melhor qualidade

para alternar o produto que caberia para aquele momento.

Ao finalizar o processo de licitação, a empresa vencedora emite a sua

ordem de compra ao fornecedor, contendo a solicitação dos materiais como:

quantidade e preços já negociados, prazo de entrega e condições de

pagamentos. A empresa compradora, por sua vez, tem por finalidade

acompanhar a chegada desse material, conferi-lo (em caso negativo é

devolvido) e estocá-lo.

5.1.2 Compras e a globalização

Com a nova tecnologia, em que a linguagem atual é comunicação via

sistemas (internet, intranet), o departamento de compras não poderia estar de

fora. As novas formas de comprar facilitaram a vida dos compradores que têm,

no seu percurso diário, diversas páginas de vários fornecedores que

apresentam toda a sua estrutura, produtos e condições favoráveis.

Em capítulos anteriores, vimos que a globalização é um rompimento ou

quebra de barreiras. As organizações estão, cada vez mais, juntas, em busca

de um denominador comum no mercado. Os concorrentes até familiarizam

seus produtos para se tornarem mais atrativos a gosto do cliente. Quem não

estiver preparado para essas grandes transformações estará fora da

globalização.

Algumas empresas já têm um sistema de compras via internet, chamado

de EDI (Eletronic Data Interchange), transmissão de dados eletronicamente.

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Por meio do e-commerce, conseguem-se os dados relacionados ao

nosso cliente. No caso do grupo Pão de Açúcar, utiliza-se este processo para

se chegar ao pedido:

• entra-se na página do grupo Pão de Açúcar;

• o grupo disponibiliza, por meio do EDI, informações como código do

fornecedor, número do EDI e senha;

• e, em seguida, aparece a ordem de compra do cliente, com programação de

entrega em que terá que ser realizado um agendamento com a central.

Não é necessário entrar na página todos os dias, o grupo emite um e-

mail para vários setores interligados a eles, avisando que há pedido para ser

retirado.

E tem mais: o fornecedor também envia a nota fiscal da venda via rede,

para que o grupo tenha a certeza de que aquele pedido está em condições de

ser recebido. Caso tais procedimentos não ocorram, de acordo com o

combinado, o pedido é automaticamente cancelado. Todo esse processo de

comunicação ocorre sem nenhum envio de papel, eliminando, assim, aquele

processo burocrático de papelada. Aí, então, surge uma pergunta: e o papel do

vendedor? O fornecedor continua tendo seu vendedor normalmente? Para

acompanhar o abastecimento das lojas, como se fosse um promotor de

vendas, e na falta de alguns itens, fazem-se negociações para o aumento no

volume de compras.

Esse processo, além de ser seguro, traz uma enorme vantagem de

custo benefício para ambas as partes, rapidez, segurança e precisão de

entrada e saída de informações, redução significativa de custos, facilidade de

colocação de pedidos e, por fim, solidificação do conceito de parceria entre

cliente e fornecedor.

Os recursos à disposição das empresas são apresentados por outros

tipos de sistema, chamados de ANSI X12, padrão americano, e EDIFACT,

padrão europeu, desenvolvidos para facilitar a forma EDI de transações de

comunicação de dados.

Também se fala, atualmente, em prática de compras, via cartão de

crédito, usado já em algumas organizações. Além de facilitar a diminuição no

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número de transações, também traz alguns benefícios, como maior controle

sobre as compras e redução dos custos.

5.1.3 Ética no departamento de compras

Entende-se sobre ética que pode ser a não transgressão de normas e

regras disponibilizadas pela organização. O médico, o administrador, o

engenheiro, o aviador, o advogado, o comprador, enfim, todo o profissional tem

um código de ética a ser seguido. Se não cumprir essas regras, o profissional

perderá direito ao seu título, ou seja, deixará de exercer a sua função. As

empresas têm uma conduta ética para compras; algumas até colocam em

crachás de seus funcionários, ou fornecem cartilhas de normas e

procedimentos, limitando o que é legal e moral dentro da organização. Essa

conduta é para compras e para vendas também, isso é para se evitarem

comportamentos da falta de ética de quem compra e vende.

Pois bem: veja final de ano, quantas lembrancinhas, agendas, cestas de

natal chegam para o setor de compras, controle de qualidade e projeto.

Isso significa que o vendedor não quer somente agradar o cliente, mas

ser lembrado sempre. E o comprador, claro, parece que sempre será

agradecido por tal gentileza.

Um bom exemplo é quando um comprador se vê diante de um agrado

remunerado, uma comissão, por exemplo, daquilo que for comprado do

fornecedor. Ele imediatamente tem que recusar, excluindo de vez o fornecedor

da sua lista. Nesse caso, estamos falando de suborno, isso é algo

extremamente delicado, porque as coisas não acontecem por acaso, ou

melhor, acidentalmente. Infelizmente, uma vez acontecido, a demissão é

claramente acionada por justa causa, podendo, assim, um departamento inteiro

ser banido da organização.

As políticas das empresas postas para seus funcionários devem ser

claras e objetivas. A sua transgressão não deverá favorecer nenhuma parte

envolvida. Elas devem usar meios para desencorajar seus funcionários ao

recebimento de qualquer tipo de presente, aceitar brindes como uma troca de

favores etc.

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A NAMP - National Association of Purchasing Management -

estabeleceu princípios para os seus associados: lealdade à sua organização,

justiça àqueles com quem negocia e fé na sua profissão. Entende-se que,

assim, cliente e fornecedor firmarão grande parceria em questões de

fechamento nos negócios empresariais de compra e venda.

Outro passo é a política de condutas éticas para o setor de compras da

empresa. Não é para burocratizar os recebimentos de alguns presentes, e sim

passar para os colaboradores da organização que nem eles e nem a empresa

se vendam por agrados e subornos, todos têm o mesmo direito de comprar e

vender de quem quer que seja.

Para concluir, podemos resumir o código de ética dentro de uma

organização como a não transgressão das normas do profissional e da

empresa.

5.2 Logística reversa

A logística reversa é a área da logística que trata dos aspectos de

retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Apesar

de ser um tema extremamente atual, esse processo já podia ser observado há

alguns anos nas indústrias de bebidas, com a reutilização de seus vasilhames,

isto é, o produto chegava ao consumidor e retornava ao seu centro produtivo

para que sua embalagem fosse reutilizada e voltasse ao consumidor final. Esse

processo era contínuo e aparentemente cessou, a partir do momento em que

as embalagens passaram a ser descartáveis.

5.2.1 Logística verde

As empresas que são incentivadas pelas normas ISO 14001 (conhecida

como logística verde) buscam se preocupar com a gestão voltada para o meio

ambiente, ou seja, realizam ações como: reciclar materiais e embalagens

descartáveis, como latas de alumínio, garrafas plásticas e caixas de papelão,

entre outras, que passaram a se destacar como matéria-prima e deixaram de

ser tratadas como lixo. Assim se pode observar que a logística reversa atua

como se fosse um processo de reciclagem uma vez que os materiais

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expedidos por ela retornam a sua origem para serem reaproveitados ou

transformados ou outros produtos.

Segundo Lacerda citado por Cel (2000), os processos de logística

reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas. Muitas vezes, o

processo de logística reversa pode resultar em lucros para a empresa, mas

esse lucro também dependerá da execução de um bom gerenciamento do

processo de retorno dos materiais.

Em relação ao aumento dos custos, diferente do que foi exposto no

parágrafo anterior, não podemos deixar de levantar os custos desse processo

inverso da logística, pois, quando mal gerenciado, poderá acarretar, para a

empresa, custos mais onerosos do que se ela fosse enviar o seu produto ao

mercado consumidor.

Lacerda citado por Cel (2000) afirma que os clientes costumam valorizar

empresas que possuem políticas de retorno de produtos, pois isso lhes garante

o direito de devolução ou troca deles.

Esse processo exige da empresa uma organização para o recebimento,

classificação e expedição dos produtos a serem devolvidos, assim como a

busca por outro processo organizacional para o reenvio. Com isso,

organizações que praticam a logística reversa acabam sobressaindo no

mercado, uma vez que têm a possibilidade de atender o cliente de forma

melhor e diferenciada da concorrência.

A logística verde é regulamentada pela ISO 14001. Ela complementa o

processo logístico, visando não apenas à cadeia de produção e sim a todos os

impactos que ela pode vir a causar, ao longo da vida útil dos produtos.

Para que o gerenciamento da gestão ambiental se dê de forma eficiente,

o processo deverá ser composto por atividades bem planejadas como: coletas

de produto, tipos de embalagens, separações e expedição até os locais onde

esses produtos serão transformados ou reaproveitados. Para que esse

processo atue de forma eficiente, é importante que ele seja sustentável, não

pense como se fosse uma simples atividade de devolução de materiais.

Barbieri e Dias (2002) dizem que a logística reversa deve ser concebida

como um dos instrumentos de uma proposta de produção e consumo

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sustentáveis. Vamos exemplificar: se o setor responsável estabelecer critérios

de avaliação dos produtos, ficará mais fácil recuperar peças, componentes,

materiais e embalagens reutilizáveis e reciclá-los.

Infelizmente, em nosso país ainda não existe legislação que aborde essa

questão; com isso, a logística reversa está em difusão e ainda não é encarada

pelas empresas como um processo "importante‖: a maioria das empresas não

possui um departamento de recepção de produtos.

Contudo, esse conceito está em constante crescimento no mundo.

Resta-nos esperar que o Brasil tome ciência da importância desse setor da

logística, para que possamos ter uma legislação dentro da nossa realidade.

No próximo capítulo, veremos que a gestão de tráfego ou de transportes

é o braço operacional da função de movimentação realizada pela atividade

logística. Vamos entender que a sua principal responsabilidade é garantir, todo

dia, que as operações de transporte sejam executadas eficaz e eficientemente.

Vamos nos concentrar nas decisões e cuidados peculiares que o gerente de

transportes deve enfrentar. A ênfase situa-se na movimentação de carga e não

no tráfego de passageiros ou no deslocamento de bens domésticos, que

também podem ser responsabilidade da administração de tráfego.

Resumo

Estudamos sobre o processo de compras, nesse capítulo. Entendemos

como a função compras é um departamento importante na empresa suprindo

as necessidades de cada setor. Depois, vimos a relação entre o departamento

de compras e a globalização: a utilização da internet e da intranet.

Outro elemento importante estudado neste capítulo foi em relação à

ética no departamento de compras, a atenção às normas e regras da

organização. Depois, vimos a logística reversa, a área da logística que trata

dos aspectos de retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro

produtivo. Logística verde foi o último item visto neste capítulo: o atendimento à

ISO 14001.

Atividades

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1. A função compras é um segmento importante no departamento de aquisição

de materiais, também chamado de suprimentos e compras. Em relação a essa

função, é correto afirmar que

I - ela tem como finalidade suprir as necessidades de materiais e serviços, pois

planeja a quantidade correta que vai trazer a satisfação da empresa e do

cliente no momento certo.

II – atualmente é uma das áreas mais burocráticas da empresa, e isso justifica

seu papel.

III - são objetivos da função de compras manter e organizar a entrada e saída

contínua de suprimentos ou materiais com um custo mínimo de investimento.

IV - adquirir materiais com qualidade e quantidade estabelecida pela gestão,

procurando, dentro de uma negociação justa, a melhor condição de pagamento

para a empresa, é também função de compras.

São corretas apenas as assertivas

a) I, e III.

b) I, III e IV.

c) III e IV.

d) I, II, III e IV.

2. Com a larga utilização da tecnologia, a linguagem atual é comunicação via

sistemas (internet, intranet), e o setor de compras não poderia estar de fora.

A respeito da relação compras x tecnologia, pode-se afirmar que

a) as novas formas de comprar facilitaram a vida somente dos vendedores, não

oferecendo, ainda, opções para os compradores.

b) algumas empresas já têm um sistema de compras via internet, chamado EDI

(Eletronic Data Interchange), transmissão de dados eletronicamente.

c) o cartão de crédito poderia auxiliar o processo, mas não há possibilidade de

utilizá-lo para compras.

d) a tecnologia a serviço do setor de compras não é uma opção segura, por

isso quase não é utilizada.

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3. Neste capítulo, vimos que o conceito de compra mudou muito com o passar

dos anos, bem como o amadurecimento da administração de materiais. Indique

a relação entre a função ―compra‖ hoje e o conceito de anos atrás, quando

muitas empresas não contavam com a tecnologia para auxiliá-las. Elabore suas

argumentações em um texto dissertativo de 10 linhas.

4. A logística reversa é uma área hoje muito debatida e tem um papel essencial

para as organizações e para a sociedade. Assim, podemos afirmar que a

logística reversa é a área da empresa que cuida

a) do transporte de produtos dentro da organização, revertendo os processos

com menos custos.

b) das negociações com outros concorrentes, levando o processo reverso à

sua finalidade principal.

c) do uso de produtos recicláveis, tornando a preocupação com a natureza um

objetivo estratégico.

d) dos aspectos de retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu

centro produtivo.

Capítulo 6 - Fundamentos dos Transportes

Introdução

Neste capítulo, nosso objetivo é acompanhar a apresentação dos

principais modais utilizados para transportar produtos no país e, a partir disso,

conhecer a importância desse setor para a organização.

Para entendermos melhor o conteúdo, é interessante fazermos uma

leitura aprofundada do capítulo três: ele discorre sobre os serviços logísticos ao

cliente e a busca pela qualidade. No capítulo três, vimos sobre os elementos

dos serviços logísticos e a importância da qualidade percebida pelo cliente,

isso nos demonstra o cuidado e a atenção ao conhecermos os tipos de

transporte disponíveis e quais as formas de melhor escolher o modal para

transportar os produtos da empresa até as mãos de nosso cliente.

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Estamos quase chegando ao final do nosso trabalho. Nestes dois

últimos capítulos, estudaremos sobre o gerenciamento dos transportes na

empresa. A definição de um bom sistema de transporte contribui para aumentar

a competição no mercado, garantir a economia de escala na produção e,

principalmente, reduzir preços das mercadorias. O transporte representa o

elemento mais importante do custo logístico, chegando a absorver 70% dos

gastos e representa de 9 a 10% do preço final do produto.

Quando não existe um bom sistema de transporte, a extensão do

mercado fica limitada às cercanias do local de produção. Entretanto, com

melhores serviços de transporte, os custos de produtos postos em mercados

mais distantes podem ser competitivos em relação àqueles produtores que

vendem em seus próprios mercados.

6.1 Transportes

Para a maioria das empresas, o transporte é considerado a atividade do

campo logístico mais importante. Tal consideração se devido ao fato de ela

absorver de um a dois terços dos custos operacionais. É por isso que o

transporte possui tal importância, pois nenhuma empresa pode realizar

atividades, organizar a movimentação de suas matérias-primas ou de seus

produtos, sem considerar a importância dessa atividade.

Com isso, podemos definir o transporte como sendo os vários métodos

para se movimentar produtos. As alternativas mais populares são os modos

rodoviário, ferroviário e aeroviário. A administração da atividade de transporte

geralmente envolve decidir-se quanto ao método de transporte, aos roteiros e à

utilização da capacidade dos veículos.

6.1.1 Manutenção de estoques

Geralmente, não é compensatório para a empresa providenciar

produção ou entrega instantânea aos clientes. Para se atingir um grau razoável

de estoque de produto, é necessário manter os estoques bem supridos, pois

eles agem como "amortecedores" entre a oferta e a demanda. O setor de

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administração de estoques busca reunir níveis tão baixos quanto possível, ao

mesmo tempo em que disponibilidade o produto desejado pelos clientes.

6.1.2 Processamento de pedidos

Os custos de processamento de pedidos costumam ser pequenos se

comparados aos custos de manutenção de estoques ou de transportes.

Resumindo, o processamento de pedidos é uma atividade da logística básica.

A sua importância baseia-se no fato de ela ser um elemento crítico em termos

do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes.

6.1.3 Atividades de apoio

Você já sabe que o transporte, a manutenção de estoques e o

processamento de pedidos são os principais fatores que contribuem para a boa

condição física de bens e serviços oferecidos pela empresa. As atividades que

apoiam essas ações fundamentais são:

armazenagem;

manuseio de materiais;

embalagem de proteção;

obtenção do produto;

programação de produtos;

manutenção de informação.

6.2 O sistema de transporte

Gás natural, apesar de estar algumas vezes em falta nos EUA, é

considerado rejeito em algumas partes do mundo, sendo, então, queimado na

boca do poço. Seu transporte na forma gasosa é tão caro que não existem

mercados além dos locais de produção. Com o desenvolvimento de

equipamento criogênico para liquefazer gás natural, o transporte para longas

distâncias ficou mais barato.

O maior volume dilui os investimentos iniciais em maior quantidade de

gás produzido, resultando em economias de escala. Transporte é um dos

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componentes de custo que, juntamente com os custos de produção, vendas e

outros, compõem o custo agregado do produto.

6.2.1 Produtos transportados

A importância dada a cada modo de transporte e as alterações ocorridas

nas participações relativas é parcialmente explicada pela carga transportada e

pela vantagem inerente do modo. O sítio Portal de Logística faz uma

comparação bem interessante sobre os diferentes modais.

Dutos – esta modalidade de transporte não consegue competir com

outras formas de transporte, mesmo levando em conta o custo baixo de

movimentação. A sua desvantagem é a linha de produtos atendida que é

limitada.

Aéreo - taxa de frete relativamente alta quando comparadas com outros

modais, produtos geralmente de valor elevado comparado com seu peso

ou volume.

Ferroviário e rodoviário – o ferroviário é dividido em função de

compensações entre custo e nível de serviço. Concentra-se nas cargas

de relação valor-peso ou valor-volume mais baixo. Já o oposto ocorre

com cargas rodoviárias, pois o custo de transporte é mais alto em relação

ao ferroviário.

Hidroviário - transporte lento, mas de baixo custo, grande capacidade de

carga.

6.2.2 Alternativas de serviço e suas características de desempenho

Entre todas as alternativas possíveis, o usuário deve selecionar o

serviço ou combinação de serviços que providencie o melhor balanço entre

qualidade oferecida e custo. Os critérios são: (1) custo, (2) tempo médio de

entrega, (3) tempo de trânsito e sua variação e (4) perdas e danos.

• Custo de serviço - o custo para o transportador é simplesmente o custo

do transporte mais taxas de acessórios ou de terminais para serviços

adicionais executados. Usar caminhões sai mais de quatro vezes mais caro do

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que transportar por ferrovias que, por sua vez, são mais dispendiosas que

dutos ou hidrovia. Esses números são médias obtidas a partir da razão entre a

receita total de frete gerada e o total de toneladas-milhas executadas para cada

modal em particular, servem apenas como indicador geral das diferenças de

custo.

• Tempo para entrega e sua variação - o tempo para entrega é

considerado geralmente como o tempo médio necessário para transportar

carga do ponto de origem até seu destino. Variabilidade refere-se às diferenças

normalmente encontradas entre os carregamentos, ocorrendo em todos os

modais. Ela pode ocorrer devido a causas climáticas, congestionamentos de

tráfegos, número de paradas e diferenças no tempo necessário para consolidar

as cargas. O transporte aéreo é, na média, o modo mais rápido para distâncias

superiores a 600 milhas, seguido do rodoviário com carga completa, rodoviário

com carga parcelada e ferroviária, respectivamente. Para distâncias menores

que 600 milhas, caminhões e transporte aéreo se equivalem. Para distâncias

curtas (menores que 80 km), todos os modos têm

tempo médio semelhante.

• Perdas e danos de cargas - transportadores variam em sua capacidade

para proteger a carga de perdas ou danos. Por isso, são fatores que

influenciam na seleção de um transportador. Os bens transportados podem

estar ressuprindo os estoques de um cliente ou para seu consumo direto.

Entregas atrasadas ou mercadorias em más condições resultam em

inconvenientes para o cliente, ou mesmo em maiores custos de estoques,

devido à maior quantidade de faltas ou pedidos extras, que ocorrem quando

reposições programadas antecipadamente não são recebidas como planejado.

• Alternativas com um único interlocutor - uma alternativa é por meio

de um agenciador de frete, que vende serviços de transporte, mas que não

possui nenhuma capacidade própria de movimentação. Ele pode oferecer o

serviço unimodal e o multimodal, quando dois ou mais modos individuais de

transporte são envolvidos em um único despacho.

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6.2.3 Tipos de modais

• Ferrovia - a ferrovia é basicamente um transporte lento de matérias-

primas ou manufaturados, mas de custo relativamente baixo para longas

distâncias. Dependendo do tipo de produto, este modal se torna mais viável.

Há duas formas de serviço ferroviário, o transportador regular e o privado. Um

transportador regular vende seus serviços para qualquer usuário, é

regulamentado em termos econômicos e de segurança pelo governo. Já o

transportador privado pertence a algum usuário particular, que o usa com

exclusividade.

• Rodovia - o transporte por meio de rodovias difere do modal ferroviário,

pois serve rotas de curta distância de produtos acabados ou semi-acabados. É

a opção mais utilizada em nosso país.

As vantagens do uso dos caminhões são:

(1) o serviço porta a porta de forma que não é preciso carregamento e

descarga entre origem e destino;

(2) a frequência e disponibilidade dos serviços;

(3) sua velocidade e conveniência no transporte porta a porta.

• Aeroviário - a vantagem do modo aéreo está em sua velocidade sem

paralelo, principalmente para longas distâncias. Como as porções mais lentas

do tempo total porta a porta (de um armazém a outro) são o manuseio e

transporte terrestre, o tempo total de entrega pode ser reduzido, de modo que

uma operação rodoviária ou ferroviária bem administrada pode alcançar a

velocidade oferecida pelo modo aéreo. Evidentemente, podem existir casos

particulares em que isso não é verdadeiro. Transporte aéreo é vantajoso em

termos de perdas e danos, pois é necessário menos embalagem de proteção

no frete, desde que o frete terrestre do mesmo não exponha a carga a danos.

• Hidroviário - esse serviço tem seu campo de atuação limitado por

diversas razões. O usuário deve ou estar localizado em suas margens ou

utilizar outro modal de transporte em conjunto. Afora manusear mercadorias a

granel, os transportadores

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hidroviários também levam bem de alto valor. Essas mercadorias costumam

ser movimentadas em contêineres. Os custos e danos desse modo são baixos

comparados aos outros.

• Dutos - existem algumas experiências no transporte de sólidos em

suspensão em um líquido, chamado de "pasta fluída", ou sólidos contidos em

cilindros, que se movem dentro do líquido. Em relação ao tempo de trânsito, o

transporte dutoviário é o mais confiável de todos, pois existem poucas

interrupções para causar variabilidade nos tempos de entrega.

É importante falarmos da carga conteinerizada, o contêiner-padrão é uma

peça de equipamento que é transferível para todos os modais de transporte de

superfície, com exceção dos dutos. O contêiner também é utilizado em serviços

combinados de transporte aéreo, em que o mais promissor é o aéreo-

rodoviário. Esse tipo de operação está se expandindo, especialmente graças

ao incremento do comércio.

Reflita

Faça uma pesquisa sobre os tipos de transporte que a sua empresa poderia

utilizar. Dependendo da região em que você está localizado, poderá sentir falta

de algum modal que foi citado nesta unidade. Como futuro administrador, você

deve se preparar para trabalhar com os recursos que estão disponíveis.

Para a maioria das empresas, o transporte é considerado a atividade do

campo logístico mais importante: absorve de um a dois terços dos custos

operacionais. É por isso que o transporte possui tal importância, pois nenhuma

empresa pode realizar atividades, organizar a movimentação de suas matérias-

primas ou de seus produtos sem considerar a importância dessa atividade.

Com isso, podemos definir o transporte como sendo os vários métodos

para se movimentar produtos. As alternativas mais populares são os modos

rodoviário, ferroviário e aeroviário. A administração da atividade de transporte

geralmente envolve decidir-se quanto ao método de transporte, aos roteiros e à

utilização da capacidade dos veículos.

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Nós iremos conhecer os diferentes modais existentes, no próximo

capítulo. Esse é o primeiro passo para análise e escolha do serviço logístico.

No conteúdo aprofundaremos sobre a administração de transportes,

roteirização dos veículos e consolidação de fretes. Até lá!

Resumo

Esse conteúdo apresentou o sistema de transporte que pode ser

utilizado pela empresa. Os modais existentes no mercado são: dutos, aéreo,

ferroviário, rodoviário e hidroviário.

O setor de transporte é muito importante para o fator competitivo da

empresa e a escolha do modal depende de algumas características de

desempenho, tais como: custo de serviço, tempo para entrega e sua variação,

perdas e danos de cargas e alternativas com um único interlocutor.

Atividades

1. Leia atentamente o capitulo para analisar as afirmações a seguir; após a

leitura e análise, assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso.

( ) A rodovia é basicamente um transporte lento de matérias-primas ou

manufaturados, mas de custo relativamente baixo para longas distâncias.

( ) A vantagem do modo aéreo está em sua velocidade sem paralelo,

principalmente para longas distâncias.

( ) Entregas atrasadas ou mercadorias em más condições resultam em

inconvenientes para o cliente, ou mesmo em maiores custos de estoques,

devido à maior quantidade de faltas ou pedidos extras.

( ) O custo para o transportador significa o custo do transporte mais taxas de

acessórios ou de terminais para serviços adicionais executados.

A sequência correta é

a) F; V; V; V.

b) V; V; F; F.

c) F; V; F; V.

d) F; V; V; F.

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2. A importância dada a cada modo de transporte e as alterações ocorridas nas

participações relativas são parcialmente explicados pela carga transportada e

pela vantagem inerente do modal. Quanto às alternativas de serviço e suas

características de desempenho, identifique a alternativa correta.

a) Os transportadores oferecem uma variedade em sua capacidade, com o fim

de proteger a carga de perdas ou danos, e este é um fator que influencia o

usuário na seleção de um transportador.

b) O serviço multimodal corresponde a apenas um tipo de transporte.

c) O clima não pode ser considerado um fator que altere o tempo para entrega

de um produto.

d) O transporte aéreo é, na média, o modo mais rápido para distâncias

superiores a 600 milhas e o mais barato também.

3. Analise as alternativas abaixo e indique as alternativas que correspondem à

seguinte afirmação: ―Para a maioria das empresas, o transporte é considerado

a atividade do campo logístico mais importante.‖

I – Tal consideração decorre do fato de que o transporte absorve de um a dois

terços dos custos operacionais.

II – A questão do transporte é muito relevante, pois nenhuma empresa pode

realizar atividades, organizar a movimentação de suas matérias-primas ou de

seus produtos sem considerar a necessidade desta atividade.

III – As alternativas mais populares de transporte são rodoviário, ferroviário e

aeroviário.

IV - A administração da atividade de transporte geralmente envolve decidir-se

quanto ao método de transporte, aos roteiros e à utilização da capacidade dos

veículos.

Podemos afirmar que

a) apenas a I está correta.

b) as afirmativas II e III estão corretas.

c) as afirmativas I, II e III estão corretas.

d) todas as afirmativas estão corretas.

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4. Complete a afirmação: O transporte ______________ é vantajoso em

termos de perdas e danos, pois precisa de menos embalagem de proteção no

frete.

a) aéreo

b) rodoviário

c) ferroviário

d) hidroviário

Capítulo 7 - Decisões sobre transportes

Introdução

No nosso último capítulo, assim como no anterior, nosso objetivo é

entender como a escolha do modal é importante para atender com precisão e

qualidade o nosso cliente.

Recomendo, novamente, a leitura aprofundada do capítulo três: ele

discorre sobre os serviços logísticos ao cliente e a busca pela qualidade. No

capítulo três, aprendemos sobre os elementos dos serviços logísticos e a

importância da qualidade percebida pelo cliente, isso nos demonstra a

necessidade de tomarmos decisões corretas ao escolher o tipo de transporte

para transportar os produtos da empresa até o consumidor final.

A administração de tráfego ou de transportes é o braço operacional da

função de movimentação realizada pela atividade logística. Sua principal

responsabilidade é garantir, todo dia, que as operações de transporte sejam

executadas eficaz e eficientemente. Vamos nos concentrar nas decisões e

cuidados peculiares que o gerente de transportes deve enfrentar. A ênfase

situa-se na movimentação de carga e não no tráfego de passageiros ou no

deslocamento de bens domésticos, que também podem ser responsabilidade

da administração de tráfego.

7.1 Seleção do transportador: próprio ou de terceiros?

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Um dos principais problemas enfrentados pelo gerente de transportes é

a seleção do operador que vai transportar as mercadorias da empresa. A

dúvida fica entre terceirizar ou utilizar a frota própria. Caso a opção fique por

terceirizar o serviço, fatores como: tipos de modais utilizados, preços, tempo de

entregar, tipo de gestão de informação utilizada devem ser levados em conta,

no ato do fechamento de contrato. Existem muitos tipos de serviços oferecidos.

Por exemplo: uma transportadora rodoviária pode oferecer rotas regulares

(compartilhadas por diversos usuários) ou viagens exclusivas (sob contrato de

um único usuário ou grupo de usuários).

A seleção do melhor modo de transporte vai exigir a compreensão do

que ocorrem com os estoques em ambos os lados do canal de entregas (aéreo

e rodoviário neste caso). Se o lote mínimo de transporte for de cinco caixas, o

estoque máximo disponível por parte da fábrica de componentes deve ser de

cinco caixas, de forma a viabilizar a entrega. O estoque máximo na planta de

montagem deve ser também de cinco caixas, pois a entrega é descarregada na

hora. O estoque médio em ambas as fábricas pode ser estimado como a

metade do seu estoque máximo. O estoque em trânsito será o tamanho do lote

de entrega multiplicado pela fração de tempo no ano que a carga está em

trânsito.

A comparação dos dois modos está na tabela abaixo. Note que, apesar

de o transporte terrestre ser dez vezes mais barato que o aéreo, este último

tem menor custo total, devido aos efeitos dos custos de manutenção de

estoque.

Tabela: Avaliação das alternativas de transporte

Classe de custo

Fórmula de

Custo

Aéreo

Rodoviário

Transporte D x F 1200x100 1200x10 Estoque na fábrica de componentes

ECQ/2 ECQ/2

=120,000 .25x30000x5/2

=12,000 .25x30000x20/2

Estoque na fábrica de montagem final

ECtD/365 =18,750 .25x30000x5/2

=75,000 25x30000x20/2

Estoque em trânsito =18,750 =75,000 Custo total anual .25x30000x1x1200/365 .25x30000x4x1200/365

=24,657 =98,630 $ 182,157 260,630

Fonte: Dias (1995, p.80)

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F = Frete do transporte, $/caixa.

E = Custo anual de manutenção do estoque, %/ano.

C = Valor unitário do produto, $/caixa.

D = Necessidade anual do produto, caixas.

t = Tempo de trânsito (dias).

Q = Tamanho do lote de entrega, caixas.

7.2 Administração do transporte contratado de terceiros

A administração de transportes terceirizada difere da utilização do

transporte pela própria frota da empresa. Para serviços contratados, a

negociação de fretes, a documentação, a auditoria e consolidação de fretes

são assuntos relevantes. Para transporte próprio, o despacho, o

balanceamento de carga e a roteirizarão são outros assuntos que devem ser

gerenciados. Algumas vezes, o gerente de tráfego deve associar a utilização

de transportes de terceiros com a frota própria.

Negociação de custo de frete

Uma boa parte do tempo é gasto com negociação de valores de

transporte com transportadoras. O gerente de transporte deve ficar antenado

com os valores de fretes publicados por transportadores, pois nunca devem ser

considerados como fixos. Muitos deles são valores médios derivados de

condições médias. Existem pelo menos quatro ocasiões típicas em que fretes

menores podem ser negociados com as transportadoras.

Produtos semelhantes

Há casos em que o custo do frete de um mesmo produto é diferente

entre duas empresas. No caso de o gerente de transporte se encontrar nessa

situação, saiba que ele tem o direito de exigir, da empresa, com a qual tem

parceria, a equiparação de valores. Isso só pode acontecer quando a rota da

empresa A for similar a da empresa B. Os produtos devem ser semelhantes em

termos de peso, volume, fragilidade e risco.

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Maior volume de carga

O gerente de tráfego também pode sugerir que fretes menores podem

resultar em um volume maior de carga, pois a empresa contratante fica mais

competitiva. Redução no frete pode ser conseguida se o lucro total para o

transportador for maior do que o conseguido com o frete original.

Grandes volumes

Um dos argumentos utilizados para redução de fretes é oferecer para o

transportador volume substancial de carga em troca de menores preços.

Essa diminuição pode ser justificada com base no maior fluxo

transportado

entre localizações específicas.

Pequenas cargas

O gerente de tráfego geralmente fica procurando caminhos alternativos,

para que possa reduzir o consumo total de transportes para a empresa. As

pequenas cargas representam uma oportunidade para isso. Elas têm fretes que

são proporcionalmente maiores que os fretes para carregamentos maiores, isto

é, têm fretes de unitários maiores. Caso pequenos carregamentos sejam

consolidados em cargas maiores, podem-se conseguir substanciais reduções

de custos. Quanto menor o tamanho do carregamento, maior o benefício da

consolidação. Há, entretanto, uma desvantagem típica em consolidar cargas.

Agregar maiores quantidades, para entregá-las de uma única vez, significa que

alguns pedidos deverão ser mantidos em espera. Isso pode piorar o nível de

serviço e causar alguma perda de receita para a empresa. Encontrar o ponto

de equilíbrio é justamente uma decisão do gerente de transporte.

Transporte próprio

No caso de empresas que optam pela utilização de transporte próprio,

elas podem comprar ou alugar (leasing) os equipamentos. Nem todos os

modais se prestam para o controle próprio. Algumas poucas companhias

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optam por comprar ou alugar oleodutos e ferrovias. Outras realmente possuem

seus próprios navios e aviões, geralmente usados para a movimentação de

carga. Comumente, a empresa que controla seu próprio transporte costuma ser

aquela que comanda uma frota de caminhões. Sendo assim, nossa atenção

será dirigida, em primeiro lugar, aos problemas associados às operações

rodoviárias.

7.3 Rota ou plano de viagem

Um método bem conhecido para traçar uma rota ou plano de viagem é o

do caminho mais curto, que pode ser calculado tanto manualmente como por

meio de computadores.

Um problema de rota também pode envolver múltiplas origens e

destinos. Deve ser resolvido considerando-se as restrições das capacidades de

suprimento nos pontos de origem (fontes) e das necessidades de produtos nos

pontos de destino (demandas), assim como os custos associados aos diversos

caminhos possíveis. É um problema comum, que ocorre ao roteirizar bens de

fornecedores às fábricas, de fábricas aos depósitos e de depósitos aos

clientes, é um subproblema da maioria dos problemas de localização industrial.

Ele é frequentemente resolvido mediante procedimentos matemáticos

populares, como programação linear. Esses procedimentos estão facilmente

disponíveis em muitos softwares comerciais.

7.4 Roteirização e programação de veículos

Quando uma firma possui frota própria, ela frequentemente encontra o

problema de despachar um veículo, a partir de uma base central, para uma

série de paradas intermediárias, devendo o veículo retornar então à base

central. Tal problema ocorre comumente em rotas aéreas de carga regionais,

operações de entregas de mercadorias, roteiros de ônibus escolar ou de

abastecimento de supermercados, a partir de um depósito central. Esse

problema está mostrado na figura.

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Figura: Roteamento de veículos a partir de um único armazém central

O problema de programação envolve (1) a determinação do número de

veículos envolvidos, (2) suas capacidades, (3) os pontos de parada para coleta

ou entrega em cada roteiro de um dado veículo e (4) a sequência das paradas

para coleta ou entrega. Um problema típico de roteirização, envolvendo muitas

paradas e veículos, o total de roteiros possíveis, é astronômico. Por isso,

princípios operacionais que resultem em boas soluções podem ser muito úteis.

Por exemplo: roteiros formando um desenho que lembre as pétalas de uma

margarida, ou seja, roteiros adjacentes não se tocam e nenhuma das rotas tem

caminhos que se cruzam (veja figura a seguir) representam um roteamento

ideal, no caso de o volume de carga em cada parada ser apenas pequena

parte da capacidade do veículo. Bons roteiros geralmente podem ser

conseguidos pela aplicação das seguintes regras:

1 - inicie o agrupamento pelo ponto (parada) mais distante do depósito;

2 - encontre o próximo ponto, tomando o ponto disponível que esteja mais

perto do centro (centroide) dos pontos no grupo. Agregue esse ponto ao grupo

(veículo), caso a capacidade do veículo não tenha sido excedida;

3 - repita o passo 2 até que a capacidade do veículo tenha sido atingida;

4 - sequencie as paradas de maneira a ter a forma de uma gota d’água;

5 - encontre o próximo ponto, que é a parada distante do depósito ainda

disponível e repita os passos 2 a 4;

6 - continue até que todos os pontos tenham sido designados.

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Figura: Padrão tipo "gota" para bons roteiros

O método acima descrito pode coerentemente gerar bons roteiros que,

usualmente, rivalizam com os objetivos por métodos e computacionais desse

problema.

Despacho de veículos

Despachar caminhões para apanhar ou entregar mercadorias poderia

ser considerado como um problema semelhante ao da roteirização de veículos.

A principal diferença com a roteirização é que, nesta última, assume-se que os

volumes de carga e as paradas são conhecidos antes de determinar a

programação. Na prática, isso não ocorre sempre. A demanda por transporte

pode acontecer enquanto os veículos percorrem suas rotas.

Esse é o caso para algumas atividades bem conhecidas, como táxis,

veículos dos correios que fazem coleta e entrega de correspondências e

viaturas policiais. A chave para esse tipo de problema é a capacidade de

direcionar os veículos à medida que a demanda ocorre. Uma maneira de fazê-

lo é dirigir os veículos à parada mais próxima adequada às suas capacidades.

Sequenciação de roteiros

Por vezes, o gerente de transporte pode estar menos interessado no

projeto dos roteiros e mais na minimização da quantidade de caminhões

necessários para atender uma dada programação. Isso exige a sequenciação

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dos roteiros, de maneira que possa minimizar o tempo ocioso no programa e,

portanto, a quantidade de caminhões necessária.

Reflita

Para ilustra melhor, imagine que uma indústria de bebidas envia produtos

acabados de sua planta para nove armazéns. Os caminhões são enviados com

carga completa. Tanto o tempo de viagem como o de descarga é bastante

previsível. Cerca de 150 entregas (rotas) são programadas semanalmente. A

tarefa do programador era sequenciar esses roteiros de modo que houvesse o

menor número de veículos possível para atender o programa.

Balanceamento de viagens com e sem carga

Uma preocupação comum no gerenciamento de uma frota é o

balanceamento das perdas de ida e de retorno. Um caminhão pode partir do

seu depósito totalmente carregado para realizar uma entrega e, após executá-

la, retornar completamente vazio. Para melhor utilizar seu equipamento, os

gerentes de tráfego conscientizaram-se do uso da viagem de retorno para

transportar mercadorias para o depósito, geralmente a partir dos fornecedores

da própria companhia. Desde a desregulamentação, as companhias têm

passado a operar dessa forma. Portanto, a programação de veículos tornou-se

também um problema de integrar fretes de retorno com a distribuição de

produtos.

A função de administrador de tráfego consiste em traçar a roteirização,

analisar os custos de transporte e prever diversos fatores que podem

desencadear no atraso da chegada do produto. É uma área da administração

em franca ascensão e que só tende a crescer nos próximos anos com o

aumento do mercado consumidor.

Conseguimos compreender, neste capítulo, que os custos com

transporte, quando bem gerenciados, podem resultar em uma grande

economia no preço final do produto. Isso acaba justificando a busca do

mercado pelo profissional especialista no campo logística. A sua função está

em selecionar o tipo de transporte por meio de cálculos matemáticos que

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possam mostrar o custo mais próximo do real possível para a empresa com o

transporte de mercadorias, visto que, a longas distâncias, a variação de custos

pode ocasionar altos valores, caso o cálculo esteja errado.

Resumo

No nosso último capítulo, nós conhecemos sobre os principais tópicos a

serem analisados na hora da escolha de um modal para transporte dos

produtos da empresa até o consumidor final.

Iniciamos com a discussão de que o modal pode ser próprio ou de

terceiro. Em seguida, estudamos sobre a importância da negociação do frete;

sobre a acomodação de produtos semelhantes na carga; como o volume de

carga pode influenciar no valor do frete; que sejam em grandes volumes ou

pequenas cargas, se gerenciado de modo a ser compatível com o tipo de

modal e distância a percorrer, podemos economizar no transporte. Logo,

adiante, vimos que, às vezes, é interessante que a organização tenha uma

frota própria.

Por último, estudamos sobre a roteirização, que nada mais é que definir

rotas para os transportes a serem realizados, ou seja, fazer planos de viagem

conciliando a saída do produto do depósito e criando roteiros que economizem

tempo e garanta qualidade no produto que será entregue ao consumidor.

Atividades

1. Quando uma firma possui frota própria, frequentemente se depara com a

situação de despachar um veículo a partir de uma base central para uma série

de paradas intermediárias, devendo o veículo retornar à base central. Vemos,

portanto, que o problema de programação envolve diversos fatores, entre eles

a) a determinação do número de veículos envolvidos.

b) a cor do veículo utilizado.

c) o número de veículos dos concorrentes que trafegam nesses horários.

d) a uniformização dos funcionários da logística.

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2. A administração terceirizada de transportes difere da utilização do transporte

pela própria frota da empresa. Em relação aos aspectos que devem ser

considerados nesta escolha, é correto afirmar que

I - uma boa parte do tempo é gasto com negociação de valores de transporte

com transportadoras.

II - o custo do frete de um mesmo produto é sempre igual entre duas empresas.

III - a redução no frete pode ser conseguida, se o lucro total para o

transportador for maior do que o conseguido com o frete original.

IV - manter pedidos em espera, com o fim de agregar maiores quantidades

para entregá-las de uma única vez, não compromete o nível do serviço.

Estão corretas, apenas as afirmativas

a) I, e III.

b) I, II e IV.

c) III e IV.

d) I, II, III e IV.

3. A administração de tráfego ou de transportes tem como principal

responsabilidade garantir, diariamente, que as operações de transporte sejam

executadas eficaz e eficientemente. Em decorrência disso, o gerente de

transportes tem inúmeras decisões e cuidados a enfrentar. Analise as

afirmativas a seguir, relacionadas à administração de tráfego.

I - Um dos principais problemas enfrentados pelo gerente de transportes é a

seleção do operador que vai transportar as mercadorias da empresa.

II – A opção mais adequada em relação ao transporte é a utilização de frota

própria.

III - Apesar de o transporte aéreo ser mais barato que o terrestre, este último

tem menor custo total, em razão dos efeitos dos custos de manutenção de

estoque.

IV – No caso de se definir pelo transporte próprio, o despacho, o

balanceamento de carga e a roteirizarão são assuntos que devem ser

gerenciados.

Estão corretas, apenas, as afirmativas

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a) I, e III.

b) I, II e IV.

c) I e IV.

d) I, II, III e IV.

4. Muitos empresários utilizam frota própria, outros optam por terceirizar o

transporte. Faça uma pesquisa com empresários que você conheça, com vistas

a conhecer a utilização dos dois meios citados. Questione sobre que tipo de

transporte eles utilizam e por quais motivos fizeram esta escolha.