4.6.6 produtos finais c) d) - cprh.pe.gov.br · como existe a necessidade de serem...

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218 4.6.6 Produtos Finais a) 48 Ortofotocartas em escala 1:2. 000 editáveis no software MapInfo; b) 48 Ortofotocartas em formato de impressão pdf; c) Conjunto de mapas temáticos editáveis no MapInfo correspondentes aos temas de cobertura vegetal, vias de acesso, rede hidrográfica, habitações no interior da reserva, áreas cultivadas. d) Modelo Digital de Terreno editável no MapInfo com módulo Vertical Mapper. 5. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA DE AMORTECIMENTO 5.1 Avaliação dos impactos sobre o entorno. O critério utilizado para identificação da Zona de Amortecimento foi o da Resolução CONAMA 13/90, onde o limite de 10km ao redor da Unidade deverá ser o ponto de partida para a definição da Zona, a partir deste limite vai-se aplicando critérios para a inclusão, exclusão e ajuste de áreas da zona de amortecimento, aproximando-a ou afastando-a da Unidade. 2 O Zoneamento constitui-se em um instrumento de manejo que apóia a administração na definição das atividades que podem ser desenvolvidas em cada setor, orienta as formas de uso das diversas áreas, ou mesmo proíbe determinadas atividades por falta de zonas apropriadas. A transição de zonas de proteção e pouca intervenção para aquelas com menor nível de proteção e com grande interferência humana, deve- se dar de forma harmônica e gradual, passando, de preferência, pelas categorias intermediárias de zonas. Como existe a necessidade de serem “amortecidos” os impactos das atividades de uma zona para outra, dentro de uma Unidade de Conservação, é preciso “frear-se” os efeitos das atividades externas às Unidades de Conservação sobre o interior desta. Muitas Unidades de Conservação tem seus limites caracterizados por mudanças drásticas entre a natureza e a agricultura, a produção madeireira ou o desenvolvimento urbano.

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Page 1: 4.6.6 Produtos Finais c) d) - cprh.pe.gov.br · Como existe a necessidade de serem “amortecidos” os impactos das atividades ... produção madeireira ou o desenvolvimento urbano

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4.6.6 Produtos Finais

a) 48 Ortofotocartas em escala 1:2. 000 editáveis no software MapInfo;

b) 48 Ortofotocartas em formato de impressão pdf;

c) Conjunto de mapas temáticos editáveis no MapInfo correspondentes

aos temas de cobertura vegetal, vias de acesso, rede hidrográfica,

habitações no interior da reserva, áreas cultivadas.

d) Modelo Digital de Terreno editável no MapInfo com módulo Vertical

Mapper.

5. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA DE AMORTECIMENTO 5.1 Avaliação dos impactos sobre o entorno.

O critério utilizado para identificação da Zona de Amortecimento foi o da

Resolução CONAMA 13/90, onde o limite de 10km ao redor da Unidade deverá

ser o ponto de partida para a definição da Zona, a partir deste limite vai-se

aplicando critérios para a inclusão, exclusão e ajuste de áreas da zona de

amortecimento, aproximando-a ou afastando-a da Unidade. 2

O Zoneamento constitui-se em um instrumento de manejo que apóia a

administração na definição das atividades que podem ser desenvolvidas em

cada setor, orienta as formas de uso das diversas áreas, ou mesmo proíbe

determinadas atividades por falta de zonas apropriadas.

A transição de zonas de proteção e pouca intervenção para aquelas com

menor nível de proteção e com grande interferência humana, deve- se dar de

forma harmônica e gradual, passando, de preferência, pelas categorias

intermediárias de zonas.

Como existe a necessidade de serem “amortecidos” os impactos das atividades

de uma zona para outra, dentro de uma Unidade de Conservação, é preciso

“frear-se” os efeitos das atividades externas às Unidades de Conservação

sobre o interior desta. Muitas Unidades de Conservação tem seus limites

caracterizados por mudanças drásticas entre a natureza e a agricultura, a

produção madeireira ou o desenvolvimento urbano.

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Nesses casos é necessária a determinação de um gradiente de zonas, não

sendo recomendável estabelecerem-se zonas de alto grau de proteção em

áreas que farão limites com aglomerados urbanos ou com quaisquer outras

atividades antrópicas (Miller 1980).

Para facilitar a identificação da Zona de Amortecimento, bem como áreas de

significância utilizaram-se o georeferenciamento dos limites e de marcos no

campo (como sedes dos engenhos, trechos do rio, barragens, cultivos, etc...).

Os pontos georeferênciádos são apresentados nas figuras 89 e 90, juntamente

com a definição de cada elemento.

Nas tabelas 25 e 26 são descritos os pontos negativos e positivos encontrados

no entorno da Reserva.

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Pontos Georreferenciados Dentro e no Entorno da Reserva de Gurjaú

Dentro da Reservade Gurjaú:

FIMSAO - Fim do Engenho São Salvador;

LIA - Casa de Lia;

SAOSEC - Limite do Engenho São Salvador e Sucupema;

VLSTCZ - Valado na estrada para Engenho Canzanza;

SAOJAC - Limite do Engenho São Salvador e Jacobina;

PEDRAG - Pedra grande próxima ao açude São Salvador;

ENSAOS - Engenho São Salvador - sede casa de Valério;

JOAO - casa do Sr. João;

SAOBAR - limite do Engenho São Salvador e Barbalho;

ESCOLA - escola Dr. Eudes Sobral;

MATADE - Mata do Dé;

GERSON - Mata do Gerson;

MACFRA - marco de ferro A;

MACFRB - marco de ferro B;

MACFRC - marco de ferro C;

MACFRD - marco de ferro D;

EDU - casa de Edu;

CERCA - cerca próxima a casa de Edu;

SIRI - Mata da Siri;

TRISUC - trilha de Sicupema;

PIRIQ - mata do periquito;

PIER - píer na barragem sicupema;

DQESFR - dique da estrada de ferro;

ISAC - mata de Isaque;

ESTFR - estrada de ferro no gurjaú;

NONO - sítio do Nono;

SANTIN - casa Sr. Santino;

MATA-C - Mata do Caul;

CASAAL - Casa do Sr. Aluízio de Azevedo;

CANIL - Canil nas proximidades do riacho do cuchio;

VIVER - Viveiro de peixes em Porteira Preta;

POTÃO - Casa limite de Porteira Preta com lotistas;

GRANPS - Granja de Pau Santo;

SITIOL - Sítio do Sr. Luiz;

VALE-G - Vale do gás;

BARRAG - Barragem de tratamento de água;

ETA - Estação de Tratamento de Água;

CACHO - Cachoeira no gurjaú, após a barragem.

Entorno da Reserva de Gurjaú:

USINA - Usina Bom Jesus;

ENROCA - Engenho Roça Velha (sede);

RICO - Engenho Rico (sede);

ENSECO - Engenho Secopemanha (sede);

IGRAJA - Igreja São Brás / Engenho São Braz (sede);

ENMONT - Engenho Monte (sede);

ENCOIM - Engenho Coimbra (sede);

ENJAC - Engenho Jacobina (sede);

ENGUBX - Engenho Gurjaú de Baixo (sede);

RIOB - Engenho Gurjaú de Cima (sede) próximo a ponte sobre o rio gurjaú;

ENNVCC - Engenho Novo da Conceição;

JABMOR - Limite municipal Jaboatão e Moreno;

LAVRAD - Engenho Pedra Lavrada (sede);

VIVMAC - Viveiro próximo ao Morro da Macambira;

PADRES - Colônia dos padres no município de Jaboatão;

PRJABT - Prefeitura de Jaboatão do Guararapes.

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22

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22

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22

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229

5.3 Diagnóstico da Zona de Amortecimento

Caracteriza-se como Zona de Amortecimento o entorno de uma Unidade de

Conservação onde as atividades humanas são sujeitas a normas e restrições

específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a

Unidade (Lei nº 9.985/2000 Art 2º inciso XVIII do SNUC).

Utilizou-se como critério para a definição do diagnóstico da zona de

amortecimento o chamado ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA (EIV),

usando-se como metodologia critérios para inclusão ou não inclusão de

determinados locais para compor a Zona de Amortecimento, identificando

fatores bióticos e abióticos, visando reconhecer usos conflitantes e permitidos

em uma UC.

O zoneamento é identificado como definição de setores ou zonas em uma

Unidade de Conservação com objetivos de manejo e normas específicas, com

o propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os

objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz (Lei

nº 9.985/2000 Art. 2º inciso XVI do SNUC).

Tendo como base esses parâmetros, o objetivo desse levantamento é dar

subsídio ao plano de manejo no que diz respeito ao Zoneamento “que constitui

um instrumento de ordenamento territorial, usado como recurso para se atingir

melhores resultados no manejo da Unidade, pois estabelece usos

diferenciados para cada zona, segundo seus objetivos. Obterse-á, desta forma,

maior proteção, pois cada zona será manejada seguindo-se normas para elas

estabelecidas”.

Estando a Reserva inserida em três Municípios (Cabo de Santo Agostinho,

Moreno e Jaboatão dos Guararapes), fez-se um estudo dos principais critérios

visualizados por Município.

Abaixo estão descritos os critérios físicos e indicativos que foram selecionados

por se apresentarem sempre freqüentes em todos os locais analisados para a

caracterização da Zona de Amortecimento:

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230

1- Grau de Conservação da vegetação: O menor grau de degradação da

vegetação geralmente condiciona o menor grau de degradação da fauna

e dos solos. Ao contrário, quanto mais degradada estiver a vegetação de

uma área, maiores interferências já teriam sofrido a fauna local e

provavelmente também os solos. O que se buscou identificar ao

caracterizar esse critério foi identificar fragmentos que possam compor

corredores ecológicos onde as áreas mais conservadas deverão conter

zonas de maior grau de proteção, visando não só proteger a vegetação

como também o solo e a fauna local;

2- Caracterização Abiótica: Este critério está condicionado pela

identificação de micro-bacias dos rios que fluem para a Unidade de

Conservação, considerando quando possível os seus divisores de água,

açudes, riachos e nascentes (principalmente aquelas formadoras de

drenagens significativas), bem como pela caracterização do solo;

3- Diversidade Biótica: Tendo como base informação de moradores da

área e observações in locu, esse critério visa observar e obter dados

com relação à riqueza e/ou diversidade de espécies animais e vegetais

que ocorrem na zona de amortecimento.;

4- Áreas limítrofes à Reserva e limites identificados: Identificação de

áreas naturais preservadas, com potencial de conectividade com a

Unidade de Conservação; remanescentes de ambientes naturais

próximos à Unidade que possam funcionar ou não como corredores

ecológicos, dependendo do limite identificado. São considerados

critérios para não inclusão na zona de amortecimento, limites

identificáveis tais como: linhas férreas, estradas, rios e outros de

visibilidade equivalente; áreas urbanas já estabelecidas e

empreendimentos de utilidade pública cujos objetivos conflitam com os

objetivos da UC como: linhas de transmissão, gasodutos, barragens,

vias férreas e estradas;

5- Infra-Estrutura, História, Cultura/Agropecuária e Social: Identificação

de locais de desenvolvimento de projetos e programas federais,

estaduais e municipais que possam afetar a unidade de conservação

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231

(assentamentos, projetos agrícolas, pólos industriais, grandes projetos

privados). Identificação de escolas, postos de saúde, ruínas de

construções históricas, presença de construções antigas que

caracterizem sítios históricos;

A seguir, foram relacionados os critérios identificados na Zona de

Amortecimento separados por Municípios que abrangem a Unidade de

Conservação. Para uma melhor visualização, os dados estão descritos

nas tabelas 28, 29 e 30.

Tabela 28 - Caracterização do Entorno no Município do Cabo de Santo Agostinho.

CRITÉRIOS DESCRIÇÃO DA ÁREA ANALISADA Grau de conservação de

vegetação

Médio, pois está representada em pequenos fragmentos de mata. Apresentando diversidade de espécimes vegetais tais como: Sucupira, Imbiriba, Camaçari, Amescla, Pau Pombo, Pau Ferro, Cupiúba, Sambaquim, Embaúba, Visgueiro, Dendê, Praíba, Murici, Pororoca. Na maioria da área, há predominância de plantações de cana-de-açúcar, além de grandes plantações de macaxeira, bananeiras, coqueiros, entre outras culturas de subsistência.

Hidrografia e Hidrologia Açúdes (Engenho Bom Jardim; Engenho Guerra; Engenho Pirapama; Engenho Rico) Barragens natural (Pirapama) e artificiais (viveiros de peixes); presença de muitas nascentes e olhos d’água; pequenas quedas d’água; efluentes do Rio Gurjaú.

Diversidade Faunística (De acordo com entrevistas aos moradores)

Aves: jandaia, curió, tucano, ferreiro, sangue de boi, rolinha, cabeça preta, periquito, chorão, canário, curió, caboclinho, sabiá, galo de campina, concriz, etc); Répteis: Cobras (siri,jararaca, cascavel, caiana, coral), jacaré, cágado; Mamíferos:gato maracajá, preguiça, quati, papa-mel, lobo guará, raposa, timbu, tatu, cotia, paca, cachorro do mato, guará, raposa, tamanduá bandeira, capivara, gato do mato.

Áreas limítrofes à Reserva e limites identificados

Engenho Guerra; Engenho Rico (marcos de ferro); Engenho Pau Santo (estrada); Engenho Retiro (Riacho do Cafofo); Engenho São Pedro (Estrada de Rodagem Pau Santo, Rio São Pedro, Rio Mato Grosso); Engenho Velho (BR PE- 60); Engenho Jacobina (marcos de pedra).

Infra-Estrutura Histórica/ Social e Cultural/Agropecuária

Engenho Guerra: Casa Grande, onde funciona uma Escola Municipal e o Centro de Saúde Bem Vinda Siqueira Santos (mantida pela Usina Bom Jesus). Engenho Rico: Não existe Casa Grande; Escola Municipal Rural Engenho Rico; Igreja Assembléia de Deus. Engenho Roças Velhas: Escola Municipal Profa Maria Laura dos Santos (1° a 4° série); 1 Igreja Batista. Engenho Jacobina: Casa Grande. Engenho Serra: Escola Municipal Angélica Mendes (1a a 4a série); presença de viveiros de peixes e ranário; São Caetano: Casa Grande; Capela; Arruado. Engenho Monte: Não possui Casa Grande; Escola

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232

Municipal Desembargador Álvaro Simões Barbosa (1a a 4a

série); cercos com criação de gado e cavalo. Engenho São Braz: Casa Grande conservada; ruínas da Igreja; arruado de casas. Engenho Bom Jardim: Não há Escola; Existe uma Casa Grande que apresentou-se bastante conservada; a capela coexiste acoplada a esta e tem o nome de Capela de São José. Engenho Tobé: A Casa Grande não existe mais; Presença de várias casas; Escola Municipal Estreliano de Souza Leão (esta faz referência ao nome do antigo dono deste Engenho-1a a 4a

série); Igreja Assembléia de Deus. Engenho Novo: Escola Municipal Profo José Joaquim de Oliveira (1ª a 4ª séries); Associação Comunitária dos Pequenos Produtores dos Engenhos Novo, Serra e Adjacências (ACPENSA); Associação dos Pequenos Produtores do Baixo Pirapama; Viveiros de tilápia e tambaqui; criação de gado e cavalos; Engenho Velho: Igreja Santo Antônio do Monte. Engenho Retiro: Existe apenas a base antiga da Casa Grande. São Pedro: pesquisar mais informações. Engenho Capim de Cheiro: Escola Manoel Nascimento de Souza Leão (1ª a 4ª série); Engenho Pau Santo:aviário que funciona com sistema de integração com a PAVANE; psicultura; apicultura; agroindústria (casa de farinha); Escola Municipal Dr. Humberto Costa; Posto de Saúde José Alexandrino Ferreira da Silva; Associação dos Agricultores do Engenho Pau Santo. Engenho Matas: Casa Grande conservada; Igreja; Escola Engenho Matas (1ª a 4ª série). Engenho Coimbra: Casa Grande conservada; Igreja; cercos com pasto e gado.

Projetos e Programas Governamentais.

Bolsa Escola, o PETI e Educação Jovens e Adultos. Tele Sala; Bolsa Escola Federal; PETI ; EJA (Educação Jovens e Adultos); Bolsa Alimentação; Vale-Gás; Sementeira Projeto Ecopirapama; PRONAF (renda familiar).

Áreas sujeitas a processos de erosão e escorregamento de massas

Locais com queimadas para colheita da cana-de-açúcar e para replantio de outras culturas com subtração da mata.

Fatores externos que comprometem os aqüíferos, solo e subsolo.

Despejo de efluentes domésticos por conta da ausência de fossas sépticas; poluição gerada pela moagem da cana; contaminação do solo pelo uso de adubação química , herbicidas e agrotóxicos; limpeza dos tanques de decantação da Compesa; despejo de caminhões limpa-fossas nos riachos e divisores de água do Rio Gurjaú.

Áreas de risco de expansão urbana

Crescente especulação imobiliária, com casas ao longo de todo percurso dos Engenhos deste Município, inclusive com a construção de novas casas; vários lotes com casas bem estruturadas (granjas e sítios), estradas regulamentadas pela prefeitura do Cabo, inclusive com linhas de ônibus; várias invasões de terra e alguns assentamentos regulamentados.

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- 233 -

Tabela 29 - Caracterização da Zona de Amortecimento no município de Jaboatão dos Guararapes

CRITÉRIOS DESCRIÇÃO DA ÁREA ANALISADA Grau de conservação de vegetação Médio, pois está representada em pequenos fragmentos

de mata presentes aos Engenhos Camaço (dos 80ha pertencentes à reserva, restam apenas 35 ha de mata) .

Caracterização Abiótica Hidrografia e Hidrologia: presença de poucos olhos d’água (2 destes com grande vasão no Engenho Barbalho); cacimbas; riachos, barragem artificial. Solo:

Diversidade Faunística (De acordo com entrevistas aos moradores)

Aves: curió, patativa, bem-te-vi, sanhaçu, canário. Répteis: Cobras (cascavel, papa ova, jararaca, jibóia, salamandra); jacaré; Mamíferos: tamanduá, sagui, papa-mel, tatu, cotia, paca, guará, raposa, capivara.

Áreas limítrofes à Reserva e limites identificados

Engenho Barbalho (limite com os Engenhos São Salvador); Engenho Secupema (o limite é um riacho).

Infra-Estrutura Histórica, Social e Cultural/Agropecuária.

Engenho Secupema: não existe mais a Casa Grande, possui uma Escola; Engenho Camaço: Casa Grande desabitada, Escola Municipal, Associação dos Agricultores do Assentamento Santo Amaro (AASA), Associação dos Empreendedores do Assentamento Santo Amaro (AESA); Engenho Salgadinho: Casa Grande, monocultura da cana-de-açúcar. Engenho Barbalho: Casa Grande abandonada.

Locais de desenvolvimento de projetos e programas federais, (estaduais e municipais).

Engenho Secupema: Projeto Bolsa Escola Federal, PETI; Engenho Camaço: Assentamento Incra; Engenho Salgadinho: não há projetos; Engenho Barbalho: Bolsa Escola.

Tabela 30 - Diagnóstico no entorno no Município de Moreno.

CRITÉRIOS DESCRIÇÃO DA ÁREA ANALISADA Grau de conservação de vegetação Baixo, pois está representada em pequenos

fragmentos de mata nos engenhos.

Hidrografia e Hidrologia 1 açude (Engenho Gurjau de Cima); presença de poucas nascentes e olhos d’água; pequena queda d’água; alguns efluentes do Rio Gurjau.

Diversidade Faunística (De acordo com entrevistas aos moradores)

Aves: caboclinho, sabiá, etc; Répteis: Cobras(cascavel, siri, casco de burro), jacaré; Mamíferos:tatu, cotia, paca, guará, raposa, capivara.

Áreas limítrofes à Reserva e limites identificados

Engenho Canzanza (Um rio e alguns marcos limitam este ao Engenho São Salvador).

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- 234 -

Infra-Estrutura Histórica, Social e Cultural/Agropecuária.

Engenho Gurjaú de Baixo: Casa Grande Conservada; Escola Municipal; Posto Médico e Odontológico; cercos com criação de gado; cavalos e búfalos; Engenho Gurjaú de Cima:Casa Grande conservada e Escola Municipal. Engenho Canzanza: Casa Grande em ruínas, Associação de Pequenos Produtores do Engenho Canzanza; Escola Municipal de 2° Grau Engenho Canzanza. Novo da Conceição: Casa Grande; Escola Municipal Escola Minha Nossa Senhora da Conceição; cercos com criação de búfalos).

Projetos e Programas Governamentais. Projeto Bolsa Escola Federal; PETI; Agente Jovem.

Fatores externos que comprometem os aqüíferos, solo e subsolo.

Despejo de efluentes domésticos por conta da ausência de fossas sépticas; contaminação do solo pelo uso de adubação química na cana-de-açúcar e herbicidas e agrotóxicos.

Áreas de risco de expansão urbana No Engenho Canzanza existe um Assentamento do INCRA.

5.4 Recomendações

De acordo com observações realizadas “in locu” na Reserva, durante esse

período de diagnóstico pudemos observar que se faz necessário algumas

definições urgentes para que se dê andamento às ações de reclassificação e

implantação desta Unidade.

Para que as ações de implantação tenham os resultados planejados,

sugerimos algumas interferências:

Delimitar a área da Reserva;

Definir o aceiro com entorno imediato evitando as queimadas ocasionais

por motivo de colheita da cana-de-açúcar;

Definir a situação das propriedades particulares de veraneio localizadas

no interior da Reserva;

Disciplinar o cultivo de lavoura branca;

Retirada de lavoura às margens dos açudes e ilhas;

Recomposição da mata ciliar;

Cadastramento da população da Reserva;

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- 235 -

Educação Ambiental com a comunidade do entorno imediato (ações

prolongadas);

Reunião da comunidade com órgãos envolvidos;

Formação de conselhos consultivos ou conselhos de gestão, envolvendo

os principais atores na área de influência da Unidade.

As dificuldades financeiras, a falta de mão-de-obra em vários setores, a falta de

maiores conhecimentos a respeito da gestão em áreas protegidas e outros

entraves burocráticos dificultam a administração do atual órgão gestor da

Unidade o que favorece a degradação ambiental na Reserva.

Seria uma alternativa pensar na possibilidade de uma co-gestão com órgãos

públicos e privados, fundações ou ONG’S, uma vez que as experiências têm

mostrado que o melhor manejo que temos assistido hoje em campo é em geral

daquelas Unidades de Conservação que estão com processos de gestão

compartilhada, como é o caso da RPPN do SESC Pantanal (a maior do país)

ou como a Reserva Natural de Salto Morato da Fundação O Boticário de

Proteção à Natureza.

5.5 Característica da população no entorno

Esta parte apresenta resultados de censos realizados nos municípios de

influência da Reserva e de interesse para o Planejamento da Unidade, cujo

objetivo é fornecer uma leitura informativa e ilustrativa da situação populacional

dos municípios envolvidos. O entendimento da dinâmica demográfica existente

tanto no entorno quanto no interior da Reserva é de extrema importância para

subsidiar a elaboração do seu planejamento e zoneamento. Serão objetos

dessa caracterização os municípios do Cabo de Santo Agostinho, Moreno e

Jaboatão dos Guararapes por serem os abrangidos pela Reserva. Todas as

informações aqui lançadas são oriundas do Censo IBGE (2000).

Cabo de Santo Agostinho

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O município do Cabo de Santo Agostinho localiza-se a uma latitude sul de 8º

17’ 15” e uma longitude Oeste de Greenwich de 35º 02’ 00” e possui uma área

de 446,5 Km2 , equivalente a 0,45% do territorio Estadual que é de 98.281 km2.

Limita-se ao Norte com os municípios de Jaboatão dos Guararapes e Moreno,

ao Sul com os municípios de Ipojuca e Escada a Leste com o Oceano Atlântico

e a Oeste com Vitória de Santo Antão. Dos 1.340,72 ha , 587,92 ha estão

inseridos dentro deste Município (43,851%).

Figura 88 - Distribuição da população do Município do Cabo de Santo Agostinho em área urbana e rural.

População residente no Cabo de Santo Agostinho

88%

12%

População Urbana

População Rural

Tabela 31 - População residente no Município de Cabo de Santo Agostinho

Município População Urbana População Rural

Cabo de Santo Agostinho 134.486 18.491

Fonte: Censo IBGE- 2000

Jaboatão dos Guararapes

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O município de Jaboatão dos Guararapes localiza-se a uma latitude sul de 8º

11’ 27,8” e uma longitude Oeste de Greenwich de 35º 01’ 4,72” e possui uma

área de 256 Km2 , equivalente a 0,26% do território Estadual. Limita-se ao

Norte com os municípios de São Lourenço da Mata e Recife, ao Sul com o

município do Cabo de Santo Agostinho a Leste com o Oceano Atlântico e a

Oeste com Moreno. Dos 1.340,72 ha que possui a Reserva Ecológica de

Gurjaú, 472,76 ha estão inseridos dentro deste Município (35,261%).

Figura 89 - Distribuição da população do Município de Jaboatão dos Guararapes em área urbana e rural.

População Residente em Jaboatão dos Guararapes

98%

2%

População Urbana

População Rural

Tabela 32 - População residente no Município de Jaboatão dos Guararapes

Município População Urbana População Rural

Jaboatão dos Guararapes 568.474 13.082

Fonte: Censo IBGE- 2000

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Moreno

O município de Moreno localiza-se a uma latitude sul de 8º 11’ 8,61” e uma

longitude Oeste de Greenwich de 35º 09’ 22,2” e possui uma área de 191 Km2

, equivalente a 0,19% do território Estadual. Limita-se ao Norte com o município

de São Lourenço da Mata ,ao Sul com o município de Cabo de Santo

Agostinho a Leste com o município de Jaboatão dos Guararapes e a Oeste

com o município de Vitória de Santo Antão. Dos 1.340,72 ha que possui a

Reserva Ecológica de Gurjaú, 280,04 ha, estão inseridos dentro deste

Município (20,887%).

Figura 90 - Distribuição da população do Município de Moreno em área urbana e rural.

População Residente em Moreno

78%

22%

População Urbana

População Rural

Tabela 33 - População residente no Município de Moreno

Município População Urbana População Rural

Moreno 38.294 10.911

Fonte: Censo IBGE- 2000

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Evolução da População

Tomando como base os dados do IBGE, verifica-se que os 03 (três)

municípios abrangidos pela Reserva tiveram uma projeção de crescimento nas

décadas de 80/90 menores que nas décadas de 70/80, consolidando um baixo

nível de natalidade e caracterizando um crescimento negativo ao longo dos

últimos 20 anos como mostra a tabela 34. A tabela 35 mostra a taxa de

crescimento anual (2000) dos mesmos municípios caracterizando um aumento

significativo em termos de percentagem já que o crescimento anual do Estado

de Pernambuco foi de 1,69% (Censo IBGE 2000).

Tabela 34 - Projeção de Crescimento Populacional

Município 1970/1980 (%) 1980/1991(%)

Cabo de Santo Agostinho 3.21 1.82

Jaboatão dos

Guararapes

5.09 3.59

Moreno 1.11 1.03

Fonte: IBGE

Tabela 35 - Taxa de crescimento populacional anual

Município 2000 (%)

Cabo de Santo Agostinho 2.08%

Jaboatão dos Guararapes 2.30%

Moreno 3.29%

Fonte: IBGE

5.6 População residente na Reserva Ecológica de Gurjaú

Segundo informações do IBGE toda a Reserva está inserida em área Rural

cuja maioria dos dados populacionais não se encontram disponíveis, o que

deixa o trabalho incompleto. O referido órgão utiliza-se do termo técnico “Setor

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Censitário” para delimitar as áreas rurais do local onde o Censo é realizado.

Partindo dessa metodologia, foram selecionados 02 setores censitários, nos

Municípios de Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, o

município de Moreno não foi contemplado por se tratar de distrito único, ou

seja, abrange informações de todo o Município, fugindo da realidade dos

moradores da Reserva. O objetivo deste trabalho é de obter dados específicos

sobre a população residente dentro da Unidade como mostra a tabela 36. Os

setores censitários escolhidos foram:

Cabo de Santo Agostinho: 2602902150028

Jaboatão dos Guararapes: 2607901150083

Tabela 36 - População residente dentro da Reserva por sexo, de acordo com dados do Setor Censitário.

CABO JABOATÃO

Distrito 15 Distrito 15

Setor 028 Setor 083

Pessoas Residentes 871 Pessoas Residentes 925

Masculino 444 Masculino 485

Feminino 427 Feminino 440

Domicílios 200 Domicílios 238

De acordo com o Censo 2000 do IBGE, as quantidades de moradores nos 3

Municípios abrangidos pela Reserva são:

Cabo de Santo Agostinho: 152.977

Jaboatão dos Guararapes: 581.556

Moreno: 49.205, totalizando 783.738 moradores

Na contagem preliminar dos Setores Censitários, excluindo o Município de

Moreno, chega-se ao total de 1.796 moradores dentro da Reserva

caracterizando 0,23% da População total residente nos três municípios, como

mostra a figura .

Figura: 91

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Percentual de moradores residentes nos 3 Municípios e na Reserva Ecológica de Gurjau

100%

0%

População Residente nos 3MunicípiosPopulação Residente nosSetores Censitários

No momento, qualquer tentativa de estimar a população existente no interior da

Reserva é arbitrária, pois por problemas burocráticos ainda não pudemos ter

acesso às informações no IBGE, por se tratarem de informações não

disponíveis para o grande público, só sendo possível acessá-las por meio de

assinatura paga do Programa que trata especificamente de setores rurais onde

toda a Reserva está localizada.

6. ATIVIDADES DEGRADANTES NA RESERVA ECOLÓGICA DE GURJAÚ

As relações do homem com a natureza são tão antigas quanto à própria

existência da humanidade. No princípio, a interferência do homem nos

ecossistemas era mínima ou não existia, uma vez que suas ações de coleta

eram limitadas e as caças eram equivalentes às de quaisquer animais

predadores. O processo civilizatório, entretanto, introduziu conceitos de maior

rendimento nas atividades de pastoreio e agricultura, implicando em alterações

significativas no relacionamento homem/recursos naturais. Aliado a isto, o

processo de urbanização transformou (mais drasticamente) os ecossistemas,

trazendo fatores externos que alteraram profundamente o equilíbrio da

biosfera.