4.0 prevenção da infecção - e-bug.eu vaccines... · outro meio de ajudar o sistema imunitário...

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Todos os alunos: Descobrem que as vacinas ajudam a prevenir uma série de infecções bacterianas e virais Percebem que não existem vacinas para todas as infecções Aprendem que as infecções que eram mais comuns antigamente são hoje raras por causa das vacinas Aprendem que as infecções mais comuns hoje em dia não são evitadas pelas vacinas Palavras-Chave Antibodies Antigen Epidemic Herd immunity Materiais Necessários Cópia de SH 1 Objectivos Pedagógicos O nosso sistema imunitário combate os micróbios patogénicos que entram no organismo. O repouso adequado, a alimentação correcta e um sono reparador, todos eles ajudam o nosso sistema imunitário a trabalhar melhor e prevenir as infecções. Outro meio de ajudar o sistema imunitário é através da vacinação. As vacinas são usadas para prevenir e NÃO para tratar as infecções. A vacina é feita habitualmente com versões atenuadas ou inactivas dos micróbios nocivos. Nalguns casos são feitas de células similares, mas não iguais ao micróbio nocivo que causa a doença. Quando as vacinas são injectadas no organismo o sistema imunitário ataca as células da vacina, como se fossem os verdadeiros micróbios nocivos. Os glóbulos brancos (GB) criam muitos anticorpos para atacar os antigénios contidos na superfície celular das células vacinais. Como a vacina é uma versão extremamente atenuada do micróbio os GB eliminam facilmente todas as células vacinais, sem que a pessoa adoeça. Em consequência o sistema imunitário guarda na memória o modo de combater aquelas micróbios. Na próxima vez que um micróbio com os mesmos antigénios entrar no organismo é imediatamente reconhecido e eliminado antes de poder causar doença. Nalguns casos a memória do sistema imunitário precisa ser estimulada e por isso algumas vacinas necessitam de doses de reforço. Alguns micróbios, como o virus influenza, são muito engenhosos e mudam com frequência os seus antigénios. Nesse caso o sistema imunitário não o reconhece e não consegue prevenir a infecção. Por isso temos de fazer vacinas contra a gripe, que são diferentes todos os anos. O uso das vacinas provocou a erradicação de infecções que eram frequentes no passado, como a varíola que está completamente erradicada. O reaparecimento de outras doenças na população, como o sarampo, deve-se à diminuição do número de vacinados numa população. As epidemias podem ser evitadas se vacinarmos uma larga proporção da população, levando à imunidade de grupo. Enquadramento Copie SH 1, SW 1, SW 2 e SW 3 para cada aluno. Preparação Prévia (10 min) Ligações à Net www.who.org 4.0 Prevenção da Infecção Vacinação

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Todos os alunos:

Descobrem que as vacinas ajudam a prevenir uma série de infecções bacterianas e virais

Percebem que não existem vacinas para todas as infecções

Aprendem que as infecções que eram mais comuns antigamente são hoje raras por causa das vacinas

Aprendem que as infecções mais comuns hoje em dia não são evitadas pelas vacinas

Palavras-Chave

Antibodies

Antigen

Epidemic

Herd immunity

Immune

Immunisation

Vaccine

White blood cells

Materiais

Necessários

□ Cópia de SH 1 □ Cópia de SW 1, SW 2,

SW 3

Objectivos Pedagógicos

O nosso sistema imunitário combate os micróbios patogénicos que

entram no organismo. O repouso adequado, a alimentação correcta e

um sono reparador, todos eles ajudam o nosso sistema imunitário a

trabalhar melhor e prevenir as infecções.

Outro meio de ajudar o sistema imunitário é através da vacinação. As

vacinas são usadas para prevenir e NÃO para tratar as infecções. A

vacina é feita habitualmente com versões atenuadas ou inactivas dos

micróbios nocivos. Nalguns casos são feitas de células similares, mas

não iguais ao micróbio nocivo que causa a doença.

Quando as vacinas são injectadas no organismo o sistema imunitário

ataca as células da vacina, como se fossem os verdadeiros micróbios

nocivos. Os glóbulos brancos (GB) criam muitos anticorpos para

atacar os antigénios contidos na superfície celular das células

vacinais. Como a vacina é uma versão extremamente atenuada do

micróbio os GB eliminam facilmente todas as células vacinais, sem

que a pessoa adoeça. Em consequência o sistema imunitário guarda

na memória o modo de combater aquelas micróbios. Na próxima vez

que um micróbio com os mesmos antigénios entrar no organismo é

imediatamente reconhecido e eliminado antes de poder causar

doença.

Nalguns casos a memória do sistema imunitário precisa ser

estimulada e por isso algumas vacinas necessitam de doses de

reforço. Alguns micróbios, como o virus influenza, são muito

engenhosos e mudam com frequência os seus antigénios. Nesse

caso o sistema imunitário não o reconhece e não consegue prevenir a

infecção. Por isso temos de fazer vacinas contra a gripe, que são

diferentes todos os anos.

O uso das vacinas provocou a erradicação de infecções que eram

frequentes no passado, como a varíola que está completamente

erradicada. O reaparecimento de outras doenças na população, como

o sarampo, deve-se à diminuição do número de vacinados numa

população. As epidemias podem ser evitadas se vacinarmos uma

larga proporção da população, levando à imunidade de grupo.

Enquadramento

Copie SH 1, SW 1, SW 2 e SW 3 para cada aluno.

Preparação Prévia (10 min)

Ligações à Net

www.who.org

4.0 Prevenção da Infecção Vacinação

1. Comece por perguntar aos alunos que vacinas já fizeram, por ex: polio, VASPR, BCG ou outras e se sabem para

que foram dadas.

2. Realce que ficar immune quer dizer resistente à doença e que imunização (vacinação) é um modo de aumentar a imunidade para as doenças bacterianas e virais.

3. Explique que as vacinas/imunizações são pequenas fracções inofensivas do revestimento dos micróbios que ensinam a lutar com os micróbios nocivos quando somos atacados pela doença.

4. Explique como funcionam as vacinas (ver em TS 1) com a ajuda de SH 1. Explique que os anticorpos passam da mãe para o filho através do leite materno, o que ajuda a proteger os bébes das doenças.

5. Recorde que os micróbios podem mudar o seu revestimento com facilidade e que alguns fazem-no tão depressa que os cientistas não conseguem fabricar vacinas para todas as infecções e por isso têm de fazer vacinas diferentes todos os anos, como é o caso da gripe.

6.

1. É aconselhada para grupos de 2 – 3 alunos. 2. Dê a cada aluno uma cópia de SH 1 e SW 1, SW 2 e SW 3. 3. Pergunte o que sabem sobre o sarampo? Explique que o sarampo é uma doença altamente contagiosa causada

por um vírus e que pode ser prevenida através de uma vacina. O sarampo é uma das mais disseminadas doenças eruptivas da infância e tem uma mortalidade elevada. A OMS regista e reporta anualmente os casos de doença em todo o globo e produz orientações e recomendações para ajudar a prevenir as epidemias de doenças infecciosas. A mortalidade provocada pelo sarampo em todo o mundo era tão elevada que nos anos 80 os países membros da OMS organizaram planos nacionais de vacinação destinados a erradicar a doença.

4. Mostre aos alunos os dados coligidos pela OMS que estão representados em SW 1. Os alunos devem utilizar os dados para calcular a incidência de sarampo por 1000 habitantes. Depois podem comparar a incidência da doença na região Europeia e Africana.

5. Distribua a ficha SW 2, na qual os grupos de alunos são convidados a criar um gráfico de barras que ilustre a incidência do sarampo naquelas duas regiões. Promova um debate sobre a tendêcnia de incidência dos casos de sarampo em cada região e as diferenças entre as duas regiões. Pergunte a que conclusões chegam.

6. Forneça cópias da ficha SW 3, e peça ao grupo para responder às questões nela formuladas. No final discuta as respostas com a turma.

a. Nos anos 80 a Organização Mundial de Saúde (OMS) reportou que um número crescente de países tinha criado planos nacionais de vacinação com o correspondente aumento da cobertura vacinal nesses países. Quando achas que esses planos de vacinação atingiram o seu auge nas regiões da Europa e de África.

A acentuada diminuição da incidência de sarampo entre 1990 e 2000 sugere que os programas de

vacinação foram bem sucedidos na Europa nos anos 90. Em África, a descida foi mais lenta, primeiro

uma descida inicial na sequência da implementação dos programas nos anos 90 e depois na sequência

dos reforços da cobertura vacinal em 2003 e 2006 ocorreram uma segunda e uma terceira descidas.

b. Porque razão ocorrem mais epidemias de sarampo em África do que na Europa?

Porque os planos nacionais de vacinação são mais controlados e mais abrangentes na Europa do que

em África, e a cobertura vacinal é maior.

4.0 Prevenção das Infecções Vacinação

Introdução (15 min)

Actividade Principal (35 min)

a. Quais os factores que impedem a vacina contra o sarampo de chegar a todas as populações africanas? A guerra, a pobreza, a suspeição, a falta de educação para a saúde, da boa vontade dos governos e de infra-

estruturas, a dificuldade em distribuir vacinas, são tudo factores que impedem que as vacinas cheguem a

todos os destinatários.

b. O que acontece quando a vacinação contra o sarampo diminui para níveis muito baixos? Quando a vacinação desce a níveis muito baixos, as pessoas voltam a contrair a doença observando-se uma

nova epidemia.

c. Porque razão a vacinação não é apenas uma questão de saúde individual, mas também de saúde pública? Muitas doenças infecciosas são extremamente contagiosas, podermos vacinar-nos contra a doença, mas

outras pessoas não e essas podem disseminar a doença para a população que não está vacinada. Quanto

mais gente estiver vacinada maior a possibilidade de evitar a circulação da doença. A esta protecção

chama-se imunidade de grupo e garante a propagação de uma epidemia .Na sociedade actual, em que

toda a gente viaja com facilidade, uma pessoa infectada pode transferir a doença para o outro lado do

mundo em 24 horas.

d. O que é preciso fazer para eliminar completamente uma doença infecciosa? Um plano de vacinação que alcance todos os grupos alvo de um modo persistente e continuado é o único

meio de eliminar uma doença. No entanto nem todas as doenças infecciosas podem ser eliminadas desta

maneira, pois têm outros hospedeiros intermediários, como é o caso da gripe das aves.

e. Porque é que a vacina da gripe não elimina a doença? A vacina estimula o organismo na produção de anticorpos para combater a doença, estes anticorpos

atacam os antigénios contidos na superfície do vírus. Contudo, o virus influenza é capaz de sofrer mutações

e mudar a sua camada superficial com grande rapidez impedindo a vacina de actuar e obrigando à

produção de vacinas diferentes todos os anos.

f. Porque razão a vacina é considerada uma medida preventiva e não um tratamento? As vacinas são usadas para ajudar o sistema imunitário a responder adequadamente e impedir a entrada

do microrganismo e prevenir o aparecimento da doença.

1. Distribua à turma uma cópia de SW 3.

2. Cada aluno deve examinar o mapa mundial e escrever no mapa as vacinas que são necessaries para visitor cada uma das regiões do globo assinaladas. Devem também nomear a doença que se pretende evitar com cada uma das vacinas e o micróbio que a provoca. A informação pode ser obtida em www.who.org, ou www.traveldoctor.co.uk.

Actividade Principal (35 min)

Actividade Suplementar

4.0 Prevenção das Infecções Vacinação

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

TU

LO

RÓTULO

1990 2000 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

Número de casos de sarampo por 1000 habitantes

Europa África

1990 449.5 942.1

2000 41.7 775.2

2002 51.8 406.2

2003 31.1 558.5

2004 32.4 469.3

2005 40.9 416.9

2006 57.6 127.8

Legenda

Para que as outras

pessoas possam ler os

teus resultados, é

importante que o

gráfico tenha um título

que explique o que

está a tentar mostrar e

que os eixos X e Y

estejam

convenientemente

rotulados

Usando os dados de SW 1 completa a seguinte tabela e o gráfico

Title Incidência de sarampo por 1000 habitantes na Europa e em África

me

ro d

e c

aso

s d

e s

aram

po

po

r 1

00

0 h

abit

ante

s

Ano

Ficha de Respostas para o Professor Sheet 1

África

Europa

Ficha Informativa

Alguns micróbios

como o virus da gripe, são

engenhosos e mudam os

seus antigénios. Isto

significa que o sistema

imunitário não consegue

memorizar o modo de os

combater.

Por esta razão temos

de tomar diferentes

vacinas para a gripe todos

os anos.

As vacinas já conseguiram

erradicar algumas doenças que

eram muito comuns, por ex. a varíola

já foi eliminada. Apesar da protecção

individual dada pelas vacinas, uma doença infecciosa só poderá

ser erradicada se a

vacina for utilizada em grande escala. Este fenómeno designa-se

imunidade de grupo.

As epidemias podem ser prevenidas

pela imunidade de grupo

As Vacinas podem ajudar

também o nosso sistema

imunitário. Usam-se para

prevenir e NÃO para tratar as

infecções, ajudando o sistema

imunitário a reconhecer e

destruir os micróbios nocivos. As

vacinas são versões inactivas ou

atenuadas dos micróbios

patogénicos.

O sistema imunitário ataca

a vacina pensando que ela é um micróbio

nocivo. Os glóbulos brancos fabricam

grandes quantidades de anticorpos que

atacam os antigénios da superfície das

células da vacina. Os anticorpos destroem as

células das vacinas antes de elas causarem

doença. Depois os anticorpos ficam no

organismo por muitos anos esperando pelo

ataque dos verdadeiros micróbios

patogénicos

e destroem-nos se alguma vez entrarem no

organismo.

O sistema imunitário

é o principal meio de defesa

contra qualquer micróbio

patogénico.

Exercício, repouso e dieta

equilibrada ajudam o

nosso sistema imunitário

a prevenir as infecções.

Os dados abaixo referem-se aos casos de sarampo ocorridos nas regiões Europeia e Africana e notificados à Organização Mundial de Saúde. Esta informação é

habitualmente fornecida em número de casos por 1000 habitantes, para permitir a sua comparação. Na terceira coluna, calcula o número de casos notificados por 1000

habitantes, usando a seguinte equação: B / (A / 1000) sendo A = população (milhares) e B = casos de sarampo notificados

Ano

Região Europeia (OMS)

População

(milhares)

Casos notificados

de sarampo

Casos Notificados/1000

habitantes

1990 522 443 234 827

2000 895 997 37 421

2002 901 440 46 714

2003 904 883 28 199

2004 908 411 29 503

2005 911 776 37 332

2006 915 553 52 765

Ano

Região Africana (OMS)

População

(milhares)

Casos notificados

de sarampo

Casos Notificados/1000

habitantes

1990 510 853 481 204

2000 670 918 520 102

2002 705 094 286 380

2003 722 580 403 572

2004 740 358 220 732

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Rótu

lo

Rótulo

1990 2000 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

Número de casos de sarampo notificados por 1000 habitantes

Europa África

1990

2000

2002

2003

2004

2005

2006

Legenda

Para que as outras

pessoas possam ler os

teus resultados, é

importante que o

gráfico tenha um título

que explique o que

está a tentar mostrar e

que os eixos X e Y

estejam

convenientemente

rotulados

Utilizando os dados de SW 1 complete o seguinte quadro e gráfico

Título

Conclusões

1. Nos anos 80 a Organização Mundial de Saúde (OMS) reportou que um número crescente de países tinha criado planos nacionais de vacinação com o correspondente aumento da cobertura vacinal nesses países. Quando achas que esses planos de vacinação atingiram o seu auge nas regiões da Europa e de África. Dá uma explicação para a tua resposta _________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

2. Porque razão ocorrem mais epidemias de sarampo em África do que na Europa? _________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

3. Quais os factores que impedem a vacina contra o sarampo de chegar a todas as populações africanas? _________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

4. O que acontece quando a vacinação contra o sarampo diminui para níveis muito baixos? _________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

5. Porque razão a vacinação não é apenas uma questão de saúde individual, mas também de saúde pública? _________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

Escreva nas respectivas caixas a lista de vacinas requeridas para visitar cada uma das regiões do mapa.

América do

Sul:

África:

Ásia:

Austrália:

Extremo

Oriente:

Rússia:

Europa Ocidental:

Canada: