31 sistema imunitário i ii

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IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS Sistema Imunitário Biologia 12º ano 2008/2009 Prof. Leonor Martins

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Page 1: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

IMUNIDADE E

CONTROLO DE DOENÇAS

Sistema Imunitário

Biologia 12º ano

2008/2009

Prof. Leonor Martins

Page 2: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Causas de morte

Em 2000, dos 51

milhões de mortes

por doença

registadas pela

Organização Mundial

de Saúde, 17,8

milhões são devidas

a infecções, ou seja,

35%, sem considerar

1,1 milhões de

mortes devidas a

cancros causados

por infecções.

Conhecem-se, actualmente, cerca de

1415 agentes biológicos patogénicos

que ameaçam o organismo humano.

Entre eles, cerca de 220 são vírus,

540 bactérias, 310 fungos, 70

protozoários e 290 nematelmintes

(vermes).

Page 3: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Vírus - morfologia

- Material genético: ácido nucleico – DNA (ácido

desoxirribonucleico) ou RNA (ácido ribonucleico) – onde

estão inscritas as informações para a produção de novos

vírus;

- Cápside: cápsula proteica que protege o ácido nucleico

viral e que se combina quimicamente com as substâncias

presentes nas células.

Page 4: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Vírus - Reprodução

Page 5: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Tipos de vírus

Em geral um tipo de vírus ataca apenas um ou poucos

tipos de células, pois só consegue infectar uma célula que

possua na membrana substâncias às quais se possa ligar.

Page 6: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Bacteriófagos

Vírus que se reproduzem no interior de bactérias

aderem à sua parede celular, por meio de

certas proteínas que estão presentes na sua cauda

(só o DNA viral penetra).

Page 7: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Ciclo Reprodutivo de um

Vírus da Gripe:1. Fixação do vírus à membrana

da célula.

2-3. Envolvimento do vírus.

4. Libertação das 8 moléculas de

RNA, do genoma viral.

5. Síntese do RNA viral.

6. Duplicação do RNA viral.

7. Síntese de proteínas virais.

8. Incorporação de proteínas virais

na membrana celular.

9. Ligação de proteínas ao RNA

viral.

10. Eliminação dos vírus.pág. 186

Page 8: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Bactérias - morfologia São procariontes.

O DNA forma uma molécula principal, geralmente circular, sem invólucro nuclear (nucleóide). Podem existir pequenos anéis de DNA com genes acessórios (plasmídeos).

Não possuem organelos membranares mas possuem ribossomas e todas e todas as estruturas necessárias às biossínteses e às transformações energéticas.

Page 9: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

As bactérias multiplicam-se por bipartição, cissiparidade

ou divisão binária, após a duplicação do DNA.

Bactérias - reprodução

Bipartição:

A – o DNA replica-se;

B – a célula sofre um

estrangulamento na região

mediana;

C – divide-se em duas células

As bactérias têm uma grande superfície em relação ao

volume o que lhes permite multiplicarem-se

rapidamente, pois obtêm facilmente os alimentos

que se encontram no meio.

Page 10: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Tipos de Bactérias

Page 11: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Tipos de Bactérias

Page 12: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Sistema imunitário

O nosso meio é povoado por uma multidão de

micróbios, bactérias, fungos e vírus, muitos dos quais são

patogénicos.

Cada ser humano está sujeito, a todo o momento, a

ser infectado por esses microrganismos. E aí o

sistema imunitário intervém, obrigando a que se

desencadeiem mecanismos para combater essa

infecção.

Page 13: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa do organismo

A individualidade biológica é definida pela

presença na superfície das células de macromoléculas

– glicoproteínas – que são diferentes das

macromoléculas das células dos indivíduos de outra

espécie, de outro indivíduo da própria espécie

e, por vezes, mesmo de outras células do mesmo

indivíduo que experimentaram mutações.

Estes marcadores são codificados

por um conjunto de genes ligados

que se encontram no

cromossoma 6 e constituem

o complexo maior de

histocompatibilidade (MHC)

Page 14: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Complexo maior de

Histocompatibilidade (MHC)

Nos seres humanos, o complexo maior de

histocompatibilidade é, também, designado

complexo HLA (do inglês Human Leucocyte

Antigen).

Os genes do MHC são polimórficos,

existindo mais de 40 alelos para cada locus.

Assim se compreende que o conjunto de

proteínas presente nas células de cada

indivíduo seja único (exceptuando os

gémeos homozigóticos).

Os antigénios codificados pelo MHC estão

agrupados em três classes.

Page 15: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Locus do MHC no cromossoma 6

MHC locus

Set of chormosomes visualized by

chromosome painting

Cromosoma 6

Page 16: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Locus do MHC no cromossoma 6

Page 17: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Classes das Moléculas MHC

Classe I – glicoproteínas expressas na superfície de todas as células nucleadas, apresentação de peptídeos antigénicos ao Linf T citolítico (CD8);

Classe II – glicoproteínas expressas nas APC’s (macrófagos, células dendríticas e LinfB), apresentação de Ags aos Linf T helper(CD4);

Classe III – proteínas com função imune, incluindo componentes do sistema complemento e moléculas envolvidas na inflamação.

Page 18: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Órgãos do Sistema imunitário

Órgãos linfóides primários

› Local de formação das células imunitárias

- timo

- medula óssea

Órgãos linfóides secundários

› Local de circulação e armazenamento das células imunitárias.

- baço

- gânglios linfáticos

- amígdalas

- tecido linfático

Células imunitárias

› Células efectoras

- leucócitos

- macrófagos

- plasmócitos pág. 189

Page 19: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Papel do sistema linfático na

homeostasia dos fluidos

O fluido do plasma

sanguíneo que não é

reabsorvido pelos vasos

sanguíneos drena para

os vasos linfáticos.

A drenagem linfática

impede a acumulação

do líquido intersticial e

retira algumas

substâncias

Page 20: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Formação das Células Sanguíneas

pág. 190

Page 21: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Formação das Células Sanguíneas

pág. 190

Page 22: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Leucócitos

Page 23: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Leucócitos

• São células circulantes no sangue, na linfa intersticial ou

ainda na linfa circulante.

• Têm capacidade de se deformar e penetrar entre as

células da parede dos vasos capilares, atravessando-a.

(diapedese)

• Apresentam à superfície da membrana glicoproteínas

específicas que funcionam como receptores.

Page 24: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Tipos de Leucócitos - Neutrófilos

São granulócitos com o núcleo

polilobado e constituem 60 a 70%

de todos os leucócitos.

Circulam no sangue e o seu tempo

de vida é de apenas algumas horas

ou dias.

Realizam fagocitose são os

primeiros a chegar aos tecidos

infectados, atraídos por quimitaxia.

Page 25: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Fagocitose:

A acção desempenhada pelos fagócitos. Células que têm

capacidade de prolongar porções celulares -

pseudópodes - com o objectivo de englobar partículas

estranhas.

Page 26: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Tipos de Leucócitos - Basófilos

São granulócitos com o

núcleo volumoso de forma

irregular, que constituem menos

de 2% de todos os leucócitos.

Quando activados libertam

substâncias, como a histamina,

que produzem uma resposta

inflamatória

Page 27: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Tipos de Leucócitos - Eosinófilos

São granulócitos com o

núcleo bilobado e constituem

cerca de 2% de todos os

leucócitos.

Têm actividade fagocitária

limitada, particularmente dirigida

a parasitas.

Reduzem a reacção

inflamatória, pela produção de

enzimas que degradam as

substâncias químicas produzidas

pelos basófilos.

Page 28: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Tipos de Leucócitos - Linfócitos

Agranulócitos com o núcleo

esférico e volumoso, que

constituem menos de 30% de

todos os leucócitos.

Os linfócitos B, quando

activados diferenciam-se em

plasmócitos, que produzem

anticorpos, e em células

memória.

Os linfócitos T contribuem

para a activação dos

linfócitos B e destroem

células infectadas por vírus e

células cancerosas.

Page 29: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Tipos de Leucócitos - Monócitos

Agranulócitos de pequenas

dimensões com o núcleo em

forma de ferradura, que

constituem cerca de 5% de

todos os leucócitos.

Circulam no sangue durante

poucas horas e depois migram

para os tecidos, aumentando de

tamanho e transformam-se

em macrófagos.

Os macrófagos são células de

grandes dimensões, que vivem

muito tempo e são muito

eficientes na fagocitose

Page 30: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Tipos de Leucócitos - Macrófago

Célula grande fagocitária que ingere bactérias

e restos celulares, sendo também responsável pela

destruição das hemácias velhas.

da pág. 195

Page 31: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Mecanismos de defesa

mapa de conceitos da pág. 189

Page 32: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Mecanismos de defesa

Consulte o mapa de conceitos da pág. 189

relativos a alguns processos de defesa e

responda às seguintes questões:

1 – Documente, com exemplos que a pele e as mucosas

internas representam barreiras de defesa ao

organismo.

2 – Em que medida as secreções estomacais

contribuem para a eliminação de agentes externos

agressivos?

3 – Justifique o designação de “mecanismos de defesa

não específica” aplicada a alguns processos de defesa.

4 – Que lhe sugere a expressão “mecanismos de

defesa específica”?

Page 33: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

A imunidade inata é composta por todos os

processos envolvidos nos mecanismos que defendem o

organismo de forma não específica contra um invasor.

Estes mecanismos desempenham uma acção geral

contra corpos estranhos, independentemente da sua

natureza, ou impedindo a sua entrada no organismo ou

destruindo-os quando penetram no mesmo.

A resposta do organismo é sempre a mesma qualquer

que seja o invasor e o número de invasões, isto é, não

se verifica especificidade, nem memória.

Page 34: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Barreiras anatómicas

Page 35: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Barreiras anatómicas e secreções

Previnem a entrada de agentes estranhos ao organismo.

A pele e as mucosas, quando intactas, não

permitem a entrada de agentes patogénicos.

As secreções das glândulas sebáceas e sudoríferas

inibem o desenvolvimento da maior parte das

bactérias.

A lisozima, presente nas lágrimas e na saliva, o ácido

clorídrico produzido no estômago e o muco do

revestimento ciliado das vias respiratórias destroem

os microrganismos e/ou expulsam-nos do

organismo.

Page 36: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Resposta inflamatória

A reacção inflamatória é uma sequência complexa de

acontecimentos que ocorre quando agentes

patogénicos conseguem ultrapassar as barreiras

físicas de defesa do organismo.

Envolvem mediadores químicos e fagócitos. pág. 196

Page 37: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Resposta inflamatória

Libertação de

histaminas e outros

mediadores químicos, por

células lesionadas,

mastócitos e basófilos,

no tecido contaminado

por agentes patogénicos.

Page 38: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Resposta inflamatória

Vasodilatação e aumento da

permeabilidade dos capilares

sanguíneos da zona atingida.

Como consequência, aumenta o

fluxo sanguíneo no local e uma

maior quantidade de fluído

intersticial passa para os tecidos

envolventes. A zona atingida

manifesta rubor, calor e edema.

A dor que acompanha a reacção

inflamatória é causada pela acção

de substâncias químicas nas

terminações nervosas locais e pela

distensão dos tecidos.

Page 39: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Resposta inflamatória

Os neutrófilos e os monócitos

são atraídos por quimiotaxia,

deixam os vasos sanguíneos por

diapedese e dirigem-se aos

tecidos infectados.

Os neutrófilos são os

primeiros a chegar e começam a

realizar a fagocitose dos

agentes patogénicos.

Chegam a seguir os monócitos,

que se diferenciam em

macrófagos.

Page 40: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Resposta inflamatória

Quimiotaxia

Migração de células

imunitárias (como os

neutrófilos) atraídas por

sinais químicos libertados

pelas células lesionadas.

Diapedese

Migração de leucócitos dos

capilares sanguíneos para os

tecidos, através dos poros

existentes entre as células das

paredes dos capilares.

Page 41: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Resposta inflamatória

Os macrófagos fagocitam os

agentes patogénicos e os seus

produtos, os neutrófilos

destruídos no processo e as

células danificadas.

O pús que se acumula no local

da infecção é formado por

microrganismos e fagócitos

mortos e por proteínas e fluído

que saíram dos vasos

sanguíneos.

O pús é absorvido e, ao fim de

alguns dias, verifica-se a

cicatrização dos tecidos.

Page 42: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

pág. 194

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Defesa não específica

Resposta sistémica

Page 44: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Resposta sistémica

Page 45: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Resposta sistémica

Page 46: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

pág. 197

Page 47: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Interferão

pág. 198

Page 48: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Interferão

Page 49: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Sistema de complemento

O sistema complemento é

constituído por uma série de

proteínas (cerca de 20) que

circulam normalmente no plasma

sanguíneo em estado inactivo

(10% das proteínas plasmáticas).

A activação da primeira produz uma

série de reacções em cadeia, em

que cada proteína activa a outra,

numa sequência pré-determinada.

Page 50: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

Sistema de complemento

pág. 199

As proteínas complemento uma vez activadas podem

fixar-se na membrana da bactéria invasora, abrindo

poros nessas membranas.

Page 51: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

As actividades do complemento

Algumas proteínas do sistema complemento activadas aumentam

a vasodilatação e a permeabilidade do capilares e facilitam a

fagocitose.

Page 52: 31 Sistema ImunitáRio I Ii

Defesa não específica

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