4 xi rjo de janeiro, 25 de marÇo de 1908 =v,memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1908_01013.pdf ·...

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    a_vo xi _RJO DE JANEIRO, 25 DE MARÇO DE 1908• xiirn. ioisí_= V,

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    tP*^ ,f PAGAMENTO ADEANTADOAnno.

    ASSIGNATülUB12SO00 — Semestre 7SOO0

    PAGAMENTO ADEANTADO

    Periódico Bi-semanal, Bíiniio»-is.U-o e 1 Ilustrado

    Redacção e administração, Rua da Assembléa n. 79

    Pomada milagrosa para darfliros, cczciuas, cm-. pingeiis, étc, Veposifo Geral, ffSRfè&AM&MAPACMECO Rua d&s Andradas, S9' Laboratório em Porto Alegre DAUDT & FREITAS

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    COMO SE EXPLICA A INTRICA 1 1 l- :¦',- '-. J • ,.,

    A despeitada está. pelos cabellos.... _ ... ¦

    iiitii 1111 1 |m»ini".i™niiiL«.»-^™'".-."|™H»».iiFwwH^jii.'iir"."»'" a.»"L».„»iuui 1111 ¦—fflf|-rn'"'""'m™ig""""''""'*"*™*iB-—i8"8*" ¦¦)—~aa a

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    fS^íff Quem tiver gonorriicn só pode ficai' bom com o GOIWL $-_*

    Acha-se á vendia em todas as püarmacias e drogarias

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  • ORIONU-ag DE MARÇO DE 1908

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    Semana PespidaDe novo está na berra

    A celebre vnecina obrigatória,Que j.l sollreu da imprensa forte KuerrnE que hoje, (vejam pó que linda historia)A dita imprensa à todos aconselhaiEmfim, bem pôde ser que n cousa pegue,Mas, cá por mim, que duro sou de telha

    Ninguém jamais consegueMetter-me o (erro... e custe o que custar,De modo algum agora eu me vaccino;Pois, hei de eternamente me lembrarQuando uma vez-eu era ainda menino —Fui vaccinado, e que levei o ferro...Tres vezes a seguir, sem mais aquella;E lembra-me também do grande berroOue soltei ao levar a .. furadella...Que, desprender me fez terríveis ais... gPois, essa cousa ú na verdade dura,

    E eu não 'ston p'ra levar agora maisNenhuma picadura.;. >

    Um bello assumpto agora se desdobraE que a troçar eu passo á toda a brida:

    E' o caso de uma cobraQue constou ter surgido na Avenida,Mas íoi apenas mera brincadeira.

    Ou antes: foi pilhériaDe uma moça qualquer, muito brejeiraQne atravessando á noite a "grande artéria»Notou naturalmente algum magnata.- ""'.D*ésses cabras enormes... e alentados...

    Que dão a idéia exactaDa cobra... ou qualquer cousa que pareça...Eachando então aquillo desconforme,

    tremais a mais notando uma cabeça...Espalhou que uma:'.cobra tinha visto

    De proporção enorme...Porém, não era talf apenas isto:Achando que o negocio era de sobra...Espalhou que de íecto era uma cobra...

    Um cidadão qualquer.- Passeava pela rua Ido ouvidor

    , Levando pelo. liraçò a sua mulher,Que por signal haoera um estupor;Pelo contrario, linda que ella e^a./.-¦. /; ..Mas de repente, o gajo que é ciumento,E tem arranco.§ próprios de üujia fera,''¦¦'' •

    , Era um dado momento . >' ¦'¦¦'¦ Qg .*'Com lima calma rara-

    Ali na rua ciá lhe pára a_cousaE prega uma bolacha em plena cara %Da linda-mtiiherzinha, a- pobre esposa.Eu acho que um m|'ridoÍem direito '«De metter- na mulher o ffiu&entender., í

    'Porém cora muito -gaito"A cousa deve sei1,.'>;-'',. j, 3$

    E não como elle fez, no meio da riiaPorquanto assim... a cousa é muito crua.,_.

    ..''; 'José Pinto Morado «f- *Pediu uni «Habeas-Corpus» preventivo' \P'ra não pegar tárnbem no.,, pau furadó:i.'•AUegandpque ti.nha por motíyp. ,O facto de se.r elle üm estudante, ¦!_,E não poderr*sem mais,, ter à carreiraCortada. O caso c mesma- interessanteE até parece pura brincadeira.O pedido, franqueza, é engraçado .Pois na verdáoe muita graça tem,Mas si eu pegar, palavra, o seu Morado

    Ha oe pegar também...

    Pedro Moço CarrilCujo nome não perca, é um bom rapazE tem educação, é bem gentil ¦ ^ í$Ea prova disso é que, visitas faz.Ora, outro dia o Pedro ia contenteFazer uma visita a um camarada,Quando lhe surgemvlogo pela frenteUns gajos que o recebem a pancadaE tão amovelmenie que o Carril

    '• .,,..'Ficou até de molho

    Porquanto o «pessoal» assim gentil >'

    Metteu-lhe "o

    pau no olho!

    E' grsnde 'a cavaçàoDos íogueteiros nacionaes e inglezesP'ra fornecer durante a exposiçãoQue ha de durar ao menos alguns mezes,O foguetorio, bombas e o restante,E caoa qual procura mais destaques,Fazendo um preço enorme e exorbitante

    P'ra fornecer os traques,,.

    Deihõ Júnior.

    COMMENTARIOSnota mais interessante da semana na ruado Ouvidor-e que por signa! o Binóculonào consignou -foi o caso du um marido,

    que passando pela grande artéria com sua esposattíve uma discussáo com ella, e pespegou lhe umtabeí-- no meio da cara.

    O pessoal snttrt ficou espantado e diz qneis3oé feio.oorquc um marido não deve metter o braçona mulher d'este modo.

    Também acho. Isso é cousa que só se faz emcasa e é bom fechar a porta.

    Ha senhoras que nos primeiros mezes até pe*dem no esposo que apague o gaz.

    Mas os maridos devem ter certo cuidado. Umbraço de homem náo se mette assim n'uma mu-lher. Ainda si fosse um braço de criança... Ellaaté havia de gostar.

    C§» - , .A vaccina, que quando era obrigatória íaziahorror a toda a gente.está agora na ordem do dia.

    Todos se apressam a procurar e querem avaccina. Até as senhoras.

    Ainda hontem, uma, muito intrigada me per-guntou se não havia perigo nisso.—Como é esta historia de vaccina?— inda-gou ella.

    Procurei explicar que era uma imraunisaçáo edisse:

    —Os homens geralmente vaccinam-sc no bra-ço, mas as mulheres prelerem na perna e é muitosimples. A sra. vae a um medico, descobre a per-na, elle mette-Ihe a ponta do ferro.Que me diz ! — exclamou ella; isso1 é queagorase chama vaccina'.'... Descobre-se a pernae o medico mette o (erro...

    Então eu jã tenho sido vsecinada muitas vezes.C§ §3

    Outra nota de escândalo na rua do Ouvidor,foi, o caso de uma sra. que andava a fazer comprasacõnipáhhadà por um soldado do exercito, ordenan-ça de seu marido.

    Foi geral o commentario. Até o bello sexoachou esquisito esse abuso.

    Uma moça-disse-me até %Credo ! Eii teria medo de andar com um ho-

    '

    mem armado íitraz de mira. Ainda se tosse na mi-1nha frente I /'•. % _

    Anciosos por uma noticia sensacional, os jor-naes diários disseram um dia destes que íoi vista'na Avenida Central í_mã 'cobra; medindo quasi ummetro de comprimento.

    EJespantoso.Dar-se-a caso que o dr. Deiró andasse a pas-

    seiar na Avenida em trajes de pae Adão? !Sú assim se explica que pudessem ver uma

    cobra tão grande, & ¦* ' 'r .¦¦- .' ;•

    CS80 ';- •'

    No Rio Grande do Sul houve um conflicto co-lossal porque a Prefeitura prohibiu os pingentesnos bondes.

    Vejam vocês em que embrulho se id. mettendoo general Souza Aguiar, que queria estabelecer amesma providencia aqui.1,

    De lacto, é feio esse uso de andarem os bondescora uma porção de passageiros pendurados dolado de fora.

    A gente pôde ter cousas penduradas... porgmoceultas.

    ^ vã-sina ObrigatóriaAs quatro piradellas... ou «1'ellcs...

    . E' DAR O BRAÇO A TORCER ! 'j

    Desde que se trate da salubridade dos cor-pinhos, corpetes, corpos e «corpanzis» da pop.ula-çao carioca, O Rio A'u se -entrega, de corpo e" alifma, a esses que empregam toda a sua boa vonta-de, e todos seus bem remunerados esforços, "embem de sua própria saúde .. e..virilidade.

    Resolvemos, pois, auxiliar (modestamente em-bora) a humanitária Inspectoria de Hygiene, insrtallando ura:

    Poslo Víi-Sigiial t

    no sétimo andar do nosso raagestatico edifício.Sabendo nós, achar-se nesta Capital o dr.

    Empurrhey von Bundhen, illustre sábio allemão,especialista ern moléstias epidêmicas, contagiosase transmissoras; taes como:--«penuriarite», «mor-ditite», «cacetetitejj, « burritite », « fanchulitíte »,«sraartitite», etc.', etc., —conseguimos, não sem cen-tenas de sacrifícios, ter cora o proeminente sábio,uma importantíssima conferência scientifica cmnossa redacção, no domingo ultimo.

    o aforando cirur. iflo germânico, deu-nos (sic)gentilmente 11 conhecer o sen novíssimo systemade vaccinaçao, cujo experimentou, _ nossa vista,numa pruta velha, ex-sim.v. ecca do nosso compa-nheiro Escaravelho.

    A lanceta á de ponta romba, tendo um pe-, a 26.

    "VAPORES A ENTRAR «.Portos do Norte - Os que vierem.

    '),. 11 Sul —Os que chegarem.

    Lapide? môrfuaricis(de pessoas vivas)

    IGVACIO TOSTA

    Quiz ser eleito a «muque» para o assentoDa presidência -explendido e fofinho— .

    Do listado da Bahia.Mas, foi tamanho o desapontamento , ^ -Ao vér que o dito assento era de pinho,Que, em vez de reenlher-se á ura convento,Baixou, tostado e frio, á cova fria. ,¦ ,.

    '_¦ Jeremias.

    0- :

    ---'.Ji-

  • ^f^m^sm

    O RIO NU—25 DE MARÇO DE iqo8

    N'AVENIi*DAChronica chie

    Po tsmtiem, dc mistura com o Zé Povo, fui||l>_ouvir a conlerencia do padre Júlio. Não falo no-sasB.Maria.por que entendo que um homem, embo-

    ra padre, não deve ter nome de mulher. Metti-me,

    pois, entre as mulheres... do povo e entrei na

    Povo, assim... Nem se podia mover lá dentro.As mulheres, que dão o cavaco por essa coisa

    de se não poderem mover, só faziam: uniJunto A mim estava uma succulenta mulata,

    quedava mais attençao nos lieis do que ao padre,e isso fez com que eu tivesse os olhos abertospara ella, e os ouvidos para o sacerdote, que iatratar de um assuinpto oue me interessava. Sim,Dorque eu também sou literato, e muito mais do

    que o Carvoliva, o Phoca, o.Bruno, ou outro qual-quer. , .

    Quando o padre appareeeu no púlpito, eu apro-veitei o movimento dos fieis e approximei-me damulata.

    O padre começou a metter as botas nos nossosescriptoies (que injustiça!) e a dizer que elles sópensam n;> carne.

    Que mentira I Agora è que ninguém Dodepensar na carne porque ella eslá a dez tosn.es'okilo, e, principalmente os escriptores, que, quandotem dez tostões só cuidam de pôr o estômago emdia. .. .

    Ma?, eu não fiz caso disso, e so me aproveiteidas palavras do conferencista para dar um belis-cão na nádega da mulata e dizer-lhe :

    -Como ri que a gente não pode pensar nacarne, lendo aqui, como eu tenho, um pedaço de

    filei tão bom .—Moço, e^teje quieto, disse ella ; nos estemosna igreja e si quer me falar espere-me na rua.

    — Está dito ! disse eu.O padre continuava a dizer que os nossas livros

    não ensinavam as moças sinão a namorar. Outracousa com que eu não concordei, porque conheçomeninas que ainda não sabem ler e que já sabemnamorar, melhor ale que o Figueiredo Pimentel, oCarvoliva, o coronel doutor, e outros mestres desseofficio. ,

    Nessa trepaçõo foi o padre até o fim, chegandoaté a dizer que aqui nem se sabe escrever.

    Eu não queria intervir porque gosto do padre;mas podia dizer, que, peor que os livros, ensinamos padres ás meninas coisas bem feias.., _

    Pari, evitar alguma imprudência, resolvi sahir,e dizendo a mulata que a esperava ás 8 horas nacasa da Cocota, toquei para Avenida Central a darconta desta secção.

    Do CastellôcS vi passar :Asge.\-'or de Cravo OuvA-Sarcey do p-ou-

    larissimo. Cavalheiro petronio das elegampcus,sempre smart, sempre pel-ro/lete.

    Trajava sobrecangica feita no Bahsa, colletede morim branco, cartola i Ubá, botinas amarellascom gaspea furta cores, calça de ganga amarellae irravata mais rubra que as suas coradas faces.°

    Tinha no olho urr, monoculo de vidro, grau 33,do Cod. Penal, e usava pastinhas á americana.

    Chamava a attençao das damas que encontravano caminho, não só pela sua elegampcia, mas tam-

    FOLHETIM ~~

    lÜSEÍtfiOÍSÜAS porDB _______——^——^^üma tCtiatse-uOiipe»

    Violorien da Sanssaj41

    rí[íPstava sobre mim. Sobre a pequena mesa es-'Tn_r, tava acceso um único candieíro, e a suaí5«SÍ claridade monótona, sob a sombreira côrde rosa. projectava sobre as suas cabeças umaaurenla consoladora,

    O cântico d'amor elevou-se lentamente do gru-po que formavam.

    A* suas formas enleiadas geraram uma formanova; as suas naturezas confundiam-se com umaimmensa avidez de prazer.

    Secretos perfumes transmudaram as suas vio-lencias; os cabellos da nossa querida amiga, des-prenderam-se por st, para envolverem na sombraaquelles dois rostos unidos por ura beijo; e aquellaabundante trança, feita de mil nuances, ioira e cas-tanha a um tempo, como que semeada de fios deoiro, misturados com filigranas de prata, adqui-ria sob a influencia da luz, tonscrystallinos de au-reola luminosa.

    bem pelo suave perfume de ..Etronnina", a ultimainvenção de Pivnt, o perfumista.

    Juca Reis—O digno empresário industrial doBarrocflo Carnavalesco da Avenida, demolido van*dalicamente pelo populacho ignaro.

    Vinha furioso a dizer que havia de receber os60 contos de indemnização, e allirmava que jã tinhaate" recebido por conta 400 reis para o bonde.

    Trajava calça preta com xadrez branco, paletotdo avesso, botinas sabidas, chapéo de castor depalha e gravata de garrou.

    I. Lvra, sympathico propagandista da A Saudcda Mullier. A todas as damas que encontrava, maisou menos pallidas, ofíerecia o seu remédio e ga-rantia a cura.

    Vinha todo elegante de terno de brim de An-gola roxo, com alaroares cür de pérola. .Botinasaznes e gravata verde. :.¦

    Não pude ver mais, porque, em dado mo-mento, um auto, com a velocidade de cem kilome*tros, deu-ine um tranco que me atirou longe.

    Pica Pau.

    __U~3.A. _.__OEí.EA's victimas como cu, de bisnagadas

    nos olhos.

    Por tudo quanto ha de mais sagradoE por vingança, damnaçao, capricho,Juro de hoje em diante andar armado.Não de bisnaga- mas dum grande esguicho 1

    Fui ao largo domingo - e quasi espichoa canella, Cie tanto bisnagado IF. muito embora eu me proclame o bicho,Voltei á casa em muito mau estado I

    Minha cara metade é quem me paga...Não quer que eu saia nunca de bisnaga,Muito embora ao entrar, entre n'um molho...

    Eu sei como domingo ir á refrega...Pois mesmo as moças (ah, se a moda pega I)Têm um gostinho em bisnagar no olho. Demo.

    Extr. I;**•_ (T*v*

    BASTIDOBESRevista aos.Theatros

    stá ahi a chegar a actriz cantora DoloresRentini.

    Ifcg^ggi 14 sabemos que um negociante cariocatem prompto para lhe offerecer um lindo

    faqueirode prata.

    Isto até cheira a cousa.Y

    Appareceram bilhetes falsos para a repre-sentação da Zazá, no Recreio.

    Os jornaes estranharam o facto, mas nos, queconhecemos a Zazá, dizemos apenas :

    « _mor, com amor se paga !»Y

    O pessoal feminino do Carlos Gomes esta an-cioso para pegar no «Pau furado, do J.

    Brito, quedizem ser magnífico.

    Contundiam-se cada vez mais.Subitamente, num arrebatamento ímmediato,

    desceu até elles um prazer infinito, com o seu cor-tejo embriagante de felicidade, exfnbindo nos seusoltios semi cerrados essa divina claridade, geradapela voluDia, que illumina os olhos dos amantescom um fogo incoroprehensivel duma quente sua-vidade. „ j„_

    O delírio exacerbou-se até ao supremo des-moronamento, trazendo o esquecimento, aceultan-do-os com o véo impenetrável que deve esconderas más recordações. .

    Os seus suspiros de felicidade pareciam exha-lados por boceas de anjo*; esses demônios

    da lu-

    xuria eram cheios de candura; os voluptuosos têmSaLepraticavam

    o amor como um padre canta uma

    missa, solemnemente, arrebatados pelo mágico e

    mvsterioso vôo, que ergue os corpos desfallecldos,no extraordinário instante incomparavelmente bom,em que o prazer se torna absoluto, que

    6 impôs-sivel distinguir a vida do sonho, o verdadeiro doirreal, si se vae morrer, si se vae reviver, si e

    scffrirnento ou apenas êxtase e também si o i ais

    que as boceas murmurara são dc agradecimento

    °U _j s_ uia os acabrunhada; escutava os seus

    murmúrios., encantada, toda tremula, abandoneios meus sentidos que se foram nao sei para

    Guardarei deste começo de noite, uma gratalembrança; assisti á metamorphose d uma alma,

    Oa ensaios têm provado que o pessoal vae suhahir muito bem.

    ¦*•

    O popularissimo Brandão está pintando os ca-bellas de verde.

    Viva a Republica ! -ii-A cantora Vela, do .iPa^cc». esteve hontem

    apagada por falta de pavio, até o fim do I* acto.No 2% porem, arranjou pavio e azeite, e a luz

    funecionou melhor. •rConversa dc uma conhecida estrella com o res-

    pectivo dono :Uma vez em scena eu nüo sou mais senhorade mim, diz ella.

    Nilo é uma razão para seres dc todo omun-do, quando estás fora de scena !..."S"

    A symphonia da opera «Pão com manteiga» .ultima e genial composição do maestro P. Pereira,loi hontem ouvida com a maior attençao, pelosalumnos do Instituto dos Surdos Mudos.

    O papel de «Joven Telemaco» foi maisuma vez feito pelo actor Colas que o creou em1834 com agrado geral.

    TA sra, Cinira convidada para tomar parte no

    t'Ilaremu respondeu :«—Nâo, neste eu descanço. Dois é rauita

    cousa !» •gPara o Lucinda vae a associação dramática sob

    a direcçfio do actor Portulez.Estreará com a «Jóia» e como lá todos sâo

    jóias, .': natural qus acabem todos no prego... sinão derem ao dito, antes disso.

    A A Saúde da Mulher esta agora sendo ex-piorada nela sra. Josephina Galinha.

    O effeito 6 tão seguro que a doente põe umadúzia de ovos por dia.

    O «Mambembe» lambe-os todos.

    MAMBEMBADA-TJma por numero. O Mam-bembe tem um relógio de parede na saía de jan-tar.

    Em um dia de festa, o relógio, com a machinadesarranjada, bate ao meio dia treze badaladas.

    Espanto geral das «aquetrizes».Não façam caso, diz o Mambembe, o relógioadeanta-se uraa hora. Diabo Rosa.

    _ a-i __ 1. u___ Grande deposito de-Su Bijou de Ia Mode- caiçad0Sj *p0r ata-eado e a varejo. Calçado nacional e estrangeiropara homens, senhoras e crianças. Preços bará;tissimos, rua da Carioca ns, 74 e 76.

    ff-OO*-»Mfflüsíi Ele«trico (O rei dos temperos)

    Pôde ser usado com toda e qualquer espécie decomida de sal, com a vantagem de poder seraddi-cionado a cada prato em maior ou menor quanti-dade, conforme o gosto e os hábitos de cada mn.

    Dá muito realce ás sopas, guisados e refoga-dos. O churrasco, as costelletas, a carne de porcoe a de carneiro, ficam excelientes quando adubadoscora este afamado molho.

    A' venda nas principaes casas.

    ao rejuvenescimento d*um coração, ao suftocard'um remorso, á partilha d'ura immenso pezar, aomais bello concerto que a paixão pôde gerar e tudo* isto, effeito d'um beijo, d'um grande beijo, infini-tamente doce, dado por uma bocea adorada, pelabocea da minha doce anrga, a linda dama do olharrubro, de que meu amo gosta tanto e que, apezardas suas traições, não deixou nunca de amar oupelo menos, que ama ura poucochinho mais, ãmedida que a vae enganando, também cada vezmais, já se vê.

    X

    Emfim! Até que tivemos a orgia !Ha já tempo que a esperava, que tinha curió-

    sidade de saber como supportaria a presençadessa grande batalha de loucuras que deve seruma orgia. Os msus companheiros, como eu vota-dos ao prazer, cadí vez com mais ciúmes da mi-nha pessoa, já me tinham dito muitas vezes, nashoras que estamos sós e em que matamos o abor-reciraento com conversas por vezes instruetivas esempre divertidas,—a não ser quando nos descora-pomos.

    Tinham-me gabado diversas festas extraordi-narias que tinham lançado r.o meu espirito certasperturbações de angustia. E interrogava me ner*vosamente:

    — Ignorarei toda a vida o que vem a ser umaorgia ?

    {Continua)

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    O RIO NU-25 D!': MARÇO DE 1908

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    I ISEfc*

    —Olá! você com esta chuva semum guarda dita ? Apanhas uma cons-tipaçno que te leva a brtea I— Qual! eu estou com o peito en-couraçado, niio ha constipação nemdor de peito que me chegue desdeque f.iço uso do Peitoral dc AttgicoPelotense.

    aturo lloriiflPM -«(ndoptada no Kxerclto Nn-cu nnl) —Pomndll lllilsero.sn pnrn a cura radical deespinhas, darlhros, as-sadurns, queimaduras,em-pinpens, somas, tczemn^,ozngrcs, (Vieiras, herpes,escoriações e todas asmoléstias da pelle.

    As rachaduras do bico *do seio que tanto ator-mentam ns jovens mães,curam-se com esta santapomada, que não sujaa roupa. Vende-se emtodo o Brazil—Depositogeral—Drogaria Pacheco—Rua dos Andradas n.59.

    ííí Ao» apreciaaores debons cigarros, recommendam-se os afamadosCiiMtclIajeH á venda nasrharutarias Paris, PalaceThealrt e Maison Modernt

    LICOR TIBAINAO iucllior purificador do sangue

    «BASTADO «fc C. — Bua 1° «lc Março n. 18.

    Vi iii&St^ %j§ /0C§Mr/^o'CfS*X r,M'¥\. ,&. %>$?

    ri»7S&

    M lÚÍWm\ \f^Á/'^^ M^AMSMfc '¦:¦. m

    Ora ahi está: entre a luz de uma vela e uma rosa, as mariposas aairam-ae á pn-meira, buscando uma morte horrível.

    Eu, si fosse mariposa, atirava-me ás rosa com toda a gana, e sem me importar coma picadura... dos espinhos.

    Um sujeito que tem uns pés enormes entran'um bonde. Em seguida entra outro passageiro episa-o. Voei nao ve ? grita o pisado.—Não vê o que ?Os meus pés IOs seus pés 1 exclama com admiração o re-cem-chegado. Pois todos esses pés são seus ? !

    1 1 do Dr. Eduardo Françaãnü^ adoptado na Europa e nc

    —Meu caro doutor, aqui lhe trago a conta quesua senhora ficou a dever.

    —Mas que diabo lhe ficou a dever minha mu-Iherí , _ — O aluguel do quarto que oecupou durante duas duras,; manchas, tinha,horas lá na minha casa de... modas... norrhéks. etr.

    PREÇO3$000

    DEPOSITO no _r\_r\Brazil %_A\J?

    A. FREITAS & COMP. I El114 - Ourives - 114 B—B

    S, Pedro, 90 - Na EuropaEarlo Ehba- Milão,

    hospital de marinha.REMÉDIO SSM SSJV-

    dura. Cura «I-fica* das moles-

    QL| A tias dí1 pelle, fe-ridas, empinçens, frieiras, suor dos pôs, assa

    siardas, brotoejas, gi.

    Um jornalista vae passear i um bosque peri-goso, e 6 atacado por um ladrão. Sendo porúm re-conhecido pelo larapio, este diz-lhe:-Olhe, eu nâo lhe faço mal nenhum, com acondição de que ha de fazer em seu jornal umachroníca reclame, dizendo que este bosque é explen-dido para um passeio, e onde se aprecia deliciosa-mente um cigarro GAVROCHE, sem receio deser assaltado,

    —Quer então dizer. .Que o deixo em paz, em troca dos que me hão

    de cahir cahir nas unhas, em virtude da sua reclame.

    Numa salchicharia:-Oh I uma salchicha tão fina e tão cara ? 1

    Que quer minha senhora, são ordens do pa-trão.

    —Qual o que I hontem levei uma muito maisgrossa e até não paguei nada, pelo contrario.

    .Mi

    pM ! { fh w& \ m- o í I hwWm í

    Conhecera por vfcitiPois saibam que|Atai .. que leiNa rua, ou meínj

    Tônico Jajpameíf iPfumar o cabello e destruí)

    diário todas as enfermidadt

    Água Japonezapelle, e dar ao cabello a côr!o cabello e extirpa n caspaI

    1 , ~',V;^'

    _-- Olha, Thomé, tu vaes dizer a rainha

    — Vae buscar o retrato d'aquella dançari- .— Prompto, patrão, cá está o retrato, mulher que eu vou tarde, por causa de urana, que eu voa ao Moulin, sem que minha Olhe que a pequena é mesmo um peixão de negocio que vou ter entre mãos... Conso-mulher saiba; mas, caluda alto lá ! O senhor é um felizardo... la-a por mim, ouviste ?

    «5g-

    1| ¦*. ^J;,

    1 Júr-r-1¦s /"rS-i.§1 Tt-sJJ -L / 7

    * y-

    li ^^^^B o Pança Grls3rj"! brada 1-c.O rauB"

    íí-cúbee&tm.,

    — Oh ! diabo I Minha mulher deve estar —Ora aqui está o negocio qne o senhor —Ai, que a mulherzinha deu com o retra-desesperada commigo. meu marido tinha entre mãos 1... Uma to no bofço 1 Mas que diabo de peso sinto eu—Qual I Nem por isso; eu estive consolan- dançarina ! Ah! Mas a minha vingança é que na cabeça? Nao ha meios de atinar que dia-do-a... na sua auzencia, conforme o senhor eu também tive um outro negocio entre bo de negocio tratou minha mulher com odisse; e olhe que ella gostou b;ra... mãos... do Thomé. Thoraé na minha ausência...

    Jantar, que eu *ubaere para frita^

    LOTEHIAS DA Câ|HSabbado 38""1

    Pedidos A Compa*»!*i» Brazil.-CaixaPostaluUi

    ^%fetfl1í"-

  • PMKS5*S**™„--.-

    O RIO NU-25 DE MARÇO DE 1908

    ThfcHtro d'Q Hio Nú« jau no

    monólogo

    r vptura esta senhora ?|ue| a Rita Sarrabulhoevalernpre, a Udatiora...esiti era caaa, um bom... .embrulho.

    E' o melhor preparado para per-parasitas, evitando com o seu usoda cabeça—Rua dos Andradas n. 59.

    t-Qe effeito prempto para ainaciar a|que se deseja. E' tônico, faz crescerif-Rua dos Andradas qo.

    Eis como o coso foi, um pouco mais ou menos:lília disse lhe uni dia: «Entou de mal comtigo !Escusas dc jurar que és muito meu ainige...Nao creio, n.1o ha tal I Que bicho te mordeu ? INílo atas nem desatas, nílo saes desta apathia.. -E eu jíi não sei por fim o que dizer á tia IPortanto d cousa assente, o nosso amor varreul»

    üelle, que era mudo,Fez isto... (gesto) e disse tudo.

    «Pensas que eu brinco, não!» Replica-lhe apequena,«Pois franca t'o declaro, eu já nao estou p'ra mais IVou chorar muito, sei, e longe irão meus ais!Só p'ra flatos o tempo ha de ser todo pouco!Mas venha o que vier, sou forte, hei de vencer-me!Tem santa paciência, assim nao venhas ver-me!De mais a mais não falas I Antes furas mouco I»

    E elle, que era mudo,Fez isto... (gesto) e disse juda,—

    Mas nisso, outra figura entrou pelo aposento,Uma senhora magra, alta, quasi esguia,Cheia de pó de arroz e caracoes: a tia.Saudou, sorriu, sentou-se; olhou cora ar dengosoO moço namorado; arlou com anciã o peito,E poz no rosto um ar alegre e satisfeito 1Elle é que se mostrou bastante desgostoso!

    E, pois, como era mudo,Fez isto... (gesto) e disse tudo.

    Vae ella começou: «Meu caro, a raparigaTem mais do que razão, forçoso é concordar 1Esgota se a pachorra, a delia ha de acabar IDe mais, é bom saber, senhor impertinente,Que um cavalheiro ha, sizudo e delicado,Maduro já, talvez, mais rico e conservado,Que gosta da pequena e casa incontinente!»E elle, que era mudo,

    Fez isto... (geslo) e disse tudo.

    «Ella gosta de si, lá isso é innegavel!Eu é que já tenho dito muitas vezesQuep'ra namoro basta; dura ha quatro mezes!Ella não pode assim perder tao bom partido 1Depois eu tive uma lembrança luminosa,Idéia fulgurante, linda, côr de rosa 1Eu 'stou também disposta a procurar marido !»

    E elle, que era mudo,Fez isto... (gesto) e disse tudo.

    «Bem vê, numa menina a pressa 6 necessária,Porém na minha idade, o caso é differente,Pôde a gente esperar, sem mossa, eternamente 1Prestem, pois, attenção a isto que lhes digo:Ella casa com outro, e casa muito beralQuanto ao senhor, prometto, ha de casar também 1E nao diga que nâo, ouviu ?... Casa commigo ¦

    E elle, que era mudo,Fez isto... (gesto) k disse tudo.

    (Exlr.]

    '*¦ V?--£pf' ¦ És Pi

    Ella—Qual! Este romance é mesmo damnado... Sempre que o lei»,sinto assim uma vontade... nilo sei de que,..

    Elle -Lá esta Lili com o Culto de Venus As voltas. Vou dar-lhe uma...- beijocv, porque ella deve estar mesmo querendo..,

    u

    £//e-Toma lá uma beijoca bem estaladinha...£7Iri-Ai I não farjas isso, porque me fazes ficar ainda mais esquentar-

    dica do que já estou.,.

    4] / r-C

    GrjsBa, prestes a afogar-senulljer, não te esqueças de

    o Molho Electrico para ou ijpu ver si levo algum

    MITAL+» FEDERALcorrente

    Elle -Espera, espera! pára como balanço da cadeira, sinâo vou parardentro d'agua!

    Chimbum!

    de Loterias Nacionae»4' Rua i' de Marçc 38.

    —Senhor Marquez, saiba v. ex que a Marqueza acaba dedar a luz ura pimpolho que é o retrato de v. ex.—Qual I tu estás enganado; o pequeno nao pôde parecer-secommigo.

    Ella -Ora eesa agora! Justamente no melhor da festa.,. é que havias»de cahir nagua... Decididamente, com esse banho has de ficar com o enthu-siasmo írpsco .. e pu a chuchar no dedo... v.

    1'„iiihiIh Seecatlva «te São Lázaro — Esta pomada éhoje uni-versalmente conhecida como a única que cura toda e qualquer ferida semprejudicar o sangue, allivia qualquer dor como a erysipela e o rheumatismo

    , — Rua dos Andradas n. 59.

  • —— . .,

    O RIO NU-25 DE MARÇO DE 1908

    PALMYRA, A CASTAg>,j ra loura, de estatura mediana, nem gorda

    , nem magra, nem bonita nem feia. Apenas1 uma mulher moça.Nao tinha uma belleza singular, nem mesmo

    d'esses encantos que attrnhem a primeira vista edespertam logo sympathin ou dtsejo.

    Era preciso observal-a com attenção para no-tar que os seus olhos pardos eram de um oval per-feito, embora pequenos; que a sua pelle.apezar denflo possuir a delicadeza de um setim, era alva, e asua aspereza era até de um certo modo excitante.

    A bocea era de linhas firmes e côr sadia; oslábios bostonte grossos não tinhom o esthetica deuma pintura ingleza mas deviam ser saborosos nobeijo. Seu corpo pequeno e todo redondinho pare-cia confortável e robusto.

    Mas para notar tudo isso era preciso repararnella, porque Palmyra, não se fazia valer, não eranem faceira, nem desembaraçada.

    Tinha todo o aspecto de timidez e indifleren-ça das mulheres radicalmente honestas, incapazesde um desejo violento, de uma fantazia, de umaimpaciência voluptuosa.

    Nao procurava a companhia dos rapazes, equando estes lhe falavam, ella respondia com tan-ta reserva, que dir-se-ia desejava abreviar a pa-lestra.

    E quasi não erguia os olhos, usava sempre ves-tídos afogados, deixava cahir as saias de modo quenão deixavam siquer imaginar a forma das per-nas; todos os seus gestos eram castos e nao tinhajamais uma altitude capaz de provocar a gen-te...

    Em summa. Eu conhecia-a havia jã uns mezes,no convívio do hotel, e tinha opinião formada so-bre ella.

    Dizia commigo:— Esta Palmyra ê uma dessascriaturas que tem agua morna nas veias. Apostoque, com o próprio marido só cultiva o amor quan-do elle a procura.

    Si elle a deixar um anno sem um beijo nãose queixará nem sentirá falta disso.

    Ora, eu temo as mulheres frias; ás vezes chegoaté a apreciai as, mas não conheço cousa mais semgraça do que uma mulher fria, dessas incapazes de

    um delirio, de um gesto desvairado, dc um gemi-do altucinador.

    Por isso, colloquci Palmyra no rol das fora debatalha, e nunca mais me preoecupei com ella.

    Entretanto conversávamos quasi todos os diasporém, cada vez mais me convencia da sua inca-pacidade physica. Tratava de arranjar a minha vi-da por outros lados.

    Uma noite, porém, alta noite, tentando esprei-tar a línda Julieta, uma visinha com quem eu davasorte e cujo quarto ficava junto do meu, ouvi duasvozes.

    Julieta não estava só; conversava com a velhad. Mathilde e contava-lhe, rindo muito, um casoestranho.

    — Imagina —dizia ella,—quem havia de pensar IA Palmyra, tão moça, que parece uma santinha...Ha muitos dias ella me convidou para ir ao seuquarto á"noite canversar um pouco. Eu de nadasuspeitava.

    Hontem fui. Pois aquella desavergonhada co-meçou por se despir toda... ficou toda nua dcantede mím e depois queria beijar-me...—Não é possível... murmurou d. iMathildeamofinada.

    -Juro por Deus !—afiirmou Julieta - Parecementira, eu própria estava assustada. Ella queanda sempre com carinha de innocente, que pare-cia uma doida, e mepedia, suspirava...

    Eu fiquei assombrado coma revelação, e no diaseguinte observei com ardente curiosidade a ex-'traorcinana Palmyra.

    Ella mantinha o mesmo ar de todos .qs dias,como que alheia a tudo. Puxei palestras,'arrisqueiduas ou tres phrases um pouco brejeiras. Ella ou-víu-as com os olhos calmos como si a sua castida-de não percebesse aquillo.

    Seria possível que sõ com as mulheres ellativesse audacias de nervos?... Seria aquella cria-tura um caso monstruoso de lesbismol.. *

    Cheguei a imaginal-o por um instante, mas in-sistindo, murmurei-ihe em um canto do salão, phra-ses dúbias e picarescas, e surprehendi era seus olhosum lampejo singular. Foi rápido como um relam-pago, mas que fulgor I,..

    Eu entrevi um mundo de libídinagem naquel-les olhos pardos.

    E comprehendi então o terror de Palmyra, queera dessas criaturas que acham maior encanto navolúpia exaltada e louca, sob a mascara da hypo-crísía, com o mysterio das cousas occultàs.

    E tudo me confirmou essa suspeita. A linhasinuosa de seus quadris era um indicio infallivel desensualismo desmedido. A curva dos hombros, ocorte das narinas.

    Tomei uma resolução. O marido nao estava.Voltara ao Rio.

    A' noite, depois do chá, acompanhei Palmyrapelo corredor que estava quasi deserto.

    Deante da porta de seu quarto, detive-a ainda,falando d^ cousas indifíerentes.

    Quando notei o corredor vasio, empurrei-a desúbito para dentro do quarto e entrei tambem, fe-chando a porta. Isso foi tão rápido que ella, estu-pefacta, não teve tempo de pronunciar uma pa-lavra.

    Antes que ella voltasse a si da surpreza, cobri asua bocea cora a minha, e prendendo fortementeos seus lábios carnudos entre os meus, comeceifrancamente, sem ceremonias nem reservas a ex-piorar com as mãos exaltadas, o seu corpo roliço.Não tive o menor respeito, a menor hesitação,apertei entre os dedos gelados a sua carne rija,buscando as partes mais sensíveis, encaminhan-do-me directamente ao ponta principiai... da-quelle corpo feminino, onde eu queria despertar osappetites cuidadosamente oceultos, mas que eu sa-bia fortes e ardentes.

    Nao custou muite. Apenas a minha mão mer-gulhou na sua carne quente e lisa, apenas toquei napelle delicada e pura da mais sensível intimidade,ella esticou-se e prendeu-me fortemente virandoos olhos como em delirio.

    E juro que era toda a minha vida não encontreihetaira profissional, mesmo franceza, que me pro-porcionasse tanta volúpia com tão variada fantaziacomo a casta Palmyra.

    D. Villaflor.

    CAEWJVAnAS

    tWpfuiTA gente suppwe que não andamos nusmWm porque há necessidade de darmos dinheiroa ganhar aos fabricantes de tecidos e de couros,que fabricam as fazendas e o calçado que usamos,no emtanlo não é verdade.

    O habito de andarmos vestidos vem do séculoIII, porque já n'aquella época as moças mal edu-cadàs tinham o habito de não poder ver qualquercousa que não cubiçassem, e o que é peor, alémde cubíçar queriam pegar, e... d*ahi o flsgéllo doshomens que não podiam andar cinco passos, quenão se vissem na penosa contigencia de esconde-rem cem as mãos uma parte do corpo que eranaquelle tempo e ainda é hoje, muito cubiçadopelas moças.

    Um caso muito complicado traz o cérebro demeu irmão em sérios apuros para resolvel-o comacerto.

    Trata-se do seguinte: «quando eu nasci, elletinha o dobro da idade que eu, e no emtanto, actu-almente eu tenho 30 annos e elle tem apenas 31 ouseja, mais um do que eu *

    Como se explica isto ?Tratando-se de um caso de mathematica te-

    ratologica com evoluções sociológicas, dependendoportsiito dé investigações accentuadas de hyperto-legia julgo que só o da secção — «A Praça» da

    .A Noticia com a sua sapiência poderá resolver.Tenha a palavra S. Ex.

    Edital de um subdelegado de policiada roça.«Fica prohibido a ajuntamento de mais de uma

    pessoa; assim como é prohibido andar parado egritar em voz alta, sendo tambem prohibido ourinarencostado nas paredes ou evacuar era qualquer lo-gar d--sta villa onde possam ser vistos.

    Só épermittido o uso de andarem com os pásno chão, os pobres sem oecupação.

    Quem infringir estas ordens será degoladoparaavenguações.Zéca Esfria, subdelegado. j»

    O. VlElRIKHA.

    .O-Gi-go — Recebemos e agradecemos essacançoneta, musica e letra original de EustorgioWanderl-y.

    Sabei'... demais..W bella; é tão gracil quanto innocente, _____ E muito instruída a Elvira... Ama os poetas,E as grandes obras, lyricas, selectas,Dos trovadores—de Era não recente.

    Por isso, eu fiz-lhe um optimo presenteUm dia —as obras clássicas, completas,De Elntano (um tal Bncaje). Ella, contente,Era breves phrases, simples, mas correctas,

    A offerta me agradece, de valia.Porém, depois, na carta que me envia,(Na qual do livro as impressões resume)

    Assim se exprime :—A obra, bem sabeis,São sete tomos. E eu só tenho seis...Mandae-me, pois, o sétimo volume.,.»

    Escaravelho.

    O Peitoral .le Angico Pelotenae-Acura da tisíca, das bronchites, das anginas do pei-to, dessas tosses tenazes que muitas vezes sõ fia-dam quando finda a vida de sua victima, é uraproblema hoje praticamente resolvido para quemconhece o magnífico remédio tão popular no Bra-zil, o Peitoral de Angico Pelotense. — Deposito:Em Pelotas—Eduardo C. Sequeira. Rio—DrogariaPacheco. São Paulo—Baruel & C. Santos—Droga-ria Colombo.~PÊQUENAS_NOTieiAS

    Pelas ultimas notícias chegadas de Portugal,sabemos que era desesperador o estado dos doen-tes desenganados por moléstias graves.

    Na oceasião em que jantava hontem no hoteldo «Espirro Secco» o José Trincas engasgou se comum nervo duro, ficando bastante sfHicto. Chamadosdiversos médicos, que estiveram as voltas com oinfeliz durante oito horas, declararam que não en-ttndiam nada d'aquillo. Chamado depois o dr. Gou-veia, extrahiu facilmente o nervo.

    ¦ O Instituto dos Surdos Mudos foi hontem vi-sitado pelo dr. Calado, que por oceasião de se re-tirar proferiu um-brilhcnt-e discurso, sendo muito

    applaudido pelos alumnos que, em altas vozes, oacclamavam.

    No jardim da praça da Republica foram presoshontem, dentro da cascata, o José Ferrugem e d.Clara Fszcocegas, por estarem ambos em trajesmenores.

    Por não saberem explicar a razão porque as-sim se achavam, a autoridade mandou apresen-tal-os ao ministro da industria para serem apro-veitados na commissão do povoamento do solo.

    Ambos tinham em seu poder o romance Cultode Venus que se vende no Rio Nú.

    Calcula-se que a população da cidade tende aaugmentar diariamente.

    Não se sabe ao certo quantas pessoas devemmorrer no próximo mez.

    Na conferência da quantidade de peixes quecontém o mar, houve um engano, por isso vae seproceder a nova contagem.

    Falleceu hontem, agarrado á sua esposa, porse haver deitado còm a mesma após o jantar, o co-nhecido homem de letras, pintor das ditas, JoãoIsmael.

    A morte do grande artista foi muito sentida ecausou profunda impressão, principalmente por-que cinco minutos antes de morrer estava vivo.

    A bordo do paquete «Partido» partiu hontemo nosso amigo Rasca Taparta.

    S. ex. pregou-nos essa partida, mas em parteo desculpamos porque s. ex. parte para outraparte, e lá, as partes hão de atural-o porque elle écheio de partes. Não sabemos para onde se dirige,mas, pelo que nos disse, podemos dizer que ellevae aquella parte tomar fresco. Que tome bastante,são os nossos desejos.''

    Paladinos- O'convescote offerecido pelogrupo dos «Abandonedos» ao seu presidente,o IravoLord Palito Perfumado, e que teve logar na «Sa-manguayá» !oi o que se pode chamar uma bella edeliciosa festa, onde a rapaziada dos invennveisPaladinos da Praça Onze mostrou p'ra quantoserve.

    Embora tardiamente, aqui vão os nossos agra-decirnentos pelas attençues mnumeras que nos dis-pensaram.

  • O RIO NU—25 DE_MARÇO_PE 1908

    Hililiotlieiia Nacional-o.clluis. RuatioTPft

    C*RTEIR*a PE UM pERU'

    |],.jm1jesta vez.dispuz-me acorrer as zonas pcs-^ Jffsoatmente, e comecei í-s minhas cavaçòcs-& pelo Moulin, onde os pei Ú9 e as peruaçôes

    chegam as raias da sans façon.Cheguei precisamente no segundo intervallo e

    verifiquei Carmen dc Lildc atirando «ao alvo,»tendo junto de si, um baboso velhote commrrci*ante de modas a velar por dia, todo cabido. Tivecócegas de bulir com o gajo, e chegando-me, dis*se-lhe : «A pequena tem bom olho... hein ? I»

    O gajo olhou-me de esguelha, e eu fui umpouco adeante ver os outros.

    Lá estava o indefectível Campos ; não sei siem busca da Mery de Mary ou da Chilenita, o queé certo porém, é que a Mery lá estava igualmenteá uma mesa, tomando uma dose de Vinho Villard Aten, conversar d > era franeez com um respeita-vel perii, habilno manejo de línguas...

    Próximo aos camarotes, alguém garantia apróxima chegada da Annita Garganté, de gloriosamemória no Moulin.

    A Matalda que se previna com isso, porque,como antigüidade ê posto, ella tem que perder oGervasío, do qual a Annita não prescinde, sobpena de haver... tourada.

    Quando eu sahia, entrava o Malaqúias, sóciodo Feliz Bello, que anda tratando da felicidade deuma ex-polaca d3 zona Carioca, e tanto assim queo pândego saltou com ella de um automóvel, e foipara ura dos camarotes, e marchou no Champagneque por signal era Assis Brasil.

    Ahi, madama! aproveita emquanto,.. o Brazé thesoureiro.

    Ao retirar-me, fui abordado pelo Lord Pom-binho, que me informou de que o commendadorN. Eiva*, não se contenta mais com unia... andacom duas mulheres. Pelo menos é assim que seapresenta no Híg-Life.

    Como é adepto da boa harmonia entre parentes,de uma feita andou cora as duas irmãs «Bogals.»E' de força o commendador ¦

    Sahi finalmente, e já na rua esbarrei*me comuma «águia» do Castdlo Democrático.

    Atirei-lhe os verdes, e... o gajo cahiu comos maduros que foi um gosto, informando-me deumas cousas, ainda do penúltimo baile do «Cas-tello». * . " - '*

    Assim, por exemplo, soube que a Clara Por-tugueza deu tréguas A mala do «Palliuço**, certadé qüe,com-QS-s__s-(_nodernos amores».,, aprom*ptarã o Quincas.

    "~7;_

    A sua estada no «Cástello» despertou a babado ffChaby» de Villa Tzabel, e o chegamento do«Papa fina» que entrou com joguinho molle... Ca-ramba I como elles andam !

    Soube mais que o dr. Lambada estava pela -primeira, vez com ares de «cabrazaná», mudocomo um scpulchro... Seria por causa da süppos-ta doença da moreninha do 112 ? Chucha, Lamba-da, que é canna doce I

    A Favana também sahiu fora do sério, porqueo Chico «cigano-;, para fazei-a de «gato morto**atracou-se á Maria Portugueza. Apezar disso, en-tre os mortos e feridos todos escaparam.

    O celebrado Phoquinha também não desiste damania de aprender línguas... principalmente arussa; e como tem scisma de que é o «Lambada»o nosso repórter, vae para a janella do canto mas*tigar os seus amorofts escandalofís com a russoff.Ora, p. 1 .istoloffs I

    O Jamanta continua inabalável. Esta commu-nicação veiu por conta da Julieta. Grato pelagentileza.

    Soube também que o Peneira, pensando queo «Castello» por estar enfeitado com folhagens eraalguma floresta, andou a fingir de leão. Ora seumoço, Divas só no Olympo, e lá... não hão leon-zes.

    Depois de saber tudo isso, dei o fora no meuinformante, e fui até á Lapa, a cujo pessoal tenhodado uma folga.

    Soube logo que o Gaspar Maluco, escreve dia-riamenté. cartas e postaes á Aliçao,.declarando-lheuma paixão tão maluca quanto elle. «Mamãe mes-mo me disse que eu preciso de; procurar mulher»— diz elle—e eu direi:. ¦ «Porque é que você, seuGaspar não toma ura pingo de juizo?

    Fui também informado de que''a Julinha «Fon-fon» diz não querer mais amar de «vobis ao nico-lau»; que o seu predilecto será aquelle que maisarame escorregar. E o seu Buarque, o que dirá aisso ?

    Quando eu estava no Largo, passou junto amim a Nair dos tamancos. A gaja da sitcladade,vendo-me, parou para dizer-me que eu não con-tasse a vocês que ella está... intransitável... de-vído á umas chagas que lhe appareceram e que aprivam de fjnccionar...

    Prometti que nilo diria nada e aconselhei-a atomar uns vidros da Tizana Luia Dias Amada quese vende na rua do Ouvidor 155 sobrado, garan-tindo-lhe a eflicãcia do seu uso.

    Deixando a Nair, fui até ao Bar, onde soubeque o menina Mario, que muito sofire por causa daKmma, fez as pazes com todo o pessoal. Dizrmque elle foi visto juntinho dn ida cm viagem. ..paracasa, Aflirmam também jque a declaração deguerra foi «seria». Que iitipagivel scenat

    Pedem-me para saber porque a Bahiana estáempregando todos os meioí para afastar o Min-gota, da Maioral da Bancada. Respondam os sã-bíos da escriptura...

    Soube que, no Harem.dazona Presidencial,fo-ram encontradas no cultivo de uma adeantada roçaas sultanas: Maria José ..Francezinlia», Guilhermina«Sapa. e a Zinha, o que aliás durou tres dias. OPiaba que o diga. Safa I ma9 que pessoal I

    Deixando a Lapa, füi até ao «Chat Noir», ondevim o saber que o Paulo está em collisões porquea mãe dos tres filhos jíi sabe dos seus amores coma Aida «cavnllflo» que apezar de muito magraestá fazendo uso da A Sai.dc da Mulher.

    E por falar em Paulo e Aida: os «habitues., dacasa andam intrigados com as idas simultâneasdJesses dois gajos a «caixa» dosespectaculos... E'o caso de perguntar-se porque motivo o dr. Calraonnão os aproveita para o povoamento do solo...porque na verdade a cousa c escandalosa!

    Foi ainda no «Chat Noir..„que eu soube de queo Brandão «maitre tailleum está «queimado,, por-que o Plenipotenciario Transvaliano disse qüe orelógio dado pelo «maitre» á Bertinat, era frueto deum mez de labor. incessanteXQue belleza, hein seualfaiate? Até parece que você metteu-se em calças |pardas ¦

    Hoje, por aqui fico; mas, em breve contarei avocês umascerus cousinhas que se passam pelo• Chat Noir». Esperem e verão „qile suecesso ma-luco _

    Língua de Prata.

    Qallheriac Tell—Nova marca de cigarrosdeliciosos, cada carteira é premiada.

    Liras novas pra:!¦ie «Qnoi>,lnlÍ7n. oraanc.a de '°£°.'"e. IL~no Odttl UUl»iao lustrado comünissmias .e sensuaes gravuras, cora perto de duzentaspaginas— 2$ooo pelo. correio--$500.

    Virgens e Peccádoras »aVd__£Mendes, não é preciso dizer mais-aÇjSooopelo corr?Ío 2$50O. .

    ' ¦•—o—o—o—o—o—o—o—o—o—Thereza Philosoplm 7>ahqueiiese3tquenão se pôde annunciar, é um romance dostaes que fazem agente ir ao sétimo céo... Eas 20 gravuras que contém este livro ? neme bom falar .. custa, apenas 3$00opelo correio 4$00o por ser um livrogrande que precisa ser bem acondicionado.eeeeee_ee9s-«ese'i90oeit*iiifie

    A' VENDA

    Rua da Assembléa, 73'— -- ,-„-=-. i-i -- *•**£_'

    Gaixinha de EstalosCaramuru' (B. S,)—A modinha em breve, a

    «Irmã Rival», desculpe, mas... não pôde ser.J. Henriques-Além de ser mais velho do que

    a Sé,, precisa de ura concerto ainda maior do quea dita.

    "-.;

    Furão—Os «Echos» estão bons, mas muitofortes; aemais o rapaz é nosso camarada.

    Faça um pouco mais velado e mande.

    Um taberéo chama o medico para ver a mulherdoente.

    O medico :—Isto nao é nada, com qualquer sudorifico de-

    sapparece. Dê-'.he chá de violas.Desconhecendo o tabarêo a flor de violas e

    tendo uma rabeca, quebrou-a e fez o chá: a dr?en-

    Quebra CabeçasVersou a concluir

    Uma menina, coitada!Desprotegida da sorte;Andava pedindo a Deus,Que lhe desse emfim a morte.

    Afinal, certa pequena.Um coração de pombinha,Chegando um dia ao pé delia,Perguntou-lhe o que ella tinha.

    Ao que torna a rapariga:—fCom que pergunta tu vens 1Por causa de um primo meuJá não tenho ?»

    Charadas novíssimas

    O traque enrouquecido é asqueroso-2—*iEntre as duas tenho uraa saliência que é mesmo um

    ornato—2 -3Toma-se a medida no redondo pela cabeça*i-i*iCheira mal no olho a criança—-2 -1

    O que é! O qne é !

    Que tem um buraco onde a mulher mette odedo ?

    LICOR TIBAINA íf SR„E?.?„-inials eíncaz e reconimeudaüo — Rua Pri-roeiro de Março 13.

    ÇavagãoTenho recebido grande quantidade, de cartas

    e cartões: Uns, apresentam-me parabéns pelacer-teza dos prognósticos, e outros pedindo-rae paraser um pouco mais explicito, o que me é coraple-taniente impossível, porquanto isso depende dos

    > espiritos que tâo benevolarnente me auxiliam.O que se verifica d5ahi, é que, os que me feli-

    citam por haverem acertado, são maia pacientesna procura e na decífração do bicho que devedar, como de facto tem suecedido; portanto não émínha a culpa.

    Mas, vamos adeante, e vejamos o que disse oadeantadissimo espirito de Mirabeau, o grandeastrologo, que com tanto carinho se dedicava ao'estudo das sciencias oceultas, e do plantio do ara-me farpado,- e que tinha ainda o dom de fazer ospeixes fallar o allemão;

    Disse elle:—Judas negociou a vida do divinoMestre por 30 dinheiros; logo temos nós o Camel-Io. —Pedro, um dos 12 apóstolos renegou tres ve-zes aChristo antes de cantar o gailo em Jerusa-lera; portanto, grupo 3 que é o Burro, está evidentecom o final de 12, ou o Elephante na divisão, ouainda no Cavallo que o ladeia.

    Os Cyrineus em numero de 18 (Porco) dividi-ram-se por 6 (Cabra) e suecessivamente ajudavama levar a Cruz ao Calvário. Já se vê que pode-mos perfeitamente deduzir entre os grupos e fi-naes, que são também Águia e Cachorro.

    Pelo caminho do Orto foram oncontradas aiCobras chorando pela testa acima, o que quer di- -zer que se pôde arriscar também nesse grupo queé o Tourò/e que como se vê está ladeado pelo Ür-so e Tigre.

    118-812—047-353-763-057-80518-03-75-68-14-33-37

    Agora; para terminar, solhes digo uma cousa;munam-se de ura pince-nez telescopico hybrido dearos baçòs e symbolicos, atravez do qual, vereisem um dos bichos abaixo, a confirmação clarado.que vae dar hoje infallivelraente. *'"''*

    •; 1 1seio 11. 70.

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    te peorou.Voltando o medico e vendo estado da do-

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    —Então, deu o chá de violas ?—Não senhor, porque não tinha em casa, mas

    dei-lhe rabeca que também toca.

    Agora, meus caros, é procurar com paciênciae avançar no arame dos banqueiros.

    Chico Ficha.

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    -Vamos fazer uma pândega no Leme -Venha cá, bembem, náo se zangue; vamos então á Gávea.j-Ora I isso já está muito batido. —Peor ainda I

    'fzrs ístí ... l*"3_'gj_-'Sfè-»flel l*JS»_í'!•%_* rç_ | —Espera, vemos vêr ura'logar novo... Ah I achei —Vamos ao tal mangue onde se deu o caso dos e ngraxates?___H_ ___? g?1 —Ora, seií Gouveia! VocG pensa que eu Ieyo..-.-.'a-s_Tio? Jj ,. ^____^^__^ -_____.—. , ____==_____ _____.^__ .

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