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ANNO XVIII RIO DE JANEIRO, 23 DE JANEIRO DE 1915 NUM. 1631

$*ãf ^l, ' ^^e^àS&ií .4'?'""

WkíZt&A^'^

r^Wii—-.¦¦j-^-.jitf.C

/tV Vi «-fE3

¦'-¦>/ '• '

SEMANÁRIO HUMORÍSTICO ILLUSTRADONUMERO A*à'US,SO - «OO réis%>^v^,-i

Redacçao, escriptorio e orficinas - Rua do Hospicio N, 218 - Telephone N. 3515

^jlll *^rM%' tl7":

Que é que tens, meu amor, que estás tão pensativa ?"^Penso em que teria lucrado mais si me casasse com um homem em

vez de me.casai-.comtigo... - ,

HIR DE NOGÜEI Do piiarmaceutico e cbimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA ?;PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL ':

Grande.depurativo do sangue. Único que cura a "Syphills"Venüo-ao em todas as Pt.armacl.as e Drogarias.

=s (-) O RIO NU (-)=KSI 23 de Janeiro de 1915

Ç iEJSEPEaDaENTE J' ü —} d° c

Anno

J¦di) ___«?!> rou

FUNDADO BI» 1898

ASSIGNATURAS

. 12#000 | Semestre.

Exterior: Anno 20Í00ONumero avulso, 200 réis

7f000

de ora cm diante; mas não passe mais opincel sem cá vir o padre Jacintho „ .

Morto por isso estava o caixeiro, porquede outro modo nunca elle apanharia socie-dade na casa 1

Dentro de quinze dias o Joaquim eragenro do eommendador Batata...

H.

% Galeria Ariisiiea %Nos Estados e no interior, 300 réis

Toda a correspondência, seja de

que espécie for, deve ser dirigida ao

gerente desta folha.

ESE3^S_!^!S2£S2"^S3ESESSS=^^

eommendador Batata tinha umaúnica filha, uma rapariga de16 annos, baixa, morena, com

-.-^1^=---. um par de olhos negros comoazeviche e brilhantes como dois pharóes.

Havia muito tempo já que a Nicota seesquivava a tomar parte nas refeições orai-riarias, ao lado de seus pais, que nao ces-savam de lhe fazer recriminações a respeito.

Levas só a lamber manteiga e a comerpão secco e quando são horas de almoçar oujantar, não tens fome ! - "

Estas e outras pitadas do eommendadorBatata azedavam a rapariga, mas nao ademoviam do seu propósito: porque a Nicotaficava sempre na loja, com o caixeiro maisvelho, o Joaquim, emquanto os pais pai-ravam e comiam.

Um dia o eommendador Batata sentiucerto barulho na loja e desceu precipitada-mente a escada.

—- Que é isto aqui ? perguntou elle, no-tando a confusão do caixeiro e da filha.

Foi... foi aquelle fardo que cahiu —aventurou o Joaquim. .

E eu tive de correr — acerescentou aNicota —para não ficar debaixo d'elle.

O eommendador fingiu acreditar e or-denou á filha que se retirasse e se recolhesseao seu quarto. . .

Em seguida chamou de parte o caixeiroe perguntou-lhe:Quantos fardos o senhor marcou ?

Cinco, patrão.Não ha tal, marcou seis.Cinco! Olhe: uni... dois... tres...

quatro... e cinco !- —Venha commigo e eu lhe provo quemarcou seis.

E dizendo isto, o eommendador Ba-tata encaminhou-se para a escada, precedidodo caixeiro. ,

Quando os dois se achavam na salade visitas, o eommendador chamou a filha,qu** a"ppareceu um tanto desconfiada." — Vire as costas aqui para o Sr. Joaquim,

f senhora Nicota 1A pequena obedeceu, nao percebendo

natavina Nesse" momento o caixeiro coroucomo um tomate maduro : ao centro das for-mas arredondadas da pequena estava im-

presso a tinta ordinária o numero 5 — mas aocon r^

En*tãQ 7 Marcou Cinc0 0u seis fardos ?: —E' sim, senhor... mas eu pensei que

aauillo por trás não pegasse...Percebo- o senhor marcou por um

lado e a marca appareceu pelo outro ! Istonuer dizer que o senhor tem um,pincel ma-efed Pois, meu amigo, aquelle fardo e seu,

Avisamos nos IcHores que nenhumfalta «li* nli-umas cslainjKts «ia nossaGalci-ln Arlisllea,'c qncirain comple-(m* a collccçfio, que cm nosso escrip-torio existem exemplares <!«• (oilos«s números do IH» SV desde o ini-c-i» da publicação dessa «nlerla.po-dendo kí->- adquiridos sem «mjiiiciiti»

dc preço.

«Uma moça deseja encontraruma criança de qualquer idade

para criar.»

(Do Jornal do Commercio.)

Não ha nada mais fácil neste mundo :A criança arranjar, do pé p'ra mão...Podemos, com prazer o mais profundo,

Em cima de um colchão !SURICO.

|.U|I L LgpM\ I

mm ¥n§m - uê-áíáte . *

QUE SUSTO I

Foi em uma noite límpida e amena queeu tive a suprema ventura de me encontrarcom a encantadora joven com quem em certodia tle carnaval travei conhecimento.

Escusado é dizer que a personagem emquestão é uma estonteante morena, de unsolhinhos graúdos e pretos, dona também deum corpo esculptiiralmente feito, a que opróprio São «José» não teria resistido, si a ti-vesse visto.

Tendo eu o habito especial de ir atraz...dos filhos da Candinha, convencido estavade que a minha diva não mais era possuidoradas celebres moedas, que nós, os barbados,não vacillamos em «gastar» antes mesmo decompletarmos unia certa idade e sem o re-quisito de tolas formalidades. «Arrumei» tudoquanto era sabedoria em cima da minha ella.A principio a coisa custou a entrar... mascom um geitinho que só cá o Dégas conhece,consegui que a todas as minhas perguntasella respondesse: Sim!

A minha primeira pergunta e a únicaque deveras me preoecupava, foi esta:

Escuta,meu anjinho, tu ainda não per-deste os teus tres...os teus tres... botões?

Ao que ella,baixando os olhos e fixandomuito o ultimo botão do meu collete, respon-deu-me:

—Jál Felizmente não ha impecilio algum,podemos... amar á vontade...

Dentro de poucas horas eu e ella da-vamos entrada solemne num vasto e perfu-mado «ninho», para logo após entregar-mo-nos de corpo e alma ao sonho de amorde lia muito por mim sonhado • • ¦

Ao despertar, porém, fiquei horrorisado,porque meus olhos ao fixarem-se no «ninho»descobriram manchas... muitas manchas...

Filha, tu me enganaste I... disse eucom a voz oppressa pela commoção.

E, ella abraçando-me, disse:Não tenhas medo, filhinho; eu bem te

avisei que todas as minhas viagens são feitasde paquete...

Safa!... Que susto !...E foi assim que eu vi rompida a Au-

rora...!JOTA ESSE.

Licor T.bainaO melhor purifica-

— dor do sangue ~

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

A patroa não quer hoje o jarro d'ag»a?Não. Hoje, não funeciono. Estou to-

mando Peitoral dc Angico Pelotense, para for-tificar o peito.

Um freguez entra no hotel e pede umbife.

Minutos depois desata a chorar.Correm o dono da casa, o criado e ai-

guns freguezes.Por que chora ? Sente-se.doente ?

O freguez, indicando o prato :O bife é tão duro que resolvi enterne-

cel-c com as lagrimas!

Já está á venda o n. 5 da «CollecçãoAmorosa», intitulado SANDWICH, minuciosanarrativa de uma recem-casada que, escre-vendo a uma amiga ausente, pinta ao vivotodas as scenas de amor que praticou com omarido desde a noite do casamento.

Preço, 500 réis ; pelo Correio, 800 réis.Os pedidos de fora, que. só serão atten-

didos quando vierem acompanhados da res-

pectiva importância, devem ser dirigidos a

ALFREDO VELLOSO

Kua do Hospício !í I 8 -- «io dc Janeiro

23 de Janeiro de 1915,,——-íb

r——_"—-¦ —~~r,-z^' Í-3T ' .1

líte^^P^_ ^_|_____3b__-____£_________3^^

CD.Quem é, afinal de contas, o director da

companhia que está actualmente no theatroRepublica?

O Leal, na sua entrevista (?) com o Cor-reio da Manhã, disse que era elle ; os annun-cios a principio diziam que era o Antônio-Gomes e agora dizem que é o Sr. Luiz Ga-Ihardo.

fa. Por falar em Republica e em compa-nhia Galhardo, a revista Pila Nosso vai devento em popa.

Cada noite, apparece na peça uma no-vidade em que o compadre mostra as suashabilidades de palhaço.

E a companhia intitula-se «Cyclo Thea-trai». Não haverá engano? Em vez de Cyclo,não será Circo?...

ar A pedido do nosso amigo Moraes,empresário do Republica, retiramos todas asnotas que, com referencia ao Carlos Leal, ti-nhamos para este numero.

Foram de tal ordem os argumentos doMoraes que quasi nos arrependemos de terdado as dos números anteriores. Nâo sa-biamos, francamente que o Carlos Leal comas nossas notas ficara possesso a ponto de sepôr ao alcance de uma congestão cerebral!...

Depois, digam que não somos camaradas 1ar Ao bandarilheiro Manuel dos Santos

agradecemos as informações que nos mandoude Lisboa sobre as bellas qualidades da Filo-meu a." Mas, como não somos pretendentes, nãoachamos caro nem barato dez tostões. Isso,porém, deve ser lá no Ferregial. Vão ver queella aqui é muito capaz de querer cinco milréis. -ar Vamos apostar em como a CarmenPocariça anda de mal com a Elisa Santos...

Só assim se explica que a D. Carmenqueira que perguntemos á D. Elisa o quequer dizer essa historia do medico, com a D.Palmyra Bastos.

Ora, D. Carmen por que é que não trata,antes, de arranjar melhor embocadura paracantar?

ar Divorciou-se, ao que se diz, a D. Fi-lomena.

Parabéns ao major Gabirti.ar As coristas do Republica vão organi-

zar um festival dedicado ao Santos Cliauffeur:Amor de 40 H. P, assim se intitula a tra-

gedia a subir á scena e que é original do ex-jornalista e ex-secretario. ¦

ar A Amélia do Republica além de nãopagar aos chauffeurs ainda por cima os des-compõe quando elles vão cobrar.

Olhe, m'nina, isso é bom lá para o Caféde Roma onde o Carlos Leal as contrata, en-tendeu ? '¦

ar Que lindos diálogos se travam pelotelephone entre a Silvina e a Bertha Silva!Um verdadeiro encanto!

ar Vai fazer-se uma reprise do 31, sópara experimentar se a Chica Martins é capazde cantar sem ponto o Fado dos Farturas.«e_ Uma das virgolinas do Pinto Lacroix,a que deixou as calças no jardim do Recreioha quatro annos, a Lectícia afinal, zangou-secom a Emma, sua sócia, por umas pequeninascoisas (miudezas). Foi preciso dar água decu-co lavado á Emma p'ra ella resuscitar doataque...

ar Olhe, seu Mendonça : caridade a ere-dito é muito feio. A enfermeira está espe-rando o arame.

.» ' __ \,;i ' -Cf. )

-^íE>á_51©

m (-) O RIO NU (-)"_f_.

HARpA REalgTRAD/. *

A exposição de roupas feitas e de fazendaspara as fazer sob medida na AlfaiatariaGuanabara, á rua da Carioca n. 34, mereceser apreciada.

Ha ali de tudo para todos os gostos e paratodos os preços, e estes, comparados aos deoutras casas, deixam-n'os a perder de vista namodicidade. Parar á porta da conhecida Alfaia-taria é sentir-se tentado a entrar e comprar. Sóno afamado 34 é que se pôde vestir com ele-gancia por pouco dinheiro.

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedi-dos do interior, dando-se agencia.

ia- Porque c que o Sampaio depois quefoi barrado pela Filomena, não voltou ao Re-publica?ar Parece-nos que o Carlos Leai, destavez, não tem razão de queixa contra nós.

Apenas duas vezes é citado o seu nomee, em ambos, muito ao de leve como podeverificar.

JOÃO RATÃO.

Au Bijoü de Ia Mode Grande depositode calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional e eslran-geiro para homens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. 80 — Te-leplione 3.660.

@ ®©!FPE_._:0--_: _-¥<_.

«Uma senhora viuva, moça,deseja encontrar um senhor dis-tineto que a queira proteger.»

(Do Popularissimo.)O' moça, eu satisfaço o seu desejoEm que um bom. coração se adivinha,E para não perder tão bom ensejo,

Leve a minha!CAPIRÃO EUTICO.

©Colleccão amorosa JQ^lf

Composta de cinco romanceies editados pelo Rio Nu,a saber: n. 1, Amores de um Frade, pica*reíca historia de frei Ignacio, um tanlarrdo que soubegosar o que de niellior existe neste mundo — o amor;n. 2, Noite de Noivado, em que são narradasas peripécias de uni noivado em que a noiva é tãoescovada como o noivo; n. 8 RIadame I-liliet,deliciosa narrativa da vida amorosa de unia mulherviciada, em que ella, afinal não leva a melhor parte..n. 4, Gasta âuzanna, extravagante historiade uma doiuclla, que só deixou de o ser depois dchaver provado o amor por vários modos que nâocomprometiam, a sua virgindade ; e n. 5, Saild-wicli 1| narração minuciosa de uma recem-casadaque expõe a uma amiga as peripécias das scenas intimasa que a sujeitou o marido. Qualquer desses volumes, que se vendem juntos ouseparados, i razão de SOO réis cada lim, constílueuma leitura amena, muito recomniendada aos infra*,queridos de todas as idades, nâo só pela linguagem alta-mente excitante em que elles são escriptos, .orno tam-bem pelas lindas e suggestiyas gravuras que os orname que são mesmo dc fazer resuscitar um defunto.Os pedidos do Correio, aos quaes devem acompanharmais 300 réis para o porte de cada livro, devem ser

Alfredo Velloso .RUA D0 mm im__»____,__...._,_ _.„.„. Rio de Janeiro

;____:A colIecçAo completa será enviada

a quem a pedir enviando aquantia de 3$500 (em dinheiro).

Depois do banho

Tu sabes que não te minto...Ha muitos mezes que sintoCá dentro do coraçãoComo que enorme vulcãoDeitando lavas e lavasPelas janellas escravasDesta alma que é tua só !Si revolvesses o pó .Dos meus amores perdidos,Podias vel-os reunidosNeste que agora te dou...Por menos já se matouUm dia queixoso amante...Não fiques mais hesitante...Somos sós... não tenhas medo..Tira o dedo !

Si me resistes, entãoArranca-me o coração,Oh ! minha doce Pepita ICoração que só palpitaPor ti noite e dia, em vão !Abre a cratera ao vulcão...Mas não te mate o remorsoDe teres sido o meu corsoE auetora do meu fracasso...

Ui! Que... braço !

Repara : não posl|| mais...Dormem lá dentro-t_5_s pais,E a lua, a pallida lua,Ao ver-te assim—núa, mia,Do banho sahindo á pressa,Nas tuas pomas tropeçaE vai descendo... descendo...

Está doendo!

Deixa-me ter um momentoDe amor ao menos, de alento,E a vida tira-me após 1Si nos achamos a sós...Podes matar-me, Pepita,Porque ninguém acreditaQue a tua mão apunhale...Mas não exijas que eu fale ;Olha que vou ficar louco I —Já falta agora tão pouco...—E eu não revelo a ninguém...

— Sim... meu bem !TORERO.

No quartel:Sargento IPrompto, meu capitão !Por que motivo castigou o 34 ?Porque apanhei-o a imitar o meu ca-

pitão diante da companhia toda.A imitar-me?... mas-que. fazia esse

maroto ?Repetia as vozes^de commando ber-

rando como uma besta.

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GALERIA ARTÍSTICA

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(2° Série) "X N. 37

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(-) O RIO NU (Ç) 23 dc Janeiro de 1915 |j_g]=

Quatorze versos— Eu te agradeço immenso, ó minh'amadaClarice, o teu cartão de Boas Festas,Escripto em phrases, qual mais delicada,Tão simples quão sinceras, quão modestas...Na Crise Urticubal, crise damnada,Que atravessamos, quasi todos, estasLembranças, partir fazem, na fincada,Da nossa mente, as agonias mestas...O meu desejo, o mais sincero, ardente,E' que o Deus Padre Eterno ümnipotenteA já semi-velliice te renove...E — si uns cem annos, forles, bons, serenos,Não logres completar, logres ao menosFazer sessenta e mais uns oito.. .ou nove...

ESCARAVELHO.

Uma senhora entra numa loja de louça epergunta ao caixeiro:

O senhor tem... vasos nocturnos ?E de muito boa qualidade, minha se-

nhora !...E o caixeiro foi buscar diversos spe-

cimens do objecto pedido.A fregtieza começou a examinar um por

um, dizendo :Este é pequeno... este é grande de

mais... este outro tambem é pequeno...O caixeiro interrompe-a :

Si nenhum desses lhe serve, mandareifazer um a -seu gosto. Queira ter a bondadede entrar naquelle quarto.Para que ?

Para tomar a medida...

f

WM&m MMCONTOS RÁPIDOS

Linda collecção de contos rápidos a300 réis cada exemplar com uma bellae suggestiva gravura impressa em papelcoucíié.

Os doze primeiros desses contos in-titulam-se : O tio empata, A mulher defogo, D. Engracia, Faz tudo..., A ViuvaAlegre, O menino do Gouveia, A Pulga,O Correio do Amor, Dobres, FamiliaModerna, Na Zona... e O brinquedoconstituindo uma preciosa bibliothecade leitura rápida e. v estimulante.

Cada exemplar ctísta, pelo Correio,500 réis; mas quem quizer obter a col-lecção completa dos doze enviará ape-nas a importância de 4J500.

Pedidos, acompanhados das respe-ctivas importâncias a

ALFREDO VELLOSO218, Rua do Hospício - Rio de janeiro

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Pfl?S¥MiD><0>.UH-§©>

«Uma moça branca precisaque senhor se preste a ser seufiadorpara o aluguel de pequenacasa, deseja-se seriedade e dis-creção.»

(Do jornal do Commercio).

Com toda a seriedade e discreçãoEu venho offerecer-lhe sem desdouro,Em vez de fiador p'fa a habitaçãoDou-lhe o meu matadouro.

EURICUBACA.

ibliothéca tio "Rio WAs pessoas do interior que nos í<-zerem. pedir!»», de tuna sã ve*. delodosos livros que enmprtem a EE1-Itllollicc.-t .1,, KIO KV, ||qsár'a» <leum abatimento qué riíto pôde serfeito nas eneominentlas pareella-das. Ate. a presente data. a BJShiio-«liceu consta <lc 'Ui volumes, quervendidos um a um fíeam para osleitores do inferior, mima despeza

total lie 'IISHÜII.29cs.le. porem, que <> pedido ahraii jaTODOS on livro» dn Hililiolliccn, |>ò-demos enviar, os *i« VOLUMES pela

importaneia de

sem outras despezas, Aquelles que•se qsiixerem aproveitar dessa vau-taqeni fa?am suas cneommeiidas,aeompaiBluidns ila respeeíiva lm-

portaneia. a

ALFREDO VELLOSO

Estima «I» Slfljsgsâ-í-âíí - SISKIO !>!•' .g.&XIHKO

«Um senhor viuvo com umafilha de cinco annos, deseja en-contrar uma senhora honesta,zelosa e amiga de crianças paratomar conta de sua casa.»

(Do Popularissimo.)Mais de um desejo engatilhaA cata de quem acceite :— Ama secca para a filha,Para elle—uma ama de leite!

CAPIRÃO EUTICO.

BREJEIRADASMimi era o filho mais velho do pansudo

Hilarião, tinha apenas 6 annos e além demuito vivo era intelligente, meigo e amável.

Um dia o commendador Faz Formas foivisitar o Hilarião e fez ao Mimi tantas festasque provocou da parte do pequeno o desejode retribuir as gentilezas.

Estava o commendador repimpado nosofá do gabinete —quando chegou o Mimi eoffereceu-lhe uma pitada de rape, pedindoque se servisse do bocado que elle trazia namão.

O commendador, que desde criança seacostumara a tomar e nunca tinha perdido ohabito, (achava até que era a melhor coisadeste mundo) acceitou e, levando o rape aonariz,espirrou immediatamente exclamando!:«Esse sim, é bom !»

E' de vovó, disse o pequeno, muitocontente.

Como pudeste obter este bocado derape, menino, si tua vovó tral-o sempre es-condido e não offerece a ninguém ?E' que vovó foi á casinha e eu apro-veitei a oceasião para metter o dedo na bo-ceta delia e tirei este bocadâo. ¦

Conheço pelo cheiro, é da boceta detua avó, é, disse o commendador com umalegrão deste tamanho...

BREJEIRO-MÓR.

_& ip itJafflètMè-aHa muito sou professor. Preparo meus

alumnos na convivência dos números porqueos algarismos, dando que pensar, aclaram océrebro.

Pazes bem I Só no numero è que haabsolutisnío.

E' certo ! Ensinando tudo, dever dospreceptores, quero que qualquer destes fede-lhos faça com facilidade qualquer operação!Chama aquelle pequeno, por exemplo, o maisatrazado l

Pois bem ! Vem cá, menino ! Vou tefazer qtialro perguntas para avaliar teu adi-antameuto em taboadas! Responde-me: 8e 10?

Cachorro no antigo.e porco no sal-teado!

Bravos I Perfeitamente! E 50 menos 10?Jacaré no salteado e coelho no antigo'.Maravilhoso! Rapidamente agora: 9

vezes 7.Leão no antigo e gallo no salteado!Supimpa ! E 1000 divididos por 10 ?Vacca nestes dois systemas.Por mim estás approvado e a vacca

é bom palpite para hoje I

(D¥OEPB?5

Ao prezado amigo fosà Montenegro

Eis o pallio de estrellas scintillaiido,Mudo contemplo a terra embevecido,No mysterio da vida imaginandoSem nunca, emtanto, tel-o comprehendido.No pensamento meu triste e perdidoPelo azul que Diana vem dourandoVejo passar alegre e coloridoDas mulheres que amei, o gentil bando.São todas bellas e com amor me fitam,Convidam-me a apertar nos seus abraços,Suas carnes pagas, de ardor palpitam.E emquanto um ai, de minha boca escapa,Nuas, eu vendo-as sacudir os braços,«Vou desfiando o meu flautim de capa»

HAVAES.

Encontram-se dous amigos :01<i! que me contas de novo ?Ah ! Estou contentissimo! Consegui

saber o nome daquella pequena da Lapa...Lembras-te?

Sim. E foi ella quem t'o disse ?Qual I Hoje viemos no mesmo bond e

pude ver no seu broche o nome por extenso.Como se chama então ?Souvenir 1

Pois sim...

«Em casa de senhora dis-creta, no Cattete, alugam-sequartos mobiliados para des-canso de cavalheiros distinetos».

(Do Jornal do Commercio.)Descanso offerecendo a cavalheiros,Senhora do Cattete, não me engodas...Si fazes uns annuncios tão brejeirosE' que tens... é que tens casa de

"modas...

EURICUBACA.

«Ssü.íüíí, :í';,j< ¦¦...

.-o .-::'."•¦ - .- ; ...... ......... '.-.-ei

=-=r====g^- 23 de Janeiro de 1915 [7P5\L (-) O RIO NU (-)

mml UemMímm

OAmbrosio Cuecas está meditaburido

) junto- ao piano, com os cotovellos"" apoiados sobre as pernas e a ca-beca espetada nas mãos.

Olha sinistramente para o chão, comoquerendo ler nas taboas o segredo daquellavida sem amor...

Casado havia mezes apenas, a cara me-tade não lhe deixara beijar ainda a metadeda cara, tal era a repulsa que elle lhe inspi-rava. Não sahia á rua, não lia, não con-versava... Era um suicídio lento aquelle viver!

De repente, o Afnbrosio levantou a ca-beca, dirigiu-se para o espelho, examinou aprópria physionomia e monologou assim:Não I Esta cara não é tão repugnanteque não vença o tédio de Eulina. E' precisoconquistal-a, custe o que custar!

E encaminhou-se para o aposento da es-posa, que parecia adormecida.

Senhora ! Senhora !Que me quer?O que lhe peço ha mezes, incessan-

temente, desesperadamente, sem o resultadoque o próprio dever lhe impunha.Não ! Nunca !

E si eu a forçar...?Eu grito.E si eu a matar?Prefiro morrer a ceder.Pois bem : faça o que quizer, — pro-ceda como entender: mas hoje hei de pos-suil-a de facto, como já a possuo de direito...

E dizendo isso o Ambrosio atirou-se áesposa, segurando-a pelos pulsos, amorda-çando-a com os próprios lábios, subjugando-apor fim sobre o próprio leito.

Ah 1 mas nesse ponto o Ambrosio quasicambaleou, pailido, tremulo, mudo, olhosdesmedidamente abertos I

Eulina aproveitou esse momento de con-fusão para erguer-se do leito e fugir doquarto...

A' noite, Ambrosio vestiu-se e sahiu.Uma vez na rua, dirigiu-se para casa dos pais

de Lulina, e pediu á sogra que lhe concedesseum momento de attenção em logar reservado.„„„ . " na levou ° Eem'° para o seuquaito, e, antes que elle a interpcllasse, in-terrogou-o.

E' realmente extranhavel esse caso,ponderou ella, depois de ouvir o genro.E que me cumpre fazer agora ?i

~ Fazel-a tomar gargarejos de pedranume durante algumas semanas. Garanto-lheque e ínfallivel este remédio... Tenho a for-falecer-me a convicção a própria experiência.Então o mal já vem de trás?Que quer? A gente não é de ferro 1...

VIOLINO.

Licor TibainaO melhor purifica-

**•* dor ao síingzie —

GRANADO & C. - Rua i° de Março, U

¥^í*»03?3En,r3.e>

«Uma moça que vive de seutrabalho precisa que um senhorsério lhe empreste 150 mil réis,para solver um compromisso,pagando-se como combinar.»

(Do Popularissimo.)O seu pedido vai pegar de galho,As pelegas que quer, qualquer lhe abona.. .A gente logo vê que o seu trabalho

E' de... braço.BARRIGUINHA DE MACACO.

Está á venda —A PULGA— Grande sue-cesso da nossa esplendida collecção.

Perfil... pérfido

HELENA «PARIDA»Helena é um typo de mulher trintona,De enrugadas olheiras, tez morena;Tem um palmo de cara que a condeninaA deixar a missão de marafona.Andou de «zé pereira» pela zonaCom uma barriga que mettia pena!Encerrado no ventre tinha, Helena,O produeto immoral de uma «carona».E foi mãi afinal... sem dar um ai,Deu á luz um pimpolho cabeçudoQue nasceu procurando pelo pai.Helena é como um tunnel... pela frente,Passa mais que um pimpolho, passa tudo.Passa o «Minas Geraes», folgadamente.

MAS d'AZIL.

Ifílil^flIG.SfS

«Uma moça distineta, de boafamilia, deseja ser governantede casa de cavalheiro de finotrato.»

(Do Vovô.)Ao ler um tal annuncio a gente fica,Ante o caraduris.no, embasbacado...E' moça de familia... repinica

Ou do Chico Rasgado.SURICO.

Agna JaponezaNão ha outra que torne a pelle mais

macia. Dá ao cabello a côr que se desejaE' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. — Ruas: Andradas, 43 a 47 eHospício, 164 e 166.

scZ^ÍMLs FOLHETIM 15

SinHíT— POR —

= V. DE NOVAES ^

_ —Creio que não ; quem naturalmente

viu e contou a elle foi o criado.Despeça esse criado quanto antes.Não posso. . .Por que?Porque. .. porque elle é protegido

de meu marido.Receia então que o tal Santos ?. ..Conte tudo a meu marido. ..

E' o diabo!— murmurou Jorge,cocando a cabeça.

Foi por isso que resolvi procurar-te,meu Jorge. Posso chamar-te meu Jorge ?

Pode sim. . .Mas. . .Que me aconselhas a fazer?Isso é um capitulo complicado. . .Não tens uma idéa ?Assim de repente, não. E' necessário

primeiro reflectir.E si o Alonso, ao chegar em casa,

já se xiver encontrado com o Santos ?

E isso é fácil ? O tal Santos sabeonde encontrar teu marido ?

—.Não. . . Mas o acaso. . .. —Uma vez que não ha certeza de que

elle vá ter immediatamente com o Sr.Alonso, o melhor é pensar no caso antesde agir,

Devo então ?Voltar para o seu quarto e não se'

dar por achada. Antes de sahir lhe dareios conselhos que julgar acertados,

—¦ Confio em ti, Jorge IRetirando-se D. Sinhá, ficou o estu-

dante a pensar no melhor meio desolver aquella situação embaraçosa.

E não deixava de se lastimar por se verenvolvido naquella encrenca, com que,afinal de contas, elle nada tinha.

Só pelo facto de ter agradado á mulherdo hespanhol e de ter gosado nos seusbraços uns breves momentos de prazer,já se via na obrigação de protegel-a contraum typo que elle nem conhecia.

Mas o que é certo é que elle se sentiaapaixonado pela mulherzinha e lhe pro-mettera uma solução; estava, pois, naobrigação de agir.

Mas como ?Reflectiu durante alguns momentos e

e depois decidiu-se. Foi ter á porta doquarto de D. Sinhá.

Então ? — indagou esta.Quaes são os signaes desse tal San-

tos?Baixo, gordo, moreno, bigodes re-

torcidos, um grande signal preto noqueixo.Bem. Vou escoral-o á porta.Não vás provocar um escândalo.

Fique descansada. Havemos de nosentender perfeitamente.Escuta. Como te vais apresentar aelle ?

Como um parente seu.—- E si elle não engulir a pílula ?

Deixe a coisa commigo.Jorge de Souza desceu as escadas e

postou-se de sentinella á porta da rua.Dahi a pouco, chegava Alonso.Vinha risonho. satisfeito, e estendeu a

mão ao estudante:Olá, doutor! Por aqui? Está to-

man-do fresco ?Não, senhor. Estou á. espera de um

amigo.Quer vir jantar comnosco ? .

(Continua)

(-) O RIO NU (-) 23 de Janeiro de 1915

Versos de Lalá

«E's figurinha do outonoQue anima a alma do povo;Sò tu me tiraste o somnoNa noite do anno novo»

(Um poeta)E'ra uma vez o seu amor; agoraLalá prefere se deitar sosinhaO moço «ingrato» que ella tanto adoraNão lhe teiu mais aquelle amor que tinha...

Por elle, se anniquila, se amesquinha,A sua vida tão feliz, outrora IFigurinha do outono, figurinhaQue, ás vezes rindo, muitas vezes chora.

Vida que o amor anniquilar promette —Tem o riso da pallida MadonaE o olhar de quem só gosta.. .de anisete.

Figurinha do outono que apaixona...Tem um grande defeito a irmã da Beth : —Não garante as dormidas de «carona».

MAS D'AZIL.

FecinraáMaidl©... iranedlfidaO Sr. doutor ha de perdoar-me a im-

pertinência; mas eu sou de todo profano, epreciso esclarecer a minha situação.

Esclarecel-a-ei tanto quanto puder...Sou casado ha 11 annos e nunca tivefilhos...

E' natural.Natural, doutor?!Pois si ha tantas senhoras estéreis,

quanto mais...Ah I Pensei que só o Abel Parente é

que... Nada 1 O Parente apenas esterilisa asque são fecundas em procrear.Então já estou mais tranquillo... Safa!Olhe que sempre raspei um susto 1

Só por isso ? !Mas... outra coisa, doutor: minha

mulher é extremamente... Não sei comodevo dizel-o I Olhe, é assim como um barrilde pólvora quando se lhe chega uma brasa...

E' inflammavel ?Exactamente.

Então o senhor deve ser uma brasa?Sou justamente o contrario. O senhor

sabe que a brasa dura em quanto pode ali-mentar-se; ruas eu já estou com sessenta eoito no corpo, e nesta idade a brasa é— glacial I

Tem razão. Que idade tem sua se-nhora ?

Vinte e cinco annos.A differença é grande, é. Ella casou-se,

portanto, quando tinha apenas 14 annos?Como é que adivinhou ?Tenho um grande talento intuitivo.. .

Não ha nada como a gente estudar 1O senhor está sempre em casa?Sempre.

Eis ahi o mal.Sim ? Bem ella me diz...O senhor, nesta idade, precisa fazer

uma viagem pelo interior. O campo tonificao organismo, levanta as forças, restaura ovigor perdido... Si o senhor fizer uma via-gem dessas, ao regressar estará apto parafecundar a mais estéril das mulheres.' —Si o doutor me garante isso, eu soucapaz de partir amanhã mesmo.

Faça-o. e eu lhe garanto o suecesso.O senhor disse-me que tem sessenta e oito?

Já feitos.Pois bem : parta amanhã mesmo, e

venha fazer os sessenta e nove em casa.. .E'

bem provável que daqui a um anno sua se-nhora já seja mãi.

Ohl como eu teria prazer com isso IHa de tel-o; e eu não o terei menor...O doutor far-me-á o favor de con-

tinuar a freqüentar a nossa casa?.. .Sem duvida 1 Agora principalmente,

que a famiiia fica sem o" primeiro membro...c tem necessidade do amparo de um estranho I

HERODES.

T...eic.. •£!.ng.oiBex

Para perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas : Andra-das, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

® <§.SlfPH_30ít_0

Recebi o pendão que me mandasteDo perfumoso e branco sabugueiro,E aqui tenho levado o dia inteiroMordendo-lhe a macia e débil haste.

Este leque alvejante que cortasteTu própria, te empinando no canteiro,

E eu contemplar quizera esse contrasteDe uma flor a fazer de jardineiro —

Sabes o que me lembra? ora imaginaiCo'a sua côr nitente, adamantina,

Outro mimo da flora brasileira.

E eu ponho-me a pensar, querida Elvira,Que a dares-me este ramo eu preferiraQue me desses a flor de laranjeira...

Um sujeito dá com outro á beira de umrio bastante fundo e caudaloso.

Que diabo de pasmaceiraé essa? Queestá você embasbacado ahi a olhar tâo at-tento para o rio?

E' que minha mulher mergulhou eainda não appareceu.

Oli! diabo I E ha muito tempo?Não; ha coisa de duas horas apenas.

COLLECÇÃO DE FOGO

Consta esta primorosa collecção de cin-co álbuns cie vista», contendopliotographias tiradas do natural e porisso mesmo expressivas, instruetivasc... aperitivas. — — —A collecção completa representa .»0posições diversas, com as respectivasexplicações e constitue o mais prodi-gioso tônico para levantar organismosdepauperados. —Os álbuns são numerados de 1 a 5e vendem-se em nosso escriptorio a lígcada um; os pedidos feitos pelo Correiodevem vir acompanhados dc mais 500réis para cada álbum, quando encom-mendados isoladamente ; cara recebera collecção completa (os cinco álbuns)basta mandar a importância de seismil réis.Os pedidos de fora, que serão prompta-mente attendidos, devem ser endereça-dos, com as respectivas importâncias, a

RUA DO HOSPÍCIO í 218Rio de JaneiroAlfredo Velloso

V

O dono da casa ao criado;Pois tu.estafermo, não vês um jaiíota,

que vem todos os dias cá em casa, quandoeu não estou, a me namorar a criada? E nãome dizes nada ?

Sim, vejo. Mas eu pensava que ellevinha por causa da patroa...

0 progresso

«Massagem manual. Trata-mento pelo methodo do Pro-fessor.»

(Do Jornal do Commercio.)

O progresso é grande cousaNo seu marchar incessante,Negal-o, acaso alguém ousaQue elle não toca p'ra diante ?

Massagem manual... DivinoO nome a quejandas trêtas !Nos meus tempos de meninoIsto era fazer... caretas !

CAPIRAO EUTICO.

PEITORAL BE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resinados,influenza, coqueluches, bronchites. etc, do

q.ue o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nos

primeiros gráos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

COMO ESTAVA COMO ESTOU

23 dc Janeiro de 1915(-) O RIO NU (-) ESj=== 7 :

* :>:;¦¦.•:

. .::¦:.:

CDAVISO— O "Rio Nu" nào tem repórter ai-

gum nas zonas para dar ou não darnotas nesta secçào; todo aquelle quese apresentar como tal é um intrnjãoe deve ser tratado como merece.

Na zona chieO Abilio da casa de ferragens da zona

Malvino Reis, anda agora fazendo escândaloscom a bicanca da zona Barão de Petropolis.

Si não fosse o seu patrão dizer que nãoqueria dentro da casa de negocio aquelle ba-cnlhào de porta de venda, você seu cara nãoandava pelas esquinas.

Isso é feio seu moço !fs- Depois que a Nhã Labareda dedi-

cou-se aos soldados, a sua cotação desceutanto que até os garçons de botequins a re-pudiam.

Coitadinho delta...*ar O mondrongo da casa de pasto da

zona Malvino Reis á 1 hora da tarde do dia7 foi attender a um recado de certa moça dazona Morro e veio de lá muito zangadoporque ella disse-lhe que elle estava chei-rando a queijo.

Você é que tem a culpa, seu mondrongo,pois scismou em não lavar os pés.«S" Perguntamos ao inspector Leite pelosacco de carvão que lhe fez dar um passeio ádelegacia.

Por ventura você resolveu ser quitan-deiro ? Ora tome vergonha e deixe a catingade checliéo I

tsr O Antunes da Inspectoria, depois quetomou certas pílulas para ser homem, cahiuem extrema fraqueza.

E' bem feito, você julgava que a tele-phonista...

Agora o remédio que tem é recolher-sea um convento !

í^r o nosso camarada Manduquinha deuo desespero na segunda-feira ultima por es-perar certa pequena até ás 5 1/2 horas datarde e ter a mesma dado o fora do rendez-¦vous.

Você deve tirar a forra não lhe dandomais palpites de bichos. Mas que arara vocênos sahiu, seu Manduquinha I*3" Prevenimos ao Pedro do açougue dazona estação da Piedade que tome cuidadocom certa mulherzinha casada que elle andaageitando.

Olhe que a coisa já chegou aos ouvidosdo responsável!«""O Ramiro Pé Espalhado, ex-chape-seiro, quanto mais velho mais bobo fica.

; Agora anda esse zinho propalando quea italiana escreveu-lhe uma carta dizendo-lheque vinha passar o carnaval em sua compa-nina.

Ora, seu Pé Espalhado, quando deixaráyoce de ser flteiro e deixar de contarpotocas?Vae lamber.. .sabão, sim ?«¦ A Alzira da zona Rezende anda ran-zinza com o menino Mario por não ter omermo dado solução de uma cautela de umpar de bichas que a mesma mandou botar noprego.

Pois sim,pode esperar, sua funecionaria,porque a cautela já conhece outro dono !*"~ A Ricardina Cascalho da zona Mar-recas, depois de velha, deu para contractarroçados agarrando-se agora a uma mulata deboca grande mais parecida com tini jacaré doque com uma mulher.

Realmente é um par de galhetasl...

tf A Julieta B. Quadrada da zona Catteteoi ja mandou fazer a fantasia com que pre-tende sahir fantasiada no Carnaval. Segundonos afhrmou o Candango a fantasia é de sol-dado de obuzeiros. Livra, que prcdilecçâopelas calças reunas ILINGUA DE PRATA.

r.Dr. Ubaido Veiqa, Evra ^^"^

d ; D vi ao is ri ii a-rias, suai ni,n||u[h! t tonaqiiíntlas. Moléstiasda mulher, (orrimeíilní, att. Applk" 606, 914,¦ 11 te. toa ias cronorrhèas agiiiss e ttronla.pelos crocess"' mis mod-rnes.

tem. Sai Duialn. Dhs 73. ias 3 is 6, todas os dias.

V.

«Cavalheiro deseja protegerdiscretamente moça ou viuva sé-ria.»

(Do Vovô.)Deseja proteger, o cavalheiro,Moça ou viuva, mui discretamente?O gajo é, com certeza, cavalleiroE montar quer numa égua, certamente...

SURICO.

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERALSabbado, 23 do corrente, ás 3 horas da tarde

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DOIS CONTRA UMAe compõe-se. de dez lindíssimas photogra-phias tiradas do natural, representando umamulher que dois apaches obrigam a executar,com elles, differentes scenas de amor.

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ALFREDO VELLOSO — Rua do Hospício 218

fl \% 1 \ £r- l'í^fe': iU?". ¥) ¦¦:¦¦¦.

íl.. .na zona Senado a Leopoldina Trepana Parede, dando o desespero por ser con-vidada por um guarda civil a irá delegacia..... .na zona Cattete a Olga Não se Lava......na zona Ouvidor a Mariquinhas aolado do seu querido rufino rapaz...

¦• a Vidinha Pellanca, abarracada nazona Gomes Freire 6..... .0 Toloza todo satisfeito abarracando

com a Vidinha Pellanca no segundo dia doseu regresso ás zonas..._ ...o menino Oscar chorando as suasmisérias para poder arranjar cincoenta fa-chos com a sua mãizinha Sarah...

• .0 Mondrongo da casa de pasto dazona Malvino Reis dando o desespero comcerta pequena da zona do Morro por lheter a zinha mandado lavar os pés......o inspector Leite envergonhado porcausa de uma jaboticaba...VÊ TUDO.

Pomada Seccaíiva de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor. como a erysipela e o rheumatismo. Co-tihecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

i3~? © Ç í5" © © § IF" "U ©

«Uma senhora de idade, pre-cisa de uma companheira nasmesmas condições, para morarjuntas.»

(Do Popularissimo.)

Ai! não me digas mais nada IBasta de palavriado !Tu queres, mulher sarada,Fazer pequeno roçado I

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DON FELICIO.

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l'==-B3 - (-) O RIO NU.(-) =gg 23 de Janeiro de 1915

' .l i .¦,;_.¦•;:,.: ¦--'¦" ^ - »¦¦¦:¦•¦-- - "-.:,..... J;.,;,,n;'^1_;-;,;;•'•J_^_•.i^ _jj_j •¦'_Ii___.__1 'l!l^Jl^^_-.:-H--_.---—!¦¦--¦¦."¦' -**-¦-¦¦-¦¦'•¦'-¦¦¦-¦•" ¦ '¦'"'_ ¦" '¦ ¦''"-- ^-"--.t~——_ã]|__C"—}

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A CABEÇA DO CARVALHO — Pyrami-dal trabalho do bestunto do incomparavel Va-gabundo, 2J0O0; pelo Correio, 2JS500.

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AMORES DE UM FRADE-(3» edição,n. 1 da «Collecção Amorosa»)—Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO - (n. 2 da «Col-Iecção Amorosa») — Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos lajos do matri-monio, contados por Mathusalém, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET — (n. 3 da «CollecçãoAmorosa») — Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperltivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis-

CASTA SUZANNA - (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

SANDWICH —(n. 5 da Collecção Amo-rosa) — Peripécias interessantes dos primei-ros gosos de uma mulher recem-casada,narradas por ella a uma amiga. Preço 500réis; pelo Correio, 800 réis.

ÁLBUNS DE VISTAS — Collecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-ché de 1» qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados os ns. 1, 2, 3, 4 e5. Preço de cada um, 1.000; pelo Correio1Í500.

CONTOS RÁPIDOS — Estão pu-bücados os seguintes: N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Engracla — N. 4, Faz tudo...

N. 5, A Viuva Alegre —N. 6, OMenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amor

N. 9, Dolores — N. 10, FamiliaModerna —N. 11, Na Zona... e N. 12,O brinquedo.

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.

Cada um custa unicamente 300 rs., peloCorreio: 500 rs.

Todos os livros acima citados sao{Ilustrados com gravuras tiradas donatural.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

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RUA DO HOSPÍCIO 248— Rio de Janeiro

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