-wm -*p-^ 5 *8-ifl. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01333.pdf · dando, por...

8
Anno XIV RIO DE JANEIRO, 29 DE ABRIL DE 1911 Num. 1.333 -wm -*P-^_5_ *8-iFL._ Periódico humoristico Illustrado, bi-semanal RedacçXo e Escriptorio RUA DA CARIOCA N. 53 sobrado Telephon- N. 3.5-15 J\ ^audg da JHulher REMÉDIO EFFICAZ para flores brancas e hemorrhagias uterinas, obesidade e arthritismo. Activa o utero naoecasião do parto j%^>)—— ^^tSS<^) -——-¦*—"• ¦ ¦¦-... .—.„... M.¦-__--»____,,¦......,..¦...,<..¦„,¦¦.,-¦¦_¦,,.¦.,.-¦,...¦»,«...^l<i.''Ju^^|^-...-...-^_.^~r^??S^^' íá^^Í^^ft ¦"¦^" 'F | f"ZER PE CONTA... £ 2j p "rf^li n^*1 _, ^í-**" '.; " ' j, - \i Niío vos excita a cobiça u r«'_***-*lrí!ríl~it/í<'.í?'rà ''' í4 '¦$/'' ' ¦ ' - " "' M?í ?' I Que ahi assim se espreguica... o f * jf«X^tcJ^ * '. JM Numa altitude dengosa?... -O' ífft!$-^^>§_3§$ V ;>¦ > .'- ¦ ..-Mf5- | Excita, sim, certamente, _SS ri__ *>'_^'íw!*,+t •- ¦ §"* ': a E creio que não errava ;S •*_' Ç::-'^K^^^^ '¦":•:¦'-."¦..¦¦ '...-«'"«feSta- •*>-¦ Dizendo que, bem contente, SSfe'.l .:'^^^HB^.1' V.- \"^S^- ..- ¦-Ü-^W J ~^ Cora ella me espreguiçava... *W» -L InQJX] ' *^a revista fraoceza UElude Academiqiie ) mg *»3f"^^_^fl.-^l-t_-"-ri '¦" ¦'" "i iin_ _ i.iii-«iiji_-jnjLri_iL~ujTj\ru1~ ri -num . ~ ' T -r.-i.-_iru.ini-ii-ir*-r——--—^___J_^^J_^__^_. . . ,.».,.^^_^_— . . ¦.—ifi .-^ nw^r ELIXIR DE NOGUEIRA DO PHARMACEUTICO E CHIMICO JOÃO DA SILVA SILVEIRA ( PELOTAS-RIO GRANDE DO SUL ) Grande Depurativo do Sangue - Único que cura a syphilií Casa Mntriz—Pelotas—Ká Grande do Sul. Caixa 6G. Casa Filial e Deposito Geral. lina Conselheiro Saraiva 14 e 16. Caixa 148—Rio ile Janeiro Veade-.se em Iodas aa Paar macias e Drogarias: ¦ ¦ - .-'- -z-MJ -^,______________________£___^ 1

Upload: ngocong

Post on 08-Jun-2018

219 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: -wm -*P-^ 5 *8-iFL. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01333.pdf · Dando, por isso, um resultado ... Traga-me o Times. ... E um cabra mais malandro levantando

Anno XIV RIO DE JANEIRO, 29 DE ABRIL DE 1911 Num. 1.333

-wm -*P-^_5_ *8-iFL._ Periódico humoristicoIllustrado, bi-semanal

RedacçXo e Escriptorio

RUA DA CARIOCA N. 53 — sobrado

Telephon- N. 3.5-15

J\ ^audg da JHulherREMÉDIO EFFICAZ

para flores brancas e hemorrhagias uterinas,obesidade e arthritismo.

Activa o utero na oecasião do partoj%^>)——

^^tSS<^) -——-¦*—"• ¦ ¦¦-... .— .„... M.¦-__--»____,,¦......,..¦...,<..¦„,¦¦.,-¦¦_¦,,.¦.,.-¦,...¦»,«...^l<i.''Ju^^|^-...-...-^_.^~r^??S^^'

íá ^^Í^^ft ¦"¦^" 'F | f"ZER PE CONTA...£ j p

"rf^li n^*1 _, ^í-**" '.; " ' j, - \i Niío vos excita a cobiça

u r«'_***-*lrí!ríl~it/í<'.í?'rà ''' í4 '¦$/'' ' ¦ ' - " "' M?í ?' I Que ahi assim se espreguica...

o f *

jf«X^tcJ^ * '.

JM Numa altitude dengosa?...

-O • ' ífft!$-^^>§_3§$ V ;>¦ > .'- ¦ ..-Mf5- | Excita, sim, certamente,_SS ri __ *>'_^'íw!*,+t •- ¦ • §"*

': a E creio que não errava

;S •*_ ' Ç::-'^K^^^^ '¦":•:¦'-."¦..¦¦ '...-«'"«feSta-

•*>-¦ Dizendo que, bem contente,SS fe'.l .:'^^^HB^.1' V.- \"^S^- ..- ¦-Ü-^W J ~^ Cora ella me espreguiçava...

*W » -LIn QJX] ' *^a revista fraoceza UElude Academiqiie ) mg*»3f "^^_^fl.-^l-t_-"-ri '¦" ¦'" "i iin_ _ i.iii-«iiji_-jnjLri_iL~ujTj\ru 1~ ri -num . ~ ' T -r.-i.-_iru.in i-ii-ir*-r——--— ^___J_^^J_^__^_. „ . . ,.».,.^^_^_— . . ¦.—ifi .-^ nw^r

ELIXIR DE NOGUEIRA DO PHARMACEUTICO E CHIMICO JOÃO DA SILVA SILVEIRA( PELOTAS-RIO GRANDE DO SUL )

Grande Depurativo do Sangue - Único que cura a syphilií

Casa Mntriz—Pelotas—Ká Grande do Sul. Caixa 6G.Casa Filial e Deposito Geral. lina Conselheiro Saraiva 14 e 16. Caixa 148—Rio ile Janeiro

— Veade-.se em Iodas aa Paar macias e Drogarias : ¦ ¦ -

.-'-

-z-MJ-^,______________________£___^

1

Page 2: -wm -*P-^ 5 *8-iFL. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01333.pdf · Dando, por isso, um resultado ... Traga-me o Times. ... E um cabra mais malandro levantando

O RIO NU — 29 DE ABRIL DE 191 J_

EXPEDIENTEAJSSI&NATtfJRAS

Anno... 1SS000 | Semestre... 7(090Exterior, anno 10(00»

Numere avulso, 100 róisNos Estados c no Interior, SOO réis

Os Agentes do Correio ou qualquer pessoa gue nosenviar 5 assignaturas com pagamento adeantado, podemdescontar 45 °/0 de commissão.

Toda a correspondência, seja de que espécie fôr, deveser dirigida ao gerente desta folha.

SeiriaqatograptyoSendo, como era, muilo conhecida

E tendo algum dinheiro,Quiz dona Margarida

Fazel-o triplicar e leve, enlão,A idéia de montar uma PensãoComo lia muitas no Rio de Janeiro,

Onde se come e dormeE onde se fazem mil coisinhas mais...Dando, por isso, um resultado enorme

Ou, p'ra melhor dizer:Dão lucros colossaes 1A questão é saber

Dirigir o negocio todo o diaP'ra trazer satisfeita a freguezia,Geralmente composta de casues,Rapazes ou velhotes solteirões

Que são, muitas das vezes,Os melhores freguezes

Quando... o calo não ferram nas Pensões.

Pois, dona Margarida,Tendo alugado um grande casarão

Ahi numa AvenidaQualquer, abriu por fim n lal Pensão,Com muitos c bons quartos mobiliados

Com moveis elegantes,E que eram destinados

Não só para rapazes, os solteiros,Como lambem para os cnsaes amantes.

E aos velhotes gaiteiros.Depois, tendo criadas c criadosE tendo nos jornaes botado annuncio,

Conforme o seu prenuncio 'Em breve, da Pensão'Stíivam os quartos todos alugados

E rendendo, de facto, um dinheirão !

Da arrumação dos quartosDos hospedes, ficara encarregadaUma bella mulher de seios furtos...

E tez amorenada,Um apanendãoe emfim, bem seduetor...Que no gotto cahiu incontineníiDos hospedes em peso e especialmenteNo do Eurico, um feroz conquistador...

Que, embora capitão,E sendo mesmo doido por mulheres. ..

Tratou sem mais questãoDe fazer á pequena um «pé d'alíercs»..E o fez tão bem, foi tal o seu derriço,Que a pequena, que delle bem gostava,Dentro cm pouco, ao Enrico se prestava

Para todo o serviço...

Estavam neste péAs coisas, eis que um dia, o capitão,.lá farto desse amor ;í moda antiga...Esperou, p'la manhã, que a rapariga

Lhe levasse o café 4A' cama, obedecendo no seu costume,

E quando ella chegou,Nem o leitor presume

Com que modos e olhares muito ternosO Eurico a rapariga convidouA fazer uns serviços mais modernos I'...

A pequena, entretanto,A proposta de prompto rcpelliu

E, pallida de espanto,Do aposento sahiu 1

Alais tarde, o nosso Eurico,{ Que de altura só tem um metro e pico}

Querendo se vingarDa negativa obtida...Tratou de procurarA dona Margarida

E queixou-se-!hc então, de que a criadaQue o quarto lhe arrumava,

Era assaz malcriada,Para nada prestava

E que a queria ver substituída.

A dona MargaridaIV claro, ficou fula e então chamouCom máo modo a criada e perguntou :

«Então, sinhá /Maria, como é isso?Aqui o capitão 'stfl se queixando >

Que é máo o seu serviçoE que você o serve muito mal '...-•'A rapariga os olhos levantando.Altiva retrucou :

— «Patroa, não lia tal!»( E depois, tondo um gesto decidido):

«Eu posso lhe nffirmar que o capitãoNão está com a razão

Pois eu sei que elle é muito bem servido /»

Deiró Júnior.

A figura que vae fazer o Tosta em Londres.. .A bordo, como elle visse sobre uma mesa mu

exemplar, do Times, o grande jornal inglez, quiz fingirque sabia ler no idioma da finada rainha Vicloria. Cha-mou o criado e disse:

Traga-me o Times. (E pronunciou a palavracomo si fosse portugueza ).Perdão, exmo, - disse o criado. V. Ex. vae paraa Inglaterra e é bom que saiba o nome desse jornalpronuncia-se táinies. -..._

Obrigado pela lição.' De posse do jornal inglez, o Tosta dirigiu-se parao convés ii procura de um logar onde pudesse des-enrolar a fita dos seus falsos conhecimentos da linguaingleza.

Passando por um grupo de passageiros, um delleslhe ofíereceu uma cadeira de lona :

Sente-se aqui, doutor.O Tosta, porém, apontando para uma cadeira de

vime, que estava mais adiante, respondeu ;Obrigado. Vou sentar-me naquella cadeira de

váime...?!?...

— Não ha cousa mais estúpida do que ler um livrosem graça, sem espirito, sem interesse, e que muitasvezes custa um dinheirão. Pois nós vendemos o que hade mais alegro, interessante c espirituoso, pela ninhariade 1$500, ISOOO e S300. Carioca 53, sobrado.

Vagab un dagenseu sou sócio tia paterni-

dade do filíio ue um camarada morador nof-pJ_ÇÍk Sacco do Alferes. Essa sociedade leve co-£<^íí£fcõ meço desde que o Colitnerio dos Anjos,proprietário legitimo de uma mulata de espavento, tevea íeüz lembrança de dar um passeio ao Estado de Minas.

A Pomba-Rola gostou de mim, eu gostei da mulatao cm menos de dois dias éramos um do outro. Ai!Pomba ! Pomba ! que gosos E

Penetrei sem mais nem menos em casa da novaconquista e lá estive tres nieZ'js ate que o marido legi-limo chegou para tomar conta da fazenda. Um semestredepois, Pomba Rola dava ao mundo um camaradão esco-vado que ao nascer disse logo para a parteira:Mamãe, eu quero ser sócio da linha de tiro.

Colimerio dos Anjos, em vista da rapidez com que amulata despejou o cidadão, estando elle fora tres mezes,cocou a testa, foi ao telephone c chamou-me ás pressas.Bonito ! disse eu com os meus botões, o cabradescobriu o troço e quer, ou partir-me a cara ou dar-meum tiro.

Toquei armado de navalha para á casa do homem,que me conhecia pelas minhas proezas de malandro-mór.Batí á porta :

Oh ! de casa !¦— Prompto !

Quem bate ?O Vago !Vá entrando.

Metti o carão.Venha cá, homem de Deus ! Olhe bem para mim.

Acha-me em condições de passar por aquella porta?Como 1Repare. Tenho apparencia de boi manso?Não entendo 1Vae entender, amigo Vago, vae entender. Você

acha possivel a confecção de um rapaz cm seis mezes?Ora... Eu confecciono uma penca delles em

quinze dias.Em quinze dias ! De que maneira ?Pelos processos naturaes !Ora bolas, Vagabundo I Eu estive fora tres

mezes c dias; cheguei em casa damnado e ele, etc. paraencurtar scenas fynambulescas ! Antes de seis mezes

Você duvida de minha pater-

minha mulher, zaz ! despejou o illuslre representante domeu sexo ; quem é o pae?

O pae da creança'! Sem pae 6 que elle não vinhaao mundo.

Serei eu ?Provavelmente.Provavelmente?,

¦lidade ?Eu não ! quem duvida é você.

-- Mas não ha uma explicação para isso ? Você,que estudou para a coisa e quo é porteiro-viterinarioacha que...Pois não. E' natural. O pequeno foi chamado portelegramma e chegou ao mundo muito mais depressa doque se esperava.

Tens certeza disso? Vamos ao telegrapho buscaro certificado.

Não pódc mais ser. O poste que passou o des-pacho talvez já tivesse cahido.

Nesse caso ha probabilidades de ser eu o pae ?A mãe 6 que não podes ser.Então, Vago, seremos compadres e eu vou tratar

do baptisado.Chegou o dia do troço, vestiram o bebê e o raio do

pequeno era, sem tirar nem pôr, a minha cara. Todo omundo notava a semelhança e eu estava em brazas porcansa do pae ad-hoc. Chamei de parte quatro malandrõese encarreguei-os de fazer a apologia do carão dopequeno.

A rapaziada approximou-se de Colimerio:Mas que pequeno parecido !

¦— Não nega fogo, Colimerio !E' teu filho cuspido e escarrado [As orelhas são as tuas !O nariz è o leu...

E um cabra mais malandro levantando a camisola docriança gritou:È o... o... o... c igualsinho !

Como 1 o.._. o. , ¦ o.. . o que ?O umbigo ! Sem tirar nem pôr. E' estufado como

o leu !Colimerio, que na realidade tinha o umbigo estufado,

deu-me dois abraços.Estou convencido ! O pae sou eu !

Fomos todos para a igreja e eu, antes de partir,metti um meiro de lingüiça no bolso das calças, para irentretendo o estômago durante o trajecto feito a carro.

Mas, como a tripa houvesse cahido ao chão, semque eu visse, dentro da igreja, c também a vela, euabaixei-me para apanhar a vela e troquei as bolas, desorte que metti nas mãos do afilhado a lingüiça cm logarda vela.

O padre, que era malcriado p'ra burro, parou olatinorio e cliimpou-mc a lingua :

Você pensa que isto aqui é açougue ?Eu que não tinha reparado no engano

focinho do coroado :Você está doido, cabeça de leitôa ?

¦— Cabeça de leitôa, eu 1Porque ó que o reverendo chama a i

m

olhei

açougue t— Uma indignidade ! Un

greja de

pouca vergonha! Pro-fanar u templo.

Que profanação faço eu ? Você parece quechupou todas as galhetas da missa 1

Chama-me bebedo ? Onde você já viu galhetasde missa empifonar alguém, se ellas são diminutas ?

E' que as suas são cie meio litro cada uma !Oh I filho... filho... das profundas do inferno.Oh ! saca... saca... saca-moelas de uma figa !

Dou-te com a vela nos chifres...Recuei espantado. Eu estava com a lingüiça na mão !

Que é isto, senhor Vigário !De onde trouxe o senhor isso?Isso o que ?Essa tripa lCom certeza é sua.Minha ? Mas o senhor padre endoideceu. Como

é que eu vinha para um baptisado com um metro delingüiça no bolso ? Cahiu de sua batina.

De minha batina ! Oh! sem vergonha !Oli! descarado 1

Houve um charivari medonho. Dansci de velho enum impeto de raiva, segurei o sacristão pelas duaspernas e dei com elle tia cara do padre.

Os convidados tomaram o meu partido.O vigário que não era molle nem nada, tirou a

sardinha do bolso e quiz riscar o pessoal. Oh ! ferro.Fui obrigado a enforcar o sotaina na lingüiça e depoisfomos todos para casa onde cahimos no gravanço parafestejar o baptisado do Vagabundo Júnior, filho legitimode Colimerio dos Anjos & Cí

Vagabundo.

LICOR TIBAINAO melhor purificador do sangue

GRANADO iC- KuaP de Março, 14

I

Page 3: -wm -*P-^ 5 *8-iFL. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01333.pdf · Dando, por isso, um resultado ... Traga-me o Times. ... E um cabra mais malandro levantando

O RIO NU — 29 DE ABRIL DE 1911

00

HE u

O

Çamhiárras^JjSosfí RICARDO, o querido e popular Zé Ricardo

realiza hoje a sua récila com a premiére da lindaopercta «Flor do Toio», peça em qne tem umdos seus melhores papeis.

Artista de absoluto valor e eslimadissiino como é,vae o querido Zézinho ver cm como o Recreio se tornahoje pequeno para conter os seus admiradores, que aliásé o publico cm peso, e que lhe sabe fazer, sem favor, ajust:ç-i devida.

Lá estaremos tambem, para o abraçar e applaudir,Disse-nos a Narigtictta que a Chica Martins anda

a aprender a tocar '«gaita de folies» e o Jayme Silva«fcrrmhos», para darem uma serenata a Rercngucr, nanoite de sua festa.

Foi tal o successo cemsado pela - primeira actrizportugueza do mundo», quando sahiu á rua de Jitpe-culotte, que ate teve de voltar para casa d'automovell

E são assim todos os grandes suecessos da gaja !A quem andará a Carolina Baptista a ensaiar a

«dansa da esfrega» í...Será á Accacia ou ao Porco Empe '

Foi raptado pelo sineiro da igreja de S. Franciscode Paula o tenor Vivas.

O rapaz cslá aqui está sabendo sacudir os ba-dalos...

Em vista dc ser expulso de todas as pensões cmque comia, o casal frieira passou a comer cm casa,sustentando-se com uma assôrda de pão com alho.

Aos domingos, para variar, a assôrda será dc pãocom bacalháo.

Recebeu tres junlos de bois, dc Santa Cruz, acorista Honorina.

Vinham taxados; seriam do Teixeira?O Pinto Ramos passou de tinor a contra-mestre

d'alíaiatc 1 'Até vae cortar um jiléco pYu o compadre gineral!Anda com o casaco muito curto o Macaquinho

Cheiroso.Será das surras que a Virginia lhe tem applicado í

ao casaco, entenda-se...O' Grijó, se cm vez de pedires 600$ p'ra ti c

outro tanto p'ra gatinha sú para posar para o animato-grupho, não andavas melhor se mandnsses pôr abaixo agaforinha '.

A Maria Dolores gosta dc jogar nos bichos, masás vezes esquece-se quaes são os da lista e dá-lhe paraquerer jogar no besugo.,.

Se o official sabe !A' festa do Tiradeitíes compareceram todos os

artistas do Recreio, excepto o actor França, porque issodc dentes não e com elle.

Disse-nos a Ermelinda Bigodeira que as suascollegas Adelia Fraldiqueira e sócia Cacilda deram agoraem fazer uso de perfumadas do fabricante lodoformio...

Estiveram quasi a rc-divorciarem-se os coristasMattos e Piedade.

Lá tornava a mala paru o theatro !Qual seria o cocheiro de «trem» quo ficou sem a

nlcoía de dar a ração aos cavallos, para a Rosa trazel-aã cabeça í

O Paiva, ao que parece, não torna a Portugal.Fica mesmo por aqui, afim de montar uma ourivesaria.

Consta que o Filho tambem fica, como seu sócio dcindustria. ..

A «menina da malta*» garantiu a alguém que oseu collega Monteiro está mesmo a precisar de tomar oElixir de Nogueira, do chimico Silveira.

Isso 6 verdade, seu Monteiro ?Está a nascer musgo na Avenida, perdão, na

careca do Caetano Reis.Disseram-nos que a Aldalguidar foi convidada a

ir cantar as copias da «Agulha», da revista «A,S'"Armas !», cm mstinée, a bordo de um dos nossos vasosde guerra.

Iráí...Que culpa tem o Campos dc ser tão bonito ?...

Na Avenida Mem dc Sá ellas são mais a mim maisa mim....

A Carolina Baptista arranjou agora uma outracapa superior !.. .

Não é verdade, ó Maria Dolores 1O casal trieira vae passar uns dias cm Caxambú,

para concertar os canos da rima do dito logar,..Sempre é um ingrato o maestro Paschoal '- Então,

nem mesmo chorando ella tanto, lhe arranjou um fadinhopara cantar ?

Porque será que as coristas Virgínia e Honorinanào usam calças nem camisas ?

Será para promptidão dos soecorros ?...Sobe hoje à scena no theatro Carlos Gomes a

esperada revista .T Fita /... dc J. Brito e Alvnro Colas,dois rapazes dc muito espirito e já bem conhecidos dopublico.

A revista, dc que se dizem maravilhas, está montadacom todos os matadores e deve agradar cm cheio.

O Amarante, depois que se amarro» ao pilareslá cada vez mais pil*do/«..

As enchentes colossaes têm sido tantas, no Apollo,que o Rangel o gineral Galhardo até cocam a cabeça.

Pudera 1 enchentes de Jauteiiits vasius 'A Nariguelta não lem recebido a costumada

correspondência do seu mais que tudo "cabecinha ábanda», mas sim desillusões, como a do MacaquinhoCheiroso !,..

üarantiu-nos a Lecticia que o Fones vae passara assignnr.se d'ora avante .Miguel Fortes Oouveia...Não tornes a adormecer o maestro até tão larde

da noite, ó Julia. Ü espcclaculo começa ,-inles das nove eassim lã vae elle ás carreiras e. . . sem jantar 1Olha, Filho, que ainda levas um rombo que telambes todo \

Deixa dc parte a «zoologia.... e dedica-le só ásoutras tres artes que ú melhor!

Veiu dizer-nos o Reis, corista, que aquillo do seucollega Bernardino não è cegueira nem somno, mas simuma doença apanhada no alio da Foniainha e chamada«mandricile».

Muito obrigados pelo informe.Que mania a da Aldalguidar, andar com uma

urna funerária de senador, á cabeça !Então, seu Campos, até mesmo no Camarim já secombinam essas coisas, hein .7 ..

A Virginia está ensinando as manas Pcrcevcjaspara tocarem pratos nas bandas marciacs no Porto.

A sala de ensaios íem sido no «Prato Fino», perdão,na pensão das liheralidades. . .Então, seu Porlulez, valeu ou não valeu a «ta-

bella» !Elias agora riem-se !...

A menina Assumpção esteve ha dias a tomarchampagne com Syplion...

Se o outro sabe... Oh I ferri'., ..O' seu Fortes, para que queria vossemecè a velade sebo 'i...

Tão bem se deu o Amarante com o uso que fezda ^1 Saude da Mulher, que o próprio pilar a que estápreso vae lambem fazer uso desse poderoso tônico ute-rino.

Para que diabo vae a Carolina Baptista sentar-sedurante os intcrvallos no corredor dos camarins ?

Será para o ver a elle melhor ou para que lhe apre-ciem bem a plástica !...

O Carneiro andou ás marradas, não sabemospor onde, mas os queixos o denunciaram. ,.Está sendo podado aos poucos o vasto mattagalque o Grijó Pésinhos traz á cabeça.

- A virgolina Aida pediu por um modo cândido acerto cavalheiro, fiara ver se elle, conto homem «prefei-tural», conseguia fazer com que ella voltasse perfeita aoPorto.

Ao que parece, não ha concerto possivei 1...O corista «caçoila suja* já a lavou para dar de

comer ao cãozinho Piloto.. .:— Diz a corista Rosa que já íem juntas algumas

libras, ganhas aliás muito facilmente e de papo p'rao ar...O Júlio Corista não come agora senão á ita-

liana...Em compensação, ella come lagarto sem pernas

que é da gente pasmar !Cá tentos outra vez o «Zé da Gaita» com os

seus versos:•< Na pensão, com muitas manhas,Vi chorar a Emilia Mico ;Eram lagrimas tamanhasQue par'ciam grãos de bico !

A causa d'aquella dorQuiz saber e, com voz meiga,Ella o disse: — « O meu fiadorFugiu-me, u marau do Veiga ! »

O Fui(A.

flu Bijou de ia Mode Grande deposita decalçados, por atacado

e a varejo. Calçado nacional c estrangeiro para homens,senhoras e crianças. Preços baratissimos, rua da Cariocan. 80. Telephone 3.660.

SCENA INTIMA

Personagens: Padre Severo e seu coadjuetor padrePiulheiro. Depois deste confessar varias peccadoras,rae pedir aquelle as respectivas penitencias, pois, ónovato na Ireguezia e quer impor as penas deaccordo com o vigário, padre Severo.

Piolheiro.— Que penitencia se deve dar á mulhercasada que engana o marido l

Severo.— Dê-lhe cincoenta padres-nossos.Piolheiro.—Uma outra, arrastada pela luxaria,

força as leis da natureza; que merece íSevero.— Trinta padres-nossos.Piolheiro.— Ainda uma que ao casar-se já tinha .

dado aquillo ao primo; qual o castigo para sua falta 'ISevero.— Vinte c cinco padres-nossos.

Piolheiro.— Agora, aquella outra que costumatocar clarineta; que devemos dar-lhe l

Severo (já amolado de tantas perguntas).— Dé-lhfecinco mil réis, que é bem pago f

Surico. -.!

LICOR TIBAINA [O melhor pxxrificador tio sangue;

GRANADO & C. — Rua Io ale Março, 14

ANTOLHQS~ ~\;l

v/SVlll! tempo adorável! O calorzinho lem estadpU li^I supimpa! E'o melhor tempo, o mais útil, peg,íi2-*P mais econômico. A genle sua tanio que afe>^SS\S3 não precisa tomar banho. Pernão Frango, padorável poela, o mavioso, o cisto, o immaculado doi(-zello, acaba dc descobrir que o cheiro do bodtim ê bmelhor perfume da época o é de opinião que ninguém sélave. '

XRealmente, diz elle que acha prazer em dansar nuijibaile com uma mulher de alto bordo que desprenda dpseu corpo suavíssima calinga de bode.Banhos só dc igreja, diz Pernão. Escovas de dentei,

pentes, brimidoi- de unhas, são vaidades humanas.X

Na Indochina cslá introduzido o uso do piolho, poisa elegância tlernier-inijaiix consisto em todo o mundococar a cabeça. ,_A alta orislocracia adoplou agora mesmo uma s"çj-berba diversão —o «Turí da Piolhada» — que não linem mais nem menos que, cinco piolhos de pollegada, flapostarem corrida.

:jQuando um rapaz vae pedir uma rapariga em casa-mento, prova o seu pedido e sella a sua futura uniãocom uma troca de piolhos. Elle tira um de sua cabeça e

põe na cabeça delia e ella faz o contrario.Depois aquelles piolhos são retirados cuidadosa-

mente e criados com todo o ciirinlio. Muitas vezes sãoaiiiammeiitndos com leite de vacca e uma criada especialministra-lhes a mammadeira.No dia do casamento os dois boiotos são mortos atiro, cm sacrifício da felicidade dos esposos.Estupendo 1

XOs chapéos em moda na Califórnia são de íolha derlandres com um urubu na cabeça, engulindo uma lebre.Mas o chie, gracioso c nobre, é fazer o que uma damada alta nobreza invenlou. Amarrar um tatii morto noalto do chapéo e deixal-o apodrecer, de modo a darlogar a quo os urubus venham mesmo em pessoa pousarno cimo do tocado.Em uma sala de baile o effeito é soberbo e o per-fume uma delicia!

a seguinte quadra adó-

i

XPernão Frango mandou-no:

ravel:« Fizeste horrenda resinga,Minha noiva muito amada: %Chupaste uma cajuada %Com o bico de uma seringa. ..» .t

!Pensamentos: \A paixão contrariada 6 o vaso nocturno dc nossüs

illiisões.— Ball Zaque. ,\

O casamento é a pensão Tina Tatti da identidade denosso sexo.— .MlRA-O-BOl. .

\Choros Iuzo-brazileiros •

O1 minha rica papoula, ;O' minha amante faceta, \Não deponha essa caneta iiNo tinteiro da crioula. \

Esse calor não inveje,Não o queira, doce amor.O raio desse calorVirou meus ovos em frege !

L. (JANTE.

Se ú occulta moléstia c perigosa jQuakjuer desejo teu logo fenece...Uma injecção terás, bem milagrosa,Para a cura final—o especifico "eà"—(*)

;*) À' venda em todas as pharmacias e drogarias

..^(fcilf*

Page 4: -wm -*P-^ 5 *8-iFL. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01333.pdf · Dando, por isso, um resultado ... Traga-me o Times. ... E um cabra mais malandro levantando

O RIO NU — 29 DE ABRIL DE 1911

L&I1

fãe tçsfe-l

^Wi>—.. 1 lllfííflvTs. *r~-fe? SS ia* llliiíhirs®

ELLE — Eu não te disse que estava com os pés em brazn? Reparacomo sae fumaça,

ELLA — E'... Assim não podemos fazer nada, porque é capaz de pegarfogo na cama...

ToníCO dcLlDOriSZ Para perfumar o cabello e destruir oa para-*J sitas, evitando com seu uso diário todas asenfermidades da cabeça, não ha como o Tônico Japonês—Rua dos Andradas q, 95.

Falleceu quando quiz e foi sepultado na ilha de Sapucaia o respeitávelgatuno Oato Maltez, cuja vida foi um constante exemplo de amor ao trabalho.

Para proval-o basta verificar que dois terços da existência passou ellenas diversas prisões e penitenciárias.

Deixa o infeliz na mais extrema abuatlancia, sua desobda [ilha e oitoviuvas menores.

A MULHEit — E' você o jockey especialista na mon-taria do eguot ?

O JOCKÜV — Sim, mi iha senhora. Para servir ar.e_...

H || _._.

1 -o u

y s s i • •A 'I «- • :í3 ü 7B 11 7:Q -2 a : :01 -fl : ':H . 3 lifi l| liOO

a ffl* u «B _•_ - £

5 Ia2 o o* °-nUE.ti as

BIBLIOTHECA ALEGREAcham-se á venda em nosso escriptorio os

seguintes romances :BARRADO-Historia de um ingênuo matuto

que vem para o Rio, onde lhe suecedem varias pori-pecias amorosas... e descriplas primorosamente peloautor deste romance. Preço l$000. Pelo CorreioÜ500.

O CRIME DE COPACABANA —Primorosoromance de amor... original de Bock, o fino esly-lista sobejamente revelado em varias producçõesdesse excellente gênero dc leitura... Preço l$000.Pelo Correio l$500.

GOTTAS DE VENUS - Outra complicaçãoamorosa... ( do mesmo autor ) em que se conta ahistoria de um medico cuja especialidade consiste emcurar moléstias das senhoras... Preço l$.)UO. PetoCorreio l$500.

Pedidos a A. Veiloso — Carioca 53, sobrado.

%."*•' ::.

t> ¦ '¦'

.'*_

"'

-^xJBnW Íl' 1 ti

Fome e j-sêtle

Jejum terrivel todo me consomeE morro ii mingua sem que alguém me acceite:Com tua carne vem matar-me a fomeE vem matar-me a st.de com teu leite l

SURICO.

aponeza ^"° 'lfl outraiue t°rneJT a pelle mais macia. Dá

Agua Jajao cabello a cór que se deseja. E' tônico, faz crês-cer o cabello e extirpa a caspa.—Rua dos Andra-das a. 95

Ellü — Eu desejaria ser esse ramo de rosas...Ella — Mesmo com espinhos para me es-

petar ?ELLE — Pois entSo ? Espetal-a sería o meu

MI... MI...

Ha dias, passeando na Avenida,Encontrei-me com a bella CarmosinaE a gula despertou-me, inconcebida,De manducar tao boa papa-íína.

E resistir não pude a uma botina,Que ella acceitOU, com a idéia concebidaDe encontrar, sem trabalho, em mim, a minaOnde cavar pudesse a sua vida.

Sem perdermos o tempo em frioleíraEntramos para um auto e, ligeirinho,Marchamos pVo o chateou dessa trigueira.

Em caminho me fez ella, baixinho,Um pedido, geitwaa, mesureira...

— Vi lá si eu sou, lhe dis»e, ura bezerri-ho!...

Zé no Eqypto.

ELLE — Parece-me que ouvi passos... QuemElla — Não lenhas medo. E' meu marido;

veja que não estou só, vae-se embora...

Quando perversamente procurava_ atropelar omero dois carrapatos, [oi preso por uma irmã de cariili le o terrmenino Benigno Mansidão.

O auto, que escapou milagrosamente, fugiu, traa ido de mepara casa, c o perigoso menor que conta 3 annos de ida; j foi á veda esquinem tomar tres com gomma e a irmã de caritluíj; recolheiao >:a !rez.

-á?i>gO q-c

aiomovcl

X_T ^B_Mi_Br V_H g -^ BWo_

Ws* J^I'34-4 IH_^___te§J

tos,cupaçTAR!!varia:vos p

.Vquellesst amam i

o tia baraGUANAB.

, sortimeiecos.Aprovcit

Í.tiviam-stse agemMAttCA, UKGISTKADA

pi il;Allegando incompatibilidade de gênios, injuria ,bem como abandonei do lar, requercu a Doutora Petr,Valente, divorcio contra sua esposa D. Cândida Landc-c.

Apesar das allegaçÕes d,i autora, mis cremos qnin caso de adultério bl-feminino a que não é estraulivisinhu do Doutora Petronilha.

Emfim, 6 possivel que o casal se harmooise, ir

D. Candinha sempre foi honestíssima, alé mesmo em,numa rotula, na zona estragada.

ieu e gri«ilha Ho.i

,e se trateuma gal

smo poraanto res

O XDO-STZEX*Leitura suggestiva c cheia da peripécias

venda neste escriptorio.

177, ¦-¦'¦-,^_;''7 _$___, jfj- jr?

¦ 'rM^-z^és^ •-«¦

i MM^mmk *^_7^7* liHllk _"il^_!às^%®W- H

oo. Sa i

imorosln, — Acli

Ella — Escusa seguir meai, passo»,porque n3o me entrego ao primeiro boiti*sn-qua atraca na rua.

-El.LE — Bem. Neste c«so, esperareique um outro a airaqM e eu serei o segundo..-

Page 5: -wm -*P-^ 5 *8-iFL. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01333.pdf · Dando, por isso, um resultado ... Traga-me o Times. ... E um cabra mais malandro levantando

^àvj*KgnS&vK33J VA

O RIO NU — 29 DE ABRIL DE 1911

riml

árido:

ilu.-

Íatomovcl nu-

ie o terrivel

trazido de medo,foi á vendarecolheu-se

au,dcaridade

s idajt)

cupaç;TAMvariai)

Í

aviam-se instrucções e aceitnm-se pedidos do interior,

se agencia.

unai Pefri^andocímos <\¦stranli

pi )li

tá?logo que elle

CAIPORISMO{ Ao Dr. Encrenca)

Tem o Manduca da vendaUma filha appetitosa...Uma excellente jazendoA quem todos chamam Rosa.

Eu, que por ella me babo,Disse-lhe ha dias, leitor,( Sem prazer, disto me gabo ) :— Ouve. escuta, meu amor.. .

Eu, ando por ti perdido,Por ti morro, minha flor;Vou, pois, fazer-te um pedidoEm troca do meu amor.

Consente que um doce beijoEu dê na tua boquinha...Sim, meu bem? P'ra que ter pejo?..,Vamos, uma beijoquinha. .

— «Olhe o que faz! Veja bem !..,

( Disse ella, muito irritada )Um beijo quer? Pois ahi tem: »

E deu-me... uma bofetada i

San-tos.

.Vquclles que no fim do mez, recebendo seus vencimen-

stumam ir às lojas fazer suas compras, com a prece-

o dabarateza e boa qualidade, aqui indicamos a ALFAIA-

GUANABARA, Carioca 34 - onde encontrarão o mais

soríimento de roupas, vendidas pelos mais convidati-

ecos.Aproveitem a opporEunidade que se offerece.

ca e grave,talha Ho.nem

: se trate deuma galaute

smo porque,antu residiu

u, — Acha-se

Tendo nós recebido de varias eavaríadissimas leitoras, consultas sobre anova moda da saia-cal ção, aqui passamosa dar as respostas :

As fazendas mais apropriadas são :carne secca ou de vento, bacalháo sem es-pinha e mulato velho. O polvo não sepresta. De qualquer destes tecidos bastam10 kilometrose 5 litros.

Para os botões, prefira-se dentesdc alhos ou batatinhas novas.

Sobre os cordões não hacpie vacil-lar: servem somente os de São Francisco.

O uso das ceroulas é írnprescin-divcl.

si

â ¦ Ella — Estio a sair-mecorpo orna* placas escuras...

•Ellc — E' preeiío quanto aatestomarei o Elixir de Nogueira.

AGENCIA DE REVISTAS E JORNAESFigurinos, Romances e Cartões Postaes

Leitura só para homens.—Carar tristezas, 2$;Prazeres da Carne, (li edição) 2$, (2? edição) 1$ ;Contos sensuaes (3 vols.) 1S5; Miseráveis da Luxa-ria, 400 rs; Travessuras do Amor 600 Amores deRosinha, 1$; O abortador,3S; Historia de uma rapa-riga elegante, 3S; Romance d'uma alcova, 5S: Es-candalos conjugaes, 6$.

Todos esses romances são illustrados.Pelo correio mais 500 réis para o porte.

Novidades semanaes -— Bra_ Latiria

Rua do Ouvidor, 181 — Rio de Janeiro

O distineto homem de letras protestadas, Ore-gorio Gouveia Doente, acaba de coníractar, em Paris,casamento com o joven costureiro de jupes-calotles LulúBemzinho.

Pelo que nos informam, a festa no dia do enlacevae ser de arromba, dando nessa data o gentil noivouma folga completa aos seus operários

STJIPJPLICA

Uma só prova ao teu amor imploro.Em negar o que peço não prosígas ;Deixa a tola vergonha e tal decoro.Mostra-roe, ao sol, a côr das tuas ligas.

CapirXo Eutico.

séTr /)':-'-:'\I Cs y y'XA

/Ji^r i í! ~* •• í

r' >** IV '- K> %xJ,\ , ,-£ . :*J

CasteliOes, os mais afamadot cigarros deS Paulo estão á venda no Rio oa Confeitaria Castel-ISes, Charutaria Pari». Tabacaria de Londres e Charu-taria do Bar da Brahma.

De britços ..

P'ra que taes piégoismo de virtude ?São falsos, mentiroso», teus reboco»;O teu todo de santa ,i3o me illudc,Eu sei que bebes agua só dc braços...

EucasoLIVRI.

., iju W•

O' Juea, não vês que assim rasgas os fundillios das calças ? !— Não faz mal, mamãe. E' até melhor, porque depois não pre-

ciso tirar as calças quando fòr á privada...

Pomada Seccataa i São Lázaro— A,un!ca,-W cttra t0X.equalquer fenda sem prejudi-

car o sangue: allivía qualquer dor, como a erysipela e o rher.matiamo.Conhecida era todo o universo. Rua dos Andradas 95.

O corrente mez é extraordinariamente favorável ao plantio daíbatatas, pelo que se ouvirá com freqüência esta phrase :'

— Vá plantar batatas !igualmente é propicio para as viagens abaixo de Braga, que

muitos erradamente pensam ser acima. Esses, pelas duvidas, devem ir.abaixo e acima.

O automóvel do amor Invenção moderna para,sem trabalho e sem incommcdo ir atraz de uma mulher

que sabe montar. . . em bicyclette...

Recebemos de um distineto industrial, que pormodeslià ossigaa o seu nome todo. diversos estojos con-

tendo um excellente especifico para a cora de dores de

amg Trata-se de uma mas«a branco-gelatinosa extra-

hida da banana, da qual conserva o feitio, e que se ap-

nlica esfregando bem.Agradecemos a offertu e pomos a dita & disposi-

cão das leitoras.

_jCO¦****-

ÜJl—O_l_J£_.

Oo;

UJc*.

° -~ _2= Oiiü

a 6:3

- 5 a

-si g a•Sls

33 U PB **-=

a o o¦"- >- -rt

¦*§.__=•>' -V." "O¦3 o n

c_oUJ_.

lllu c Srv a ^«_*"Sc

_ <*a

¦ G U .5 2 3

*-> B =r*u S

2 -í s-¦S3? SElla — Entio o senhor recebe onw dana

*eise traje ?ELLE — E « senhora lamba a imlu, p-,rqm'

e» cojtomo recebel-as mais S fr»„cat* aiad» 1

á t, *%•»'•

Page 6: -wm -*P-^ 5 *8-iFL. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01333.pdf · Dando, por isso, um resultado ... Traga-me o Times. ... E um cabra mais malandro levantando

O RIO NU — 29 DE ABRIL DE 1911

au

e

Nas zonas,,..U1TO gostaa Ottilia Coruja Pintada do seu sur-

radíssinio manteaul Nem mesmo com calorttí__\VlL de rachar ella deixa do o trazer sobre o

tSOCLiS lombo IPobre manteaul já foi tingido de cinzento para en-

¦cãrnado e ainda está ameaçado dc levar outra tingidelapara preto 1

Livra I até parece a celeberrima fantasia de «Rcpu-blica» !

O menino Cezar Brito continua a levar as van-tagens com a polaca da zona Núncio. Diz o gaio quebanca o jogo com grande vantagem mesmo.

Qual é a diária, seu Brito ?Anda apavorado o Pinto Mercúrio (ex-606), de-

pois que pretendeu servir de «mentor., nos «Baetas».Pobre Pinto, está aqui está no Hospicio !Temos de novo as bellas «fitas» da fabrica Elpi-

¦dio-Jitdítli.A primeira será em breve exhibida no «Cinema

Marietta».O Lobatinlio (filho de padre) anda todo amarro-

tado com as valentes sovas que lhe pespegu a viuva ricadc S. Christovain.

Muito se tem de aturar para arranjar uns cobres,hein, seu Lobato ?

t — Quando a H*; ¦ descobrir as m aro te iras do LordGarage com a corista Adelia, temos mosquitos por corda¦ou tourada grossa.

Agucntc firme, seu Lord .O Grugututaa, dizem, anda radiante com os ne-

gocios de sua «casa bancaria» cm Santos.Dizem mais que os vales postaes são semanaes e

tão grandes que o Correio precisa de prévio aviso parapoder satisfazer a importância...

Que felizardo !...O Rubens disse á Annita Italiana que não in ao

baile do «Poleiro», níío lhe appareceu mais e ainda porcima ficou apaixonado pela pequena por quem fez «fitas».E' um pândego, esse camarada !A velhpta funecionaria da zona Gomes Scrpa,

estação da Piedade, continua cm actividade dc seus bonsofficios (sempre enfeitadinha e cheia dc meiguices) pelostrens e bondes. Depois dc suas visitas por Jacarépaguá,ás vezes dá sua nota pelos bancos da estação de Casca-dura, acabando sempre nas casas de. .. modas, não dis-pensando a «sala das senhoras» na Central.

Livra ! E' o typo da viuvez... sem manchas!Disse-nos a Violeta Murrinha Chéchéo, que de-vido a andar com a «madre desencavada» soffrcndodores atrozes no utero, vau fazer uso da A Saude daMulher para curar-se radicalmente.

Multo bem, nlm Murrinha !O Brazil da «Central» corNnúa a fazer suecesso

na zona Barbara de Alvarenga 24, «Btosa das Feijoadas»,onde tem a sua ella Mine. Zizinha Acerta o Passo.

Quem nos affirmou isso íoi a Delorme !A Laura Canivete, depois da surra do Albu-

querque, tomou vergonha e contractou nupcias com oAlberto Lingüiça, tendo servido de testemunhas o Santosc o Brazil.

Que bello pari Não acha, seu Albuquerque ?A Gueile anda toda níoubada, apromtando-se

para a sua partida para S. Paulo, onde pretende celebraro seu casamento com o Duarte Mulatinho, Uma das tes-temunhas é o Henriqueta.

Que sorte, hein, seu Duarte ?O agaloado Dunga, por causa da nota a seu res-

peito, subiu a serra e tomou satisfações ao Castro e aoD. Cezar.

Ora, seu Dunga, você é um fiteiro !...Tendo a Noemia Lingüiça do Reino recebido

ordem autoritária para mudar-se da zona Lapa 94, dizque vae requerer «mandado de manutenção de domicilio».

E' boa ! Ora a Lingüiça do Reino !...Devido ás reuniões constantes dc tres rufiões na

casa da Clara, zona Marrecas 20, passou essa espeluncaa denominar-se «Centro dos Rufiões».

Uma visítazinha de certa autoridade era uma belleza!A Santa Lacraia, depois de um grosso pifãolembrou-se dos tempos idos e sahiu á procura do Ale-xandre. Mas nada arranjou, pois este diz que está pelobeicinho pela Mauricia.

Qual o papel que representa o Annibal ? !Aconselhamos a Maria da Conceição Nhã Laba-

reda que, quando estiver em posição difjictl com o aga-toado tenente, não deixe o Duarte Mulatinho c o Castroespiarem a sua «gymnastica sueca»...

Esses caras o que pretendem 6 lambem uma passa-gem para a Orúpa. Cautela, Nhã Labareda I

Disse a Rachel Pescada que está disposta a virá nossa redacção contar-nos certas coisinhas passadasem Minas com a Nhã Labareda.

Cá estamos, não faça ecremonias, D. Pescada IAtê que emfim realizam-se os sonhos dourados

do menino Quininho I A Rosinha Pivete é dona de casa,c os jantares nos restaurants acabaram.

Já não era som tempo, hein, sen Quininho?

Perguntamos ao Carlinhos das Jóias porque aMargarida Hespanhola chora tanto, quando o vê?

Ora, seu Carlinhos, pague as blusas que a funecio-nariadeve; do contrario ficará sem as passagens áOrópa !

A Carmen Páo d'Agua deve deixar de fazer«fitas» com o O. J. A. Q., pois se a «cara metade»sabe... temos uma arrelia certa.

Deixe o moço, sua Páo d Agua !Anda receoso de figurar na «Assistência» o

Magalhães. Tem bom remédio: tome o Elixir de Nogueirado chimico Silveira, para purificar-lhe o sangue, já tãoestragado.

Tome o Elixir, seu Magalhães !Gaba-se o Pinheirinho do Cacs que não precisade funecionarias, pois tem uma boa chapa na zona Enge-

nho de Dentro.Cuidado com o responsável I... *

Sob a acção de um pavoroso piléque, a OdetteBemgallinha receando ser abandonada de vez pelo iaver-neiro, intimou o Fonseca Ecrragisía a deixar a Gatinha.

Nessa não cáe elle, porque, pelo menos não é cx-piorado, sabe?

A isolina do «Chopp» da zona Maranguape édoidínha pelo Piloto. Dizem que é por certas salien-cias... e bom trabalhlnho.

Que trabalhinhos serão esses? Serão lingüísticos?E' voz corrente que o Castro Gerente é um

grande atiradiço. Ama a Durvalina e a Leonor, não dei-xando de ter o seu fátacaz pela Odette, com quem nãorespeitou sequer a sexta-feira da paixão !...

Já c vontade de ser peccador '...Pela primeira vez appareceu no «Poleiro» o Dir-

ecu om companhia da Roberfa Bilheteira.O diabo foram as provocações e o despeito do

Manduca, que levaram o Bouvicr a chamal-o á ordem !O Rubens diz que se vae dedicar agora única-

mente á Maria da Conceição, que só para ella viverá,deixando até dc ir ao «Poleiro» para estar sempre aolado da sua (?) Bijou, como elle lhe chama.

Ora, seu Rubens, o que você está precisando é deuma chupetínha !

Admirem sò esta quadra, cantada no «Ponto»pela Leonor Tapadinha, em tom de fado ligeiro e se-gundo a pronuncia da funecionaria:

d Vou mi deitare a dormireEmvaixo d'uma laranjêra,Cahiu-ini umas íloris nu rostoOh! qu'á bem qu'ellas cheiram.»

Vocês gostaram ? .

Assistência nas Zoiins...Funecionarias e furtecionarios que estão estragados

e que necessitam os serviços da «Assistência», sóobtendo alta áquelles que já estiverem radicalmentecurados.

Necessitam os serviços da «Assistência»:Violeta Murrinha Chéchéo, zona General Câmara;

Marietta Tíê-Saggue, zona Mem de Sá; Rachel Pes-cada, zonaXnpa 94; Regina, zona Marrecas 48; Felici-dade, zona Gomes Freire 35; Menumosine, zona Lavra-dio 39; Ribeirinho, Pinto Mercúrio ex-606, Bandeira,Costa Gomes, Fonseca, J. Neves, Thomaz do Ponto, eBororó.

Mal» Peruai

Mariaztnlta- — Não 6 possível.Cezar Brito — Para outra vez não torne a dar rata

Linqua de Prata.

Bibliotlieca d'0 RIO NUAcham-se â venda em nosso escriptorio os se-

guintes romances :

UMA VIDA AMOROSA — Historia dc uma mulherde sangue quente, em que são descríptus scenas da maisrequintada luxuria, acompanhadas de suggestivas gra-vurus. Preço l$000. Pelo Correio 1S500.

O DONZEL — Aventuras de um moço acanhado eque as circumstancias fizeram o maior conquistador doRio. Este livro conta tudo com ff e rr. Preço 1S000. PeloCorreio IS500.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissima parodia li«Ceia dos Cardeaes», em versos brejeiros. Tres respeí-taveis padres contam suas aventuras amorosas» numalingaagem de alcova, sem peias... Preço 500 réis. PeloCorreio 800 réis.

AMORES DE UM FRADE — Escandalosas peripe-cias de amor prohibido, acompanhado de interessantes

Pravuras. Verdadeiras scenas dignas da antiga Roma.

reco 500 réis. Pelo Correio 800 réis.

Pedidos a A. Velloso — Carioca 53, sobrado

Loterias da Capital FederalSabbado 29 do corrente

5O:000$000 — Por 3$ 750

Sabbado, 20 de Maio100:0008000 — Por

Bilhetes á venda em todas as casas lotericas

j7lfa cavaçaoDUAS CENTENAS CERTAS I

8SS-S13CINCO DEZENAS VICTORIOSAS

21—33-01—72—09X^alpites ii_k.fa.lliveis!

Resultado dos dias 22, 24 e 25:

Dia 22 — Pelo Antigo, Aloderno e Rio deram IVla-caco, Urso e Oíibra, indicados nos Palpites

do Averno com clichês e 889 e 21, e pelo Sal-teado e 2o prêmio deram Jacaré e Cobra, indi-cados com clichês e 33 nos Palpites do João Benguela.

Dia 24—Pelo Antigo, Rio, Salteado c 2° prêmioderam Avestruz, JLJorco c Cobra, indicadoscom clichês c 01 e 72 nos Palpites do João Benguela, epelo Moderno deu Borboleta, com clichê e 913,indicada nos Palpites do Averno.

Dia 25 — Pelo Antigo e Moderno deram Maça-co c Cabra, indicados nas Centenas Especiaes ;pelo Rio e 2o prêmio deram Burro e Porco, indi-cados com clichês e 09 nos Palpites do Averno, e peloSalteado deu o Leão, indicado com clichê nos Pai-piles do João Benguela.

Como viram, íoram tres dias cheios de sorte paraos amanteticos dos nossos palpites !

Eis mais prognósticos para ganhar dinheiro pelacerta:

.Palpites ao João -Sengfuela

399 98 20Ü 656 54 S55

8

54 s:___i________j -L

944 41 443

519 20 61 876 54 873 560 59 357

Madame Josephine« No azul sereno as azas pandas da Agfuia a

nitidez demonstram do Veado; emtanto, ê bom quealguém a Cobra afague-a, tendo em vista o Leão,tenho acabado.»

CENTUNAS SSPBCIAKS

401 329 648 18S 952 590 624 380 540 764DIÍZ1CNAS

OS 96 33 45 04 50 77 30 39 85

Palpites tio Averuo

/__».

866 65 067 516 15 913il6 15 872 69 770

327 28 626 809 12 610 381 83 684

Hadamb Xaía . i:._k_

Page 7: -wm -*P-^ 5 *8-iFL. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01333.pdf · Dando, por isso, um resultado ... Traga-me o Times. ... E um cabra mais malandro levantando

';:;,»v^v.

O RIO NU —. 29 DE ABRIL DE 1911

rTZ>ç<^^qV^UANDO pelas ruas de Nictheroy passava a^^ mulher do Matheus Precheiro, as outras

mulheres olliavani-n'a com um ar de poucocaso, com um supremo desdém.

Com os homens, entretanto, não se dava o mesmo:todos paravam a obscrval-a, no seu passo miúdo, muitoatarracada, gorducha, caminhando sempre apressada,como recelosa dê "ouvir

galanteios ou dichotes picantes.Uma oceasião, num grupo de rapazes, um deiles, ao

avistal-a, disse para os companheiros:Olhem ! Lá vem a Bolinha !Ah ! A mulher do Matheus ! Bem lembrado...

E' mesmo uma bolinha de carne...Alas que não se deixa engulir. . . E' de unia fide-

lidade de cão !Bem mal empregada, aliás, porque o marido é

um libertino de marca.Justifica o sobrenome...

Nesse momento passava junto ao grupo, muitoencabulada por se sentir alvo dos olhares cúpidos dosrapazes, a linda Bolinha.

E era mesmo linda, apesar da sua pequena estaturae da abundância de carnes que lhe arredondavam asfôrmas.

Uma basta cabelleira negra, luzidia, coroava-lhe orostinho moreno em que brilhavam dois olhos tenta-dores; testa larga e intelligente, nariz aquilino denarinas levemente arrebitadas, que lhe davam um arzinhopetulante, destruído logo si cila abria os lábios carnuflosnum leve sorriso que deixava entrever os dentes alvos,alinhados e pontudos.

Passou pelo grupo cabisbaixa e carrancuda.Vae znngodinha?— disse um dos rapazes.

Ella não respondeu c continuou o seu caminho, dei-xando no ambiente um perfume forte e inebfiantc deRoyai Houbigant.

Todos lamentavam a sorte da Bolinha, a quemcoubera um marido que passava o tempo na CapitalFederal, a metter o cacete no dinheiro que a mulherlevara de dote e que elle distribuía entre as mulherese o jogo, nos clubs e nos prostíbulos, de onde súsahia quando se sentia extenuado e necessitado dcrepouso.

Assim, raramente dormia em casa, enganando aesposa, mentindo-lhe que trabalhava á noite num dosjornaes diários do Rio, para justificar a sua ausência dolar.

E a coitada da Bolinha engulia a pílula e acreditavapiamente nas potócas do Matheus...

Amava-o e, por coisa nenhuma deste mundo, seriacapaz dc atraíçoaf-o.

Não porque lhe faltasse oceasião: mas porquejulgava-se na obrigação de lhe ser fiel, uma vez que omarido não IÜe dera motivo sério para desconfiar de que,ióra de casa, outra mulher era alvo das suas caricias,dos seus beijos, gosando nus seus braços os prazeresque ella gosava, bem poucas vezes — 6 verdade — maspropinados de maneira a deixai-n satisfeita por algumtempo...

Não lhe faltaram propostas vantajosas para mettero Matheus na irmandade de S. Cornelio, até mesmocomo irmão remido.,.

Ella, porém, repellia energicamente essa tentaçãoperigosa e conservava-se a esposa fiel e ingênua quefazia as delicias do Frecheiro.

Mas... não ha bem que sempre dure IUm dos últimos galanteadores da Bolinha, vendo-se

repellido, sem appellação nem aggravo, nas suas preten-çoes a ajudante do Matheus e seu substituto no leito docasal nas noites em que elle faltasse com' a sua assis-tencia de marido junto á esposa, rogou-lhe uma tremendapraga: Deixe estar que a senhora ha de se arrependeramargamente ! O Matheus lhe fará chorar lagrimas desangue, e quando a senhora abrir os olhos já será tardei

Não se passaram muitos dias, e a encantadoraBolinha, envergonhada e chorosa, ia procurar no seuconsultório o Dr. Tezinho... ,

Quando este a viu erilrar.os olhos pisados c o rtibordas faces, quiz Iranquillizal-a:

Sente-se, minha senhora ; descance um pouco ediga em que lhe posso ser útil.

Ah I doutor ! Si o senhor soubesse !...Não ha dc ser nada...E' o que todos os médicos dizem.. .Um filhinho que lhe apparece agora, não c .'. ..Não, senhor.

E a moça poz-se a soluçar, procurando esconder orosto entre as mãosiiihas pequeninas c gordas.Alguma complicação no casal... Brigou com oMatheus í

Si fosse isso, eu não o viria procurar, doutor.Mas eu sou muito desgraçada !

Poz-se de novo a soluçar, arfando violentamente ocollo de tal maneira que alguns dos frágeis botões docasaco não puderam resistir e fugiram das casas, dei-xando ver uma parte dos seios, grandes, avelludndos. ..

O medico sentiu que se lhe reseccava a garganta...e procurou dar um remédio, prompto ao mal que oaífiigia.. .

Delicadamente passou a mão pela cintura da Bolinhae conduziu-a para um quarto do lado do consultório,dizendo-lhe:

Passemos para este outro compartintento, ondea senhora ficará mais á vontade... Tem até uma camae poderá descansar um pouco. Depois falaremos sobrea sua moléstia.

A moça deixou-se conduzir passivamente, e o Dr.Tezinho fel-a sentar num sofá acolchoado, tomando logarjunto delia.

Como eu sou desgraçada!—exclamou aindauma vez a mulher do Matheus. Eu nem sei como lhe heidc explicar, doutor.. -

Depois... depois. .. temos tempo... Acalme-seprimeiro. . .

E as mãos nervosas do joven escitlapio procuravamdesabotoar o resto do casaquinho da cliente, para lhe« dar um pouco mais dc ar »...

Bolinha, entretanto, continuava a se lastimar:Tenho tanta vergonha dc dizer o que me trouxe

aqui... Entretanto... Oh ! Não ! Mas é horrível!...Eu não posso dizer ! Que infeliz que eu sou, meu Deus !

Dirá depois, ouviu 3 Depois.., Não chore, queme faz muita pena. . .

Assim falando, emquanto as suas duas mãos toma-vam a temperatura dos rijos c abundantes seios dacliente, elle chegava os seus lábios resequidos aos delia,e a esse contado, a que Bolinha não podia ser insen-sivel, ella fechou os olhos, pendeu ;i cabeça para traz,,balbucíando com voz sumida:

Espere, doutor... E' preciso que eu lhe diga...Depois. . . depois. . .

Não havia mas resistência possivel, e o que tinha desueceder succedeu,..

Rubro ainda áo pequeno esforço que fizera paravencer a cliente e applicar-lhe aquelle primeiro remédiopara lhe acalmar os nervos, e satisfeito do resultadoobtido, pois a Bolinha já não chorava e até sorriabrejeiramente, o Dr. Tezinho perguntou-lhe:Afinal, que mysicrio é esse que reveste a suavinda ao meu consultório f Agora, que já somos maisamigos, pude falar francamente.

E' isto: meu marido, apanhou no Rio umamoléstia...

Oh I diabo I E então !Eu a adquiri delle pelo contagio, e era com o

fim de lhe pedir um remédio para essa horrível enfermi-dade que eu vim proeural-o. ..

Com mil milhões dc diabos c de frades ! Estoubem arranjado ! Por que não me disse isso ha maistempo ?

Eu bem queria dizer, mas, quando eu ia falar,o senhor não deixava, dizendo-me sempre «depois...depois... 'i.

Danilo.

A'S ARMASItAcha-se no prelo e brevemente será posto á venda,

em nosso escriptorio, o escandaloso romance

A CABEÇA DO-CARVALHOdo estro inesgotável do incorrígivel e nunca sonhado

VAGABUNDO

Este romance foi publicado em o nosso jornal nas«priscas eras que bem longe vão». Porém, Vagabundoquiz publical-o em volume e, por isso, augmentou á von-lade do corpo umas tantas coisas...

Nós não podemos dizer que coisas cile augmentou,e que ülustrações...— ai! que illuslrações ! — ellecavou...

Até ver não é tarde. Esperemos, rapaziada !

JOANNINHA

QUANDO Joanninha teve oceasião de veí-o pelaprimeira vez, ficou encantada e disse de sipara comsigo :

— E' um guapo rapaz ! Ainda hei de tero prazer de vcl-o um dia nos meus braços...' E antegosando desde logo» na imaginação, um pra-z-zt louco, arrebatador, contorcia-se na chaise-longne,presa de enorme e inqualificável excitnção.

Joanninha era uma dessas encantadoras mulheresde pelle alva e setinosa, dc olhar vivo e aítraheníe, cujobrilho tem o poder de nos fascinar logo á primeira vista.

Nova, filha de um casal distineto, casára-se a ins-^ancias do pae eom um rico velhote, de longas barbas

côr de cal, horrendamente feio, incapaz de fazer a suaielicidade.

E no emtanto, Joanninha, apesar de nunca ter sen-tido por elle a menor afíeição, conscrvarase-Ihc semprefiel e dedicada, snlisfazendo-lhe de boa vontade os me-nores caprichos.

Coitada ! desconhecia o Amor por completo ; nãoera, portanto, nada para estranhar.

Mas, um dia, uma sua amiga, casada também, e quefora sua companheira de collegio, teve oceasião dc ini-cial-a, se bem que ligeira e resumidamente, nos myste-rios sondaveis d1 esse deus brejeiro e idolatrado.

As duas conversavam sósinhas, passeiando pelojardim e, por um acaso qualquer, dirigiram a conversapara o thema — Amor. Joanninha — coitada 1 — nadadisse porque nada sabia, e a sua amiga então, vendoquão grande era o seu atrazo naquillo que. se pude cha-mar sem medo dc errar o melhor deste mundo, conví-dou-a a acompanhal-a ao aposento e, uma vez ahi, de-pois de algumas necessárias c indispensáveis explica-ções... (como és intelligente, leitor, calcula o quefizeram.

Desde esse dia, Joanninha entrou então a aborrecero marido e sempre que via um rapaz airoso, moço, gen-ti), soltava um longo suspiro c, meditativa, começava apensar nas poucas e buas coisas que lhe ensinara aamiga.

Um dia teve ella noticia de que um sobrinho úo ma-ridüj estudante dc direito em S. Paulo, vinha passaralguns mezes no Rio, ínstaílando-se a convite do tio na-quella casa.

> Joanninha, que o conhecia pelo retrato e sabia-oum moço intelligente e espiri.tuoso, por ter lido algumascartas d'clle ao tio, ficou como doida, ta! a alegria queinvadiu o seu coração; e íoi momentos depois de elleter. chegado que ella soltou .n exclamação que os leitoresleram no principio desta narrativa.

Uma semana se passou sem que nenhum ousnssfixar os olhos demoradamente um no outro. Conitudotanto elle como ella andavam por se manifestarem.

Mas... a ella não competia, e elle, ou porque res-peitasse o tio, ou por qualquer oulrn motivo, não ousavarevelar-se.

A paixão de ambas, no emtanto, nugmentava, euma tarde, cm que elle a Slirprchendeu enxugando duaslagrimas, achou-n tão bella, lão seduetora,

'que não se

conteve. Acercou-se delia e arrancnndo-lhe subitamenteo lencinha migiton, cingiu-a nos braços c cobrindo-lhode beijos as faces aveliudadas, acabou de enxugar-UVascom os lábios...

Ao sentir-se enlaçada, Joanninha eslrcmeccu. Comos lábios procurou os daquelle por quem ia sentia maisdo que afíeição e, encontrando-os, depois de um beijoprofundo, lubrico, silencioso, deixando pender completa-menle o seu no corpo sadio do sobrinho dc seu marido,exclamou cumo num êxtase:

Amo-te !...Amo-te !. . . respondeu o rapaz ao mesmo tempo

que os lábios de ambos se juntavam novamente.E sobre o discreto divan, joanninha poude naquellemesmo instante ter conhecimento por completo dosmysterios deliciosos d'esse deus sublime que se chamaCupido...

San-tos.

A collaboração neste jorn.nl é franca a todosos leitores. Os trabalhos enviados, entretanto,serão submettidos ao juizo da redacção, quêos publicará ou não, conforme o entender.

Em caso algum serão restituidostjinaes.

os on- 8O que não se diz cm duas linhas, dizem os nossosbellos romances em magníficas paginas de espirito.

•* -? MA

Page 8: -wm -*P-^ 5 *8-iFL. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01333.pdf · Dando, por isso, um resultado ... Traga-me o Times. ... E um cabra mais malandro levantando

O RIO NU - 29 DE ABRIL DE 1911

Pedido geiioso,

ff/ffiSÀX/ Imj \ÊjSÈ fsf/lSKÊMSÊ^^^

r%& / %&\ mi BlMA^l

*<rift$

ELLA — Afinal, meu caro doutor, diga francamente de uma vez : o que deseja de mim?ELLE — Desejo apenas, minha senhora, que faça a minha felicidade. Bem vê que ella está agora nas suas mãos.

ESTAÇÃO SP0RT1VA LEIAM AMANHA O QUINTO NUMERO" SAHIRÁ TODOS OS SABBADOS =====

NUMERO AVULSO -IOO RÉIS NUMERO AVULSO -IOORÉIS