4-cÁrie e doenÇas da polpa-analise

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CÁRIE CÁRIE Dra ANELISE RIBEIRO PEIXOTO ALENCAR Dra ANELISE RIBEIRO PEIXOTO ALENCAR

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Page 1: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

CÁRIECÁRIE

Dra ANELISE RIBEIRO PEIXOTO ALENCARDra ANELISE RIBEIRO PEIXOTO ALENCAR

Page 2: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

CÁRIE DENTAL E DOENÇAS DA POLPACÁRIE DENTAL E DOENÇAS DA POLPA

Doença infecto-contagiosa de ETIOLOGIA MULTI-ETIOLOGIA MULTI-

FATORIALFATORIAL que se manifesta, por uma degradação

localizada nos tecidos duros dos DENTESDENTES, esta

degradação por sua vez é resultado da dissolução

mineral destes tecidos, por produtos metabólicos de

natureza ácida resultantes da AÇÃO DE GRUPOS DE AÇÃO DE GRUPOS DE

BACTÉRIASBACTÉRIAS capazes da fermentar CARBOIDRATOS,

basicamente AÇÚCARESAÇÚCARES.

Page 3: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

FATORES ESSENCIAISFATORES ESSENCIAISLOCALIZAÇÃO DA LESÃO

NOS DENTESAUSÊNCIA DE UM

MICROG ESPECÍFICO

Superfícies oclusais (fossas e fissuras)

Superfícies lisas (bases vest., ling. e interproximal) necessidade de uma matriz aderente (película adquirida)

Streptococus Mutans

S. Salivares

S. Sanguis

S. Fecales

Lactobacillus Casei

Actinomiices Viscosus

A. Naeslumdï

A. israeli

FORMA ANATÔMICA E TAMANHO DA LESÃO

Região amelo dentinária voltada p/ a polpa, forma de cone c/ a base voltada para a junção amelo dentinária ▼/ posiciona// dos túbulos dentinários e diferença de mineralização, esmalte subjacente à dentina solapado em ↑ veloci//

ETIOLOGIA MULTIFATORIAL

Placa bacteriana Dieta

Seleção Natural

Região de fossas e fissu-ras, forma de cone c/ a base voltada p/ a junção amelo dentinária ▲ / posiciona// dos prismas de esmalteRegião de superfície lisa, forma de cone c/ o ápice voltado p/ a junção amelo dentinária ▼/ posiciona// dos prismas de esmalte.

MICRORGANISMOS CARIOGÊNICOS/CARACT

Capaci// de aderir a estr. dentáriaAcidogenicidadeAciduridade (sobreviver no meio ácido) Sacarose – maior acidogenici//

FATORES MODIFICADORESAtuam sobre os fatores essenciais atenuando ou acelerando o processo carioso-Xerostomia, Flúor, alterações da dieta.

Page 4: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO

CárieCárie

de Fossas ou Fissuras

de Superfície Lisa

Primária

Secundária ou Recidivante (Extensão inadequada da restauração, má adaptação do material restaurador a cavidade)

Aguda

Crônica

Page 5: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

REGIÃO DE FOSSAS E FISSURAS E REGIÃO DE FOSSAS E FISSURAS E SUPERFÍCIE LISA / ESMALTESUPERFÍCIE LISA / ESMALTE

DENTINA

POLPA

Forma de cone c/ a base voltada p/ junção amelo dentinária

Forma de cone c/ a base voltada p/ a superfície do esmalte

ESMALTE

Page 6: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

REGIÃO AMELO DENTINÁRIAREGIÃO AMELO DENTINÁRIAForma de cone c/ a base voltada p/ a junção amelo dentinária, comprometimento do esmalte adjacente e a junção é maior devido a diferença de mineralização das estruturas e pela disposição dos túbulos dentinários

Page 7: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

Cárie de Superfície Lisa

Page 8: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

Cárie de Fossas e Fissuras

Page 9: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

Cárie de Fossas e Fissuras - Avançada

Ponto de penetração

Esmalte s/Apoio

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DINÂMICA PATOFISIOLÓGICA DO PROCESSO DE CÁRIEDINÂMICA PATOFISIOLÓGICA DO PROCESSO DE CÁRIE

Os minerais estão em contínuo intercâmbio entre a superfície do esmalte e seu ambiente bucal.

Ph = 7,0 Neutro

REMINERALIZAÇÃOREMINERALIZAÇÃO DESMINERALIZAÇÃODESMINERALIZAÇÃO  

Concentrações de Minerais

DESMINERALIZAÇÃO:DESMINERALIZAÇÃO: O excesso de deslocamento de minerais do esmalte para o meio vizinho por períodos prolongados de tempo produz a lesão incipiente (mancha branca), na fase inicial a lesão pode ser revertida, porém quando a quantidade de cristais removidos compromete a integridade da estrutura promovendo a cavitação, a lesão é irreversível e requer procedimento restaurador.

REMINERALIZAÇÃOREMINERALIZAÇÃO DESMINERALIZAÇÃODESMINERALIZAÇÃO  

Ph = 5,5 Ácido

Page 11: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

REMINERALIZAÇÃO:REMINERALIZAÇÃO: Os cristais são refeitos nas microcavidades que foram criadas durante a desmineralização, forma-se uma camada superficial hipermineralizada que retarda os efeitos de influências cariogênicas transitórias. A saliva é a fonte de minerais para o processo de remineralização, alterações em glândulas salivares como a xerostomia resulta em cárie rápida e disseminada.

OBS.:OBS.: A remineralização só pode ocorrer se não houver cavitação

pH – Básico = 7,5

pH – Neutro = 7,0

pH – Ácido = 5,5 (início da desmineralização)

Page 12: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

Cárie Incipiente Cárie por Irradiação

- Xerostomia

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Cárie

Aguda/Rampante

CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CARIOSAS CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CARIOSAS COM RELAÇÃO AO TEMPO DE EVOLUÇÃOCOM RELAÇÃO AO TEMPO DE EVOLUÇÃO

O ritmo de evolução está relacionado a fatores intrínsecos e extrínsecos do dente.

AGUDAS:AGUDAS: Geralmente produz uma área de penetração pequena e escavação interna grande, de progressão rápida, com pouco efeito de cura ou de mecanismos defensivos. Ocorre geralmente em crianças e adolescentes.

Ingestão excessiva de

substrato cariogênico ( freq. e intensidade)

Esmalte

Imaturo

Higienização

Deficiente + +

Page 14: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

Cárie Aguda / Cárie de Mamadeira

Cárie Aguda

Coloração amarelada

Inc. inferiores protegidos pela língua

Cárie rampante

Page 15: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

Cárie Crônica

Cárie Estacionária

CRÔNICAS:CRÔNICAS: Geralmente cavidades abertas e rasas que

proporcionam menor retenção de alimentos e maior acesso

para a saliva, de progressão lenta, com muitos sinais de

ocorrência de mecanismos de defesa, poucos sintomas

clínicos, descoloração e freqüentemente uma camada dura de

dentina superficial, pode desenvolver-se até o estado de cárie

estacionária, não requerendo tratamento. Ocorre geralmente

em adultos.

Ingestão menor de

substrato cariogênico

Esmalte

Maduro

Higienização de

melhor qualidade + +

Page 16: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

Cárie Crônica

Coloração castanho-escuraColoração castanho-escuraCavidade aberta e rasaCavidade aberta e rasa

Page 17: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

Cárie de FissuraCárie de Interproximal

Cárie de Paralisada – Estável e Rara

Page 18: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

O esmalte por ser destituído de células não

reage de uma maneira vital (96% de minerais)

já a dentina é capaz de reações de defesa.

O esmalte afetado é extremamente poroso em

relação ao esmalte normal, e os ácidos são

capazes de se difundirem através do esmalte

cariado para a dentina subjacente.

Page 19: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

DENTINA ESCLEROSADA:DENTINA ESCLEROSADA: Atua como uma barreira, isola

a lesão da dentina sadia circulante, área hipermineralizada

(zona translúcida) precipitação de minerais dentro dos

túbulos.

 

DENTINA TERCIÁRIA:DENTINA TERCIÁRIA: Forma-se a uma certa distância da

lesão, aumenta a massa de tecido entre a lesão invasora e

a polpa (tubular).

Com o maior progresso da lesão, o processo destrutivo

supera as reações defensivas por parte do dente.

MECANISMOS DE DEFESA – CÁRIE CRÔNICAMECANISMOS DE DEFESA – CÁRIE CRÔNICA

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• Analise as afirmações abaixo sobre o diagnóstico de cárie.I - O diagnóstico de cárie depende da habilidade e perícia do

clínico em detectar não somente a lesão, mas também sua atividade e severidade.

II - A sensibilidade de um método de diagnóstico de cárie é o grau de precisão com que tal método é capaz de identificar indivíduos com cárie.

III - O objetivo atual do diagnóstico de cárie é a detecção precoce da doença para o tratamento restaurador das lesões incipientes em esmalte (manchas brancas).

IV - No diagnóstico das lesões de cárie oclusais, o exame tátil por meio da sondagem oferece riscos de defeitos traumáticos irreversíveis ao esmalte.

• Estão corretas apenas as afirmações(A) III e IV.(B) I, II e III.(C) I, II e IV.(D) I, III e IV.(E) I, II, III e IV.ENADE 2004 - Questão 22

Page 21: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

(C) I, II e IV.

Page 22: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

• Sobre a doença cárie é INCORRETO afirmar:

(A) É uma doença de origem infecciosa, transmissível, multifatorial, crônica e em geral de progressão lenta.

(B) A doença cárie é caracterizada pelo desequilíbrio entre as constantes trocas de minerais que ocorrem entre os tecidos dentários e o meio fluido bucal. Por outro lado, as lesões de cárie são os sinais deste desequilíbrio.

(C) A retenção da sonda exploradora sempre é utilizada como indicador da presença de lesão cavitada de cárie em superfícies oclusais.

(D) No passado a etiologia da doença cárie era atribuída ao hospedeiro, microbiota e substrato (Tríade de Keyes, 1962).

(E) Atualmente, sabe-se que a etiologia da doença cárie está relacionada a fatores biológicos (fluxo salivar), químicos (composição da saliva e presença de flúor) e sociais (comportamento e classe social).

Concurso - Prefeitura Municipal de Araguaína – 2010. Questão 34

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• (C) A retenção da sonda exploradora sempre é utilizada como indicador da presença de lesão cavitada de cárie em superfícies oclusais.

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DOENÇAS DA POLPADOENÇAS DA POLPA

A polpa é uma estrutura extremamente frágil e sensível.

1) Encontra-se enclausurada entre tecidos duros que impedem a tumefação comum ao exsudato do processo inflamatório;

2) Não há circulação colateral, para manter a vitalidade, caso o suprimento sangüíneo primário entre em colapso;

3) A aplicação de medicamentos diretamente sobre o tecido pulpar assim como a biópsia são impossíveis sem causar necrose do órgão;

4) A dor constitui o único sintoma que pode ser usado para determinar a severidade da inflamação pulpar. Geral-mente quanto mais intensa a dor e mais longa a duração dos sintomas, maior é o comprometimento pulpar.

Page 25: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

ETIOLOGIA:ETIOLOGIA: A cárie é a causa mais freqüente da pulpite. O grau do dano depende da rapidez e extensão da destruição do tecido duro, a entrada de bactérias no tecido pulpar não é obrigatória na pulpite, porém intensifica a resposta inflamatória, outras causas são: traumatismo, materiais restauradores ou doença periodontal que atinge o forame apical ou lateral.

AGRESSÃO POLPA NORMAL

PULPITE AGUDA PULPITE CRÔNICA

MORTE PULPAR

INFLAMAÇÃO PERIAPICAL

Page 26: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

PULPITE PULPITE

AGUDA:AGUDA: Manifesta-se primeiramente por hiperemia, engurgitação e dilatação dos vasos sangüíneos, dentes sensíveis a estímulos térmicos e elétricos, dor branda a moderada, pode também representar uma exacerbação aguda de uma pulpite crônica. O dano pulpar pode variar de uma simples inflamação aguda (hiperemia), a uma necrose pulpar supurativa total. A dor é intensa e constante, a mesma é intensificada por calor ou frio, com a abertura da polpa para o meio bucal os sintomas geralmente se atenuam devido a saída de exsudato.

CRÔNICA:CRÔNICA: Reação inflamatória que resulta de uma agressão de baixa intensidade e longa duração ou da cronificação de um processo agudo, os sintomas são brandos, intermitentes e aparecem por um longo período de tempo.

Page 27: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

PULPITE HIPERPLÁSICA PULPITE HIPERPLÁSICA

Variação da pulpite crônica que ocorre geralmente em molares que apresentam grandes lesões cariosas, em lugar de necrosar o tecido pulpar hiperplasia, produzindo uma massa de tecido reparador que aflora através da polpa exposta, raramente ocorre a presença de sintomas

já que não há exsudato sob pressão, apesar do tecido conservar a vitali-dade, o processo é irre-versível e necessita de tratamento endodôntico ou extração.

Page 28: 4-CÁRIE E DOENÇAS DA POLPA-analise

TRATAMENTO E PROGNÓSTICOTRATAMENTO E PROGNÓSTICO

Quando a causa é identificada e removida o processo

tende a regredir, porém se a inflamação progride para

uma pulpite aguda com infiltração de neutrófilos e

necrose tecidual a recuperação e improvável. Com a

pulpite crônica a morte pulpar é o resultado comum.

A remoção da causa pode tornar o processo lento e

em alguns casos salvar a polpa. Nos casos

irreversíveis opta-se pelo tratamento endodôntico ou

extração.