3.cirurgias torácicas

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CIRURGIAS TORÁCICAS (FUNÇÃO RESPIRATÓRIA) Revisão anatomofisiológica Toracotomia tipos: pneumectomia, lobectomia, segmentectomia(retirada de cisto, nódulo ou abscesso do lóbulo pulmonar Indicação cirúrgica: tumores benignos Doença pulmonar crônica- DPOC Distrofias torácicas Neoplasias Abscesso pulmonar e derrame pleural Traumas Avaliação pré-operatória: Idade ( > 70a ), restrição funcional, condições cardiocirculatórias, tipos ressecção, participação funcional do lobo ou pulmão a ser ressecado e perspectiva de cura cirúrgica. Problemas de enfermagem – pré-operatório: Anamnese: tabagismo, tosse, expectoração, dispnéia, pneumonia prévia, broncoespasmos, uso de drogas Exame físico: murmúrio vesicular, sibilos(asmáticos), estertores, sinais de ICC, retração esternal( aprofundado pela dificuldade respiratória), tiragem(movimento respiratório maior que 25 por minuto), posição e mobilidade diafragmática, edemas periféricos Exames laboratoriais: hematócrito (é importante para ver o tanto de hemácias, insufuciência ou não) e hemoglobina, bacteriológico de escarro, broncoplastia, gasometria arterial( concentração de o2 acima de 90% e co2 no máximo de 45%- coleta de sangue arterial, concentração de o2 co2 e outros eletrólitos) Estudo radiológico do tórax: Frente, Perfil e em inspiração máxima se houver enfisema Provas de função pulmonar: espirometria (avalia toda a capacidade pulmonar- de 50% da capacidade prevista): Ventilação Voluntária Máxima <50%, Volume Expiratório Forçado< 1,51, capacidade vital 70%; Gasometria arterial- PaCO2> ou = 45mmHg; PaO2> ou = 60 mmHg Uso de medicações: broncodilatadores, antibióticos, corticóides, hidratação adequada, nebulização(pq não hidratação?pq a concentração de o2 é pouca e ele pode fazer edema agudo de pulmão) Drenagem postural, fisioterapia respiratória, além do abandono obrigatório do fumo Nos casos de desnutrição severa há instalação de sonda nasoentérica para alimentação enteral . PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO: Específico : Gasometria Espirometria Raio X Geral: Orientar o cliente;

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Page 1: 3.Cirurgias torácicas

CIRURGIAS TORÁCICAS (FUNÇÃO RESPIRATÓRIA)

Revisão anatomofisiológica

Toracotomia tipos: pneumectomia, lobectomia, segmentectomia(retirada de cisto, nódulo ou abscesso do lóbulo pulmonar

Indicação cirúrgica: tumores benignos Doença pulmonar crônica- DPOC Distrofias torácicas Neoplasias Abscesso pulmonar e derrame pleural Traumas

Avaliação pré-operatória: Idade ( > 70a ), restrição funcional, condições cardiocirculatórias, tipos ressecção, participação funcional do lobo ou

pulmão a ser ressecado e perspectiva de cura cirúrgica.Problemas de enfermagem – pré-operatório:

Anamnese: tabagismo, tosse, expectoração, dispnéia, pneumonia prévia, broncoespasmos, uso de drogas Exame físico: murmúrio vesicular, sibilos(asmáticos), estertores, sinais de ICC, retração esternal( aprofundado pela

dificuldade respiratória), tiragem(movimento respiratório maior que 25 por minuto), posição e mobilidade diafragmática, edemas periféricos

Exames laboratoriais: hematócrito (é importante para ver o tanto de hemácias, insufuciência ou não) e hemoglobina, bacteriológico de escarro, broncoplastia, gasometria arterial(concentração de o2 acima de 90% e co2 no máximo de 45%- coleta de sangue arterial, concentração de o2 co2 e outros eletrólitos)

Estudo radiológico do tórax: Frente, Perfil e em inspiração máxima se houver enfisema Provas de função pulmonar: espirometria (avalia toda a capacidade pulmonar- de 50% da capacidade prevista):

Ventilação Voluntária Máxima <50%, Volume Expiratório Forçado< 1,51, capacidade vital 70%; Gasometria arterial- PaCO2> ou = 45mmHg; PaO2> ou = 60 mmHg Uso de medicações: broncodilatadores, antibióticos, corticóides, hidratação adequada, nebulização(pq não hidratação?

pq a concentração de o2 é pouca e ele pode fazer edema agudo de pulmão) Drenagem postural, fisioterapia respiratória, além do abandono obrigatório do fumo Nos casos de desnutrição severa há instalação de sonda nasoentérica para alimentação enteral .PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO:

Específico : Gasometria Espirometria Raio X

Geral: Orientar o cliente; - Checar preparo intestinal (jejum e enema); - Chegar cuidado da pele (banho sem molhar o cabelo, unhas limpas e sem esmalte e tricotomia); - SSVV; - Conferir exames; - Orientar para esvaziamento vesical; - Checar medicação pré-anestésica e específica; - Conferir reserva de sangue e reserva de CTI; - Conferir permissão para cirurgia pelo cliente e/ou familiar; - Remover próteses, adornos e jóias; - Encaminhar o cliente ao Centro-Cirúrgico com roupa limpa e prontuário completo.

PÓS- OPERATÓRIO : PROBLEMAS E INTERVENÇÕES DE INFERMAGEMO paciente vai :

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Lobectomia e pneumo: UTI Segmentectomia: SRPA

Infusão hídrica Ventilação mecânica e monitorização: gasometria arterial, oximetria de pulso e capnografia Traqueostromia: nunca tem, só quando permanece em ventilação mecânica por mais de três semanas (VM + 3sem) Oxigenoterapia: perfusão das extremidades Tratamento da dor (analgesia por bloqueio dos nervos intercostais e peridural) Profilaxia do tromboembolismo- TVP Lobectomia e pneumo: UTI Segmentectomia: SRPA Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico (perdas basais, perdas por drenagens, perdas no trans operatório) Remoção das secreções brônquicas (aspiração de secreção, drenagem postural, fisioterapia e cateter intratraqueal) Dreno do tórax- nunca são retirados com três dias Ferida operatória - ântero-posterior de um hemitórax: D ou E Dieta – 1DPO: zero 2DPO:liquida. Quando chega na clínica ta branda ou livre Alta: 2 a 3 dias na UTI, em torno de uma semana,7 a 15 dias, orientar para retirada de ponto no ambulatório, é

retirado com 10 ou mais dias, enquanto tiver edema não tem indicação de retirada de ponto.Fatores de risco de complicações pulmonares (não quer dizer complicações, mas se não forem cuidados viram complicações)

Dor Edema pulmonar- controlar balanço hídrico Distensão abdominal- impede a respiração normal Pneumotórax- ar na cavidade pq abriu o tórax, fazer drenagem torácica para eliminar o ar contido na cavidade .

Quando borbulha tem quantidade de ar retida acentuada Hemorragia Idade: (>70anos) Cirurgias do abdome superior

Complicações: Atelectasias: colabamento do pulmão Pneumonia Infecção da ferida Aspiração endobrônquicas- quanto mais tempo o paciente passa em ventilação mecânica mais tempo ele é aspirado e

mais tempo ele não responde. É aspirado quando o pulmão ta cheio de secreção, não pode aspirar no prazo mínimo de 2 horas pois pode levar a complicação.

Embolia- leva a óbito, dispreendimento de coágulo que entra na grande circulação Sangramento Fístula broncopleural e esôfagopleural- pode existir pelas aspirações freqüentes, pela complicação da cirurgia em si,

difícil de reparada Herniação cardíaca; - torção lobar; - quilotórax(acumulo de linfa) - coração fica sem sustentação, pode mudar a

posição, Síndrome da Angústia Respiratória no Adulto (SARA): colabamento geral do pulmão, complicação mais severa que leva

a óbito rápido, ausência de resposta do pulmão nem a ventilação mecânica que é o tratamento apropriado, é muito rara.

DRENAGEM TORÁCICA: drenar líquido ou ar do espaço intrapleural, expandir o pulmão do lado operado e restaurar a pressão negativa na cavidade torácica através de um ou mais drenosPrincípio: funcionamento por meio de sistema subaquático que impede o retorno do ar para o espaço pleural através da imersão da conexão do dreno torácico em água destilada ou soro fisiológico 2cm.Tipos de drenagem:

Por gravidade: permite a drenagem de liquidos ou ar de maneira gradual por ação da gravidade Por sucção ou aspiração contínua: este sistema permite a saída de ar e líquidos de forma mais rápida, no qual usa-se

uma bomba de pressão negativa. Neste sistema usam-se dois fascos, um conectado ao paciente e outro à bomba de sucção e os dois interligados entre si. Faz-se quando o paciente tem edema agudo pulmonar efisema subcutâneo, precisa eliminar o ar da cavidade o mais rápido possível, conecta o frasco de aspiração no frasco de dreno para haver pressão na drenagem.

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Intervenções de Enfermagem: Todo equipamento de drenagem deve ser estéril Manter o frasco ao nível do solo e protegido de eventuais acidentes Orientar o PAC para manter o frasco sempre abaixo nunca ao nível do tórax ao deambular Orientar para manter postura adequada evitando posições viciosas e deformidades Avaliar queixas de dor e dispnéia Manter o tubo de conexão longo permitindo mobilização do paciente sem risco de tração do dreno Evitar extravasamento do frasco coletor. Bater o pé no frasco, no caso de desconexão, mostrar a conexão do clamp

para não fazer pneumotorax Em caso de drenagem por sucção, controlar o frasco suctor que deverá permanecer borbulhando (permeabilidade do

sistema) Controlar liquido drenado, aspecto volume horário e anotar não esquecer o selo d’agua 500 ml Estimular o paciente a tossir, respirar profundamente e mudança de decúbito Orientar Fowler Orientar o paciente para evitar dobras ou compressão do dreno ou de sua conexão Realizar curativo diário da insercao do dreno Trocar diariamente o sistema: fechar o dreno com válvula e pinça, trocar ou limpar o frasco, manter selo dagua 500 ml,

fechar hermeticamente o frasco e após abrir o dreno, anotar quantidade correta da manutenção do selo dagua e horário da troca (pode ser fixado no frasco com esparadrapo)

Verificar funcionamento do dreno através da oscilação do liquido na sua conexão Orientar o paciente a fechar o dreno em caso de desconexão acidental Acompanhar retirada de dreno medico, pedir para o paciente inspirar profundamente e conter a respiração no

momento da retirada Após retirada do dreno, manter curativo simples, observar enfisema subcutâneo, dispnéia, dor torácica e secreção Retirar ponto de fixação de dreno(geralmente em torno do 5º dia)

Conexões do dreno:O tubo(conexão do dreno) tem que ta submerso em 2cm . Coloca-se água destilada ou soro fisiológico, permite que o ar saia da cavidade mas impede que o ar volte para a cavidade. O suficiente para ficar submerso a extremidade.Selo dágua com tantos ml no cadex

CAPACIDADES PULMONARES: celularAVALIAÇÃO DO RISCO CARDIORESPIRATÓRIO: pneumologistaIRC +IRP=

POR QUE um paciente com dispnéia por muito tempo pode fazer cirurgia torácica? Por que eles têm muito mais capacidade pulmonar que os normais, já estão acostumados com pouca quantidade de oxigênio.