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3 5 6 Cônsul dos EUA visitou a ESALQ Fórum de Dirigentes realizou Manhã Solidária Aula inaugural da PG ESALQ recebeu ingressantes de 2013 ESALQComunidade Leilão Ano X Número 31 março 2013 ISSN 1984-6592 Depto. de Zootecnia (LZT) (19) 3429.4438 - Em 25 de maio será realizado o 69º Leilão da ESALQ de gado de corte, de leite e ovinos Gerhard Waller (Acom) Sou universitário! E agora? A consta- tação, seguida do questionamento, formulou o tema da aula inaugural da graduação na ESALQ. A atividade ocorreu em 5 de março, no Edificio Central, quando o assunto foi abor- dado pelo professor Luiz Barco, docente titu- lar da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Durante a abertura, o diretor da ESALQ, José Vicente Caixeta Filho, anunciou a estreia da nova homepage da instituição. Música - O Grupo Vocal Luiz de Queiroz apresentou, na sequência, seis canções: Va- mos Aloanda (Mozart Camargo Guarnieri), Close to you (Hal David/Burt Bacarach | arr. Ernani de Castro Maletta), Moon River (Henry Mancini/Johny Mercer | arr. Alain Gangrée), A Banda (Chico Buarque de Hollanda | arr. Eduar- do Carvalho), Asa Branca (Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira | arr. Pedro Veneziani) e Tanto Mar (Chico Buarque de Holanda | arr. Roberto Rodrigues). Palestra - Em seguida, Luiz Barco assu- miu a frente do evento afirmando que a vida acadêmica requer reflexão. “O ato de educar exige um trabalho conjunto entre escola e fa- mília, na tentativa de ajudar os alunos a enten- derem o mundo para que possam, quem sabe, construir uma realidade mais solidária, menos competitiva”. O palestrante sugeriu ainda a criação de uma perspectiva de interação social mais intensa entre universitários e a comuni- dade. “A universidade pode ser também um ambiente de cooperação, de parcerias dignas, um espaço que dá a oportunidade de fazermos amigos e sermos, sobretudo, profissionais fe- lizes, com senso de ética e humanidade. Gente infeliz não pode construir cidadania, autoesti- ma, solidariedade, esperança, qualidade de vida e, em especial, a própria felicidade”. Recepção - A Comissão de Integração da Escola preparou uma recepção aos novos alu- nos no domingo anterior ao início das aulas, 24 de fevereiro. Mais de 400 ingressantes, que efetivaram suas matrículas nos dias 18 e 19 de fevereiro, estiveram presentes ao Ginásio de Esportes, quando assistiram à apresentação oficial da instituição e, em seguida, do Coral Luiz de Queiroz e dos símbolos da ESALQ. A estrutura e características de cada curso, bem como os respectivos Centros Acadêmicos, fo- ram conhecidos a seguir. Finalizando, a partir das 12h, ocorreu almoço de confraternização com os pais, ingressantes, professores e ser- vidores no Restaurante Universitário (RU) e atividade cultural em frente ao Centro de Vivência (CV), com apresentação da Banda “Isgroovenela” (show com reggae, ska e groove), além de um tour pela ESALQ. Luiz Barco falou sobre o início da vida universitária Ingressantes foram recepcionados no Ginásio de Esportes Gerhard Waller (Acom)

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Cônsul dos EUA visitou a ESALQ

Fórum de Dirigentes realizou Manhã Solidária

Aula inaugural da PG

ESALQ recebeu ingressantes de 2013

ESALQComunidade • Leilão

Ano X Número 31 março 2013

ISSN 1984-6592

Depto. de Zootecnia (LZT)

(19) 3429.4438

- Em 25 de maio será realizado o 69º Leilão daESALQ de gado de corte, de leite e ovinos

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Sou universitário! E agora? A consta-tação, seguida do questionamento, formulou otema da aula inaugural da graduação naESALQ. A atividade ocorreu em 5 de março,no Edificio Central, quando o assunto foi abor-dado pelo professor Luiz Barco, docente titu-lar da Escola de Comunicações e Artes (ECA)da USP. Durante a abertura, o diretor daESALQ, José Vicente Caixeta Filho, anuncioua estreia da nova homepage da instituição.

Música - O Grupo Vocal Luiz de Queirozapresentou, na sequência, seis canções: Va-mos Aloanda (Mozart Camargo Guarnieri),Close to you (Hal David/Burt Bacarach | arr.Ernani de Castro Maletta), Moon River (HenryMancini/Johny Mercer | arr. Alain Gangrée), ABanda (Chico Buarque de Hollanda | arr. Eduar-do Carvalho), Asa Branca (Luiz Gonzaga/

Humberto Teixeira | arr. Pedro Veneziani) eTanto Mar (Chico Buarque de Holanda | arr.Roberto Rodrigues).

Palestra - Em seguida, Luiz Barco assu-miu a frente do evento afirmando que a vidaacadêmica requer reflexão. “O ato de educarexige um trabalho conjunto entre escola e fa-mília, na tentativa de ajudar os alunos a enten-derem o mundo para que possam, quem sabe,construir uma realidade mais solidária, menoscompetitiva”. O palestrante sugeriu ainda acriação de uma perspectiva de interação socialmais intensa entre universitários e a comuni-dade. “A universidade pode ser também umambiente de cooperação, de parcerias dignas,um espaço que dá a oportunidade de fazermosamigos e sermos, sobretudo, profissionais fe-lizes, com senso de ética e humanidade. Genteinfeliz não pode construir cidadania, autoesti-ma, solidariedade, esperança, qualidade de vidae, em especial, a própria felicidade”.

Recepção - A Comissão de Integração daEscola preparou uma recepção aos novos alu-nos no domingo anterior ao início das aulas,24 de fevereiro. Mais de 400 ingressantes, queefetivaram suas matrículas nos dias 18 e 19 defevereiro, estiveram presentes ao Ginásio deEsportes, quando assistiram à apresentação

oficial da instituição e, em seguida, do CoralLuiz de Queiroz e dos símbolos da ESALQ. Aestrutura e características de cada curso, bemcomo os respectivos Centros Acadêmicos, fo-ram conhecidos a seguir. Finalizando, a partirdas 12h, ocorreu almoço de confraternizaçãocom os pais, ingressantes, professores e ser-vidores no Restaurante Universitário (RU) eatividade cultural em frente ao Centro deVivência (CV), com apresentação da Banda“Isgroovenela” (show com reggae, ska egroove), além de um tour pela ESALQ.

Luiz Barco falou sobre o inícioda vida universitária

Ingressantes foram recepcionados noGinásio de Esportes

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2 Ano X Número 31 março/2013

Expediente/Editorial

A manutenção do tripé ensino-pesquisa-extensão

Jornalista responsável / EditoraçãoCaio Albuquerque (Mtb 30356)

Pauta e redaçãoAlicia Nascimento Aguiar (Mtb 32531),Ana Carolina Miotto (estagiária),Lucas Jacinto (estagiário)

RevisãoJosé Djair Vendramim; Luciana Joia de Lima;Marcia Azanha Ferraz Dias de Moraes

Projeto gráfico / EditoraçãoJosé Adilson Milanêz

Produção gráficaServiço de Produções Gráficas - SVPGrafTiragem 3.500 exemplares

Assessoria de Comunicação - AcomAv. Pádua Dias, 11 • Caixa Postal 913418-900 Piracicaba, SP • Telefone: (19) 3429.4485www.esalq.usp.br/[email protected]

Publicação Trimestral da E. S. A. “Luiz de Queiroz”

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

Diretor

José Vicente Caixeta Filho

Vice-diretoraMarisa Aparecida Bismara Regitano d’Arce

Universidade de São Paulo

Reitor

João Grandino Rodas

Vice-reitorHélio Nogueira da Cruz

ESALQ notícias

Vice-reitor Executivo de AdministraçãoAntonio Roque Dechen

Vice-reitor Executivo de Relações InternacionaisAdnei Melges de Andrade

CliqueEste espaço é seu. Envie sua foto deprédios ou paisagens do Campus comboa resolução para

[email protected]

Caio Albuquerque, jornalista da Assessoria deComunicação da ESALQ

A universidade pública tem, como baseconceitual que a sustenta, o tripé ensino-pes-quisa-extensão. Desempenhar com êxito cadaum dos termos que compõe essa espécie de in-sígnia é tarefa que garante a manutenção da qua-lidade nos serviços prestados ao público internoe, sobretudo, o fortalecimento da relação com asociedade. Cabe a este boletim destacar projetos,eventos, parcerias e outros tantos feitos ocorri-dos na Escola, todos capazes de ilustrar o desen-volvimento de uma instituição que zela pela suahistória, mas sem desviar os olhos da inovação edo vanguardismo científico.

Para esta edição, em um primeiro momento,fica evidente que a ESALQ tem cumprido seupapel de cuidar do seu corpo discente. As aulasinaugurais, tanto da graduação, proferida pelo pro-fessor Luiz Barco, quanto da pós-graduação, apre-sentada por Carlos Henrique de Brito Cruz, di-retor da Fapesp, trataram de recepcionar osingressantes e mostrar aos mestrandos e douto-randos caminhos a percorrer na construção deuma vida acadêmica mais proveitosa, tanto doponto de vista do conhecimento quanto do viéshumano e da sustentabilidade, seja econômica,social ou do ambiente.

Na esfera da pesquisa, dois textos publica-dos nesta edição conferem um recorte da exce-lência que permeia as bancadas dos cerca de 150laboratórios espalhados pelo Campus. Em desta-que, trazemos a notícia da nova Destilaria do De-

partamento de Agroindústria, Alimentos e Nutri-ção (LAN), que contribui para o aprimoramentodos estudos com aguardente e mantém a tradiçãode mais de oito décadas de trabalhos na área.Como inovação tecnológica, no Laboratório dePós-colheita, do Departamento de Produção Ve-getal (LPV), identificamos uma pesquisa que,em um futuro próximo, contribuirá para aumentona comercialização e consumo de frutas oriundasda Amazônia.

O evento Manhã Solidária, a primeira via-gem internacional do Grupo Vocal Luiz deQueiroz, para Portugal, a integração da Atléticanas comemorações do centenário do XV dePiracicaba, além das novas publicações da SérieProdutor Rural e da revista Visão Agrícola, todasregistradas nesta edição, formulam um rico pa-norama de como a ESALQ tem transbordadosuas fronteiras e, a partir dessas ações culturais ede extensão, dialoga com uma sociedade cada diamais exigente por identificar de que forma damosconta dos recursos aqui aplicados.

Por fim, esta é a edição de despedida do pro-fessor Thomaz Caetano Cannavam Ripoli, fale-cido em fevereiro. Uma entrevista concedidaem 2012 foi a base do Projeto Memória, espa-ço que, de forma singela, faz perdurar as contri-buições e trajetórias ali retratadas.

Boa leitura.

Amanhecer no gramadão em frenteao Edifício Central

Fotografia de José Benedito VizioliLibório, técnico em compras da ESALQ

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Ano X Número 31 março/2013 3

ESALQHoje

Produtor Rural

ESALQ recebeu comitiva do Cônsul dos EUAEm 12 de março, a ESALQ recebeu a

visita do Cônsul Geral dos Estados Uni-dos no Brasil, Dennis Hankins. Estiverampresentes na recepção à comitiva do gover-no norte-americano, o vice-prefeito de Pira-cicaba, João Chaddad; o diretor da ESALQ,José Vicente Caixeta Filho; a vice-diretorada ESALQ, Marisa Aparecida BismaraRegitano d´Arce e o diretor do Centro deEnergia Nuclear na Agricultura (CENA),Antonio Vargas de Oliveira Figueira, alémde 18 docentes que tiveram contato acadê-mico com universidades daquele país.Hankins esteve acompanhado de membrosdo consulado dos EUA em São Paulo: PaulGranddon, vice-cônsul, Fred Giles, diretor doU.S. Agricultural Trade Office (ATO), e Sér-gio Barros, especialista agrícola sênior.

Carlos Vogt apresentou Pimesp à CongregaçãoEm 28 de fevereiro, Carlos Vogt, presi-

dente da Fundação Universidade Virtual doEstado de São Paulo (Univesp), esteve na Es-cola para apresentar o Programa de Inclusãocom Mérito no Ensino Superior PúblicoPaulista (Pimesp). Recepcionado pelo diretorda Escola, José Vicente Caixeta Filho, Vogtabordou a iniciativa durante a abertura da 1ª

Reunião de 2013 da Egrégia Congregação daESALQ. O Pimesp foi lançado em 20 de de-zembro de 2012 pelo governador GeraldoAlckmin e desenvolvido pelo Conselho deReitores das Universidades Estaduais de SãoPaulo (Cruesp).

O propósito básico do programa é ga-rantir que 50% das matrículas em cada cur-so e em cada turno da graduação, sejam efe-tivadas por alunos que cursaram integral-mente o ensino médio em escolas públicas.A iniciativa prevê investimentos de R$ 27,017milhões em 2014 e deve atingir R$ 94,679milhões em 2021. A quantidade de vagasdestinadas aos estudantes de escolas públi-cas será implantada gradativamente, come-çando com 35% em 2014, 43% em 2015,chegando aos 50% em 2016. As vagas são

válidas para USP, Unesp, Unicamp, Fatecse para as Faculdades de Medicina de Maríliae Rio Preto.

Sobre o Pimesp, Vogt ressaltou que o pro-grama deve ser a base de uma política de estado.“Tem crescido a percepção social das cotas noensino superior. O Pimesp pretende se concre-tizar como política de estado com propósito depromover o equilíbrio socioétnico nas matrí-

culas das universidades paulistas e do CentroPaula Souza a partir do cumprimento de me-tas, sem implicar necessariamente na reservade vagas”, declarou. Na ESALQ, a Comissãode Atividades Docentes (CAD) sistematizaráas sugestões encaminhadas pelos membrosda Congregação e da Comissão de Graduação(CG) referentes ao Pimesp. Depois de aprova-do, o documento segue para a Reitoria da USP.

HomenagemEm 11 de janeiro, o Laboratório de

Estresse e Neurofisiologia Vegetal (LEPSE),do Departamento de Ciências Biológicas(LCB) recebeu o nome de Evaristo MarzabalNeves, professor sênior do Departamentode Economia, Administração e Sociologia(LES) e diretor da ESALQ (1995/1999).Pela homenagem, a Câmara de Vereadoresde Piracicaba também concedeu Moção deAplauso ao docente. www.esalq.usp.br/biblioteca

A Série Produtor Rural lançou em ja-neiro dois novos títulos. Os exemplares 52e 53 da publicação intitulam-se, respectiva-mente, “Produção de cera” e “Manejo daagressividade de abelhas africanizadas”.Editada pela Divisão de Biblioteca (DIBD),a série é composta por 65 publicações e to-das estão disponíveis gratuitamente no site:

Dennis Hankins foi recepcionado por docentesda ESALQ e CENA

Carlos Vogt esteve na ESALQ na1ª Reunião da Congregação de 2013

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Ocorreu em março o lançamento da11ª edição da revista Visão Agrícola, cujotema é Aquicultura. Entrevistas, reporta-gens e artigos abordam os incentivos quefizeram o setor dar saltos expressivos dequalidade e produtividade. Informaçõespelo e-mail [email protected], tele-fone (19) 3429-4249, ou site:

Aquicultura

www.esalq.usp.br/visaoagricola

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Ano X Número 31 março/20134

Frutas amazônicas

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tes do estado de São Paulo, sendo que os abiusforam colhidos de plantas de pomares comerci-ais da região de Mirandópolis, e os bacuparis eos camu-camus foram colhidos de plantas daColeção de Frutas Tropicais da Estação Experi-mental de Citricultura de Bebedouro (EECB),instituição parceira no desenvolvimento do tra-balho. “Parte da pesquisa foi realizada na Uni-versidade da Flórida, em Gainesville, EUA, sobsupervisão do pesquisador Steven A. Sargent”,lembra a autora do estudo.

Em laboratório, avaliou-se o comportamen-to dos frutos após a colheita, enquadrando-osna classificação dos frutos quanto ao padrãorespiratório, assim como fora definido o pontoideal de colheita. “Os abius enquadraram-se naclassificação de frutos climatéricos, ou seja, fru-tos que têm a capacidade de completar seu ama-durecimento após a colheita, sendo assim, osabius devem ser colhidos no estádio dematuração caracterizado pela cor da casca ver-de-amarela. Já nos bacuparis foi constatado pa-drão não-climatérico, sendo necessário colhê-los quando maduros, com a casca na coloraçãolaranja. Os camu-camus também foram consi-derados frutos climatéricos e devem ser colhi-dos quando a casca alcançar coloração verme-

O consumo de frutas e hortaliças semprefoi valorizado pelos benefícios que esses ali-mentos podem trazer à saúde. “A exploração defrutos tropicais não tradicionais, como é o casodos frutos nativos da região Amazônica, vemao encontro dessa afirmação, pois neles sãoencontrados níveis consideráveis de compos-tos bioativos”, afirma a engenheira agrônomaPatrícia Maria Pinto, pesquisadora do Progra-ma de Pós-graduação em Fitotecnia, da EscolaSuperior de Agricultura “Luiz de Queiroz”(USP/ESALQ).

Durante a realização do seu doutorado, soborientação do professor Angelo Pedro Jacomino,do Departamento de Produção Vegetal (LPV),Patrícia verificou a viabilidade do armaze-namento de frutas como abiu, bacupari e camu-camu. “Estudos após a colheita desses frutossão muito escassos e há a necessidade de ummaior aproveitamento dessas espécies tão ricasem propriedades funcionais”, salienta.

O objetivo da pesquisa foi estudar a quali-dade e a fisiologia pós-colheita dessas espéciesfrutíferas, nativas da região Amazônica. O pro-jeto foi realizado no Laboratório de Pós-colhei-ta de Frutas e Hortaliças do LPV e os frutosutilizados em todas as etapas foram provenien-

lho-esverdeada”, conta Patrícia. Segundo a pesquisadora, a temperatura

de armazenamento influenciou a conservaçãode todos os frutos, sendo que para os abius,recomenda-se o armazenamento na faixaentre 10 e 15°C, enquanto para os bacuparis a10°C e para os camu-camus, a temperaturaideal é a de 5°C. “Também aplicamos 1-metilciclopropeno (1-MCP), um reguladorvegetal capaz de retardar o amadurecimento decertas frutas. Esse regulador influenciou a qua-lidade e fisiologia dos abius e camu-camus,aumentando a vida de prateleira dos frutos. János bacuparis, o 1-MCP ajudou a reduzir aincidência de podridões”, complementa.

O projeto teve apoio da Fundação deAmparo à Pesquisa do Estado de São Pau-lo (Fapesp) e os resultados obtidos pro-porcionarão a criação de novos projetos,bem como fornecerá novos subsídios paraa exploração de espécies frutíferas nativas,seja no âmbito da produção ou no da pós-colheita. “Essa pesquisa mostrou que hápossibilidade de armazenar essas espéciespor um determinado período de tempo, fa-cilitando a comercialização e mantendo aqualidade original dessas frutas”, finaliza.

InovaçãoTecnológica

Estudo propõe soluções pós-colheita para abiu, bacuparie camu-camu (foto)

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Fórum de Dirigentes promoveuManhã Solidária

EmDestaque

ESALQ aprimora estudos com aguardente

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População pode conhecer projetos deextensão realizados na ESALQ

Para pesquisar a produção de aguardentede cana-de-açúcar envolvendo estudos sobrefermentação alcoólica, destilação e envelheci-mento, a ESALQ trabalha com projetos na áreadesde 1930, época em que os trabalhos eramcoordenados pelo professor Jayme Rocha deAlmeida. O fruto desse legado é o alto padrãoque a bebida atingiu sendo, inclusive, classifi-cada como blended whisky.

Bidestilação - Atualmente, o diferencial dostrabalhos realizados com a cachaça na Escola éa bidestilação, que consiste em diluir o destila-do inicial a 27-30% de álcool e destilar nova-mente no alambique de cobre. Porém, segundoo professor André Ricardo Alcarde, do De-partamento de Agroindústria, Alimentos e Nu-trição (LAN), para que se alcance o requinte dabebida, ela passa pelo processo de envelheci-mento. Na ESALQ, essa etapa é realizada emtonéis de madeira de carvalho, feitos de formasemiartesanal com madeiras de diferentes flores-tas da França e dos Estados Unidos. A cachaça,quando envelhecida nesses tonéis, pode absorveraromas como baunilha, coco, amêndoas e caramelo.

Nova destilaria – De acordo com Alcarde,

a destilaria existente na ESALQ, desde 1956,foi muito utilizada, mas hoje não possui mais ospadrões para práticas de ensino, pesquisa e ex-tensão. Por conta disso, um novo espaço dentrodo LAN foi preparado para alocar uma minides-tilaria com novos alambiques e, assim, expan-dir o centro de desenvolvimento da qualidadeda cachaça. “Aqui temos área de cultivo de cana-de-açúcar, processo de extração e de tratamentodo caldo, sistemas de fermentação alcoólica, di-

ferentes aparelhos de destilação e etapa de enve-lhecimento da bebida em tonéis de 10 tipos demadeiras”. Finalizando, Alcarde destaca queestão abertas inscrições para um curso de ca-chaça de alambique, que acontecerá de 11 demaio a 15 de junho, sempre aos sábados. Aomesmo tempo, em parceria com a Casa do Pro-dutor Rural, da ESALQ, será lançada umacartilha sobre a cachaça de alambique ainda noprimeiro semestre de 2013.

Envelhecimento da bebida ocorre emtonéis de madeira de carvalho

Para promover integração entre osingressantes e tornar ações sociais, acadêmi-cas e científicas mais visíveis à população, asentidades que compõem o Fórum de Dirigen-tes das Instituições de Ensino Superior dePiracicaba, realizaram, em 16 de março, aManhã Solidária. O evento, aberto ao público,aconteceu no Centro Cultural Antonio PachecoFerraz (Estação da Paulista). Lá os participan-tes puderam conhecer projetos desenvolvidos

pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura(USP/CENA), Centro Universitário Senac-Campus Águas de São Pedro, Escola Supe-rior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), Faculdade de Odontologia dePiracicaba (FOP/Unicamp), Fundação Muni-cipal de Ensino de Piracicaba (EEP/Fumep) eUniversidade Metodista de Piracicaba(Unimep) dentro de suas especifidades, alémde atividades culturais.

A integração dessa manhã ficou por contados donativos que os calouros das seis institui-ções do Fórum, bem como os veteranos destas epessoas da população levaram para serem rever-tidos às entidades assistenciais. Foram contem-plados o Instituto Rumo, Grupo Amor de Ma-ria, Equoterapia, Associação dos Autistas dePiracicaba, Lar Betel, Escola Profa. Metilla L.Brasiliense, Lar dos Velhinhos de São Pedro,Creche AMAS e Casa do Bom Menino.

Ingressantes e veteranos participaram dacampanha de arrecadação de donativos

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Ano X Número 31 março/20136

Aula inaugural da PG abordou pesquisa em SP

Ensino

Para retomar o calendário acadêmico de2013, em 18 de março, ocorreu, no EdifícioCentral, a aula inaugural da pós-graduação.Na oportunidade, Carlos Henrique de BritoCruz, diretor científico da Fundação de Am-paro à Pesquisa do Estado de São Paulo(Fapesp), abordou o tema “A Fapesp e a pes-quisa em São Paulo”.

De acordo com o presidente da Comis-são de Pós-graduação (CPg), professor LuisEduardo Aranha Camargo, a PG da ESALQterá dois desafios este ano. “O primeiro é queos programas passarão, no segundo semes-tre, pela avaliação trienal feita pela Coordena-ção de Aperfeiçoamento de Pessoal de NívelSuperior (Capes), que ranqueia os progra-mas em níveis que vão de 3 a 7. O outrodesafio diz respeito à implantação do novoregimento, que deve ser aprovado em breve.

Com a finalidade de conhecer a realidadede produção e trocar experiências com pro-fissionais do Agronegócio, desde 1994 o Gru-po de Experimentação Agrícola (GEA) reali-za viagens durante as férias de verão paradiferentes regiões do Cerrado brasileiro. Essasérie de viagens hoje é conhecida como Ex-pedição Cerrado. Em 2013, de 23 de janeiro a3 de fevereiro, o grupo formado por 30 estu-dantes da ESALQ que estão entre o 2º ano de

Ele transferirá importantes atribuições e de-cisões que antes eram da esfera do Conselhoe das Comissões de PG para os Programasde PG”, comentou.

A ESALQ possui atualmente 13 progra-

Expedição Cerradograduação e o mestrado, percorreram dife-rentes regiões dos estados do Mato Grosso eRondônia. Visitaram 8 cidades do cerradomatogrossense e conheceram empresas de fer-tilizantes, grupos de produção de algodão,soja, milho, feijão, arroz, bovinos de corte,piscicultura e produção de sementes. Tam-bém conheceram empresas de consultoriaagropecuária, de produtos agroquímicos, alémde um instituto de pesquisa e extensão.

Algodão - Dentro do cronograma daexpedição, ocorreu ainda o “Encontro deProdutores de Algodão”, realizado pelosexpedicionários do GEA, em 31 de janei-ro, na cidade de Primavera do Leste (MT).O evento teve a participação de EderaldoChiavegato, professor do Departamento deProdução Vegetal (LPV), e aconteceu naAssociação dos Engenheiros Agrônomosde Primavera do Leste.

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Carlos Henrique de Brito Cruz édiretor científico da Fapesp

A Sessão Solene de Colação de Grau daClasse de 2012 aconteceu em 18 de janeiro. AClasse foi composta pelas 109ª Turma deEngenheirandos Agrônomos; 38ª Turma deEngenheirandos Florestais; 12ª Turma de Ba-charelandos em Ciências Econômicas; 8ª Tur-ma de Bacharelandos em Ciências dos Alimen-tos; 8ª Turma de Bacharelandos em GestãoAmbiental; 7ª Turma de Bacharelandos e Li-cenciados em Ciências Biológicas e, Licencia-dos em Ciências Agrárias e teve como paraninfoZilmar Ziller Marcos, professor aposentado daESALQ. O cortejo universitário esteve com-posto por 166 alunos de Engenharia Agronô-mica, 23 de Engenharia Florestal, 26 de Ciênci-as Econômicas, 24 de Ciências dos Alimentos,22 de Ciências Biológicas e 13 de GestãoAmbiental. Os patronos foram José Otávio Ma-chado Menten, professor associado do Depar-tamento de Fitopatologia e Nematologia (LFN)da ESALQ, para o curso de Engenharia Agro-nômica; Roosevelt de Paula Almado, gerentede pesquisa florestal e meio ambiente do GrupoArcelor Mittal Bioflorestas Ltda., para Enge-nharia Florestal; André Nassar, diretor geral doInstituto de Estudos do Comércio e Negocia-

ESALQ gradua Classe de 2012

ções Internacionais (ICONE), para CiênciasEconômicas; Rodrigo Arnús Koelle, gerentede logística da Cargill Agrícola S/A, paraCiências dos Alimentos; Cláudio Pádua, vice-presidente do Instituto de Pesquisas Ecoló-gicas (IPÊ) e reitor da Escola Superior deConservação Ambiental e Sustentabilidade(ESCAS), para Gestão Ambiental; e HarriLorenzi, engenheiro do Jardim BotânicoPlantarum, para Ciências Biológicas.

Durante a solenidade, os primeiros alu-nos colocados nas turmas foram contempla-dos com o Prêmio “Luiz de Queiroz”. Sãoeles: Gustavo Marques Bortoletto (Engenha-ria Agronômica), Hana Karina Pereira da Sil-va (Engenharia Florestal), Vinícius MachadoFerraz (Ciências Econômicas), NataliaAparecida Mello (Ciências dos Alimentos),Rafael de Andrade Moral (Ciências Biológicas)e Marina Kolland Dantas (Gestão Ambiental).

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O cortejo universitário esteve compostopor 274 alunos

mas de pós-graduação (PPG), um PPG In-ternacional e 2 PPGs Interunidades. Desde1966, ano da primeira defesa, a Escola jáoutorgou 7.875 títulos, sendo 5.322 demestrado e 2.553 de doutorado.

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Laboratório de Agricultura dePrecisão (LAP)

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Painel

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Homenagem

Coralistas em Portugal

Criado em 2008, o LAP está ligado ao Departamento de Engenharia deBiossistemas (LEB), sob coordenação do professor José Paulo Molin.Oferece infraestrutura e ambiente de trabalho para as atividades e projetosrelacionados ao tema da variabilidade espacial das lavouras e das tecnologiasassociadas. Sua missão é desenvolver atividades de pesquisa, ensino eextensão em agricultura de precisão, especialmente associadas às opera-ções mecanizadas em manejo de solos, semeadura, adubação e colheita,contribuindo para a produção técnico-científica do Departamento. O LAPdisponibiliza para os interessados um programa para a análise de dados deensaio de distribuição transversal de fertilizantes e corretivos, denomina-do Adulanço. Trata-se de um aplicativo em planilha de cálculo e, no ende-reço http://www.leb.esalq.usp.br/adulanco.htm é possível fazer o downloaddo programa e de seu manual gratuitamente. Saiba mais em:

ConheçaaESALQ

www.leb.esalq.usp.br/lap.htm

AAALQ

Fitopatologistas das áreas de ensinoe pesquisa, técnicos de extensão rural, es-tudantes de graduação e pós-graduação,bem como empresas de vários segmentosda cadeia produtiva, ligadas à área de do-enças de plantas participaram, no Insti-tuto Biológico de São Paulo, entre 19 e21 de fevereiro, do 36º CongressoPaulista de Fitopatologia. Na oportuni-dade, os professores Jorge Alberto Mar-ques Rezende, José Otávio MachadoMenten e Sérgio Florentino Pascholatti,todos do Departamento de Fitopatologiae Nematologia (LFN) da ESALQ, recebe-ram prêmios como ex-presidentes do Con-gresso e diretores da Associação Paulistade Fitopatologia.

Em 18 de janeiro, a Associação Atlé-tica Acadêmica “Luiz de Queiroz”(AAALQ) participou da inauguração doProjeto 100 anos: Paixão e Memória, par-ceria do Serviço Social do Comércio dePiracicaba (Sesc) e do XV de Piracicabapara comemorar o centenário do clubepiracicabano. “O Projeto remonta aosurgimento do XV de Piracicaba e a Atlé-tica entra na história como o primeiro clu-be da cidade onde o futebol era praticado.Dessa forma, seremos parceiros do pro-grama que terá diversas outras atividadesdurante o ano”, afirma Maurice FabianScaloppi, membro da diretoria de comu-nicação da AAALQ. Em 2013, a Atléticacompletará 110 anos de existência. É amais antiga da USP e uma das primeirasno Brasil.

Entre 14 e 17 de março, o Grupo Vocal Luizde Queiroz fez sua primeira viagem ao exteriorpara participar do XIII Encontro de Corais Uni-versitários de Coimbra, Portugal.

Com apoio financeiro da Pró-reitoria deCultura e Extensão Universitária (PRCEU) daUSP, o Grupo teve três projetos aprovados nosEditais 2012 de Intercâmbio Cultural daPRCEU, ação que permitiu a viagem de 18coralistas e da maestrina Cíntia Pinotti para ter-

ras lusitanas. São componentes do Grupo Vo-cal: Adelina Pinotti, Alex Chitolina Cazzonatto,Bruno Galli, Carolina Grando, Célia ReginaVello, Dilnei de Campos, Ester Holemann,Elizeu Pozzani, José Guilherme Prado Martin,Luís Fernando Polesi, Luiza Gonçalves, MarcelaRheinboldt, Maria Regina Eckert, NatáliaEsposito Polesi, Patrícia Grando, Rosa BrunelliNascimento, Sharon Tosh Schievano Lima eViviane Braga Aranha.

Histórico e curiosidades sobre a evolução da escrita e do papel estiveram disponí-veis ao público durante a exposição “A informação escrita: da pedra ao texto virtual”.A mostra, aconteceu entre 7 de janeiro e 1º de fevereiro, no Museu e Centro deCiências, Educação e Artes “Luiz de Queiroz”.

O Grupo Vocal Luiz de Queirozapresentou-se em Coimbra

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Page 8: 35 6 Ano X Número 31 março 2013 ESALQ recebeu ingressantes ... · - Em 25 de maio será realizado o 69 º Leilão da ESALQ de gado de corte, de leite e ovinos Gerhard Waller

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“Sou caipiracicabano”

Tomaz Caetano Cannavam Ripoli“A gente tem que dar vazão também para a

arte, para o sentimento e para a emoção”

Localizado no 1º andar do Edifício Central, o Salão Nobre acompanhao estilo neoclássico da sua sede, contempla uma área de 437,55 m2,possui 18 janelas e capacidade para 450 pessoas. Abrigou por décadasa Sessão Solene de Colação de Grau dos cursos de graduação daEscola. Está decorado com reproduções dos brasões da USP e daDeusa Ceres, ambos de autoria do artista José Wasth Rodrigues,além da obra “Embarque de café no porto de Santos”, quadro pintadoem 1911 por Oscar Pereira da Silva. Atualmente, no Salão Nobreocorrem eventos magnos como a posse do diretor, aulas inauguraisda graduação e pós-graduação, recepção de alunos ingressantes,apresentações do Coral e Grupo Vocal Luiz de Queiroz, da OrquestraESALQ e do Encontro de Corais Luzes & Vozes.

“Nasci aqui em Piracicaba e soucaipiracicabano com muito orgulho, não sópiracicabano, sou caipiracicabano. Às vezes,eu solto um pouquinho uma palavra meiouorrrr, né? Quando falam disso, eu digo: -meu filho, isso é personalidade, dialeto pró-prio, Piracicaba é uma cidade de dialeto pró-prio”. Tomaz Caetano Cannavam Ripoli, nas-cido em 16 de fevereiro de 1947, assim sepronunciou em outubro de 2012, quando en-trevistado pelos jornalistas da Assessoria deComunicação (Acom) da ESALQ.

Na época, preparava-se para lançar seulivro de fotografias, feito em parceria com afilha, a publicitária Bianca Cunali Ripoli Lara.Cantos & Recantos, sua última obra, foilançada em 28 de novembro de 2012.

Ripoli formou-se engenheiro agrônomopela ESALQ em 1970. Era apaixonado pelaprofissão, por política, esporte e fotografia.Desde 1968, então aluno do terceiro ano docurso de Engenharia Agronômica, frequenta-va o subsolo do Edifício Central, onde haviaum laboratório de fotografia em preto e bran-co e foi lá que se apaixonou pela arte. Em1982, começou a lecionar na ESALQ e, des-de aquele tempo, acumulou uma coleção devinte mil imagens realizadas tanto na ESALQquanto em viagens pelo País e ao exterior.

Seu lado político-jornalístico o introdu-ziu nos meios de comunicação a partir de1968, quando começou a divulgar as ativida-des do Centro Acadêmico Luiz de Queiroz(CALQ) no Jornal de Piracicaba, em colunaque durou cerca de três anos, CALQ Notíci-as. Paralelamente, começou a noticiar o CALQno Diário de Piracicaba – CALQ Revista.

A aproximação com o jornalismo e coma vida esportiva piracicabana ocorreu por le-gado do pai, Romeu Ítalo Ripoli, figura in-fluente na cidade tendo, inclusive, presididoo XV de Novembro de Piracicaba. “Olha, omeu pai morreu há 28 anos. Eu tenho umafoto desse tamanho na minha sala, todo o diaeu entro e o cumprimento. Conforme o dia eu

peço ajuda dele, conforme o dia eu brigo comele, xingo ele por ele ter me abandonado tãocedo. Acho que todo filho deve ter o pai comoídolo, mas eu exageradamente idolatro meupai. Eu tinha quarenta e poucos anos quandoele faleceu, mas até hoje eu sinto uma faltadanada dele”.

Por possuir essa familiaridade com a im-prensa, Ripoli sempre foi acessível ao aten-dimento aos jornalistas, com o compromissode divulgar sua área de atuação dentro da aca-demia – máquinas agrícolas.

Na graduação, nasceu também a identifi-cação com os estudos com máquinas agríco-las. “Fui estagiário do [Luiz Geraldo] Mialhe.Meu negócio sempre foi máquina agrícola.Agora eu entrei um pouquinho com energiade biomassa...Gozado, meu neto está com doisanos e dois meses, e sabe a palavra que eleaprendeu antes de mãe? Trator. Ele chega aquie fala – Vô, quero ver o tator (sic). Está nosangue, né?”.

Formou-se em 1970 e, no ano seguinte,por indicação do professor Salvador deToledo Piza Jr., participou da implantaçãoda Faculdade de Agronomia Luiz Meneghel,em Bandeirantes, norte do Paraná. Foi umdos fundadores do Centro Tecnológico daCopersucar. “Quando eu terminei o douto-ramento me convidaram para eu ir paraAlagoas para implantar colheita mecânica láno Planalsucar. Fiquei três anos lá”.

Fez mestrado em Solos e Nutrição dePlantas (1974) e Doutorado em Agronomia,ambos pela ESALQ. Concluiu seu Pós-doutoramento pela University of California,Davis (1993-94) e foi autor de vários livrostécnico-científicos voltados para mecaniza-ção e cana-de-açúcar.

Foi professor titular da ESALQ, lotadono Departamento de Engenharia deBiossistemas (LEB), com experiência na áreade Engenharia Agrícola, com ênfase em Má-quinas e Implementos Agrícolas. Atuou comomembro do corpo editorial do Jornalcana e

da revista Ideanews e consultor ad hoc daFAO e UNOPS, das Nações Unidas. “Euadorava escrever, mas detesto esse negóciode escrever para botar na prateleira, para de-pois botar no currículo. Minha pergunta é aseguinte – isso aqui resolveu algum proble-ma de algum agricultor brasileiro? Não, en-tão não vale nada”.

Quando concedeu essa entrevista àAcom, Ripoli finalizou seu depoimento di-zendo: “Não é porque somos pesquisado-res, professores, que temos que manter arigidez acadêmica. A gente tem que darvazão também para a arte, para o sentimen-to, para a emoção”.

Ripoli faleceu em 24 de fevereiro, aos 66anos, vítima de câncer. Em homenagem aodocente, o diretor da ESALQ, José VicenteCaixeta Filho, decretou luto oficial na insti-tuição por três dias.