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06/09/2010 1 Ativo Permanente: Aspectos Fiscais e Societários Jackeline Lucas Souza. 06, 09 e 10 de setembro de 2010. PARTE I –Fundamentos Teóricos de Ativo Jackeline Lucas Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários 2010 O antigo grupo do Ativo denominado ATIVO PERMANENTE, atualmente está inserido no grupo do Ativo denominado ATIVO NÃO CIRCULANTE. Jackeline Lucas Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários 2010

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Ativo Permanente: Aspectos Fiscais e Societários

Jackeline Lucas Souza. 06, 09 e 10 de setembro de 2010.

PARTE I – Fundamentos Teóricos de Ativo

Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários

2010

O antigo grupo do Ativo denominado

ATIVO PERMANENTE, atualmente está

inserido no grupo do Ativo denominado

ATIVO NÃO CIRCULANTE.

Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários

2010

Page 2: 343o 06-09-10 de set de 2010 c) - CRC-CE | … 4 Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários Jackeline Lucas -2010 Ativo Mensuração “A medida de valor de um ativo é

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As normas internacionais de contabilidade, em

termos de Brasil, começaram a ser introduzidas por

meio da Lei Federal n°11.638,de 28/12/2007, que

alterou, revogou e deu nova redação a inúmeros

dispositivos da Lei n°6.404, de 15/12/1976,

complementada pela Lei Federal n°11.941, de

27/05/2009.

Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários

2010

Influência das Normas Internacionais

Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários

2010

Evolução Histórica do Ativo Permanente(art.178 e 179 da Lei 6.4040/76)

Os bens e direitos todos, um dia,

serão realizáveis em moeda, principalmente,

pelo fato desses bens e direitos retornarem

ao caixa da empresa, seja na forma de

custos que comporão os produtos, as

mercadorias e os serviços, seja na forma de

despesas, componentes do PV, ou

simplesmente na alienação desses.

Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários

2010

Eliminação do ATIVO PERMANENTE : Por quê?

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06/09/2010

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“PERMANENTE são itens que não se destinam à venda; seus

valores não são alterados freqüentemente; não há uma

conotação de giro (movimento). São bens e direitos de vida útil

longa. A empresa utiliza o PERMANENTE, praticamente, como

meio de atingir seus objetivos sociais, ou para renda” (Marion,

2009,p.69 – Contabilidade Empresarial. Atlas).

Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários

2010

Opinião: Permanente ≈ Não Circulante?

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Ativo

Conceito

São benefícios imediatos ou futuros

esperados, direitos que foram adquiridos

pela entidade como resultado de alguma

transação corrente ou passada, capazes de

gerar fluxos de caixa.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Conceito

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Ativo

Mensuração

“A medida de valor de um ativo é a

soma dos preços futuros de mercado dos

fluxos de serviços a serem obtidos,

descontados da probabilidade de ocorrência

e pelo fator juro, a seus valores atuais”.(Comitê de Conceitos Contábeis e Padrões da AAA – American Accounting Association)

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Mensuração

Um investimento em equipamentos, uma máquina a

qual se espera durante 3 anos uma receita anual de

R$165.000 , com custo de desembolsos anuais de

R$15.000. O valor residual esperado, ao final de sua

vida útil, é de R$30.000. A taxa de retorno desejada é

de 15% a.a.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Exemplo de Mensuração de Ativo

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Valor Presente das Receitas Líquidas Futuras

VPRLF = $150.000 + $150.000 + $150.000

1,15 (1,15)2 (1,15)3

VPRLF = $342.483,77

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Exemplo de Mensuração de Ativo

Valor Presente das Receitas Líquidas Futuras

Objetiva calcular o valor presente de todos os termos

de fluxos de caixa, descontados à taxa mínima de

atratividade – rendimento mínimo exigido pelo

investidor.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Exemplo de Mensuração de Ativo

Valor Presente do Valor Residual

VPVR = $30.000

(1,15)3

VPVR = $19.725,49

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Exemplo de Mensuração de Ativo

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06/09/2010

6

Valor Presente do Valor Residual

É o valor de um ativo – que sofre depreciação - ao

final de sua vida útil. É a quantia estimada, que uma

entidade poderia obter correntemente, pela alienação

de um ativo, após a dedução dos custos estimados de

alienação.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Exemplo de Mensuração de Ativo

Valor Presente do Equipamento

VPE = VPRFL + VPRLF

VPE = $342.483,77 + $19.725,49

VPE = $362.209,62

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Exemplo de Mensuração de Ativo

Valor Presente do Equipamento

É a diferença entre o valor inicial investido e o valor

presente dos fluxos de caixa projetados. É o valor atual

líquido ou o valor do equipamento desembolsado ou

recebido na data zero (hoje).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Exemplo de Mensuração de Ativo

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Ativo

Avaliação

A avaliação deve representar a melhor

quantificação possível dos potenciais de serviços

que o ativo apresenta para a entidade.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação

1. Itens Monetários: é o direito de receber ou a obrigação de

entregar um número fixo ou determinável, em unidades

monetárias (ex: dividendos a pagar, provisões, dupl.a rec.);

2. Itens Não Monetários: é a ausência do direito de receber ou a

obrigação de entregar um número fixo ou determinável, em

unidades monetárias (ex: ativos intangíveis, estoques, ativos

fixos tangíveis, goodwill);

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação: Conceitos Importantes!!

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06/09/2010

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3. Valor Justo: ou fair value (em inglês) é o valor pelo qual um

ativo pode ser trocado ou um passivo pode ser liquidado

entre partes independentes, interessadas e conhecedoras do

mercado. É a substituição do custo histórico pelo valor de

mercado com base na mensuração. Se cotação do “mercado

de compra” não estiver disponível, o valor justo será

calculado por estimativa, com base na melhor informação

disponível (preços de similares ou técnicas de avaliação).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação: Conceitos Importantes!!

Para que as informações contábeis se exteriorizem,

por meio de flutuações contínuas de preços de bens

e serviços, numa economia de concorrência

imperfeita, devem ser analisados os seguintes

conceitos:

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação

a) a valores de ENTRADA:

1. Custo histórico;

2. Custo histórico corrigido (pela variação do poder

aquisitivo da moeda);

3. Custo corrente (ou de reposição);

4. Custo corrente corrigido.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação

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1. Custo Histórico (custo original)1. Custo Histórico (custo original)

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação a Valores de ENTRADA

Utilizado por sua aderência, no momento da aquisição, expressar os potenciais de

serviços futuros. Sua estreita relação com o conceito de realização da receita na

mensuração do lucro é o motivo de sua adoção (reconhecimento perdas/ganhos pela realização e não quando ocorrem).

2. Custo Histórico Corrigido2. Custo Histórico Corrigido

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação a Valores de ENTRADA

É quando o Custo Histórico é objeto de correção, quer por coeficiente da

variação do IGP ou por outro índice. Este método permite a comparação de

valores em datas distintas.

3. Custo Corrente (valor de mercado, de compra)3. Custo Corrente (valor de mercado, de compra)

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação a Valores de ENTRADA

O Custo Corrente e o Custo Histórico na data de incorporação de um ativo são iguais. O primeiro é o somatório dos

custos correntes dos insumos contidos em um bem de serviços equivalentes aos do

originariamente adquirido menos sua depreciação.

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4. Custo Corrente Corrigido4. Custo Corrente Corrigido

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação a Valores de ENTRADA

É o mais completo conceito de avaliação de ativos, pois combina as vantagens do

Custo Corrente com as do Custo Histórico Corrigido. Ele repõe ao ativo a mesma capacidade de serviço que está sendo

avaliado.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação a Valores de ENTRADA(Diagrama)

Contabilidade em Nível Geral de Preços

Moeda de Poder Aquisitivo Constante

Custo CorrenteCusto Histórico

Corrigido

Custo Histórico

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação a Valores de ENTRADA

Na Contabilidade em Nível Geral de Preços, as atualizações

das contas contábeis através de um índice geral de preços

devem ser entendidas como restauração dos valores

originais em termos de moeda de poder aquisitivo dessas

contas em uma data-base escolhida no início, no meio ou no

final da série temporal.

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b) a valores de SAÍDA:

1. Valores descontados das entradas líquidas de caixa futuras;

2. Preços correntes de venda;

3. Equivalentes correntes de caixa e

4. Valores de liquidação.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação

1. Valores Descontados das Entradas Líquidas de Caixa Futuras1. Valores Descontados das Entradas Líquidas de Caixa Futuras

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação a Valores de SAÍDA

Esse método envolve o estabelecimento da taxa adequada de juros e a

estimativa da probabilidade de receber os valores previstos.

2. Preços Correntes de Venda (valor realizável líquido)2. Preços Correntes de Venda (valor realizável líquido)

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação a Valores de SAÍDA

Esse método é muito utilizado num mercado organizado, como o preço

futuro de venda. É também conhecido como Valor Realizável Líquido, ele é o

preço que está sendo pago pelo comprador marginal e não,

necessariamente, o valor que será pago no futuro.

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3. Equivalentes Correntes de Caixa3. Equivalentes Correntes de Caixa

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação a Valores de SAÍDA

É o total de dinheiro que poderia ser obtido vendendo cada ativo sob

condições de liquidação ordenada. De difícil aplicação ao excluir do ativo todos

os itens que não tivessem valor presente de mercado.

4. Valores de Liquidação4. Valores de Liquidação

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Avaliação a Valores de SAÍDA

Hipótese extrema de aplicação, pois presume-se uma venda forçada – tanto

para clientes normais a preços reduzidos, como para outras firmas a

preços abaixo do custo. Deve ser utilizado em ativos obsoletos e/ou

quando não há continuidade do negócio.

PARTE II e III – Aspectos Fiscais e

Societários do Ativo

Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários

2010

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O Brasil decidiu utilizar o padrão contábil internacional do IASB

(Pronunciamentos Técnicos denominados de IAS e IFRS).

As normas contábeis emitidas pelo CPC e a CVM torna-as

obrigatórias para as companhias abertas (art.177, §5°) e pelos

CPC torna-as obrigatórias para as demais empresas brasileiras.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Novo Cenário a partir da Lei n°11.638/07

“Art.177. A escrituração da companhia será mantida em

registros permanentes, com obediência aos preceitos da

legislação comercial e desta Lei e ao princípios de contabilidade

geralmente aceitos, devendo observar métodos e critérios

contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações

patrimoniais segundo o regime de competência”.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Escrituração: Societária

“Art.177, § 2°. A companhia observará exclusivamente em livros ou

registros auxiliares (ex: LALUR), sem qualquer modificação da

escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as

disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a

atividade que constitui seu objeto, que prescrevem, conduzam ou

incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes

ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de

outras demonstrações financeiras ”.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Escrituração: Fiscal

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Grupo de Contas do Ativo (art.178, § 1°)

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos (art.179, III)

Participações societárias controladas,

coligadas e controladas em conjunto, bem

como imóveis destinados à valorização ou para

aluguel.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos: Permanentes ou Temporários?

T e m p o r á r i o s

Ações e quotas de capital de uma sociedade, mantidas

por uma empresa, se constituem ativo financeiro . São

mantidas para auferir benefícios econômicos, tais

como dividendos (AC ou ARLP – AÑC).

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos: Permanentes ou Temporários?

P e r m a n e n t e s

Investimentos em outras sociedades que tenham a

característica de aplicação de capital, não de forma

temporária ou especulativa. São mantidos para

produção de benefícios indiretos (Investimento – AÑC).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos Permanentes e Temporários

Permanente Temporário

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos Permanentes: Tipos

•Participações Permanentes em Outras Sociedades

a) Avaliadas pela Equivalência Patrimonial

a.1) Valor da equivalência patrimonial

•Participações em Controladas

•Participações em Controladas em Conjunto

•Participações em Coligadas

•Participações em sociedades do Grupo

a.2) Mais-valia sobre os ativos das investidas

a.3) Ágio (Goodwill) sobre investimentos

a.4) Perdas estimadas (conta credora)

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos Permanentes: Tipos

b) Avaliadas pelo Valor Justo

• Participações em Outras Sociedades

c) Avaliadas pelo Custo

• Participações em Outras Sociedades

• Perdas Estimadas (conta credora – CPC 01)

•Propriedades para Investimento

• Outros Investimentos Permanentes

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

a.2) A Mais-Valia s/Ativos das Investidas: Societária

A Mais-Valia dos Ativos é tratada pela como a

REAVALIAÇÃO DE BENS (extinta pela Lei

n°11.638/07, arts.182 e 185 da Lei n°6.404/76). Até

1995 tanto a legislação societária quanto a fiscal

permitiram que os ativos fosse corrigidos, visando

corrigir, através da CM, as distorções entre o valor

líquido contábil dos bens e o seu valor de mercado.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

a.2) A Mais-Valia s/Ativos das Investidas: Fiscal

A CM sobre Investimentos foi feita até 31/12/1995 – quando

foi extinta pela Lei n°9.249/95, para fins fiscais e

societários. Do período de 1978 a 1995 estavam sujeitos a

CM, pela variação média da perda de capacidade aquisitiva

da moeda, tanto os INVESTIMENTOS quanto as

PROVISÕES PARA PERDAS, desses investimentos.

Atualmente, se aplica somente em fusão, cisão ou

incorporação (ágio-art.386 e 391 do RIR/99).

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

a.3) Ágio (Goodwill) sobre Investimentos

Esse Goodwill é denominado Goodwill Adquirido o

qual é objeto de uma efetiva transação no

mercado, e aparece no Balanço de quem pagou

por ele – ágio fundamentado na expectativa de

rentabilidade futura (diferente do Goodwill

Subjetivo – não registrado).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

a.4) Perdas Estimadas: Societária

Deverão ser reconhecidas as perdas prováveis na

realização do valor do investimento, em função da

comparação do valor contábil com 2 valores, dos 2

o MAIOR: a) valor líquido de venda e b) valor de

uso. Essa PERDA é definida como o maior valor

entre o valor líquido de venda de um ativo e o seu

valor em uso (CPC 01, item 5).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

a.4) Perdas Estimadas: Fiscal

De acordo com o RIR/99 (art.335) as perdas

estimadas, denominadas pela legislação fiscal

como PROVISÃO PARA PERDAS, são

consideradas INDEDUTÍVEIS. Assim tais perdas

aparecerão como ajuste no LALUR.

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18

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos Permanentes: Critérios de Avaliação

De acordo com os artigos 183 e 243 da Lei

n°6.404/76 os investimentos podem ser avaliados

por 3 critérios:

� Método de Custo

� Método de Valor Justo

� Método da Equivalência Patrimonial

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

�Método de Custo

De acordo com o art.183 da Lei n°6.404/76 se baseia

no fato de que a investidora registra somente as

transações baseadas em atos formais (ex: dividendos –

registrados como receita quando são declarados e

distribuídos) em empresas que não sejam coligadas e

controladas ou que não façam parte do mesmo grupo

ou não estejam sob controle comum.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

�Método de Valor Justo

Inicialmente o valor justo é o próprio valor da

transação. Posteriormente, é o valor pelo qual um ativo

pode ser negociado entre partes interessadas,

conhecedoras do assunto e independentes entre si,

com ausência de fatores que pressionem para a

liquidação da transação.

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06/09/2010

19

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

�Método da Equiv.Patrimonial: Societária

De acordo com o art.248 da Lei n°6.404/76 os

investimentos em empresas que sejam coligadas,

controladas e em controladas em conjunto devem ser

avaliados pelo MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA

PATRIMONIAL. Este método acompanha o fato

econômico, que é a geração dos resultados e não a

formalidade da distribuição de tal resultado.

1/2

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

OBS: o critério da RELEVÂNCIA deixou de ser fator

determinante para a adoção ou não do método da

equivalência patrimonial, com alteração da IN CVM n°247/96

pela IN CVM n°469/08. Apesar disso a definição da

RELEVÂNCIA ainda está exposta no art.247, § único, alíneas

“a” e “b” da Lei n°6.404/76 (I.In >= 10% PL da Investidora ou

I.C >=15% PL da Investidora).

2/2

�Método da Equiv.Patrimonial: Societária

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

�Método da Equiv.Patrimonial: Fiscal

Serão avaliados, pelo PL das investidas, os investimentos

relevantes em: a) sociedades controladas e b)

sociedades coligadas sobre cuja administração o

investidor tenha influência ou de que participe com 20%

ou mais do capital social.

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06/09/2010

20

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos

Sociedades Controladas

Controle é definido como a possibilidade de

dirigir políticas financeiras e operacionais de

uma empresa, a fim de obter os benefícios e

riscos de suas atividades – influência

significativa prevista no art. 243, § 2° e 4 ° da

Lei n°6.404/76 . (CPC 36 – Demonstrações

Consolidadas).

1/2

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos

Sociedades Controladas

Controle é definido pela presunção da

influência significativa, (CPC 18, item 7) prevista

no art. 243, § 5° da Lei n°6.404/76, quando a

INVESTIDORA for titular de 20% ou mais do

capital votante da investida, sem controlá-la.

2/2

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos

Sociedades Coligadas

A sociedade é coligada quando a investidora

possui influência significativa (art.243, § 1° da Lei

n°6.404/76) representação no CA; participação

em criação de políticas; transações relevantes;

intercâmbio pessoal administrativo e

fornecimento de informações técnicas). (CPC 18 –

Investimento em Coligada e Controlada).

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos

Sociedades Controladas em Conjunto

O controle em conjunto deve ter as 2

características a seguir: a) 2 ou mais

empreendedores vinculados por acordo

contratual e b) acordo contratual que estabeleça

o controle conjunto. (CPC 19 – Investimento em

Empreendimentos Controlados em Conjunto).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos: Cenários

Cenários

Controle

Consolidação Integral

Controle Conjunto

Consolidação Proporcional

Influência Significativa

Equivalência Patrimonial

Pouca/Nenhuma Influência

Valor Justo (ou Custo)

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos: Cenários

Controle

Consolidação Integral

Controlada é quando uma controladora possui a condição de

“mandar” na outra empresa (avaliação: equivalência patrimonial).

15 – Combinação de Negócios

36 – Demonstrações Contábeis ConsolidadasCPC

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos: Cenários

Controle

Conjunto

Consolidação

Parcial

Controlada em Conjunto é uma joint

venture, ou seja, quando 2 ou mais investidores detêm, em conjunto, o

controle dessa entidade, sem que nenhum desses investidores consiga esse controle individualmente (avaliação: equivalência

patrimonial).

19 – Investimento Empreendimentos Controlados em Conjunto

35 – Demonstrações Separadas

36 – Demonstrações Consolidadas

CPC

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos: Cenários

Influência

Significativa

Equivalência

Patrimonial

Coligada é a situação de uma investida em que se detém influência

significativa, mas sem que se chegue a ter o controle.

18 – Investimentos em Coligada e ControladaCPC

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Investimentos: Cenários

Pouca/Nenhuma

Influência

Valor Justo

(ou Custo)

Neste caso não existe relação específica entre as empresas ou o principal

benefício que se espera do ativo é sua valorização (ativo financeiro). Será

avaliado pelo Valor Justo ou Custo, na impossibilidade de mensuração confiável

a Valor Justo.

38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e

Mensuração

CPC

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado (art.179, IV)

Ativos de natureza fixa e utilizados na

manutenção das atividades da empresa

ou exercidos com essa finalidade.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado

São classificados nesse grupo de contas os

AITVOS FIXOS TANGÍVEIS utilizados na

manutenção das atividades da companhia,

incluindo os ativos corpóreos alugados e

enquadrados como arrendamento mercantil

financeiro. (CPC 27 – Ativo Imobilizado).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado

São classificados nesse grupo de contas os

AITVOS FIXOS utilizados na manutenção das

atividades da companhia, incluindo os ativos

corpóreos alugados e enquadrados como

arrendamento mercantil financeiro. (CPC 27 –

Ativo Imobilizado).

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: subgrupos

�Bens em Operação

�Imobilizado em Andamento

�(-) Depreciação, Amortização e Exaustão Acumulada

�(-) Perdas Estimadas por Redução ao Valor Recuperável

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: contas

•Terrenos

• Edifícios

• Máquinas e equipamentos

• Instalações

• Móveis e utensílios

• Veículos

• Computadores

• Ferramentas

• Imobilizado em andamento

• Adiantamento a fornecedores para compra de bens

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: segregação das contas

Tanto a legislação fiscal quanto a societária

estão alinhadas quanto à exigência da

SEGREGAÇÃO DE CONTAS – agrupamento em

contas distintas segundo a natureza, taxas

anuais aplicáveis e controles de possíveis

saldos de reavaliação. Por ex.:

• Veículos: depreciação de 20% a.a.

• Veículos: depreciação de 13% a.a.

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado

Regras a partir de 2010 (ano-base 2009)

� Análise de valor justo

� Verificação de qual o significado da depreciação acumulada

� Vida útil remanescente

� Valor residual de cada ativo

� Perda ao Valor Recuperável (CPC 01): Impairment anual

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Valor Justo x Valor Contábil

Societária: é necessário que se efetue o ajuste do imobilizado

ao seu VALOR JUSTO, onde seus valores líquidos contábeis

serão substituídos pelo custo atribuído (deemed cost), com

base no VALOR JUSTO e, que comecem novas depreciações

com a vida útil remanescente e o valor residual esperado.

Fiscal: pode-se no RTT continuar com as taxas de depreciação

que vinham sendo registradas.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Redução ao Valor Recuperável (Impairment)

A companhia deve, periodicamente, efetuar análise sobre a

recuperação dos valores registrados no imobilizado e no

intangível, a fim de que sejam registradas as perdas de valor

do capital aplicado quando:

Decisão de interromper o empreendimento

Comprovado que não produzirão resultados futuros

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Redução ao Valor Recuperável (Impairment)

a) Valor Líquido de Venda b) Valor em Uso

Para mensuração do valor recuperável do Ativo é necessário identificar o MAIOR

entre:

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Redução ao Valor Recuperável (Impairment)

a) Valor Líquido de Venda

líquido de venda.

Contrato de compra e venda realizado

entre partes independentes

evidencia um valor líquido de venda.

SE NÃO HOUVER o 1º., o próprio

mercado em que o ativo é negociado é o valor líquido de

venda.

semelhantes aos ativos avaliados.

SE NÃO HOUVER o 1º. e NEM o 2º.

verificar e comparar as operações realizadas e

semelhantes aos ativos avaliados.

1

2

3

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Redução ao Valor Recuperável (Impairment)

b) Valor de Uso

Apuração do valor

em uso de um

ativo

Demonstração dos Fluxos de

Caixa do ativo ou da unidade

geradora de caixa

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06/09/2010

27

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Redução ao Valor Recuperável (Impairment) – regra antiga

Essa regra é antiga, apenas em certas circunstâncias vinha

sendo esquecida, veja:

Contas a Receber

Impairment: Provisão para

Devedores Duvidosos

Contas a Receber

Impairment: Provisão para

Devedores Duvidosos

Estoques

Impairment: Custo ou Mercado dos 2

o menor

Estoques

Impairment: Custo ou Mercado dos 2

o menor

Imobilizado

Impairment: Depreciação

Imobilizado

Impairment: Depreciação

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Redução ao Valor Recuperável (Impairment)

A Lei n°11.638/07, alterou o § 3º. da Lei n°6.404/76, para

determinar que periodicamente deva ser realizada análise

sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e

no intangível, afim de que sejam:

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Redução ao Valor Recuperável (Impairment)

a) Registradas as perdas de valor

do capital aplicado quando

houver decisão de interromper

os empreendimentos ou

atividades a que se destinavam

ou quando comprovado que não

poderão produzir resultados

suficientes para recuperação

desse valor; ou

b) Revisados e ajustados os

critérios utilizados para

determinação da vida útil

econômica estimada e para

cálculo da depreciação,

amortização e exaustão.

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06/09/2010

28

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado ou Despesa: Gastos ?

Gastos de Capital

Devem ser ativados, quando beneficiarem a mais de

um exercício social. Ex: custo de instalação.

Gastos do Período

Devem ser agregados às contas de despesas do período, pois

só beneficiam a um exercício social. Ex: manutenção e reparos.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado ou Despesa: Gastos x Materialidade ?

A legislação societária não define valor para ser debitado como

DESPESA quando quanto à materialidade, mas deixa o

julgamento por conta das políticas contábeis consistentes da

empresa. A legislação fiscal, também, permite abater como

DESPESA operacional do período, porém define o valor unitário

em R$326,61, ou prazo de vida útil até um ano (art.301, do

RIR/99 – ver exceção).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Melhorias e Adições Complementares

A legislação societária que aumentem a vida útil do bem, do

incremento de sua capacidade produtiva, ou da diminuição do custo

operacional, só serão ativados quando o valor líquido contábil das

peças substituídas for inferior ao valor das peças substitutas. A

legislação fiscal , prevê nos §§ 2° e 3° do art. 346 do RIR/99, que os

gastos incorridos com reparos, conservação ou substituição de

partes e peças do ativo imobilizado, serão parte ativado (% baixado)

e parte colocado na despesa (% remanescente).

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Societária

A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será

registrada periodicamente nas contas de (art.183, § 2° da Lei n°6.4040/76) :

a) Depreciação

Perda de valor por desgaste ou obsolescência ou ação da natureza

b) Amortização

Perda de valor do capital aplicado por prazo legal ou contratualmente limitado

c) Exaustão

Perda do valor decorrente de exploração, de direitos de recursos minerais ou

florestais ou bens aplicados nessa exploração.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

A tendência das empresas foi, sempre, adotar as taxas

admitidas pela legislação fiscal. Essa prática NÃO

PODERÁ SER MAIS ADOTADA. Essas taxas deverão ser

utilizadas apenas para apuração de impostos, onde os

valores da depreciação serão controlados em registros

auxiliares (arts. 305 a 323 do RIR/99).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

O fisco aceita, ainda, a

OPÇÃO da empresa, uma

aceleração na depreciação

dos bens móveis, em função

do número de horas diárias

de operação (art. 312 do

RIR/99):

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

EXEMPLO

A empresa Transportadora Ramos Ltda. utiliza sua frota de

caminhões (R$400.000,00) em 2 turnos de 8h. Sabendo-se

que a taxa de depreciação usual para esses veículos é de 20%

a.a., qual o valor do encargo de depreciação que será

apropriada pela empresa e em quanto tempo o bem estará

totalmente depreciado?

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

R$400.000,00 x 20%x1,5 = R$120.000,00/ano

1º. Ano = R$120.000,00

2º. Ano = R$120.000,00

3º. Ano = R$120.000,00

4º. Ano = R$40.000,00

A partir do 5º. Ano não haverá depreciação fiscal para empresa,

porém deverá proceder ao longo do período os ajustes fiscais –

a partir de 01/01/2008, por conta da Lei n°11.638/07 (exclusão

até o 4º.ano e a partir do 5º. Ano adição).

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06/09/2010

31

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

Outra depreciação que poderá ser

optada pelo contribuinte,tributado

pelo lucro real, é o INCENTIVO da

Depreciação Acelerada Incentivada,

que visa a modernização, renovação

ou implantação de equipamentos

de produção (art.313 a 323 do

RIR/99).

Coeficiente

1. Coeficiente 1,00 x taxa usual

2. Coeficiente 2, 00 x taxa usual

3. Depreciação integral do bem no próprio ano de aquisição, p/ atividade rural e p/ empresas localizadas nas áreas da SUDENE e SUDAM, que gozem de redução de 75% do IRPJ e adicionais.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

EXEMPLO

A companhia Almeida Bastos S.A., por concessão do

Ministério da Fazenda, foi autorizada a utilizar o

coeficiente 1,0 a taxa usual (10%) como depreciação

acelerada incentivada na compra de equipamentos novos

para suas atividades industriais. O valor do equipamento

adquirido foi equivalente a R$200.000,00. Veja como ficou

a depreciação na companhia:

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

Ano

Contábil Fiscal

% ValorNatureza dos

Ajustes

Parte A Parte B

% Valor % Valor

1 10% 20.000,00

Exclusão

10% 20.000,00 10% 20.000,00

2 10% 20.000,00 10% 20.000,00 20% 40.000,00

3 10% 20.000,00 10% 20.000,00 30% 60.000,00

4 10% 20.000,00 10% 20.000,00 40% 80.000,00

5 10% 20.000,00 10% 20.000,00 50% 100.000,00

6 10% 20.000,00

Adição

10% 20.000,00 40% 80.000,00

7 10% 20.000,00 10% 20.000,00 30% 60.000,00

8 10% 20.000,00 10% 20.000,00 20% 40.000,00

9 10% 20.000,00 10% 20.000,00 10% 20.000,00

10 10% 20.000,00 10% 20.000,00 0% -0-

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

Principais atividades que podem utilizar Depreciação Acelerada

Incentivada

1. Concessionárias, permissionárias e autorizadas de energia elétrica (art.37 da Lei

n°11.196/2005);

2. Empresas nas áreas da SUDENE e SUDAM (arts.31 e 32 da Lei n°11.196/2005);

3. Informática (art. 4º. da Lei n°10.176/2001;

4. Pesquisa e desenvolvimento de Tecnologia de Informática e Automação (arts.20 e 21 da Lei

n°10.833/2003);

5. Hotelaria (Lei n°11.727/2008);

6. Fabricante de veículos e autopeças (art.11 da Lei n°11.774/2008);

7. Fabricante de bens de capital (art.11 da Lei n°11.774/2008).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

A amortização será utilizada em bens móveis e imóveis

intrinsecamente relacionados à produção e à comercialização

de vens e serviços.

Se a existência ou o exercício do direito, ou a utilização do

bem, terminarem antes da amortização integral de seu custo,

o saldo não amortizado constituirá encargo do período em que

se extinguir o direito ou terminar a utilização do bem.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

Taxa Utilizada

a) O número de anos restantes de existência do direito;

b) O número de períodos de apuração em que deverão ser usufruídos os benefícios decorrentes das despesas registradas no ativo diferido (antigo);

c) O prazo de amortização não poderá ser inferior a 5 anos.

Fonte: arts. 324 a 327 do RIR/99

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

A exaustão objetiva distribuir o custo dos recursos naturais

durante o período em que tais recursos são extraídos ou

exauridos.

Societária: método das unidades produzidas (% extraída do

minério em relação à possança total da mina.

Fiscal: é dedutível

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal

No caso de exploração de jazidas minerais

INESGOTÁVEIS ou de exaurimento indeterminável

como as de água mineral, os encargos de exaustão

NÃO PODEM SER COMPUTADOS na determinação

do Lucro Real.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado

Arrendamento Mercantil

Os contratos de arrendamento mercantil são

classificados em OPERACIONAL -

características de ALUGUEL - e FINANCEIRO -

características de COMPRA FINANCIADA.

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: arrendamento operacional

É contabilizado da mesma forma de um

aluguel, ou seja, o valor mensal do

arrendamento é registrado no período de

competência como CUSTO (se estiver ligado a

produção) ou DESPESA (nos demais casos).

D – custo ou despesa de arrendamento

C – caixa/banco

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: arrendamento financeiro

É registrado no ATIVO IMOBILIZADO em

contrapartida do passivo. Sua DEPRECIAÇÃO

é alocada ao CUSTO ou DESPESA do período e

os ENCARGOS da dívida são computados

como DESPESA FINANCEIRA no resultado do

exercício. (CPC 06 – Operações de

Arrendamento Mercantil).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Imobilizado: arrendamento financeiro

D - ativo imobilizado

C – obrigação (PC ou PÑC)

D – depreciação (custo ou despesa)

C – depreciação acumulada

D – despesa financeira

C – obrigação (PC ou PÑC)

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Intangível (art.179, VI)

Ativos de natureza não física

(incorpóreos) usados na manutenção das

atividades da empresa, inclusive fundo de

comércio adquirido.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Intangível

Esse NOVO GRUPO de contas representa um

desmembramento do ativo imobilizado,

seguindo uma tendência internacional (CPC

04 – Ativo Intangível). Já era uma exigência

para as cias. abertas (Deliberação CVM

n°488/05).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Intangível

•Marcas

• Patentes

• Direitos autorais de livros, revistas, produções artísticas

• Fundo de comércio

• Direitos de concessões ou explorações de serviços de

água, esgoto, eletricidade e transporte, de jazidas de

petróleo ou de minas, licenças p/ empresas de telecom.

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06/09/2010

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Diferido: Extinção x Transição

Com a MP n°449/08, o inciso V do art.179 da Lei

n°6.404/76 foi revogado. Essa MP foi convertida na Lei

n°11.941/09, onde as sociedades por ações e de grande

porte não poderão reconhecer esse grupo (Ativo

Diferido) em seus balanços a partir de 2008.

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Diferido: Extinção x Transição

Ocorre que o art. 299-A da Lei n°11.941/09 permitiu que

o saldo existente nesse grupo em 2008, que não pode

ser alocado para outro grupo de contas, poderá

permanecer neste classificado até sua amortização

completa e sujeito à análise de recuperabilidade

(Impairment).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Diferido: Gastos – Nova Alocação

Os gastos significativos realizados com a implantação de

sistemas e métodos, quando representarem claro

benefício futuro para a organização, podem ser

registrados no ATIVO INTANGÍVEL – se atenderem às

condições prescritas no CPC 04 (Ativo Intangível). Os

demais gastos devem ser alocados direto no resultado.

Page 37: 343o 06-09-10 de set de 2010 c) - CRC-CE | … 4 Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários Jackeline Lucas -2010 Ativo Mensuração “A medida de valor de um ativo é

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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Ciclo Operacional

“ Na companhia em que o ciclo operacional da

empresa tiver duração maior que o exercício

social, a classificação no circulante ou longo

prazo terá por base o prazo desse ciclo”

(art.179, § único da Lei n°6.404/76).

Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010

Ciclo Operacional: exemplo

No caso de uma empresa industrial, seu CICLO

OPERACIONAL, seria: a compra da matéria-prima, a

aplicação da matéria-prima ao processo de produção,

a fabricação do produto acabado, a venda a prazo do

produto acabado ao cliente e o recebimento da venda

a prazo do cliente. No BR observa-se que todas as

sociedades utilizam o prazo de 12 meses: ERRADO!!!

Maiores Informações...

[85] 8871.4930

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OBRIGADA!