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06/09/2010
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Ativo Permanente: Aspectos Fiscais e Societários
Jackeline Lucas Souza. 06, 09 e 10 de setembro de 2010.
PARTE I – Fundamentos Teóricos de Ativo
Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários
2010
O antigo grupo do Ativo denominado
ATIVO PERMANENTE, atualmente está
inserido no grupo do Ativo denominado
ATIVO NÃO CIRCULANTE.
Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários
2010
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As normas internacionais de contabilidade, em
termos de Brasil, começaram a ser introduzidas por
meio da Lei Federal n°11.638,de 28/12/2007, que
alterou, revogou e deu nova redação a inúmeros
dispositivos da Lei n°6.404, de 15/12/1976,
complementada pela Lei Federal n°11.941, de
27/05/2009.
Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários
2010
Influência das Normas Internacionais
Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários
2010
Evolução Histórica do Ativo Permanente(art.178 e 179 da Lei 6.4040/76)
Os bens e direitos todos, um dia,
serão realizáveis em moeda, principalmente,
pelo fato desses bens e direitos retornarem
ao caixa da empresa, seja na forma de
custos que comporão os produtos, as
mercadorias e os serviços, seja na forma de
despesas, componentes do PV, ou
simplesmente na alienação desses.
Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários
2010
Eliminação do ATIVO PERMANENTE : Por quê?
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“PERMANENTE são itens que não se destinam à venda; seus
valores não são alterados freqüentemente; não há uma
conotação de giro (movimento). São bens e direitos de vida útil
longa. A empresa utiliza o PERMANENTE, praticamente, como
meio de atingir seus objetivos sociais, ou para renda” (Marion,
2009,p.69 – Contabilidade Empresarial. Atlas).
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2010
Opinião: Permanente ≈ Não Circulante?
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Ativo
Conceito
São benefícios imediatos ou futuros
esperados, direitos que foram adquiridos
pela entidade como resultado de alguma
transação corrente ou passada, capazes de
gerar fluxos de caixa.
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Conceito
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Ativo
Mensuração
“A medida de valor de um ativo é a
soma dos preços futuros de mercado dos
fluxos de serviços a serem obtidos,
descontados da probabilidade de ocorrência
e pelo fator juro, a seus valores atuais”.(Comitê de Conceitos Contábeis e Padrões da AAA – American Accounting Association)
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Mensuração
Um investimento em equipamentos, uma máquina a
qual se espera durante 3 anos uma receita anual de
R$165.000 , com custo de desembolsos anuais de
R$15.000. O valor residual esperado, ao final de sua
vida útil, é de R$30.000. A taxa de retorno desejada é
de 15% a.a.
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Exemplo de Mensuração de Ativo
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Valor Presente das Receitas Líquidas Futuras
VPRLF = $150.000 + $150.000 + $150.000
1,15 (1,15)2 (1,15)3
VPRLF = $342.483,77
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Exemplo de Mensuração de Ativo
Valor Presente das Receitas Líquidas Futuras
Objetiva calcular o valor presente de todos os termos
de fluxos de caixa, descontados à taxa mínima de
atratividade – rendimento mínimo exigido pelo
investidor.
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Exemplo de Mensuração de Ativo
Valor Presente do Valor Residual
VPVR = $30.000
(1,15)3
VPVR = $19.725,49
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Exemplo de Mensuração de Ativo
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Valor Presente do Valor Residual
É o valor de um ativo – que sofre depreciação - ao
final de sua vida útil. É a quantia estimada, que uma
entidade poderia obter correntemente, pela alienação
de um ativo, após a dedução dos custos estimados de
alienação.
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Exemplo de Mensuração de Ativo
Valor Presente do Equipamento
VPE = VPRFL + VPRLF
VPE = $342.483,77 + $19.725,49
VPE = $362.209,62
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Exemplo de Mensuração de Ativo
Valor Presente do Equipamento
É a diferença entre o valor inicial investido e o valor
presente dos fluxos de caixa projetados. É o valor atual
líquido ou o valor do equipamento desembolsado ou
recebido na data zero (hoje).
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Exemplo de Mensuração de Ativo
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Ativo
Avaliação
A avaliação deve representar a melhor
quantificação possível dos potenciais de serviços
que o ativo apresenta para a entidade.
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Avaliação
1. Itens Monetários: é o direito de receber ou a obrigação de
entregar um número fixo ou determinável, em unidades
monetárias (ex: dividendos a pagar, provisões, dupl.a rec.);
2. Itens Não Monetários: é a ausência do direito de receber ou a
obrigação de entregar um número fixo ou determinável, em
unidades monetárias (ex: ativos intangíveis, estoques, ativos
fixos tangíveis, goodwill);
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Avaliação: Conceitos Importantes!!
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3. Valor Justo: ou fair value (em inglês) é o valor pelo qual um
ativo pode ser trocado ou um passivo pode ser liquidado
entre partes independentes, interessadas e conhecedoras do
mercado. É a substituição do custo histórico pelo valor de
mercado com base na mensuração. Se cotação do “mercado
de compra” não estiver disponível, o valor justo será
calculado por estimativa, com base na melhor informação
disponível (preços de similares ou técnicas de avaliação).
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Avaliação: Conceitos Importantes!!
Para que as informações contábeis se exteriorizem,
por meio de flutuações contínuas de preços de bens
e serviços, numa economia de concorrência
imperfeita, devem ser analisados os seguintes
conceitos:
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Avaliação
a) a valores de ENTRADA:
1. Custo histórico;
2. Custo histórico corrigido (pela variação do poder
aquisitivo da moeda);
3. Custo corrente (ou de reposição);
4. Custo corrente corrigido.
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Avaliação
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1. Custo Histórico (custo original)1. Custo Histórico (custo original)
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Avaliação a Valores de ENTRADA
Utilizado por sua aderência, no momento da aquisição, expressar os potenciais de
serviços futuros. Sua estreita relação com o conceito de realização da receita na
mensuração do lucro é o motivo de sua adoção (reconhecimento perdas/ganhos pela realização e não quando ocorrem).
2. Custo Histórico Corrigido2. Custo Histórico Corrigido
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Avaliação a Valores de ENTRADA
É quando o Custo Histórico é objeto de correção, quer por coeficiente da
variação do IGP ou por outro índice. Este método permite a comparação de
valores em datas distintas.
3. Custo Corrente (valor de mercado, de compra)3. Custo Corrente (valor de mercado, de compra)
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Avaliação a Valores de ENTRADA
O Custo Corrente e o Custo Histórico na data de incorporação de um ativo são iguais. O primeiro é o somatório dos
custos correntes dos insumos contidos em um bem de serviços equivalentes aos do
originariamente adquirido menos sua depreciação.
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4. Custo Corrente Corrigido4. Custo Corrente Corrigido
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Avaliação a Valores de ENTRADA
É o mais completo conceito de avaliação de ativos, pois combina as vantagens do
Custo Corrente com as do Custo Histórico Corrigido. Ele repõe ao ativo a mesma capacidade de serviço que está sendo
avaliado.
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Avaliação a Valores de ENTRADA(Diagrama)
Contabilidade em Nível Geral de Preços
Moeda de Poder Aquisitivo Constante
Custo CorrenteCusto Histórico
Corrigido
Custo Histórico
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Avaliação a Valores de ENTRADA
Na Contabilidade em Nível Geral de Preços, as atualizações
das contas contábeis através de um índice geral de preços
devem ser entendidas como restauração dos valores
originais em termos de moeda de poder aquisitivo dessas
contas em uma data-base escolhida no início, no meio ou no
final da série temporal.
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b) a valores de SAÍDA:
1. Valores descontados das entradas líquidas de caixa futuras;
2. Preços correntes de venda;
3. Equivalentes correntes de caixa e
4. Valores de liquidação.
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Avaliação
1. Valores Descontados das Entradas Líquidas de Caixa Futuras1. Valores Descontados das Entradas Líquidas de Caixa Futuras
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Avaliação a Valores de SAÍDA
Esse método envolve o estabelecimento da taxa adequada de juros e a
estimativa da probabilidade de receber os valores previstos.
2. Preços Correntes de Venda (valor realizável líquido)2. Preços Correntes de Venda (valor realizável líquido)
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Avaliação a Valores de SAÍDA
Esse método é muito utilizado num mercado organizado, como o preço
futuro de venda. É também conhecido como Valor Realizável Líquido, ele é o
preço que está sendo pago pelo comprador marginal e não,
necessariamente, o valor que será pago no futuro.
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3. Equivalentes Correntes de Caixa3. Equivalentes Correntes de Caixa
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Avaliação a Valores de SAÍDA
É o total de dinheiro que poderia ser obtido vendendo cada ativo sob
condições de liquidação ordenada. De difícil aplicação ao excluir do ativo todos
os itens que não tivessem valor presente de mercado.
4. Valores de Liquidação4. Valores de Liquidação
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Avaliação a Valores de SAÍDA
Hipótese extrema de aplicação, pois presume-se uma venda forçada – tanto
para clientes normais a preços reduzidos, como para outras firmas a
preços abaixo do custo. Deve ser utilizado em ativos obsoletos e/ou
quando não há continuidade do negócio.
PARTE II e III – Aspectos Fiscais e
Societários do Ativo
Jackeline LucasAtivo Não Circulante: Aspectos Fiscais e Societários
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O Brasil decidiu utilizar o padrão contábil internacional do IASB
(Pronunciamentos Técnicos denominados de IAS e IFRS).
As normas contábeis emitidas pelo CPC e a CVM torna-as
obrigatórias para as companhias abertas (art.177, §5°) e pelos
CPC torna-as obrigatórias para as demais empresas brasileiras.
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Novo Cenário a partir da Lei n°11.638/07
“Art.177. A escrituração da companhia será mantida em
registros permanentes, com obediência aos preceitos da
legislação comercial e desta Lei e ao princípios de contabilidade
geralmente aceitos, devendo observar métodos e critérios
contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações
patrimoniais segundo o regime de competência”.
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Escrituração: Societária
“Art.177, § 2°. A companhia observará exclusivamente em livros ou
registros auxiliares (ex: LALUR), sem qualquer modificação da
escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as
disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a
atividade que constitui seu objeto, que prescrevem, conduzam ou
incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes
ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de
outras demonstrações financeiras ”.
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Escrituração: Fiscal
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Grupo de Contas do Ativo (art.178, § 1°)
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Investimentos (art.179, III)
Participações societárias controladas,
coligadas e controladas em conjunto, bem
como imóveis destinados à valorização ou para
aluguel.
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Investimentos: Permanentes ou Temporários?
T e m p o r á r i o s
Ações e quotas de capital de uma sociedade, mantidas
por uma empresa, se constituem ativo financeiro . São
mantidas para auferir benefícios econômicos, tais
como dividendos (AC ou ARLP – AÑC).
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Investimentos: Permanentes ou Temporários?
P e r m a n e n t e s
Investimentos em outras sociedades que tenham a
característica de aplicação de capital, não de forma
temporária ou especulativa. São mantidos para
produção de benefícios indiretos (Investimento – AÑC).
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Investimentos Permanentes e Temporários
Permanente Temporário
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Investimentos Permanentes: Tipos
•Participações Permanentes em Outras Sociedades
a) Avaliadas pela Equivalência Patrimonial
a.1) Valor da equivalência patrimonial
•Participações em Controladas
•Participações em Controladas em Conjunto
•Participações em Coligadas
•Participações em sociedades do Grupo
a.2) Mais-valia sobre os ativos das investidas
a.3) Ágio (Goodwill) sobre investimentos
a.4) Perdas estimadas (conta credora)
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Investimentos Permanentes: Tipos
b) Avaliadas pelo Valor Justo
• Participações em Outras Sociedades
c) Avaliadas pelo Custo
• Participações em Outras Sociedades
• Perdas Estimadas (conta credora – CPC 01)
•Propriedades para Investimento
• Outros Investimentos Permanentes
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a.2) A Mais-Valia s/Ativos das Investidas: Societária
A Mais-Valia dos Ativos é tratada pela como a
REAVALIAÇÃO DE BENS (extinta pela Lei
n°11.638/07, arts.182 e 185 da Lei n°6.404/76). Até
1995 tanto a legislação societária quanto a fiscal
permitiram que os ativos fosse corrigidos, visando
corrigir, através da CM, as distorções entre o valor
líquido contábil dos bens e o seu valor de mercado.
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a.2) A Mais-Valia s/Ativos das Investidas: Fiscal
A CM sobre Investimentos foi feita até 31/12/1995 – quando
foi extinta pela Lei n°9.249/95, para fins fiscais e
societários. Do período de 1978 a 1995 estavam sujeitos a
CM, pela variação média da perda de capacidade aquisitiva
da moeda, tanto os INVESTIMENTOS quanto as
PROVISÕES PARA PERDAS, desses investimentos.
Atualmente, se aplica somente em fusão, cisão ou
incorporação (ágio-art.386 e 391 do RIR/99).
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a.3) Ágio (Goodwill) sobre Investimentos
Esse Goodwill é denominado Goodwill Adquirido o
qual é objeto de uma efetiva transação no
mercado, e aparece no Balanço de quem pagou
por ele – ágio fundamentado na expectativa de
rentabilidade futura (diferente do Goodwill
Subjetivo – não registrado).
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a.4) Perdas Estimadas: Societária
Deverão ser reconhecidas as perdas prováveis na
realização do valor do investimento, em função da
comparação do valor contábil com 2 valores, dos 2
o MAIOR: a) valor líquido de venda e b) valor de
uso. Essa PERDA é definida como o maior valor
entre o valor líquido de venda de um ativo e o seu
valor em uso (CPC 01, item 5).
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a.4) Perdas Estimadas: Fiscal
De acordo com o RIR/99 (art.335) as perdas
estimadas, denominadas pela legislação fiscal
como PROVISÃO PARA PERDAS, são
consideradas INDEDUTÍVEIS. Assim tais perdas
aparecerão como ajuste no LALUR.
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Investimentos Permanentes: Critérios de Avaliação
De acordo com os artigos 183 e 243 da Lei
n°6.404/76 os investimentos podem ser avaliados
por 3 critérios:
� Método de Custo
� Método de Valor Justo
� Método da Equivalência Patrimonial
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�Método de Custo
De acordo com o art.183 da Lei n°6.404/76 se baseia
no fato de que a investidora registra somente as
transações baseadas em atos formais (ex: dividendos –
registrados como receita quando são declarados e
distribuídos) em empresas que não sejam coligadas e
controladas ou que não façam parte do mesmo grupo
ou não estejam sob controle comum.
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
�Método de Valor Justo
Inicialmente o valor justo é o próprio valor da
transação. Posteriormente, é o valor pelo qual um ativo
pode ser negociado entre partes interessadas,
conhecedoras do assunto e independentes entre si,
com ausência de fatores que pressionem para a
liquidação da transação.
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�Método da Equiv.Patrimonial: Societária
De acordo com o art.248 da Lei n°6.404/76 os
investimentos em empresas que sejam coligadas,
controladas e em controladas em conjunto devem ser
avaliados pelo MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA
PATRIMONIAL. Este método acompanha o fato
econômico, que é a geração dos resultados e não a
formalidade da distribuição de tal resultado.
1/2
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OBS: o critério da RELEVÂNCIA deixou de ser fator
determinante para a adoção ou não do método da
equivalência patrimonial, com alteração da IN CVM n°247/96
pela IN CVM n°469/08. Apesar disso a definição da
RELEVÂNCIA ainda está exposta no art.247, § único, alíneas
“a” e “b” da Lei n°6.404/76 (I.In >= 10% PL da Investidora ou
I.C >=15% PL da Investidora).
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�Método da Equiv.Patrimonial: Societária
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�Método da Equiv.Patrimonial: Fiscal
Serão avaliados, pelo PL das investidas, os investimentos
relevantes em: a) sociedades controladas e b)
sociedades coligadas sobre cuja administração o
investidor tenha influência ou de que participe com 20%
ou mais do capital social.
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Investimentos
Sociedades Controladas
Controle é definido como a possibilidade de
dirigir políticas financeiras e operacionais de
uma empresa, a fim de obter os benefícios e
riscos de suas atividades – influência
significativa prevista no art. 243, § 2° e 4 ° da
Lei n°6.404/76 . (CPC 36 – Demonstrações
Consolidadas).
1/2
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Investimentos
Sociedades Controladas
Controle é definido pela presunção da
influência significativa, (CPC 18, item 7) prevista
no art. 243, § 5° da Lei n°6.404/76, quando a
INVESTIDORA for titular de 20% ou mais do
capital votante da investida, sem controlá-la.
2/2
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Investimentos
Sociedades Coligadas
A sociedade é coligada quando a investidora
possui influência significativa (art.243, § 1° da Lei
n°6.404/76) representação no CA; participação
em criação de políticas; transações relevantes;
intercâmbio pessoal administrativo e
fornecimento de informações técnicas). (CPC 18 –
Investimento em Coligada e Controlada).
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Investimentos
Sociedades Controladas em Conjunto
O controle em conjunto deve ter as 2
características a seguir: a) 2 ou mais
empreendedores vinculados por acordo
contratual e b) acordo contratual que estabeleça
o controle conjunto. (CPC 19 – Investimento em
Empreendimentos Controlados em Conjunto).
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Investimentos: Cenários
Cenários
Controle
Consolidação Integral
Controle Conjunto
Consolidação Proporcional
Influência Significativa
Equivalência Patrimonial
Pouca/Nenhuma Influência
Valor Justo (ou Custo)
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Investimentos: Cenários
Controle
Consolidação Integral
Controlada é quando uma controladora possui a condição de
“mandar” na outra empresa (avaliação: equivalência patrimonial).
15 – Combinação de Negócios
36 – Demonstrações Contábeis ConsolidadasCPC
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Investimentos: Cenários
Controle
Conjunto
Consolidação
Parcial
Controlada em Conjunto é uma joint
venture, ou seja, quando 2 ou mais investidores detêm, em conjunto, o
controle dessa entidade, sem que nenhum desses investidores consiga esse controle individualmente (avaliação: equivalência
patrimonial).
19 – Investimento Empreendimentos Controlados em Conjunto
35 – Demonstrações Separadas
36 – Demonstrações Consolidadas
CPC
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Investimentos: Cenários
Influência
Significativa
Equivalência
Patrimonial
Coligada é a situação de uma investida em que se detém influência
significativa, mas sem que se chegue a ter o controle.
18 – Investimentos em Coligada e ControladaCPC
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Investimentos: Cenários
Pouca/Nenhuma
Influência
Valor Justo
(ou Custo)
Neste caso não existe relação específica entre as empresas ou o principal
benefício que se espera do ativo é sua valorização (ativo financeiro). Será
avaliado pelo Valor Justo ou Custo, na impossibilidade de mensuração confiável
a Valor Justo.
38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e
Mensuração
CPC
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado (art.179, IV)
Ativos de natureza fixa e utilizados na
manutenção das atividades da empresa
ou exercidos com essa finalidade.
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Imobilizado
São classificados nesse grupo de contas os
AITVOS FIXOS TANGÍVEIS utilizados na
manutenção das atividades da companhia,
incluindo os ativos corpóreos alugados e
enquadrados como arrendamento mercantil
financeiro. (CPC 27 – Ativo Imobilizado).
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Imobilizado
São classificados nesse grupo de contas os
AITVOS FIXOS utilizados na manutenção das
atividades da companhia, incluindo os ativos
corpóreos alugados e enquadrados como
arrendamento mercantil financeiro. (CPC 27 –
Ativo Imobilizado).
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: subgrupos
�Bens em Operação
�Imobilizado em Andamento
�(-) Depreciação, Amortização e Exaustão Acumulada
�(-) Perdas Estimadas por Redução ao Valor Recuperável
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Imobilizado: contas
•Terrenos
• Edifícios
• Máquinas e equipamentos
• Instalações
• Móveis e utensílios
• Veículos
• Computadores
• Ferramentas
• Imobilizado em andamento
• Adiantamento a fornecedores para compra de bens
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: segregação das contas
Tanto a legislação fiscal quanto a societária
estão alinhadas quanto à exigência da
SEGREGAÇÃO DE CONTAS – agrupamento em
contas distintas segundo a natureza, taxas
anuais aplicáveis e controles de possíveis
saldos de reavaliação. Por ex.:
• Veículos: depreciação de 20% a.a.
• Veículos: depreciação de 13% a.a.
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado
Regras a partir de 2010 (ano-base 2009)
� Análise de valor justo
� Verificação de qual o significado da depreciação acumulada
� Vida útil remanescente
� Valor residual de cada ativo
� Perda ao Valor Recuperável (CPC 01): Impairment anual
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: Valor Justo x Valor Contábil
Societária: é necessário que se efetue o ajuste do imobilizado
ao seu VALOR JUSTO, onde seus valores líquidos contábeis
serão substituídos pelo custo atribuído (deemed cost), com
base no VALOR JUSTO e, que comecem novas depreciações
com a vida útil remanescente e o valor residual esperado.
Fiscal: pode-se no RTT continuar com as taxas de depreciação
que vinham sendo registradas.
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Imobilizado: Redução ao Valor Recuperável (Impairment)
A companhia deve, periodicamente, efetuar análise sobre a
recuperação dos valores registrados no imobilizado e no
intangível, a fim de que sejam registradas as perdas de valor
do capital aplicado quando:
Decisão de interromper o empreendimento
Comprovado que não produzirão resultados futuros
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: Redução ao Valor Recuperável (Impairment)
a) Valor Líquido de Venda b) Valor em Uso
Para mensuração do valor recuperável do Ativo é necessário identificar o MAIOR
entre:
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Imobilizado: Redução ao Valor Recuperável (Impairment)
a) Valor Líquido de Venda
líquido de venda.
Contrato de compra e venda realizado
entre partes independentes
evidencia um valor líquido de venda.
SE NÃO HOUVER o 1º., o próprio
mercado em que o ativo é negociado é o valor líquido de
venda.
semelhantes aos ativos avaliados.
SE NÃO HOUVER o 1º. e NEM o 2º.
verificar e comparar as operações realizadas e
semelhantes aos ativos avaliados.
1
2
3
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Imobilizado: Redução ao Valor Recuperável (Impairment)
b) Valor de Uso
Apuração do valor
em uso de um
ativo
Demonstração dos Fluxos de
Caixa do ativo ou da unidade
geradora de caixa
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Imobilizado: Redução ao Valor Recuperável (Impairment) – regra antiga
Essa regra é antiga, apenas em certas circunstâncias vinha
sendo esquecida, veja:
Contas a Receber
Impairment: Provisão para
Devedores Duvidosos
Contas a Receber
Impairment: Provisão para
Devedores Duvidosos
Estoques
Impairment: Custo ou Mercado dos 2
o menor
Estoques
Impairment: Custo ou Mercado dos 2
o menor
Imobilizado
Impairment: Depreciação
Imobilizado
Impairment: Depreciação
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Redução ao Valor Recuperável (Impairment)
A Lei n°11.638/07, alterou o § 3º. da Lei n°6.404/76, para
determinar que periodicamente deva ser realizada análise
sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e
no intangível, afim de que sejam:
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Redução ao Valor Recuperável (Impairment)
a) Registradas as perdas de valor
do capital aplicado quando
houver decisão de interromper
os empreendimentos ou
atividades a que se destinavam
ou quando comprovado que não
poderão produzir resultados
suficientes para recuperação
desse valor; ou
b) Revisados e ajustados os
critérios utilizados para
determinação da vida útil
econômica estimada e para
cálculo da depreciação,
amortização e exaustão.
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Imobilizado ou Despesa: Gastos ?
Gastos de Capital
Devem ser ativados, quando beneficiarem a mais de
um exercício social. Ex: custo de instalação.
Gastos do Período
Devem ser agregados às contas de despesas do período, pois
só beneficiam a um exercício social. Ex: manutenção e reparos.
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Imobilizado ou Despesa: Gastos x Materialidade ?
A legislação societária não define valor para ser debitado como
DESPESA quando quanto à materialidade, mas deixa o
julgamento por conta das políticas contábeis consistentes da
empresa. A legislação fiscal, também, permite abater como
DESPESA operacional do período, porém define o valor unitário
em R$326,61, ou prazo de vida útil até um ano (art.301, do
RIR/99 – ver exceção).
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Imobilizado: Melhorias e Adições Complementares
A legislação societária que aumentem a vida útil do bem, do
incremento de sua capacidade produtiva, ou da diminuição do custo
operacional, só serão ativados quando o valor líquido contábil das
peças substituídas for inferior ao valor das peças substitutas. A
legislação fiscal , prevê nos §§ 2° e 3° do art. 346 do RIR/99, que os
gastos incorridos com reparos, conservação ou substituição de
partes e peças do ativo imobilizado, serão parte ativado (% baixado)
e parte colocado na despesa (% remanescente).
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Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Societária
A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será
registrada periodicamente nas contas de (art.183, § 2° da Lei n°6.4040/76) :
a) Depreciação
Perda de valor por desgaste ou obsolescência ou ação da natureza
b) Amortização
Perda de valor do capital aplicado por prazo legal ou contratualmente limitado
c) Exaustão
Perda do valor decorrente de exploração, de direitos de recursos minerais ou
florestais ou bens aplicados nessa exploração.
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
A tendência das empresas foi, sempre, adotar as taxas
admitidas pela legislação fiscal. Essa prática NÃO
PODERÁ SER MAIS ADOTADA. Essas taxas deverão ser
utilizadas apenas para apuração de impostos, onde os
valores da depreciação serão controlados em registros
auxiliares (arts. 305 a 323 do RIR/99).
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Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
O fisco aceita, ainda, a
OPÇÃO da empresa, uma
aceleração na depreciação
dos bens móveis, em função
do número de horas diárias
de operação (art. 312 do
RIR/99):
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Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
EXEMPLO
A empresa Transportadora Ramos Ltda. utiliza sua frota de
caminhões (R$400.000,00) em 2 turnos de 8h. Sabendo-se
que a taxa de depreciação usual para esses veículos é de 20%
a.a., qual o valor do encargo de depreciação que será
apropriada pela empresa e em quanto tempo o bem estará
totalmente depreciado?
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
R$400.000,00 x 20%x1,5 = R$120.000,00/ano
1º. Ano = R$120.000,00
2º. Ano = R$120.000,00
3º. Ano = R$120.000,00
4º. Ano = R$40.000,00
A partir do 5º. Ano não haverá depreciação fiscal para empresa,
porém deverá proceder ao longo do período os ajustes fiscais –
a partir de 01/01/2008, por conta da Lei n°11.638/07 (exclusão
até o 4º.ano e a partir do 5º. Ano adição).
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
Outra depreciação que poderá ser
optada pelo contribuinte,tributado
pelo lucro real, é o INCENTIVO da
Depreciação Acelerada Incentivada,
que visa a modernização, renovação
ou implantação de equipamentos
de produção (art.313 a 323 do
RIR/99).
Coeficiente
1. Coeficiente 1,00 x taxa usual
2. Coeficiente 2, 00 x taxa usual
3. Depreciação integral do bem no próprio ano de aquisição, p/ atividade rural e p/ empresas localizadas nas áreas da SUDENE e SUDAM, que gozem de redução de 75% do IRPJ e adicionais.
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Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
EXEMPLO
A companhia Almeida Bastos S.A., por concessão do
Ministério da Fazenda, foi autorizada a utilizar o
coeficiente 1,0 a taxa usual (10%) como depreciação
acelerada incentivada na compra de equipamentos novos
para suas atividades industriais. O valor do equipamento
adquirido foi equivalente a R$200.000,00. Veja como ficou
a depreciação na companhia:
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Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
Ano
Contábil Fiscal
% ValorNatureza dos
Ajustes
Parte A Parte B
% Valor % Valor
1 10% 20.000,00
Exclusão
10% 20.000,00 10% 20.000,00
2 10% 20.000,00 10% 20.000,00 20% 40.000,00
3 10% 20.000,00 10% 20.000,00 30% 60.000,00
4 10% 20.000,00 10% 20.000,00 40% 80.000,00
5 10% 20.000,00 10% 20.000,00 50% 100.000,00
6 10% 20.000,00
Adição
10% 20.000,00 40% 80.000,00
7 10% 20.000,00 10% 20.000,00 30% 60.000,00
8 10% 20.000,00 10% 20.000,00 20% 40.000,00
9 10% 20.000,00 10% 20.000,00 10% 20.000,00
10 10% 20.000,00 10% 20.000,00 0% -0-
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Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
Principais atividades que podem utilizar Depreciação Acelerada
Incentivada
1. Concessionárias, permissionárias e autorizadas de energia elétrica (art.37 da Lei
n°11.196/2005);
2. Empresas nas áreas da SUDENE e SUDAM (arts.31 e 32 da Lei n°11.196/2005);
3. Informática (art. 4º. da Lei n°10.176/2001;
4. Pesquisa e desenvolvimento de Tecnologia de Informática e Automação (arts.20 e 21 da Lei
n°10.833/2003);
5. Hotelaria (Lei n°11.727/2008);
6. Fabricante de veículos e autopeças (art.11 da Lei n°11.774/2008);
7. Fabricante de bens de capital (art.11 da Lei n°11.774/2008).
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
A amortização será utilizada em bens móveis e imóveis
intrinsecamente relacionados à produção e à comercialização
de vens e serviços.
Se a existência ou o exercício do direito, ou a utilização do
bem, terminarem antes da amortização integral de seu custo,
o saldo não amortizado constituirá encargo do período em que
se extinguir o direito ou terminar a utilização do bem.
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
Taxa Utilizada
a) O número de anos restantes de existência do direito;
b) O número de períodos de apuração em que deverão ser usufruídos os benefícios decorrentes das despesas registradas no ativo diferido (antigo);
c) O prazo de amortização não poderá ser inferior a 5 anos.
Fonte: arts. 324 a 327 do RIR/99
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
A exaustão objetiva distribuir o custo dos recursos naturais
durante o período em que tais recursos são extraídos ou
exauridos.
Societária: método das unidades produzidas (% extraída do
minério em relação à possança total da mina.
Fiscal: é dedutível
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: Depreciação, Amortização e Exaustão - Fiscal
No caso de exploração de jazidas minerais
INESGOTÁVEIS ou de exaurimento indeterminável
como as de água mineral, os encargos de exaustão
NÃO PODEM SER COMPUTADOS na determinação
do Lucro Real.
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Imobilizado
Arrendamento Mercantil
Os contratos de arrendamento mercantil são
classificados em OPERACIONAL -
características de ALUGUEL - e FINANCEIRO -
características de COMPRA FINANCIADA.
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: arrendamento operacional
É contabilizado da mesma forma de um
aluguel, ou seja, o valor mensal do
arrendamento é registrado no período de
competência como CUSTO (se estiver ligado a
produção) ou DESPESA (nos demais casos).
D – custo ou despesa de arrendamento
C – caixa/banco
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: arrendamento financeiro
É registrado no ATIVO IMOBILIZADO em
contrapartida do passivo. Sua DEPRECIAÇÃO
é alocada ao CUSTO ou DESPESA do período e
os ENCARGOS da dívida são computados
como DESPESA FINANCEIRA no resultado do
exercício. (CPC 06 – Operações de
Arrendamento Mercantil).
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Imobilizado: arrendamento financeiro
D - ativo imobilizado
C – obrigação (PC ou PÑC)
D – depreciação (custo ou despesa)
C – depreciação acumulada
D – despesa financeira
C – obrigação (PC ou PÑC)
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Intangível (art.179, VI)
Ativos de natureza não física
(incorpóreos) usados na manutenção das
atividades da empresa, inclusive fundo de
comércio adquirido.
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Intangível
Esse NOVO GRUPO de contas representa um
desmembramento do ativo imobilizado,
seguindo uma tendência internacional (CPC
04 – Ativo Intangível). Já era uma exigência
para as cias. abertas (Deliberação CVM
n°488/05).
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Intangível
•Marcas
• Patentes
• Direitos autorais de livros, revistas, produções artísticas
• Fundo de comércio
• Direitos de concessões ou explorações de serviços de
água, esgoto, eletricidade e transporte, de jazidas de
petróleo ou de minas, licenças p/ empresas de telecom.
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Diferido: Extinção x Transição
Com a MP n°449/08, o inciso V do art.179 da Lei
n°6.404/76 foi revogado. Essa MP foi convertida na Lei
n°11.941/09, onde as sociedades por ações e de grande
porte não poderão reconhecer esse grupo (Ativo
Diferido) em seus balanços a partir de 2008.
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Diferido: Extinção x Transição
Ocorre que o art. 299-A da Lei n°11.941/09 permitiu que
o saldo existente nesse grupo em 2008, que não pode
ser alocado para outro grupo de contas, poderá
permanecer neste classificado até sua amortização
completa e sujeito à análise de recuperabilidade
(Impairment).
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Diferido: Gastos – Nova Alocação
Os gastos significativos realizados com a implantação de
sistemas e métodos, quando representarem claro
benefício futuro para a organização, podem ser
registrados no ATIVO INTANGÍVEL – se atenderem às
condições prescritas no CPC 04 (Ativo Intangível). Os
demais gastos devem ser alocados direto no resultado.
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Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Ciclo Operacional
“ Na companhia em que o ciclo operacional da
empresa tiver duração maior que o exercício
social, a classificação no circulante ou longo
prazo terá por base o prazo desse ciclo”
(art.179, § único da Lei n°6.404/76).
Ativo Não Circulante: Aspectos Fiscais e SocietáriosJackeline Lucas - 2010
Ciclo Operacional: exemplo
No caso de uma empresa industrial, seu CICLO
OPERACIONAL, seria: a compra da matéria-prima, a
aplicação da matéria-prima ao processo de produção,
a fabricação do produto acabado, a venda a prazo do
produto acabado ao cliente e o recebimento da venda
a prazo do cliente. No BR observa-se que todas as
sociedades utilizam o prazo de 12 meses: ERRADO!!!
Maiores Informações...
[85] 8871.4930
OBRIGADA!