3 avaliação de investimentos societários (método do custo)_2

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19/2/2011

PROF. WALDERIQUE OLIVEIRA

O que investimento societrio?CONCEITOSo aplicaes de recursos (investimentos) efetuados por uma entidade (investidora) na aquisio de aes ou quotas do capital de outra entidade (investida), podendo ser: a) temporrios: quando a investidora tem a inteno de revenda. So classificados no Circulante ou no No-circulante => RLP Investimentos Temporrios; e b) permanentes: quando a investidora tem a inteno de continuidade, ou seja, o investimento representa uma exteno da atividade econmica da investidora. So classificados no No-circulante => Investimentos Permanentes.

FORMAS DE AVALIAOInvestimentos Temporrios: Custo de Aquisio Investimentos Permanentes: Custo de Aquisio ou MEP

Previso Legal: art. 183, III da Lei 6.404/76Art. 183. No balano, os elementos do ativo sero avaliados segundo os seguintes critrios: III - os investimentos em participao no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisio, deduzido de proviso para perdas provveis na realizao do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que no ser modificado em razo do recebimento, sem custo para a companhia, de aes ou quotas bonificadas.

FORMAS DE AVALIAO ContinuaoA outra forma de avaliao de investimentos societrios a prevista, conforme slide anterior, no art. 248 da lei societria. Este artigo trata da avaliao dos ivestimentos pelo Mtodo da Equivalncia Patrimonial. A utilizao de uma ou outra forma de avaliao no se constitui liberalidade da sociedade. O MEP s poder ser utilizado nas hipteses previstas na lei societria e, subsidiariamente, pela Comisso de Valores Mobilirios CVM. Desta forma, quando no aplicvel o MEP, todos os investimentos em outras sociedades devero ser avaliados pelo Mtodo do Custo.

1- MTODO DO CUSTOO Mtodo do Custo utilizado para a avaliao de participaes societrias na forma de aes ou cotas em sociedades que no sejam coligadas ou controladas, bem como em sociedades equiparadas a coligadas, desde que no sejam consideradas influentes. VELTER & MISSAGIA (2009) Obs.: Os conceitos de controladas, coligadas e equiparadas sero melhor discutidos no estudo do MEP. Assim, o Mtodo do Custo dever ser aplicado sempre que no seja possvel a utilizao do Mtodo da Equivalncia Patrimonial.

1 - MTODO DO CUSTO - ContinuaoConforme visto anteriormente, neste mtodo, a investidora registra e avalia os investimentos pelo custo de aquisio, deduzidos de proviso para perdas, quando necessrio. Esta proviso necessria para se obter o valor de mercado, lembrando que o critrio o custo de aquisio ou valor de mercado, dos dois o menor. Ento???? Que princpios fundamentais estamos observando quando constitumos esta proviso para perdas? OPORTUNIDADE, COMPETNCIA, PRUDNCIA e REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL!

1 - MTODO DO CUSTO Exemplo 1A Companhia Tambaqui resolveu aplicar parcela de seus recursos, de forma permanente, na empresa Tucunar Ltda., cujo capital social de R$ 20.000,00, representado por 20.000 quotas. A aquisio, vista, da Cia Tambaqui se limitou a 1.500 quotas ao custo unitrio de R$ 1,10, isto , com gio de R$ 0,10 por quota e mais uma taxa de corretagem de R$ 50,00. Como devemos contabilizar este fato na Companhia Tambaqui? Investimento na empresa Tucunar Ltda. a Caixa/Bancos

R$ 1.700,00

1 - MTODO DO CUSTO Exemplo 2A Cia Sucesso adquiriu da Cia Trutas 500 aes, pagando, vista, o montante de R$ 5.000,00. O capital da Cia Trutas composto por 6.000 aes, com valor individual de R$ 10,00. Desta forma, o lanamento contbil da operao, na Cia Sucesso, ser: Investimento na Cia Trutas a Caixa/Bancos R$ 5.000,00

Exemplo 3 - A Cia Pica Pau adquiriu da Cia Colibri 9.000 aes pelo preo de R$ 8.000,00. O capital da Cia Colibri de R$ 100.000,00, representado por 100.000 aes. Como faremos este lanamento na Cia Pica Pau?Investimentos na Cia Colibri a Caixa/Bancos R$ 8.000,00

1.1 Proviso para perdasConforme visto anteriormente, os investimentos avaliados pelo Mtodo do Custo devem ser registrados pelo valor de aquisio, deduzidos de proviso para perdas. Ateno: pela legislao do Imposto de renda esta proviso indedutvel, devendo ser adicionada ao resultado lquido no LALUR

Esta somente dever ser constituda sob duas hipteses:a) Concordata ou Falncia; e b) Reduo no PL da investida decorrente de prejuzos acumulados por diversos exerccios.

1.1 Proviso para perdas ExemploSupondo que a Cia Investemal seja detentora de aes da Cia Falidos, adquiridas e registradas em seu patrimnio pelo custo de R$ 10.000,00 e que as aes da Cia Falidos esto desvalorizadas em funo de sucessivos resultados negativos e que isto traga um reflexo para a investidora no valor de R$ 800,00, como devemos efetuar este lanamento? Perdas na participao societria a Proviso para Perdas em Participao Societria R$ 800,00

Ateno: a perda na participao societria despesa no operacional e, a proviso retificadora do investimento. Ativo No-Circulante Investimentos Aes na Cia Falidos (-) Proviso para perdas

10.000,00 (800,00)

NEVES, Silvrio das; VICECONTTI, Paulo Eduardo V. CONTABILIDADE AVANADA E ANLISE DAS DEMONSTRAES FINANCEIRAS. 12. ed. So Paulo: Frase, 2003 VELTER, Francisco; MISSAGIA, Luiz Roberto. CONTABILIDADE AVANADA. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010