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TECENDO TRAMAS | POR DIO JAGUARÍVEL FOTOS: IMAGE.NET C Por debaixo dos Costuma-se dizer que quem um dia está por baixo pode a qualquer momento estar por cima! Isso é uma certeza quando o assunto é tule. Começando a sua carreira na área de roupas, bem tímido, discreto, cansou de viver à espreita e liberou total. Sem deixar de lado o motivo pelo qual entrou no guarda-roupa feminino, desco- briu que pode ser multifacetário. Ele nasceu na cidade de Tulle, na França, região conhecida por ser um grande centro de produção de renda e seda. Usado na confecção das anáguas armadas, dava forma aos vestidos longos e armados. Hoje, ele se descobriu e não é mais coadjuvante, assumindo o papel principal na criação dos looks. Essa matéria-prima virou a estrela na passarela de vários estilistas. A dupla holandesa Viktor & Rolf vai encantar o verão europeu que se aproxima com peças de tule que são verda- deiras obras de arte. Para Elie Saab, o designer eleito da rainha Rania da Jordânia, esse material é palavra-chave na composição dos vestidos de festa. Presença constante nas roupas de noiva e nas saias das bailarinas, esse tecido furadinho ganha novas interpretações e sobe ao altar, vestindo as madri- nhas de casamento, e disputa a atenção entre palco e a plateia nos espetáculos de ballet. Assim como a personagem de “Sex and the City”, Carrie Bradshaw, sou fã desse tecido que eu costumava chamar de filó, tirando muitas risadas das minhas amigas. Mas mal sabem elas que eu também tenho razão. Existem os dois! De acordo com as denomina- ções do mundo têxtil, eles são irmãos gêmeos, semelhantes, mas diferentes! O tule é maleá- vel, produzido com tecido leve de algodão e poliamida com buraquinhos mais fechados. Já o filó é mais encorpado, e pode ser de algodão ou nylon e os furos são maiores. Mas uma coisa é certa: seja de tule ou filó, chegou a hora de mostrar as anáguas e ainda ser chamada de Fashion! Presença constante nas roupas de noiva e nas saias das bailarinas, esse tecido furadinho ganha novas interpretações e sobe ao altar, vestindo as madrinhas de casamento, e disputa a atenção entre palco e a plateia nos espetáculos de ballet. Paris Fashion George Chakra PANOS tecendo tramas.indd 32 4/27/10 11:03:16 PM

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tecendo tramas.indd 32 4/27/10 11:03:16 PM T E C E N D O T R A M A S | POR DIO JAGUARÍVEL 32 Paris Fashion George Chakra FOTOS: IMAGE.NET W W W . P R O F A S H I O N A L . C O M

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Costuma-se dizer que quem um dia está por baixo pode a qualquer momento estar por cima! Isso é uma certeza quando o assunto é tule. Começando a sua carreira na área de roupas, bem tímido, discreto, cansou de viver à espreita e liberou total. Sem deixar de lado o motivo pelo qual entrou no guarda-roupa feminino, desco-briu que pode ser multifacetário. Ele nasceu na cidade de Tulle, na França, região conhecida por ser um grande centro de produção de renda e seda. Usado na confecção das anáguas armadas, dava forma aos vestidos longos e armados. Hoje, ele se descobriu e não é mais coadjuvante, assumindo o papel principal na criação dos looks.

Essa matéria-prima virou a estrela na passarela de vários estilistas. A dupla holandesa Viktor & Rolf vai encantar o verão europeu que se aproxima com peças de tule que são verda-deiras obras de arte. Para Elie Saab, o designer eleito da rainha Rania da Jordânia, esse material é palavra-chave na composição dos vestidos de festa.

Presença constante nas roupas de noiva e nas saias das bailarinas, esse tecido furadinho ganha novas interpretações e sobe ao altar, vestindo as madri-nhas de casamento, e disputa a atenção entre palco e a plateia nos espetáculos de ballet.

Assim como a personagem de “Sex and the City”, Carrie Bradshaw, sou fã desse tecido que eu costumava chamar de filó, tirando muitas risadas das minhas amigas. Mas mal sabem elas que eu também tenho razão. Existem os dois! De acordo com as denomina-ções do mundo têxtil, eles são irmãos gêmeos, semelhantes, mas diferentes! O tule é maleá-vel, produzido com tecido leve de algodão e poliamida com buraquinhos mais fechados. Já o filó é mais encorpado, e pode ser de algodão ou nylon e os furos são maiores.

Mas uma coisa é certa: seja de tule ou filó, chegou a hora de mostrar as anáguas e ainda ser chamada de Fashion!

Presença constante nas roupas de noiva e nas saias das bailarinas, esse tecido furadinho ganha novas interpretações e sobe ao altar, vestindo as madrinhas de casamento, e disputa a atenção entre palco e a plateia nos espetáculos de ballet.

Paris Fashion George Chakra

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