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9 772176 249026 2 3 0 0 0 Luis “Sou santista de nascimento e paixão” It’s time to celebrate! Um pouco mais sobre quem organiza os maiores e mais produzidos eventos Santos sempre Santos Personalidades da região falam sobre sua paixão pelo time e pela cidade Qual o preço da beleza? Especialistas falam sobre as novas técnicas na busca pela aparência perfeita Times de Luxo A relação entre grandes empresários da região e suas mega equipes Alvaro Platinum

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Revista StudioBox Platinum Ed.32 com Luis Alvaro de Oliveira Riveiro, atual presidente do Santos F.C.

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Luis“Sou santista denascimento e paixão”

It’s time tocelebrate!Um pouco mais sobre quem organiza os maiores e mais produzidos eventos

Santossempre SantosPersonalidades da região falam sobre sua paixão pelo time e pela cidade

Qual o preço da beleza?

Especialistas falam sobre as novas técnicas na busca

pela aparência perfeita

Times deLuxo

A relação entre grandes empresários da região

e suas mega equipes

Alvaro

Platinum

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Carta ao leitor

“(...) Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar, que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre, sem-

pre acaba. Mas nada vai conseguir mudar o que ficou”. – Por enquanto – Legião Urbana

A idade ou o tempo em que começamos algo não importa, atualmente, é inútil vangloriar-se por atingir o sucesso com essa ou aquela idade. O ideal é vangloriar-se da história que está

construindo, no quanto suas atitudes são honestas e positivas.

Tenho chegado a conclusão, que não são apenas diplomas ou educação primária que estão em falta no Brasil, infelizmente, tenho percebido falta de amor de muitos profissionais pelo que desempenham.

Ter amor pelo trabalho não é fácil e não estou aqui para julgar quem só o vê como alguns cifrões no banco, mas sinto informar, que o tombo nesses casos é alto, ainda mais com os salários pagos em nosso país.

Sempre fui o tipo de pessoa com extremo orgulho e paixão pelo ofício e por fazer parte, de alguma maneira, da história da minha cidade. Ah, Santos, quantas situações vividas e quantos inúmeros momentos que me senti acolhido, abraçado, literalmente em casa.

Meu trabalho é uma extensão do meu ser, não consigo imaginar a minha vida sem ele, pois os dois se entrelaçam. Isso não se trata de ser ou não um workaholic, isso meu caro, chama-se prazer, quase um hobby.

Faça sua história e deixe suas raízes. Assim como Legião Urbana cantou e Cássia Eller regravou, “nada vai conseguir mudar o que ficou”.

Boa leitura!

Maycow Montemor

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Direção Maycow Montemor (MTB 63.051)

Diretor Financeiro José Carlos dos Santos

Jornalismo Letícia Fontes

Diagramação Ana Beatriz Noya Tete

Repórteres Alarice Moraes e Mariana Rio

Fotos Rafael Vaz

Consultoria Jurídica Flávia Barile

Logística Léya Santana

A 32ª edição da StudioBox está repleta de conteúdo e com matérias muito especiais, a começar pela reportagem de capa. O presidente do Santos Futebol Clube, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, abriu sua vida e nos contou sua trajetória em uma entrevista emocionante.

Você vai conhecer o início de grandes empreendedores e a relação que eles mantém com suas equipes. Participam desta matéria: Transbrasa, Sorvetes Kascão, Stilleto Calçados, Blue Gardenia e Clínica de Estética Shape.

No especial sobre a SantosArquidecor, escolhemos alguns ambientes e conversamos com os profissionais responsáveis por cada um.

Em megafestas, os organizadores de eventos mais badalados da cidade contam todos os detalhes de suas super produções.

Além das matérias de turismo, barcos de luxo e Santos sempre Santos, onde algumas personalidades contaram sobre a paixão pelo time.

Isso e muito mais esperam por você!

Editorial

Expediente

M. Montemor Editora de Publicações CorporativasM. Montemor dos Santos Editora - ME

CNPJ 09.400.313/0001-01 IE 633.675.615-111 Av. Ana Costa, 482, cj.509 - Gonzaga - Santos-SP

[email protected]

(13) 3302-0973

Publicação Bimestral Tiragem 15.000 exemplares

Coan GráficaEsta é uma publicação da M. Montemor Editora

com todos os direitos reservados.

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Índice

Reflexãopág. 16

Crônicapág. 22

Renata Balapág. 24

MSC Fantasiapág. 27

Christian Woltherspág. 32

Líderes e Equipespág. 34

Fabiana Cruzpág. 42

Momentos de celebraçãopág. 45

Cintia Hoehnepág. 50

Barcospág. 53

Leandro Sheskopág. 56

Entrevista de Capapág. 58

Santos sempre Santospág. 68

O preço da belezapág. 75

SantosArquidecorpág. 80

La lampepág. 98

La lampepág. 100

Crônicapág. 98

Entrevista exclusiva com o Sr. Luís Alvaro, presidente do Santos F.C.

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“Sucesso é um esporte coletivo. Demonstre gratidão a todos os que colaboram com suas vitórias”.

Carlos Hilsdorf

Senso de EQUIPE

Foto: Eduardo Virtuoso - www.eduardovirtuoso.com

#StudioBox reflexão

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Nº 14 • Brasil

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Ser Santista

#StudioBox crônica

Clara Monforte

é advogada e

colunista social

Ser santista é ter liberdade. É caminhar a beira-mar, encontrando um conhecido ou amigo, e ter a oportunidade de saudá-lo. O tempo passa rápido e, passo a passo, percorrer pela orla a extensão de sete

canais é só prazer... recebendo a agradável brisa no rosto, o doce sol aquecendo o coração e a areia branca, sorrateiramente, acariciando os pés. Admirar a beleza do jardim, o mais lindo do mundo. Assim, é só o amanhecer.

É fácil ser santista, uma terra onde a violência não está tão próxima, onde cada vez mais crescem os shoppings centers, com as melhores grifes das grandes metrópoles. Imprescindível ao santista, uma voltinha semanal pelo Gonzaga, atravessando a tradicional Praça da Independência, homenagem ao santista José Bonifácio, que agasalha as maiores comemorações da cidade, desde um campeonato do querido Santos Futebol Clube até a vitória do prefeito eleito.

Falando no Santos Futebol Clube, que este ano completa o centenário, vem à lembrança das ruas da Vila Belmiro, onde os arranha-céus ainda não tomaram os espaços das confortáveis casas geminadas.

Ser santista é aproveitar os inúmeros cruzeiros marítimos e, ao embarque, poder apreciar o maior porto da América Latina. É, pelo menos uma vez, usufruir do prazer de comer pastel nas feiras-livres ou comprar uma bugiganga que seja, nas “feirinhas” do Sesc e do Boqueirão. Não só os santistas, mas também muitos visitantes que buscam Santos, se encantam com os pontos turísticos, como o Aquário e o Orquidário bem repaginados, sem falar no Monte Serrat, que mantém o tradicional bondinho e é a morada da padroeira da cidade.

Ser santista é vivenciar a revitalização do Centro Histórico, cujos barzinhos, restaurantes e teatros – Coliseu e Guarany – oferecem lazer e cultura invejáveis a outras cidades.

Ser santista é passear tranquilamente com seus cãezinhos ao final da tarde. É tomar chope com amigos “jogando conversa fora”, só por descontração.

É curtir o carnaval de forma saudável, com o retorno do Carnabonde, que relembra fantasias e as eternas marchinhas de outrora.

Ser santista é frequentar festas, nos clubes ou no Mendes Convention Center, que se transformam em grandes confraternizações, tal o enorme número de amigos que se encontram, se beijam e se abraçam fraternamente.

Ser santista, finalmente, é, ter o privilégio de morar de frente para a praia e, ao romper de um novo ano, ver os inúmeros banhos de luz da colorida queima de fogos que parecem vir do céu para iluminarem a Terra, que fazem os corações explodirem de amor e esperança para um novo tempo que, naquele minuto, se inicia. E ver um manto branco que cobre toda a areia, da multidão de pessoas que, ao olhar do santista que se orgulha da sua terra, simbolizam a paz.

Foto : Eduardo Virtuoso

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#StudioBox bate bola

NomeRenata Dias Bala, 43 anos.

SignoLeão.

ProfissãoConsultora de Moda.

Restaurante preferido Serafina (SP-Capital).

Show inesquecívelBlue Man Group.

Um sonhoViajar pela Itália em uma Ferrari.

Um projeto para o futuroTer uma coluna de moda em Santos.

Um drinkKir Royal.

Marca/ GrifeMiu Miu.

O que mais gosta no seu trabalhoAnalisar o Street Style.

Qual o seu bem mais precioso?Meus filhos.

Quem você gostaria de ser por um dia? Constanza Pascolato.

O que é ser elegante? Ser você.

O que seria uma pessoa interessante?Generosa e humilde, mesmo com sucesso.

Qual sua característica mais santista? Torcer para o Santos Futebol Clube.

Renata Bala Fo

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#StudioBox turismo

Não são somente as praias de Santos que ficam movimentadas em épo-cas de temporada, o Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, por exemplo, também fica neste período

do ano. Os roteiros de cruzeiros marítimos têm atraído turistas que optam por estes repertórios, que estão cada vez maiores. Por temporada, são esperadas cerca de 900 mil pessoas, entre embarque e desembarque de passageiros, registrando uma média de 40% ao ano e, com um aumento de R$1,4 bilhão na economia brasileira. Este desenvolvimento é devido à facilidade de pagamento dos pacotes e o crescimento do poder aquisitivo da população.

Estudos realizados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pedido da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), comprovou que nesta última temporada 2011/2012 foram gerados 21 mil empregos na região litorânea, além da Lei da Cabotagem que exige que 25% da tripulação de cada transatlântico sejam compostas por brasileiros,

fazendo com que muitos jovens se capacitem em idiomas, turismo e hotelaria.

Desses números, foram registrados cerca de 806 mil cruzeiristas, sendo 707 mil brasileiros e 99 mil estrangeiros, que circularam pelos portos brasileiros e geraram um impacto econômico positivo ao país. Os gastos constatados pela Abremar foram de R$525 milhões, este dos cruzeiristas, na qual está incluso os setores de alimentação, passeios turísticos, bebidas, presentes e transportes.

Segundo a assessoria de imprensa da MSC Cruzeiros, para este ano, cerca de 1.227 tripulantes são de nacionalidade brasileira, a bordo de transatlânticos da companhia. “Haverá 4.506 tripulantes para atender o público sul americano e, deste total, 25% serão brasileiros, a segunda maior nacionalidade encontrada a bordo. O projeto “Tripulantes do Futuro” organizado pela prefeitura de São Vicente com apoio da MSC Cruzeiros oferece curso de capacitação para trabalhar em cruzeiros marítimos.

MSC Fantasia O reflexo do crescimento econômico turístico na Baixada Santista

Fotos: Divulgação

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Em novembro inicia-se a temporada 2012/2013 e o Brasil receberá 15 navios para a escala, que será finalizada em abril. A expectativa da Abremar é receber em média 800 mil turistas em um roteiro de 280 viagens. Até o ano passado, as temporadas duravam cerca de seis a sete meses, devido aos minicruzeiros, porém a associação percebeu que o turista brasileiro estava optando por cruzeiros mais longos de até oito dias, devido suas atrações a bordo. Para isso, a escala de transatlânticos no país foi modificada por viagens mais longas e com roteiros mais elaborados, diminuindo assim a temporada no Brasil.

Está prevista a estreia de quatro novos transatlânticos no Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, sendo eles o Costa Fascinosa, Costa Favolosa, MSC Magnífica e o MSC Fantasia, este último considerado um dos mais luxuosos pela companhia e o maior construído por um europeu, até os dias de hoje. Com 137.936 toneladas, 334 metros de comprimento, 67m de altura e 1.640 cabines, o navio pode acomodar até quatro mil hóspedes.

“O cruzeiro trará um conceito de “iate dentro de navio”, inédito na região e representado por sua primeira classe seis estrelas, chamada MSC Yacht Club. Nesta categoria, os viajantes podem usufruir da tranquilidade e privacidade de espaços com acesso restrito”, comenta.

A bordo, os passageiros poderão apreciar as escadarias revestidas em cristais Swarovski, sob um teto retrátil que exibe um céu estrelado em alto mar. Além de uma área privativa de luxo, constituída por 71 suítes de alto padrão e serviço de mordomo a bordo. O MSC Yacht Club oferece toda a assistência necessária ao passageiro como o direcionamento das malas do passageiro até a suíte, auxilio para desfazê-las, serviço de chá da tarde e bebidas, reservas em restaurantes e SPA.

O navio ainda comporta 12 jacuzzis e mais quatro piscinas, academia, café, quatro restaurantes, shopping, área de lazer e recreação para as crianças, sala de jogos com simulador de Fórmula 1,cassino, teatro, cinema interativo em 4D e um SPA, na qual oferece tratamentos ultramodernos à base de vapor perfumado, lamas terapêuticas e massagens estéticas.

As cabines, internas e externas, possuem camas que podem ser transformadas em solteiro ou de casal conforme a solicitação do passageiro, TV a cabo, ar condicionado, internet wi-fi, armário embutido, minibar e cofre digital. Já os restaurantes também não deixam a desejar, o italiano Red Velvet, o mais luxuoso do navio, tem como decoração almofadas de veludo vermelho, lustres de vidro Murano, louças de porcelana, talheres em prata e copos de cristais.

Porém, os mais requisitados pelos jovens é o Tex Mex El Sombrero, um restaurante mexicano que tem como pratos principais: guacamoles, burritos, tequilas e margaritas. Para 2012/2013, a MSC Cruzeiros ampliou a oferta de leitos para estimular o mercado nacional.

“Esperamos repetir o sucesso consecutivo dos últimos anos. Ano a ano, além da liderança, a companhia contribuiu com navios modernos que apresentaram ao público todo o luxo, requinte e o autêntico estilo italiano da armadora”, finaliza.

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#StudioBox bate bola

Christian Wolthers

Nome: Christian Wolthers Maraccini, 26 Anos .

SignoPeixes.

ProfissãoEmpresário.

ReligiãoAcredito em boa energia.

Show inesquecívelL.O.C em Aarhus.

Um refúgioRy, Dinamarca.

Uma viagemThailândia.

Um sonhoMinha vida foi construída em torno de sonhos. Eu estou onde estou por causa de sonhos, tanto pessoal como profissionalmente. Meu sonho é nunca parar de sonhar.

Um projeto para o futuroContinuar empreendendo.

Um drinkCampari, soda e três fatias de laranja.

Música que marcou um momento da sua vida Overnight Celebrity por Kanye West feat. Twista.

O que você gostaria de fazer que ainda não fez Trabalhar um ano vivendo em uma ilha na Thailândia.

Qual sua característica mais santista Bater papo na padoca.

Seu lema? Dream Big, Work Hard.

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Líderes Equipes

#StudioBox times de luxo

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A citação faz parte do discurso que Steve Jobs preparou para a formatura da Universidade de Stanford, na Califórnia. Um dos pontos altos do texto foi a maneira que ele expressou o

amor pelo trabalho, que resultou em uma revolução tecnológica que se chama Apple, mundialmente conhecida pela inovação e brilhantismo de cada detalhe. Talvez este seja mesmo o grande segredo para o sucesso: paixão pelo ofício.

Uma pesquisa apontou que o número de empresários cresceu no Brasil, agora são aproximadamente 30 milhões de pessoas comandando seu próprio negócio. O país se tornou o 3º no ranking mundial no ramo de empreendedorismo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.

E o que faz uma pessoa se destacar no mercado como colaborador e empresário?

De acordo com o Presidente da Humanity Assessoria e Treinamento, especializada em evolução comportamental, Júlio Pereira, atualmente outros princípios têm sido requisitados quando um empresário ou Recursos Humanos analisa o perfil do colaborador. “Antigamente, as pessoas que tinham conhecimento técnico se destacavam mais, pois era raro alguém com esse perfil, mas hoje esses conhecimentos estão muitos mais acessíveis por diversos fatores. Com isso, profissionais com o mesmo nível teórico estão mais comuns. O grande diferencial hoje em dia é o comportamental, a maneira como você se comporta perante outro ser humano e o quanto se dedica às tarefas”, disse.

A equipe é parte fundamental de uma empresa, ela funciona como uma engrenagem onde todas

as peças se auxiliam e dependem uma da outra, consequentemente liderar essa “engrenagem” também exige muita dedicação, afinal, ser um líder significa estar à frente e ser um exemplo.

“Existe uma grande diferença entre ser um líder e ter um papel de liderança, o colaborador sempre vai se espelhar e esperar as resoluções ou o caminho para. Uma excelente maneira para medir e mostrar resultados à equipe são os feedbacks. Se o colaborador acertou é necessário que ele seja reconhecido pelo acerto e não apenas financeiramente. É necessário que o líder chame para conversar e o elogie, com os erros funciona da mesma maneira, pois se aconteceu o erro, talvez ele não tenha percebido. Os dois feedbacks devem ser dados, o positivo e o negativo, mas é imprescindível que o empresário crie uma atmosfera leve para dar o feedback negativo, quando se consegue isso automaticamente a pessoa absorve”.

Assim como Steve Jobs citou no discurso, a estrada é longa e não se deve desistir tão fácil. Ainda de acordo com Júlio Pereira, o que desmotiva as pessoas em seus empregos não são apenas os salários, mas o reconhecimento. “O empresário que dedica ao menos 15 minutos em uma boa conversa com seu funcionário, pode alterar resultados. Antes mesmo de retorno financeiro, as pessoas buscam o reconhecimento profissional através de palavras de incentivo”, finalizou.

Através de perseverança e vontade de vencer, nas próximas páginas, você conhecerá a história de empresários que lutaram e hoje possuem grandes empreendimentos. Verdadeiros líderes, que possuem uma grande trajetória juntamente com seus colaboradores.

Líderes Equipes

“Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores. Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer

o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. Caso você ainda não tenha encontrado ( o que gosta de fazer),

continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e

melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare!”. Steve Jobs

Tarsila do Amaral (1886 – 1973) foi uma das mais importantes pintoras brasileiras. Esta matéria é ilustrada com o quadro “Operários”, que foi pintado em um momento em que Tarsila esteve ligada politicamente ao comunismo.

Fotos : Rafael Vaz

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Império dos calçados

O mercado calçadista foi o que mostrou o melhor resultado da década, o que contribuiu absolutamente para o aumento lucrativo do ramo, de acordo com o levantamento das associações que representam as indústrias e o varejo. Em termos de valores, o setor contabilizou a venda de R$ 37,7 bilhões, contra R$ 33,5 bilhões em 2009, um avanço de 12,5%.

Isso é em decorrência da facilitação do crédito e aumento da economia dos brasileiros, este setor tem acompanhado a movimentação da moda, incluindo o sapato como uma peça de desejo, que segue o ritmo das tendências mundiais.

Outro ponto positivo é o grande impacto social no País, pois 3,3% dos trabalhadores na produção industrial em 2011 são do setor de calçados. Os empregos diretos somaram 335,5 mil postos de trabalho no ano passado.

Em Santos, existe uma rede de calçados femininos que é líder absoluta, se você pensou na Stiletto Calçados, acertou. A empresa está há mais de 25 anos no mercado e hoje conta com nove lojas Stiletto e duas Arezzo.

A frente do negócio está Iri Almeida Barbosa, que direciona com maestria toda a sua equipe, que tem aproximadamente 162 pessoas divididas entre as lojas. “Para trabalhar conosco é necessário agir sem preconceitos. Nós procuramos pessoas com perfil ideal para nossa empresa, que significa basicamente

ter boa vontade, educação e simpatia”.

Ela acredita que um dos principais motivos do sucesso está na motivação da equipe. “Acreditamos que é fundamental a colaboração da equipe, meu respeito por eles é muito grande, a cada venda ou até mesmo contato com fornecedores, demonstramos a nossa missão, visão e valores, que em um contexto geral significam qualidade em todos os setores”.

Observando a arquitetura impecável de todas as lo-jas, é possível notar a similaridade das funcionárias na maneira de portar-se perante o cliente.

Nas prateleiras da Stiletto não estão apenas sapa-tos, sandálias ou botas, nelas se encontram produ-tos que são, acima de tudo, objetos de desejo.

Para Iri Almeida, o papel desempenhado por ela juntamente com os gerentes da equipe se estabelecem entre o “saber ouvir”, orientar e motivar. “É necessário dar e receber opiniões, que saiba motivar e atingir os resultados juntamente com eles, ser inovador e flexível, além é claro, que saiba delegar e planejar”.

Sobre o constante crescimento do ramo calçadista, ela é direta. “Este é o reflexo do trabalho árduo que exercemos. A dedicação e a formação de equipes competentes que realmente valeram a pena”, diz.

O segredo para tanto sucesso? “É necessário manter os objetivos, a estratégia e colocar em ação”.

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Linha Home

“Os sonhos realmente existem para se tornarem re-alidade”, essa frase exprime exatamente a história de Mirian Gotfryd com a Blue Gardenia, que começou através do sonho da empresária em investir no mer-cado de linha Home, que se refere a tudo o que compõe uma casa.

O Brasil, neste ramo, se equipara aos países de 1º Mundo com importação e exportação de diversos produtos.

Mirian Gotfryd, que é dentista por formação, iniciou as atividades neste segmento ainda em sua casa. “Comecei com uma pequena coleção de toalhas de lavabo e jogos americanos. Fui buscar tecidos, rendas e bordados e comecei a fazer uma pequena coleção. Fiz uma produção com umas 200 peças, desenhei um monte de jogos americanos e convidei 20 amigas para um chá, em minha casa, tudo foi vendido”, contou a empresária.

Ao longo do tempo as coisas aconteceram natural-mente, começou como um hobby e quando ela se deu conta já estava totalmente envolvida. As pes-soas gostavam de ir à sua casa, escolher as peças de enxoval, poder customizá-las e sair de lá com a certeza de levar peças executadas com acabamen-tos maravilhosos. “Preservo até hoje os detalhes, desde as músicas que escolhemos para tocar até o bolinho do fim de tarde”, disse.

O primeiro endereço da loja foi na Rua Conselhei-ro Ribas. “Tinha o ateliê junto com a loja e sete funcionários, depois compramos a segunda casa e

a fábrica funcionava nos fundos, porém ela ficou pequena e resolvemos ter uma independente. Hoje, além das cinco lojas, temos mais de 80 licenciados no Brasil que vendem a nossa marca”.

Com a evolução da Blue Gardenia e o amplo mercado que tem atingido, tornou-se necessário criar funções e tarefas para um grande número de colaboradores, sua equipe é qualificada e cresce juntamente com a empresa. “Para cada função existe um perfil a ser preenchido. De maneira geral gostamos de pessoas criativas, emocionalmente flexíveis, com alto grau de curiosidade e desejo por mais. A Blue Gardenia é a somatória de cada um dos seus integrantes”.

“Não adianta ter alguém por trás te empurrando, É preciso ter alguém na frente te inspirando!”. É com este lema, que Mirian Gotfryd lidera sua equipe. Para ela, este papel vai além de gerenciar. “Sempre en-tendi que um líder é alguém que todos querem ouvir e se inspirar. A equipe é a parte mais importante de uma empresa. Sem máquinas a gente funciona, improvisa, sem pessoas não há troca, não há entu-siasmo e emoção. Uma empresa é feita de gente”.

Cada loja Blue Gardenia é uma empresa indepen-dente e tem em média oito pessoas. Em seu bureau de desenvolvimento e oficinas possuem aproxima-damente 30 pessoas trabalhando.

“Trabalhe naquilo que ama fazer, mas faça com se-riedade, com informação e se assessore de pessoas competentes. Trabalhe muito! Se você gosta do que faz vai confundir com lazer. Quando você achar que trabalhar é quase um hobby, você está fazendo a coisa certa”, concluiu.

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Estética

Há onze anos, Graziela Monforte passou de cliente à proprietária, enquanto ainda advogava, ela decidiu arriscar e apostou no empreendedorismo.

Tudo aconteceu depois de prestar serviços profissionais para os antigos proprietários da Shape I. Algum tempo depois, voltando de São Paulo, soube que eles venderiam a clínica de estética.

“Além de advogada da empresa, também era cliente, tudo fluiu de maneira rápida e, em 24 horas, entrei na Shape I como a nova proprietária. Digamos que estava escrito. Comecei com apenas 11 profissionais. E pouco a pouco, chegaram a 100”, relembra Graziela.

O mercado nacional de estética é o segundo maior do mundo e cresceu 20% ao ano na última década. O Brasil já tem mais de um milhão de esteticistas.

Lidar com a estética e qualidade de vida é algo extremamente delicado e Graziela utiliza alguns critérios na hora de escolher novos participantes para a equipe. ”São qualidades básicas, porém, imprescindíveis: caráter, disciplina, vontade de

progredir e o comprometimento com a empresa”.

A empresária diz que sua relação entre a grande equipe da Shape é próxima, franca e transparente. “Para mim, o verdadeiro líder é aquele que não deixa transparecer a sua liderança, que é uma condição pessoal, sutil. O diálogo é sempre um bom companheiro”.

De acordo com a empresária, existe uma frase que os próprios parceiros que a acompanham dizem sempre: “A Shape é uma família”. E isso resume o que a equipe representa para ela e vice-versa. Costumam dizer ainda que o grupo “tem o jeito Shape de ser”. Isso revela a unidade de comportamento entre todos.

Graziela Monforte sente-se recompensada pelo esforço que dedica à Shape há 11 anos. Nesse tempo, que no empresariado , não é considerado longo, já inaugurou outra unidade da clínica, a Shape II.

“Como diz Tom Jobim, “é impossível ser feliz sozinho”, finalizou.

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Mercado alimentício

“Se der errado, não vamos criticar um ao outro, certo?”. Foi com este pensamento, que Alcides Antonelli e sua esposa resolveram encarar um novo desafio: uma pequena fábrica de sorvetes no Litoral Paulista, que hoje é a Sorvetes Kascão.

Este ano, a empresa completou 32 anos, onde Alcides Antonelli está à frente há 30. Em 1982 adquiriu a empresa, que já era da família. Na época, ele observou um mercado promissor de sorvete em uma região praiana, inicialmente a fábrica era na Biquinha, onde até hoje existe um ponto de venda.

“Deixei um emprego estável em São Paulo, onde eu tinha cargo de gerente, em uma empresa multinacional, mas algo me dizia que tudo daria certo, afinal eu acreditava em meu novo negócio. E tive o apoio da minha esposa o tempo todo. Começamos devagar, estabilizamos a empresa e crescemos pouco a pouco, com carrinhos para a distribuição”, conta o empresário.

O crescimento foi lento, mas eles não deixaram de acreditar e até lançaram moda, o que originou o nome “Kascão” na empresa. “Minha esposa foi

a passeio para o Rio de Janeiro e ela trouxe uma casquinha mais grossa para colocar sorvete, achei interessante e descobri uma máquina que fazia essas cascas no Rio de Janeiro, comprei imediatamente as máquinas para produzirmos e ao mesmo tempo colocamos o nome do sorvete como Kascão, para ligar um nome ao outro”, relembra.

Foi através da tendência que tinham trazido para a Baixada, que o negócio expandiu, no verão foi a maior febre, pois era uma grande novidade. “O sucesso foi tão grande que senti a necessidade de contratar uma empresa que fizesse o desenvolvimento da tabela nutricional do sorvete, eu queria que fosse um sorvete bom e saudável”.

Alcides Antonelli teve o exemplo dos pais no ramo do empreendedorismo, o que lhe trouxe uma grande lição. “O que aprendi com meus pais foi nunca gastar o que você não tem, além de sempre dar passos menores que as pernas. Meus pais eram experientes nisto, pois todo comércio que estava em uma fase ruim, eles colocavam para cima. A fórmula para tudo isso é o trabalho dobrado, trabalhar sempre pensando em fazer o melhor”.

Atualmente, a fábrica de sorvetes Kascão tem cerca de 250 funcionários efetivos. Colaboradores que começaram como auxiliares e hoje estão em cargos elevados, através de planos de carreira.

“Eu percebo quando tenho um funcionário infeliz aqui dentro. Todos os dias eu caminho pela fábrica, cumprimento todo mundo, dou risada e converso todos os dias com eles. Eu procuro manter um bom relacionamento, às vezes apenas um sorriso para o funcionário torna o dia dele mais prazeroso. Eu aprendi isso com o tempo, até porque eu já fui funcionário e sei como é”.

A empresa possui cerca de 30 caminhões, mais de cinco mil pontos de vendas, uma fábrica em São Vicente, depósitos no Guarujá, em

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Caraguatatuba, em Registro, Curitiba, uma distribuidora na Zona Sul de São Paulo, além de atender o Grande ABC. Em 2011, a sorvetes Kascão atendeu todos os navios de passageiros que passaram pelo porto de Santos e do Rio de Janeiro.

“Hoje eu me dou ao luxo de chegar às nove horas, mas eu era o primeiro a chegar e o último a sair, todos os dias. Esta é a fórmula do sucesso: Ser o primeiro a chegar e o último a sair, trabalhando o dobro para que você seja recompensado no futuro”.

Logística Marinha

A Transbrasa foi fundada em São Bernardo do Campo em 1974, era uma Sociedade Anônima constituída por empresários locais, um dos primeiros armazéns alfandegários da região fundada em São Bernardo.

Bayard F. Umbuzeiro Neto começou seu trabalho na empresa e chegou ao cargo de diretor, logo depois desenvolveu a confiança dos acionistas e colaboradores, em um curto espaço de tempo, resolveu comprar algumas ações da empresa.

“Muitas coisas aconteceram até me tornar o único proprietário, além de muitas sociedades que não deram certo durante muitos anos. Eu insisti na Transbrasa por que acreditava que seu futuro seria próspero, depositei todas as minhas economias e vontades profissionais. Depois de muitas situações difíceis me tornei o único dono, junto com meus filhos e ela passou a ser uma empresa familiar. Transferi a matriz para Santos, fechei a filial em São Bernardo do Campo e literalmente adotei a cidade de Santos como berço e sede da empresa”.

Atualmente são 300 funcionários diretos, além de centenas indiretos. Bayard Umbuzeiro diz que o trabalho é uma extensão da casa, por isso faz questão de oferecer uma infraestrutura adequada e um clima organizacional agradável.

“Meus colaboradores são meus companheiros de trabalho, a minha participação sempre foi muito intensa, não há nada de diferente entre eu e eles. Existem pessoas que trabalham aqui há mais de 30 anos. Fazemos tudo com muita dedicação e com muita intimidade, se eu não tenho uma resposta na ponta da língua procuro descobrir com quem sabe mais. E tudo isso é gestão, eu digo que do pó nós viemos e ao pó voltaremos. O dia tem 24 horas, os funcionários passam oito horas aqui, eu entendo que isso é a extensão da minha casa e consequentemente da casa deles”.

No auge de seus 72 anos, Bayard está presente todos os dias no terminal e se considera exigente.

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No decorrer de toda a empresa é notório o zelo nos mínimos deta-lhes, além de uma óti-ma infraestrutura pre-parada especialmente para os colaboradores e terceirizados.

“Eu cobro muito de uma maneira geral, eu me orgulho em dizer que o nosso Terminal é referência para as autoridades do ramo. Eu desafio qualquer

pessoa a achar uma pontinha de cigarro no chão em 53 mil m². Nós temos vestiários individuais, chuveiros a gás, banheiros espalhados pelo Terminal inteiro, tanto masculino como feminino. Nós nos demos ao luxo de fazer banheiro na portaria 2, para caminhoneiros e caminhoneiras, separados um do outro, então nós temos uma relação muito próxima e de muito respeito com o mínimo que podemos oferecer de conforto e higiene para a nossa equipe”.

A Transbrasa possui um auditório, onde são ministradas aulas de inglês gratuitamente, além de reciclagens periódicas das atividades internas. “Nós investimos em cursos, temos um sistema de colaboração de pagamento de parte da mensalidade de Universidades, temos todo um programa para atender os nossos funcionários. Não temos problema com disciplina e comportamento entre a equipe, o dia inteiro eu trabalho de porta aberta e qualquer um tem a liberdade de vir aqui falar comigo. Nos últimos tempos, nós tivemos muita satisfação com a equipe, eles nos surpreendem a cada dia que passa”.

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#StudioBox bate bola

Fabiana CruzNomeFabiana Cruz, 37 anos.

SignoPeixes, ascendente em Gêmeos, lua em Peixes.

ProfissãoBooker.

Restaurante preferidoGotissô.

Show inesquecívelColdplay - Morumbi - Março/2010.

HobbyTocar bateria.

Um refúgioCasa dos meus pais em São Roque - SP

Um sonhoComer tudo que eu gosto e não engordar nunca (risos).

Melhor amigoMinha irmã.

Marca ou GrifeOscar de La Renta e Balenciaga.

Qual o seu bem mais preciosoSerena e Bono - meus filhos.

Música que marcou um momento da sua vida? Maluco Beleza do Raul Seixas. Tocava quando bei-jei meu marido pela primeira vez, há 23 anos.

O que você gostaria de fazer que ainda não fez? Cursos de Moda em NY, Paris, Milão e Barcelona.

O que é ser elegante? Comportar-se bem e ter educação! É muito mais do que a vestimenta.

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Você fazendo a cidade mais fashion.

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#StudioBox megafestas

Momentos de . celebraçãoConheça os melhores organizadores de eventos

Eles são responsáveis por algumas das festas mais elegantes da região. Experts no ramo de eventos sofisticados e de grande porte, os empresários santistas que você vai conhecer a seguir são

reconhecidos por movimentar este cenário. Eles fazem acontecer e realizam o sonho de muitas pessoas, sempre com muito glamour tornando cada data inesquecível.

O maior evento que a produtora, Camila Euzébio, realizou foi o Santos Extreme Rock. Um festival com três bandas super conhecidas no cenário do rock nacional. O público estimado foi de 15 mil pessoas. “Coordenei um staff de mais de 350 pessoas envolvidas na produção”. Já na produção de eventos sociais, o de maior porte foi realizado em um antigo haras na cidade de Embú das Artes, na festa que teve duração de 12 horas, os convidados

Fotos(Pessoas) : Rafael Vaz Fotos (Eventos): Divulgação

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tiveram a sua disposição o serviço de chofer para que pudessem desfrutar da festa sem se preocupar com o retorno seguro para casa, além de muitos outros mimos. Formada em publicidade e atuante no ramo de produção de eventos desde 1994, o seu primeiro contato com esse meio ocorreu quando voltou para o Brasil, depois de um intercâmbio de estudos nos Estados Unidos. Até 2004, Camila trabalhou somente em eventos corporativos e cerimoniais públicos. Desde então focou-se no mercado de eventos sociais, especialmente casamentos. Este ano, após quase duas décadas representando outras empresas, abriu a sua própria produtora, a Succès Produção de Eventos. “Foi uma decisão madura, natural e também muito realizadora, afinal estou sempre em contato com alguém que busca a realização de um sonho”. O custo de produção de eventos desse porte gira em torno de R$ 400.000,00. Entre logística, divulgação, mão de obra e produção. Ela explicou também, que independente do valor do investimento, ele sempre será alto, considerando as devidas proporções paraque nenhum item contratado seja colocado em risco. Para a empresária, o maior acerto que leva ao sucesso é contratar o serviço de uma assessoria desde o início do planejamento para garantir uma oportunidade de economizar com os gastos futuros e ter a segurança de que os melhores profissionais

serão contratados e posteriormente bem coordenados.

Atualmente, as grandes celebrações voltaram com tudo e expandiram o mercado de luxo, mas para Camila isso também é um fator preocupante, visto que o setor está ficando cada vez mais informal, já que muitos julgam ser algo aparentemente fácil. “Todo mundo se sente capacitado para ser cerimonialista.

Então, o mercado está crescendo muito, mas está crescendo com improvisação. É preciso estar muito atento a isso”.

Gestor de eventos há 21 anos, Fernando Francisco Moreira da Silva já realizou aproximadamente 950 celebrações. “As maiores que organizei foram o

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Baile Oficial da cidade de Santos e o jantar ‘Por uma boa Causa’, ambas por volta de 1.500 à 1.800 convidados”.

Para o profissional, a população sempre teve essa necessidade de se divertir, principalmente em grandes eventos produzidos especialmente para eles. Relembrou ainda que quando o Baile da cidade de Santos foi criado, o objetivo era justamente oferecer a todos a oportunidade de ir a um grande evento, o que antes era exclusivo a alta sociedade.

Já o Baile oficial da cidade de Praia Grande é outro evento pelo qual o profissional é responsável, e assim como os demais, normalmente são de sazonalidade semestral e por isso precisam de uma agenda planejada previamente. A quantidade de funcionários envolvidos para a produção de uma festa de 1.500 convidados, por exemplo, utiliza-se em média 300 profissionais, que vão desde o staff do local até o serviço dos garçons.

Na parte de decoração são utilizadas aproximadamente 15.000 flores, além das folhagens. Já na alimentação, além do consumo de refrigerante, cerveja e água que gira em torno de 500 litros. Tem também os 800 litros de vinho

branco e whisky.

O produtor salientou a importância de contratar empresas estabelecidas comercialmente para dar mais segurança e respaldo ao cliente. “Antes de contratar um profissional é preciso verificar a história do mesmo, se tem uma empresa estabelecida, endereço e telefone comercial, se a mesma tem registro no cadastro nacional do turismo, se é filiada a alguma entidade de classe. Desta forma começaremos a ter profissionais mais qualificados e profissionais na região”.

Na Conceito Chic, a empresária Gabriella Montoro Figueira define sua equipe como uma assessoria diferenciada, devido ao envolvimento e planejamento de cada ocasião, onde ela pessoalmente elabora com o cliente a criação do mesmo.

“Ajudo a tornar realidade aquilo que foi idealizado pelos que me procuram, sempre com intuito de preservar e imprimir a personalidade deles nos detalhes. Dessa forma, as festas se tornam sempre únicas, pois cada uma tem seu RG! Portanto, a importância de contratar uma assessoria está diretamente ligada à segurança e à tranquilidade do contratante”.

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Na Conceito Chic, a empresária Gabriella Montoro Figueira define sua equipe como uma Assessoria diferenciada, devido ao planejamento de cada etapa do evento, onde ela pessoalmente elabora com o cliente a criação do mesmo.

“Ajudo a tornar realidade aquilo que foi idealizado pelos que me procuram, sempre com intuito de preservar e imprimir a personalidade nos detalhes. Dessa forma, as festas se tornam sempre únicas! Por isso, a importância de contratar uma assessoria está diretamente ligada à segurança e à tranquilidade do contratante”. No mercado de eventos há cinco anos, Gabi Montoro ressaltou a importância de trabalhar com cronogramas, que dividem os fornecedores a serem contratados por ordem de prioridade, permitindo assim que o cliente se dedique totalmente a cada fase e consiga parcelar ou obter mais vantagens na forma de pagamento.

Em média, o grupo promove de duas a três grandes festas por mês. “Com quase o mesmo orçamento já realizamos casamentos para 400 e 100 pessoas, tudo depende das prioridades dos clientes. Na verdade, tudo tem seu preço, principalmente a qualidade. No entanto, costumo deixar claro que a verba nem sempre é o segredo do sucesso, com um bom planejamento muita coisa se resolve. Encontrar o fornecedor ideal (custo x benefício) para cada tipo de evento é um mérito da Assessoria, uma vez que, ao realizarmos inúmeros eventos, temos oportunidade de conhecer melhor a forma de cada um trabalhar.

Com um vasto currículo, com cerca de 800 eventos entre pequenos, médios e grandes, Márcio Barbuy Eventos tornou-se referência na região quando o assunto é celebrar.

O Cerimonialista realizou o seu primeiro casamento no dia dois de abril de 1998, mas a primeira grande festa foi a inauguração do prédio de direito da Unimes, um evento cooporativo para 1.200 pessoas, que contou com a presença do governador Mário covas.

Na criação e realização de um evento, seja um casamento, festa ou inauguração há uma intensa participação do cerimonialista acompanhando a criação e idealização daquele projeto, vê-lo pronto é emocionante.

Na trajetória do promotor de eventos, ainda estão inclusas a balada de inauguração do Sirena de Maresias para 1.200 convidados, a primeira festa do Concais para 4.000 pessoas com o tema “Maior Halloween do Mundo”, além da festa “Uma noite na antiga casa do rei”, que foi realizada na casa do ex jogador Pelé, no canal sete. Onde a tenda do Cabral foi montada especialmente no local, balada esta idealizada por Luciano Huck, Paulo Zegaib e Cris Corrêa.

Quanto aos custos e orçamentos tudo é muito variável. Em um casamento planejado e executado por sua equipe, a quantidade de funcionários, dependendo do tamanho do mesmo é de 250 trabalhadores. Na parte de decoração, o investimento vai de 8 a 170 mil reais somente em flores.

Já o mobiliário pode alterar entre 3 a 80 mil reais. Com cardápio e buffet para as refeições custam de 80 a 500 reais, dependendo do menu escolhido.

Nossa empressa possui um questionário com cerca de 45 perguntas que são enviadas aos clientes e posteriormente, antes do evento,

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é feito um check list para que nenhum item seja esquecido. ”Tudo é uma engrenagem, um setor depende do outro para ser um sucesso”.

Marcio Barbuy acredita que de nada adianta gastar muito dinheiro e no dia do evento a pessoa não estar no clima de comemoração. “Você tem que estar bem, querer curtir ao máximo e ter disposição para aproveitar tudo”.

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#StudioBox bate bola

Cintia HoehneNomeCintia Valencia Hoehne, 40 anos.

SignoEscorpião.

ProfissãoAdministradora, Empresária e Chef de Cozinha.

Estado civil Casadíssima!

Restaurante preferidoO meu, claro!

Show inesquecívelCharles Aznavour, em Paris.

Um perfume: Ralph Lauren Blue.

Um refúgioO colo da mamãe.

Marca/ GrifeCris Barros by Adriana Sotto.

O que mais gosta no seu trabalhoPoder realizar os sonhos das noivas.

Qual o seu bem mais preciosoMinha filha, Maria Eduarda.

Música que marcou um momento da sua vida Al di lá – Cantada pelo sanfoneiro, na Gôndola de Veneza, na Lua de Mel.

O que você gostaria de fazer que ainda não fezAndar de balão.

O que uma pessoa precisa ter para ser interessante Não ser previsível.

Qual sua característica mais santistaAndar descalça. Foto

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Sofisticação em alto marO Brasil representa aproximadamente 1,5% do crescente mercado de iates de alto padrão no mundo.

#StudioBox wishlist

A imensidão do azul do mar que se estende pela orla do Litoral Brasileiro, será destino certo não apenas para turistas nacionais ou estrangeiros, mas sim para fabricantes multinacionais de

embarcações de luxo.

Nos últimos anos, a procura por iates de alto padrão cresceu e a explicação para este fenômeno está na economia mundial. Segundo a Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar), a crise náutica na Europa e nos Estados Unidos fez despencar as vendas em 80% desde 2008, enquanto no Brasil o crescimento era de 40% até 2010. E não parou por aí, no ano seguinte foi registrado na

economia brasileira um aumento de R$750 milhões. Esse cenário de águas tranquilas faz contraste com grandes embarcações luxuosas, que tem atraído olhares de inúmeras pessoas, não apenas pelo conforto, mas sim pela tecnologia oferecida nas embarcações. Prova disso é o aumento de vendas de iates de luxo no Brasil, ainda segundo a Acobar, o mercado náutico cresceu relativamente a um ritmo de 10% ao ano, cerca de cinco mil barcos produzidos anualmente. Devido a este crescimento econômico, duas multinacionais se instalaram no Brasil, a Intermarine, responsável por produzir 70% de barcos de luxo no país e a Schaefer Yachts produtora de embarcações de 60 a 80 pés, ou seja, de 20 a 24 metros de comprimento.

Foto : Divulgação

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No Brasil, o mercado de iates de luxo representa cerca de 1,5% do consumo mundial. A Itália lidera o pódio, por produzir anualmente 206 unidades em alto padrão, seguida dos Estados Unidos, Holanda, Inglaterra e Alemanha e limitar o público é uma das estratégias adotadas pelas fabricantes de iates. Para se ter uma ideia, nos últimos cinco anos, o número de embarcações de superluxo cresceu mais de 50%, em 2007, por exemplo, as fabricantes produziram cerca de 150 barcos e, em 2011, essas mesmas empresas venderam 234 unidades no ano. Para 2012, a meta é entregar aproximadamente 270 embarcações.

Nos últimos anos, os iates acima de 50 pés e com preços acima de três milhões passaram a ser procurados nas fábricas. Segundo a Acobar, apesar das grandes marcas internacionais já terem descoberto compradores no Brasil, a indústria brasileira ainda responde por mais de 60% nas vendas de super embarcações no país.

A Schaefer Yachts possui atualmente oito modelos fabricados no país, com preços a partir de R$ 500 mil, e até dezembro a empresa pretende lançar um iate de 80 pés, com aproximadamente 25 metros e, capacidade para comportar 23 pessoas. O barco contém quatro suítes, cozinha gourmet, solário, sala de jantar e de estar, além de garagem para bote e Jet ski.

Uma das características da marca é que as embarcações são desenhadas sob medida para cada cliente. A empresa entrega o iate totalmente completo, ou seja, com todos os objetos de decoração como, por exemplo, estofados, aparelhos de jantar, móveis, roupa de cama e até mesmo churrasqueira. Até dezembro de 2011, a Schaefer Yachts teve um faturamento anual de R$150 milhões de reais e possui 12 revendedoras no Brasil, além de representações na África, Europa e Estados Unidos.

A concorrente, Intermarine, atende até 70% do mercado brasileiro de iates de luxo, os modelos Intermarine 42, Intermarine 60 e Intermarine 75 são embarcações produzidas em solo brasileiro. No início do ano, a Intermarine lançou o modelo de 88 pés, ou seja, 27 metros de comprimento. Com um design totalmente esportivo, e ao mesmo tempo elegante, a embarcação acomoda oito pessoas e mais quatro tripulantes. O iate é dividido em sala de estar e jantar, cozinha gourmet, posto de comando e quatro suítes. Para a tripulação, duas cabines que comportam até quatro marinheiros, cozinha, lavanderia, banheiro e sala de estar com sofá, mesa para refeições e TV a cabo.

Os principais compradores desses veículos aquáticos são pessoas que tiveram um aumento de sua renda positivamente através de investimentos na Bolsa de Valores. Celebridades como Ana Maria Braga, proprietária de um barco de 82 pés (25 metros) e Eike Batista, que possui uma embarcação de 177 pés, ou seja, 54 metros possuem esses monumentos para promover eventos e festas badaladas.

Em 2013 a estimativa é que o mercado ganhe força de até 15% na comercialização de grandes embarcações, sendo que oito iates já estão sendo fabricados sob encomenda fechada. Estima-se que o Brasil tenha sido o país que mais comprou embarcações de luxo no mundo, somente em 2010, com 120 unidades. Nos próximos três anos, a expectativa é vender cerca de 500 iates de luxo por ano.

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#StudioBox bate bola

Leandro SheskoNomeLeandro Szyszko, 27 anos.

SignoPeixes.

ProfissãoArtista plástico e designer.

Um mico: Certa vez, eu e um amigo fomos para o Litoral Norte de moto, antes de ir embora, passamos um dia na cachoeira de Boiçucanga. Acontece que na hora de ir embora eu deixei o capacete cair, ele quicou em duas pedras e desceu pelas águas, cachoeira abaixo, com a chave da moto dentro.

Um refúgioPraia do Éden – Guarujá.

Um projeto para o futuroCasar e ter filhos.

O que mais gosta no seu trabalhoApreciar o resultado de cada nova criação.

O que você gostaria de fazer que ainda não fezPular de paraquedas, bungee jumping, base jum-ping, wing suit e tudo do gênero.

Se pudesse ser alguém por um dia, quem você escolheriaUm Leonardo Da Vinci, ou qualquer outra pessoa que soubesse bastante coisa, que tivesse bastante conhecimento armazenado.

O que é ser eleganteSe portar com educação, almejar e conquistar o máximo sem perder a simplicidade, viver com hu-mor sem perder o respeito.

Qual sua característica mais santistaAdoro andar de skate ou bicicleta, de chinelo ou descalço e bermuda tactel, pela orla da praia.

O que o dinheiro não compraMinha consideração.

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ou consulte seu agente de viagens

aeroportos de São Paulo

O caminho mais curto entreSantos/Guarujá e os

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#StudioBox entrevista

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Luis Alvaro

“Sou Santista de nascimento e paixão”

É absolutamente impos-sível falar de Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro sem falar de Santos Fute-bol Clube. Ambas as

histórias estão entrelaçadas em um destino predestinado ao sucesso.

LAOR, como também é conhecido, nasceu no alto verão de 1942, antes mesmo disso já era apaixonado pelo time, pois é filho e neto de santistas fervorosos.

Acompanhou o crescimento do SFC, através dos primeiros ídolos: Pepe, Coutinho, Dorval e muitos outros que abrilhantaram o time naquela época. Depois disso, tem a oportunidade de servir o clube no cargo de presidente, título este, que ele considera da sociedade onde foi eleito com 40% de votos.

Além do enorme sentimento pelo Santos Futebol Clube, Luís Álvaro, nutre um amor incondicional por suas seis filhas, netos e família.

Sua personalidade é ímpar, a obviedade o entedia e a sorte sempre esteve presente em seus dias. Sua maneira expansiva o leva aos extremos, mas sempre de uma maneira positiva, LAOR é o que podemos chamar de um otimista incorrigível.

Nas próximas páginas não estão apenas as falas do Presidente de um dos clubes mais importantes do Brasil, ao ler a entrevista, será possível perceber um homem de grandes ideias, mas de hábitos simples. Alguém que vibra com os pequenos acontecimentos da vida e sente prazer naquilo que fez e ainda faz.

Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, muito além dos campos.

O desenho que ilustra a matéria foi produzido em bico de pena,

pela artista plástica, Mônica Figo.

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Como foi sua infância?Muito divertida. Nasci no Canal 3 em Santos, mas fui cedo para São Paulo. Morava na Rua Cuba, na Capital, onde viviam uns 10 meninos da minha idade. Minhas férias de verão foram sempre em Santos, minha cidade, e as de julho na fazenda em Avanhandava, como um menino da roça. Fui ótimo e péssimo aluno no Externato Elvira Brandão, no Colégio São Luis e no Colégio São Bento. Desde primeiro aluno até repetente na 3ª série do ginásio. Já adorava futebol e ia com meu pai a jogos do Santos na Vila Belmiro, no Pacaembu, no Parque Antártica, na Rua Javari, em Comendador Souza.

Então, a paixão pelo Peixe é genética?Meu DNA é alvinegro. Com pais de famílias fanáticas pelo peixe, fui Santista a partir da minha concepção. Durante 9 meses torci discretamente na barriga da minha mãe, mas a partir de uma manhã quente, na Casa de Saúde Anglo Americana, meu primeiro choro ao chegar ao mundo, era de alegria por ser Santista. Incorporando literalmente o “Nascer, viver e no Santos morrer, é um orgulho que nem todos podem ter”.

E como eram seus pais?Ambos Santistas e Fanáticos pelo Peixe. Do lado da mãe Sofia (Barros Pimentel), um primo dela (Sinval Coelho e Melo) foi o Presidente do Conselho Deliberativo do Clube; do lado paterno Vicente, meu avô foi eleito Vice-Presidente e assumiu o cargo de Presidente por ocasião da compra da Vila Belmiro. Eram sócios do Tenis Clube, aqui em Santos, local que frequentava nas férias de verão. Tinham um enorme grupo de amigos aqui na cidade: Valentina e Homero Leonel Vieira, René Baccarat, Norzinha Pierre, Nina e Alcebiades (Bila) Salles, Zenaide Machado, Lúcia e Nestor Kramer, Paulo e Jorge Figueiredo entre muitos outros.

Eles sempre me apoiaram e me deram broncas pelas mancadas na escola, que eram suavizadas por lições inesquecíveis. Claro que aprontei muito mais do que meus pais imaginavam. Vivia pendurado nos estribos dos bondes e saltava com o veículo em movimento; deixava de fazer lição para jogar futebol, tênis e bolinha de gude.

Com a reprovação vergonhosa (para a família) na 3ªsérie, puseram-me para trabalhar nas férias do fim do ano como office-boy de uma empresa santista: L.Figueiredo. Descobri em São Paulo que o mundo não terminava na Avenida: Paulista. Acabei, na adolescência, entrando no movimento estudantil. Aos 16 anos fui eleito Presidente da União dos Estudantes Secundaristas Paulistanos, comandando greves e discursando em comícios. Tudo isso sem censura ou cobrança dos meus pais. Assim evolui um espírito livre e sem preconceitos, que caracterizaram, mais adiante, o processo educativo de minhas filhas.

Na minha primeira infância (até 1955), o Santos era apenas o campeão da técnica e disciplina. A partir do 1º título que vi o Santos ganhar com o inesquecível gol do Pepe no Taubaté, fui testemunha ocular do mais notável time do mundo que ganhava tudo o que disputava, mas, essencialmente, era um produtor de espetáculos de arte pura, como agora, de novo.

Era a época do futebol arte?

E os títulos?O Santos , a partir de 1955, disputava e ganhava títulos após títulos. Depois da parada do Pelé, vivemos uma entressafra de alguns longos anos, com conquistas episódicas neste período. Agora, desde que assumimos em 2009, voltamos à trilha do sucesso permanente: 6 títulos em menos de 3 anos de gestão, alguns inéditos e outros que não conquistávamos há mais de 40 anos.

Como foi crescer junto com a cidade e o time?

Sou um privilegiado com muita sorte. Vi o meu clube ganhando tudo. Vi o maior craque da história do futebol desde o início de sua carreira, vibrei com os títulos ganhos. Acompanhei a verticalização da orla andando nos bondes abertos; as saídas dos navios no píer dos pescadores na Ponta da Praia; a bananada da Biquinha em São Vicente; a vista do morro Santa Therezinha; o elevador do Monte Serrat; a opulência barroca da Igreja do Carmo onde meus pais casaram; o peixe ensopado do velho Restaurante Marreiro na Praça da Alfândega; o sorvete do Conde do Mar; os jambolões do Canal 3; a paz do Orquidário; o fascínio do Aquário, enfim essa cidade mágica chamada Santos.

“Fui testemunha ocular do mais

notável time do mundo que

ganhava tudo o que disputava”

Quando as coisas começaram a acontecer?Como se viu desde muito cedo. Trabalhei pela

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No escritório em São Paulo da Adviser em 1999

Com seu pai Vicente, em 1947

Com a babá Carmen na praia do Gonzaga - Santos

Com Ulisses Guimarães, Freitas Nobre e Luiz Carlos Bresser Pereira na Praça da Sé - Comício das Diretas Já

Paola de Verona Casa de Massas em São Paulo no lançamento do livro de Culinária

Clube Pinheiros

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primeira vez com 13 anos. Fui líder estudantil com 16 anos. Aos 20 anos mudei-me para Brasília para ser Oficial de Gabinete do Ministro da Educação no Governo Jango. Morei com o inesquecível Herbert Jose de Souza o famoso Betinho. Fui nomeado Inspetor Federal de Ensino com menos de 21 anos.

Casei com essa idade e no ano seguinte já era pai e dono da minha própria agência de propaganda. A partir daí minha vida tornou-se um ciclo de desafios que me fascinaram e me fizeram amadurecer.

Foi quando o Athiê Jorge Coury, que era Presidente do Santos Futebol Clube e Deputado Federal, foi visitar o Ministro e entrou na minha sala. Parecia inacreditável, mas estava vendo o meu ídolo pessoalmente.

Me aproximei dele e disse – “Presidente, eu sou o Luis Alvaro e sou santista, meu avô foi Presidente do Santos também”. Neste momento, ele tirou o pin de ouro do Santos que tinha na lapela e colocou no meu paletó.

Hoje ele está guardado no cofre e costumo dizer que ele cravou o Santos na minha alma, não só na lapela do meu paletó. Essa foi uma das coisas mais importantes que me aconteceram. Foi um presente que eu ganhei, ele ficou entusiasmado de ter um santista lá também, com a admiração que eu tinha por ele, pelo que ele tinha feito pelo Santos e de certa forma o Athiê virou uma fonte de inspiração. Por coincidência, meses depois o Santos ganhou o primeiro título Mundial em Lisboa.

Qual a lembrança mais marcante daquele tempo?

Quando eu assumi o Santos, me espelhei nele. Eu não criei nada, não inventei nada. Como, por exemplo, segurar o Neymar foi apenas uma repetição do que o Athiê tinha feito naquela época segurando o Pelé. O Santos recebia propostas dia sim e dia não pelo Pelé e ele tinha coragem de dizer: “Vou vender o espetáculo, mas não vou vender o artista”. Então, me inspirou e quando chegou o assédio com o Neymar, repeti o mantra “não vendo”, e, coincidência ou não, décadas depois do Athiê, voltamos a ser Tricampeões Paulistas, ganhamos a Taça Libertadores e temos o melhor jogador do mundo conosco.

Podemos dizer que inspirou-se no Athiê, então?

Nesta época fui autodidata, um rato de livro, sempre li demais, sempre gostei muito de cultura. Tenho até um livro de poemas publicado, o “Rifa de um cão sem nome”. Lancei esse livro em São Paulo. Foram 600 pessoas no lançamento, fiquei com calo na mão de tanto escrever dedicatória.

Muitas realizações na fase dos 20 anos, como foi ter responsabilidades tão grandes?

“Vou para o meio da torcida, me dou super bem e adoro torcer ao lado dos

torcedores”

Como observa o reconhecimento do público?

Eu não conheço um Santista, que não seja absolutamente alucinado pelo Santos, Clube e Cidade. Meu pai era assim: falar mal do Santos, não! Além do meu avô, que foi Presidente do Santos, usava uma bengalinha e se alguém no campo falasse mal de algum jogador do Santos, ele partia pra cima de bengalada e tudo (risos).

Tenho seis filhas mulheres e casei três vezes. Minha relação com elas é a melhor possível, por prazer admiração e por sobrevivência. (risos)

Você teve muitas mulheres na sua vida, como é sua re-lação com elas?

Comecei a namorar a Angelina, minha primeira mulher, aqui mesmo em Santos. Fiquei 19 anos casado e tive com ela minhas primeiras quatro filhas. Mantenho com ela até hoje uma relação de respeito e amizade.

Como foi o primeiro casa-mento e a influência dele?

Eu sempre conheci muita gente, desde menino. Acho que eu era um bom profissional de propaganda, tive contas grandes. Depois me dediquei à área do mercado imobiliário e fui nomeado para representar a Bolsa de Imóveis do Rio de Janeiro em São Paulo.

Fundei a Embraesp, que se transformou na maior empresa de avaliação do Brasil. Fui diretor de uma multinacional inglesa, a Richard Ellis, e o primeiro diretor latino da história dessa empresa que tinha mais de 200 anos.

Você teve uma grande agência de publici-dade, como foi?

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Depois fui para o Banco Banespa como diretor, alguns anos se passaram e eu resolvi então fundar a Adviser, a minha empresa de Consultoria que existe há vinte e cinco anos.

E um mês depois de terminar o mandato, o Luiz Carlos Bresser Pereira vai para o Ministério da Fazenda e me convida para ser Chefe do Gabinete. Fui membro do comitê brasileiro de renegociação da dívida, conselheiro na reunião do Banco Mundial do FMI com passaporte vermelho e tudo mais.

Depois, cansado de Brasília, resolvi voltar para a minha vida com as minhas quatro filhas. Já tinha me separado da minha primeira mulher. Estava na minha fase de mudança.

O senhor havia dito que era muito sortudo, qual foi o seu esforço e qual foi a sua sorte para conseguir esses cargos e alcançar o que você conseguiu na sua vida profissional neste período?Eu sempre fui um cara muito trabalhador, sempre me interessei muito pelas coisas que eu faço. Sou incapaz de fazer alguma coisa que eu não goste, mas sempre as faço com muita intensidade, por isso acredito que me sobressaí no mercado. O Banco Banespa, por exemplo, era uma missão pública de grande importância, ele era o segundo maior banco do Brasil e foi muito proveitoso. Construí mais de 100 agências e viajei o Brasil inteiro. Acho que minha sorte, que me fez ganhar viagens para a Europa, cruzeiros no Caribe, também me ajudou na vida pessoal e profissional.

Você não foi político por que não quis, certo?Não fazia muito meu gênero, sempre fui um administrador e empresário. Penso muito na frente. Gosto de ser criativo, talvez pela minha formação de publicitário, gosto de ser ousado, não gosto de mesmice, tenho horror ao óbvio, tenho alergia a isso. Essas coisas de um jeito ou de outro são estampadas no meu jeito de ser, mas politica não é minha praia.

Os médicos descobriram apenas neste mo-mento?E eu fiz todo o processo de intervenção lúcido e ainda brincando. Até na UTI serviram um jantar inesquecível para mim. Era uma macarronada

maravilhosa. Até brinquei que, de vez em quando, ia aparecer lá para jantar na UTI, porque era uma delícia. Terminei de comer e estava conversando com o médico, aí tive a primeira parada cardíaca: em uma hora eu tive quatro. Tive uma visão do outro lado que arrepia de relembrar.

Como foi essa visão?Eu estava diante de uma tela como se fosse de cinema e passando um filme com cores

deslumbrantes, explodindo de luz e uma sensação de felicidade que eu nunca havia sentido. Eu estava em um estado de êxtase total, eis que em um dado momento começam a aparecer umas sombras, como se tivesse alguém atravessando na frente do projetor. Provavelmente eram os médicos ou as enfermeiras me trazendo de volta.

E uma das minhas filhas que estava na praia e que voltou por conta do infarto, chegou por volta das 19h30 e não deixaram ela entrar, porque disseram que tinha um cara morrendo e estava toda UTI concentrada em salvá-lo. Depois às 20h30, o médico saiu da UTI e disse: - “Ufa, conseguimos salvar o paciente”. E então, ela descobriu que era o pai dela, aí foi ela que quase enfartou (risos).

“Segurar o Neymar foi apenas uma

repetição do que o Athiê tinha feito

naquela época segurando o Pelé”

E a famosa história dos seus infartos, como foi?Eu tive um infarto e quatro paradas cardíacas. Foi no ano de 2003, o Santos tinha sido campeão

brasileiro um dia antes do meu aniversário, eu estava trabalhando muito, tinha casado de novo, tinham nascido mais duas filhas.

Estava em São Paulo, era uma segunda-feira enforcada e eu, sempre muito caxias, tinha trabalho para fazer mas, a minha família estava no Guarujá. No dia seguinte, que era feriado, eu viria para a praia. Ainda em São Paulo, no café da manhã, comecei a me sentir mal e liguei para o cardiologista, porque os sintomas não eram bons.

Uma das minhas filhas me levou ao Hospital Albert Einstein. Chegando lá, fizeram um ecocardiograma, onde observaram que 100% da principal veia coronária estava entupida e infartado.

Por que acha que sobreviveu?Acho que Deus gosta muito de mim. Sou um sujeito profundamente grato por tudo que aconteceu na minha vida. Essa sensação de morte me foi tão prazerosa, que eu não tenho medo de morrer.

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Quando eu digo que sou sortudo é porque a mão de Deus está atrás.

Deus sempre foi muito bom comigo. Aconteceram vários episódios na minha vida, que comprovam isso. As coisas sempre caíram do céu pra mim, de uma forma aparentemente inexplicável, se não fosse a convicção de que tem algo metafísico nisso e que escapa da minha compreensão.

Acredita que teve tempo para as suas filhas, mesmo com toda a agenda atribulada?Não tenho tido agora, mas eu sempre fui um pai mui-to presente. Viajei sempre pelo menos uma vez por ano com cada uma delas em momentos separados, uma imersão total. Levei todas para o exterior, leva-va para a praia fazia tudo para estar com elas. Elas sempre têm razão, a mãe nunca tem (risos). Eu sou a favor dos jovens e os jovens têm sempre razão.

Eu me torno um moleque como eles.

Se hoje houvesse um movimento político de engajamento, como teve na sua época, você gostaria que eles participassem e apoiaria a participação deles?

Apoiaria e apoio; a Mariana que tem 17 anos está no terceiro colegial, estuda em um bom colégio de São Paulo muito engajado e já foi para passeata na Avenida Paulista.

A família é unida?

Muito unida, se adoram, tias e sobrinhos são como se fossem irmãos. Ao menos dois domingos por mês, os almoços são lá em casa e as mais novas ficam comigo. Então vão as seis filhas, os genros e os netos, é um festival gastronômico. Eu começo a pensar no almoço, eu que faço, sou o cozinheiro. Na sexta eu começo a pensar o que vou fazer, no sábado eu faço as compras e no domingo, auxiliado

pela minha grande cozinheira Branca, uma paraense que trabalha comigo já há muitos anos. Participei também de um livro no qual fui personagem, chama-se “Homens na cozinha”, que eu fiz uma receita um agnolotti de salmão com molho de caviar vermelho gratinado. Natal geralmente é na minha casa. E vão de 40 a 50 pessoas.

“Gosto de ser ousado, não gosto de mesmice, tenho

horror ao óbvio, tenho alergia a isso. Essas

coisas são estampadas no meu jeito de ser” Você se considera uma

pessoa descolada?Jeans faz parte da minha personalidade. Vou para o meio da torcida, me dou super bem e adoro torcer ao lado dos torcedores. Saio na rua sem segurança, me divirto. E eu gosto de coisas extremas, gosto de jantar no Fasano, mas gosto de comer um sanduíche de mortadela em um botequim.

E quanto tempo o senhor foi conselheiro do Santos?Fui durante 17 anos Conselheiro do Santos.

Qual momento com elas que ficou marcado?Sempre fui muito ligado às minhas filhas e elas têm ciúmes uma das out-ras em relação a mim. Então eu usava a se-guinte tática: falava para cada uma delas no mo-mento em que estavam sozinhas comigo quando, elas sempre me pergun-tavam “quem é a sua queridinha e aí eu dizia é você”. Porque naquele momento que eu estava com ela, era mesmo. Mas depois eu falava: “não conta para sua irmã, porque eu vou desmentir e vai ficar chato para você” (risos). Com as quatro primeiras, isso durou uns três anos. Até que um dia, duas brigaram entre si e uma delas falou, você está brincando comigo porque eu sou a queridinha do papai. As outras três reclamaram e as quatro vieram para cima de mim. As duas menores já sabiam da história, então não deu para usar o mesmo recurso.

Atualmente eu sou o avô e o pai mais liberal do mundo. Tenho quatro netos, três meninos e uma menina.

Sou separado, então moro sozinho. E lá em casa, os netos podem fazer tudo que querem. Eu saio para jantar com eles, a gente vai faz palhaçada no res-taurante e durante o trajeto. E eu tenho o hábito de cada vez que cruzo com alguém vestindo a camisa do Santos, gritar SAAAANTOS (risos), todos mor-rem de vergonha, falam: “- ai que mico”.

E como que foi esse processo até a presidência? Eu fui conselheiro a partir de 1985. Era diretor do Banespa, fui diretor do Banco Central também. E ajudava o Santos de tudo quanto era jeito. Em Brasília, eu me lembro que a gente conseguiu liberar um visto do Rodolfo Rodriguez em 24 horas;

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consegui convencer o Bresser de liberar o preço dos ingressos do Santos nas finais do Campeonato Paulista. Tinha atitude participativa, quando achava que tinha alguma coisa errada pedia a palavra e falava.

Mas pedi demissão. Era conselheiro efetivo e ia morrer conselheiro. Mas houve um determinado ano que eu achei que tinham coisas no balanço que me pareciam incorretas, e não queria me sentir cúmplice de algo que não estava correto . Protestei e não fui ouvido. Achei que tinha que sair e sai.

É nesse ponto que começa uma luta?Sim, começa uma luta. Fundou-se um movimento chamado Resgate e eu fui escolhido como primeiro Presidente. Tínhamos um discurso de democratização do clube, de modificação do estatuto para blindar o Santos, de aventureiros e oportunistas fim das reeleições indefinidas, porque caso contrário o sujeito poderia ficar o resto da vida como Presidente. Então, hoje existe um limite para duas reeleições no máximo. No meu primeiro mandato foram dois anos e agora são três anos, e fui reeleito com 87% dos votos.

Você não leva só o time, mas a cidade, certo?

Eu sou um santista de nascimento e paixão. A cidade de Santos é muito importante, nós somos o maior Porto da América Latina, a porta de entrada do Brasil para o mundo é Santos, sempre foi a nossa vocação. Santos teve o Patriarca da Independência, santista como a gente, que foi o homem mais importante do Brasil na independência e no primeiro reinado.

Você conseguiria me falar um defeito e uma qualidade sua?

Eu faço o básico, o normal, o que qualquer um faria. Sou um cara sensível, mas não sei se isso é uma qualidade. Gosto do novo e ir para frente, não sou um sujeito preconceituoso, não fico apegado ao passado, embora o passado esteja muito presente na minha vida. Eu olho sempre para o futuro. Meu maior defeito (e são muitos) é ter dificuldade de lidar com burrice, a pilantragem e a mentira.

E a sua relação com os jogadores?Ótima. Eu entro no meio da oração deles, brinco com todo mundo, mas, também sou vítima de brincadeiras. É muito fraternal a relação com todos os jogadores e fico feliz com as conquistas deles como se fossem minhas. Outro exemplo: essa semana eu cortei o cabelo por causa de vocês para sair na revista, o Neymar veio e falou: “Presidente, o que houve, cortou o cabelo para entrar no exército?” Ai eu disse: “Você muda e eu mudo também”. Eu digo para o pai do Neymar que ele é o pai e que eu sou o avô do Neymar.

Atualmente qual o seu desejo?

Eu quero viver intensamente até o meu último dia. Eu quero morrer de pé e combatendo. Ainda tenho muita esperança de ver o Santos ganhando os títulos que tem que ganhar, no mínimo ser protagonista e não ser coadjuvante, como foi por muito tempo. Tenho muita vontade de ver minhas filhas mais novas adultas e crescidas, encaminhas e bem sucedidas.

Já fiz muitas coisas na minha vida, já andei de Concorde, viajei para o fim do mundo na Terra do Fogo, já fui para Moscou, Istambul, África, Japão, Singapura, conheço a Europa toda, os EUA, além do Brasil inteiro, praticamente todos os Estados.

O senhor não tem medo de vir alguém e estragar tudo aquilo que você fez?Se eu tivesse medo, não estaria confiando no meu taco e eu sou um sujeito que confio nas coisas que eu faço. Acho que renovei o clube e estamos formando novas lideranças. Eu acho que o Santos deu um exemplo para os outros clubes que é irremovível e acho que isso gerou prestígio para o clube.

Como é a sua relação com a torcida?Maravilhosa, eu não sou um cara metido, não me acho mais que os outros. Me ligam e fazem perguntas, eu atendo faço reunião com eles. O cargo não é meu, é da sociedade. Eu não sou o dono do Santos, o dono do Santos são os sócios. E tenho consciência de que os nossos clientes são os torcedores. E não há empresa que prospere sem olhar para os seus clientes. Então tem que estar sintonizado, não basta olhar o fluxo de caixa e eu sou rígido, não gasto mais do que arrecado, isso

é um princípio de gestão. Mas eu tenho que estar sensível ao sentimento da torcida. Por isso, eu gosto, frequento e tomo chopp com torcedor.

O que a família representa para você?

Imagino que se eu não tivesse filhos, eu ia sentir minha vida perdida, tempo perdido no espaço. Acho que a possibilidade que eu tenho de transmitir alguma coisa das muitas que eu aprendi e ainda tenho para aprender é poder legar isso aos que me sucedem. Justifica a existência.

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#StudioBox Santos sempre Santos

Fanática assumida, a advogada Maria Claudia Colombo Barboza Mastellari, não esconde a paixão pelo time. Ela é do tipo de torcedora fervorosa, que vibra a cada gol e ataque do peixe.

“É difícil explicar, é algo muito intenso. É bonito ver o amor e a admiração que todos têm pelo Santos. Mesmo quem não é santista tem um carinho enorme. É um time de história, de tradição que é conhecido no mundo inteiro, respeitado e admirado. Tenho muito orgulho de nascer, viver e no Santos morrer!”.

Maria Claudia nasceu em Santos e é aqui que mora com a família que, assim como ela, também é alvinegra. “Como somos sócios e temos cadeira cativa, vamos sempre à Vila Belmiro juntos. As crianças adoram e contam os dias para entrar de mãos dadas com os

jogadores. Agora quando o jogo é fora da cidade, juntamos todos e torcemos em casa. É uma festa”. Além da união na hora de torcer, a família também tem o costume de assistir aos jogos sempre uniformizada para dar sorte. “Caso apareça alguém em casa para assistir a partida e não esteja a caráter, providenciamos logo uma camisa. E torcedor de outro time não entra (risos)”.

Colecionadora de camisas, recentemente a filha da santista foi contemplada com os autógrafos do craque Neymar, rei Pelé e do Muricy. E quando o Santos joga, ela pega todas as camisetas e veste as bonecas para assistir aos jogos. “São presentes para eternidade! Vou mandar enquadrar para poder guardar para sempre”.

MariaCláudia

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“A sua história ímpar, seus ídolos eternos, seus feitos inigualáveis e, principalmente, a indignação que ele causa nos rivais. Afinal, como pode um time de cidade pequena, ali da Vila Belmiro, chegar aonde chegou?”, declarou Mauro Mcfly.

O publicitário e ex-colunista do site Globo Esporte e Jornal A Tribuna de Santos nunca fez viagens longas para acompanhar aos jogos do Santos, devido à falta de disponibilidade, mas em compensação, não lhe faltam histórias para contar sobre o time. “Quando fui à Cannes, na França, um simpático francês, que admirava o Santos me abordou e fez questão de pagar umas taças de vinho só porque eu trajava a camisa do Peixe”.

Além desse episódio, o santista também já passou um grande sufoco em nome da paixão ao peixe. Certa vez, por engano de um amigo, que comprou os ingressos errados, ele foi parar no meio da torcida do São Paulo, no estádio do Morumbi. “Confesso que no primeiro instante tive receio, pois jamais havia gritado um gol do Santos em silêncio. Foi difícil, mas me sai bem, sem nenhum arranhão”.

E quando o papo é futebol, as crenças e superstições também fazem parte de seu ritual. “Quando o jogo é muito importante ou decisivo, sempre coloco uma camisa especial que tenho guardada para as vitórias. Pode ser uma bobagem, mas isso está na essência do torcedor”.

Mauro Mcfly

#StudioBox Santos sempre Santos

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“Sempre brinco que nasci santista sem opção de escolha, graças a Deus!”, disse em meio a risos, a empresária Simone Tavares de Santana. Filha do ex futebolista do Santos Futebol Clube, Clodoaldo, a santista possui as raízes do time e a paixão veio de maneira inevitável. Sua mãe nasceu e morou a vida inteira ao lado da Vila Belmiro, local onde conheceu seu esposo, o pai de Simone.

Recentemente, ela se envolveu de modo integral com o projeto que considera o mais lindo do centenário: a pintura de um mural de aproximadamente 3.500m² nas paredes

externas do Centro de Treinamento Rei Pelé (CT). No processo de desenvolvimento, a santista trabalhou na produção executiva e coordenação geral diretamente com o namorado, Paulo Consentino, que também é o artista e idealizador responsável da obra.

“Sem dúvida alguma foi uma experiência muito gratificante, porque além de conhecer mais a fundo a historia do meu pai, tive a oportunidade de participar de um projeto único, que com certeza foi um divisor de águas em minha vida! Só tenho a agradecer ao Santos Futebol Clube...Santos eu te amo”.

Simone Tavares

#StudioBox santos sempre santos

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“Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja

inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas”.

Sêneca

Paradigma (do grego parádeigma) significa modelo, a representação de um estereótipo ou padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria.

Em uma sociedade de Narcisos, Adônis e Perséfones, atingir a beleza ou perfeição estipulada pela mídia está cada vez mais difícil. Vivemos uma Era que busca o corpo utópico. Em paralelo, uma nova geração surge para mostrar que é possível equilibrar mente, corpo e saúde física.

Entrevistamos oito profissionais da área médica e estética, que deram suas opiniões sobre a maneira mais indicada para ter uma vida leve, saudável e feliz.

O preço da

Beleza

#StudioBox saúde

Fotos : Rafael Vaz e Divulgação

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O médico endocrinologista e especialista em metabologia, Thiago Ferreira Lima, acredita em uma mudança de comportamento e que a saúde vem à frente da estética, mas também caminham juntas. “Não tenho outro papel, além de orientar as pessoas para que elas sejam saudáveis e precavidas. Hoje a tendência é ser saudável. Acredito que alguns anos atrás, a estética estava muito distante da saúde, hoje não. Atualmente essas são vertentes conduzidas de maneira simultânea, porém com uma sutil liderança em estar saudável e não simplesmente estar esteticamente bonito”, explica.

A máxima “a pressa é inimiga da perfeição” se encaixa perfeitamente quando o assunto é a aparência ou hábitos. “Um tratamento somente é concluído após três meses, antes disso o seu corpo não se habitua. Psicologicamente, o ser humano precisa de um intervalo de três meses para mudar um hábito de vida ou até mesmo a maneira de ser”.

Segundo dados da Isma - Brasil, associação internacional que pesquisa dados sobre es-tresse, aproximadamente 30% da população economicamente ativa do Brasil, já atingiram o ápice do stress, por sofrerem pressões exces-sivas. “Não existe um padrão de beleza para a mulher santista. Isso é muito individual, a única coisa em comum é que todas têm um

estilo agitado de vida. Geral-mente são empresárias ou le-vam uma vida muito agitada cuidando da família e precisam de um acompanhamento real-mente individualizado, o que não vemos em outras mu-lheres”.

Cuidados com a pele

Roseli Andrade é médica der-matologista especialista, além de Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Der-matológica. Ela conta, que quando iniciou sua formação, a Dermatologia estética, tam-bém chamada de Cosmiatria, estava iniciando sua atuação

aqui no Brasil, a Toxina Botulínica estava che-gando ao país e os preenchimentos eram feitos com materiais que causavam reações alérgicas.

“O papel da esteticista, atualmente, passou a ser coadjuvante no consultório dermatológico complementando o trabalho do dermatologis-ta. Através da realização de limpezas de pele, hidratações, drena-gens e preparação da pele da paciente para os procedimen-tos médicos como la-sers, preenchimen-tos, peelings e tra-tamentos corporais”, explica.

Atualmente, a pro-cura por esta área médica abrange uma grande gama de queixas. “Todos são muito procura-dos, mas sem dúvi-das a maior procura é para melhorar a textura e viço da pele, tentar rejuve-nescer ou retardar o envelhecimento”.

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Cirurgia plástica

O Brasil é o segundo país onde são realizadas mais cirurgias plásticas, com 1.592.106 procedimentos por ano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, com 1.620.855.

De acordo com Priscila Abdalla, a busca pela aparência perfeita está relacionada a vários fatores. “Nos países com frio mais intenso, a preocupação com o corpo não é tão grande como a nossa. Acredito, também, que essa busca pela aparência perfeita é bastante influenciada pela mídia em geral, que traz estereótipos de beleza, às vezes, não viáveis em todas as pessoas. Esse quadro também se agravou com a popularização de programas de edição e retoque de fotos, perto do ano 2000”.

Além disso, a tecnologia também evoluiu bastante.

“Quem se cuida sem excessos fica bonito. Quem exagera, a meu ver, fica artificial, uma espécie de “caricatura”.

A boa cirurgia, com resultados satisfatórios, deve preservar a naturalidade e ser algo discreto, só para corrigir, para que não transforme uma pessoa em outra totalmente diferente.

Corpo e mente

De acordo com a educadora física, que atua na área como personal training, Ana Paula Ribeiro, a procura que ainda lidera a busca pelos Educadores Físicos é o emagrecimento.

“Sem dúvida alguma, o principal objetivo que leva a maioria das pessoas a frequentarem uma academia ainda é a perda de peso. Independente do objetivo do cliente, minha proposta de trabalho é o desenvolvimento das capacidades físicas essenciais a saúde física: Desenvolvimento cardiopulmonar, Força e Flexibilidade Articular”, explicou.

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Estética bucal

É inegável que o sorriso é nosso cartão de visitas, nossa primeira impressão. A dentista, Renata Cavassa, que é especialista em Estética e Implantes, acredita que, sem dúvida alguma, as pessoas buscam a beleza em qualquer idade. Isso inclui cuidados com o sorriso.

“Um simples dente desalinhado, uma mancha ou dentes escuros são motivos de preocupação imediata. Um sorriso bonito e harmonioso remete a jovialidade. Os clientes buscam sim muito mais que os cuidados rotineiros”.

Os tratamentos oferecidos são muitos e atualmente o mercado traz grandes novidades. “Facetas em porcelana para recuperar alteração na forma e cor do dente, substituição de próteses antigas por porcelanas com muita naturalidade, clareamento a zoom, melhora do contorno gengival. Enfim, são inúmeros os tratamentos estéticos e cada caso é analisado e discutido para obter o melhor resultado. Muitas vezes em um mesmo paciente utilizo várias técnicas”, conclui.

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Cabelos

O cabeleireiro e maquiador, Fábio Carneiro, escolheu a profissão por amar tudo o que remete a beleza, além da falta de rotina, pois entre suas clientes da clínica de estética Shape, ele faz parte da produção de grandes mo-delos em editoriais, des-files e publicidade.

Recentemente, o profis-sional ganhou a etapa nacional do International Trend Vision Awards, um grande concurso da área.

“As necessidades que per-cebo em minhas clientes são de elevar a autoesti-ma para sentirem-se bem. Elas querem formar sua

imagem, de acordo com sua personalidade e tendências da moda. Os serviços mais procura-dos são os de clareamento dos fios e as várias técnicas de alisamento e redução de volume. Oferecemos um serviço vasto de mudança de cor, corte, penteados e maquiagem. É muito comum acontecer de observarem as artistas e quererem um visual parecido. Isso ajuda o profissional a compreender o que a cliente an-seia”, conta.

Mesmo trabalhando diariamente com sonhos e desejos, Fábio Carneiro possui uma outra visão sobre o contentamento com o corpo e os anseios estéticos.

“O que realmente deixa uma pessoa bonita é o amor! Amor a tudo! Ao que faz, ao lidar com o próximo, ao tomar decisões na vida, amor à família, aos amigos, a tudo o que a faça sentir-se melhor. E é claro, os procedimentos estéticos estão como nossos aliados, e devem usados, sim!”.

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#StudioBox especial Arquidecor 2012

Luxo em Preto e BrancoSantos Arquidecor

Após o sucesso da 17ª edição da SantosArquidecor - Hotel Maracanã, em 2011, a Associação de Ex-Alunos do Colégio Stella Maris (AEA)

resolveu prestar uma homenagem ao centenário do Santos Futebol Clube, através do desenvolvimento de uma casa com 42 ambientes decorados em homenagem à torcida e aos atuais e antigos profissionais do clube.

Com o tema “O Luxo em Preto e Branco”, os profissionais do ramo de arquitetura, decoração e design de interiores tiveram que transformar os ambientes com um cenário repleto de bons personagens. Há 18 anos, a SantosArquidecor atrai visitantes de toda a Baixada Santista e capital, além de ser alvo da mídia regional e nacional, tornando-se parte integrante do calendário de exposições de arquitetura ao lado de grandes eventos brasileiros. A realização é de caráter solidário com renda revertida a projetos sociais mantidos pela AEA Stella Maris.

O horário de funcionamento da casa é de terça à domingo, das 15h às 22h e os ingressos custam R$20,00. Para associados do Santos Futebol Clube e aos assinantes do Jornal A Tribuna, o valor da entrada é de R$10,00. Caso a pessoa tenha interesse em retornar à mostra em outras ocasiões, é oferecido um passaporte, no valor de R$50,00.

Nas próximas páginas, você encontrará alguns ambientes selecionados pela StudioBox, como a bilheteria, deck café, living, sala de jantar, home office, sala íntima, quarto jovem casal, Day Spa e loja Madame Frufru.

Fotos : Leandro Amaral

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Luxo em Preto e BrancoSantos Arquidecor

O primeiro ambiente interno da Mostra SantosArquidecor chama a atenção pela característica contemporânea. A Bilheteria, em homenagem ao presidente do Santos Futebol Clube, Luis Álvaro, é um projeto altamente funcional e possui dois ambientes em um só espaço. Por ser um dos locais de maior circulação de visitantes, as profissionais Karla Guisande e Renata Valeiro projetaram também um lounge para que os visitantes pudessem descansar e apreciar algumas revistas expostas no local.

Patrocinado pela revista StudioBox, o ambi-ente possui piso e teto revestidos em concre-

to e decorado com materiais nobres e rústicos. A iluminação fica por conta da Guido Iluminação, assim como a mobília pela Kartell e D’casa móveis. Os objetos foram consignados pela Palha de Seda e Ateliê Viviane Catelan, além da tapeçaria exclusiva da Kyowa. Uma moldura de 12m² com um desenho feito a mão, do presidente do clube, pela artista plástica Mônica Figo, finaliza a decoração do ambiente.

Segundo as profissionais, o fato do espaço ser o primeiro da casa, foi necessário estudar a logística para que o ambiente não passasse despercebido pelos visitantes.

Bilheteria

StudioBoxKarla Guisande e Renata Valeiro

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Baseado no cabaré do filme Moulin Rouge, o Deck Café arquitetado por Fabrício Novaes e Gabriela Teixeira é um dos espaços mais luxuosos da casa. Glamour e sofisticação são apenas duas

das características do ambiente que tem os serviços gastronômicos oferecidos pelo Buffet de Sandra Baccarat. O diferencial do espaço comparado aos anos anteriores é um deck localizado na área externa da casa, que tem vista para a orla de Santos.

Os arquitetos conseguiram mesclar o estilo clássico com o contemporâneo, através do auxílio de peças da Kartell, referência mundial no setor mobiliário. A decoração fica por conta das cortinas com franjas douradas, rendas, molduras clássicas e objetos pendentes sobre as mesas, que lembram as saias das dançarinas dos cabarés.

“Começamos a criar o ambiente pensando em uma maneira de envolver as pessoas neste universo, informando através do projeto, o que é design para que serve”, conclui Novaes.

Deck Café KartellFabrício Novaes e Gabriela Teixeira

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Espaço LivingCarla Arigón Felippi

Inspirado no universo litorâneo, o Living da arquiteta Carla Felippi de 86m² é o lugar perfeito para receber os amigos e estar com a família. Com vista panorâmica para a praia de Santos, o

ambiente é a tradução do estilo contemporâneo com o intimista, além de possuir formas minimalistas em sua decoração.

Na janela, um pano de espelho reforça e duplica a imagem da praia, fazendo uma integração entre o espaço e a natureza. Ao centro, uma mesa em madeira de demolição completa a composição de linhas simples no ambiente. A arquiteta ainda utilizou papel de parede em madeira e linho, além de decorar o piso com tapete indiano feito à mão, com fios longos de seda na cor cru, produzido pela Kyowa.

“Eu vejo este projeto mostrando o ama-durecimento do meu trabalho. Cada um dos revestimentos, das fibras naturais, a madeira de demolição, o paisagismo que cria uma continuidade com o jardim da praia e como o mar transmite isso, a suavidade. Com certeza, cada pessoa que entra no living consegue sentir”, diz.

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Um ambiente a meia luz e aconchegante, a sala de jantar em homenagem ao ex-jogador do Santos, Robinho, está localizada no andar superior da casa. Criada pelas arquitetas, Layla Ferreira

e Lolla Abdouni, a sala é uma mistura do estilo clássico com o moderno, além de possuir elementos naturais em sua composição, como vasos de plantas e mosaico de pedras.

O espaço é intimista e, prova disso é um painel com uma imagem de Milão, local onde Robinho reside atualmente, nas cores pretas e brancas, escolhidas pela própria esposa do jogador. Outro ponto que chama a atenção no ambiente é uma foto em um porta-retrato, do dia do casamento do casal. Quanto aos revestimentos, as profissionais utilizaram duas faixas de mosaico em pedras naturais, nas laterais do Buffet iluminadas sob um efeito de luz e sombra. Por fim, as mobílias em lacas pretas possuem pendentes em folhas de ouro e uma escultura do artista plástico Jadir Battaglia, finalizam a decoração do ambiente.

Sala de Jantar Layla Ferreira e Lolla Abdouni

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Loja Santos: Av. Washington Luiz, 453 • BoqueirãoTel.: |13| 3234.4208

Loja Praia Grande: Avenida Presidente Kennedy, 5000 • Vila TupyTel.: |13| 3472.7439

MASTERPIECE

luxury label

Em exposição

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Planejamento, funcionalidade e personalidade são características marcantes nos projetos de Marcela Bastos e Tiago Caligiuri. Esta é a segunda vez que os arquitetos

participam da mostra SantosArquidecor, e este ano os profissionais estão representando o Home Office, em homenagem ao técnico do Santos Futebol Clube, Muricy Ramalho.

Em um espaço de aproximadamente 30m², a proposta dos profissionais foi desenvolver um ambiente totalmente funcional, que pudesse obter interatividade e tecnologia em um só local. Para isso, eles projetaram uma mesa de sinuca que pode ser transformada em um móvel comum para reuniões.

Diversos conceitos foram aplicados, dentre eles, a ideia de envolver a natureza em um espaço contemporâneo. O que chama mais a atenção dos visitantes é uma parede forrada com vasos de “véu de noiva”, os galhos secos expostos no piso e um painel revestido com pedras de mosaico português, elementos naturais para trazer tranquilidade e harmonia ao espaço.

Home Office Marcela Bastos e Tiago Caligiuri

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Eloy Oliveira tem olhar expressivo e autenticidade, este é o seu 13º traba-lho apresentado na mostra. Este ano, o arquiteto representou a Sala Íntima, uma homenagem ao ex-jogador do

Santos e técnico de futebol, Alexandre Gallo. Dando asas à imaginação, Eloy projetou um ambiente de caráter esportivo, com referência a um home, no qual possui uma TV em LCD, sofás e poltronas para comportar toda a família.

Rico em detalhes, o ambiente patrocinado pela Palha de Seda possui uma mescla de materiais e um estilo neoclássico. Para decorar o espaço, Eloy utilizou fibras naturais, madeira laqueada, acrílico e aço inox. Além de sedas, algodão e linhos revestidos nos móveis e tapeçaria.

“Sempre é um desafio a cada edição, mas homenagear talvez seja o maior, pois não sabemos a reação. Trabalhamos neste ano não apenas o tema branco e preto, mas também a família. Ainda acho que o clássico é um estilo que nunca morrerá”, comenta.

Sala Íntima Eloy Oliveira

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Quarto JovemCasalLeonel Fernandes

Assim que retornou de uma visita à Feira de Milão, o arquiteto Leonel Fernandes ficou encantado com a riqueza dos mobiliários italianos e a qualidade dos itens expostos.

Inspirado nas belezas vistas durante sua viagem à Itália, o profissional resolveu criar um quarto aconchegante e ao mesmo tempo luxuoso, para a SantosArquidecor.

Nas cores vermelho cereja, preto, marfim e branco, o ambiente também possui em sua decoração toques em cristal, ouro e prata. Uma TV em LCD instalada no teto, propõe uma sensação de comodidade a quem estiver deitado sobre a cama. O quarto ainda contém uma área de estar com sofás e poltronas, para descanso ou até mesmo uma leitura. Seus principais patrocinadores são a MultAudio, Alhambra, Composê, Coisas da Casa, Kyowa, Empório dos Colchões, entre outros.

“O único desafio que tivemos este ano foi o tempo, diferentemente dos outros anos, eu decidi participar desta edição apenas quatro semanas antes da inauguração. Entretanto, estou satisfeito com o resultado final”.

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Day Spa TrentinoCarina Fontes

Em parceria com a Trentino Metais e Louças e com o Sofitel SPA, a arquite-ta Carina Fontes projetou para a Casa Natal deste ano, o Day Spa em hom-enagem ao Dr. Rodrigo Kallas Zogaib,

ortopedista do Santos Futebol Clube. Em um espaço de 25 m², a profissional conseguiu transformar o ambiente, em um local confortável e sofisticado. Para isso, trabalhou com materiais naturais como mármore travertino romano bruto, na qual remete as termas romanas e madeira de demolição.

O requinte do ambiente é consagrado à climatização feita por ar condicionado central e, lareira para os dias mais frios, além de uma ducha de 70 cm de diâmetro com funções terapêuticas, uma banheira de imersão de rocha vulcânica, maca para massagem, chaise para descanso e relaxamento.

“A iluminação suaviza o ambiente, trazendo a sensação de paz e aconchego à pessoa. Todos os acabamentos e detalhes foram pensados para a pessoa relaxar, enquanto cuida do corpo e da mente”, finaliza a arquiteta.

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Loja Madame Frufru Andrea Bento

Ao visitar o último andar da mostra SantosArquidecor, o que chama a atenção pelos corredores da casa, além da decoração exposta, é o aroma doce vindo do espaço da

loja Madame Frufru, especialmente projetado pela designer de interiores, Andrea Bento.

Em um estilo clássico provençal, o ambiente presta uma homenagem a Nossa Senhora do Monte Serrat, com peças modernas em um cenário que faz referência entre o passado e o futuro. Para dar vida ao ambiente, Andrea misturou duas tonalidades de cores, o verde bandeira com azul turquesa, dando um toque de delicadeza ao espaço. Os móveis são espe-lhados com detalhes em cristal, além de ar-ranjos de flores e uma gama de produtos da loja Madame Frufru, como difusores, sabonetes líquidos, saches e aromatizantes.

O lustre de cristal egípcio é arrematado ao cen-tro do ambiente, criando um cenário perfeito para um ambiente que prima pela qualidade e a riqueza de seus produtos.

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#StudioBox bafafá

La LampeDesign e estilo em iluminação

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A La Lampe, referência no seg-mento de iluminação, investe no processo de expansão da marca com a abertura de showroom em Santos e com atuação em toda a

baixada santista. Focada em inovação de de-sign de iluminação decorativa e arquitetural, o novo espaço foi inaugurado em Outubro.Com projeto do arquiteto Marcelo Rosenbaum, o espaço foi criado para receber peças cool, clean e modern classic. Algumas luminárias ficarão expostas como se estivessem em uma galeria de arte, acompanhadas de descriti-vos ou participando de instalações pontuais, tratadas como verdadeiras obras de arte.

A nova coleção da marca está sob curadoria dos diretores de arte da La Lampe, os desig-ners André Bastos e Guilherme Leite Ribeiro, do estúdio Nada Se Leva. Destaque para as peças recém-lançadas na exposição Design de Autor, com criações assinadas por Marcelo Cipis, Giorgio Bonaguro, Camila Fix e Maneco Quinderé, entre outros.

Os franqueados La Lampe, em Santos, são os sócios Adriana e José Antônio Tedesco, em-presários do segmento de iluminação com experiência de mais de 40 anos no mercado local.

De acordo com José Antônio Tedesco, a La Lampe é toda desenvolvida para proporcio-nar uma luz homogênea e agradável. Sempre preocupada com a utilização do consumo.

“As peças são exclusivas de designers contem-porâneos renomados na Europa, por exemplo. E, além disso, trabalhamos com empresas de ponta, como é o caso da Artemide e Fontana Arte que são alguns dos carros-chefes”.

Ainda de acordo com ele, Santos é um ótimo mer-cado para este tipo de investimento. “O mer-cado imobiliário e o de luxo estão em expan-são. A nossa loja veio para agregar ainda mais o mercado e as possi-bilidades. Acredita-mos que a La Lampe tem o diferencial que o santista buscava em São Paulo e agora o tem aqui”.

A loja de Santos acompanha todo o conceito nacional da marca

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#StudioBox bafafá

RichardsO estilo carioca de volta a Santos Fotos : Divulgação

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O mercado santista está em ex-pansão e prova disso são os investimentos de grandes em-presas, aqui na região, como por exemplo, o retorno da con-

solidada marca Richards, que veio de cara nova com a reforma mais atual de todos os em-preendimentos da rede, para valorizar e com-plementar o consumo fashion da cidade. A grife inclui um mix de produtos representados por suas linhas masculinas, femininas, kids, home e também a linha de surfwear “Bintang”, um diferencial para a satisfação de seus clientes.

A empresária Patrícia Camargo, proprietária da franquia Bobstore, em Santos, é quem também está a frente desta nova unidade da Richards. “A expectativa é grande, agora vou atender vários públicos e um vai complemen-tar o outro. A vantagem é que ninguém pre-cisa mais ir à São Paulo, pois aqui teremos a grade completa das coleções, com o mesmo preço de todas as lojas da marca”, afirma.

O endereço é quase o mesmo de antiga-mente, na rua Azevedo Sodré, só que desta vez no número 35. Considerada por mui-tos, a ‘Oscar Freire’ da Baixada, no bairro Boqueirão, mais especificamente no trecho conhecido como Vila Rica, um dos mais no-bres da cidade, esta rua pode ser considera-do o trecho de luxo do consumidor caiçara.

Hoje, 51 anos depois, a Richards conta com uma rede de 70 estabelecimentos nos melhores lugares do Brasil, entre eles em aproximada-mente 40 cidades e balneários, ainda com duas unidades em Portugal. A proposta da marca é vender para homens e mulheres, um estilo de vida original, informal e requintado. Grande parte das peças são feitas com tecidos na-turais, além de outras peculiaridades que dei-xam o clássico com um toque contemporâneo.

História da marca

A história da Richards começou no Rio de Janeiro com o jovem Ricardo Dias da Cruz Ferreira, que fez de seu estilo de vida sua própria marca. Na época, o adolescente in-satisfeito com a mesada resolveu criar cin-tos artesanais para vender nas lojas mais exclusivas de Ipanema e assim, ganhar um dinheiro extra. A ideia deu certo. Dois anos depois, conseguiu o reconhecimento e o sucesso. Em 1974 abriu a primeira loja chamada Richards e desde então revoluciona o mercado com o seu estilo desestruturado, livre e casual, porém extremamente elegante.

Fotos : Divulgação

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As campanhas publicitárias são agres-sivas e onipresentes. Estão na TV, nas rádios, jornais e revistas. Imagens maravilhosas se materializam em pads, pods, phones, notes e é quase

impossível resistir a produtos incríveis e suas promessas milagrosas. Afinal, quem não quer ser um pop star e dirigir o carro mais bacana do mercado, vestir a roupa mais extravagante da vitrine e ter a casa mais sensacional do quarteirão? Será, mesmo?

Não é difícil perceber que no páreo do pensamento dominante, o mercado do luxo está perdendo a liderança entre os consumidores, ameaçado por uma nova fórmula de prazer que surgiu como um cavalo azarão e vem ultrapassando todos os seus concorrentes. Tem gente competente na pista defendendo propostas que nos devolvem para uma vida simples, mais lenta, mais atenta e, francamente, mais feliz.

É um modelo antigo, testado e aprovado lá atrás, no tempo dos nossos avós, quando sentar na soleira da porta e ouvir as novelas no rádio, era um programão. Almoço de domingo com a família, era tipo balada imperdível. As conversas com os amigos aconteciam pessoalmente. E não era um ‘mico’ passar a noite de sábado jogando tranca na varanda.

Nessa época, ninguém tinha agenda, nem stress, mas tinha em quantidade um item essencial, que, infelizmente, sumiu das prateleiras: tempo! Não existe luxo maior do que ter tempo e poder acordar sem pressa, ler o jornal com calma, cuidar dos vasos,

Renata Kalaes

é Empresária

comprar as verduras do dia. Conversar longamente com os filhos, ligar para aquela amiga que você não vê há séculos. Ir ao cinema, andar descalça e de cara lavada. Ficar ao sol, comer sem culpa, usar um vestido de algodão, florido e bem largo. Férias, isso é puro luxo. Com uma mala minúscula, então, é luxo multiplicado por mil.

É claro que ninguém está aqui para defender um retorno à vida nas cavernas e tampouco para negar as vantagens da sociedade moderna. Ela está repleta de conforto, oferece recursos e alternativas que salvam vidas, distribuem informação, reduzem distancias e criam infinitas possibilidades. São conquistas maravilhosas, sem dúvida.

O texto é só um convite à reflexão sobre as doses de ansiedade que consumimos sem receita, as escolhas que fazemos no embalo, as decisões que tomamos por impulso, os projetos que traçamos sem pensar. Depois, gastamos horas e horas reclamando sobre a falta de tempo como se controlar do relógio não fosse tarefa que cabe a cada um de nós.

De longe, são situações bizarras que fazem lembrar a velha história da mulher que chega em uma loja de roupas íntimas muito decidida e pede para a vendedora: eu quero uma camisola preta, linda e sexy. A vendedora sai imediatamente para buscar o produto e na volta dispara: senhora, aqui está a camisola preta e linda... sexy, é por sua conta. Pense nisso!

Na real

Foto:Divulgação

#StudioBox crônica

Foto : Divulgação

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Foto : Divulgação

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