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“As praias de Sintra não podem ficar para trás” OS TROTIL DERIVAM DO EXPLOSIVO E NÃO DO BAGAÇO Assumem-se como “uma banda de rock’n’roll que vive do palco” e gravaram recentemente um disco de originais. Os Trotil querem provar que o rock não morreu apesar de o rock português estar em coma. “Vamos ser o choque de adrenali- na que vai revitalizar o rock em Portugal”, asse- gura esta banda de Sintra. Notícia pág. 10 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA O JORNAL COM NOTÍCIAS • DIRECTOR: LUÍS GALRÃO • ANO 3 • QUINZENAL • 28 DE JULHO DE 2008 • N.º 31 ® DEZ MANDAMENTOS PARA O VERÃO A Quercus elaborou uma lista de conselhos para este Verão à qual chamou “os dez manda- mentos para quem queira gozar as praias”. Saiba como funciona o controlo da qualidade da água ou que cuidados deve ter com a limpeza do areal ou com a exposição ao sol. Notícia pág. 7 INAUGURADO CREMATÓRIO DE RIO DE MOURO A Junta de Freguesia de Rio de Mouro inau- gurou este mês o sexto forno crematório de Por- tugal Continental, um investimento de 400 mil euros suportados por uma empresa privada. O equipamento nasceu de “um casamento perfeito entre o sector público estatal e o sector privado” e deverá realizar 250 cremações por ano. Notícia Última No litoral de Sintra, apenas cinco das dez praias são consideradas zonas balneares, um cenário que a Câmara espera alterar com a revisão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira. Em período de férias e de calor, o Cidade VIVA andou pelos areais do concelho e foi conhecer os investimentos previstos pela autarquia, à conversa com o vereador do ambiente. página 3 Casas de Sintra COMPRA | VENDA | ARRENDAMENTO | PERMUTA

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“As praias de Sintra nãopodem ficar para trás”

OS TROTIL DERIVAMDO EXPLOSIVOE NÃO DO BAGAÇO

Assumem-se como “uma banda de rock’n’rollque vive do palco” e gravaram recentemente umdisco de originais. Os Trotil querem provar queo rock não morreu apesar de o rock portuguêsestar em coma. “Vamos ser o choque de adrenali-na que vai revitalizar o rock em Portugal”, asse-gura esta banda de Sintra.

Notícia pág. 10

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

O JORNAL COM NOTÍCIAS • DIRECTOR: LUÍS GALRÃO • ANO 3 • QUINZENAL • 28 DE JULHO DE 2008 • N.º 31

®

DEZ MANDAMENTOSPARA O VERÃO

A Quercus elaborou uma lista de conselhospara este Verão à qual chamou “os dez manda-mentos para quem queira gozar as praias”. Saibacomo funciona o controlo da qualidade da águaou que cuidados deve ter com a limpeza do arealou com a exposição ao sol.

Notícia pág. 7

INAUGURADOCREMATÓRIODE RIO DE MOURO

A Junta de Freguesia de Rio de Mouro inau-gurou este mês o sexto forno crematório de Por-tugal Continental, um investimento de 400 mileuros suportados por uma empresa privada. Oequipamento nasceu de “um casamento perfeitoentre o sector público estatal e o sector privado”e deverá realizar 250 cremações por ano.

Notícia Última

No litoral de Sintra, apenas cinco das dez praias sãoconsideradas zonas balneares, um cenário que a Câmara espera

alterar com a revisão do Plano de Ordenamento da OrlaCosteira. Em período de férias e de calor, o Cidade VIVA

andou pelos areais do concelho e foi conheceros investimentos previstos pela autarquia,

à conversa com o vereadordo ambiente.

página 3

Casasde Sintra

COMPRA | VENDA | ARRENDAMENTO | PERMUTA

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| PÁG 2 O JORNAL COM NOTÍCIAS • JULHO DE 2008

Com uma vista privilegi-ada para a Serra de Sintra einstalações modernas quesatisfazem as necessidadesdos idosos, o novo CentroSocial de Morelena “temtudo quanto é bom” e “reú-ne todas as condições”, con-cordam as utentes Barbara eFelizmina.

Inaugurado em Maio, onovo equipamento disponi-biliza serviços de saúde queincluem enfermagem, médi-co, análises clínicas, oxigé-nio e electrocardiograma. Oespaço permite igualmenteactividades de lazer, incluin-do animação social, cabelei-reiro, manicure/pedicure,

piscina e excursões. O pro-jecto demorou quatro anosa ser concluido e já contacom a presença de cerca de40 idosos.

A valência de Centro dedia já se encontra em funci-onamento estando previstaa inaguração do lar paraAgosto e do apoio domici-liário para Setembro. A ins-tituição contou com o apoioda Segurança Social, da Câ-mara Municipal de Sintra, daDigal e sobretudo dos sóci-os que têm vindo a acompa-nhar o centro ao longo dosanos. “Passámos de um es-paço velho para um espaçode elite como este, pelo que

os sócios estão contentissi-mos”, afirma Mariana Alves,tesoureira do Centro Socialde Morelena.

Para garantir a qualidadedo serviço, foi dada “forma-ção a todos os auxiliares” eprevisto “o apoio diário deenfermeiras, além do médi-co que passa por cá todos osdias”. A direcção do centroestá satisfeita com a obra eespera “que o serviço pres-tado ao utente seja ao niveldas condiçoes das instala-ções”. “Não queremos desi-ludir ninguém e esperamosfazer um bom serviço”, diza responsável.

AF e SL

Convívio, festa, alegria,artesanato e música leva-ram centenas de pessoas aS. Pedro de Penaferrim, nofim-de-semana de 4, 5 e 6de Julho. Durante os trêsdias, foram vários os es-pectáculos no recinto dafeira, desde malabarismocom fogo, à utilização detrapézios, representaçõesde pequenas peças de tea-tro e pequenas actuaçõesmusicais da época medie-val. Houve de tudo umpouco para que o ambien-

te ali vivido fosse o ade-quado.

O objectivo da feira, alémdo convívio, foi possibilitarque os feirantes “mostras-sem o seu trabalho, enquan-to artesãos”, provando que“ainda são muitas as pesso-as em Portugal, a trabalhareste tipo de artefactos, como mesmo carinho e atençãocom que trabalhavam háanos”, conta Maria de Lur-des, uma das feirantes.

Além da venda de “objec-tos tão diferentes e boni-

tos”, dizia uma visitante, foitambém possível degustar osmais variados doces, frutase licores. No entanto, todosos feirantes fizeram referên-cia ao facto de o mais impor-tante ser o convívio. “É bompodermos ver o trabalho deoutras pessoas e partilharexperiências”, refere Ana,dona de uma banca de biju-teria.

Uma das artesãs apon-tou Sintra como “o sítioperfeito para este tipo defeiras, com um ambiente

misterioso, conseguidoatravés dos castelos e palá-cios. Tem tudo o que é pre-ciso para o evento dar re-sultado”, diz. Outraexpositora, vinda do Porto,uma das poucas feirantesmulheres com trabalhos re-alizados em ferro, acres-centa que “além dos caste-los em volta, o tempo étotalmente diferente”, re-ferindo-se à noite de sex-ta-feira em que a chuva foiuma constante.

Andreia Fernandes e Sara Lajas

Feira Medieval dá vida a S. Pedronotícias do concelho

A SS INATURA Subscreva e receba todos os meses, durante 1 ano, em sua casa, o Cidade Viva. Destaque este cupão e faça-o acompanhar de um cheque no valor de 8€ à ordem de Ideia Prima, Lda. e envie para Rua João Maria Magalhães Ferraz, Lote 3, Loja 3 – 2725-338 Mem Martins.

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Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores.

F I C H A T É C N I C A Cidade Viva é uma marca registada, propriedade da empresa Ideia Prima, Lda.

Idosos com tratamentode luxo em Morelena

A Sociedade Recreativa daVárzea de Sintra recebeu nodia 19 de Julho uma festaorganizada pela Santa Casada Misericórdia. Com umcartaz repleto de actividadespara miúdos e graúdos, oobjectivo foi “ajudar quemmais precisa e divulgar a San-ta Casa, que está um poucoafastada de algumas popula-ções”, admitiu Maria Natu-reza, responsável pelo even-to e pelo departamento de

Acção Social. “É preciso darconhecimento do que se fazporque nós vivemos do quenos dão”, reforça.

Ao entrar no recinto a es-colha era variada: bancas decomida, artesanato, rifas etambém muita música e ani-mação. Também as três áre-as de actuação da Santa Casa,infância, Acção Social e ido-sos, estavam presentes embancas mostrando o traba-lho que tem vindo a ser de-

senvolvido não só pela ins-tituição, mas também pelaspessoas com quem esta co-labora e a quem presta auxí-lio.

Quanto à animação, nãofaltou muita música e dan-ça. O palco da Sociedade Re-creativa da Várzea recebeuas actuações dos grupos dedança de Cabriz e do Pen-dão e dos grupos corais“Canta Cabriz” e “Puro Di-vertimento”, entre outros.As receitas reverteram inte-gralmente para a Santa Casada Misericórdia de Sintra,“onde se reparte até umbago de arroz”, conta MariaNatureza.

A instituição aproveitouo evento para divulgar as ac-tividades na zona do Pendão,em Queluz. “É preciso incu-tir hábitos saudáveis a estapopulação. Hoje em dia, osjovens do Pendão contamcom um clube onde têm aju-da a vários níveis, desde oapoio escolar gratuito, aoapoio psicológico e aindaactividades no exterior. Umaboa iniciativa é o Grupo deDanças Africanas, que deci-dimos criar para evitar com-portamentos desviantes notempo que os jovens têm li-vre” referiu Sandra Prata,responsável pela área de in-fância e jovens.

Andreia Fernandese Sara Lajas

Um dia diferente “a ajudarquem mais precisa”

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Sintra quer mais investimento no litoralSó cinco das dez praias de

Sintra são consideradas zonasbalneares, um cenário que aautarquia quer mudar a curtoprazo: “A ideia é aumentar aoferta de zonas balneares,

para diminuir a pressão emlocais como a praia das Ma-çãs, que tem um problemagravíssimo de ausência de es-tacionamento”, explicou aoCidade VIVA o vereador e

vice-presidente da Câmara,Marco Almeida.

Sintra tem “tido uma ex-celente abertura por parte doParque Natural Sintra-Cas-cais (PNSC) e da Secretariade Estado do Ambiente paraavançar para a revisão do Pla-no de Ordenamento da OrlaCosteira Sintra-Sado(POOC)”, diz. A autarquiaespera poder vir ter duas no-vas zonas balneares, nomea-damente a praia Pequena e apraia da Vigia. “Solicitámos àSecretaria de Estado que seavançasse rapidamente para arevisão do POOC, porque háhoje uma visão sobre o litoralque não é a mesma que se ti-nha em 2003”, refere.

Embora não haja datasprevistas, “já existe uma equi-pa técnica entre a Câmara e oParque que está a identificarquais são preocupações decada entidade e quando seavançar para a revisão, o tra-balho de casa está feito e vaipermitir concretizar uma re-visão mais de acordo com osinteresses do município noque diz respeito à oferta deespaços para a população, sal-vaguardando a preservaçãoambiental, que também é anossa preocupação.”

Sintra quer que o litoralseja usufruido durante a épo-ca balnear mas “também pos-sa ser vivido em períodos emque não há uma vertente bal-near mas pode haver uma ver-tente lúdica e de convívio.”Como exemplo da interven-ção pretendida, Marco Almei-da aponta “um conjunto deinvestimentos de reabilitaçãode percursos pedonais, comoo da Praia Grande/Praia Pe-quena (já concluído) e o tro-ço Praia Pequena/Praia dasMaças (já em obra).”

Outro exemplo citado é otroço S. Julião/Praia da Vigia,“uma zona massacrada com asmoto quatro que desbravamtudo o que é caminho e pre-judicam a preservação ambi-ental”. A autarquia quer deli-mitar o percurso pedonal eimpedir que haja passagem demotas. São investimentos“que não alteram a paisagemdo litoral, mas ajudam a pre-servá-la e também permitemque os munícipes e quem nosvisita possam usufruir destapaisagem magnífica, única nolitoral da Área Metropolita-na” (ver vaixa).

Também nestes casos, seráa Câmara a pagar. “Em Sintratemos assistido à total inca-pacidade do Instituto de

Conservação da Natureza.Apesar da excelente disponi-bilidade da actual directora,do ponto de vista da operaci-onalidade, o Parque não temqualquer mecanismo de efec-tivar no terreno a preservaçãoambiental prevista nos pla-nos”, lamenta o vereador doambiente.

Competênciasprejudicam Sintra

Outra crítica de MarcoAlmeida vai para a visão di-ferenciada da Administração

Central. “Em Mafra, as com-petências sobre o litoral es-tão entregues à CCDR-LVT.Em Sintra e Cascais, essascompetências estão atribuí-das ao PNSC, ou seja, já nãodependem do mesmo orga-nismo. Quem vai a Mafraconsegue perceber que as in-tervenções se fazem de for-ma muito mais célere e comprincípios completamentediferentes, mas quando che-gamos à praia de S. Julião, si-tuada entre os dois conce-lhos, tudo muda.”

Para o vereador, este “é umprocesso injusto”. Em Mafra,insiste, “é possível constatar quehá investimentos co-financia-dos pela CCDR, como as bol-sas de estacionamento junto dasarribas e muito próximo do are-al, enquanto que Sintra está im-pedida de fazer e de ter essesprojectos de requalificação”. Oproblema, reforça, é que “vive-mos num clima de concorrên-cia e as praias de Sintra não po-dem ficar para trás do ponto devista das qualificações”.

Luís Galrão

Desde 2006 e até 2009, a Câmara espera contabilizar mais de1,5 milhões de euros investidos no litoral. Mas durante esteperíodo “o investimento da Administração Central foi zero e esseé o nosso lamento”, queixa-se Marco Almeida.Para breve está a candidatura “às acções de valorização dolitoral integradas no Programa Operacional de Lisboa, que écomparticipado por fundos comunitários.” Em parceria com oPNSC, a autarquia candidata-se a um milhão de euros, devendoassegurar 50% do investimento. Os fundos deverão “permitiravançar para projectos de maior envergadura, como a sustenta-bilidade das arribas e a requalificação da praia Grande, que éum investimento brutal, que deverá ultrapassar os 1,5 milhõesde euros.”

Mudar a Praia GrandeMudar a Praia GrandeMudar a Praia GrandeMudar a Praia GrandeMudar a Praia Grande

“Queremos mudar completamente o visual do plano de praia,mas também regularizar o acesso e regular as concessões”. Aideia “é criar uma grande zona pedonal desde a rotunda dosautocarros até ao fundo da praia, que possa ser vivida eusufruída durante todo o ano.” A Câmara está já a fazer olevantamento dos terrenos que podem servir para criar bolsas deestacionamento. “Faz sentido que a zona que antecede a praiapossa ser uma zona pedonal, com esplanadas, um espaço deconvívio”. Para tal, está a ser estudada “uma alternativa deligação que pode passar por um meio de transporte público demunícipes.”

Mais inMais inMais inMais inMais invvvvvestimentestimentestimentestimentestimentos até 2009os até 2009os até 2009os até 2009os até 2009

RRRRRecuperar o Magoitecuperar o Magoitecuperar o Magoitecuperar o Magoitecuperar o Magoitooooo

A Câmara quer concluir o trabalho de sustentabilidade da arribafóssil através “do recuo do estacionamento e da interdição doacesso que é feito pela zona da arriba”. Em estudo está tambéma hipótese de permitir o acesso pela parte sul, através daestrada que serve a ETAR. “É uma zona que está ser repensa-da”. A recuperação do apoio de praia começa em Outubro,numa empreitada que já está adjudicada por 70 mil euros.

RRRRReabrir a Aeabrir a Aeabrir a Aeabrir a Aeabrir a Agudagudagudagudaguda

A praia foi suspensa por uma portaria dos Ministérios doAmbiente e da Defesa mas não há intervenções urgentesplaneadas. “Estamos disponíveis para comparticipar as obras,mas não vale a pena recuperar o acesso despejando madeirasem nenhum estudo prévio”, explica Marco Almeida. Entretanto,a Câmara já avançou para “o estudo da arriba que vai permitirdepois passar para o levantamento topográfico para identificar omelhor acesso à praia”. Quanto à falta de avisos, o vereadorexplica que “foram colocados avisos dando conta da instabilida-de da arriba e do perigo que consistia a escadaria.” Por isso,defende, “todas as pessoas que entenderem frequentar a praiacorrem o seu próprio risco.”

NoNoNoNoNovvvvva praia na Vigiaa praia na Vigiaa praia na Vigiaa praia na Vigiaa praia na Vigia

“É a maior praia do concelho do ponto de vista de extensão doareal e está subaproveitada. Se fosse zona balnear podiapermitir aliviar a praia das Maçãs e a praia Grande”, considera.A Câmara já fez o levantamento topográfico da arriba e está aexecutar o estudo prévio para criar uma nova escada. “Será umprojecto concretizado em 2009 e vai implicar também arecuperação do troço pedonal entre o actual estacionamento e oacesso sul, porque ainda é uma distância considerável”.

RRRRRequalifequalifequalifequalifequalificar S. Juliãoicar S. Juliãoicar S. Juliãoicar S. Juliãoicar S. Julião

Depois do Verão, começam as obras para “dotar o concessioná-rio de totais condições de higiene e saúde pública, e criarespaços de balneário, também com o princípio da salvaguardada saúde pública, permitindo, por exemplo, o acesso adeficientes.”

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Está vento na Praia Grande. Ven-to que sopra frio trazendo os ares daSerra que repousa ali tão perto. É Sá-bado, estamos em Julho e nem o ven-to demove as centenas que rumamaté à maior praia concessionada dolitoral sintrense. Não é o calor quepuxa esta gente.

Os carros engalfinham-se uns nosoutros em busca de um «buraquinho»que sirva para estacionar. Lá dentro vemuma família com a geleira cheia para oalmoço, vem o grupo de surfistas comas pranchas e o grupo de amigas com obronzeador em riste. Há os que vão pas-sar o dia no mar e os que se ficam pelaareia para refastelar os corpos.

André Moreira, banhista desta praia“por tradição” aponta as “cada vez me-lhores condições”. Na verdade, a qua-lidade da água é “Boa”, segundo o Ins-tituto da Água, e o Ministério doAmbiente confirma que essa qualidadeé “compatível com a prática balnear”.São as águas de um mar que com a suafama de perigoso não assusta quem co-nhece a praia desde pequeno. “Gostodo mar e da água que, apesar de ser umpouco fria, já estou habituada”, contaLiliana Mechas. A bandeira azul vemconfirmar que na Praia Grande se pro-tege o ambiente marinho e costeiro.

Nos arredores não há parque demerendas para piqueniques e a enor-me piscina de água salgada tambémnão parece atrair muitos veranean-

tes. “Nada disso é necessário”, dizLiliana que só foi à piscina “uma ouduas vezes, por brincadeira”. O fac-to de existirem muitos restaurantese cafés também não parece criar a ne-cessidade de um parque de meren-das, diz o André. “O português traza lancheira para a praia, não precisade ir para um parque”.

O parque de campismo, por sua vez,encerrado desde 2005 e ainda muitoprocurado, é visto por estes banhistascomo algo prejucicial ao turismo daPraia Grande. “Se o fecharam é porquenão tinha condições”, considera Lilia-na, mas “merecia ser aberto, para atrairmais gente”, conclui (Ver caixa).

Interculturalidadevigia Praia Grande

Se os banhistas da praia são, emgrande parte, residentes do concelho,os responsáveis pela sua protecção nãopodiam vir de mais longe. Dos cercade 18 nadadores-salvadores que garan-tem a segurança dos banhistas, a mai-oria não é portuguesa. Muitos atraves-saram o Atlântico e trocaram as águasquentes do Brasil pelo mar revolto dacosta lusa. Tiago Samir e Daniel Ma-landrim são dois exemplos e estão con-tentes com a escolha. Tiago diz mes-mo que a Praia Grande só tem coisasboas. “É uma bela praia, com um pú-blico muito interessante. Acredito quenão hajam coisas más aqui”.

Já João Freitas, um nadador-salva-dor que adora o mar e tem no body-board o seu desporto de eleição, apro-veita para contestar sobre as condiçõesprecárias desta ocupação sazonal: “Es-tou aqui dez horas por dia, seis diaspor semana. Quando chego a casa es-tou cansado e vou perdendo fisica-mente a forma ao longo do tempo, oque não é uma coisa muito aconselhá-vel.” É arriscado para quem salva etambém para quem precisar de ser sal-vo. Tiago Malandrim remata o amigo:“muitas vezes o cansaço mental nosleva a fazer manobras não dentro dopadrão para resolver os problemas comque nos deparamos no mar”.

Conscientes da sua importâncianas praias, “principalmente nas prai-as de Sintra, onde o mar é muito pe-rigoso”, os nadadores da Praia Gran-de também se queixam de serem malremunerados, embora, admite João,“tudo dependa do concessionário”.

Vitor Caeiro, proprietário do café/restaurante “Angra”, tem cem metrosde areal sob a sua concessão, paraonde contratou três nadadores salva-dores e três vigias. Cumpridor da lei,que exige dois nadadores salvadorespor cada 50 metros de areal, Vítor dizque ser concessionário na Praia Gran-de não lhe traz grandes vantagens.“Talvez só o facto de podermos ven-der uns geladitos, uns sumos e umasbolas de Berlim.” Apesar de os con-

cessionários serem responsáveis peloaluguer de toldos, diz que já não lu-cra muito com isso. “Agora a maioriadas pessoas já traz chapéu e é precisoestar muito calor para as pessoas irempara o toldo”, confessa.

No entanto, Vítor talvez saibaque não é o calor que puxa as pesso-

as até à Praia Grande. É um ambien-te pontuado pelo surf e o bodyboard.É uma praia onde se elevam arribassulcadas por pegadas de dinossauros.É o encontro de uma panóplia degente diferente e a vontade de olharuma praia sem fim.

Filipa Galrão

“Cada vez melhor”

A Praia Pequena do Rodí-zio é uma praia para admirar.Afundada entre arribas, é pe-quena em extensão (cerca de150 metros de areal) mas en-che o olho dos que, cá decima, aproveitam uma das trêszonas de estadia e contempla-ção. Lá em baixo, a medita-ção prossegue, mas dentro domar. Os muitos surfistas quegalgam as ondas desta praiasão os seus maiores fãs.

Para os banhistas que pro-curam uma praia abrigada,sem enchentes, a “Pequena”também é perfeita. Os aces-sos impossibilitam os auto-móveis de nos levar até pertoda areia mas, em praias comoesta, vale bem a pena palmi-lhar o percurso pedonal. Asarribas não escapam à erosãomas a vedação que as delimitaao longo de 350 metros tran-quiliza quem passa.

No cimo da arriba, os pai-néis informativos explicamquais as plantas e os animaisque habitam nesta orla costei-ra. A rampa de acesso à praiafoi melhorada mas há quemnão queira descer, para nãoperder uma boa parte da pai-sagem. À direita avista-se avizinha praia das Maçãs e lá

ao longe, quando o céu estálimpo, a Ericeira.

Porém, quando se desce, aquietude acentua-se e sobres-sai o murmúrio das ondas. Háquem escolha a “Pequena”para descansar e retemperar

forças ou simplesmente parafechar os olhos e sentir a ma-resia, com ou sem prancha.Quando a maré desce é pos-sível atravessar até à PraiaGrande e regressar à azáfama.

Filipa Galrão

Areal sem enchentes

Entre Colares e a Praia das Maçãs

Parque de estacionamento: aproximadamente 100 lugares

Bandeira azul: Sim.

N.º de concessões: 6 concessionários e aproximadamente 18 nadadoressalvadores e 12 vigias.

Restaurantes e cafés: (frente à praia), O Pescador, KonTiki, Angra e Galé.

Preço das lonas: aproximadamente 10€ dia e 7€ Meio-dia.

Alojamento: Hotel Arribas *** e Estalagem de Colares ****

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Ao lado da Praia Grande, antes da Praia das Maçãs.

Parque de estacionamento: em terra batida com aproximada-mente 50 lugares.

Bandeira azul: Não tem

Nº de concessões /nadadores-salvadores: não tem (nemqualquer tipo de equipamento de apoio).

Restaurantes: “O Crôa” e “Nortada”

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“Bela e acolhedora”, umhorizonte azul sem fim, umavista de cortar a respiração, apraia em concha, as escarpasque a envolvem, este é todo oredor das Azenhas do Mar.Um vale com vista para o oce-ano e uma escadaria íngremepara encaminhar os seus visi-tantes, são aos acessos que tem“este cantinho” de areia e mar.

Mesmo com toda a belezaque dela emana, esta praia nãoé concessionada, facto lamen-tado tanto por Veruska, cola-boradora do bar da praia, comopelos banhistas. “Já é uma praiabastante frequentada, justifica-va-se que houvesse nadadoressalvadores”, diz a jovem.

“Venho aqui muitas vezes ese acontece alguma coisa nãohá aqui ninguém que ajude”,reclama Joaquim Duarte Jorge,um visitante assíduo da praia eavô de um jovem de 11 anosque “gosta muito das ondas”.“O Estado devia arranjar ma-neira de financiar banheiros, jáque são muitos os desempre-gados”, sugere o banhista.

A piscina oceânica que láexistia e da qual muitas pesso-as se lembram, como é o casode Joaquim Jorge, “desapare-ceu devido à agitação do mar

nesta zona, que tal como tra-zia a água até a piscina, tam-bém trazia areia e assim foi fi-cando sem que ninguém sepreocupasse”. Em alternativa,existe uma piscina junto aorestaurante, que pode ser usa-da por 10 euros por dia.

Para Veruska, “não se con-segue agradar a gregos e troia-nos e provavelmente é por issoque não arranjam, por não sa-berem se destroem a piscina,ficando com um areal maior,ou se a reconstroem para delausufruírem.” No entanto,muitos banhistas defendem areconstrução da piscina: “Des-truir nunca! Nem pensar emdestruir! Sou contra tudo oque se destrói, pelo menos na

natureza”, defende uma famí-lia de veraneantes.

Apesar dos elogios, a praiatem alguns problemas, a come-çar pelo facto de não ser vigia-da. “Quando alguma pessoa seestá a afogar são os rapazes dorestaurante que as vão salvar”,conta Veruska. Além disso, “nãohá caixotes do lixo no areal, sómesmo no cimo da escadaria” e“não há acessos para pessoascom mobilidade reduzida”.

Acresce o estado de parte daescadaria, onde foram deposi-tados restos de entulho deobras e tábuas com pregos, querepresentam um perigo para osutentes e sobretudo para as cri-anças que ali brincam.

Sara Lajas

Uma praia pequena e sossegada

especial praias

Uma praia cosmopolitacom acesso para todos

Situada na freguesia deColares, a Praia das Maçãs édas mais conhecidas do con-celho. Antigamente, era apraia cosmopolita para ondeiam todos os “senhores deLisboa”. Agora, é uma dasmais frequentadas da zona,não só pelo seu tão históricoacesso de eléctrico, mas tam-bém pelos bons restaurantes,o mar limpo e as areias dou-radas.

É uma das duas praias doconcelho com o “Praia aces-s ível” , um projecto queapoiado por dois BombeirosVoluntários de Colares, Eli-sabete Jacinto e AntónioSantos. Os dois jovens as-seguram o acesso de “pes-soas possuidoras de dificul-dades motoras e mesmomentais, sejam jovens ouidosos, até à beira-mar, oumesmo para o mar, desdeque a bandeira esteja verde”,conta Elisabete.

Os utentes “sentem-semesmo muito satisfeitos.Aqueles que podem e conse-guem falar dizem gostar mui-to e os que não conseguem ounão têm essa capacidade, ex-primem-no através de sorri-

sos e expressões de grandealegria”, diz a jovem. Apesarde limpo, “o mar nesta zona ébravo” e como tal “às vezes aspessoas que transportamosmostram-se chateadas pornão poderem ir ao banho”. Osdois bombeiros recebem umapoio da Câmara e mostram-se satisfeitos com o trabalhoque fazem: “é gratificante verum sorriso nos lábios destaspessoas”, confessa Elisabete.

Nas imediações da praiaexistem quatro parques deestacionamento, com capaci-dade aproximada de 60 luga-res. O areal tem uma únicaconcessão, com três nadado-res salvadores a “tomar con-ta da praia”. A qualidade daágua é boa e as análises sãofeitas de 15 em 15 dias, sen-do que só não existe bandei-

ra azul devido ao rio que alidesagua.

O concessionário confes-sa que “não escolheu a praia,porque a concessão já existehá sessenta anos e ele apenasdeu seguimento”. Sem apon-tar problemas à praia, afirmaque “a concessão não tem cor-rido assim tão bem pela faltade clientes, nos toldos e bar-racas”.

Os banhistas, entre eles,Carlos e Pedro frequentamesta praia porque “moramperto”, não identificandoqualquer problema na praia.Em alternativa, para quemnão for fã de águas tão agi-tadas, tem a possibilidadede frequentar a piscina doConcha, situada junto aoareal.

Sara Lajas

Toldo: de 5 € por meio-dia até 90 € para trinta dias.

Barraca: de 5,5 € por meio-dia, 9 € por um dia, até 115 € paratrinta dias.

Espreguiçadeira: a partir de 3,5 € (meio-dia) até 75 € (um mês).

P R E Ç O SP R E Ç O SP R E Ç O SP R E Ç O SP R E Ç O S

PiscinaPiscinaPiscinaPiscinaPiscina

6-10 anos: Dias úteis: 3,80€ e ao fim do dia 2€ (16h30)

Sábados, domingos e Feriados: 4,80€ e ao fim do dia 2,50€

Mais de 10 anos: Dias úteis: 8€ e ao fim do dia 4,60€

Sábados, domingos e feriados: 9,60€ e ao fim do dia 5,30€

Chapéu: 2,60€; Cama: 3,50€

Luís

Gal

rão

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| PÁG 6 O JORNAL COM NOTÍCIAS • JULHO DE 2008| PÁG 6 O JORNAL COM NOTÍCIAS • JULHO DE 2008 especial praias

Magoito atrai mais banhistas

Situada na freguesia deColares, junto a Almoçageme,a praia da Adraga tem “todasas condições para um bom diade praia e diversão”, afirmaHelena, uma banhista que vi-sita o local pela primeira vez.Apesar do dificil acesso atra-vés de uma estrada estreita esinuosa, a Adraga “atrai umgrande número de pessoas detodas as idades”. As águas lim-pas confirmadas pela bandeiraazul, um posto socorro, duche,sanitários, dois nadadores sal-vadores, aluguer de toldos, es-tacionamento para cerca de 50carros, rede de volley e o factode ser acessível a pessoas comdeficiências motoras são atrac-ções suficientes.

Há alguns anos, a praia foimesmo considerada a tercei-ra melhor da Europa pelo jor-nal britânico The Sunday Ti-mes e “foi a única praiaportuguesa a aparecer na listatornando-se numa das praiasmais conhecidas a nível naci-onal e internacional. É umadas mais belas, é uma deli-cia!”, refere com orgulho umfrequentador assíduo. “Nodia em que essa notícia saiunem se podia andar aqui. Es-tava cheia de gente, inclusive

muitos jornalistas estrangei-ros”, diz.

“O único problema é o es-tacionamento. O parque quehá não suporta a grande aflu-ência de pessoas, especialmen-te no Verão e muitas acabampor se ir embora”, reclamaHelena. Este é um assunto quegera queixas por parte da con-cessão: “há planos para maisum parque de estacionamen-to que viria aliviar a situaçãomas estamos à espera do licen-ciamento desde Janeiro de2007”, conta Pedro Pimenta.

No entanto, o facto donovo parque vir a ser pagotambém causa polémica. “Osutentes não estão dispostos apagar para estacionar. Que-rem vir, usufruir de uma praiacom condições sem ter quepagar nada. A verdade é quesaímos sempre lesados. Ásvezes as pessoas quase lutampor um lugar, ou então, pe-gam-se por espelhos partidos,amolgadelas e coisas dessegénero” afirma o responsávelda concessão.

O “Restaurante da Adra-ga” é apreciado pelos seus pra-tos de peixe. “É maravilho efaz uns pratos de pescada es-pectaculares” diz Faraújo, um

morador que expõe as suaspeças de artesanato à entradada praia. “Os utentes utilizamos balnearios por exemplo enem sabem que somos nósque mantemos o espaço lim-po. A informação não passapara os utentes”, queixa-se oconcessionário.

“Fazemos de tudo paraque venha cá mais gente maso estacionamento é um pro-blema. Até temos um acordocom o Hotel Penha Longapara que eles tragam aqui osseus hóspedes e que imagemé que passamos a ter isto comcarros por todo o lado, tudodesorganizado? Ainda porcima, estão a fazer obras porcausa de umas valetas duran-te os meses de Julho e Agos-to”, protesta.

Além destas reclamações,a concessão aponta “o poucopoliciamento da zona” e dizque “a limpeza do areal temvindo a diminuir de ano paraano”. “Nós estamos sempre atentar melhorar a praia. Sóqueremos o melhor para isto.Uma das coisas que quisemospôr foi a rede de volley, a se-guir logo veremos”, referePedro Pimenta.

Andreia Fernandes

O Verão está a correr bemna praia do Magoito, que pa-rece estar a conquistar maisbanhistas. “As pessoas esteano ganharam confiança como trabalho soberbo que foi de-senvolvido durante o Invernoe a procura tem sido muitoelevada”, conta Júlio Rodri-gues, proprietário da únicaconcessão da praia.

A satisfação do concessi-onário tem uma razão: “tenhomais pessoas na zona conces-sionada que em anos anterio-res, inclusive pessoas vindasda linha de Cascais”. A expli-cação pode dever-se a algunsepisódios de insegurança naspraias da linha, situações quenão ocorrem no Magoito.“Desde que aqui estou recor-do-me apenas de dois roubos,

o que transmite confiança àspessoas para se deslocarem atécá”.

Com uma concessão comcerca de 200 metros de areal,os banhistas estão sob o olharatento de um nadador salva-dor, que para o proprietário ésuficiente para o controlo detoda a área. “Desde que melembro nunca houve cá umafogado, o que prova a gran-de capacidade e controle so-bre todos os banhistas”.

A Câmara Municipal deSintra desenvolveu um pro-jecto para a reconstrução e re-cuperação da praia, colocan-do uma passagem em madeirasobre a ribeira para facilitar oacesso aos banhistas e crian-do espaços de lazer com me-sas e bancos de madeira.

“Desde há quatro anos que aimagem da praia tem vindo amelhorar significativamente,muito pelo trabalho desenvol-vido em conjunto entre nós,a Câmara e a Junta, que nostêm apoiado muito”, diz.

Este ano não ocorreramproblemas com a Estação deTratamento de Águas Residu-ais (ETAR) e o proprietáriodo estabelecimento é peremp-tório: “o único problema coma ETAR é que na altura da suaconstrução foi projectadacom emissário e o mesmonunca foi feito”, diz.

Sensibilização ambientalNo início da época balne-

ar, a praia ganhou mais umpólo de atracção: a Ludotecado Mar. Trata-se de um espa-ço de aprendizagem e diver-são, com tintas, canetas epincéis, jogos e puzzles, queajudarão a construir cenári-os marinhos, ao mesmo tem-po que darão boleia a conhe-cimentos sobre a enormedespensa que é o mar.

No atelier O Astro Rei, osanimadores vão dar especialatenção para a problemáticado aquecimento global e dosgases com efeito de estufa,

provenientes da utilização derecursos fósseis e para a ne-cessidade da utilização dasenergias renováveis e, em par-ticular, da energia solar. Cati-var os participantes para o usoracional da água e a sua im-portância como bem essenci-al à vida, abordando os pro-blemas da poluição e dasETAR, são os objectivos doAtelier Água, um Tesouro quevale Ouro.

Já no atelier Maré-cheia deVida, os animadores sensibi-lizam para a conservação domeio marinho, das espéciesem perigo e para as ameaçasao meio. Todas estas activida-des estarão subdivididas du-

rante a época balnear, das 10hàs 13h e das 15h às 18h.

Além do sossego e da se-gurança que podem desfrutarna praia do Magoito, os ba-nhistas têm também a opor-tunidade de usufruir do Par-

que das Merendas, situado acerca de 500 metros da praia,com a cobertura de enormespinheiros que convidam à suautilização.

Ricardo Nascimento

Nome: Praia do Magoito

Localização: Magoito

Parque Estacionamento (nº aprox. de lugares): 150

Bandeira Azul: Sim

Número concessões (e nadadores-salvadores): 1 concessão e 1nadador salvador

Observações: Uma das praias mais ricas em iodo

Praia do MagoitPraia do MagoitPraia do MagoitPraia do MagoitPraia do MagoitoooooF I C H A

Uma “delícia” de praia

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Dez mandamentos para o Verão

1. Verifique se érealizado o contro-

lo de qualidade da água

Em Portugal, existem di-versas praias que não estãoclassificadas como zonas bal-neares e nessas não se devetomar banho. Uma praia nãoclassificada é uma praia ondea água balnear não é monito-rizada ou onde a água nãoapresenta qualidade. Esta clas-sificação é revista anualmentepelo Ministério do Ambientepodendo ser designadas maispraias como zonas balneares.O utilizador pode informar-seatravés de placas que deverãoestar colocadas na praia emlocais visíveis ou através da in-ternet em snirh.inag.pt.

2. Certifique-se deque a qualidade da

água é aceitável ou boa

Nas zonas balneares há aobrigação de publicitar as últi-mas análises realizadas à água.Em geral, a frequência das aná-lises é quinzenal, podendo ha-ver casos em que ela é mensalou semanal. Entre a data da co-lheita e a data da publicação daanálise não se deve ultrapassarmais de quinze dias. Assim, ape-sar de ser normal não encontraruma análise muito recente, nãodeve encontrar resultados comum atraso superior a um mês.As análises são classificadascomo más, aceitáveis e boas,sendo que as duas últimas clas-sificações são compatíveis coma sua utilização para banhos,embora uma análise de qualida-de boa seja preferível. Podem-se conhecer as últimas análisesatravés da Internet, mas é umaobrigação a sua afixação naspraias. Podem acontecer situa-ções excepcionais de poluiçãovisível em que a praia não apre-sente qualidade e nesse caso nãodeve tomar banho.

3. Escolha uma dasPraias com Quali-

dade de Ouro da Quercus

A Quercus elegeu o con-junto de praias que nos últi-mos cinco anos apresentaramuma qualidade da água Boa,como as Praias com Qualida-de de Ouro (www.quercus.pt).

A existência de Bandeira Azultambém é um critério de qua-lidade que deve ser tomado emconta e que vai para além daqualidade da água. Existem jácasos de praias cuja gestão eexploração estão certificadaspor normas de qualidade, sen-do este também caminho de-fendido pela Quercus.

4. Verifique osmeios de segurança

e as infraestruturas

Ao utilizar uma praia deveverificar-se a permanência deum nadador-salvador, a deli-mitação da área para banhos,a existência de um posto deprimeiros-socorros, a possibi-lidade de acesso rápido de umaambulância. Em termos de in-fraestruturas devem-se avali-ar aspectos como a presençade casas de banho em númerosuficiente, duches, bebedou-ro e parque de estacionamen-to. Respeite a sinalização dasbandeiras hasteadas.

5. Verifique econtribua para a

limpeza do areal

Verifique se a areia do localonde vai permanecer se en-contra devidamente limpa econtribua para essa limpeza,não deixando nem enterrandoquaisquer detritos. Utilizesempre os recipientes do lixoou, na falta destes, guarde etransporte consigo o lixo, dei-tando-o posteriormente emlocal próprio. Em algumaspraias a recolha selectiva é jáuma realidade, podendo assimseparar vidro, papel e cartão,embalagens e o restante lixo.

Utilize sempre uma toalhapara se deitar na areia, prefi-ra chinelos de material lavá-vel e não os empreste a nin-guém, inclusive seusfamiliares. Prevenirá a even-tual transmissão de uma do-ença de pele. Vigie os seus fi-lhos mais pequenos, nãopermitindo que metam osdedos na boca quando brin-cam com a areia. Se surgiremquaisquer alterações na suapele, nos olhos, ouvidos ougarganta consulte rapidamen-te o médico.

Nunca traga animais paraa praia! Para além de seremgeralmente um incómodo,podem ser portadores de mi-crorganismos prejudiciais àsaúde humana e originarem acontaminação do areal.

6. Evite umaexposição excessi-

va ao sol

Evite permanecer na praianas horas de maior calor enão se exponha exagerada-mente ao sol, especialmentese a sua pele for clara. O pe-ríodo em que não se deve ex-por é aproximadamente en-tre as 11 e as 16 horas, sendoque o Instituto de Meteoro-logia publica diariamenteuma previsão da altura emque a radiação solar é maisforte e pode ser mais perigo-sa (http://www.meteo.pt/pt/previsao/uv/prev_uv_d0.jsp).Uma queimadura solar paraalém de incómoda, constituiuma agressão altamente pre-judicial que deve sempre evi-tar. Utilize protectores sola-res mas, sobretudo, nãopermaneça imóvel sob um solforte. Tenha particular aten-ção às crianças pequenas,mais sensíveis ao sol. Insistasempre no uso de chapéus edeixe-as andar de cabelo sol-to, pois isso constitui umaprotecção suplementar daface e dos ombros.

7. Evitefazer ruído

A praia é acima de tudo umlocal onde temos a oportuni-dade de descansar e recupe-rar forças. O ruído é assim umfactor de stress e de pertur-bação. A presença de apare-lhagens com som demasiadoelevado ou uma grande fre-quência de barcos e principal-mente motas de água, preju-dica a qualidade da praia.

8. Proteja as dunas,as falésias e a

vegetação

A protecção do cordão du-nar é essencial para que o marnão avance e a praia não desa-pareça. Esta realidade pode serevitada, não pisando a vegeta-

ção mais sensível, particular-mente a que está mais próxi-ma da água na chamada dunaprimária, mas também evitan-do o pisoteio das restantesdunas. Também a vegetaçãodas falésias deve ser evitada,sendo que algumas podemapresentar o perigo de derro-cada. As praias fluviais são emgeral locais muito aprazíveisonde ser deve evitar destruir avegetação envolvente.

9. Deixe o carro emcasa

Ir a pé, de bicicleta ou detransporte público, ajuda oambiente evitando o ruído e apoluição do ar provocada peloautomóvel. Além disso, podeser uma excelente oportuni-dade para um passeio agradá-vel. Experimente e evite ocongestionamento dos aces-sos e dos parques de estacio-namento.

10. Denuncie o quenão estiver bem

Melhorar a qualidade daspraias passa por denunciar assituações de falta de infraes-truturas, má qualidade daágua, problemas de limpezado areal, falta de informaçãoao utente, falta de vigilânciae/ou segurança. O problemaé sempre saber a quem diri-gir as queixas de forma a quesejam ouvidas, dado o eleva-do número de entidades apa-rentemente responsáveis.

Nas praias costeiras a con-cessão do areal é da respon-sabilidade das Administra-ções Portuárias ou dasCapitanias; a atribuição dasconcessões dos apoios depraia é da responsabilida-de das Comissões de Co-ordenação e Desenvolvi-mento Regional (CCDR);a vigilância é da responsa-bilidade dos concessionári-

os ou das autarquias, fiscaliza-dos pelas Capitanias.

Nas praias com BandeiraAzul a fiscalização compete àAssociação Bandeira Azul daEuropa (www.abae.pt). Naspraias fluviais, a atribuição dasconcessões é das CCDR; as au-tarquias em geral têm funçõesimportantes na limpeza e noacompanhamento das praias.

Se tiver acesso à internetutilize a página do Instituto daÁgua (snirh.inag.pt). Se ne-cessário, recorra também àQuercus pelo [email protected]..

A associação ecologista Quercus elaborou uma lista de conselhos para este Verão,os dez mandamentos para quem queira gozar as praias.

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| PÁG 8 O JORNAL COM NOTÍCIAS • JULHO DE 2008 desporto

Sintra conquista Penta Campeonato de Basquetebol em cadeira de rodasA secção de Sintra da As-

sociação de Deficientes dePortugal (ADP) iniciou acriação de uma equipa debasquetebol para pessoasdeficientes em 1987 atravésde um desafio lançado porFelício Loureiro, que ocupa-va na altura um lugar de ve-reador na Câmara de Sintra,e que tinha sido jogador.“Na época foi-nos dado qui-nhentos contos para com-prarmos cadeiras e materialnecessário, sem que houves-se qualquer tipo de expecta-tivas relativamente à equi-pa”, adianta Victor Sousa,coordenador da Equipa.

“Eu fui o primeiro joga-dor da equipa e quando con-seguimos contratar um jo-vem conhecedor debasquetebol, começamos aapostar na área da formação.Recordo que na altura fo-mos os primeiros a trazer

um treinador jugoslavo aSintra. Apesar disto a pro-cura não tem sido fácil, du-rante anos tínhamos apenas6/7 jogadores e hoje já con-seguimos ter 12. As idadesvariam entre os 13 e aos 46anos e também inclui mu-lheres”, conta.

A partir deste momentoa equipa de basquetebolcresceu em qualidade e em1996 conseguiu conquistar oseu primeiro título nacional,repetindo o feito nas trêsépocas seguintes. Ao inícioas provas passavam por cor-ridas de estradas, onde con-seguiram ser campeões na-cionais durante dois anos,mas na época 91/92 foi or-ganizado o primeiro campe-onato nacional de basquete-bol em cadeira de rodas. Naépoca seguinte deu-se inícioà Taça e em 93/94 apareceua Supertaça.

“Os jogadores nas com-petições são pontuados con-soante a sua deficiência, asua classe funcional e o queconseguem fazer. A pontu-ação varia entre 1 e 4,5, sen-do que o somatório dos cin-co jogadores de campo nãopode exceder os 14,5.”

Com apoios apenas daCâmara de Sintra e da Juntade Freguesia, e de vez emquando de algumas empre-sas, a estrutura da delegaçãonão tem condições para ins-crever equipas em mais mo-dalidades, embora esse fos-se um dos desejos dadirecção. “Não possuímosrecursos humanos nemtransporte para inscrevermais equipas, apesar de serdo nosso interesse alargar aprática a mais modalidades.”

Este ano o campeonatofoi muito exigente e a equi-pa do concelho ressentiu-se

um pouco. “Iniciámos acompetição em finais deOutubro e só terminámosem Julho. Foi uma épocamuito desgastante e notou-se nas meias-finais da taçaem que fomos derrotados.No início do campeonatoestávamos um pouco rece-osos pela partida do capitãoda selecção, que actuava nanossa equipa, para Espanha,e pela operação à coluna deoutro atleta.”

No entanto a equipa nãose fez ressentir e excedeu asexpectativas, conquistandopelo quinto ano consecuti-vo o título nacional, depoisde ter estado quatro anossem conquistar nada, entre2000 e 2004. “Trabalhamospara ser campeões e com oobjectivo de ganhar. Portodo o dinheiro que gasta-mos não compensa fazerdesporto apenas pela saúde.

A perspectiva é jogar sem-pre para vencer, melhorar anível técnico e táctico e parasermos os melhores”, diz.

Para o actual secretário daFederação Portuguesa deDesporto para Deficientes,a aposta tem de passar pelosencontros internacionaisque ajudam a desenvolver ascapacidades dos atletas.“Quem vem para a modali-dade acaba por gostar dela,

na equipa de Sintra existeum ambiente extraordinário.Os atletas têm a possibilida-de de trocar experiências econhecimentos e de estaremcom pessoas iguais. Depoisde 6 meses a competir aauto-estima dos atletas émaior e a sua integração nasociedade torna-se mais fá-cil, passando a estarem maissoltos e menos tímidos.”

Ricardo Nascimento

FPAMM escolhe concelho de Sintra para sede

Criada em meados de Ju-nho, a Federação Portugue-sa de Artes Marciais Mistas,com sede em Mem-Martins,no concelho de Sintra, con-ta já com 32 clubes associa-dos. O Cidade VIVA esteveà conversa com Paulo Maga-lhães, ex-campeão europeude K1 e presidente da direc-ção da federação.

Dentro do mesmo órgãofederativo estão englobadas

outras modalidades, nomeada-mente o Submision e o K1. “AFederação surgiu da necessida-de de haver um órgão que re-gesse a competição de MMA,que já existia há algum tempo”,diz. O desporto de combateteve origem no Brasil, e nestemomento já é considerado umsucesso noutros cantos doMundo, como por exemplono Japão, Estados Unidos daAmérica e Europa.

“A ideia surgiu por haverfalta de regras e como eu jáfui praticante de K1, conse-gui reunir alguns dos melho-res treinadores e dirigentesnacionais, que nos faziamfalta na parte administrati-va.” O MMA é uma misturade todas as outras modalida-des, e ao longo do tempo

tem vindo a restringir as re-gras, de forma a proteger aintegridade física dos atletas.“Agressões com cotoveladasou através de cabeçadas nãosão permitidas”, explica.

Para o mestre Paulo, as ex-pectativas são grandes, nome-adamente no concelho de Sin-tra, que neste momento jácongrega quatro clubes regis-tados: Megagym, Bodymas-ter, Pêro Pinheiro e GURL.No entanto, nem todos osmembros da federação sãoentendidos na prática da mo-dalidade. Quem o diz é Dou-glas Lima, Presidente da As-sembleia-geral, “Muitos denós não sabe os termos téc-nicos da modalidade, mas háum ano que seguíamos o Pau-lo e víamos nele uma peça im-

prescindível neste aspecto.Tínhamos de confiar numatleta com uma capacidade deliderança como a dele, e pen-so que estão criadas todas ascondições para esta federaçãoser uma realidade.”

Como o próprio revela, “onamoro correu bem e foi pos-sível chegarmos à conclusãoque valia a pena apostar noPaulo e na sua equipa.” Paraalém da vertente desportiva,também a vertente social estáincluída no projecto. “O Pau-lo vai buscar a maioria dosseus atletas a bairros proble-máticos do concelho e con-segue incutir-lhes a vontadede ser um dia campeão.”

Segundo Vanessa Araújo,aluna e campeã nacional deboxe, “a modalidade serve

para descarregar o stress dodia-a-dia” e para atingir umsonho: “ser campeã mundial”.Este é um projecto que já estáa ser utilizado pela CâmaraMunicipal de Lisboa, que jápossui três centros de forma-ção para miúdos, na Musguei-ra, em Camarate e o Orien-tal, que os ajudará a integrarna sociedade através do boxe.

Segundo o mestre “o boxeé uma arte nobre, e que o co-nhecer minimamente vaicompreender como conse-guimos endireitar os miúdose ter o respeito deles.” Nestetipo de desportos o mestre sócoloca os atletas a combaterquando o mesmo tem 200%de possibilidades de sair ven-cedor. Tendo em conta que setrata de um desporto em que

existe contacto físico e con-tacto com sangue, os atletasinscritos são sujeitos a testesde HIV e de hepatite.

A criação do órgão temsido um sucesso e no dia 20de Setembro será realizadauma prova mista, com as trêsmodalidades, para inaugurar aFederação. Para Outubro eNovembro está programado oprimeiro campeonato de Sub-mision, subdividido por esca-lões e pesos. Para Paulo Ma-galhães, que foi convidadopara representar os desportosde combate do Benfica, este é“um passo que vai dar força ànossa federação e dentro deum ano o objectivo passa porcolocar um atleta e um treina-dor no campeonato do Mun-do que se realiza nos EUA.”

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CidadeVIVA – Trotilsignifica «substânciaexplosiva». É esta tambéma vossa definição enquantobanda?

Hugo (H), baixo – Defini-mo-nos ao vivo como umaexplosão em palco, daí sertrotil, o explosivo e não obagaço. Vem da energia quemetemos nos espectáculos.

CV – Como surgiu a ideia deformar uma banda de rock?

João (J), bateria – A ideiainicial foi do Herculano jun-tamente com um ex-mem-bro da banda, depois entreieu. O Hugo foi o últimoconvidado.Herculano (H), guitarra –Nós tivemos a ideia e ele[Hugo] foi o que fez o “cli-ck” para que começássemosa sério. Era o último membrodo grupo que faltava, o bai-xista. O pai dele também es-tava na música e ajudou-nosbastante a começar, deu-noso sítio, o material, e tinhamuitos contactos no meio.

CV – Quais são as vossasinfluências?

Sérgio (S), voz – Metallica,muito rock dos anos 80/90,AC/DC, Faith No More,sempre na onda do rock.

CV – Como foi a passagemdos covers para os origi-nais?

HU – Começamos comobanda de covers porque éuma maneira de ganhar ex-periência em palco, umamaneira dos músicos se co-nhecerem e haver uma mai-or coesão da banda. Isso nãoexiste numa banda que co-mece logo a querer fazer ori-ginais, porque depois sóconseguem dar um concer-to por ano na garagem de umamigo porque mais ninguémos conhece. Entramos noscovers mesmo para ganharesse à vontade para quandofosse preciso tocar originaisninguém dissesse que nãotínhamos experiência. Etambém para ganhar dinhei-ro que financiasse o projec-to de originais, como esteálbum, que foi integralmen-te financiado por nós. Tudograças aos concertos quedávamos em público.J – É mais fácil quando lan-ças um álbum de originais aspessoas já te conhecerem. Jásabem qual é o som da ban-da. Começar como umabanda de covers é essencialpara dar a conhecer o nome.HE – Em Portugal ainda émuito complicado começarlogo com originais e haver

um espaço onde essas ban-das possam actuar.

CV – Os originais sãotodos em português. Éfundamental para vocêscantar em português?

Todos – É.S – Quando eu entrei paraos Trotil o álbum já estavafeito. Fiz basicamente a in-terpretação. Pessoalmentesempre me senti mais à von-tade a cantar em inglês, maseste trabalho também mesurpreendeu pela qualidadedas letras, que em portugu-ês é muito difícil de se con-seguir. O álbum assim ficoumuito bem conseguido.

CV – O que é que sentirama primeira vez queouviram “Puro Amor” narádio?

S – Eu ainda não ouvi, mastive a sorte de ir a Alenquerem trabalho e estava lá umsenhor que se virou paramim e disse: “Epá na segun-da-feira estava na garagem aarrumar umas coisas e come-cei a ouvir uma música. Bemme parecia que conheciaaquela voz. Era a vossa mú-sica.” Foi um orgulho!

CV – É difícil fazer umamúsica emconjunto? Comoé o vosso processode produção?

HE – Às vezes es-tamos na brinca-deira no ensaio àespera que o voca-lista chegue ouacabe de fumar esurgem umas coi-sas.HU – Depoiscada um dá o seutoque e começa-mos a criar aospoucos. Grava-mos as ideias e

depois vamos para casa ecada um tenta aperfeiçoá-las.

CV – Quanto tempodemoram até terem umamúsica pronta?

J – O problema é que nósnão podemos dar um tem-po certo para criar uma coi-sa. Às vezes acontece eu es-tar a fazer um ritmoqualquer e de repente acor-do à noite e penso que háoutro que pode ficar melhore acabo por mudar.HE – Ainda não temos aque-la pressão de ter que compornum determinado espaço detempo. Mas sonho com o diaem que me vão dizer que sótenho duas semanas. No en-tanto, nunca tocamos as mú-sicas da mesma maneira. Hásempre um pormenor qual-quer que se vai acrescentan-do de cada vez que tocamos.

CV- Conseguiram gravar umdisco mas também têm umespaço na Internet onde dãoa conhecer a vossa música. Oque pensam da partilha demúsica na Internet?

HU – Eu acho que é uma boaideia, apesar das nossas nãodarem para fazer download.HE – Tem prós e contras.Não concordo muito. Achoque é bom em termos de di-vulgação e promoção, masainda sou a favor do tradici-onal, de ir à loja e comprar.J – Os CD são caros, porquea música ainda não é encara-da como cultura e leva umataxa de IVA maior. A dife-rença é que pago mas tenhoo original, porque gosto mes-mo da banda e ao comprar oCD estou a ajudar essa ban-da, ao sacar a música não.HE – É também pelo “livri-nho” [booklet] que acompa-nha o CD e é mais um meiopara a banda mostrar a suacriatividade, e isso tambémé importante.

CV – A banda sofreualgumas alterações desde asua formação. Quais asprincipais diferenças desdea entrada do Sérgio?

HE- O ambiente é maisleve. O Sérgio é uma pessoamais fácil de lidar, compa-rando com o Pedro, o ex-vocalista. No ambiente degrupo o Pedro levava asquestões pessoais para oambiente da banda e isso nãoera bom. O Sérgio é maiscalmo e em termos musicaistem mais as nossas influên-cias. Em termos do timbreda voz o Sérgio é aquilo quenós procurávamos. O Pedrotambém cantava bastantebem mas o Sérgio é o que seadequa mais com o nossogénero de música.HU- E é maluco como eu(risos).

CV – O que é que significapara os Trotil tocar aovivo?

S – Significa tudo. É o quenos faz andar aqui é essapossibilidade de tocar aovivo.HE – Posso ter uma semanahorrível mas se souber quena sexta ou sábado vou to-car passa a ser a melhor se-mana do mundo.HU – Somos uma banda deestrada e uma banda derock‘n’roll que vive do palco.

CV - Qual é o palco ondegostariam mais de tocar?

J – Há o mítico Wembley ...HE – Qualquer palco ondeestivessem a tocar Metallica,Pantera e Megadeath.HU – Em Portugal, no Co-liseu dos Recreios.S – Eu gostava de tocar noRock in Rio.J – Rock in Rio, Super BockSuper Rock…Em todosaqueles festivais míticos por

onde passam bandas derock. Como já não há oRock Rendez Vous…há osoutros “rocks”.

CV – E com que bandagostariam de partilhar essaactuação?

HE e J – Metallica ou Pan-tera.HE – Há um músico em Por-tugal com quem eu adoravapartilhar o palco, que é o RuiVeloso. Fazer uma Jam Ses-sion com o Rui Veloso paramim era um espectáculo.HU e S – Com qualqueruma dentro da onda rock.

CV – Quais são os vossospróximos projectos?

Todos – Tocar até que a voznos doa…E os dedos também.HE – Começar a gravar onosso segundo álbum. Talvezno espaço de um, dois anos.J -Temos que ver o que va-mos conseguir fazer comeste álbum e, só a partir daí,definir um tempo e um es-paço para fazer o seguinte.HU – O objectivo é conso-lidar a nossa carreira em Por-tugal e conseguirmos viverdos Trotil.

CV – Qual é a principalmensagem que os Trotilquerem passar ao público?

HU – Muito rock nessa ca-beça, é o que a gente quer.J – Queremos provar que orock não morreu, porque orock nunca morre. A músi-ca, a meu ver, comanda a vidade qualquer pessoa, e nós es-tamos aqui para que a nossamúsica seja essencial tam-bém para comandar a vida dealguém.HE – O rock português estáem coma mas os Trotil vãoser o choque de adrenalinaque vai revitalizar o rock emPortugal.

Filipa Galrão

página jovem

Trotil«Somos uma banda de

rock’n’roll que vive do palco»Os Trotil derivam do explosivo e não do bagaço. Têm seis anos e começaram comobanda de covers. A persistência e a comunhão de influências entre os quatroelementos levou-os a gravarem um disco de originais por conta própria. A sede depalco e a vontade de viver da música num país onde o “rock está em coma” estáprestes a levá-los ainda mais longe. O CidadeVIVA entrevistou-os no bar Rock n’Shots, em Cascais, onde, no meio de uma conversa animada e algumas imperiais,nos revelaram as histórias e ambições de uma banda de estrada.

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PÁG 11 |O JORNAL COM NOTÍCIAS • JULHO DE 2008empresas

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Festa de encerramento

do ano lectivoO encerramento de um ano lectivo é sempre

um momento de grande alegria. É o momentoque as crianças vão finalmente assumir-se comoactores num grande espectáculo com público. Eque público! Familiares, amigos e colegas vãover tudo o que cada um aprendeu com as educa-doras e as professoras ao longo de nove mesesde ensino e aprendizagem.

Aos pais, vão poder mostrar ao vivo tudo oque lhes foram contando e mimando na sala eno corredor durante o ano. Agora, integrado noconjunto dos colegas, vão mostrar a sério as pi-ruetas e as cambalhotas de que tinham faladoem casa. No colégio Eça de Queirós, em MemMartins, a festa de encerramento do Ano Lecti-vo de 2007/2008 realizou-se no dia 21 de Ju-nho e culminou a Semana Cultural, a Feira doLivro e a Exposição dos Trabalhos Escolaresdesenvolvidos ao longo do ano.

As três valências ministradas - Creche, Edu-cação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico- mostraram as suas habilidades em ginástica,música, judo, ballet, dramatizações e dança. Tudoisto serviu como suporte para todos mostraremo desenvolvimento global que lhes é ministradona escola que os pais escolheram para os prepa-rar para a vida.

A festa começou cedo. Antes das nove horasjá se executavam os penteados e as pinturas faci-ais nas meninas do ballet. Depois, os “maillots”e os “tutus” foram sendo vestidos e alindados.

Lá fora, começava a azáfama de preparar o am-biente: linóleo no piso, tapetes de segurança parajudo e ginástica, instalação sonora, cenários, ca-deiras para as visitas, etc.

Às nove e meia já a expectativa se lia nos ros-tos dos pais e amigos: “Como se irá comportara minha criança?” dizem uns. “Irá esquecer-sedo esquema?” pensam outros. A festa propria-mente dita começa com o Hino Nacional: “He-róis do Mar, Nobre Povo, Nação Valente e Imor-tal …”. Uns cantam, outros trauteiam, algunsnem por isso.

Segue-se a actividade de judo: aquecimento,cumprimentos, luta, cumprimentos, entrega denovos cintos que atestam a promoção ao esca-lão seguinte e despedida. A seguir vem o ballet,com as roupas coloridas e as saias tufadas, graci-osas com os “tutus”. Marcação correcta. Artis-tas compenetradas respeitando as marcações. Arprofissional de quem sabe estar a representar “umpapel”. Muitas palmas, muitas fotografias. Saí-da de cena com elegância.

Momento de ternura com os alunos de 2 anosa participar na coreografia “Bebé Lili”. Depoisos alunos de 3 e 4 anos numa Suite instrumen-tal e os de 3, 4 e 5 anos com “sons do corpo”, oinstrumental “Marcha Turca” e a coreografia“Linda Sereia”. A seguir veio a ginástica. Muitoritmo, muita música, muita animação, nummexe, mexe sem fim. “Energia dos mais novos”,dizem os mais velhos.

E vimos os alunos de Língua Inglesa a can-tar “Head, Sholders, Knees and Toes” com pro-núncia “very cockney”. E os alunos de 5 anos –os velhos – foram receber os diplomas que ates-tam que terminou a Pré-Primária e estão aptos ainiciar os estudos do 1.º Ciclo do Ensino Básico– lá, onde se aprendem letras e contas e tudo.Seguiu-se a visita à exposição e um docinho paraacompanhar o “chá, café ou laranjada” e fazerboca para o almoço.

À tarde, foram os alunos do 1.º ciclo a mos-trar o que aprenderam. Os novos espectadoresviveram as mesmas angústias dos assistentes damanhã, mas ninguém esqueceu o que aprendeupara mostrar na Festa. Depois do Hino Nacio-nal, que todos conhecem de cor, começou a de-monstração de judo que terminou com a impo-

sição dos cintos de novas cores, atestando a pas-sagem de grau.

O corpo de ballet mostrou com graciosidadea difícil marcação ensaiada com a professora.Chegou o frenesi da ginástica. Ritmo, alegria eanimação sem fim, antecederam a peça teatralapresentada pelos alunos do 4.º ano e a exibiçãoem Inglês de todas as turmas.

Todas as turmas cantaram e tocaram cominstrumentos improvisados (fundos de cadeiras,garrafões de plástico, etc.) antecedendo o “mo-mento alto”: a entrega de diplomas aos alunosque terminaram o 4.º ano e vão transitar paraoutra escola. Lágrimas, alegria, emoção... detudo se viveu nessa cerimónia de imposição dascapas e das pastas com fitas. Um dia que os alu-nos e os pais não vão esquecer tão cedo.

Colégio Eça de Queirós

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O tempo quente propíciaà preguiça, à vontade de fazerpouco, sobretudo no que tocaa tachos e panelas. Tenho in-sistido na importância de vol-tarmos à cozinha, de reinven-tar receitas, de viver osalimentos: tocar, cheirar, ex-perimentar. Cozinhar está namoda, e a prová-lo estão osnovos chefes: rapazes giros,muito práticos, que tratam acozinha por tu e em grandeestilo. Pois é isso mesmo que

se pretende: uma cozinhasimples, rápida e muito sau-dável. Deixo-vos então algu-mas receitas muito básicas,óptimas para o pós-praia ouo pós-trabalho-depois-de-um-dia-de-calor!

PPPPPara 4 porções:ara 4 porções:ara 4 porções:ara 4 porções:ara 4 porções:

Salada de bacalhau1 posta de bacalhau (oupaloco) demolhado; 1 latade grão cozido; 2 ovos; 3

tomates.Coza a posta de bacalhau.

Coza os ovos. Numa traves-sa, junte o grão, o bacalhaudesfiado, os ovos picados eo tomate cortado. Temperecom salsa picada ou alho pi-cado e azeite.

Salada de Frango½ frango; ½ pacote massafusilli; 3 rodelas de abacaxi(ou ananás de lata); 2cenouras raladas.

Coza o frango na panelade pressão. Coza a massa.Desfie o frango, junte a mas-sa, o abacaxi cortado aoscubos e a cenoura ralada.Tempere com molho de io-gurte (1 iogurte natural ba-tido com sal, pimenta, oré-gãos e colher de chá demaionese).

Mistura no Wok (ou nafrigideira antiaderente)½ pacote de noodles (massachinesa: encontra-se emqualquer supermercado); 2courgettes; 2 cenouras;cogumelos; ½ pimentovermelho); alho; molho desoja.

No wok ou numa frigi-deira antiaderente coloque 1colher de sopa azeite e oalho picado. Junte a courget-te às rodelas, a cenoura rala-da, o pimento às tiras e oscogumelos. Salteie os legu-mes em lume médio, mexen-do sempre. À parte, coza amassa em água durante 3 a 4minutos. Escorra a massa ejunte aos vegetais. Temperecom molho de soja (não co-loque sal).

Pizza de atum2 Bases de pizza, 2 latas deatum conservado em água,queijo magro ralado.Molho tomate: 1 cebola,alho, polpa de tomate,orégãos; 1 colher sopa azeite.

Num tacho coloque a ce-bola e o alho picado com oazeite. Junte a polpa de to-mate e os orégãos. Assim quea cebola estiver cozida, tritu-re com a varinha mágica.

Barre as bases de pizza como molho, divida o atum desfi-ado e polvilhe com o queijoralado. Pode acrescentar mi-lho, tiras de pimento, cogume-los ou ananás. Leve ao forno.

Arroz de polvo1 polvo congelado; 2chávenas de arroz; 1 cebola;alho; polpa de tomate; azeitee salsa ou coentros.

Coza o polvo na panela depressão em água e sal (ounum tacho com uma cebola– quando a cebola estiver co-zida, o polvo também está).

Num tacho deixe alourara cebola picada e o alho com1 colher de sopa de azeite.Junte um pouco de polpa detomate. Junte o polvo cozidoe cortado aos pedaços, junta-mente com a água de cozedu-ra. Deixe levantar fervura eadicione o arroz. Rectifiqueos temperos e deixe cozer. Nofim, juntar salsa ou coentros.

Já se sabe que a sopa nãopoderá faltar, assim comouma boa salada (alface, toma-te, pepino, rúcula, beterraba,couve-roxa…)!

Para sobremesa, nada me-lhor que as frutas da época: me-lancia, melão, pêssego, nectari-nas, cerejas, meloa, ameixas,alperces, damascos…

Agora “não saber o quefazer para o jantar” já não édesculpa para o bife com asbatatas fritas de sempre:aproveite as dicas e goze umverão mais leve.

Associação Portuguesa de Dietistas

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saúde

Todos podem vencer navida. Alguns apenas esco-lhem não o fazer. Seremosnós que determinamos avida, ou ela que nos escolhe?

Assistimos a uma diversi-dade de vidas. Na verdade, ovencer na vida acaba por seralgo muito relativo. As inve-jas que se constroem face aosoutros são muitas: o seu di-nheiro, posição social, profis-são, inteligência, sociabilida-de, família. Como será que láchegaram? O que fizeram de

mais censurável para o con-seguir? Quem enganaram ousubornaram? Será que foiapenas sorte?! Sim, a tendên-cia parece ser procurar a tra-paça na tentativa de justifica-ção do sucesso dos outros,principalmente quando estesbrilham por comparação àobscuridade e vazio das nos-sas vidas. A censura e a pro-cura da imoralidade funcio-nam como elementosdestruidores das conquistasalheias, sossegando as culpas

individuais de quem se sentea ver passar a vida. E porquenão fazer pela vida?

Poderemos considerar al-gumas atitudes: a não reacçãoperante a vida como um des-crédito em si próprio e napositividade, ou o refúgio nafantasia que leva a que o queseja desejado no pensamentonão seja concretizado na prá-tica, e portanto na realidade.Rejeitam-se as conquistas e,dessa forma, o que é impor-tante alcançar e concretizarno projecto de vida, porquenos centramos no esforço,dificuldade ou até imprevisi-bilidade do caminho. Dá tra-balho, cansa, poderá aconte-cer algo que nos fuja aocontrolo, ou seja, não saímosda zona de conforto. Há ain-da quem esteja aprisionadoaos imperativos morais de quea vida deve ser apenas respon-sabilidade e nunca prazer. Parase parecer suficientemente

adulto, dever-se-ia abdicar doque sabe bem e manter-seuma vida convencional, queparecesse aos olhos dos ou-tros responsável e comedida.Na verdade, é como se não sepudesse querer mais da vida,porque ter ambição seria ex-travagância ou loucura.

Tendemos a colocar longe,na impossibilidade, o que nosassusta ou nos faz investir eentregar, e esta atitude derivado efeito das defesas psicoló-gicas na personalidade. Preci-samos de nos convencer deque não sejamos capazes, paranão nos depararmos com asnossas dificuldades, erros, fa-lhas, fraquezas, no fundo,com as nossas imperfeições,que atacariam a imagem nar-cisada que necessitamos man-ter para que não tenhamosque nos confrontar com anossa baixa auto-estima e des-valorização pessoal. Decertoque apercebermo-nos das

nossas partes más tenha quenos trazer sentimentos detristeza e desilusão, um so-frimento a evitar. Tentar enão conseguir sem dúvidaque fará sofrer. Mas estarãoisentas de sofrimento as pes-soas que não vão atrás da vidae se deixam viver vidas quenão são as suas ou que se afas-tam das vidas possíveis quepoderiam ter tido? Viver novazio ou na frustração nãoserá em si um grande sofri-mento?

E se pensarmos que, à par-te de circunstâncias concre-tas da vida que impossibili-tem de todo a concretizaçãodos nossos desejos, como osão as doenças, sejamos ca-pazes de tudo se tivermos acoragem de tomar as inicia-tivas certas? E se tentar e nãoconseguir (ou somente con-seguir parte do que se dese-jou) não possa também pre-encher, pela riqueza da

experiência? E se utilizarmosa inveja como um sentimen-to positivo que nos alimentea ambição e nos faça reagir?

É sempre possível vencerna vida, se não à maneira dosoutros, pelo menos à nossa.E uma coisa é certa: o orgu-lho pessoal por termos sidoquem em nós próprios acre-ditou primeiro.

Na próxima edição:

Depressão ping-pong

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Já sabe a Verão! Por: Raquel Ferreira – Dietista

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2005

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PÁG 13 |O JORNAL COM NOTÍCIAS • JULHO DE 2008

Hoje, quando o impériodas siglas tudo domina, mui-tos de nós já depararam como termo G8. À primeira vis-ta lembrará a marca de umapastilha contra a hiperacidezgástrica, ou de um bólide,quiçá mesmo de um tipo dearmamento que arrecada oprimeiro prémio em todas aslucrativas (e legais) feiras in-ternacionais de utensíliospara matar bem e depressa.Os mais imaginativo-distra-ídos, poderão até ser levadosa pensar tratar-se de um gru-po rock composto por oitogatos invertebrados, uma as-sociação de oito gigolôs apá-tridas ou, para as mentesmais perversas, uma uniãode oito charmosos e bemdisfarçados malfeitores.

O G8 não é nada disso.Segundo uns quantos palra-dores, é um grupo de pesso-as tidas por importantes eque dizem representar os pa-íses mais industrializados eeconomicamente desenvol-vidos do Mundo (não sei sepor homenagem ao YulBrynner, começou por serG7, até que a democrática(?) Rússia obrigou a acres-centar mais um número).

Sempre que decidem tro-car uns indecifráveis abra-ços, os G8, certamente con-tra a sua vontade, sãoobrigados a reunir em hotéisde luxo, a saborear num diao que milhões nunca comemnuma vida e a decidir da sor-te dos irracionais, dos raci-onais e dos nem por isso,mais da fome, da malária, dopreço do petróleo e do aque-

cimento global, tudoisto –

ima-g i -n e -

se osacrifício

– em meiadúzia de inten-

sas horas!Mas, arrelia

das arrelias,os nobilíssi-

mos G8não têmdireito adesfrutara liberda-de de sereuniremnuma ten-da igual à

do Kadafi,sem que sejam im-

portunados por assanhadoscontestatários, amorosa-mente vigiados por exércitosarmados até aos dentes! E aque ponto chega a ingrati-dão! Onde é que já se viuuma pessoa andar numalufa-lufa, avião para aqui, li-musine para acolá, anos a fiosem Domingos, feriados eférias, tudo com a inestimá-vel preocupação de cons-truir um Mundo melhor,mais justo, para, no fim, ver-se ridicularizado em enor-mes e cómicos bonecos aoestilo dos Zés Pereiras e Ca-beçudos! Francamente!

E se dúvidas existissemquanto ao que vai no cora-ção do G8, atente-se no re-sultado do recente encontrorealizado na ilha de Hokkai-do, no norte do Japão, ondeas mudanças ambientais e adramática crise alimentarmundial terão marcado aagenda: quanto à fome queamachuca o Mundo, por en-tre sorrisos, foi um regalover abrirem-se os cordões decaritativas bolsas; e, ainda in-satisfeitos, os estadistas dei-xaram - sob palavra de hon-ra? -, a certeza de“ponderar” a criação de umacomissão para lutar contra oflagelo! (não sei se a decla-ração final da Cimeira o re-fere, mas é de crer que essa

comis-são obtenhaimportantes deci-sões em tempo hu-manamente útil).

Contudo, qual cata-rata de esperança que calarápessimistas empedernidos, amais enérgica conclusão daCimeira do G8 terá a vercom o compromisso de, até2050 – note-se que não épara 2100 ou 2150 -, reduziras emissões de gases comefeito de estufa em pelo me-nos 50 por cento, com vistaa salvar o Planeta e, presu-mivelmente, os seus habi-tantes.

Dir-se-á que, até 2050,decorre um montão de tem-po, durante o qual a situa-ção se agravará irreversivel-

m e n t e .Sejamostoleran-t e s :Roma e

Pavia não se fizeram num diae ninguém garante que osalarmados cientistas não es-tejam redondamente enga-nados nos seus estudos e sóqueiram mangar com os po-líticos!

Mas, é claro, os mais cí-nicos sempre poderão de-fender que os G8 apontarampara 2050 uma vez que, nes-sa altura e acreditando namatemática, eles já terãomorrido e ninguém lhes pe-dirá contas. Será? Sejamosjustos, mas isso não faz sen-tido: se retirarmos umas

quantas dezenas de madurosque se disponibilizam paralevar uma arrochadas sem-pre que contestam os “do-nos” da Terra, alguém já viua população mundial preo-cupar-se, unânime e decidi-damente, em decretar umaparalisação de protesto con-tra todos os seus (ainda vi-vos) governantes?

Bem, que ninguém penseem promover, agora, umagreve global, mesmo queconte com a ajuda da CGTP!É que estamos no Verão, háos Jogos Olímpicos e, nãotarda, arrancam os campeo-natos de futebol! Por favor,a Terra que espere (e quemtem fome que desculpe, masjá é tempo de morrer).

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| PÁG 14 O JORNAL COM NOTÍCIAS • JULHO DE 2008

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Escritório muito central, empreendimento de referência (Agualva Shopping), wc privado, calhas técnicas.

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ESCRITÓRIO – ATELIER – AGUALVA 68.300€

Quinta com área de 4.100m2, construção com 300m2, T5. Zona sossegada, vistas deslumbrantes.

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QUINTA – T5 – VARZEA DE SINTRA 720.000€

Moradia Nova, com muito charme e bom gosto. Excelente exposição solar.

imoribeirinha @sapo.pt

MORADIA T3+1 – AZENHAS DO MAR 455.000€

Apartamento de Autor. Muito cachet.

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T3 – QUINTA DA BELOURA 345.000€

Andar alto, vista total Serra de Sintra. Lareira, apartamento como novo.

Joana Gonçalves T.M. 93 617 07 77

T2 – RINCHOA POENTE – RIO MOURO 102.000€

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PÁG 15 |O JORNAL COM NOTÍCIAS • JULHO DE 2008lazer

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AGENDA AGOSTO 2008

Esta é uma exposição da Colecção Berardo comissariada por Romaric

Sulger Büel, que reúne o trabalho de vários artistas madeirenses. Cinco

artistas apresentam cinco caminhos diferentes, cinco explorações, às vezes opostas, mas sustentados pela mesma relação A oportunidade que lhes foi oferecida pelo Sintra Museu de Arte

Moderna – Colecção Berardo permitir-lhes-á sair do âmbito insular para

alcançar um público diferente, certamente mais vasto e curioso, que

poderá descobrir a diversidade e a qualidade de expressão apaixonante de cinco criadores provenientes de uma parte de Portugal ao mesmo tempo

próxima e distante.” Mais informação: www.berardocollection.com. Todos os dias excepto segundas, das 10h as 18h.

Preço: 1,5 a 3 euros. Gratuito para todos aos Domingos das 10h às 14h.

“Brinquedos dos anos 60 ... até aos nossos dias”Até 30 de Outubro, Museu do Brinquedo de Sintra

Corpo e Matéria, Cinco Artistas da MadeiraAté Novembro, Sintra Museu de Arte Moderna

Em 2007, o Teatro TapaFuros apresentou o espectáculo Folia nos

Jardins da Quinta da Regaleira. Apesar do sucesso alcançado, o grupo acredita

que a proposta não se esgotou e propõe-se revisitar o texto de Paulo Borges e encenação de Rui Mário. Novamente

com a parceria da Fundação CulturSintra e apoio da Câmara de Sintra, o

TapaFuros aposta na renovação do elenco e numa nova parceria na área da cenografia para criar esta nova Folia e atrair novos públicos. O espectáculo

entra em cena de quinta a sábado, às 22h e aos domingos às 20h. O “Folia” tem carácter volante e decorrerá ao ar livre, pelo que é aconselhavel levar agasalho e

calçado confortável. Os bilhetes vão custar 16 euros. Reservas e informações: 707 234 234 ou [email protected].

Folia, Tu és issoDe 3 de Julho até 14 de Setembro, Quinta da Regaleira, Sintra

Fado, flamenco, reggae, folk, electrónica e muito mais. Músicas de todo o mundo e de todos os tempos

convivem no festival internacional Sete Sóis Sete Luas. Este ano na XVI edição, é promovido por uma Rede Cultural de 30 cidades de nove países: Cabo Verde,

Croácia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Portugal. O Festival inclui projectos de música

popular, teatro de rua, artes plásticas, com a participação de grandes figuras da

cultura europeia e mediterrânea. Recebeu o apoio da União Europeia com os Programas Caleidoscópio,

Cultura2000 e Interreg IIIB Medocc, pela dimensão europeia e qualidade cultural do projecto. Os Presidentes

Honorários do Festival são os Prémio Nobel José Saramago e Dario Fo.

Mais informação: www.7sois7luas.com/

Festival Sete Sóis Sete Luas Até 15 de Novembro, Fábrica da Pólvora de Barcarena

Até final de Outubro estará patente ao público na Sala de Exposições

Temporárias do Museu do Brinquedo de Sintra uma Exposição intitulada “Brinquedos dos anos 60 ... até aos

nossos dias”. Nesta exposição poderão ver-se várias bonecas e vários

ambientes da Barbie, nunca antes expostos, Action Men, construções Lego e Playmobil, figuras de banda desenhada e promocionais, vários

brinquedos de lata, com funcionamento a pilhas, igualmente

nunca expostos, uma casinha de bonecas feita no Museu, etc. Horário:

de terça a domingo e feriados das 10h00 às 18h00. Preço: 3 euros.

Crianças, estudantes e idosos: 1,5 euros. Mais informação: www.museu-

do-brinquedo.pt.

l i v r o d o m ê s

Assim matamos portuguesesOs dez crimes que chocaram Portugal

Ricardo MarquesEsfera dos Livros

Numa altura em queabundam as notícias decasos policiais que nosprovocam assombro e nosimpõem questões que seprendem com as reais mo-tivações dos criminosos,A Esfera dos Livros, edi-tora sempre atenta à ac-tualidade, acaba de editareste “Assim matam osportugueses - Os dez cri-mes que chocaram Portu-gal” de Ricardo Marques,jornalista da Revista Sá-bado.

A história de qualquerhomicídio é a história daspessoas que morrem, daspessoas que matam e das quetentam encontrar os responsá-veis pelo crime. São histórias decrimes cometidos por dinheiro,por ciúme, por loucura. As armassão pistolas, caçadeiras, facasou as próprias mãos. Os assas-sinos são homens e mulheres,novos e velhos. Desde o pacatocabo da GNR que matou três ra-parigas, ao reformado que um diaassassinou metade de uma al-deia e se suicidou, passando pelofamoso caso da Praia do Osso daBaleia e pela sucessão de mor-tes ligadas aos estranhos negó-cios da noite do Porto. A psicolo-gia do assassino é um mistériodifícil de desvendar. Mas seráque os portugueses têm um modoespecial de matar?

«Ricardo Marques traz-nos,através do olhar do jornalista,uma teia de diferentes homicídi-os e das formas como a PJ osabordou. Como resolveu muitose deixou alguns por resolver. Re-cupera memórias recentes, casos

de grande visibilidade mediática.Não se coloca na posição domoralista, hoje muito em voganalgum jornalismo de emoções,apenas reconstrói factos semdeles querer ser juiz ou fazer ho-milia. É um livro bem escrito. Quenos conduz às entranhas do ho-micídio. (…)» Francisco MoitaFlores no Prefácio

Ricardo Marques vai para alémdos crimes que abundam nas pági-nas dos jornais.

Por: Carla Major

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A Junta de Freguesia deRio de Mouro, em Sintra,inaugurou este mês o sextoforno crematório de Portu-gal Continental. O equipa-mento foi construído pelaempresa funerária Servilusa,que irá explorar e manter asinstalações nos próximos 20anos. A empresa prevê rea-lizar 250 cremações por anoe a procura é tal que a pri-meira cerimónia decorreu aseguir à inauguração.

O concurso público, lan-çado há nove meses, “é oexemplo da inovação quedeve ser prosseguida por to-das as autarquias”, conside-ra António Balha e Melo,director-geral da Servilusa.“Foi um casamento perfeitoentre o sector público esta-tal e o sector privado”, acres-centa. Para a autarquia, a pri-meira do país a ter umequipamento desta nature-za, trata-se de “uma afirma-ção de Rio de Mouro, a se-gunda maior freguesia deSintra, o segundo maior

concelho do país”, referiu opresidente Filipe Santos.

O forno vem dar respostaà falta de espaço no cemitériolocal e à crescente procura poreste tipo de ritual fúnebre. “Ocemitério tem alguma dificul-dade na decomposição doscorpos, que demora algumtempo e cria dificuldades deespaço, pelo que o forno foipensado para dar resposta aeste problema”, explica VítorBranquinho, tesoureiro dafreguesia e responsável peloscemitérios.

Além disso, “os dois for-nos de Lisboa estão numasituação de fragilidade téc-nica que não permitem rece-ber corpos de outros conce-lhos”, refere António Balhae Melo. Esta situação é doconhecimento da junta defreguesia, que sabe que onovo crematório passará aser a primeira opção no dis-trito. “O forno dos Olivaisestá com problemas e há di-ficuldades no distrito de Lis-boa, mas tentaremos dar

também resposta a crema-ções de outros concelhos”,assegura Vítor Branquinho.

O crematório irá funcio-nar “365 dias do ano, até às24 horas por dia” e estaráaberto a todas as agências fu-nerárias. Antes da inaugura-ção, as instalações foram ben-zidas pelo padre Carlos, daIgreja Matriz de Rio de Mou-ro, que não escondeu o espan-to perante o novo equipamen-to: “quase que apetece dizer:dá vontade de morrer… Hápromoções?”, perguntou emtom descontraído.

A obra custou 400 mileuros, pagos pela Servilusa,que terá ainda de pagar umataxa de exploração e o alu-guer mensal à junta de fre-guesia. As cremações vãocustar 195 euros, sendo ocusto inferior para a crema-ção de ossadas, que custa 120euros. O espaço inclui umasala totalmente equipada paratanatopraxia, onde podemser realizados tratamentos docorpo ou embelezamentos,

bem como autópsias se oInstituto de Medicina Legalassim o entender.

O crematório possui ain-da vertente tecnológica ino-vadora na “sala da últimadespedida”, que permite “ovisionamento do históricodo falecido num monitor,bem como a exibição de ima-gens da urna dentro da salade cremação, antes de entrarno forno e durante a enco-mendação pelo padre”, ex-plica Balha e Melo.

No exterior, existe um “jar-dim da memória”, onde po-dem ser depositadas as cinzasem anonimato, e um colum-bário com 144 espaços que osfamiliares podem alugar paracolocar as urnas com as cin-zas. “Somos o que somos, se-res que não nos repetimos enão devemos ter medo destarelação público-privado”, sali-entou o presidente da Câma-ra, Fernando Seara, presentena inauguração entre autarcaslocais e moradores que quise-ram conhecer de perto o novoequipamento.

Apesar de “ainda haverquem pense erradamente quea Igreja é contra a cremação”,como lembrou o padre Car-los, esta opção “têm cresci-do exponencialmente emLisboa, onde 30% dos óbitosque vão para os sete cemité-rios da capital são para cre-mação”, afirma Balha e Melo.Este ritual fúnebre, diz, “éum acto final higiénico, de-finitivo, e tem a particulari-dade de as cinzas poderemser levadas pela família”.

Luís Galrão

cidadeO J O R N A L C O M N O T Í C I A S

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Rio de Mouro inaugura crematórioA Junta de Freguesia de

Monte Abraão classifica de“ilegal” a “recusa de co-laboração” demonstra-da pela Câmara deSintra no âmbitodo processo con-tra a linha demuito altatensão Fa-n h õ e s -Trajou-c e .“ OTri-bunal deve ordenar que aCâmara dê cumprimentoaos esclarecimentos solicita-dos”, considera a presiden-te Fátima Campos, que ape-lida de “surreal” a postura de“segredo de estado” da Câ-mara.

O caso remonta a Junho,quando o Tribunal de Sintranotificou a autarquia a “infor-mar em juízo sobre o cursodas negociações a respeito dalinha”. O pedido do colecti-vo de juízes resultou de umrequerimento da Junta de Fre-guesia, que pretendia que aCâmara esclarecesse o Tribu-nal sobre o processo negocialanunciado em Dezembropelo Ministro da Economia eInovação. Segundo ManuelPinho, “foi nomeada uma co-missão tripartida entre a RedeEléctrica Nacional (REN), aCâmara de Sintra e os mora-dores de forma a identificarum traçado que permita en-terrar a linha”.

O Tribunal considerouque “caso estejam as entida-des públicas envolvidas a re-

analisar os termos do traça-do da linha ou o modo do

seu atravessamento”, essefacto “não deixará de

reflectir-se sobre adecisão a proferir”.

Mas na respostaao pedido de es-

clarecimento,o presiden-

te da Câ-m a r a

alegaque“ a

assumpção pública pelo Mu-nicípio de qualquer posiçãosobre o teor ou estado doscontactos mantidos com oMinistério da Economia e daInovação e com a REN po-derá configurar-se comoinadequada, compromen-tendo mesmo a defesa do in-teresse público, com claroprejuízo para o regular fun-cionamento das institui-ções.”

Para a Fernando Seara,“prestar os esclarecimentossolicitados equivaleria à toma-da de posição pelo Municípiono âmbito de uns autos emque nem sequer é parte, coma consequente e indevida an-tecipação de uma decisão quesó à Administração competetomar”. Já a equipa legal querepresenta Monte Abraãotem outro entendimento: “oque se solicita é tão somenteque o Município informe dodecurso das negociações, nãose verificando nenhuma dashipóteses legais de recusa le-gítima de colaboração”.

LG

Monte Abraão insiste emesclarecimentos da Câmara