quÍmicos - 31

12
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém Santos - Ano 19 - Dezembro/2014 Jornal Jornal Reação Química Reação Química Filiado à www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista Sindicato presente na reunião da Anglo Sindicatos da Vale se reúnem em Praia Grande Votação do Turno CBE no sindicato Leia mais na PÁGINA 4 Leia mais na PÁGINA 9 Leia mais na PÁGINA 12 LIMA COP 20 O Presidente do nosso Sindicato é o Secretário Nacional de Meio Ambiente da Força Sindical, e como tal fez parte da delegação oficial da reunião sobre o clima que ocorreu em Lima (Peru) na primeira quinzena de dezembro. PÁG. 7 PÁGINA 12 PÁGINA 7 PÁGINA 12 Normas Reguladoras: Inspeções VOTAÇÃO ADITIVO VALE Turno Columbian Chemicals

Upload: cassiobueno-grafica-e-editora

Post on 06-Apr-2016

223 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Diagramação: www.cassiobueno.com.br

TRANSCRIPT

Page 1: QUÍMICOS - 31

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém

Santos - Ano 19 - Dezembro/2014JornalJornal

Reação QuímicaReação QuímicaFiliado à

www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

Sindicato presente na reunião da Anglo

Sindicatos da Vale se reúnem em Praia Grande

Votação do Turno CBE no sindicato

Leia mais na PÁGINA 4 Leia mais na PÁGINA 9 Leia mais na PÁGINA 12

LimA COP 20 O Presidente do nosso Sindicato é o Secretário Nacional de Meio Ambiente da Força Sindical,

e como tal fez parte da delegação oficial da reunião sobre o clima que ocorreu em Lima

(Peru) na primeira quinzena de dezembro. PÁG. 7

GIN

A 1

2

GIN

A 7

GIN

A 1

2Normas Reguladoras: inspeções

VOTAÇÃO ADiTiVO VALE

Turno Columbian Chemicals

Page 2: QUÍMICOS - 31

2 Jornal Reação Química Santos - Ano 19 - Dezembro • 2014www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

expediente - www.sindquim.org.br - [email protected] Jornal Reação Química é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém.Sede Social - Avenida Pinheiro Machado, 77, Santos, SP - Cep: 11075-001 - Fone: 13-3221-3435 - Fax: 13-3221-1089. Rua Assembleia de Deus, 39, 2º andar, conjunto 202, Cubatão, SP - Cep: 11500-040 - Fone: 13-3361-1149.Presidente: Herbert Passos Filho - Diretor Responsável: Jairo Albrecht - [email protected] - Jornalista Responsável: Herbert Passos Neto - Mtb 39.204 - Diagramação: www.cassiobueno.com.br - 13. 3385-9777 - Gráfica Diário do Litoral - 13-3226-2051 - 6 mil exemplares

Clima, crise e desenvolvimento

Editorial

PalaVra do PrESidENtE da ForÇa SiNdiCal

A central alertou: o Brasil vai piorar

Herbert Passos, presidente do sindicato

Como vocês sabem, temos participado de diversos fó-runs sobre desenvolvimento (plano Brasil Maior) e de reso-luções climáticas (COP 20). A dicotomia das duas intenções é visível, de um lado o plane-ta sofrendo com as modifica-ções muitas vezes causadas pelas emissões de poluentes e de outro as necessidades de desenvolvimento para di-minuir as agruras da maior parte da população humana. Salvar o planeta até que seria fácil, basta acabar com a raça humana que ele se recupera. Mas como esta não é a nossa opção, temos que pensar em

viabilizar outras ideias. Observando de perto as

intenções dos países, vemos que quase a totalidade ba-seia seu desenvolvimento ou recuperação na exploração e uso de combustíveis fósseis. Seja petróleo ou gás, sabe-mos que no final tem CO2 e água. Novas matrizes são ca-ras e a conta ninguém quer pagar. A “idade do petróleo” parece que tem ainda muito a desenvolver, mas não po-demos esquecer que a “idade da pedra” acabou sem aca-bar a pedra. Opções existem, mas enquanto o mundo for regido pelo poder econômico

e pelas armas, pouco modi-ficará. Se pelo menos parte desta riqueza produzida ge-rar educação e saúde e não concentração dos mesmos, teremos alguma chance.

Nosso mundo hoje já é bem diferente do mundo em que nasci há 60 anos. Só que naquela época o mundo era grande e demorava para que um acontecimento influen-ciasse outras regiões. Hoje nosso planeta é pequenino e qualquer atitude de qualquer um de nós afeta imediata-mente o outro. A responsabi-lidade de cada um é a grande realidade.

Bem que a diretoria da Força Sindical alertou o governo federal que se não mu-dasse radicalmente a política econômica, o país começaria a apresentar índices so-ciais sofríveis, o que prejudicaria a vida do trabalhador e do povo em geral. Não deu outra. O Ipea acaba de divulgar, sem muito alarde, que a miséria no Brasil aumentou nos últimos dez anos. O número de bra-sileiros, que vivem na extrema pobreza (menos de R$ 70/mês), aumentou 0,4 ponto percentual, totalizando 370 mil pessoas.

Esta não é a única triste notícia. A in-dústria produz cada vez menos e demite muita gente, a renda do trabalho dá sinais de queda, a inflação não cai e o déficit da balança comercial vem subindo. São duas as causas: uma é que estamos exportando menos e importando mais e, a outra, é que os preços das matérias-primas comerciali-zadas com exterior têm caído.

A produção do setor industrial recuou

2,9%, nos nove primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2013. Assim, para a presidenta recém reeleita, não há outra saída a não ser apostar na recupe-ração da indústria para retomar o cres-cimento econômico. Com a reativação da economia, reivindicamos também a valori-zação do trabalho, geração de empregos de qualidade e distribuição de renda. Empre-gos de qualidade e aumento da renda são políticas fundamentais para fazer o País se desenvolver e crescer, mediante o aumen-to das vendas no comércio e da produção industrial.

Além disso, pleiteamos a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial, fim do Fator Previdenciário, revogação do projeto de lei que amplia a terceirização e correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. Estas iniciativas são tam-bém muito boas porque causam impacto positivo na renda dos trabalhadores. Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Page 3: QUÍMICOS - 31

3Jornal Reação QuímicaSantos - Ano 19 - Dezembro • 2014www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

DiEESE INPC-IBGE: Mensal e Acumulado em Doze Meses Brasil –

Novembro de 2013 a Outubro de 2014

INPC-IBGE: Mensal e Acumulado em Doze Meses Brasil – Dezembro de 2013 a Novembro de 2014

5 - Boletim de conjuntura OS DESAFIOS PARA REATIVAR O CRESCIMENTO COM INCLUSÃO SOCIAL

As eleições de 2014 permitiram a apresentação e a avaliação de experiências e projetos para o país. A recondução da presidenta Dilma Rousseff ocorreu em meio a complexas condições econômicas e políticas, que impõem grandes desafios à nação para o avanço do processo de crescimento com distribuição de renda e inclusão social. O desempenho da economia brasileira no primeiro semestre de 2014 foi caracterizado por tendências aparentemente conflitantes. Por um lado, a produção de bens (físicos e serviços), conforme sintetizada no indicador do Produto Interno Bruto (PIB), patinava, mas, por outro, a taxa de desemprego continuava em patamares historicamente baixos. Embora a queda do PIB por dois trimestres consecutivos, como ocorreu no primeiro semestre de 2014 no Brasil, seja uma referência para classificar a economia de um país como em recessão, outros indicadores apontavam em direção contrária, como os baixos índices de inadimplência e a sustentação dos níveis de consumo das famílias, além do desemprego contido. Além disso, prevê-se que, em 2014, a economia cresça, ainda que pouco, algo em torno de 0,50%.

O crescimento no Brasil no contexto internacional Muitos analistas têm escrito sobre o baixo crescimento do Brasil, destacando que está entre os mais baixos do mundo. Essas análises comparam recorrentemente o crescimento brasileiro ao dos países emergentes e ao de outros países sul-americanos. De fato, o Brasil tem crescido abaixo da média dos países chamados emergentes. No entanto, quando se retira a China da análise (cujo crescimento é “um ponto fora da curva”), verifica-se que a economia brasileira cresce de forma semelhante à dos países emergentes.

O ritmo mais fraco de geração de emprego não é o único indicativo da perda de fôlego do merca-do de trabalho neste ano. A expansão do setor de serviços e das vagas de jornada parcial, além da compressão na correção do salário mínimo estão contribuindo para concen-trar as vagas que estão sendo criadas este ano nas faixas salariais mais baixas.

Entre janeiro e setem-bro, a proporção de vagas com remuneração de até um salário mínimo abertas no mercado formal passou de 28% - levando em con-sideração a composição do saldo no mesmo perío-do do ano passado - para 35,5%, como apontam os números disponíveis no Cadastro Geral de Empre-gados e Desempregados (Caged).

A faixa entre um e um salário e meio ainda concentra a maior parte dos postos com carteira assinada gerados neste ano, 62%, mas em propor-ção menor do que no ano passado, quando chegou a 66,6%. O estrato entre

1,5 e 2 salários mínimos, que chegou a responder por cerca de 15% do total da geração de emprego do país em 2007 e 2008, conta agora 2,5% do saldo total de vagas, de acordo com levantamento feito pelo Valor.

Parte dessa compres-são é efeito da política de valorização do salário mí-nimo, que cresceu 72,35% em termos reais de 2002 a 2014. "Mas o cenário deste ano é claramente de de-saceleração", avalia João Saboia, professor da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), referin-do-se ao aumento real de 1,16% do piso neste ano, patamar bastante inferior ao dos anos anteriores. O economista chama aten-ção ainda para o perfil da geração de emprego for-mal no Brasil em 2007 e 2008, quando a economia avançou 6,1% e 5,2%, nes-sa ordem, e a faixa entre dois e três salários mí-nimos representou 0,9% e 2,3% do total de postos adicionados ao estoque - saldos positivos que não se repetiram no período posterior.

Hélio Zylberstajn, da Faculdade de Economia, Administração e Contabi-lidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), con-sidera o quadro condizen-te com o papel cada vez mais preponderante dos serviços na abertura de novas vagas. Até setem-bro, esse setor respondeu por 62,6% do saldo, contra 41,4% no mesmo intervalo do ano passado e 33,1% em 2008. Esse avanço, lembra o professor, acontece em detrimento do emprego industrial, que apurou saldo negativo no registro do Caged em cinco meses entre janeiro e setembro. "É uma troca ruim. O ide-al era que tivéssemos os dois crescendo juntos. Es-tamos desqualificando o emprego", diz.

O economista prefere olhar os dados pelos nú-meros absolutos de con-tratações enviados ao Mi-nistério do Trabalho. Sob esse ângulo, o tipo de em-prego que mais cresceu entre 2006 e 2014, sempre analisando o acumulado entre janeiro e setem-bro, foi aquele que paga até meio salário mínimo,

Boletim de conjunturaos desafios para reativar o

crescimento com inclusão socialAs eleições de 2014 permitiram a

apresentação e a avaliação de experiên-cias e projetos para o país. A recondução da presidenta Dilma Rousseff ocorreu em meio a complexas condições econômicas e políticas, que impõem grandes desafios à nação para o avanço do processo de crescimento com distribuição de renda e inclusão social.

O desempenho da economia brasi-leira no primeiro semestre de 2014 foi caracterizado por tendências aparen-temente conflitantes. Por um lado, a produção de bens (físicos e serviços), conforme sintetizada no indicador do Produto Interno Bruto (PIB), patinava, mas, por outro, a taxa de desempre-go continuava em patamares histori-camente baixos. Embora a queda do PIB por dois trimestres consecutivos, como ocorreu no primeiro semestre de 2014 no Brasil, seja uma referên-cia para classificar a economia de um país como em recessão, outros indicadores apontavam em direção

contrária, como os baixos índices de inadimplência e a sustentação dos níveis de consumo das famílias, além do desemprego contido. Além disso, prevê-se que, em 2014, a economia cresça, ainda que pouco, algo em tor-no de 0,50%.

O crescimento no Brasil no contexto internacional

Muitos analistas têm escrito sobre o baixo crescimento do Brasil, desta-cando que está entre os mais baixos do mundo. Essas análises comparam recorrentemente o crescimento bra-sileiro ao dos países emergentes e ao de outros países sul-americanos. De fato, o Brasil tem crescido abaixo da média dos países chamados emer-gentes. No entanto, quando se retira a China da análise (cujo crescimento é “um ponto fora da curva”), verifica-se que a economia brasileira cresce de forma semelhante à dos países emergentes.

Geração de emprego se concentra em vagas de baixo salário este ano

Page 4: QUÍMICOS - 31

4 Jornal Reação Química Santos - Ano 19 - Dezembro • 2014www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

13º o salário dos trabalhadores químicos deve injetar em torno de r$ 6,3 bilhões na economia

Valor estimado é 7,3% maior do que o verificado em 2013

Até o final de 2014 devem ser injetados na economia até R$ 6,3 bi-lhões em consequência do pagamento do 13º sa-lário dos trabalhadores do ramo químico de todo o Brasil. Este montante será pago aos cerca de 1,86 milhão de traba-lhadores do mercado formal, distribuídos nos seguintes segmentos: Sucroalcooleiro, Papel e Celulose, Químicos, Cosméticos, Farmacêu-tico, Borracha, Plásti-cos, Vidro, Brinquedos, Minério e Petróleo e Gás Natural.

A estimativa é da Rede Químicos do DIE-ESE, que utilizou da-dos da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Ge-ral de Empregados e De-sempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Nos cálculos, foi considerado o total de assalariados com car-teira assinada que tra-balhavam em dezembro de 2013, acrescido do saldo de geração de em-pregos no ramo químico de janeiro a setembro de 2014.

O DIEESE não levou em conta os autônomos e assalariados sem car-

teira ou os trabalhado-res com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventu-almente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores en-volvidos nesses abonos, uma vez que esses da-dos são de difícil men-suração.

Além disso, não há distinção dos casos de categorias que rece-bem antecipadamente ao menos uma parte do 13º, por definição de Acordo Coletivo de Tra-balho (ACT) ou Conven-ção Coletiva de Trabalho (CCT). Assim, os dados apresentados constituem uma projeção do volume

em dezembro de 2013, acrescido do saldo de geração de empregos no ramo químico de janeiro a setembro de 2014. O DIEESE não levou em conta os autônomos e assalariados sem carteira ou os trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesses abonos, uma vez que esses dados são de difícil mensuração. Além disso, não há distinção dos casos de categorias que recebem antecipadamente ao menos uma parte do 13º, por definição de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Assim, os dados apresentados constituem uma projeção do volume total de reais que entra na economia ao longo do ano e não necessariamente nos dois últimos meses de 2013. Entretanto, estima-se que a maior parte seja paga no final do ano. A estimativa do montante a ser pago a título de 13º em 2014 é 7,3% maior que a estimativa para o ano de 2013. Esse aumento se deve a um maior número de trabalhadores formais no setor químico, que é 1,5% maior que o apurado para o ano de 2013. Além disso, também é reflexo de um rendimento médio 5,95% maior em 2014, quando comparado com 2013. Em 2014, o rendimento médio está estimado em R$ 3.416,24.

7 - REAJUSTE SALARIAL DOS TRABALHADORES QUÍMICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO DEVE INJETAR EM TORNO DE R$ 882 MILHÕES NA ECONOMIA DURANTE O ANO

O reajuste salarial (7,51%) conquistado pelos trabalhadores químicos do Estado de São Paulo na Campanha Salarial de 2014 vai injetar, nos próximos 12 meses, cerca de R$ 882 milhões na economia do estado. Mensalmente o impacto é de aproximadamente R$ 73 milhões. Esse valor se refere ao reajuste salarial de cerca de 273 mil trabalhadores químicos do Estado de São Paulo, pertencentes aos segmentos químico, cosmético e plástico, com data base em novembro. Para chegar a esses números, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) utilizou dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Segue o impacto econômico do reajuste por segmento, e o respectivo número de trabalhadores químicos. O segmento plástico concentra o maior número de trabalhadores, injetando na economia do estado cerca de R$ 344 milhões.

total de reais que entra na economia ao longo do ano e não necessaria-mente nos dois últimos meses de 2013. Entretan-to, estima-se que a maior parte seja paga no final do ano.

A estimativa do mon-

tante a ser pago a título de 13º em 2014 é 7,3% maior que a estimati-va para o ano de 2013. Esse aumento se deve a um maior número de trabalhadores formais no setor químico, que é 1,5% maior que o apura-

do para o ano de 2013. Além disso, também é reflexo de um rendimen-to médio 5,95% maior em 2014, quando com-parado com 2013. Em 2014, o rendimento mé-dio está estimado em R$ 3.416,24.

BNDES Rio de Janeiro Sindicato presente na reunião da Anglo

Também ocorreu neste último mês a reunião da rede An-glo American, onde os companheiros Figuei-redo e Elias, represen-taram nossa base sin-

dical. Conforme eles explicaram a Anglo age como uma rede onde nem sempre as condi-ções de trabalho são iguais as que conhece-mos. Embora a grande

missão da empresa no momento seja a ban-deira da segurança, as queixas justamente de procedimentos contra-ditórios foi a voz co-mum da reunião.

Estivemos no Rio de Janeiro, representando o setor químico nacio-nal, pelos trabalhado-res, quando foi feita uma apresentação do estudo de diversificação das indústrias químicas no Brasil. Parece incrí-vel, mas depois de um ano e meio as consulto-rias, apresentaram com grande pompa um plano ridículo. Quase 80% das ideias tinham a ver com o pré-sal que segundo

eles vai estar pronto em 2030 (mas não era para 2011, depois 2015, depois 2020 e agora só 2030????), bom não es-peravam esta queda anunciada do preço do petróleo. Temos falado constantemente aqui nestas páginas: 1º a tec-nologia não está total-mente desenvolvida para áreas mais profundas, 2º o custo é altíssimo comparado com outras explorações se o preço

do barril for abaixo de 80 dólares fica inviável, 3º se ficar acima de 100dólares as outras matrizes ficam mais viáveis. Bom até aí esta mentira é comprida, mas a piada ficou para o fim quando eles propuse-ram que o etanol fosse a química renovável quan-do todos sabem que fe-charam mais de 50 usi-nas neste ano.

Aí a gente fica pen-sando: quanto custou este estudo?

145%. Essas são vagas de jornada parcial, já que o salário mínimo é o piso le-gal e obrigatório instituído no país. Segundo os dados do próprio Caged, o total de admissões para vagas com carga horária de até 20 horas semanais cres-ceu 223% no intervalo.

De volta à análise pelo saldo de geração de va-gas, a faixa de até meio salário mínimo já é 4,6% do total dos empregos gerados no país, contra 1,5% em 2006.

"Mas o número abso-luto ainda é muito peque-no", ressalva Zylberstajn.

Ele ressalta as contrata-ções no intervalo entre 1 e 1,5 salários mínimos, patamar relativamente baixo de remuneração, mas que também avan-çou bem acima da média de 64% registrada entre 2006 a 2014 - 98%. Para Rodrigo Leandro de Mou-

ra, pesquisador do Insti-tuto Brasileiro de Econo-mia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), são os saldos negativos que mos-tram de forma mais con-tundente os reflexos do baixo crescimento nos salários dos novos em-pregos criados no país.

Entre janeiro e setembro a economia brasileira fe-chou pouco mais de 132 mil vagas formais com remuneração entre dois e três salários mínimos - praticamente o dobro do resultado no mesmo perí-odo do ano passado. Sem as demissões, o saldo to-

tal de postos com carteira assinada deste ano seria 18,4% maior. Em 2013, no mesmo intervalo, os cortes teriam impacto de 6,8% sobre o total.

Camilla Veras Mota De São Paulo

Nosso sindicato representou o setor químico

Elias e Figueiredo representaram a nossa base

Page 5: QUÍMICOS - 31

5Jornal Reação QuímicaSantos - Ano 19 - Dezembro • 2014www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

itamaraty, Brasília meio Ambiente

reajuste salarial dos trabalhadores químicos do Estado de São Paulo deve injetar em torno de r$ 882 milhões na economia durante o ano

Antes de participarmos da COP 20, o Itamaraty reu-niu a delegação oficial para unificar posições e os proce-dimentos, visto ser uma reu-nião da ONU, e a necessidade de todos termos uma linha comum. Assim como iam os diplomatas, os ministros, as

entidades patronais e de tra-balhadores, devia-se buscar uma linha em que os objeti-vos brasileiros pudessem ser atingidos. É lógico que os pa-íses ricos, “do norte”, como eles se dizem, não querem pagar a conta. Não podemos esquecer que o mundo está

poluído pelo custo do desen-volvimento dos mais ricos, é justo que haja pelo menos a transferência de tecnologias para que os menos desenvol-vidos possam também cres-cer sem serem obrigados a sacrificar o clima como eles fizeram.

O reajuste salarial (7,51%) conquistado pelos trabalha-dores químicos do Estado de São Paulo na Campanha Sa-larial de 2014 vai injetar, nos próximos 12 meses, cerca de R$ 882 milhões na economia do estado. Mensalmente o impacto é de aproximada-

mente R$ 73 milhões. Esse valor se refere ao reajuste salarial de cerca de 273 mil trabalhadores químicos do Estado de São Paulo, perten-centes aos segmentos quími-co, cosmético e plástico, com data base em novembro. Para chegar a esses números, o

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos So-cioeconômicos (DIEESE) uti-lizou dados da Relação Anu-al de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desem-pregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e

Emprego (MTE). Segue o im-pacto econômico do reajuste por segmento, e o respecti-vo número de trabalhadores químicos. O segmento plásti-co concentra o maior número de trabalhadores, injetando na economia do estado cerca de R$ 344 milhões.

8 – Matérias da categoria Déficit em produtos químicos supera projeções Déficit em produtos químicos supera projeções e atinge US$ 31,5 bilhões em doze meses O déficit na balança comercial de produtos químicos, nos últimos 12 meses, até outubro, alcançou US$ 31,5 bilhões, antecipando em dois meses o resultado que se estimava para o total consolidado em 2014. De novembro de 2013 a outubro deste ano, o Brasil importou US$ 45,9 bilhões em produtos químicos e exportou US$ 14,4 bilhões. Em termos de volume, as compras externas totalizaram, no mesmo período, 40 milhões de toneladas, ao passo que as exportações foram de 14,9 milhões de toneladas. Em outubro, especificamente, foram importados US$ 4,4 bilhões em produtos químicos, valor 3,4% superior ao registrado no mesmo mês de 2013. As exportações, de US$ 1,3 bilhão, aumentaram 5,1%, na mesma comparação. Frente a setembro deste ano, as importações avançaram 2,5% e as exportações não tiveram variação percentual. No acumulado até outubro, as importações somaram US$ 38,4 bilhões e as exportações chegaram a US$ 12,2 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2013, as compras externas tiveram um leve decréscimo de 0,6% e as exportações aumentaram 2,2%. Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, um balanço preliminar de 2014 mostra que avanços normativos e em procedimentos marcaram as políticas públicas de comércio exterior no ano, mas ainda existe uma vasta agenda de competitividade a ser implementada para a redução do déficit setorial. “Melhorias nos marcos normativos de regimes importantes como o drawback e o foco em ações de facilitação de comércio são os grandes destaques de comércio exterior no ano”, destaca Denise. Crise paralisa obras de fábrica de fertilizantes de R$ 3,9 bilhões Consórcio formado para construir fábrica da Petrobrás demite 3,5 mil operários em TrêsLagoas,MSChico Siqueira. As obras de construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3, da Petrobrás, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul - orçadas em R$ 3,9 bilhões, uma das maiores fabricas de fertilizantes do mundo – foram paralisadas com a demissão de 3,5 mil operários entre outubro e novembro. Os últimos 650 deles foram demitidos nesta semana pelo consórcio UFN3, formado pela Sinopec Petroleum Brasil, de capital chinês, e Galvão Engenharia. A GDK deixou o consórcio e entrou em recuperação judicial. As demissões são frutos do descontrole administrativo da obra. "Já houve época de o canteiro estar com 6 mil operários. Mas agora a situação está crítica por lá. Eles demitiram 3,5 mil operários desde outubro e não sabemos quantos há ainda no canteiro. Eles não informam nada para nós", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Três Lagoas, Aldenísio Santos Sales. As demissões ocorreram por falta de materiais porque o consórcio está praticamente insolvente sem recursos para quitar dívidas superiores a R$ 90 milhões, sendo R$ 9 milhões somente para pequenos fornecedores de Três Lagoas e região. A crise fez com que fornecedores e prestadores de serviços entrassem com dezenas de pedidos de insolvência, falência e de execuções no fórum da Justiça Federal da comarca local. Levantamento feito pela reportagem no cartório de protesto mostrou centenas de títulos protestados num total de R$ 35 milhões para cerca de 130 credores, que cobram dívidas que vão de R$ 250 - como a da Revcal Serviços – a R$1.058, da Alpha Materiais Elétricos. A fábrica - que deve duplicar a produção de ureia no País, ofertando ao mercado 14 milhão de toneladas/ ano de ureia e 81 mil toneladas de amônia deveria ter sido entregue em setembro, mas os constantes atrasos das obras e

Caso Policor

A Policor depois da úl-tima inspeção apresentou seu novo plano de ações para remediar as não con-formidades. Isto de cer-ta forma mostra o enten-dimento em fase com o indicado pelo sindicato que discordou frontalmente do

anteriormente apresenta-do, assim com a necessi-dade de atitudes proativas para recuperação das con-dições ambientais e de tra-balho. Não podemos esque-cer a gravidade de acidente anteriormente ocorrido.

A intenção do sindica-

to não é fechar nenhuma empresa, o intuito é a me-lhor condição de produção dentro das normas e legis-lações, o que de certa forma protege as próprias empre-sas em suas apólices de se-guro, que só cobrem caso os procedimentos sejam

corretos. Mas tenha a cer-teza, se tivermos de optar entre o funcionamento de uma empresa insegura só para preservar empregos e seu fechamento caso não queira se readequar, vamos escolher a parada das ativi-dades.

Delegação se reúne antes da COP 20 em Lima

Passos é o secretario nacional do meio ambiente da Força

Page 6: QUÍMICOS - 31

6 Jornal Reação Química Santos - Ano 19 - Dezembro • 2014www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

CNTq realiza 3º Congresso

assistenciais: 2014 uma grande vitória

Força Sindical Nacional

Aconteceu em Praia Grande, dias 26, 27 e 28 de novembro o III Con-gresso Nacional da CNTQ, quando diversos temas de relevância nacio-nal foram abordados; podendo-se

destacar: Conjuntura Política e Retomada do Crescimento Eco-nômico após as Eleições; Avan-ços das Negociações Coletivas do Ramo Químico Nacional; Juventu-

de e o Mercado de Trabalho – O que o jovem espera do Movimento Sindical; Estruturação e Desenvol-vimento Organizacional da CNTQ nos Estados; Trabalhos em grupo e

posterior aprovação das propostas desenvolvidas juntos aos trabalhos dos grupos.

Vários diretores do nosso Sindi-cato estiveram presentes.

O telefone do sin-dicato toca, um pedido feito e aceito, um as-sistencial como muitos que o sindicato realiza durante todos os dias/meses no ano, mais esse tem uma conota-ção diferente. Todas as manhas um diretor leva um rapaz e sua mãe ao hospital do câncer em São Paulo, numa luta in-cansável e desleal; a do-ença querendo vencer e o rapaz não aceitando ser vencido.

Foram mais de 40 aplicações de radiote-rapia, que maltratou, levou muitas vezes ao desanimo, a apatia; estaria a doença ven-cendo? Até que no dia 24 de outubro ele pode finalmente colocar nas redes sociais: “VENCI O

CÂNCER”.Leiam o que ele es-

creveu ao diretor do sindicato que o acompa-nhava: “obrigado por ter me ajudado de vários modos, principalmente, me incentivando todos os dias e fazendo com que eu não desistis-se. Consegui chegar ao meu objetivo e alcançar a cura, onde sofri, lutei, e ganhei. Muitas vezes pensei em desistir, em parar; mais algo não me deixou, fez com que eu passasse por todas as etapas com dificuldades com mais vontade de vencer”.

Segue sua mensa-gem “todos os dias ao me deitar eu pensava; porque isso aconteceu comigo? O que fiz? Hoje vejo que foi só uma eta-

pa, que só iria me ajudar a valorizar ainda mais a vida e fazendo com que eu aproveite muito mais cada momento. Hoje estou muito feliz pelo resultado, agora é só seguir em frente e reco-meçar... obrigado mais uma vez por ter me aju-dado. um abraço: Bruno Souza”.

RECADO AOS QUE SÓ CRITICAM O SIN-DICATO. Não queremos que nada aconteça a você/sua família, mas e se fosse seu irmão(ã), seu filho(a).

O SINDICATO SABE QUANTO CUSTA, QUAN-TO VALE MANTER O SERVIÇO ASSISTEN-CIAL; UM DOS MUITOS SERVIÇOS PRESTADOS AOS COMPANHEIROS; VOCE SABE???

A Força Sindical nacional reali-zou uma reunião de diretoria onde foram feitas as apresentações das contas e as previsões orçamentá-rias, até aí normal, porque assim o fazem todas as entidades, mas o mais importante foi a prestação das atividades políticas da entida-de, pois a política sindical tem sido objeto de muitos ataques, pois o tal custo Brasil só cai nas costas dos

trabalhadores. O imposto sindical, por exemplo, não acaba porque quem não deixa são as entidades patronais que abocanham mais de 60% do bolo, fora isto eles ainda arrecadam com o sistema “S” 10 vezes mais sobre os salários, au-mentando o custo dos trabalhado-res, que antes nada pagavam pelos cursos e agora não conseguem mais realiza-los.

Setor Químico unido discutiu temas relevantes

Diretoria da Central reunida para apresentação das contas

Companheiros do grupo de trabalho

Passos contribui com sua experiência à frente da SNQ

Page 7: QUÍMICOS - 31

7Jornal Reação QuímicaSantos - Ano 19 - Dezembro • 2014www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

Sindicatos têm reunião com prefeitura de São Paulo

Votação aditivo Vale

LimA COP 20

A poluição dos carros, nas duas maiores metrópoles brasileiras, mata mais que os acidentes de trânsito, de acordo com o Instituto Saúde e Sus-tentabilidade, ligado à USP. O número de mortes atribuídas à poluição no Estado do Rio, em

2011, foi de 4.566, 50% a mais que os óbitos em acidentes de trânsito, que foram 3.044. Em São Paulo a poluição provocou o dobro de mortes, 15.700 frente aos 7.867 do trânsito. Pela pro-jeção do instituto, a poluição em São Paulo ainda vai matar 256

mil pessoas até 2030, mesmo que as emissões caiam 5% ao ano até lá. Para o Rio, não há projeção, mas os pesquisado-res estimam que a má quali-dade do ar causou a morte de 14 pessoas, em média, por dia, entre os anos de 2006 e

2012, num total de 36.194. As mortes por poluição também vão ultrapassar os óbitos por câncer de mama, de próstata e por Aids nos dois estados.

Em São Paulo, entre as causas mais prováveis de mortes estão doenças respira-

tórias, como asma e bronquite, e câncer. Já no Rio, são câncer de pulmão, infecções das vias aéreas e pneumonia. O cálculo considerou dados da Compa-nhia de Tecnologia de Sanea-mento Ambiental (Cetesb) e da OMS.

Mais uma vez estivemos reuni-dos com a administração da cida-de de São Paulo para discutirmos as condições de continuidade do fornecimento de sacolas plásticas pelo comércio de São Paulo. Sa-bemos que no fundo a conversa é

econômica e não ambiental, pois embora sem pré que se produz algo ele afeta o ambiente, no caso o co-mércio em geral já tem nos seus custos o fornecimento destas emba-lagens e os consumidores, de qual-quer jeito, seja recebendo gratuita-

mente ou adquirindo e pagando, vão continuar utilizando sacos plásticos para descarte de lixo. Portanto não passa de uma maneira dos super-mercados ganharem ainda mais, pois além de não fornecerem ainda ganhariam com as vendas.

Os trabalhadores da Vale Fertilizantes aprovaram por mais de 80% dos votantes a proposta da empresa para um vale alimen-tação de 300 reais. Mas a empresa ainda aprontou e retirou o costumeiro abono de fim de ano. No fim deu elas por elas, uma diferença pífia de 45 reais e mesmo assim parcelada. Mas quem olha assim pa-rece que foi simples. Desde o começo a Vale queria colocar o resultado de um lau-do de periculosidade e

um reenquadramento no acordo e o sindica-to não aceitou. SERIA a maior safadeza, pois já temos um proces-so em andamento e se aceitássemos os trabalhadores perde-riam o direito. Quan-to ao tal reenquadra-mento só beneficiava os gerentes.

Parece brincadei-ra, mas eles devem estar acostumados a negociar com idiotas. È muita falta de boas intenções para com os trabalhadores (é me-lhor falar assim para não ser mal educado).

O Presidente do nosso Sin-dicato é o Secretário Nacional de Meio Ambiente da Força Sindical, e como tal fez parte da delegação oficial da reunião sobre o clima que ocorreu em Lima (Peru) na primeira quin-zena de dezembro. Segun-do Passo a reunião foi muito ruim, pois os setores conser-vadores conseguiram retirar dos compromissos a transi-ção justa para os trabalhado-res assim como a questão do trabalho decente. A CSI que é a central mundial dos tra-balhadores esteve presente e tentou o máximo possível forçar estas barreiras, mas o que importava aos embai-

xadores de diversos países era quem ia pagar a conta. Pois era na verdade mais uma negociação econômica do que climática. O Custo da adequação industrial é de 1 trilhão e meio de dólares. No Finalzinho a única vitória foi a dar em que todos os países terão de apresentar suas pro-postas para redução das emis-sões. O objetivo da COP 20 foi de preparar a documentação para o acordo em novembro do próximo ano em Paris. Lá as decisões serão para limitar o aumento da temperatura da terra em 2 graus Celsius até 2020, contando desde o início da revolução industrial.

Poluição mata mais que os acidentes de trânsito

Continua a novela das sacolinhas plásticas

Bancada da Força Sindical fez parte da delegação oficial brasileira

Embaixador recebe Centrais Sindicais em Lima

Lélio, Ruth, Johan, Passos, Antônia e Jeferson

Ministra Isabela, do Meio Ambiente, com dirigentes da Força Sindical

Secretarias da Juventude, Meio Ambiente, Direitos Humanos e Sindnapi

fizeram a nossa representação

Grupos de trabalho discutiram questões do meio ambiente que afetam não só as condições de trabalho, mas também as

condições de vida no planeta terra

Page 8: QUÍMICOS - 31

8 Jornal Reação Química Santos - Ano 19 - Dezembro • 2014www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

mATéRiAS DA CATEGORiA déficit em produtos

químicos supera projeções Déficit em produtos químicos supera projeções

e atinge US$ 31,5 bilhões em doze meses O déficit na balança comercial de produtos químicos, nos últimos 12 meses, até outubro, alcançou US$ 31,5 bilhões, antecipando em dois meses o resultado que se estimava para o total consolidado em 2014. De novembro de 2013 a outubro deste ano, o Brasil importou US$ 45,9 bilhões em produtos químicos e exportou US$ 14,4 bilhões. Em termos de volume, as compras externas totalizaram, no mesmo perío-do, 40 milhões de toneladas, ao passo que as expor-tações foram de 14,9 milhões de toneladas. Em ou-tubro, especificamente, foram importados US$ 4,4 bilhões em produtos químicos, valor 3,4% superior ao registrado no mesmo mês de 2013. As exporta-ções, de US$ 1,3 bilhão, aumentaram 5,1%, na mes-ma comparação. Frente a setembro deste ano, as importações avançaram 2,5% e as exportações não tiveram variação percentual. No acumulado até outubro, as importações somaram US$ 38,4 bilhões e as exportações chegaram a US$ 12,2 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2013, as compras ex-ternas tiveram um leve decréscimo de 0,6% e as exportações aumentaram 2,2%. Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Deni-se Naranjo, um balanço preliminar de 2014 mos-tra que avanços normativos e em procedimentos marcaram as políticas públicas de comércio exte-rior no ano, mas ainda existe uma vasta agenda de competitividade a ser implementada para a redu-ção do déficit setorial. “Melhorias nos marcos nor-mativos de regimes importantes como o drawback e o foco em ações de facilitação de comércio são os grandes destaques de comércio exterior no ano”, destaca Denise.

Crise paralisa obras de fábrica de fertilizantes de

r$ 3,9 bilhõesConsórcio formado para construir fábri-

ca da Petrobrás demite 3,5 mil operários em TrêsLagoas,MSChico Siqueira. As obras de cons-trução da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3, da Petrobrás, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul - orçadas em R$ 3,9 bilhões, uma das maiores fabri-cas de fertilizantes do mundo – foram paralisadas com a demissão de 3,5 mil operários entre outubro e novembro. Os últimos 650 deles foram demitidos nesta semana pelo consórcio UFN3, formado pela Sinopec Petroleum Brasil, de capital chinês, e Gal-vão Engenharia. A GDK deixou o consórcio e entrou em recuperação judicial. As demissões são frutos do descontrole administrativo da obra. "Já houve época de o canteiro estar com 6 mil operários. Mas agora a situação está crítica por lá. Eles demitiram 3,5 mil operários desde outubro e não sabemos quantos há ainda no canteiro. Eles não informam nada para nós", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Três Lagoas, Aldenísio Santos Sales.

As demissões ocorreram por falta de materiais porque o consórcio está praticamente insolven-te sem recursos para quitar dívidas superiores a R$ 90 milhões, sendo R$ 9 milhões somente para pequenos fornecedores de Três Lagoas e região. A crise fez com que fornecedores e prestadores de serviços entrassem com dezenas de pedidos de in-solvência, falência e de execuções no fórum da Jus-tiça Federal da comarca local. Levantamento feito pela reportagem no cartório de protesto mostrou centenas de títulos protestados num total de R$ 35 milhões para cerca de 130 credores, que cobram dívidas que vão de R$ 250 - como a da Revcal Ser-viços – a R$1.058, da Alpha Materiais Elétricos. A fábrica - que deve duplicar a produção de ureia no País, ofertando ao mercado 14 milhão de tonela-das/ ano de ureia e 81 mil toneladas de amônia deveria ter sido entregue em se-tembro, mas os constantes atrasos das obras e descontrole de gestão atrasaram o cronograma para junho de 2015. A si-tuação se agravou em abril deste ano, quando uma crise se estabeleceu em Três Lagoas, com fechamento de deze-nas de pequenas empresas locais e re-gionais que dependiam dos recursos da obra. Grandes empresas se retiraram - a Localiza, por exemplo, retomou cerca de 100 veículos aluga-dos a funcionários. Para evitar uma crise e a total paralisação da obra antes das eleições, a Petrobrás interveio, pagou a maioria dos fornecedores e colo-cou um diretor para pagar os credores. Para garan-tir a continuidade dos serviços, a estatal passou a adiantar medições com garantias da seguradora do consórcio.

Empresários ouvidos durante dois meses pela reportagem estimam que a Petrobrás tenha adian-tado mais de R$ 700 milhões em medições para manter a obra em andamento. Mas, após as elei-ções, os adiantamentos cessaram e o consórcio teve de demitir funcionários, porque os fornecedo-res, sem receber, deixaram de entregar materiais para conclusão das obras.

Em nota, a Petrobrás informou que o contrato com o consórcio "se encontra em desvio de prazo em relação ao cronograma planejado", motivo pelo qual a companhia "busca soluções junto ao consórcio para dar continuidade às obras". Segundo a nota, as demissões de funcionários, dívidas com fornecedores e ações judiciais "são questões internas do consórcio, não cabendo à Petrobrás se manifestar". A estatal diz que haveria ainda 2,5 mil trabalhadores na obra, mas não foi o que se viu nesta semana, quando no máxi-mo algumas centenas de operários trabalhavam no canteiro.

Fechamento de Usinas Preocupa

Calcula-se que São Paulo responda por 60% da cana plantada no Brasil. Mas, nos últimos quatro anos, 26 usinas fecharam no estado. Segundo pro-dutores e usineiros, é a pior crise em 30 anos e os custos superam o preço do etanol. — É crise que não passa. Investimento em tecnologia parou aqui

— diz Antônio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroe-nergético e Biocombustíveis que assim se manifes-tou “Esperamos que o governo anuncie o aumento de 25% para 27,5% da adição de etanol na gasolina em 2015. Seria uma alta de 1,2 bilhão de litros”.

LOGO vão querer 30%, quem sabe 50%. Buscar soluções práticas ninguém quer, ferrar o trabalha-dor todo produtor/usineiro não pensa duas vezes.

Produção industrial não apresenta Variação em

outubro e acumula recuo de 3,0% no ano

Em outubro de 2014, já descontadas as influên-cias sazonais, a produção industrial no Brasil não apresentou variação frente ao mês imediatamente anterior (0,0%). Conforme o gráfico 01 trata-se do segundo mês no ano com variação nula. No índice acumulado para os dez primeiros meses do ano, a indústria mostrou um recuo de 3,0%. No âmbito da indústria química, considerando o acumulado de janeiro a outubro de 2014, destaca-se a alta de 10,2% na fabricação de brinquedos e jogos recre-ativos. De acordo com o gráfico 02, ainda para o mesmo período – na outra extremidade – tem-se uma expressiva queda de 9,6% na fabricação de produtos químicos orgânicos.

De acordo com a Associação Brasileira da In-dústria Química (ABIQUIM) 1, “produção e vendas internas crescem em outubro, mas mantém declí-nio no acumulado de 2014. Conforme informações preliminares, os índices que medem o desempenho dos volumes de produção e de vendas internas vol-taram a subir em outubro de 2014, sobre setembro. O índice de produção teve alta de 3,58% e o de ven-das internas cresceu 4,71%”. Segundo a ABIQUIM, “a principal razão para as elevações foi a base de-primida de comparação do mês anterior, em razão da parada programada para manutenção do cra-cker da Braskem no Pólo Petroquímico de Mauá, em São Paulo. Essa parada teve impactos diretos e indiretos em diversas outras empresas, que também acabaram aproveitando a oportunidade para realizar manutenções preventivas no mês de setembro. A me-lhora de outubro também pôde ser percebida no índice de utilização da capacidade instalada, que cresceu dois pontos porcentuais, alcançando 79% de taxa de uso das instalações. Especificamente em outubro, sobre o mês anterior, o consumo aparente nacional (CAN) cresceu 1,8%, ante recuo de 1,4%, calculado no mês anterior. O índice geral de preços teve alta de 2,09% em outubro, também sobre o mês anterior”.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) 1, “produção e vendas internas crescem em outubro, mas mantém declínio no acumulado de 2014. Conforme informações preliminares, os índices que medem o desempenho dos volumes de produção e de vendas internas voltaram a subir em outubro de 2014, sobre setembro. O índice de produção teve alta de 3,58% e o de vendas internas cresceu 4,71%”. Segundo a ABIQUIM, “a principal razão para as elevações foi a base deprimida de comparação do mês anterior, em razão da parada programada para manutenção do cracker da Braskem no Pólo Petroquímico de Mauá, em São Paulo. Essa parada teve impactos diretos e indiretos em diversas outras empresas, que também acabaram aproveitando a oportunidade para realizar manutenções preventivas no mês de setembro. A melhora de outubro também pôde ser percebida no índice de utilização da capacidade instalada, que cresceu dois pontos porcentuais, alcançando 79% de taxa de uso das instalações. Especificamente em outubro, sobre o mês anterior, o consumo aparente nacional (CAN) cresceu 1,8%, ante recuo de 1,4%, calculado no mês anterior. O índice geral de preços teve alta de 2,09% em outubro, também sobre o mês anterior”.

9 - CNTQ REALIZA 3º CONGRESSO Aconteceu em Praia Grande, dias 26, 27 e 28 de novembro o III Congresso Nacional da CNTQ, quando diversos temas de relevância nacional foram abordados; podendo-se destacar: Conjuntura Política e Retomada do Crescimento Econômico após as Eleições; Avanços das Negociações Coletivas do Ramo Químico Nacional; Juventude e o Mercado de Trabalho – O que o jovem espera do Movimento Sindical; Estruturação e Desenvolvimento Organizacional da CNTQ nos Estados; Trabalhos em grupo e posterior aprovação das propostas desenvolvidas juntos aos trabalhos dos grupos. Vários diretores do nosso Sindicato estiveram presentes

10 - Matérias legislativas COMISSÃO DA CÂMARA APROVA PEC QUE ACELERA PAGAMENTO DE PRECATÓRIO A IDOSOS Foi aprovada em comissão especial a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 176/12, que retira pessoas idosas, com doenças graves ou com deficiência da fila de precatórios. Pela proposta, o poder público deverá pagar seus débitos com essas pessoas imediatamente após o trânsito em julgado da sentença condenatória, obedecendo a ordem cronológica decrescente da idade do credor. “Cabe ressaltar que a preferência de pagamento desses créditos aos idosos e às pessoas com doença grave já é determinada pela própria Constituição, mas isso não é suficiente para lhes garantir um recebimento mais célere, pois o pagamento se dá necessariamente na forma de precatórios”, argumentou o relator da PEC, deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC). A PEC determina que os débitos de quaisquer naturezas, inclusive alimentícia, de idosos ou de pessoas com deficiência, portadores de doença grave ou incapacitante, independem de precatórios. Porém atualmente, União, estados e municípios têm uma fila de mais de R$ 100 bilhões para pagar em

Page 9: QUÍMICOS - 31

9Jornal Reação QuímicaSantos - Ano 19 - Dezembro • 2014www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

Café SiNProQUiM

Sindicatos da Vale se reúnem

em Praia Grande

Seminário SaNta CatariNa

REDE LiNDE

O Sindicato das Industrias Químicas do Estado de São Pau-lo, SINPROQUIM, re-alizou um café sobre neste último mês com a presença do jorna-lista José Neumane Pinto e do economis-ta José Mendonça de Barros. Além das dis-cussões políticas de muito bom nível, foram feitas muitas observa-ções quanto ao futuro

econômico próximo que não divergem das perspectivas que nos-so Sindicato tem feito nestas páginas. É sem-pre interessante que as tomadas de decisão tenham a mesma fon-te quando partes dife-rentes negociam. Isto sempre acaba levando a um consenso onde se nem sempre todos ganham, mas com cer-teza nunca perdem.

As atividades sindi-cais realizadas pelo nos-so sindicato têm servido de base para muitas ca-tegorias no Brasil. Des-ta vez os companheiros Apipe e João Rodrigues Neto estiveram em San-ta Catarina para realiza-

rem uma exposição de formas de atuação como auditorias de segurança, verificação de NR’s, mas sempre de forma profis-sional, o que realmente credita muitos pontos as entidades que assim pro-cedem. Tanto junto aos

trabalhadores como jun-to ao setor patronal sério. Estas ações têm servido como auditorias indepen-dentes e queiram ou não são de responsabilidade das entidades sindicais e não só dos órgãos es-tatais. Sempre que uma

“não conformidade” é apontada e resolvida, é um companheiro que é salvo de um acidente e a empresa evita um custo maior. É quando todos ganham, inclusive o Bra-sil, com uma carga social menor.

Os companheiros e diretores do nosso sin-dicato, Gilson e Edu-ardo participaram da reunião da rede Linde

Gases. Nesta rede te-mos tido a preocupação de que os sindicatos de outras bases resistam mais conosco, pois em

muitas vezes temos fi-cado “pendurados na broxa” como se fala na gíria. Mas com as conquistas que temos

feito, mesmo sem mui-to apoio, acreditamos ainda que esta união vai se concretizar com o tempo.

Com as propostas da Vale Fertilizantes de mo-dificações do acordo já as-sinado, fizemos diversas reuniões com os sindica-tos de outras bases que tem os acordos com esta empresa, afinal é desta união que conseguimos resistir as forçadas de barra da Vale. A empresa está sempre querendo mudar alguma coisa na nossa convenção e nunca

é para melhorar para os trabalhadores. O sonho da Vale é conseguir que façamos acordo fora da convenção coletiva, as-sim poderiam acabar com todos os direitos que temos.

Se vocês já viram a “merreca” que eles pagam para o pessoal da mineração, dá para imaginar como eles nos tem “atravessados.

trabalho em turnos alternativos pode prejudicar o cérebro

Trabalhar de madrugada ou em horários irregulares pode prejudicar a memória e a veloci-dade de resposta cerebral, afirma um estudo feito pelas universidades de Toulouse, na França, e Swansea, no País de Gales. Os pesquisadores acompanharam as habilidades cog-nitivas de mais de três mil pessoas em três anos: 1996, 2001 e 2006.

Na primeira etapa da pesquisa, fei-ta em 1996, pouco menos da metade (1.484 pessoas) dos participantes ha-via trabalhado em turnos alternati-vos por pelo menos 50 dias no ano. Os pacientes tinham 32, 42, 52 e 62 anos nesse conjunto de testes, que teve como objetivo avaliar a memória de longo e curto prazo, a

velocidade de processamento ce-rebral e as habilidades cognitivas. Cerca de um em cada cinco dos que trabalhavam (18,5%) — e uma pro-porção semelhante de quem havia se aposentado (17,9%) — tinha mudança frequente nos turnos de atuação nos empregos.

Essas horas de trabalho con-sideradas anormais foram associa-das a um declínio nas capacidades cognitivas. Os dados mostraram que os que trabalhavam em turnos alternativos apresentaram menores escores de memória, de velocidade de processamento e de energia total do cérebro em comparação com os que só tinham ido ao emprego nas horas normais de expediente.

O Estudo Bem-Estar, uma iniciativa da Unimed Porto Alegre, analisou a relação dos moradores de Porto Ale-gre com o seu trabalho. Se-gundo a pesquisa, os maio-res níveis de bem-estar são encontrados entre as pes-soas de nível de ocupação superior e entre os aposen-tados. Já os desempregados apresentam níveis de bem-estar bastante inferiores em relação ás pessoas ocupa-das, em qualquer nível.

NÍVEL DE OCUPAÇÃO AFETA BEM-ESTAR

O jornalista José Neumane Pinto e o economista José Mendonça de Barros

participaram das discussões

João Rodrigues Neto explanou sobre as auditorias de segurança João Rodrigues, Apipe e Luciano

Nossa diretoria sempre presente em busca da união dos trabalhadores

Gílson e Eduardo

marcaram presença

Page 10: QUÍMICOS - 31

10 Jornal Reação Química Santos - Ano 19 - Dezembro • 2014www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

NOVOS CONVÊNiOS

mATéRiAS LEGiSLATiVASComissão da câmara aprova PEC que

acelera pagamento de precatório a idosos

aposentado que volta a trabalhar poderá ficar isento da contribuição ao iNSS

aprendizagem nas empresas poderá ter fiscalização eletrônica do

ministério do trabalho Por meio da Instrução Nor-

mativa SIT nº 113/2014, foi ins-tituída a possibilidade de ser adotada a fiscalização eletrô-nica no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da qual as empresas serão notificadas, via postal, para apresentar documentos em meio eletrônico, que serão confrontados com dados dos sistemas oficiais do MTE, vi-sando comprovação da efetiva contratação dos aprendizes, nos termos do art. 429 da CLT.

A empresa sujeita à con-tratação de aprendizes deverá apresentar em meio eletrônico, via e-mail, os seguintes docu-mentos:

a) imagem da ficha, folha do livro ou tela do sistema eletrô-nico de registro de emprega-dos comprovando o registro do aprendiz;

b) imagem do contrato de aprendizagem firmado entre empresa e o aprendiz, com a anuência/interveniência da en-tidade formadora;

c) imagem da declaração de matrícula do aprendiz no curso de aprendizagem, emitida pela entidade formadora;

d) comprovante, em meio digital, de entrega do Cadastro Geral de Empregados e De-sempregados (Caged) referente à contratação dos aprendizes;

e) outros dados referentes à ação fiscal, solicitados pelo Au-ditor Fiscal do Trabalho (AFT) notificante.

Fonte: Boletim IOB Fo-lhamatic

Foi aprovada em comissão especial a Proposta de Emen-da à Constituição (PEC) 176/12, que retira pessoas idosas, com doenças graves ou com defi-ciência da fila de precatórios. Pela proposta, o poder público deverá pagar seus débitos com essas pessoas imediatamente após o trânsito em julgado da sentença condenatória, obede-cendo a ordem cronológica de-crescente da idade do credor.

“Cabe ressaltar que a pre-ferência de pagamento desses créditos aos idosos e às pesso-as com doença grave já é deter-minada pela própria Constitui-ção, mas isso não é suficiente

para lhes garantir um recebi-mento mais célere, pois o pa-gamento se dá necessariamen-te na forma de precatórios”, argumentou o relator da PEC, deputado Onofre Santo Agosti-ni (PSD-SC).

A PEC determina que os dé-bitos de quaisquer naturezas, inclusive alimentícia, de idosos ou de pessoas com deficiência, portadores de doença grave ou incapacitante, independem de precatórios. Porém atualmen-te, União, estados e municípios têm uma fila de mais de R$ 100 bilhões para pagar em precató-rios. Mesmo após a determina-ção da Justiça para o pagamen-

to, a legislação deixa brechas para que os beneficiados levem anos para receber.

O texto aprovado nesta ter-ça-feira (11) pela comissão é um substitutivo do relator, que juntou a PEC 176, de autoria do deputado Edson Pimenta (PSD-BA) e que beneficia idosos e por-tadores de doença grave ou in-capacitante; com a PEC 315/13, da deputada Rosinha da Adefal (PTdoB-AL), que inclui as pesso-as com deficiência e sua tramita-ção será encaminhada para vo-tação em dois turnos no Plenário na Câmara dos Deputados. Se aprovada, seguirá para votação no Senado.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 64/2013, da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), isenta o aposentado que re-tornar ao trabalho da contribui-ção para a seguridade social. A PEC aguarda designação de re-lator na Comissão de Constitui-ção, Justiça e Cidadania (CCJ).

A autora argumenta que muitos aposentados pelo Regi-me Geral da Previdência Social (RGPS) retornam ao mercado

de trabalho justamente porque os benefícios previdenciários pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são baixos. Mas, ao retornar à atividade la-boral, acrescenta Lídice, o idoso volta a pagar a contribuição para a seguridade social, o que a se-nadora considera injusto.

Em sua justificativa, a auto-ra explica que “a nova contri-buição [imposta ao aposentado] não possui nenhuma contra-

partida, já que o aposentado que volta ao trabalho não re-ceberá nenhum outro benefício previdenciário correspondente, portanto, ela não deve existir”.

Lídice lembra que a isen-ção da contribuição social ao aposentado que volta à ativa, poderá beneficiar também o empregador, que não terá que arcar com sua parcela da con-tribuição social.

Fonte: Agência Senado

DONNA OTICAShopping Parque Balneário - loja 07- tel. 2202-8770 -Av. Ana Costa 515 - Praça Independência - tel. 3385-8770 - Beatrix

Boulevard - Av.Brasil 600 - loja 10- Praia Grande - tel.3302-8770

OTICA D. PEDRO I Av. Presidente Wilson 2059- loja 01- José Menino-(prédios lado

praia) Além da ótica, espaço com livros grátis para leitura e espaço Gourmet. Tel. 3219-5111.Associados 30% de desconto.

Centro de Treinamentos "TENPUS"

Rua João Ramalho 803- conjunto 72- Centro- São Vicente Tel. 3021-9772 www.tenpus.com.br

Grupo Editora NOBEL - NOBEL KIDSLivros Infantis.Shopping Parque Balneário Q.36 Térreo Tel.

3307.9713 associados 10% de desconto.

HOTEL FAZENDA BANDEIRANTESIbiúna/SP Rodovia Bunjiro Nakao Km 86 - entre Ibiúna e

Piedade Associados 10% de descontos nas diárias mais 10% das taxas de serviços. Reservas (15) 3289-1117

www.hotelfazendaband.com.br

POUSADA NATUREZA REAL - CAMBURISão Sebastião/SP. De segunda a quinta $130,00 o casal com

café da manhã De sexta a domingo R$150,00 o casal com café da manhã.

Tel.(12)9714-3525 (13)9744-3125 www.pousada.naturezareal.nom.br

INSTITUTO DE FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO Drª IVANILDE CHIARI S/C LTDA

PRAÇA FREI DAMIÃO, 230 - VILA NOVA – CUBATÃO TEL. 3361-2374 / 3061-0680

e-mail : [email protected] sócios pagam pela tabela AMB.

ATENDIMENTO PSICOLÓGICO A partir desta edição, a sede da Força Sindical; Av. Luiz

La Scala Jr 175, Vila Mathias/ Santos passará a oferecer atendimento psicológico (1 ou 2 vezes por semana, de acordo com a demanda) com o Dr. Daniel Tadeu Aguado. Informações

tel.3225-4441 ou 3307-2560. Valores diferenciados p/ associados e dependentes.

CONVÊNIOS ESCOLARES Com relação aos convênios escolares, em 2014, foram

confeccionadas: - 50 (Cinquenta) declarações para escolas de ensino fundamental; - 40 (Quarenta) declarações para escolas

de ensino médio e de línguas; e, - 386 (Trezentos e Oitenta e Seis) declarações para ensino superior.

Turno Columbian Chemicals

O sindicato está negociando com a Columbian Chemicals, algumas melhorias para o pessoal dos turnos. Acreditamos que com a última renovação de acordo ficou uma expectativa de melhorias e o Sindi-cato está indo neste sentido. Assim que tivermos um andamento nestas conversações estaremos chaman-do os companheiros para decidirem em conjunto.

Page 11: QUÍMICOS - 31

11Jornal Reação QuímicaSantos - Ano 19 - Dezembro • 2014www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

Furtado lança livro de poesias

Força sindical São Paulo realiza reunião regional

mATéRiAS JuRíDiCASContagem do prazo

prescricional começa a partir da ciência da incapacidade

para o trabalho A Primeira Turma do TRT Goiás, seguindo en-

tendimento do juiz da VT de Goiás, decidiu que o marco inicial da contagem do prazo prescricional em casos de acidente de trabalho ou doença ocupacional é a data em que o trabalhador teve a ciência inequívo-ca da incapacidade laboral, conforme as Súmulas 230 do STF e 278 do STJ. Segundo a legislação, o trabalha-dor que sofre acidente de trabalho e continua em ser-viço tem o prazo de cinco anos para ajuizar ação na Justiça do Trabalho. Se o trabalhador deixar correr o tempo e não propuser a ação no prazo previsto ele perde o direito de fazê-lo. O esgotamento desse prazo chama-se prescrição.

Nesse caso, a trabalhadora rural da cidade de Goiás havia sofrido acidente em julho de 2007, quando um ônibus da usina, que transportava cor-tadores de cana entre as cidades de Goiás e Faina, colidiu com um caminhão. Três pessoas morreram no acidente e dezenas ficaram feridas, dentre essas a trabalhadora que ajuizou a ação trabalhista. Com o acidente, a trabalhadora teve fratura da bacia do lado esquerdo, no joelho esquerdo e no cotovelo di-reito, evoluindo para uma incapacidade parcial e permanente, sendo que o membro inferior esquer-do ficou três centímetros menor que o direito. Ela ficou incapacitada para as atividades que realizava como trabalhadora rural.

A empresa alegou que a trabalhadora havia ajui-zado ação trabalhista somente em março de 2013, mais de cinco anos após o acidente, e que por isso teria ocorrido a prescrição. Entretanto, a Primeira Turma de Julgamento entendeu que o marco ini-cial da prescrição, quando o trabalhador pretende reparação por dano decorrente de acidente de tra-balho ou doença ocupacional, é a data da ciência inequívoca da sua incapacidade decorrente de aci-dente de trabalho ou doença profissional.

No caso em análise, o relator do processo, de-sembargador Gentil Pio, levou em consideração

Jurisprudência do TST, no sentido de que a ciência inequívoca da incapacidade laboral ocorre com a aposentadoria por invalidez ou no momento da ces-sação do benefício previdenciário com o retorno do empregado ao trabalho, e não a partir do dia do aci-dente, como alegou a empresa. Conforme os autos, a trabalhadora retornou ao trabalho em outubro de 2010, “devendo essa data ser considerada como o momento em que ela teve ciência inequívoca das lesões por ela sofridas”, concluiu o magistrado.

Assim, a empresa (usina) foi condenada ao pa-gamento de indenização no valor de R$ 50 mil em parcela única, a título de danos materiais, R$ 50 mil por danos morais e R$ 20 mil em decorrência de danos estéticos. (0000995-52.2013.5.18.0221)

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 18ª Região Goiás

Expectativa de vida do brasileiro sobe para

74,9 anos, aponta ibGEA expectativa de vida do brasileiro ao nascer

subiu para 74,9 anos em 2013, segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2012, a expectativa era 74,6 anos. Os dados estão na Tábua Completa da Mortalidade, que foi publicada na edição desta segunda-feira (1º) do Diário Oficial da União.

O aumento, embora pequeno, mantém a tendência de crescimento da taxa por anos consecutivos. Em 2011, a esperança de vida do brasileiro era de 74,1 anos. Em 2002, há cerca de dez anos, por exemplo, o índice era de 71 anos. Comparando com 1980, o aumento na expec-tativa de vida do brasileiro ao nascer foi de 12,4 anos, tendo passado de 62,5 anos para 74,9.

A tabela divulgada hoje mostra a expectativa de vida para todas as idades até os 80 anos. Uma criança de dez anos de idade, por exemplo, tem a expectativa de viver até os 76,3 anos. Um jovem de 18 anos deve viver, em média, até os 76,6 anos.

Uma pessoa de 40 anos tem a expectativa de vida de 78,5 anos. Aqueles que têm 80 anos ou mais têm expectativa média de viver mais 9,2 anos.

Para a população masculina, o aumento foi de

três meses e 29 dias, passando de 71 anos em 2012 para 71,3 em 2013. Já para as mulheres, o ganho foi um pouco menor: em 2012, a esperança de vida ao nascer delas era de 78,3 anos, elevando-se para 78,6 anos em 2012 (aumento de três meses e 14 dias).

Fator PrevidenciárioAs Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil

são usadas pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

Mesmo que ligeiro, o aumento da esperança de vida afeta o bolso dos brasileiros. Quando a expec-tativa de vida aumenta, maior é o desconto do fator previdenciário nas aposentadorias, ou seja, menor é o valor do benefício.

Os pedidos de aposentadoria por tempo de con-tribuição que ainda não foram feitos já não mais utilizarão usarão a tabela atual de descontos do fa-tor previdenciário.

POR UMA ESTRANHA COINCIDÊNCIA, no últi-mo fim de semana da tabela antiga não será possí-vel agendar o benefício no final de semana, pois o sistema do INSS estará fora do ar. E TUDO PORQUE estamos sob a batuta do partido dos trabalhadores, imagine se fosse o partido dos empresários.

Mulher deve ter descanso antes da hora extra

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram que as mulheres têm direito a 15 minu-tos de descanso entre a jornada de trabalho diária e as horas extras.

Uma operadora de caixa foi à Justiça do Traba-lho cobrar pelo período de descanso não concedido pela empresa e o caso chegou ao STF.

O descanso está previsto no artigo 384 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mas o em-pregador alegou que a determinação é contrária à igualdade de gênero estabelecida na Constituição.

A Força Sindical regional mantém uma continuidade de reuniões para que a coor-denação sindical esteja sempre atuando no conjunto dos interesses sindicais regionais.

Dentro nestas reuniões são discutidas as representações regionais e municipais

nos diversos órgãos de função local, a fim de melhorarmos as condições de cidadania. Também são articuladas as atividades de campanhas salariais solidarias ou até mes-mo condições pontuais de categorias com apoios dos que podem aos que precisam.

O vereador Benedito Fur-tado, companheiro antigo de nossa categoria e sindicalista de muitas lutas apresentou seu lado poético no lançamen-to de seu primeiro livro de poesias. Na oportunidade em que estivemos presentes junto

com outros dirigentes regio-nais, pois um livro é a melhor versão de união das antigas frases de “Che” Guevara: “É preciso ser duro, mas perder a ternura , jamais” ou “Sonhas e serás livre de espirito... luta e serás livre na vida”.

Furtado e Passos durante o lançamento A periodicidade das reuniões é a chave da eficiência

Page 12: QUÍMICOS - 31

12 Jornal Reação Química Santos - Ano 19 - Dezembro • 2014www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista

SEmiNÁRiO REDES

A formação de redes é uma das saídas para fortalecer os trabalhadores

Passos tem sido um dos incentivadores das redes

Votação do turno CbE no sindicato

A IndustriALL rea-lizou um seminário de redes sindicais, onde especialistas informa-ram as maneiras de or-ganização por empresas . De forma que as orga-nizações de trabalha-dores tenham a mesma escala que as grandes corporações. Conhecen-do também de melhor ponto de vista as formas que estas organizações transnacionais atuam. Deste jeito a resistên-cia dos trabalhadores aumenta e evita que a eterna fómula de dividir para conquistar seja a

Nestes dias foi audi-tada a CBE de Cubatão. As NRs 11, 12 e 13 foram o principal objetivo.

Na questão sobre as NRs 11 e 12 encontra-mos muito problemas de históricos de ma-nutenção e outras não

conformidades. Já na NR 13 as certifica-ções dos operadores estão com problemas além de dificulda-des de identificação. O que chamou mais atenção foi o péssimo estado da “ETA” que

está deplorável. O sindi-cato já oficiou a empre-sa para realizar urgente uma reunião para que tanto as não conformi-dades como as questões de risco possam ser sanadas o mais rápido possível.

Os trabalhadores em regime de turno da CBE Cubatão rejei-taram a proposta da empresa em renovar o atual acordo de tur-no nas mesmas con-dições. Primeiro fize-mos assembleia com os trabalhadores onde decidimos os dias de votação e a cédula, assim como as expli-cações necessárias ao ato. Era fácil de pre-ver esta atitude, pois eles estão submetidos a um excesso de ho-ras, e tem até tabeli-nha de dobras. Nesta condição é impossível fazer acordo, nem a le-gislação aceita. Já faz

EMPRÉSTIMO CONSIGNADO COM AS MELHORES TAXAS

FUNCIONÁRIOS E APOSENTADOS - FAÇA UMA SIMULAÇÃO. SANTOS: CUBATÃO: (13) 3224-9878 (13) 3372-4217

As empresas do “site” de Guarujá, DOW, STYRON e CBE, conforme aprovado em assembleias fecharam acordo judicial para encerrarmos os pro-cessos referentes a OJ 429, e já no começo do ano os companheiros

vão começar a receber os cheques referentes as indenizações, de-pendem apenas das homologações da jus-tiça do trabalho, sen-do que já neste mês todos tiveram aumen-to real em função do mesmo acordo que

previu 3 horas e meia à 70% a mais por mês. Como eles tem THM de 180 horas significa um aumento de 3,3% real, o que é o triplo do aumen-to real da data base. Pa-rabéns aos companhei-ros que confiaram no Sindicato.

ferramenta de uso do se-tor patronal. Passos por sua experiência na área tem sido um dos incen-tivadores da prática no meio sindical, que desta

maneira não tem bar-reiras ideológicas, mas bandeiras em comum na luta pelas melhores práticas e mais direitos aos trabalhadores.

tempo que o sindicato vem alertando a em-presa desta situação. Na verdade eles não têm pessoal nem para rodar os quatro turnos e ainda ficam enrolan-do no chora-chora de

sempre. No momento tem que contratar e pronto, nem que seja pessoal já formado e experiente, para man-ter tem que melhorar remuneração e as con-dições, senão...

Nr’s

turno Columbian Chemicals

turno e aditivo Vli

oJs

A Anglo Americam é outra “barrigadora”, te-mos tido muitos proble-mas na área de seguran-ça, principalmente pelo “deixa para depois”. Mas é na questão da renova-ção do acordo de turno

que ela mais enrola, já marcou e desmarcou uma série de reuniões, mas o Sindicato já avisou que deste ano não passa. Está na hora de melhorar as condições e a remu-neração do pessoal de

turno da Anglo. Como o sindicato

não tira férias estamos no aguardo da propos-ta, seria muito ruim se tivéssemos que tomar outras atitudes devido ao embarrigamento.

A Vli é com a maioria das empresas do grupo Vale, gosta de dar uma barrigada nos assuntos. A questão do turno vem se arrastando faz tem-po. Marcam e desmar-cam uma reunião após a outra. O sindicato já deu um ultimato “Não vai fi-car para o ano que vem”.

Temos sido pacientes mesmo com tantos pro-blemas. A situação que levou ao incêndio era prevista devido a situ-ações reportadas com antecedência. A Vale tem destas coisas de economizar. Agora o clima na VLi está péssi-mo, pois fazem pressão

se a culpa fosse deles. Não adianta aparecer com este tipo de visão. Sabemos que acidente, principalmente nestas proporções é da respon-sabilidade da empresa. O aditivo da VLi vai ficar igual ao da Vale Fertili-zantes, pois senão não haveria tempo de novo.