31/03/2017 1a. caderno a 19 tb -...

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OPINIÃO. Jornal de Brasília Brasília, sexta-feira, 31 de março de 2017 19 Reforma ARTIGOS A recessão econômica e a má distribuição de renda dei- xam clara a necessidade de mudanças que gerem responsa- bilidade fiscal e equilíbrio das contas públicas. Antes de uma re- forma previdenciária, no entan- to, o governo deve fazer o dever de casa, ou trilhar caminhos que beneficiem a sociedade. É necessário um debate sobre a DRU (Desvinculação das Receitas da União) e o alegado déficit da Previdência. Analistas são categó- ricos em afirmar que o Sistema de Seguridade Social, no qual se inse- re além da Previdência, a Saúde e a Assistência Social, não são defi- citários. É preciso uma auditoria nas contas. Outro ponto crucial é diminuir a dívida ativa da União, que gira em torno de R$ 1,5 trilhão, segun- do dados da própria Procurado- ria Geral da Fazenda Nacional. Es- ses recursos poderiam ser empre- gados em todo o sistema de Segu- ridade Social. E o montante perdido nos es- quemas de corrupção e sonega- ção fiscal? Deltan Dallagnol, coor- denador da força-tarefa do Minis- tério Público na Lava-Jato, já des- tacou que cerca de R$ 200 bi- lhões/ano são desviados pela cor- r u p ç ã o. Destaca-se também a insensibi- lidade da PEC que equipara a mu- lher ao homem nas obrigações previdenciárias. Ainda que a so- ciedade moderna, felizmente, ve- nha buscando igualdade e respei- to, a mulher ainda se submete a situações diferenciadas e espe- ciais, como a maternidade, por e x e m p l o. Partimos da premissa de uma reforma previdenciária que seja legítima, proporcional e adequa- da à higidez do sistema, preser- vando direitos e conquistas do ci- dadão brasileiro. PETRUS ELESBÃO é presidente do Sindlegis – Sindicato dos servidores da Câmara, Senado e do Tribunal de Contas da União ( TC U ) CHARGE COMENTARIOS DO JBr . Caos Brasília está um caos! Tudo está atrasado. Esse governador não faz nada em prol da população. Esta- mos sem saúde, educação, segu- rança e as medidas que ele toma só complicam ainda mais a vida dos trabalhadores e das pessoas mais necessitadas. KELLINHA LOPES,pelo Facebook, sobre a matéria: “Famílias do DF Sem Miséria amargam mais atrasos” Gestão Falta gestão no Distrito Federal. Os únicos números que crescem na capítal do país são da violência, desemprego, roubos, furtos, entre outros. Isso sem falar que a saúde está um verdadeiro caos, não há mais educação pública de qualida- de, e o DF se afunda cada vez mais em dívidas. JOÃO BATISTA ALVES DOS SANTOS, pelo Facebook, sobre a matéria: “De cada cinco moradores do DF, um está desempregado” Limites As pessoas tem que aprender a respeitar os limites do próprio cor- po e começar a ouvir os sinais que ele nos dá. É preciso saber a hora de parar, por mais que ele quisesse muito conquistar o peso ideal para lutar. Acredito que nesse caso te- nha faltado orientação. Agora, es- pero que Deus o receba de braços abertos. Sinto muito pelos familia- res que vão precisar lidar com a fal- ta do ente querido para sempre. LÍVIA JUNQUEIRA,pelo Facebook, sobre a matéria: “Lutador de Muay Thai morre ao tentar perder 3kg em um único dia” Orgulho A faixa de pedestres é um orgu- lho para nós brasilienses e, com certeza, ajuda a salvar muitas vi- das, além de conscientizar as pes- soas a terem mais amor e respeito ao próximo. Essa ação deve ser co- piada em em outras cidades. Deve- mos tomar cuidado para que isso não se perca com o passar dos anos. JOSÉ RIBEIRO GONÇALVES,pelo Facebook, sobre a matéria: “B ra s í l i a celebra 20 anos de respeito à faixa de pedestre” Seja exemplo C erto dia, um pai me procu- rou com o filho, que acabara de completar 18 anos. Queria conselhos de como se preparar bem para conquistar a carreira pública e que estava disposto a pagar pela melhor preparação. O curso e um carro foram presentes de aniversário para o filho, que, a partir daquele momento, somen- te estudaria para concurso públi- co, inicialmente para a Câmara ou para o Senado. O pai pediu-me que sugerisse cursos por maté- rias e elaborasse uma lista de li- vros e apostilas para ele comprar. O nosso candidato – vamos cha- má-lo aqui de Maurício –, que sempre estudara nas melhores escolas privadas, estudaria agora no melhor curso preparatório pa- ra concursos, com todo o apoio fi- nanceiro e todo o tempo do mun- do para se preparar bem. Recordei-me, então, do José Wilson, morador de Ceilândia, que começou a trabalhar com 12 anos, morou por quatro em um trailer próximo à faculdade, por- que não tinha dinheiro para pa- gar a passagem de ônibus para a casa dos pais, e só podia se prepa- rar para os concursos com aposti- las emprestadas e durante a ma- drugada – com os pés numa bacia d’água para não adormecer –, pois não contava com outro tempo para estudo das matérias da fa- culdade e do concurso. Com tantas forças conspirando contra, José Wilson não teria a mí- nima chance de vencer os “Maurí- cios” da vida e conquistar uma va- ga no serviço público. Entraram em cena fatores como disciplina, foco, método adequado, apoio dos amigos e familiares, planeja- mento, muita perseverança, Deus na mente e no peito e vontade de vencer e de conquistar uma posi- ção de destaque. Não espere que o concurso seja justo e a banca lhe dê a vaga ape- nas porque você merece, por ser mais necessitado. O concurso é um processo isonômico e destina a vaga àquele que mais acerta questões, e não ao mais carente. Diante disso, não há outra saída senão seguir o exemplo do jovem José Wilson, que um dia saiu do in- terior do Nordeste praticamente com a roupa do corpo, em compa- nhia da mãe e de quatro irmãos, para tentar a sorte na capital do País: foi aprovado em oito concur- sos públicos, ocupou cargos de al- ta relevância durante 17 anos e de- pois usou sua experiência para aju- dar milhares de outros candidatos a vencer o desafio da aprovação. J. W. GRANJEIRO é diretor-executivo da Escola de Governo do DF CARTASDOLEITOR A CBF Críticos da CBF podem estrebu- char a vontade: a entidade cum- priu com sua obrigação e obteve, com antecedência, a classificação do Brasil para a Copa do Mundo na Rússia, em 2018. Resultado de trabalho coletivo, operoso e pro- fissional que deu a seleção estru- tura para que a programação fos- se concluida com sucesso. VICENTE LIMONGI NETTO, Lago N o r te / D F Reforma Assim como eu, vários servido- res públicos nunca se corrompe- ram ou se beneficiaram do di- nheiro público. Meus ganhos fo- ram fruto do meu trabalho. Algu- mas vezes trabalhamos mais do que ganhamos. Precisei usar das minha criatividade nas realiza- ções de projetos por falta de ver- bas nos órgãos públicos. Nós, ser- vidores públicos, não temos, co- mo na inciativa privada, o FGTS e nem data base respeitada, e ainda assim muitos de nós amamos o que fazemos. Somos sabedores da importância do nosso traba- lho para com os cidadãos que vão em busca dos serviços públicos. É decepcionante para nós ver na mídia campanhas de desmorali- zação da nossa classe dizendo que somos nós os verdadeiros culpados pela a quebra da Previ- dência e das financias públicas. Não é verdade! A quebradeira da Previdência e dos estados só vem acontecendo devido à corrupção exacerbada, e a um modelo de ad- ministração de favorecimento que só beneficia nossos políticos, alguns empresários, e até mesmo algumas autoridades. EVANILDO SALES SANTOS, Gama/DF Interferir já Para o PT, tudo que apresentam contra ele são “meras ilações”. Mas o tempo passa e o PT nunca tentou tirar da prisão os petistas que a Jus- tiça condenou por “deduzir” que praticaram crimes. Qual a dificul- dade para recorrer contra essas “in- justiças”? Não vi a sigla tentando li- bertar Zé Dirceu, João Vaccari, An- dré Vargas e Palocci, que já estão condenados a vários anos de pri- são. Está passando da hora de o par- tido tomar providências para que esse tipo de coisa não mais ocorra. É bom lembrar que tem muita gente na fila e poderá surgir mais conde- nações por “s u po s iç ão ”, inclusive a do filho de Garanhuns. JEOVAH FERREIRA, Taquari/DF Tribunais É lamentável vermos os Tribu- nais de Contas envolvidos em es- cândalos. Todos têm um corpo técnico da melhor qualidade. Apuram corretamente desvios de conduta praticados pelas admi- nistrações de todos os níveis. Mas são dirigidos por ex-políticos in- dicados pelos governadores e/ou prefeitos e suas análises depen- dem de Câmaras e Assembleias. É urgente que se aprove um proje- to que faça com que tenham au- tonomia para que seus trabalhos resultem em melhorias adminis- trativas e minimizem corrupção. IRIA DE SÁ DODDE, Rio de Ja n e i ro / RJ SIG trecho 1 - Lote 765 - Brasília - DF - CEP 70610-400. Inclua nome completo, endereço e identidade [email protected] CARTAS PARA A REDAÇÃO: Envie suas sugestões de reportagem, imagens e vídeos para o nosso WhatsApp (61) 99606.4199

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OPINIÃO.Jornal de Brasília Brasília, sexta-feira, 31 de março de 2 0 17 19

ReformaA RT I G O S

A recessão econômica e a mádistribuição de renda dei-xam clara a necessidade de

mudanças que gerem responsa-bilidade fiscal e equilíbrio dascontas públicas. Antes de uma re-forma previdenciária, no entan-to, o governo deve fazer o deverde casa, ou trilhar caminhos quebeneficiem a sociedade.

É necessário um debate sobre aDRU (Desvinculação das Receitasda União) e o alegado déficit daPrevidência. Analistas são categó-ricos em afirmar que o Sistema deSeguridade Social, no qual se inse-re além da Previdência, a Saúde ea Assistência Social, não são defi-citários. É preciso uma auditorianas contas.

Outro ponto crucial é diminuira dívida ativa da União, que giraem torno de R$ 1,5 trilhão, segun-do dados da própria Procurado-ria Geral da Fazenda Nacional. Es-ses recursos poderiam ser empre-gados em todo o sistema de Segu-ridade Social.

E o montante perdido nos es-

quemas de corrupção e sonega-ção fiscal? Deltan Dallagnol, coor-denador da força-tarefa do Minis-tério Público na Lava-Jato, já des-tacou que cerca de R$ 200 bi-lhões/ano são desviados pela cor-r u p ç ã o.

Destaca-se também a insensibi-lidade da PEC que equipara a mu-lher ao homem nas obrigaçõesprevidenciárias. Ainda que a so-ciedade moderna, felizmente, ve-nha buscando igualdade e respei-to, a mulher ainda se submete asituações diferenciadas e espe-ciais, como a maternidade, pore x e m p l o.

Partimos da premissa de umareforma previdenciária que sejalegítima, proporcional e adequa-da à higidez do sistema, preser-vando direitos e conquistas do ci-dadão brasileiro.

PETRUS ELESBÃO é presidente doSindlegis – Sindicato dosservidores da Câmara, Senado edo Tribunal de Contas da União( TC U )

CHARGE C O M E N TA R I O SDO JBr.

C aosBrasília está um caos! Tudo está

atrasado. Esse governador não faznada em prol da população. Esta-mos sem saúde, educação, segu-rança e as medidas que ele toma sócomplicam ainda mais a vida dostrabalhadores e das pessoas maisnecessitadas.

KELLINHA LOPES,pelo Facebook,sobre a matéria: “Famílias do DFSem Miséria amargam mais atrasos”

G estãoFalta gestão no Distrito Federal.

Os únicos números que crescemna capítal do país são da violência,desemprego, roubos, furtos, entreoutros. Isso sem falar que a saúdeestá um verdadeiro caos, não hámais educação pública de qualida-de, e o DF se afunda cada vez maisem dívidas.

JOÃO BATISTA ALVES DOSSA N TO S , pelo Facebook, sobre amatéria: “De cada cinco moradoresdo DF, um está desempregado”

L i m i tesAs pessoas tem que aprender a

respeitar os limites do próprio cor-po e começar a ouvir os sinais queele nos dá. É preciso saber a hora deparar, por mais que ele quisessemuito conquistar o peso ideal paralutar. Acredito que nesse caso te-nha faltado orientação. Agora, es-pero que Deus o receba de braçosabertos. Sinto muito pelos familia-res que vão precisar lidar com a fal-ta do ente querido para sempre.

LÍVIA JUNQUEIRA,pelo Facebook,sobre a matéria: “Lutador de MuayThai morre ao tentar perder 3kg emum único dia”

O rg u l h oA faixa de pedestres é um orgu-

lho para nós brasilienses e, comcerteza, ajuda a salvar muitas vi-das, além de conscientizar as pes-soas a terem mais amor e respeitoao próximo. Essa ação deve ser co-piada em em outras cidades. Deve-mos tomar cuidado para que issonão se perca com o passar dosanos.

JOSÉ RIBEIRO GONÇALVES,peloFacebook, sobre a matéria: “B ra s í l i acelebra 20 anos de respeito à faixade pedestre”

Seja exemploCerto dia, um pai me procu-

rou com o filho, que acabarade completar 18 anos. Queria

conselhos de como se prepararbem para conquistar a carreirapública e que estava disposto apagar pela melhor preparação. Ocurso e um carro foram presentesde aniversário para o filho, que, apartir daquele momento, somen-te estudaria para concurso públi-co, inicialmente para a Câmaraou para o Senado. O pai pediu-meque sugerisse cursos por maté-rias e elaborasse uma lista de li-vros e apostilas para ele comprar.

O nosso candidato – vamos cha-má-lo aqui de Maurício –, quesempre estudara nas melhoresescolas privadas, estudaria agorano melhor curso preparatório pa-ra concursos, com todo o apoio fi-nanceiro e todo o tempo do mun-do para se preparar bem.

Recordei-me, então, do JoséWilson, morador de Ceilândia,que começou a trabalhar com 12anos, morou por quatro em umtrailer próximo à faculdade, por-que não tinha dinheiro para pa-gar a passagem de ônibus para acasa dos pais, e só podia se prepa-rar para os concursos com aposti-las emprestadas e durante a ma-drugada – com os pés numa baciad’água para não adormecer –, poisnão contava com outro tempo

para estudo das matérias da fa-culdade e do concurso.

Com tantas forças conspirandocontra, José Wilson não teria a mí-nima chance de vencer os “Maurí -cios” da vida e conquistar uma va-ga no serviço público. Entraramem cena fatores como disciplina,foco, método adequado, apoiodos amigos e familiares, planeja-mento, muita perseverança, Deusna mente e no peito e vontade devencer e de conquistar uma posi-ção de destaque.

Não espere que o concurso sejajusto e a banca lhe dê a vaga ape-nas porque você merece, por sermais necessitado. O concurso éum processo isonômico e destinaa vaga àquele que mais acertaquestões, e não ao mais carente.

Diante disso, não há outra saídasenão seguir o exemplo do jovemJosé Wilson, que um dia saiu do in-terior do Nordeste praticamentecom a roupa do corpo, em compa-nhia da mãe e de quatro irmãos,para tentar a sorte na capital doPaís: foi aprovado em oito concur-sos públicos, ocupou cargos de al-ta relevância durante 17 anos e de-pois usou sua experiência para aju-dar milhares de outros candidatosa vencer o desafio da aprovação.

J. W. GRANJEIRO é diretor-executivoda Escola de Governo do DF

C A RTA S DOLEITORA CBF

Críticos da CBF podem estrebu-char a vontade: a entidade cum-priu com sua obrigação e obteve,com antecedência, a classificaçãodo Brasil para a Copa do Mundona Rússia, em 2018. Resultado detrabalho coletivo, operoso e pro-fissional que deu a seleção estru-tura para que a programação fos-se concluida com sucesso.

VICENTE LIMONGI NETTO, LagoN o r te / D F

Refo r m aAssim como eu, vários servido-

res públicos nunca se corrompe-ram ou se beneficiaram do di-nheiro público. Meus ganhos fo-ram fruto do meu trabalho. Algu-mas vezes trabalhamos mais doque ganhamos. Precisei usar dasminha criatividade nas realiza-ções de projetos por falta de ver-bas nos órgãos públicos. Nós, ser-vidores públicos, não temos, co-mo na inciativa privada, o FGTS enem data base respeitada, e aindaassim muitos de nós amamos oque fazemos. Somos sabedoresda importância do nosso traba-lho para com os cidadãos que vãoem busca dos serviços públicos. Édecepcionante para nós ver namídia campanhas de desmorali-zação da nossa classe dizendoque somos nós os verdadeirosculpados pela a quebra da Previ-dência e das financias públicas.Não é verdade! A quebradeira daPrevidência e dos estados só vemacontecendo devido à corrupçãoexacerbada, e a um modelo de ad-ministração de favorecimentoque só beneficia nossos políticos,

alguns empresários, e até mesmoalgumas autoridades.

EVANILDO SALES SANTOS, Gama/DF

Interferir jáPara o PT, tudo que apresentam

contra ele são “meras ilações”. Maso tempo passa e o PT nunca tentoutirar da prisão os petistas que a Jus-tiça condenou por “deduzir” quepraticaram crimes. Qual a dificul-dade para recorrer contra essas “in -justiças”? Não vi a sigla tentando li-bertar Zé Dirceu, João Vaccari, An-dré Vargas e Palocci, que já estãocondenados a vários anos de pri-são. Está passando da hora de o par-tido tomar providências para queesse tipo de coisa não mais ocorra. Ébom lembrar que tem muita gentena fila e poderá surgir mais conde-nações por “s u po s iç ão ”, inclusive ado filho de Garanhuns.

JEOVAH FERREIRA, Taquari/DF

Tr i b u n a i sÉ lamentável vermos os Tribu-

nais de Contas envolvidos em es-cândalos. Todos têm um corpotécnico da melhor qualidade.Apuram corretamente desvios deconduta praticados pelas admi-nistrações de todos os níveis. Massão dirigidos por ex-políticos in-dicados pelos governadores e/ouprefeitos e suas análises depen-dem de Câmaras e Assembleias. Éurgente que se aprove um proje-to que faça com que tenham au-tonomia para que seus trabalhosresultem em melhorias adminis-trativas e minimizem corrupção.

IRIA DE SÁ DODDE, Rio deJa n e i ro / RJ

SIG trecho 1 - Lote 765 - Brasília - DF - CEP 70610-400.Inclua nome completo, endereço e identidade

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