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22/08/2014 1 A Demonstração do Resultado do Exercício e a Demonstração dos Fluxos de Caixa Profa. Ma. Juliana Leite Kirchner Demonstração do Resultado do Exercício – DRE - A cada exercício social, a Empresa deve apurar o resultado dos seus negócios. - Objetivo: analisar se houve lucro ou prejuízo no negócio. - Para saber se teve lucro ou prejuízo, a contabilidade deve confrontar a receita (vendas) com as despesas: Se a receita for maior que a despesa, a empresa: lucro. Se a receita for menor que a despesa: prejuízo Demonstração de Resultados do Exercício - DRE É a principal demonstração de fluxos. DRE resume de forma dedutiva: Receitas reconhecidas Despesas reconhecidas Apuração de resultado Obedece ao período social. Deve evidenciar o lucro ou o prejuízo.

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A Demonstração do Resultado doExercício e a Demonstração dos Fluxosde Caixa

Profa. Ma. Juliana Leite Kirchner

Demonstração do Resultado do Exercício – DRE

- A cada exercício social, a Empresa deve apurar oresultado dos seus negócios.

- Objetivo: analisar se houve lucro ou prejuízo no negócio.

- Para saber se teve lucro ou prejuízo, a contabilidade deveconfrontar a receita (vendas) com as despesas:• Se a receita for maior que a despesa, a empresa: lucro.• Se a receita for menor que a despesa: prejuízo

Demonstração de Resultados do Exercício - DRE

• É a principal demonstração de fluxos.• DRE resume de forma dedutiva:Receitas reconhecidasDespesas reconhecidasApuração de resultado

• Obedece ao período social.• Deve evidenciar o lucro ou o prejuízo.

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Como Acontece

• Contas de despesas e receitas sofremlançamentos ao longo do período.

• Ao final são encerradas, são transitórias.

• Saldo sofre transferência para a conta deapuração.

Receitas: Resultado positivoVenda de mercadorias; venda de serviços;prestação de serviços.

Despesas: resultado negativoSalários, comissões, aluguéis, energia, telefone,encargos, pró-labore, conservação material delimpeza, de escritório.

Receitas = Despesas: resultado nulo

Relembrando

• Regime de competência orienta lançamento.• Ocorrência de seu fato gerador.

Receitas ganhas, mesmo que não recebidas. Despesas incorridas, mesmo que nãodesembolsadas.

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Poder Preditivo da DRE

Tal como no Balanço Patrimonial, possui um Poderinformativo:

Balanço Patrimonial: alinha os saldos das contasem um determinado momento, para obter umaavaliação estática.

Demonstração de Resultado do Exercício: serefere a um período e descreve as causas doaparecimento de determinado resultado.

DRE Projetada

• Fluxo final mais importante da apuração contábil.

• Elemento individual que apresenta a maiorpotencialidade preditiva, pois se pode projetar commaior ou menor facilidade a propensão delucratividade da entidade.

Estrutura de Apresentação – DREReceita Bruta de Vendas

(-) DeduçõesContas redutorasImpostos sobre vendasDescontos comerciaisAbatimentos devoluções

= Receita Líquida de Vendas(-) Custo das vendas

=Lucro Bruto: Corresponde a baixa nos estoques porvendas

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Estrutura de Apresentação – DRELucro Bruto

(-) Despesas: segregadas em: vendas, administrativas efinanceiras.

= Lucro Operacional: resultam de operaçõesacessórias (participações em sociedades controladas ecoligadas, dividendos.

= Lucro antes do IR/CSLL

= Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício

Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC

- Em conformidade ao seu poder decisório e às suasnecessidades, os usuários necessitam de umadiversidade de informações.

- Destaca-se a necessidade dos usuários peloconhecimento dos fluxos de caixa das Entidades.

- Enfoque: caixa - compreende numerário emespécie e depósitos bancários disponíveis.

Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC

No Brasil, mediante as inovações trazidas pela Lei n.11.638/2007, prevê a adoção da Demonstração dosFluxos de Caixa – DFC em substituição à Demonstraçãode Origens e Aplicações de Recursos – DOAR.

Passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade.

Esta obrigatoriedade vigora desde 01/01/2008, por forçada Lei n. 11.638/2007, e é um importante relatório paraa tomada de decisões gerenciais.

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Função da DFC

A sua função primordial é demonstrar os fluxos de caixae de propiciar as informações relevantes sobre asmovimentações de entradas e saídas de caixa de umaentidade para um determinado período ou exercício.

As informações contidas numa demonstração dos fluxosde caixa, quando utilizadas com os dados e asinformações divulgados nas demonstrações contábeis,destinam-se a ajudar seus usuários a avaliar a geraçãode fluxos de caixa para o pagamento de obrigações ede lucros e dividendos aos seus acionistas, ou identificara necessidade de financiamentos.

Função da DFC

As informações contidas numa demonstração dosfluxos de caixa, quando utilizadas com os dados e asinformações divulgados nas demonstraçõescontábeis, destinam-se a ajudar seus usuários aavaliar a geração de fluxos de caixa para opagamento de obrigações e de lucros e dividendosaos seus acionistas, ou identificar a necessidade definanciamentos.

Importância da DFC

As Demonstrações Contábeis (excetuando o BP) sãoconsideradas relatórios dinâmicos, pois evidenciamFluxos.

A Demonstração do Fluxo de Caixa irá indicar quaisforam as saídas e entradas de dinheiro no caixadurante o período e o resultado desse fluxo.

Fluxos de caixa: são ingressos e saídas de caixa eequivalentes (movimentação de recursos financeiros,saldos de moeda em caixa, depósitos em contabancária, aplicações financeiras).

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Importância da DFCDRE e DMPL: retratam fluxos econômicos, poiscontémelementos relacionados diretamente com a variação dariqueza.

DFC: retrata fluxos financeiros, pois refletem asmovimentações de dinheiro ocorridas na entidade.

De forma condensada, essa demonstração indica aorigem de todo o dinheiro que entrou no caixa emdeterminado período e, ainda, o Resultado do FluxoFinanceiro. Assim como a Demonstração de Resultadosde Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica etambém está contida no balanço patrimonial.

Finalidade da DFC

• Demonstrar movimentação do fluxo financeiro

• Explicar o destino e a origem do dinheiromovimentado na entidade.

• Analisar o dinheiro que transitou pelo Caixa(Caixa e Bancos) em um determinado período eo resultado desse fluxo.

Pode ser elaborada de diversas maneiras. Maisusual pelo Método direto ou pelo Método indireto.

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Método Indireto

- O fluxo obtido com base nessa concepção é denominadoFluxo de Caixa pelo Método Indireto ou Fluxo deCaixa no sentido amplo.

- Adota procedimento semelhante ao da DOAR.

- Parte-se do lucro líquido (apurado pelo regime decompetência) para chegar ao valor deste lucro que foiconvertido em caixa.

- Por esse motivo é chamado de método da conciliação,uma vez que concilia o lucro líquido com o caixa.

Método Indireto

Para a sua elaboração considera-se que todo o lucrolíquido apurado pela empresa afetou o caixa. Sendoassim, a primeira linha da DFC (atividadeoperacional)tem a informação deste lucro.

A partir deste valor, efetua-se as adições e asdiminuições dos valores que sabidamente nãoafetaram o caixa.

Método DiretoDenominado como Fluxo de Caixa no SentidoRestrito.

Também chamado como “verdadeiro fluxo de caixa”:pois nesse modelo são demonstrados todos osrecebimentos e pagamentos que efetivamenteocorreram para a variação das disponibilidades noperíodo.

Exige um maior esforço na sua elaboração:necessita que seja realizado todo um trabalho desegregação das movimentações financeiras.

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Método Direto

No Método Indireto, as entradas e saídas do caixasão evidenciadas pelo lucro líquido.

Já no Método Direto, as entradas e saídas do Caixasão evidenciadas a começar das vendas pelos seusvalores efetivamente realizados (recebidos), em vezde pelo lucro líquido.

Esse modelo possui um poder informativo bastantesuperior ao do Método Indireto.

Estruturação da DFC

A DFC deve refletir as transações de caixa oriundas:

- Das atividades operacionais- Das atividades de investimento- Das atividades de financiamentos

Observe: são transações que afetam o fluxo decaixa.

Atividades Operacionais

Compreendem as transações que envolvem aconsecução do objeto social da Entidade.

Exemplos: recebimento de uma venda, pagamentode fornecedores por compra de materiais,pagamento dos funcionários, numerários recebidosde clientes por venda de produtos e serviços,reembolsos de fornecedores, companhias de seguro,restituição de impostos, pagamento de fornecedores,empregados, governo por impostos e contribuições.

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Atividades de Investimento

Compreendem as transações com os ativosfinanceiros, as aquisições ou vendas departicipações em outras entidades e de ativosutilizados na produção de bens ou prestação deserviços ligados ao objeto social da Entidade.

Exemplos: numerário recebido de vendas de ativospermanentes, numerário utilizado na aquisição deativo permanente.

Atividades de Financiamentos

Incluem a captação de recursos dos acionistas oucotistas e seu retorno em forma de lucros oudividendos, a captação de empréstimos ou outrosrecursos, sua amortização e remuneração.

Exemplos: integralização de capital; obtenção deempréstimos, pagamento de credores de obrigaçõespor financiamentos.

Estruturando a DFC

Elaboramos a DFC mediante a divisão do Fluxo deCaixa em três grupos distintos:

1. Fluxo das operações: refere-se às atividadesnormais da empresa (vendas, compras, despesas) –Corresponde à Demonstração do Resultado doExercício.

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Estruturando a DFC

2. Fluxo dos Financiamentos: refere-se desde aosfinanciamentos, empréstimos obtidos, aumento decapital em dinheiro, até aos pagamentos dosfinanciamentos (amortizações), pagamento dedividendos.

3. Fluxo dos Investimentos: aquisições deinvestimentos, utilizado, intangível, venda deimobilizado, ações.

Estruturando a DFC

• Verificamos variação do Disponível

• Segregamos operações efetuadas com numerário(numerário = moeda)

• Fazemos os ajustes.

Atenção!

A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar osfluxos de caixa do período classificados por atividadesoperacionais, de investimento e de financiamento.

• Nota: Uma única transação pode incluir fluxos decaixa classificados em mais de uma atividade.

Exemplo: o desembolso de caixa para pagamento de umempréstimo inclui tanto os juros como o principal: aparte dos juros pode ser classificada como atividadeoperacional, mas a parte do principal deve serclassificada como atividade de financiamento.

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Demonstração de Fluxo de Caixa em x1Atividades OperacionaisRecebimento de clientes 14.625Pagamento de fornecedores (7.875)Despesas operacionais (4.500)Despesas antecipadas (2.625)Encargos financeiros ( )= Caixa Operacional Líquido (375)Atividades de InvestimentosImobilizado (1.500)Veículos ( )Aplicações financeiras ( )= Caixa Líquido Ativ.Investimento (1.500)

Demonstração de Fluxo de Caixa em X1

Total Líquido (1) (1.875)

Atividades de FinanciamentoRecursos Próprios 5.250Financiamentos recebidos 0,00

(-)Pagamento de dividendos (1.125)

= Caixa Líquido Ativ.Financiamento 4.125

Caixa Líquido do Período (- 375 -1.500 + 4.125) 2.250

Saldo inicial 1.875Saldo final 4.125

Total Líquido (1) 2.250

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Exercício

Conforme o título Princípios Contábeis Aplicáveis –Livro-Texto – página 125, apresentar as transaçõesde caixa procedentes na Demonstração dos Fluxosde Caixa.

Resolução da Questão

A DFC refletirá as transações de caixa:

a) Das atividades operacionais.

b) Das atividades de investimentos.

c) Das atividades de financiamentos.

Exercício

O autor Marion (2011, p. 129) na comparação dofluxo econômico com o financeiro, descreve de comoa DRE, a base de regime de competência é um fluxoeconômico e não financeiro.

Como o Fluxo de Caixa, segundo o autor, é um fluxofinanceiro?

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Resolução

O Fluxo de Caixa é um fluxo financeiro porexcelência, conforme afirma o autor Marion, porquemostra as entradas e saídas de dinheiro e acomparação da DRE com a DFC poderá ser degrande auxílio para as tomadas de decisões dosusuários da Contabilidade.

Proposta de Atividade de Autoestudo

Observe, no Caderno de Atividades da Disciplina,os Modelos de Demonstração de Resultado doExercício – DRE, bem como Modelos daDemonstração de Fluxos de Caixa – DFC, tantopelo Método Direito quanto pelo MétodoIndireto.

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Considerações Finais

- A DRE é a demonstração contábil capaz deevidenciar a composição do resultado formado emum determinado período de operações da Entidade.

Observado o princípio de competência, ela evidenciaa formação dos vários níveis de resultados medianteconfronto entre as receitas e os correspondentescustos e despesas.

Considerações Finais

- A DRE é a principal demonstração de fluxos. Comparareceitas com despesas do período, reconhecidas eapropriadas, apurando o resultado que pode ser positivo(receitas superando as despesas), negativo (despesassuperando as receitas) ou nulo (igualdade entre receitase despesas.

É apresentada de forma vertical: das receitas subtraem-se as despesas, e, em seguida, indica-se o resultado(lucro ou prejuízo).

Considerações Finais

- A DFC é uma demonstração contábil que estárelacionada às atividades de caixa da Companhia,que demonstra como os recursos do caixa foramobtidos e aplicados ao longo de um período.

- A DFC veio substituir a DOAR – Demonstração deOrigens e Aplicações de Recursos, que tinha comofinalidade demonstrar a variação do CapitalCirculante Líquido.

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Considerações Finais

- A DFC atende a uma necessidade de melhorar agestão dos disponíveis da entidade. Gerenciar osrecursos, acompanhar os números, tender oscompromissos com terceiros são pontosfundamentais para o planejamento do caixa e quedevem fazer parte do dia a dia do administradorfinanceiro.

Considerações Finais

- O DFC deve conter os recebimentos e pagamentosque causaram a variação no saldo do caixa eequivalentes ao caixa.

- É dividido em três grupos: atividades operacionais,atividades de investimentos e atividades definanciamento.