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21/10/2011 196 XIX * Comissão encaminha vídeo de Ornelas à polícia - p. 02 * TJ quer tratamento especial para juiz suspeito de infração - p.10 * Lixo hospitalar se espalha pelo país - p.15

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21/10/2011196XIX

* Comissão encaminha vídeo de Ornelas à polícia - p. 02

* TJ quer tratamento especial para juiz suspeito de infração - p.10

* Lixo hospitalar se espalha pelo país - p.15

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Vídeo de vereador será encaminhado à políciaA Comissão de Direitos Humanos da Assembleia quer que autoridades investiguem se Gêra Orne-

las está envolvido em pedofilia. O pedido foi remetido também ao Ministério Público. Foi solicitada a identificação da adolescente que aparece nas filmagens. PÁGINA 3, POLÍTICA

Comissão encaminha vídeo de Ornelas à políciaDeputado pede à Câmara a instauração de processo por quebra de decoro

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Guilherme Amado “Nos crimes de colarinho branco, é muito mais eficaz

a perda do bem e a recuperação do ativo desviado do que a prisão”, Gilson Dipp, ministro do STJ e presidente da Co-missão de Reforma do Código Penal instalada no Senado

Brasília – Temas espinhosos como aborto, maioridade penal e terrorismo vão fazer parte do caldeirão de discussões em torno do futuro sistema penal brasileiro, anunciou ontem o presidente da Comissão de Reforma do Código Penal, mi-nistro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A comissão, formada por 16 juristas, foi instalada no Senado na última terça-feira com o objetivo de, em até 180 dias, tentar alinhar o texto penal, redigido em 1940, aos princípios da Constituição de 1988 e à realidade de um país totalmente diferente do Brasil de sete décadas atrás.

Um dos temas prementes, a possível redução da idade penal para 16 anos, promete gerar polêmica. Segundo Dipp, que já disse ser contrário à ideia, a crise na segurança pública nas capitais não deve levar a um endurecimento das penas. Defensor da tese de que é a aplicação das leis e o combate à impunidade que contribuem para a redução da criminali-dade, o ministro avalia que a reorganização do código, hoje uma colcha de retalhos com diversas regras especiais, con-

tribuirá para aumentar a punibilidade.“Temos que fazer do Código Penal o centro do sistema

penal brasileiro, esvaziando cada vez mais as leis especiais, até para termos um sistema justo e que possa ser aplicado diretamente. Só assim escaparemos de normas criadas sob o impacto dos fatos e do noticiário policial. Não é a lei mais dura que previne o crime”, defendeu.

A reforma do código prevê o aumento na aplicação de penas alternativas em vez de prisão. “As penas restritivas de liberdade serão uma exceção. Temos prisões completamente lotadas”, justificou o ministro. Haverá endurecimento, sim, para os crimes de corrupção, com a aplicação mais frequente de penas pecuniárias. “Nos crimes de colarinho branco, é muito mais eficaz a perda do bem e a recuperação do ativo desviado do que a prisão”, explicou Dipp.

A criação de uma série de tipos penais que ainda não constam do código, como o enriquecimento ilícito, também poderá beneficiar o combate à corrupção. O conceito de or-ganização criminosa, por exemplo, não existe no texto ori-ginal, ainda atrelado à ideia de bando, coerente aos crimes praticados no Brasil do início do século passado. Também serão incluídos os tipos penais para punir crimes “moder-nos”, como os cibernéticos, até hoje sem legislação própria no país.

estado de mInas - 21.10.2011 cÓdIGo PenaL

Novo texto, 61 anos depois

FLÁVIO FERREIRA DE SÃO PAULO

O presidente do TJ (Tribunal de Justiça) de São Pau-lo, José Roberto Bedran, pediu oficialmente à Secretaria de Estado da Segurança Pública a criação da figura de um “de-legado especial” para cuidar de ocorrências que envolvam juízes e desembargadores.

A proposta foi revelada publicamente em sessão do TJ anteontem, na discussão sobre a promoção ao cargo de de-sembargador do juiz Francisco Orlando de Souza, 57, detido pela polícia sob suspeita de dirigir embriagado e sem habi-litação no dia 9 deste mês. Após uma briga de trânsito, ele foi detido e liberado no mesmo dia. O magistrado nega que estivesse bêbado.

Em São Paulo, juízes e desembargadores não podem ser levados a delegacias e a ocorrência tem de ser comunicada ao TJ. O tratamento especial com delegado exclusivo, po-rém, não está previsto.

Na sessão do TJ, Bedran disse que pediu ao governo que “haja um entendimento, protocolo, convênio, de sorte que em qualquer incidente a envolver juiz ou desembarga-dor será acionado um delegado especial, que dará atenção ao caso e imediatamente [comunicará] ao Tribunal”.

Ele foi além. “Esse entendimento entre o tribunal e a Secretaria da Segurança vai levar a que se evitem esses in-

cidentes e que cheguem ao conhecimento dos jornais e pos-sam até ser explorados.”

Após ser procurado ontem pela Folha, Bedran negou que sua intenção seja restringir o trabalho da imprensa. A ideia do “delegado especial”, afirmou, é para evitar a divul-gação de fatos “distorcidos” ou “sensacionalistas”. “A im-prensa é livre. Não queremos evitar a divulgação de fatos, mas que eles sejam desvirtuados”, afirmou.

APURAÇÃO INTERNA Sobre o caso do juiz, Bedran relatou durante a sessão de

anteontem que o tribunal fez uma investigação e não encon-trou provas para barrar a promoção dele. O presidente do TJ ressaltou, porém, que as apurações vão continuar.

Outros desembargadores levantaram suspeitas sobre a conduta do delegado que deteve Souza. Também foram citados elogios de colegas ao magistrado, que então teve a promoção aprovada pelo critério da antiguidade (tempo de trabalho na magistratura).

A Secretaria da Segurança Pública informou, por meio de nota, que estuda agilizar a comunicação do TJ em casos envolvendo juízes, mas negou a possibilidade de restringir o trabalho de delegados e da imprensa. “Não há que se con-fundir a observância da lei com a redução das atribuições funcionais dos delegados e tampouco com cerceamento do trabalho da imprensa”, diz a nota.

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TJ quer tratamento especial para juiz suspeito de infraçãoDesembargador diz que isso evitará que incidentes sejam explorados por jornais. Declarações

ocorreram durante sessão em que juiz suspeito de dirigir embriagado recebeu promoção

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GestÃo

Judiciário define suas metasProposta para 2012 e 2013 serão avaliadas pelos presidentes dos tribunais

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Lixo hospitalar se espalha pelo país

Capital mineira entra na rota

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CAMILA FUSCO DE SÃO PAULO

A venda de celulares pirateados ou falsificados de-verá crescer 19% em 2011 no mercado brasileiro e che-gar a 11,4 milhões de aparelhos.

Estão incluídos na conta telefones importados ilegalmente e vendidos sem a homologação da Ana-tel (Agência Nacional de Telecomunicações), registro obrigatório para a comercialização.

Em geral, são cópias de modelos muito cobiçados, como o iPhone, da Apple, além de modelos da Nokia, da Samsung e da Motorola. No ano, os brasileiros de-vem gastar em média R$ 350 por aparelho pirata e mo-vimentar R$ 4 bilhões no mercado da falsificação. O mercado legal, segundo a Abinee (Associação Brasi-leira da Indústria Elétrica e Eletrônica), deverá chegar a 57 milhões de celulares, ante 48 milhões no ano pas-sado.

“O Brasil tem um dos maiores índices de pirata-ria de celulares da América Latina, em torno de 20%, enquanto a média dos outros países fica em torno de 15%”, diz Aderbal Pereira, do Mobile Manufacturer Forum (MMF), que reúne fabricantes. Segundo Perei-ra, a maior motivação para a compra está no preço, um terço do aplicado aos originais. “O que o comprador ainda não percebeu é que, apesar de comprar certas funções, muitas não são entregues, como qualidade da câmera ou acesso à internet”, afirma.

dano ao consUmIdorUm estudo antecipado à Folha que analisa 44 mo-

delos de celulares mais copiados do Brasil mostra que em 26% dos casos os piratas falham em completar li-gações.

A pesquisa, feita pelo Instituto Nokia de Tecno-logia (Indt), braço de pesquisa da Nokia, afirma ainda que 24% dos aparelhos falsificados apresentam queda nas ligações, ante ao índice de 3% dos celulares origi-nais. O teste mostrou ainda que a maioria dos celulares piratas testados falha para acessar a internet.

Para a indústria, uma alternativa para coibir os pi-ratas seria a redução dos impostos de importação, hoje de mais de 30%. “Peru, Colômbia, além dos Estados Unidos, reduziram a zero os encargos sobre os celula-res importados. Pode ser uma alternativa para diminuir a pirataria”, diz Jose Martinez, da eComm Lac, asso-

ciação de empresas de tecnologia para América Latina e Caribe. Além da alta carga tributária, jogam a favor dos piratas alguns gargalos da indústria.

Os lançamentos internacionais em geral demoram meses para desembarcar no Brasil e prometem funções que as versões originais não têm, como mais de um chip e sinal de TV. A China hoje é o principal vetor global de disseminação dos celulares piratas. No ano passado, o país distribuiu 200 milhões de celulares, baterias e acessórios falsificados.

anáLIse

‘Esperteza’ poderá provocar risco à saúde do consumidor

SE O CELULAR QUEBRAR OU NÃO FUNCIONAR, RECOMENDO QUE PROCUREM

O NAVIO PIRATA MAIS PRÓXIMO

MARIA INÊS DOLCI COLUNISTA DA FOLHASe todos os danos provocados pelo desejo de “se

dar bem” servissem de aprendizado, não haveria mais consumidores lesados por produtos piratas, como os aparelhos celulares.

A vontade de economizar e de fazer um negócio vantajoso, contudo, fecha os olhos das pessoas até para os riscos à saúde. Sim, porque esses celulares não pas-saram, por exemplo, por testes de irradiação eletromag-nética e de bateria para avaliar se há riscos de explosão. E não foram homologados pela Anatel (Agência Nacio-nal de Telecomunicações).

Aliás, caberia à Anatel cumprir o seu papel de ór-gão fiscalizador e coibir efetivamente a venda desses produtos. Bem, caberiam tantas outras atribuições a essa agência que é melhor esperar sentado, em uma ca-deira bem confortável. Vender celulares “no paralelo” é crime, não somente de sonegação de tributos. Por isso, os importadores e comerciantes responsáveis por esse comércio deveriam ser punidos por contrabando.

Por mais que o preço seja inferior aos originais, os consumidores teriam de lembrar que estão adquirindo produtos sem nota fiscal. E que, portanto, não terão ga-rantia contra defeitos de fabricação. Se o celular que-brar ou não funcionar direito, a quem irão reclamar, e como? Recomendo que procurem o navio pirata mais próximo.

Em um país com quase 230 milhões de celulares

Celular irregular cresce 19% e gira R$ 4 biPaís deve ter 11,4 milhões de equipamentos falsificados, ante 57 milhões

legalizados; muitos são cópias do iPhone Brasileiro paga R$ 350 por aparelho pirata, mas não consegue completar ligação em 26% das tentativas

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ativos, dos quais 81% são pré-pagos, o chamariz do baixo custo tem sido um artifício enganoso, dirigi-do principalmente à nova classe média, que entrou recentemente no mercado de consumo. Com apa-rência similar à dos originais, esses aparelhos ile-gais iludem os usuários dos pré-pagos pela possibi-lidade de usar dois ou três chips simultaneamente e aproveitar as promoções das diversas operadoras. Também viraram uma febre entre a população de baixa renda porque, além do preço, captam o sinal da TV aberta, permitindo aos usuários acompanhar a programação das emissoras em qualquer lugar.

Mas uma nação não pode exigir honestidade de políticos e empresários enquanto cidadãos fa-vorecem a pirataria. Cobrar mais empregos com

melhores salários e, ao mesmo tempo, assegurar vagas a clonadores de aparelhos celulares. Come-ter essas irregularidades, e ainda colocar em risco a sua saúde e a de seus familiares, de vizinhos e de colegas, é mais do que uma má prática. É o au-têntico caso do crime que não compensa, exceto para os criminosos que fabricam e vendem esses celulares. Quando as pessoas decidem agir dessa maneira, não há sistema de defesa do consumidor que consiga ajudá-las.

MARIA INÊS DOLCI, 56, advogada formada pela USP com especialização em business, é espe-cialista em direito do consumidor e coordenadora institucional da ProTeste Associação de Consumi-dores.

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A julgar pelas reiteradas apreensões de contêineres com lixo importado, tudo in-dica que o Brasil passou a ser visto, por outros países, como um bom local de descarte de dejetos e resíduos perigosos. As quadrilhas de exporta-dores de lixo e de materiais contaminados, que podem transmitir doenças infeccio-sas, selecionam como destino de seus embarques países em desenvolvimento onde imagi-nam que a vigilância sanitária nos terminais portuários seja pouco rigorosa ou inexisten-te.

A Receita Federal apre-endeu há dias no Porto de Suape, em Pernambuco, pela segunda vez em uma sema-na, contêineres com lixo de diversos hospitais dos EUA, num total de 46 toneladas, importados como sendo “te-cidos de algodão com defei-to” por uma indústria têxtil denominada Na Intimidade Ltda., com sede em Carua-ru (PE), que vem realizando esse tipo de operação desde 2001. Alertada pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), a Polí-cia estadual invadiu o galpão da empresa e encontrou 15 toneladas de lixo hospitalar. Depósitos semelhantes foram interditados nas filiais da em-presa nas cidades vizinhas de Santa Cruz do Capibaribe e Toritama. Só neste ano a em-presa fez oito importações, tendo seis delas passado pela alfândega. Segundo o chefe da Receita em Suape, há in-dícios de que 14 outros con-têineres desse tipo estejam a

caminho daquele porto. A empresa Na Intimida-

de Ltda. vinha processando o material importado para revenda no mercado interno, incluindo lençóis usados, rou-pas, luvas, seringas descarta-das, etc. O Ministério Público já solicitou à Polícia Federal a abertura de investigação para apurar os fatos, mas é provável que exista uma rede criminosa agindo no exterior para o envio de lixo ao Brasil, em estreita ligação com gru-pos locais. O negócio funcio-naria mediante o pagamento de comissões ou propinas aos importadores.

Não é a primeira vez que a Receita Federal constata importação de lixo no País. Em agosto de 2010, foram apreendidos no Porto de Rio Grande (RS), contêineres contendo 23 toneladas de lixo, procedentes do Porto de Hamburgo, na Alemanha. A única providência então to-mada foi devolver os contêi-neres à Alemanha, e uma das opções agora em exame, com relação ao material hospita-lar contaminado bloqueado em Suape, é enviá-lo de volta para os EUA.

Além da aplicação aos responsáveis pelas importa-ções das penas previstas em lei - em geral brandas -, ne-nhuma medida preventiva foi tomada até agora. Embora a Receita Federal já tenha em-bargado um número significa-tivo de contêineres cheios de lixo, é praticamente impossí-vel estimar quantos poderão ter escapado à sua triagem, feita, sobretudo, sob o ângulo

tributário. Dado o volume to-tal das importações, que tem batido recordes, o controle é feito por amostragem e se baseia nos documentos apre-sentados pelos importadores, especificando a natureza das mercadorias.

Proibir simplesmente a importação de resíduos ou de materiais usados, de modo geral, pode ser uma medida drástica demais e de eficácia duvidosa. O Brasil é signatá-rio da Convenção de Basileia, que regulamenta o transporte intercontinental de resíduos. Esse, na verdade, é um ne-gócio próspero, estimando-se que 80% dos materiais não perigosos, enviados de um país para outro, são destina-dos à reciclagem. Contudo, a ameaça sanitária e ao meio ambiente no País, represen-tada pelas importações irre-gulares, requer uma atitude mais firme por parte das au-toridades.

O governador de Per-nambuco, Eduardo Campos, disse que vai solicitar ao Ita-maraty que apresente uma re-clamação à embaixada ame-ricana em Brasília, por falta de fiscalização no ponto de embarque. Isso está longe de ser uma solução. Acima de tudo, é preciso reforçar a fis-calização sanitária nos portos brasileiros. A Polícia Federal já entrou no caso e, presumi-velmente, deve acionar a In-terpol, o que pode produzir resultados mais efetivos.

O que é preciso evitar, a todo custo, é que o Brasil aca-be se transformando em uma lixeira internacional.

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Importação de lixo

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