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Gleidson Costa

Fundamentos da vida cristã

Escola de LíderesMódulo 1

Arapongas, PR

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Todos os direitos reservados em língua portuguesa por Gráfica eEditora Aleluia. Capa: Tiago

Semprebom Foto da capa: Joel Ribeiro de CamargoRevisão de conteúdo: Roberto Braz do Nascimento e Jaaziel Vieira Revisão de estilo: Joel Ribeiro de Camargo e Rubens Paes Impressão e acabamento: Gráfica Aleluia Ltda.

ISBN 85-87360-24-8

1" Edição: Julho/2003 2" Edição: Agosto/2003

Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) do Departamento Nacional do Livro

C837 Costa, Gleidson.

Fundamentos da Vida Cristã - Escola de líderes : mó-

dulo 1 / Gleidson Costa. 2* cd. Arapongas : Aleluia, 2003.

67 p.; 30 cm.

ISBN 85-87360-24-8

1. Liderança cristã. I. Título.

CDD 248.8

Proibida a reprodução por qualquer meio. Os infratores serão processados na forma da lei.

Pedidos: 0800-43-0005 - Fone/fax (43) 276-5441 - Caixa postal 2011CEP 86703-990 - Arapongas, PR.

www.ediloraaleluia.com.br - E-mail: [email protected]

Conteúdo

Apresentação, 5

O maravilhoso projeto de vida do Criador, 7

A grande salvação de Deus (I), 11

A grande salvação de Deus (II), 17

O Espírito Santo (I), 22

O Espírito Santo (II), 27

Um chamado à oração, 32

Bíblia, a Palavra de Deus, 38

Autoridade e submissão na Igreja, 44

Adoração, o ministério eterno da igreja, 49

Prosperidade bíblica, 54

Imposição de mãos, 58

Vivendo vitoriosamente, 61

Conclusão, 65

Bibliografia, 66

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todas as igrejas que estãoenvolvidas no trabalho do Reino de Deus

na visão celular.

AGRADECIMENTOS

Aos pastores Roberto Braz do Nascimento e Jaaziel Vieira, líderes e amigos.

Aos meus pais, Alírio e Edite, companheiros inseparáveis.

À minha querida esposa, Edilene Costa, e aos meus dois presentes e profetisas de Deus, minhas queridas filhas, Isabelle e Lorena.

E, acima de tudo, ao Senhor de nossas vidas: Jesus, o Messias.

Apresentação

Na Escola de Líderes, o discípulo terá a oportunidade de firmar seus passos no caminho com Jesus, compreendendo e sistematizando a sua té a fim de crescer produtiva-mente onde quer que seja plantado.

Objetivos Principais da Escola de Líderes

• Treinar, num curto espaço de tempo, cada discípulo dentro da visão da Igreja Celular;

• fornecer o ensino necessário a cada discípulo para seu bom desenvolvimento no acompanhamento de suas células;

• envolver toda a igreja cm um treinamento sistemático da fé cristã;

• habilitar discipuladorcs para que, uma vez capacitados, possam capacitar outros;

• descobrir líderes potenciais para envolvimento nas diferentes áreas da igreja;

• gerar segurança na igreja, como um todo, de que os seus discipuladores possuem qualificação necessária para acompanhamento individual e celular.

É na Escola de Líderes que receberemos conteúdo para alimentar o rebanho. Por isso, todos somos incentivados a estar envolvidos neste projeto, para que haja sucesso na im-plantação desta estratégia, ou seja, a multiplicação com qualidade. A Escola de Líderes foi criada para confirmar as doutrinas da igreja, bem como aparelhar cada vez mais o discípulo, para que ele cumpra a obra designada pelo Senhor.

O Curso está dividido em três módulos, além de três seminários no final de cada módulo, respectivamente sobre:

• consolidação;

• cura interior e libertação;

• intercessão profética c guerra espiritual.

O Sistema Avaliativo

Uma das diferenças da Escola de Líderes das muitas escolas bíblicas é que ela é uma escola com objetividade. Temos o propósito de formar lideres de células. Mas para formar, e não apenas informar, é preciso provar. Além de ter seu caráter provado, o discí-pulo terá também os seus conhecimentos avaliados. E, como toda boa escola, teremos um sistema avaliativo de caráter processual. Avaliaremos através:

• da freqüência do aluno à sala de aula (75% de presença para ser aprovado);

• de leituras bíblicas recomendadas pelo professor;

• de questionários "Atividades de Fixação" de cada estudo (do 1 ao 12) que serão re-comendados para casa;

5

• de comentários pessoais de textos bíblicos, artigos complementares referentes ao assunto em pauta e através de tópicos do estudo que está sendo ministrado naquela semana, todos recomendados pelo professor.

• da participação de todos os três seminários para líderes de células;

• de uma prova final no término de cada módulo (opcional).

A média de aprovação é 7.0 (sete).

Neste módulo você conhecerá o propósito eterno de Deus ao criar o homem e como Satanás conseguiu, a princípio, estragar esse propósito. Mas você verá que Deus tem a última palavra em tudo e que Elc enviou Jesus Cristo. Nosso Campeão, para desfazer a obra do Diabo.

Você conhecerá a vida c obra de Jesus, o Messias, na missão de restaurar todas as coisas para a glória do Pai Celeste que nos ama c que, cm nome de Seu Filho, nos deu o seu Espirito Santo para que pudéssemos servir a Ele com um coração puro. li, para manter-mos uma vida de comunhão com ele. você sabe que precisará orar e meditar na Palavra deDeus.

Mas, além disto, precisamos obedecer e submeter-nos à vontade de Deus como uma prova da nossa adoração como ministério eterno nosso ao Pai. Conseqüente-mente experimentaremos a prosperidade bíblica e a manifestação dos milagres de Deus pela imposição das nossas mãos. Assim, viveremos vitoriosamente!

01 o maravilhoso projeto de \ ida doCriador

02 \ grande salvação de Dcus( I)

03 A grande salvação de Deus (2)

4 O Espirito Santo (I)

5 O Espirito Santo (2)

06. Um chamado à oração

07 Biblia. a Palavra de Deus

08. Autoridade e submissão na Igreja

09 Adoração. o ministério etemo da

Igreja

10 Princípios bíblicos de prosperidade

11 Imposição de mãos

12 Vivendo vitoriosamente

MÓDULO 2

01 A visão celular no modelo dos 12 (1)

02 0 que é discipulado

3. A visão celular no modelo dos 12 (2)

4. O caráter do discípulo

5 Estrutura e funcionamento das células

6 A missão evangelizadora do

discípulo (I)

07 O segredo do sucesso nas células

08. A missão evangelizadora dodiscípulo (2)

9. Problemas e soluções nas células

10. O padrão do discípulo: a excelência

11 A equipe de lideres de células

12 Uma visão de multiplicação

MÓDULO 3

1. Panorama geral da Bíblia (1)

2. A liderança de excelência

3. Panorama geral da Bíblia (2)

4. O perfil do líder de sucesso (1)

5. A arte de pregar (1)

6. () perfil do lider de sucesso (2)

7. A arte de pregar (2)

8. O aconselhamento na liderança de excelência (1)

9 Os desafios da liderança de sucesso (1)

10 O aconselhamento na liderança de excelência (2)

11 Os desafios da liderança de sucesso (2)

I 2 Um líder ungido, um líder de

sucesso

CONTEÚDO PROGRAMATICO t) \ ESCOLA DE LÍDERES

MÓDULO I

36

Seminários: (1) Consolidação, o coração da visão;(2) Cura interior e libertação espiritual;(3) Intercessão profética e guerra espiritual.

6

Estudo 1

O maravilhoso projeto de vida do Criador

TEXTO-CHAVE

"E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança; e domine sobre OS peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. " Gênesis 1.26-27

INTRODUÇÃO

Qual o significado da vida humana na tona? Para que propósito o ho-

mem foi criado? Estamos aqui apenas para comer, trabalhar, divertir-nos, dormir e,

por fim, morrer?

Por muitos séculos, filósofos c sábios, eruditos e historiadores deram o

máximo de si buscando entender o significado da vida humana. Mas as respostas

não têm sido satisfatórias. Porquê? Porque essa busca não levou em consideração

um fato fundamental: a origem do homem.

A Palavra de Deus nos diz que Ele existe por si mesmo e para sempre.

Deus sempre existiu e sempre teve o desejo de criar o homem. O desejo de Deus era

que o homem expressasse Sua imagem e representasse Sua autoridade sobre a terra

(Gn 1.26-28).

NO ÉDEN - TUDO ERA PERFEITO

"E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom... "Gn 1.31

Como vivia o homem na terra, no jardim paradisíaco chamado Éden?

Deus dou ao homem uma vida de excelência. Uma vida que Ele sempre desejou que

o homem gozasse. Vejamos as evidências santas, perfeitas e singulares da vida hu-

mana no Éden:

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1. A criação do homem requereu a atenção c o envolvimento pessoal de cadamembro da Trindade. "E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança ". O plural "nossa" não foi usado em nenhum ou-tro aspecto da criação.

2. Nenhuma outra criação é dita ser à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.27).Esta expressão envolve a imagem moral de Deus. Compartilhamos de manei-ra finita e limitada os atributos morais de Deus: sabedoria, justiça, santidade, in-tegridade, amor, bondade, verdade c fé. Esta imagem moral envolve o caráter e a habitação do Espírito Santo. O homem foi criado para expressar o caráter santo de Deus

3. Deus deu ao homem autoridade e governo na terra. Eles deveriam dominar aterra c toda a criatura que a habitasse, como vice-governadores de Deus. Adão e Eva eram os mordomos que deveriam cuidar de seu meio ambiente e da criação animal. A terra foi dada ao homem como direito (SI 115.16).

4. A comunhão com o Eterno (Gn 3.8). O homem desfrutava de um dos maiores privilégios que alguém pode ter: ouvir a voz de Deus. Adão e Eva experimenta-vam diariamente a presença do Senhor. O propósito do Eterno era que a terra fosse cheia de pessoas que tivessem comunhão perfeita com Ele.

5. Prosperidade e felicidade. Deus deu ao homem abundância total (física, emocio-nal e espiritual). Tudo existia para o seu bem-estar (Gn 1.29-30). Não havia mi-séria, seca, doenças c nem morte.

6. Eternidade. O ser humano foi criado para a eternidade (Ec 3.11). Ao soprar nohomem o fôlego de vida (Ruach, do hebraico, "espírito"), deu-lhe a bênção de viver eternamente. A morte não estava nos planos divinos.

7. Liberdade e responsabilidade. Deus criou o homem livre c lhe deu responsabi-lidades e liberdades. Pois seu propósito era de que o homem o servisse e o obe-decesse por amor (Gn 2.15-17).

A QUEDA - A TRAGÉDIA DO HOMEM

O plano divino foi perfeito. Mas o homem escolheu o seu próprio cami-nho: a independência (Is 1.2). Quando Adão e Eva comeram do fruto proibido (Gn 3.1-6) estavam virando as costas para Deus e decidindo desobedecê-lo. É essa atitu-de de rebelião e independência que a Bíblia chama de pecado. Vejamos as conse-qüências do pecado:

1. A malícia (Gn 3.7) - A nudez começou a despertar sentimentos impuros e cons-trangedores, que Adão e Eva tentaram encobrir com medidas paliativas. Folhas de figueira facilmente se rasgariam e rapidamente secariam.

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2.O medo de Deus (Gn 3.8) - Diz-se popularmente que "quem não deve nãoteme". O pecado tira do homem a condição de estar na presença de Deus, até quehaja arrependimento (Is 59.2; At 3.19).

3. A transferência da culpa (Gn 3.12,13) - Somente a serpente não transferiu a culpa. Se tivesse oportunidade, teria posto a culpa cm alguém. A tendência de colocar a culpa em outrem é muito evidente ainda hoje.

4. A morte espiritual (Gn 2.17) - No dia em que desobedeceu, o homem entrounum estado de separação de Deus, ou seja, de morto espiritualmente. Efésios 2.1 confirma esta realidade, apontando Jesus como aquele que dá vida. O homem perdeu o acesso à fonte da Vida.

5. Morte física (Gn 3.19, 22) - Ao rebelar-se, o homem perdeu o direito de viver eternamente e recebeu a maldição de voltar ao pó da terra .

6. Morte eterna - As descrições bíblicas dessa realidade enfrentada por todos os que partem dessa vida debaixo da maldição do pecado é assustadora. O inferno (Mc 9.43), o lago de fogo ou a segunda morte (Ap 20.14,15) são expressões dife-rentes que definem a mesma verdade: uma eternidade em angústia, dor c deses-pero, longe da presença de Deus.

7. Intensificação da dor de parto (Gn 3.16) - O sofrimento no parto não surgiu após a queda. O texto diz que o sofrimento seria "multiplicado".

8. Sujeição ao marido (Gn 3.16b) - Não se trata de subserviência. Trata-se, sim,de uma liderança masculina sobre a mulher, que muitas vezes é usada indevida-mente, como pretexto para o exercício da opressão machista.

9.O enfado do trabalho (Gn 3.17-18) -O trabalho e o cuidado para com a terra já existiam antes da queda, conforme Gn 2.15. Mas, esse trabalho se tornou causti-cante e mordaz.

10.Enfermidades e misérias (Dt 28.22; Gn 3.17-19) - Desde a rebelião do Éden ohomem contraiu doenças c miséria. Essas doenças envolveram o corpo, a alma co espírito por causa da maldição do pecado. O homem perdeu o direito de governar, entregando-o a Satanás. Houve também uma desordem na natureza (RmS.20).

11.Escravidão espiritual (Jo 8.44; Rm 6.16) - Desobedecendo a Deus e ouvindo a Satanás, o homem tornou-se refém e dominado do Diabo. Da condição de vi-ce-governador da terra, o homem passou, por causa do pecado, a ser escravo. O homem fez mau uso de seu livre-arbítrio.

12.A contaminação de toda a humanidade - A maldição da Queda não atingiu apenas o primeiro casal, mas toda a espécie humana. Adão perdeu a glória de Deus e gerou filhos nessa condição (Gn 5.3). A partir daí, todos os homem nas-ceram debaixo da maldição do pecado (Rm 3.10). Isso quer dizer que o homem é pecador por herança ou natureza (Sl 51.5; Rm 5.19) e também por conduta (Rm 3.23; 5.12).

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CONCLUSÃO

Em meio a sentenças tão duras, revela-se também a misericórdia divina ao anunciar a vinda daquele que viria para derrotar o mal. Essa promessa encon-tra-se no proto-evangelho (Gn 3.15), e já tipificada na morte do cordeiro inocente cuja pele resolveu, de forma duradoura, o problema da nudez de Adão e Eva (Gn 3.21).

"...E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente: esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. " Gênesis 3.15

A queda do homem não foi uma surpresa para Deus e Deus não abando-nou o homem no pecado. Poderia fazê-lo, mas não o fez. Ao encontrá-lo caído no Éden, o Senhor trouxe a sentença pelos seus atos, mas prometeu ferir Satanás atra-vés de um descendente da mulher (Gn 3.15).

Louvado seja Deus que, na ira, lembra-se da misericórdia!

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Estudo 2

A grande salvação de Deus (I)

TEXTO-CHAVE

"Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram. " Hebreus 2.3

A grande salvação de Deus está fundamentada na expiação (um sacrifí-cio para satisfazer a justiça divina) realizada pela morte de Jesus Cristo na cruz. A expiação providencia para o pecador um caminho de volta a Deus. Outras religiões se baseiam num credo, num código de ética, ou em requisitos cerimoniais e religio-sos. A nossa salvação é centralizada num Salvador. Nenhuma outra religião provi-dencia um salvador para pecadores. As religiões enfatizam a salvação através das obras. Mas a salvação bíblica enfatiza a graça de nosso Senhor Jesus Cristo.

"Ora, seja morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos"(Rm 6.8)

"Cristo morreu por nossos pecados" (1 Co 15.3)

Esses dois versículos dão base para a expiação dos nossos pecados. Pois os nossos pecados fazem separação entre nós e Deus. O salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Essa foi a mensagem de Deus a Adão (Gn 2.17).

CRISTO, O CORDEIRO ETERNO DE DEUS

O Senhor conhece todas as coisas. Ele sabia que o homem iria pecar. No Éden Deus encontrou um homem envergonhado, cobrindo-sc com folhas de figuei-ra. Deus lhe providenciou roupas adequadas. O sangue de um cordeiro foi derrama-do no jardim. Esta era uma mensagem profética de Deus que apontava para Cristo: "O cordeiro de Deus que foi morto desde a fundação do mundo " fAp 13.8). No ce-nário da queda, Deus aponta para aquele que levantaria o homem.

Quando João Batista viu Jesus às margens do Jordão, prestes a começar seu ministério público, profetizou: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. " (Jo 1.29). Essa profecia apontava para o sangue justo que seria derramado na cruz. O sangue de animais, oferecido desde o Éden como expiação pelos peca-

I l

dos dos homens, seria substituído por um sangue superior, o do justo Filho de Deus.

Jesus Cristo disse: "Ninguém toma a minha vida. Eu a dou voluntaria-mente. "(Jo 10.11,17,18). Jesus não tinha a obrigação de morrer. Mas na cruz ele se entregou voluntariamente para expiar nossos pecados. A expiação que Cristo pro-videnciou em sua morte na cruz é profundamente sábia e tremendamente comple-xa. Contudo, é graciosamente simples de ser recebida através da fé. A Bíblia apre-senta muitos temios e metáforas para explicá-la, os quais nos ajudam a entender a maravilhosa expiação. Eles retratam Cristo como nosso Sacrifício, nosso Substitu-to, nosso Resgate, nossa Redenção, nosso Libertador, nosso Reconciliador e a Pro-piciação de nossos pecados.

METÁFORAS DE CRISTO COMO NOSSO SACRIFÍCIO

Cristo como o Cordeiro Is 53.7; Jo 1.29; 1 Pe 1.19; Ap 5.6, 12, 13; 7.14; 12.11.

0 Sangue de Cristo Hb 10.29; 13.20; 1 Pe 1.19; 1 Jo 1.7; Ap 1.5; 7.14.

Cristo como uma oferta Hb 9.14,28; 10.10,14

Cristo como um sacrifício Ef5.2;Hb9.26

Cristo como nossa Páscoa 1 Co 5.7

Cristo como nosso altar Hb 13.10

Cristo como nosso bode expiatório 1 Jo 3.5 (Lv 16.8,10,16)

Cristo como nossa oferta pelo pecado

2 Co 5.21; Êx 30.10; Hb 13.12

METÁFORAS DE CRISTO COMO NOSSO SUBSTITUTO

Cristo levou sobre si nossos pecados Is 53.11; 54.12; 1 Pe 2.24; Hb 9.28

Cristo deu a Si mesmo por nós Jo 10.11; GI 1.4; 2.20; Ef 5.25; Tt 2.14

Cristo deu Sua vida por nós Jo 10.15; 15.13-14; 1 Jo 3.16

Cristo entregou-se por nós Rm 4.25; 8.32.

Cristo se tornou um maldição por nós Gl 3.13

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METÁFORAS DE CRISTO COMO NOSSO RESGATE E REDENÇÃO

Cristo é nosso resgate Mt 20.28; Mc 10.45; 1 Tm 2.5-6

Cristo nos comprou Mt 13.44-46; At 20.28; 1 Co 6.20; 7.23

Cristo é nossa redenção Rm 3.24; 1 Co 1.30; Gl 4.4-5; Ef 1.7; Cl 1.14; Tt2.14;Hb 9.12; 1 Pe 1.18-19; Ap 5.9

Resgatar c comprar de volta, libertar da escravidão, livrar do cativeiro ou da morte mediante pagamento. O resgate c pago com a finalidade clara de libertar o escravizado. A causa motivadora da redenção c o amor de Deus.

METÁFORAS DE CRISTO COMO NOSSO LIBERTADOR

Cristo é nosso libertador Lc 4.18;Rm 7.6; Gl 1.4; Cl 1.13; 1 Ts 1.10

Cristo nos liberta Jo 8.36; Gl 5.1

Cristo derrotou Satanás Jo 12.31; Hb 2.14; Uo 3.8

Cristo foi vitorioso por nós 1 Co 15.57; Ef5.23; Cl 2.15; 2 Tm 1.10; Ap 5.5

METÁFORAS DE CRISTO COMO NOSSA RECONCILIAÇÃO OU EXPIAÇÃO

Cristo nos leva para perto de Deus Ef2.13,18; Hb 10.19; lPe 3.18

Cristo nos reconcilia com Deus Rm 5.11; 2 Co 5.18-19; Ef 2.16; Cl 1.20-22; Hb 2.17

Cristo é nosso mediador l T m 2.5; Hb 8.6; 9.15; 12.24.

Cristo c nossa paz Rm 5.1; Ef 2.14-15; Cl 1.20

O pecado nos fez inimigos de Deus. A expiação torna possível nossa re-conciliação com Deus (2 Co 5.19-21).

METÁFORAS DE CRISTO COMO NOSSA PROPICIAÇAO

Cristo, a propiciação dos nossos pecados Rm 3.24-26; Hb 2.17; Uo 2.2; 4.10

Deus é misericordioso com os pecadores Lc 18.13; Hb 8.12

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(^mA palavra grega hilasteriqn (propiciação) significa apaziguar e recompensar favoravelmente. É o retrocesso da ira median-te uma oferta. O Antigo Testamento (Tanach) enfatiza 585 vezes a ira de Deus. Pelo seu pecado, o homem se expõe a essa ira. Contudo, a morte de Cristo remove a ira divina. Deus enviou Seu Filho (1 Jo 4.10) para tornar-se nosso Sumo Sacerdote a fim de remover tal ira (Hb 2.17).

O papel central de Cristo para nós c o de Salvador. Mas Ele desempenha muitos outros papeis: Profeta, Sacerdote, Rei, Mestre, Irmão Mais Velho, Amigo. Entretanto, todos esses papeis só são possíveis porque Jesus é Salvador.

A salvação planejada por Deus c executada cm Cristo é oferecida ao ho-mem. A este só compete recebê-la, como a um presente de Deus. Se o pecador aceita o presente. Deus lhe dá. Essa aceitação é a parte do homem na experiência da sal-vação. É chamada de conversão e implica em três passos: Conversão, arrependimento c fé.

CONVERSÃO

O conceito de conversão baseia-se na palavra hebraica shub (retornar, virar), que implica um movimento cm determinada direção, e na palavra grega do Novo Testamento strepho (vi-rar) c epistrepho (voltar-se, virar-se em direção a). A conver-são, portanto, c a mudança de rota da alma, do pecado para Deus.

A mudança, ou conversão, é ocasionalmente citada nas Escrituras como obra de Deus (Jr 31.18; Lm 5.21). A parte de Deus na mudança é mencionada 15 vezes no Antigo Testamento, mas não diretamente no Novo Testamento. Contudo, quando o retorno se refere à mudança espiritual definitiva, ela é quase sempre citada como um ato pessoal (Is 55.7; Ez 33.11; Mt 18.3). Deus apela para que mudemos, nos apro-ximemos, O ouçamos e O busquemos.

A conversão tem duplo sentido. Negativamente, é dar as costas ao peca-do e ao diabo. Positivamente, é voltar-se para Deus.

A conversão c mais do que uma simples mudança de crenças. É uma mudança para Deus. Não c meramente uma experiência que alguém sente, mas um ato, algo que alguém faz. É uma mudança de compromisso, um novo compro-misso com Jesus.

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Isaías 55.7: "Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; tome para o nos-so Deus. porque grandioso é em perdoar. "

Ezequiel 33.11: "Convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por (pie razão morrereis'.'". (Confira ainda outros textos 1 Cr 28.9; Is 55.2-3; 55.6; Am 5.4; Mt 1 1.28; Jo 5.40; Ap 22.17).

ARREPENDIMENTO

() arrependimento bíblico é uma das doutrinas fundamentais tanto no Anti-go Testamento quanto no Novo Testamento. É um passo absolutamente essencial para o novo nascimento. Está intimamente relacionado com a conversão, visto que voltar-se do pecado para Deus é parte do arrependimento.

Duas palavras hebraicas são usadas no Antigo Testamento para apontar o arrependimento. Nacham, que quer dizer "ansiar, suspirar ou gemer", veio a sig-nificar "lamentar, sofrer, lamentar amargamente, arrepender-sc" (Jó 42.6; Jr 8.6). O tipo de arrependimento que Deus deseja do pecador c mais comumente expresso por shub, que significa voltar-se ou retornar. Assim, esta palavra é usada para os termos "conversão" c "arrependimento". No Novo Testamento, a palavra grega metanoia (mudança de mente, arrependimento) é empregada 23 vezes, e metanoeo (mudar de idéia ou propósito) é usada 34 vezes. Dessa forma, o conceito de arre-pendimento do Antigo Testamento era de lamentação, sofrimento, arrependimento amargo de uma ação pecaminosa, abandono dessa prática e retorno a Deus, cm cumprimento à sua vontade.

O arrependimento é parte essencial do evangelho. Foi quase todo o con-teúdo da mensagem de João Batista (Mt 3.2). Foi o início da mensagem de Jesus (Mt 4.17). Foi a mensagem inicial da Igreja Primitiva e resultou na salvação de três mil almas no dia de Pentccostes. Foi a mensagem que Cristo enviou para ser prega-da ao mundo como parte primária do Evangelho (Lc 24.46-48). Foi a mensagem de Paulo (At 17.30).

A NECESSIDADE DE ARREPENDIMENTO

A necessidade de arrependimento baseia-se nos seguintes fatos:

1. A Palavra de Deus o ordena (At 17.30; Ezl 8.30-3 l ;Mt 4.17; Mc 1.15; Lc 13.3;At 3.19).

2. Pecados não perdoados e não abandonados separam o homem de Deus e detodos os seres santos. Deus c amor santo. Somente os puros de coração podem ver agora ou eternamente a Dcus(Mt 5.8; I lb 12.14). Santidade e pecado são coi-

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sas opostas. Nada c mais abominável a Deus do que o pecado (Dt 18.12; 25.16; Pv 12.22; 15.9).

3. O arrependimento é essencial para entrar no céu. Todo o pecado mancha e éabominável a Deus (Tt 1.15; Tg 3.6). Nenhuma pessoa maculada ou impura entra-rá no céu. Foi o pecado que transformou a harmonia c a perfeição do Éden cm so-frimento, injustiça, conflito e caos do mundo atual. Pecado sem arrependimento significa pecado não confessado c não perdoado, c ele barra totalmente o acesso ao céu e à misericórdia divina (Ap 22.15).

4. O arrependimento é necessário para receber a misericórdia perante o tronodo julgamento de Deus. Todo o pecado não confessado pode ser contabilizado para essa ocasião (At 17.31). Todos são destinados a encarar o julgamento depois da morte (Hb 9.27; 2 Co 5.10). Todo o pecado será encarado, tanto na cruz como no dia do julgamento.

A FÉ SALVADORA

Não se deve confundir a fé para a salvação com a crença em uma coisa, em doutrina ou cm instituições. A fé salvadora é a fé em Jesus Cristo; envolve a aceitação de Cristo como Senhor e Salvador e o reconhecimento do poder e eficácia da Sua obra para salvar o homem.

A palavra grega pis tis (fé) significa persuasão, convicção firme, baseada no ouvir (Hebreus 11.1).

A fé é a condição de salvação ordenada por Deus. O Senhor escolheu salvar-nos com a condição da fé. Não se trata de ter fé na fé. É ter fé em Cristo como Salvador (Ef 2.8; At 16.31).

A fé salvadora em Cristo como Salvador baseia-se na Palavra de Deus. O evangelho é poder de Deus para a salvação de todos que crerem cm Cristo (Rm 1.16). A fé vem pela Palavra (Jo 17.20), pelo ouvir a Palavra (Rm 10.17). A Palavra é escrita para que possamos crer e ter vida espiritual ao acreditarmos nela (Jo 20.31). Deus nos escolheu para que fôssemos salvos através da fé na verdade (2 Ts 2.13).

A fé é tão essencial à salvação quanto o arrependimento. Pode-se dizer que são os dois pólos da conversão: o primeiro é o pólo negativo, o segundo é o positivo. Só quando se juntam é que acionam a força para o pecador se converter. Sc ocorrer apenas o arrependimento, o homem entra em desespero; se só tem fé, e não se arrepende, é rejeitado por Deus. A mensagem de Jesus é: "O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho " (Mc 1.15).

Io

Estudo 3

A grande salvação de Deus (II)

TEXTO-CHAVE

"Que, quanto ao (ratado passado, vos despojeis do velho homem, c/ue se corrompe pelas concupiscências do engano... E vos revistais do novo homem, que, segundo Deus. c criado em verdadeira justiça e santidade. " (Efésios 4. 22, 24)

A REGENERAÇÃO (O NOVO NASCIMENTO)

A regeneração (o novo nascimento) c a obra do Espírito Santo no cora-ção do pecador à medida que ele se arrepende c se volta a Cristo. Pela regeneração, sua alma, que estava morta nas transgressões e pecados, c vivi ficada pelo Espírito Santo (Ef 2. 1,5).

Esta c uma mudança moral radical. Aquele que tem pecado conscien-temente, por vontade própria, é espiritualmente transformado e se torna participan-te da natureza de Deus (2 Pe 1.4).

Qual o significado da regeneração?

• Nascer de novo em Deus (Jo 1.13);

• Nascer no Espírito (Jo 3.8);

• Nascer do alto ( Jo 3.3 - tradução alternativa);

• Tornar-se uma nova criatura (2 Co 5.17).

O que não é Novo Nascimento?

1. Não é mudança causada por vontade humana. A mudança resulta do esforço próprio; a regeneração resulta da obra do Espírito Santo no coração. A mudança faz com que haja uma nova conduta externa; a regeneração muda a natureza mo-ral e todo o ser interior se renova. A mudança pode ser progressiva; a regenera-ção é instantânea. A Bíblia afirma claramente a impossibilidade de haver salvação somente pela mudança (Jó 14.14; Jr 13.23; Gl 2.16; Tt 3.5).

17

m

2. Não eqüivale ao batismo. O batismo é a forma ordenada por Deus de exteriori-/ai a obra interior da graça no coração do crente recém-nascido. O batismo deve

seguir a lé e o arrependimento. Passagens como João 3.5 e Tito 3.5 não se refe-

rem ao batismo nas águas, mas ao poder purificador da Palavra de Deus. Qual-

quer purificação ou transformação espiritual acontece quando o Espírito Santo

aplica a Palavra ao coração (Jo 15.3; 17.17; Ef 5.26).

Em Atos 1 1. Cornclio foi salvo antes de ser batizado, enquanto que, cm Atos 8,

Simâo não estava salvo mesmo depois do batismo. O coração de Simào, mesmo

após o ato do batismo, não era reto diante de Deus (v. 18), estava em fcl de amar-

gura (v.23). Ele precisava arrepender-se de sua iniqüidade (v.22).

3. Não significa ter pais crentes ou morar numa comunidade cristã. Cristo disse

às pessoas de Jerusalém que elas pereceriam, a menos que se arrependessem (Lc

13.3). Não importa quão rica seja a herança espiritual e cristã de alguém (Mt

3.9). Essa pessoa precisa arrepender-se e nascer de novo.

4. Não é uma simples té mental em Cristo . Simão "creu c foi batizado", mas ain-

da não era salvo (At S. 13). A crença mental é o primeiro passo da fé salvadora,

mas ainda há necessidade de lé na obra de Cristo na cruz, de arrependimento c

novo nascimento.

5. Não é serviço cristão. Deus quer nossa obediência total, não somente uma ceri-

mônia de sacrifício (1 Sm 15.22). Jesus disse que muitos obreiros e líderes cris-

tãos lhe dirão, no dia do julgamento: "Senhor. Senhor, não profetizamos nós cm

réu nome? /.'. em teu nome. não expulsamos demônios? E, em teu nome. não fize-

mos muitas maravilhas? li. então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci;

apartai-vos de mim. vós que praticam a iniqüidade" (Mt 7.22-23).

O NOVO NASCIMENTO É UMA OBRA SOBRENATURAL DE DEUS

Somente Deus pode dar-nos o nascimento espiritual,

tornando-nos "nascidos de Deus" (Jo 3.5; 1 Jo 3.4). So-

mente Deus pode dar-nos um novo coração e colocar

Seu Espírito Santo dentro de nós (Ez 36.25-27). Somente

Deus pode ressuscitar-nos da morte espiritual (Jo 5.24;

Ef 2.1; Cl 2.13). Somente Deus pode adotar-nos em Sua

família (Jo 1.12; Rm 8.15; 1 Jo 3.4).

IN

A NECESSIDADE DA REGENERAÇÃO

Apesar de muito já ter sido dito sobre a necessidade da obra de regenera-ção divina cm nossa alma, deixe-me incluir:

1. A regeneração, ou o novo nascimento, é uma necessidade universal. Jo 3.3 -"... aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus ". Veja também Jo3.5;G16.5.

2. A regeneração é a única esperança para o pecador. A santidade de Deus deter-mina que o pecador seja perdoado, purificado de seus pecados e vivificado espi-ritualmente antes que possa ter comunhão com Deus neste mundo ou no porvir (Jr 17.9; Jo 3.6; Ap 21.27).

EVIDÊNCIAS DO NOVO NASCIMENTO

A certeza da salvação é privilégio do filho. O testemunho do Espírito e as evidências da graça salvadora são fatos definidos e discernidos na experiência dos filhos de Deus. Algumas evidências da regeneração são conhecidas somente no coração. Outras são conhecidas tanto no coração como pelas evidências exteriores:

1. Amor santo. No momento do novo nascimento, você recebe novo amor santopor Deus e por todos os outros filhos dele. O amor de Deus é um amor que fluidEle (1 Jo 4.7-8; 16) e é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo (Rm5.5).

É impossível ser cristão e não receber amor por Deus e pelos outros (Gl 5.22; 1 Co 13.13; Rm 5.5; 1 Jo 3.14; 4.8,19).

2. Paz espiritual. A paz espiritual baseia-se na paz com Deus através do Senhor Je-sus Cristo (Rm 5.1). O perdão traz paz. A paz é um dos belos frutos do Espírito (Gl 5.22). Jesus nos prometeu a sua paz (Shalom). Esta paz combina com confi-ança, segurança e quietude à alma (Jo 14.27). Esta paz é nossa em meio a um mundo hostil e rebelde, porque ela não está baseada nas circunstâncias, mas em Jesus. Veja ainda Rm 8.6; 14.17; 15.13; Fp 4.7.

3. Gozo no Espírito Santo. Deus é a fonte profunda da nossa alegria como crentes.Felicidade é ter alegria em todas as circunstâncias. O cristão geralmente é feliz, mas a alegria no Espírito Santo é um fluir da natureza de Deus na nossa natureza. Apesar de contristados, podemos regozijar-nos ( 2 Co 6.10). Nossa tristeza se converterá em alegria (Jo 16.20). Ninguém pode tirar a alegria espiritual de den-tro de nós (Jo 16.22).0 reino de Deus é alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). Em Cristo a alegria se torna a marca característica do nosso caminhar ao lado de Deus. Veja ainda Ne 8.10. Is 61.13; Jo 15.1 l ; R m 15.13; 1 Ts 1.6.

19

4. Ausência de amor pelo mundo. O mundo que não devemos amar é a vida e a ten-dência da sociedade humana manipulada e organizada por Satanás. É o mundo pa-gão, o mundo das trevas espirituais, seus sistemas e suas prioridades, ideais e atrações egocêntricas que competem com Deus e procuram afastar-nos de Deus e de sua Santa vontade.

''Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o

mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no

mundo, a concupiscência da carne, a concupis-cência dos olhos

e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo ". 1 Jo 2.15-16

5. Obediência a Deus. Obediência positiva à total vontade de Deus é característicada pessoa nascida de novo. A experiência humana também torna válido o velho ditado americano: "Sua vida fala tão alto que eu nem consigo ouvir suas pala-vras!". O mundo espera que a sua confissão de fé esteja aliada com a sua prática cristã. Do contrário, você é um hipócrita.

Qualquer fé que não inclua obediência não é fé salvadora (Tg 2.17-20). Qual-quer consagração afirmada que não inclua obediência é hipócrita. Qualquer amor professado por Cristo que não resulte em obediência é somente nominal; não é sincero. No A.T. a palavra hebraica Shema significa tanto ouvir como obe-decer. No N .T. é akouo tem o mesmo significado de ouvir e obedecer. A forma composta é hupakouo (literalmente ouvir abaixo) - ouvir alguém a quem se deve obediência. Confira as declarações de Jesus sobre "ouvir e obedecer" (Mt 11.15; Mc 4.9; Lc 11.28; Jo 10.27; Jo 15.4-10). Quando você se deleita em fazer a vontade de Deus, isso é uma evidência da graça salvadora que o regenerou (SI 40.8; SI 119.35; Rm 7.22). Veja ainda Lc 6.46; Tg 2.14; Jo 2.3-6.

6. Fé que vence o mundo. O nascido de novo tem uma fé vitoriosa. Pode haver mo-mentos temporários de desencorajamento, mas o todo, o conjunto da sua alma, é de um cristão vitorioso, e os desencorajamentos são logo tragados pela fé (1 Jo 5.4; Rm 8.37; 12.2; 1 Jo 2.13; 5.4; Ap 12.11.)

7.0 Espírito Santo no interior do ser. Não há nenhum relacionamento de Pai para filho longe do Espírito Santo. O Espírito Santo não habita no pecador não arre-pendido. No momento da fé salvadora, Ele começa Seu ministério de habitação em você. O Espírito Santo é a fonte do novo amor, alegria e paz, pois estes são chamados "fruto do Espírito" (Gl 5.22-23). O Espírito desenvolve uma nova li-berdade espiritual na presença de Deus (2 Co 3.17). Ele desenvolve o relaciona-mento íntimo Pai-filho e, assim, você pode chamá-lo de "Aba, Pai" (Rm 8.15). O Espírito Santo conduz você à intimidade e liberdade de um filho perante o Pai (Rm8.9; 1 Jo 3.24; Jo 14.6-17; Rm 8.16; 2 Co 1.22; Gl 4.6; 1 Jo 4.13; 5.10).

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FORTALECENDO A NOVA VIDA

A velha natureza não deixa de existir quando nos convertemos a ( risto. Ao nascermos de novo, a vida de Deus c liberada em nosso espírito e lemos o poder de manter a carne sob domínio. Mas há uma luta constante entre a velha e ;i nov a na-tureza (Gl 5.17).

O apóstolo Paulo ordena: "Andai no Espirito c não satisfareis as con-cupiscências da carne"(Gl 5.16). Portanto, um segredo paia mantermos o velho homem fora de ação c investirmos no nosso relacionamento com Deus. Precisamos escolher nos inclinar para o Espírito, a fim de que ele tenha controle sobre nossas vidas (Rm 8.5). Na prática, isso consiste em bebei todo o tempo das fontes espirituais que nos estão disponíveis:

• a Palavra de Deus (Mt 4.4);

• a oração (1 Ts 5.17);

• o jejum (Mt4.2; 6.16; I Co 9.25-27);

• a comunhão (1 Jo 4.12);

• a adoração (Ef 5.18,19).

21

Estudo 4

O Espírito Santo (I)

U:\IO-CHAVK

Tara onde me ausentarei do leu Espirito'.' Para onde fugirei da tua face? " SI 139. 7

A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

A doutrina do Espírito Santo ocupa lugar central no movimento de reno-\ ação espiritual. Neste estudo, nossa preocupação será não apenas estudar a doutrina, mas fazer a sua aplicação prática à nossa vida espiritual.

Hoje estudaremos a pessoa do Espírito Santo. Vários atributos definem unia pessoa, mas podemos destacar o intelecto, a sensibilidade e a vontade.

O Intelecto do Espírito Santo

Encontramos na Bíblia diversas referências que deixam bem claro que o Espírito Santo possui inteligência.

• Ele ensina e Ia/ lembrar (Jo 14.26; Ne 9.20);

• Ele tem sabedoria e inteligência (Is 11.12);

• Ele tem conhecimento c conselho (Is 11.2);

• Ele revela (Ef 1.17). O Espírito perscrula as profundezas de Deus (1 Co 2.10).

A Sensibilidade do Espírito Santo

O Espírito Santo sente c reage, assim com nós, quando nos emocionamos. Vejamos:

• Amor (Km 15.30)

• Alegria (At 2.13) - é inconcebível que uma pessoa cheia do Espírito viva em tristeza.

• Tristeza (Ef 4.30) - O cristão pode entristecer o Espírito Santo quando não dá importância á sua presença, voz c orientação, Gl 5.16-25.

22

• Gemidos (Rm 8.26) Ele sento a nossa dor. geme e sofre conosco.

• E ainda: ele pode ser apagado, tentado e afrontado (At 5.9; 1 Ts 5.19 c Mb 10.29).

A Vontade do Espírito Santo

() Espírito Santo tem vontade própria. Isso está evidenciado em suas aii-ludes, tanto no Antigo como no Novo Testamento:

• no repartir dos dons espirituais. I Co 12.11;

• no permitir ou impedir, At 16.7. Ele pode permitir, assim como impedir, aqui-lo que desejamos lazer;

• no convidar, Ap 22.17. O Espírito Santo convida o homem para um encontro pessoal com o Noivo, Jesus:

• no orientar, At 13.2. Num contexto de oração e jejum há a orientação do Iespí-rito.

O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DL JESUS

Desde o princípio de sua vida terrena até a crucificação o Senhor Jesus esteve intimamente ligado ao Espírito Santo (Mt 4.1: At 10.38):

1. no nascimento. O Espírito Santo foi o agente na milagrosa concepção de Jesus(Mt 1.20; Lc 1.35).

2. no batismo (Mt 1.18-20). A primeira operação santificou sua humanidade, a segunda consagrou sua vida ministerial.

3. no ministério (Is 61.1 -3; Lc 4.18). Jesus foi ungido para ministrar aos homens.

O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRISTÃO

() mesmo Espírito que conduziu Jesus em seu ministério deseja guiar os crentes (Rm 8.14). Vejamos como o Espírito alua na vida do crente.

1. Como consolador (Jo 14.6) - O termo grego "paracle-tos" é traduzido como consolador, exortador, advogado. O Espirito Santo se coloca ao nosso lado para nos ajudar (Rm 8.26,27).

2. Como cnsinador (Jo 14.26) - Ele esclarece as verdades bíblicas aos discípulos de Cristo, ajudando-os a compreender as profundezas da vontade de Deus.

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3. Como testemunha de Jesus (Jo 15.26) - O Espírito Santo capacita o ciente a ser testemunha de Jesus.

4. Como convencedor (Jo 16.7-11) - Só o Espírito pode convencer o pecador de seus pecados, da justiça divina e do juízo vindouro.

5. Como «uia (Jo 16.13) Vivemos num mundo de engano, falsidade, hipocrisia e mcnlira. E bom que nunca nos esqueçamos de que "osfilhos de Deus são guiados pelo Espírito de Deus " ( K m 8.14).

OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

As Escrituras usam vários símbolos para representar o Espírito c nos ajudar a compreender melhor sua pessoa e obra:

1• Vento (Ez 37.9; Jo 3.8; 20.22; At 2.2) - Tal como o vento,

o Espirito atua imprevisível e invisivelmcntc, porem são percebidos seus efeitos. O Espírito c soberano, invisível e incscrutável. Ele é força vivificadora.

• Pomba (Lc 3.22) - Representa amor, graça, pureza, sim-plicidade c inocência.

• Óleo e Azeite (Lc 4.18; At 10.38; Ex 27.20-21; 1 Sm 16.13; Zc 4.2-6; 11b 1.9) - O óleo era usado para ungir sa-cerdotes, reis e profetas. O Espírito nos unge com podei para o serviço do Senhor. Ele ilumina c glorifica a Cristo. () Espírito e a fonte c renovação constante do óleo divino. A unção do Espírito traz alegria.

• Fogo (At 2.3,4; Lc 3.16-17) - O Espírito Santo queima tudo dentro de nós que não está em conformidade com a vontade de Deus. bem como julga as nossas atitudes.

• Águas Vivas (Jo 7.37-39; Jo 4.14; Is 44.3) - O Espírito produz vida onde antes havia terra seca. É o mesmo Espí-rito que produz uma vida frutífera c derrama bênçãos sem medida sobre nós.

• Selo (Ef 1.13; 4.30; 2 Co 1.22) - O selo com o Espírito laia de propriedade e de segurança. O gado, e até mesmo os escravos, eram marcados com um selo pelos seus do-nos. Deus colocou cm nós o Seu Espírito a fim de marcar-nos como sua propriedade exclusiva.

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NOMES ATRIBUÍDOS AO ESPIRITO

• Espírito, Ef 5.18 • Espírito de santidade, Rm 1.4

• Espírito Santo, At 2.4 • Espírito de Jesus, At 16.7

• Espírito de vida, Rm 8.2 • Espírito de Deus. Gn 1.2

• Espírito de graça, Hb 10.29 * Espírito eterno, Hb9.14

. Espírito de adoção, Rm 8.15 * Espirito de verdade, Jo 16.13

. Espírito da glória de Deus. 1 Pc ' EsPírit0 do Senhor< Jz 146;

4.14 Lc418

.... á .. . . .. , • Bom Espirito, SI 143.10• Espirito de inteligência. Is 11.2 '

CULTIVANDO A PRESENÇA DO ESPIRITO

A presença do Espírito deve ser cultivada e preservada em nossas vidas. Paulo diz: "Enchei-vos continuamente cio Espirito... "(Ef 5.18); "Não entristeçais o Espírito " (Ef 4.30); "Não apagueis o Espírito "(1 Ts 5.19). Essas expressões in-dicam uma advertência úo que pode acontecer com o discípulo de Cristo com rela-ção ao Espírito Sanlo. caso ele não vigie. Por isso. elevemos observar as seguintes verdades:

O

©

©

• Encher-nos continuamente. Podemos cumprir esta ordem através de uma vida dcvocional abundante, do exercício contínuo dos dons sobrenaturais, especial-mente o orar cm línguas (Jd 1.20); a prática da intensa adoração (Gl 5.18,19). Naturalmente, isso não aconte-ce automaticamente. Requer uma decisão pessoal de buscar.

• O pecado incomoda o Espírito Santo. Ele não tolera o pecado. Quando o crente peca, sente uma tristeza inte-rior que é reflexo da própria tristeza do Espírito que está nele. O Senhor o estimula ao arrependimento a fim de que deixe o pecado.

• A permanência no pecado afasta o Espírito. Quando o cristão endurece seu coração diante dos alertas do Espírito quanto ao pecado e insiste no erro, começa o processo de diminuir a ação do fogo purificador de Deus em sua vida, ate chegar o ponto de apagá-lo. Ele é

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insistente, nos ama profundamente e insistirá conosco para que voltemos à santidade. No entanto, se nos mantivcrmos duros, ele nos deixará (Gn 8.3) e, acontecendo isso. estaremos novamente perdidos, ainda que permaneçamos numa igreja e tenhamos uma vida de aparência e práticas religiosas.

"Como você se sentiria se fosse obri-gado a viver com alguém que esti-vesse sempre entristecendo o seu co-ração pela sua conduta?

G. Campbell Morgan

2b

Estudo 5

O Espírito Santo (II)

TEXTO-CHAVE

"Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espirito Santo, e ser-me-eis testemu-nhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia, e Somaria, e até os confins da ter-ra." Atos 1.8

A PROMESSA DO ESPÍRITO

Desde o Antigo Testamento, vemos promessas de Deus com relação a um derramar do Espírito Santo nos últimos dias sobre os homens, de tal maneira que o sobrenatural seria liberado poderosamente sobre suas vidas (Jl 2.28, 29; Ez 37.14).

JOEL 2. 28,29 ATOS 2.1-4___________________________L____________________I____________________________________________________i,

" E há de ser que, depois, derramarei o "Cumprindo-se o dia de Pentecosles,meu Espirito sobre toda a carne, e vos- estavam todos reunidos no mesmo lu-sos filhos e vossas filhas profetizarão, gar; e, de repente, veio do céu um som,, os vossos velhos terão sonhos, os vos- como de um vento veemente e impetuosos jovens terão visões. E também so- so, e encheu toda a casa em que esta-bre os servos e sobre as servas, vam assentados. E foram vistas pornaqueles dias. derramarei o meu Espi- eles línguas repartidas, como que derito. " f°g<>. os quais pousaram sobre cada

um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito ' Santo lhes concedia que falassem. "

Não há dúvida de que, a partir de Pentecostes, os crentes passaram a go-zar do privilégio de ser cheios do Espírito Santo, como Deus prometera, (At 2.16) e fica claro que aquela experiência não se resumia à geração apostólica, mas a todos os que viessem a crer (At 2.38, 39).

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insistente, nos ama profundamente e insistirá conosco para que voltemos à santidade. No entanto, se nos mantivermos duros, ele nos deixará (Gn 8.3) c, acontecendo isso. estaremos novamente perdidos, ainda que permaneçamos numa igreja e tenhamos uma vida de aparência e práticas religiosas.

"Como você se sentiria se fosse obri-gado a viver com alguém que esti-vesse sempre entristecendo o seu co-ração pela sua conduta?

G. Campbell Morgan

2h

Estudo 5

O Espírito Santo (II)

TEXTO-CHAVE

"Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espirito Santo, e ser-me-eis testemu-nhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia, e Santana, e até os confins da ter-ra." Atos 1.8

A PROMESSA DO ESPÍRITO

Desde o Antigo Testamento, vemos promessas de Deus com relação a um derramar do Espírito Santo nos últimos dias sobre os homens, de tal maneira que o sobrenatural seria liberado poderosamente sobre suas vidas (Jl 2.28, 29; Ez 37.14).

JOEL 2. 28,29 ATOS 2.1-4

" E há de ser que, depois, derramarei o "Cumprindo-se o dia de Pentecostes,meu Espirito sobre toda a carne, e vos- estavam todos reunidos no mesmo lu-sos filhos e vossas filhas profetizarão, gar; e, de repente, veio do céu um som,■ os vossos velhos terão sonhos, os vos- como de um vento veemente e impetuosos jovens terão visões. E também so- so, e encheu toda a casa em que esta-bre os servos e sobre as servas, vam assentados. E foram vistas pornaqueles dias. derramarei o meu Espí- eles línguas repartidas, como que derito. " f°g°> as quais pousaram sobre cada

um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espirito Santo lhes concedia que falassem. "

Não há dúvida de que, a partir de Pentecostes, os crentes passaram a go-zar do privilegio de ser cheios do Espírito Santo, como Deus prometera, (At 2.16) e fica claro que aquela experiência não se resumia à geração apostólica, mas a todos os que viessem a crer (At 2.38, 39).

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O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

Batismo no Espírito Santo é uma experiência de se receber um revesti-mento de poder (Lc 24.49), um batismo com fogo (Mt 3.11), onde a pessoa c preen-chida, é envolvida com a glória de Deus. O batismo no Espírito significa a plenitude do Espírito possuindo a plenitude do homem.

Quem pode receber o Batismo no Espírito?

• Os que professam a fé em Jesus Cristo (Jo 14.12-17; At 2.38-40);

• os que buscam c obedecem a Deus (At 5.32);

• os que se consagram e se dedicam a Ele (2 Tm 2.21);

• os que desejam ardentemente esta bênção (Jo 7.37-39);

• os que pedem a Deus em oração (Lc 11.13; Rm 8.14-17).

O Propósito do Batismo no Espírito Santo

• Capacitar o crente para realizar grandes obras em nome de Jesus (Jo 14.12,16-18; Jo 16.14).

• Capacitar para um testemunho eficaz do Evangelho (At 1.8);

• Dar identidade de filhos, herdeiros e co-herdeiros com Cristo (Ef 1.13).

As Bênçãos do Batismo no Espírito Santo

• Mais sensibilidade contra o pecado (Jo 16.8);

• Uma vida que glorifica a Cristo (Jo 16.13-14; At 4.33);

• Mensagens proféticas e louvores (At 2.4-17; 1 Co 14.2, 15);

• Visões da parte do Espírito (Ap 1.19-20);

• Manifestação de dons espirituais (1 Co 12.4-10);

• Maior desejo de orar c interceder (At 2.21-42; Rm 8.26).

Todos nós precisamos ser cheios do Espírito Santo. Nós somos uma ge-ração profética que não pode abrir mão da unção do Espírito para fazermos o bem, curar todos os oprimidos do diabo e anunciar o evangelho de Cristo. Somos ungidos para vencer as hostes de Satanás e nunca para sermos vítimas de seus ardis.

2S

Quando D.L. Moody (profeta do Avivamento Americano no século XIX) estava visitando a Inglaterra, ele ouviu Henri Varley dizer: "O mundo está ainda para ver o que Deus fará com um homem inteiramente consagrado ao Espírito Santo ".

Moody pensou consigo mesmo: "Ele disse, um homem '. Não disse, 'um grande homem', nem 'um homem culto', nem 'um homem rico', mas simplesmente 'um homem'. Sou um homem, e está dentro do próprio homem decidir se irá ou não ('onsagrar-se inteiramente. Vou fazer o má-ximo para ser esse homem ". E ele o foi.

OS DONS DO ESPIRITO SANTO

A Bíblia fala do "dom do Espírito Santo" (At 2.38; 10.45) e dos "dons do Espírito Santo" (Co 12.1,4). A palavra "dom" referc-sc à experiência de ser batiza-do no Espírito. Nesse caso, o Espírito Santo é a dádiva divina. O termo "dons" refe-re-se à liberação de capacidades sobrenaturais de Deus na vida do cristão. Os dons espirituais são manifestações do poder de Deus através de seus servos, levando-os a conhecer, falar ou realizar coisas que naturalmente não lhes seria possível.

Por que devemos conhecer os dons do Espírito?

• Porque c uma mensagem importante dentro da Bíblia;

• porque Deus declara que não quer que sejamos ignorantes quanto ao assunto (1 Co 12.2);

• porque evidenciam a unidade do Corpo, a Igreja (Rm 12.5; Ef 4.1-3);

• porque eles servem para aperfeiçoar os crentes (Ef 4.12a);

• porque aparelham os crentes para o serviço cristão (Ef 4.12b);

• porque os dons são o instrumento de Deus operando na vida de cada cristão, visando à edificação do corpo espiritual, a Igreja (1 Pe 2.9; Ef 4.16);

• porque a cada crente Deus concede um dom (1 Co 12.7: "cada um ") que o ca-pacita a dar a sua contribuição peculiar ao Reino de Deus.

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O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

Batismo no Espírito Santo é uma experiência de se receber um revesti-mento de poder (Lc 24.49), um batismo com fogo (Mt 3.11), onde a pessoa c preen-chida, c envolvida com a glória de Deus. O batismo no Espírito significa a plenitude do Espírito possuindo a plenitude do homem.

Quem pode receber o Batismo no Espírito?

• Os que professam a fé cm Jesus Cristo (Jo 14.12-17; At 2.38-40);

• os que buscam c obedecem a Deus (At 5.32);

• os que se consagram c se dedicam a Ele (2 Tm 2.21);

• os que desejam ardentemente esta bênção (Jo 7.37-39);

• os que pedem a Deus em oração (Lc 11.13; Rm 8.14-17).

O Propósito do Batismo no Espírito Santo

• Capacitar o crente para realizar grandes obras em nome de Jesus (Jo 14.12,16-18; Jo 16.14).

• Capacitar para um testemunho eficaz do Evangelho (At 1.8);

• Dar identidade de filhos, herdeiros e co-herdeiros com Cristo (Ef 1.13).

As Bênçãos do Batismo no Espírito Santo

• Mais sensibilidade contra o pecado (Jo 16.8);

• Uma vida que glorifica a Cristo (Jo 16.13-14; At 4.33);

• Mensagens proféticas c louvores (At 2.4-17; 1 Co 14.2, 15);

• Visões da parte do Espírito (Ap 1.19-20);

• Manifestação de dons espirituais (1 Co 12.4-10);

• Maior desejo de orar e interceder (At 2.21-42; Rm 8.26).

Todos nós precisamos ser cheios do Espírito Santo. Nós somos uma ge-ração profética que não pode abrir mão da unção do Espírito para fazermos o bem, curar todos os oprimidos do diabo e anunciar o evangelho de Cristo. Somos ungidos para vencer as hostes de Satanás e nunca para sermos vítimas de seus ardis.

Quando D.L. Moody (profeta do Avivamento Americano no século XIX) estava visitando a Inglaterra, ele ouviu Henri Varley dizer: "O mundo está ainda para ver o que Deus fará comum homem inteiramente consagrado ao Espirito Santo ".

Moody pensou consigo mesmo: "Ele disse, 'um homem'. Não disse, 'um grande homem', nem 'um homem culto', nem 'um homem rico', mas simplesmente 'um homem'. Sou um homem, e está dentro do próprio homem decidir se irá ou não consagrar-se inteiramente. Vou fazer o má-ximo para ser esse homem ". E ele o foi.

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

A Bíblia fala do "dom do Espírito Santo" (At 2.38; 10.45) e dos "dons do Espírito Santo" (Co 12.1,4). A palavra "dom" referc-sc à experiência de ser batiza-do no Espírito. Nesse caso, o Espírito Santo é a dádiva divina. O termo "dons" refe-re-se à liberação de capacidades sobrenaturais de Deus na vida do cristão. Os dons espirituais são manifestações do poder de Deus através de seus servos, levando-os a conhecer, falar ou realizar coisas que naturalmente não lhes seria possível.

Por que devemos conhecer os dons do Espírito?

• Porque c uma mensagem importante dentro da Bíblia;

• porque Deus declara que não quer que sejamos ignorantes quanto ao assunto (1 Co 12.2);

• porque evidenciam a unidade do Corpo, a Igreja (Rm 12.5; Ef 4.1-3);

• porque eles servem para aperfeiçoar os crentes (Ef 4.12a);

• porque aparelham os crentes para o serviço cristão (Ef 4.12b);

• porque os dons são o instrumento de Deus operando na vida de cada cristão, visando à edificação do corpo espiritual, a Igreja (1 Pe 2.9; Ef 4.16);

• porque a cada crente Deus concede um dom (1 Co 12.7: "cada um ") que o ca-pacita a dar a sua contribuição peculiar ao Reino de Deus.

29

A DIVERSIDADE DE DONS MINISTERIAIS

Por causa da ênfase que se tem dado à lista de dons que aparece cm 1 Co-ríntios 12, há uma tendência comum de se pensar que só existem nove dons espiri-tuais. Mas veremos que há no Novo Testamento referencia a outros dons concedi-dos pelo Espírito Santo. No quadro abaixo listaremos os dons no geral, sejam ministeriais ou manifestações espirituais na igreja. Mas, logo após, trataremos de-talhadamente dos dons espirituais de 1 Coríntios 12.

LISTA DE DONS NO NOVO TESTAMENTO

Referências bíblicas

Romanos 12.0-8

Dons do Espírito Santo

Profetizar, ministrar, ensinar, exortar, contribuir, presidir, exercer misericórdia.

1 Coríntios 7.7 1

Coríntios 12.8-10

1 Coríntios 12.28

Efésios 4.11 1

Pedro 4.11

Celibato

Palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, dons de curar, operações de milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas, interpretação de línguas.

Apóstolos, profetas, mestres, operadores de milagres, dons de curar, socorros, governar, variedade de línguas.

Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres

Falar (ensinar), servir

Em 1 Coríntios 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras há ensinos sobre os mesmos.

1. Palavra de Sabedoria (At 6.3; 1 Co 12.8; 13.2,9,12) - É uma enunciação do Espírito Santo aplicando a Palavra de Deus, ou sua sabedoria, a uma determina-da situação. Exemplos: Estêvão (At 6.10) e Tiago (At 15.13-21).

2. Palavra de Conhecimento (At 10.47,48; 13.2; 15.7-11; 1 Co 12.8; 13.2,9,12;14.25) - É uma enunciação do Espírito Santo revelando conhecimento a respeito de pessoas, circunstâncias ou verdades bíblicas. Exemplos: Pedro (At 5.9,10).

30

3. Fé (Mt 21.21,22; Mc 9.23,24; 11.22,24; Lc 17.6; Al 3.1 -8; 6.5-8; I Co 12.9; 13.2;Tg 5.14,15) - É a fé sobrenatural comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o homem a crer cm Deus, para a realização de milagres. Exemplos: Um centurião (Mt 8.5-13); uma mulher enferma (Ml 9.20-22); dois cegos (Ml 9.27-29); uma mulher cananéia (Mt 15.22-28); um leproso (Lc 17.11-19).

04.Cura (Mt 4.23,24; 8.16; 10.1,8; Jo 6.2; At 4.30; 5.15.16; 19.11.12: I Co12.9.28,30) - E a restauração da saúde de alguém por meios sobrenaturais divinos. Exemplos: As curas realizadas por Jesus e pelos apóstolos.

5. Operação de Milagres (Mc 3.15; Lc 4.40,4 l;Jo 7.3; 10.25,32; At 2.22,43; 8.6,7;Rm 15.19; 1 Co 12.10,29; Gl 3.5). Exemplos: Os milagres de Jesus e os mila-gres dos apóstolos.

6. Profecia (Lc 12.12; At 2.17.18; 1 Co 12.10; 13.9; 14.1-32; 11-4.1 I: I Ts 5.20.21:2 Pe 1.20.21; 1 Jo 4.1-3)-Éacapacidade momentânea e especial para transmitirmensagem, advertência, exortação ou revelação da parte de Deus sob o impulso do Espírito Santo. Exemplos: Isabel (Lc 1.40-45): Maria (Lc I 46-55); Zacarias (Lc 1.67-79); Pedro (At 2.14-40; 4.8-12); doze homens de Éfcso (At 19.6); qua-tro filhas de Felipe (Al 21.9); Ágabo (At 21.10,11).

7. Discernimento de espíritos (1 Co 12.10; 14.29) - É a capacidade especial para julgar se profecias e outras enunciações sobrenaturais provêm do Espírito Sanio. Exemplos: Pedro (At 8.18-24); Paulo (Al 13.8-12 e 16.16-18).

8. Falar noutras línguas ( 1 Co 12.10,28,30: 13.1: 14.1-40) É um dom que permi-te ao crente expressar-se, sob a influência direta do Espírito Santo, numa língua que não aprendeu e nem conhece. Exemplos: Os discípulos (At 2.4-11); Comélio e sua família (At 10.44, 45; 11.17); os crentes de Éfeso (Al 19.2-7); Paulo (1 Co 14.6, 15,18).

9. Interpretação de línguas (1 Co 12,10,30; 14.5, 13.26-28) - É a capacidade espe-cial para interpretar o que é falado cm línguas estranhas, pelo Espírito.

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Estudo 6

Um chamado à oração

TEXTO-CHAVE

"Oraisem cessar". I Tessalonicenses 5.7

A oração, à semelhança da fé, é um dom de Deus aos seus filhos, para que, em espírito, aquele que foi redimido se mantenha cm diálogo constante e cm comunhão permanente com seu Pai Celeste em quaisquer situações e variações emocionais. Oração sem comunhão com Deus nada significa, nada representa espi-ritualmente. O desejo e a necessidade de orar incessantemente são características do regenerado.

Orar é pedir a Deus que entre cm nossa condição humana, em todas as nossas muitas necessidades, c inunde a nossa insensibilidade espiritual com seu po-der ressuscitado!".

Trumbull afirma algo importante sobre o valor da oração: "A preocupa-ção de Satanás é impedir o crente de orar: ele não tem medo de estudos feitos sem oração, de trabalhos feitos sem súplicas pela direção divina, ou religião professa-da sem direção divina. Satanás ri-se de nossa atividade, zomba de nossa sabedo-ria, mas teme quando oramos".

O QUE ÉORAR?

Os vocábulos bíblicos que definem oração são:

• Ml 21.22 (aitcô): pedir, requerer, desejar para si;

• I ,c 5.8 (genupeteo): cair sobre os joelhos, ajoelhar-se diante de;

• Ai <S.24 (deomai): implorar, rogar, suplicar;

• Mi 6.6-°- (proseuchomai): com cisar com Deus, dialogar, orar;

• Ap 19.10 (proqueneô): adorar, prestar homenagem, reverenciar;

• Jo 16.5 (erôtaô): perguntar, apelar, indagar;

• Mt 7.7-8 (Krourô): bater, insistir para entrar;

• Rm 8.26-27 (Impei entugchano): interceder por, gemer, voltar-se para.

32

COMO ORAR?

Os discípulos pediram a Jesus: "ensina-nos a orar". li. através da Bíblia, temos a resposta de Deus. Devemos orar da seguinte maneira:

• segundo a vontade de Deus (.Io 15.7);

• com fé(Hb 11.6; Tg 1.6-8);

• com espírito de contrição (ls57.15);

• diretamente a Deus ou a Jesus Cristo (Ml 4.10: l.c 23.42);

• com perdão aos outros (Mt 5.23-24.: I Pc 3.4);

• cm nome de Jesus (.Io 14.13; Ef2.18);

• no espíri to (Jd 20; Ef6.18);

• com perseverança ( Le 18.1; 1 Ts5.17).

!•' na oração que temos o modelo sugerido pelo próprio Jesus: "Pai nosso, que estás nos céus. santificado seja o teu nome: venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu: o pão nosso de cada dia dá-nos hoje: e perdoa-nos as nossas dividas, assim como temos perdoado aos nossos devedores: e não nos deixes cair cm tentação: mas livra-nos do mal. Pois. Teu é o reino, podei- e a glória para sempre. . Imcm ". (Ml 6.9-13).

Através de cada petição. Jesus revela a posição que cada discípulo assume ao orar. A oração é mais a condição cm que se encontra aquele que ora, do que propriamente o que ele diz na oração.

PETIÇÃO

Pai nosso que estás nos céus

San ti ficado seja o teu nome

Venha o teu reino

Faça-se a lua vontade...

O Pão nosso de cada dia dá-nos hoje

Perdoa as nossas dívidas

POSIÇÃO

Filhos de Deus Adoradores do Pai

Submissão ao governo de Cristo

Obediência incondicional a Deus

Dependência divina Pecadores

arrependidos

Não nos deixes cair cm tentação; mas Fragilidade humana e proteção livra-nos

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POR QUE DEVEMOS ORAR?

Sc Deus já conhece as minhas necessidades, por que devo orar? Será que devo amolar a Deus com detalhes insignificantes da minha vida particular, se exis-tem questões de muito maior importância no mundo? A resposta que encontramos é que Deus deseja dialogar conosco. Ele tem interesse em nós. Da mesma forma que anelamos por nossos filhos compartilharem de seu dia na escola, também Deus ane-la por ouvir de nós os menores detalhes de nossa vida.

Podemos enumerar outras razões por que devemos orar:

O orar é um mandamento (Mt 7.7,8);

© a verdadeira oração exige temor a Deus (Jo 9.31);

© a oração revela c produz humildade (Dn 9.17-19);

ÇJ a oração nos convence de que aquilo que recebemos veio das mãos de Deus, gerando em nós a gratidão (1 Cr 29.14);

através da oração descansamos (SI 37.1-7);

descobrimos os tesouros de Deus (Cl 2.1-3);

© a oração libera as bênçãos de Deus (Jo 15.7).

QUANDO ORAR?

"Com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos " (Ef 6.18).

Note os "TODOS". Em resumo, devemos orar em todo o tempo e o tempo todo. Orar sem cessar e sem desanimar. Orar, orar, orar...

1. Jesus orou de madrugada (Mc 1.35). O rei Ezcquias também orou de madruga-da (2 Cr 29.20). Veja ainda (Gn 19.27;28.18; Js 6.12-17; SI 57.8; 108.2).

2. Jesus orou de noite (Lc 6.12; Mc 9.29).

3. Jesus orou em todo tempo: Antes de ser ungido para o seu ministério público (Lc3.21,22); antes de escolher os doze discípulos (Lc 6.12,13); antes de anunciar o evangelho (Mc 1.35-38); antes da crucificação (Lc 22.39-46); após grandes mi-lagres (Mt 14.23); nos momentos mais atarefados (Lc 5.15,16).

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EMPECILHOS À ORAÇÃO

Quando as nossas orações podem ser impedidas? Vejamos alguns moti-\ os que impedem que nossas orações sejam atendidas por Deus:

I. Quando no coração humano estão presentes as mentiras, as fraudes c o ódio (Sal-mo 109.1-7; Mt 5.23);

2 Quando se tem uma ostensiva atitude de desobediência à Lei de Deus (Pv 28.9);

3. Quando a oração não é oração, mas apenas um desempenho de santidade aparen-

te (Mt 6.5-7);

4. Quando a relação familiar promove a discórdia (1 Pe 3.7);

5. Quando a vida está dominada pela impureza (1 Pe 4.3,7).

CONCEITOS DE ORAÇÃO A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DAQUELES QUE ORAM

• "Ora bem quem ama bem ". Samuel Coleridge

• "É o coração que ora, é a voz do coração que Deus ouve, e è ao coração que 1 >eus responde ". Jean Nicholas Grou

• "Orar é colocar diante de Deus o que está em nós. não o que deveria estar em nós". CS. Lewis

• "Juntar as mãos em oração é o inicio de levante contra a desordem do mun-do". Karl Barth

• "A oração é a chave da manhã e o cadeado da noite". Matthew Ilenry

• "A oração é o oxigênio da alma ". Gleidson Costa

• "As reuniões de oração são o marca-passo da igreja ". Charles II. Spurgeon

HORA SILENCIOSA COM PAI

"Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, c foi para um lugar deserto, e ali orava " (Marcos 1.35)

Jesus Cristo, o Filho de Deus, exercia um ministério tão intenso que, às vezes, não linha tempo nem para comer (Mc 6.31). Mas, ele sabia da importância de saber escolher um tempo de qualidade para estar num lugar secreto de oração em comunhão com o Pai. Jesus é o nosso exemplo c nós devemos se-gui-lo (Mt 6.6; 14.13.23). A Palavra de Deus nos diz que Moisés tinha uma tenda,

35

onde ele se encontrava com Deus (Êx 33.7-11); Adão tinha um encontro diário com Senhor ao cair da tarde (Gn 3.8).

André Bonar, grande homem de Deus, tinha três regras de vida:

1) não falar com ninguém sem antes ter falado com Deus;

2) não fazer nada sem antes ter-se ajoelhado a orar;

3) não ler jornais sem antes ter lido a Bíblia.

A rapidez com que a maioria de nós se movimenta c simplesmente ater-radora. É uma decisão pessoal de determinarmos o que tem o primeiro lugar em nossa vida: passar tempo com Deus ou fazer outra coisa. A hora silenciosa pode ser comparada a um banho espiritual. Ela lava, refresca e renova o nosso íntimo. Ajuda-nos a proteger-nos da corrupção moral que nos cerca, cia nos prepara, como soldados de Cristo, para entrar na batalha espiritual (Mt 4.4; 6.31).

O profeta Isaías profetizou: "Na tranqüilidade e na confiança (está) a vossa /orça" (Is 30.15). Faça de sua hora silenciosa um período de calma (SI 46.10). Um aniigo regulamento naval diz o seguinte: "quando os na\ ios reajustam a sua bússola, eles ancoram em um lugar calmo." Veja onde pode encontrar um lugar calmo. Se não puder achá-lo. terá de fechar a mente para todas as distrações ao seu redor.

Mais importante do que um lugar calmo c um espírito tranqüilo. William Runyam expressou muito bem essa idéia: "Senhor, fechei a porta, fala-me agora, pois no tumulto não podia ouvir-te; aquietado agora o meu coração, sussurra a Tua vontade, enquanto me isolei, enquanto tudo está em silencio".

A hora escolhida para seu período de silêncio fica a seu critério. O grande missionário para a China, Hudson Taylor, costumava dizer: "Escolha para comungar com Deus a melhor hora do seu dia". Sugerimos o período da manhã (Salmo 5.3)

Queremos concluir este estudo dizendo que somos chamados a orar semcessar.

• Orar sem cessar no ônibus, no carro, na escola, no trânsito, no trabalho, cm todo lugar e em todo tempo.

• Orar sem cessar para que a nossa ação seja prudente e a nossa reação seja mansa.

• Orar sem cessar para que a língua que gloriílca a Deus não calunie o irmão.

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• Orar sem cessar para que não caiamos na tentação de pensar que a nossa opi-nião é um lei e a nossa vontade um oráculo.

• Orar sem cessar para que o fluxo do F.spírito Santo não cesse em nossa vida, secando os frutos, os dons, a vida espiritual.

• Orar sem cessar porque sem oração cessa toda a virtude da vida, ficando ape-nas a perigosa e legalista religiosidade dos fariseus.

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Estudo 7

Bíblia, a Palavra de Deus

TEXTO-CHAVE

"Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que 0 homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra". (2 Timóteo 3.16-17)

QUE EA BÍBLIA?

É a revelação de Deus no seu trato com a humanidade. Seu autor é Deus mesmo. Seu real intérprete é o Espírito Santo. Seu assunto central c o Senhor Jesus Cristo. Crer nisso é de capital importância para o êxito no estudo da Bíblia. Nossa atitude para com a Bíblia mostra nossa atitude para com Deus.

De Gênesis a Apocalipse não encontramos a palavra Bíblia. Ela é de ori-gem eclesiástica, pois foi aplicada às Escrituras entre os anos 298 a 404 d.C, por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla.

A palavra Bíblia vem do termo grego "Biblion", que significa livros. A Bíblia compreende o Antigo Testamento c o Novo Testamento.

O Antigo Testamento foi escrito em hebraico e o Novo Testamento em grego. Ilá algumas porções em aramaico (Ed 4.8-6:18; 7:12-26; Dn 2.4-7:28 e Jr 10.11; Mc 14.36; Mc 5.41; 1 Co 16.22; Mt 17.23).

NOMES DA BÍBLIA

bíblia graphê Logos tou theou

Bíblia 2

Timóteo 4: 13

Escrituras Palavra de Deus

2 Timóteo 3: 15 Salmo 119: 105

38

A ESTRUTURA DA BÍBLIA

A Bíblia é formada por um conjunto de 66 livros, escritos por homens santos (2 Pe 1.21) e inspirados por Deus (2 Tm 3.16-17), num período de 1.600 anos, por 40 escritores, cm diferentes épocas, culturas e posições. Entre eles encon-tramos reis, profetas, estadistas, apóstolos, homens cultos e homens simples, como pescadores c lavradores. A unidade da mensagem mostra que Deus dirigia a forma-ção dos livros sagrados

OS LIVROS DA BÍBLIA SAGRADA

ANTIGO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO

39 LIVROS 27 LIVROS

ANTIGO TESTAMENTO (TANACH)

LEI (PENTAf EUCO) - 05 Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

LIVROS HISTÓRICOS- 12 Josué, Juizes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Ncemias c Ester.

LIVROS POÉTICOS - 05 Jó, Salmos, Provérbios, Cantares, e Eclesiastes.

LIVROS PROFÉTICOS - 17 Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

NOVO TESTAMENTO (BRIT HADASCHA)

EVANGELHOS - 04 Mateus, Marcos, Lucas e João

LIVRO HISTÓRICO-01 Atos

EPÍSTOLAS OU CARTAS (21) Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gaiatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 de João e Judas.

IVRO PROFÉTICO-01 Apocalipse

39

COMO SE DIVIDEM OS LIVROS DA BÍBLIA

No original os livros não eram divididos em capítulos e versículos, mas a igreja passou a adotar este sistema para efeitos didáticos.

1. Capítulos. São divisões maiores e facilitam o manuseio das Escrituras. Esta di-visão c atribuída ao cardeal Hugo ou ao arcebispo Langton no século XIII.

2. Versículos. Os versículos são divisões dos capítulos. Este trabalho foi feito porRobert Stevens, em 1551.

ABREVIATURAS DA BÍBLIA

Geralmente quando escrevemos o nome de um livro bíblico, o fazemos de forma abreviada. A lista dessas abreviaturas você encontra nas primeiras pági-nas da Bíblia. Digamos que eu queira fazer referência ao texto de João capítulo 3, versículo dezesseis. Devo escrevê-lo da seguinte forma: Jo 3.16.

CURIOSIDADES SOBRE A BÍBLIA

1. Há 1.189 capítulos na Bíblia,; sendo 929 no Antigo Testamento e 260 no Novo Testamento.

2.0 capítulo mais longo é o Salmo 119 e o mais curto é o Salmo 117, que é também o capítulo central da Bíblia.

3. Há 31.173 versículos na Bíblia, sendo 23.214 no AT c 7.959, no NT.

4. O versículo mais longo é Ester 8.9 e o mais curto, Êx20: 13.

5. A primeira impressão da Bíblia foi feita por Guten-berg (na Alemanha) em 1454. Foi o primeiro livro impresso no mundo.

O PERÍODO INTERBÍBLICO

Interbíblico é o período de silêncio profético de 400 anos, entre Mala-quias c Mateus. Interbíblico quer dizer "entre os dois testamentos", isto é, entre o Antigo c o Novo Testamentos.

Os Livros Apócrifos. Apócrifo é vocábulo grego que significa "aquilo que é oculto, falso, sem autenticidade". São os 7 livros apócrifos que foram incor-

4(1

porados à Bíblia pela Igreja Católica Apostólica Romana no Concilio de Trento, entre 1546 c 1564. listes são os livros apócrifos: Judite, Tobias, Sabedoria, Ecle-siástico. Baruque, 1 c 2 Macabeus, e acréscimos cm Ester 10.4 a 16.24 e Daniel 13 e 14.

Porque nós, evangélicos, não aceitamos os livros apócrifos? Porque os judeus não aceitavam os apócrifos como inspirados por Deus, porque a igreja primitiva não os aceitava nem os citava, porque Jesus nunca citou nenhum dos apó-crifos, embora tenha feito muitas referencias ao Antigo Testamento c, finalmente, porque foram escritos no período de silêncio profético. Estes livros, embora não se-jam canônicos e nem inspirados por Deus, têm valor histórico.

TRADUÇÕES E VERSÕES

A Septuaginta foi a primeira tradução da Bíblia, feita em Alexandria, no Egito, por volta de 285 a . C. Foi feita do hebraico para o grego. Compreendia só o Antigo Testamento. Era a versão do Antigo Testamento usada pelos que falavam o grego. Nos dias de Jesus , a língua grega era falada em todo o contorno do mar Me-diterrâneo. A mais antiga cópia da Septuaginta está no Vaticano (Itália).

A Bíblia católica foi traduzida para o latim por São Jerônimo. É a chamada Vulgata. Ela tem os livros apócrifos. Entre as versões cm uso em português são conhe-cidas a do padre Matos Soares e a do padre Antônio Figueiredo.

Os evangélicos usam a tradução de João Ferreira de Almeida (1628-1691) feita a partir dos originais gregos e hebraicos e publicada no século XVII. Com o tempo, a linguagem dessa versão precisou ser revista. Por isso, temos a versão Revista c Corrigida c a Revista e Atualizada, além da Bíblia na Linguagem de I loje e outras.

() esforço dos tradutores é muito grande no sentido de produzir um texto o mais liei possível de acordo com os originais.

POR QUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA?

I Porque ela ilumina o caminho para Deus (SI 119.105,130);

2. porque é o alimento espiritual para o crescimento de todos (Jr 15.16; 1 Pe 2.1,2);

3. porque é o instrumento que o Espírito Santo usa na sua operação (Ef 6.17);

4. porque edillca a vida do crente (At 20.32).

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COMO SE DIVIDEM OS LIVROS DA BÍBLIA

No original os livros não eram divididos em capítulos e versículos, mas a igreja passou a adotar este sistema para efeitos didáticos.

1. Capítulos. São divisões maiores e facilitam o manuseio das Escrituras. Esta di-visão é atribuída ao cardeal Hugo ou ao arcebispo Langton no século XIII.

2. Versículos. Os versículos são divisões dos capítulos. Este trabalho foi feito porRobert Stevens, cm 1551.

ABREVIATURAS DA BÍBLIA

Geralmente quando escrevemos o nome de um livro bíblico, o fazemos de forma abreviada. A lista dessas abreviaturas você encontra nas primeiras pági-nas da Bíblia. Digamos que eu queira fazer referência ao texto de João capítulo 3, versículo dezesseis. Devo escrevê-lo da seguinte forma: Jo 3.16.

CURIOSIDADES SOBRE A BÍBLIA

1. Há 1.189 capítulos na Bíblia,; sendo 929 no Antigo Testamento e 260 no Novo Testamento.

2. O capítulo mais longo c o Salmo 119 e o mais curtoé o Salmo 117, que é também o capítulo central da Bíblia.

3. Há 31.173 versículos na Bíblia, sendo 23.214 no AT e 7.959, no NT.

4. O versículo mais longo é Ester 8.9 e o mais curto, Êx20: 13.

5. A primeira impressão da Bíblia foi feita por Guten-berg (na Alemanha) em 1454. Foi o primeiro livro impresso no mundo.

O PERÍODO INTERBÍBLICO

Inlerbíblico é o período de silêncio profético de 400 anos, entre Mala-quias c Mateus. Inlerbíblico quer dizer "entre os dois testamentos", isto é, entre o Antigo c o Novo Testamentos.

Os Livros Apócrifos. Apócrifo é vocábulo grego que significa "aquilo que é oculto, falso, sem autenticidade". São os 7 livros apócrifos que foram incor-

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porados à Bíblia pela Igreja Católica Apostólica Romana no Concilio de Trento, entre 1546 e 1564. Estes são os livros apócrifos: Judite, Tobias, Sabedoria, Ecle-siástico. Baruquc, 1 c 2 Macabeus, e acréscimos em Ester 10.4 a 16.24 e Daniel 13 e 14.

Porque nós, evangélicos, não aceitamos os livros apócrifos? Porque os judeus não aceitavam os apócrifos como inspirados por Deus, porque a igreja primitiva não os aceitava nem os citava, porque Jesus nunca citou nenhum dos apó-crifos, embora tenha feito muitas referências ao Antigo Testamento e, finalmente, porque foram escritos no período de silêncio profético. Estes livros, embora não se-jam canônicos e nem inspirados por Deus, têm valor histórico.

TRADUÇÕES E VERSÕES

A Septuaginta foi a primeira tradução da Bíblia, feita em Alexandria, no Egito, por volta de 285 a . C. Foi feita do hebraico para o grego. Compreendia só o Antigo Testamento, lira a versão do Antigo Testamento usada pelos que falavam o grego. Nos dias de Jesus , a língua grega era falada em todo o contorno do mar Me-diterrâneo. A mais amiga cópia da Septuaginta está no Vaticano (Itália).

A Bíblia católica foi traduzida para o latim por São Jerônimo. É a chamada Vulgata. Ela tem os livros apócrifos. Entre as versões cm uso em português são conhe-cidas a do padre Matos Soares e a do padre Antônio Figueiredo.

Os evangélicos usam a tradução de João Ferreira de Almeida (1628-1691) feita a partir dos originais gregos e hebraicos e publicada no século XVII. Com o tempo, a linguagem dessa versão precisou ser revista. Por isso, temos a versão Revista c Corrigida c a Revista e Atualizada, além da Bíblia na Linguagem de Hoje c outras.

O esforço dos tradutores é muito grande no sentido de produzir um texto o mais fiel possível de acordo com os originais.

POR QUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA?

1. Porque ela ilumina o caminho para Deus (SI 119.105,130);

2. porque é o alimento espiritual para o crescimento de todos (Jr 15.16; 1 Pe 2.1,2);

3. porque é o instrumento que o Espírito Santo usa na sua operação (Ef 6.17);

4. porque edifica a vida do crente (At 20.32).

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COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA

1. Lendo-a diariamente (Dt 17.19);

2.Lendo-a. conhecendo o seu autor Deus (Lc 24.45; 1 Co 2.10,12,13);

3.Lendo-a, orando (Dn 9.21-23; SI 119.18).

Martinho Lutero, um dos reformadores da Igreja Cristã (século XVI), dizia que estudava a Bíblia como alguém que colhe frutas: "Em primeiro lugar sa-cudo a árvore, para que as mais maduras caiam. Depois subo na árvore e sacudo aula galho, a seguir cada ramo. e por fim olho debaixo de cada folha ".

CONDIÇÕES PARA ENTENDERMOS A BÍBLIA

1. Crer, sem duvidar, no que ela ensina ( Lc 24.21-25).

2. Ler com prazer c com fome de aprender os mistérios de Deus (Pv 2.3-5; 1 Pe 2.2;Mc 12.37). Ler com atenção ( Mt 15.10).

3. Ter maturidade espiritual. Criancinhas só podem comer coisas leves. Nossa com-preensão da Bíblia depende da nossa intimidade com Deus (Mc 4.33; Jo 16.12; llb 5.13,14).

4. Ser humilde (Mt 11.25). Quando chove, os terrenos que primeiro recebem águasão os mais baixos. Galhos com mais frutos se abaixam mais...

5. Estar disposto a obedecer a vontade revelada de Deus (Pv 2.1,2,5; Jo 7.17; 13.17;SI 119.37). Aplique a Palavra de Deus à sua vida. Evite ser somente curioso e es-peculador.

6. Ser cheio do Espírito Santo (1 Co 2.10,12,13);

7. Participar de reuniões de estudo bíblico. O Evangelho não é somente "Ide e Pre-gai", mas também "Ide e Ensinai".

OBSERVAÇÕES QUANTO AO ESTUDO DA BÍBLIA

1. Conhecemos a Deus não primeiramente estudando a Bíblia, mas amando-o defato(1 Jo4.7;Jo 14.21,23).

2. A Bíblia é destinada à mente (para ser entendida) c ao coração (para ser amada),llb 8.10;

3. É nulo o conhecimento bíblico sem fé (Hb 4.2; 11.6).

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O VALOR DA BÍBLIA PARA O SALVO

Jeremias 23:29 "Não é a minha palavra fogo, diz o SI \'ÍI()R, e martelo que esmiuça a penha? "

Salmo 19: 7-8 "A lei do SENHOR éperfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR éfiel e dá sabedoria aos simpliees. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR épuro e ilumina os olhos. "

Salmo 119: 105 "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos. "

2 Timóteo 3: 16-17 "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. "

2 Pedro 1:21 "Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. "

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Estudo 8

Autoridade e submissão na Igreja

TEXTO-CHAVE

"Toda alma esteja sujeita ÒS autoridades superiores, porque não há autoridade que não proceda de Deus e as que existem foram por ele instituídas ". Romanos 13.1

DEUS, AUTORIDADE SUPREMA DO UNIVERSO

O salmista diz: "Porque o SENHOR é Deus supremo, e REI grande so-bre todos os deuses ". Deus, o Eterno, c Senhor c sustentador do universo. Ele exer-ce autoridade e governo sobre todos: anjos, homens c natureza.

A base do relacionamento de Deus com o homem e com todas as coisas que criou é sua autoridade. Os seres celestiais (anjos) foram criados, assim como o homem, para a glória de Deus, mas se rebelaram contra a autoridade divina, bus-cando o caminho da independência (confira Ez 28.14,15; Is 14.12-15; Gn 3).

As conseqüências desta rebelião? Expulsão da presença de Deus, maldi-ção, etc. E para o homem há um agravante: ele perdeu a autoridade sobre a terra, pois a entregou a Satanás.

Mas Deus, pela morte e ressurreição de Jesus Cristo, restabeleceu a au-toridade do homem para que este governe, reine (Rm 14.9; Ef 1.19-22; 2.4-6).

VISÃO DO APÓSTOLO PAULO SOBRE AUTORIDADE E SUBMISSÃO

Em Romanos 13.1 -5, o apóstolo Paulo nos traz algumas verdades escla-recedoras sobre este assunto:

1. Todos devemos ser submissos: "Toda alma esteja sujeita às autoridades supe-riores " (v.l a). Deus cria uma hierarquia de autoridade que envolve as várias esferas da vida humana: Na família (Ef 5.23; Cl 3.20), governo (1 Pe 2.13,14), trabalho (Ef 6.5; Mt 8.8,9), igreja (I Ib 13.17). Paulo c claro ao dizer que existem

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"superiores". Portanto, não devemos ser independentes. Todos devem ler sobre si um ministério de cobertura para buscar conselho, direção c proteção.

2. Toda autoridade vem de Deus. "não há autoridade que não proceda de Deus eas que existem foram por Ele instituídas " (v. Ib). As autoridades foram instituí-das por Deus. sejam elas fiéis ou não. Os pais. os governantes, os patrões, os lí-deres da igreja são pessoas investidas de autoridade divina.

3. Os que resistem às autoridades resistem a Deus. "De modo que aquele que seopõe a autoridade, resiste à ordenação do próprio Deus " (v. 2b). Alguém pode pensar: mas ele é apenas um pai, um prefeito, um pastor, um líder de célula! Mas, meu amado, se ele é uma autoridade você deve respeitá-lo como tal. Pois. tio contrário, você estará se opondo a Deus.

4. A rebelião traz condenação, "os que resistem trarão sobre si mesmos condena-ção ' (2.b). lüi gostaria que você se lembrasse de Lúcifer e seus anjos, de Adão e l-va. e de outros... Evitemos o julgamento de Deus.

5. O nosso caráter é moldado na submissão. "Porque ela (autoridade) é ministrode Deus para teu bem. Mas. se fizeres o mal, teme. pois não traz debalde a espada: porque é ministro de Deus. c vingador para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe este/ais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência "(13.3,4). As autoridades põem limites sobre as nossas vidas para evitar a anarquia, para promover o respeito c dignidade humana. Submeter-nos ás autoridades ajuda-nos a ser humildes. Não devemos obedecer apenas com medo do castigo, mas por amor a Deus e temor aos seus princípios, com uma consciência cristã verdadeira.

6. Cuidado para não confundir a autoridade com a dignidade. Alguém podequestionar: meus pais. os meus governantes, o meu patrão, os meus líderes naigreja não são tão perfeitos assim... Eles têm defeito de caráter! Muito bem, opropósito de Deus é que sejam modelos e zelosos da autoridade confiada a eles.Mas isto não lhe dá o direito de desrespeitar a autoridade constituída sobre você.('onfira o que o apóstolo Paulo nos diz: "Servos, sede submissos com todo temorao vosso senhor, não somente ao bom e cordato, mas também ao perverso, porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus" (1 Pc 2.18,19) . Acredito que esteprincípio se aplica a outras relações (pais c filhos, pastores c ovelhas, discipula-dores e discípulos) além da relação palrão-cmpregado.

EXEMPLOS BÍBLICOS DE REBELIÃO E SUAS CONSEQÜÊNCIAS

Toda rebelião é condenada por Deus e Ele fez questão de deixar claro quais são as conseqüências da rebelião às autoridades constituídas por Ele.

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1. A exposição leviana do pecado de uma autoridade (Noé e seu filho, Cão-Gn9.20-27). Noé embriagou-se e acabou despindo-se vergonhosamente em sua tenda. Mas Cão. seu filho mais novo, acabou publicando a nudez de seu pai. Trouxe, com isso. uma maldição sobre sua descendência (Gn 9.25).

2. Desprezar a cobertura espiritual de uma autoridade (Nadabe e Abiú - Lv10.1-3). Nadabe e Abiú, filhos de sacerdote, do Sumo-Sacerdote Arão, decidi-ram ministrar sacrifício sem autorização e cobertura espiritual. Esta atitude foi chamada de "fogo estranho". Quando você toma decisões que comprometem sua vida espiritual sem a cobertura de Deus e de seus líderes está fazendo "fogo estranho". E não imporia de quem você seja filho! (Veja, ainda. I Sm 13.8-14; 2 Cr 26).

3. Difamação e relativização de uma autoridade divina (Miriã e Arão murmu-ram contra Moisés, homem de Deus - Nm 12.1-15). Por não concordarem com o casamento de Moisés, Miriã c Arão protestaram, murmuraram, falaram mal de Moisés, questionaram se Deus só usava Moisés, mas não eles. É! Mas Deus ouviu tudo. Puniu Miriã com lepra. Falar mal c relativizar a autoridade de alguém constituído por Deus pode ter um preço muito alto. Tome muito cuidado com os murmuradores (veja a orientação bíblica sobre isso Tt 3.10).

4. A Rebelião explícita de Core, Data e Abirão contra Moisés - Nm 16.1-35).Estes homens levantaram-se com mais 250 príncipes de Israel contra Moisés, di-zendo: "Basta! Toda a congregação é santa, cada um deles é santo, e o Senhor está no meio deles. Porque, vos exaltais sobre a congregação do Senhor" (Nm 16.3). A bandeira destes rebeldes foi: Todos somos iguais. É verdade! Em ter-mos de dignidade todos somos iguais (Gl 3.28). Mas isto não retira o modelo di-\ ino cie governar: colocando líderes e dando-lhes autoridade sobre outros. Não podemos confundir autoridade com dignidade, pois isto gera anarquia.

OBEDECER E SUBMETER - É O QUE DEUS QUER

"Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma. como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo: porque isto não aproveita a vós outros. " Ilcbrcus 13.7

() escritor distintamente exortou-nos a duas coisas: (a) obedecer àqueles que governam sobre nós; (b) ser submissos a eles. São duas situações distintas que muitos confundem. Não podemos obedecer sem sermos submissos. Nem sermos submissos sem obedecer.

Existem pessoas que obedecem aos pais. aos patrões, aos pastores, etc, mas não têm uma atitude de alegria c de satisfação naquilo que estão fazendo. Alguns provocam publicamente, ou consigo mesmos: "Vou fazer isto só por que me mandaram..." Agir assim não agrada a Deus.

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Obediência tem a ver com nossas ações com relação à autoridade. Submissão tem a ver com nossa atitude para com essas autorida-des. É aí que muitos se perdem. Deus está olhando tanto para suas ações externas como para as atitudes de seu coração. Veja o con-selho de Davi a Salomão: "Tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o de coração íntegro e alma voluntária; porque o Senhor esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento. " (1 Cr 28.9).

Atitude submissa, mas não obediente

Este c o outro lado da moeda na relação obediência-submissão. Pode-mos ser submissos e não obedecermos. Um exemplo clássico disto é a parábola dos dois filhos contadas por Jesus (Ml 21.28-31). O filho teve uma atitude de prontidão: "Sim, senhor, eu ireie trabalharei na vinha ". Contudo, não obedeceu. Jesus deixou claro que ele não fez a vontade do seu pai, embora mentalmente tivesse consentido.

Na igreja, talvez muitos tenham ótimas intenções, aprovam, sorriem, concordam com as autoridades sobre eles, e dizem: "Nósfaremos!" Mas acabam não fazendo, simplesmente porque não é importante para eles. Isto pode ser chama-da de rebelião requintada. Não se deixe enganar. Obediência sem submissão e sub-missão sem obediência não têm honra no reino de Deus.

ALGUMAS ORIENTAÇÕESPARA QUEM EXERCE AUTORIDADE

Tão importante quanto saber obedecer é saber liderar conforme o mode-lo de Cristo. Vejamos alguns princípios bíblicos:

1. A autoridade é dada para servir ( Mt 20.26-28). Todo líder tem de ser um mi-nistro, um servo, seja na sociedade, na família, ou na igreja. Quem exerce autori-dade precisa ter um coração de servo.

2. É preciso diferenciar autoridade de autoritarismo. Há uma grande diferençaentre um líder e um tirano. O líder vai à frente, aponta o caminho, lidera com amor e temor debaixo da autoridade de Deus. O tirano manda, impõe, busca in-teresses próprios, manipula, etc. Veja a orientação do apóstolo Pedro aos líderes da casa de Deus (1 Pe 5.2,3).

3. Autoridade reconhecida e não imposta. Liderança não se impõe, se conquista.Deixe que as pessoas ganhem confiança em você. Conquiste o coração delas.

4. Diferenciar os níveis de palavra. Exercer autoridade implica em dar direção corientação. Por isso é preciso saber deixar bem claro os níveis de palavra que

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\&

você está usando: se sua direção tem peso de Palavra de Deus ou de conselho, ou se c uma opinião pessoal.

Concluímos este estudo dizendo também que há um limite para a obe-diência. Esse limite não se baseia na personalidade ou nas atitudes daquele que está sobre mim. mas na direção que ele me dá. Se alguém que exerce autoridade sobre mim me manda fazer algo que ofenda a Palavra de Deus c o caráter do Senhor, com certeza eu não o farei. Exemplo? Mentir, roubar, enganar, praticar idolatria, con-sentir com a \ iolação das leis da sociedade civil, etc. Neste caso seguirci a direção (Io Senhor em sua Palavra (Dn 3.15-18; At 5.29).

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Estudo 9

Adoração, o ministério eterno da igreja

TEXTO-CHAVE

"Então vi outro anjo, que voava pelo céu e tinha na mão o Evangelho Eterno para proclamar aos que habitam na terra, a toda nação tribo, língua epovo. Ele disse em alta voz: Tema a Deus e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo. ADOREM aquele que fez os céus, o mar e as fontes das águas ". Apocalipse 14.6

Qual é o seu chamado? Somos chamados, antes de qualquer coisa, a adorar. Tudo que fazemos aqui na terra um dia cessará. Mas a adoração da igreja ao Eterno c eterna. Precisamos aprender a adorar. Às vezes há muita música e pouca adoração. Precisamos aprender a fazer bem aquilo que faremos por toda uma eter-nidade.

UM CHAMADO À ADORAÇÃO

"Mas vem a hora ejá chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adora-dores. Deus é espirito; e importa que os seus adorado-res o adorem em espírito e em verdade ". (Jo 4.23,24)

"A adoração c a jóia perdida na igreja evangélica de hoje. Temos organi-zação. Trabalhamos muito. Temos nossos ministérios. Possuímos quase tudo, mas há algo que as igrejas, mesmo as evangélicas, não têm: a capacidade de adorar. Não estamos cultivando a arte da adoração. Ela é a pedra preciosa que a igreja moderna perdeu. E acredito que precisamos procurá-la até encontrar". (A . W. Tozer, Século XX).

Sc há algo difícil para o homem moderno, é a adoração. Para muitos, o louvor é mais fácil, porque o desejo de festejar existe em quase todos, principal-mente em nós, latinos. Má um fato que chama nossa atenção no diálogo entre Jesus e a mulher samaritana. Falando sobre adoração, o Senhor diz que o Pai não está pro-curando "louvadores", "tocadores", porque há muitos. É mais fácil festejar que adorar...! Mas, o Pai está procurando aquilo que lhe falta: verdadeiros adoradores!

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Vale ainda notar que o Pai não está buscando "adoração", mas "adora-dores", gente comprometida, consagrada e dedicada a render-lhe adoração. Esta deve ser a nossa relação com o Pai.

COMO DEVE SER A ADORAÇÃO?

"...em espírito e cm verdade..." Jo 4.24

lista é uma das frases mais citadas na igreja cristã. Mas poucos fazem uma reflexão mais aprofundada nela.

Primeiro, "...em espírito...". Antes Jesus afirmou: Deus é Espírito. Ao referir-se à adoração do homem a Deus, c usada a letra minúscula referindo-se ao espírito humano. A adoração verdadeira é a comunhão de nosso espírito com o Espírito. Da profundeza do homem nasce o desejo de adorar a Deus. O nosso espíri-to precisa estar no controle da adoração a Deus.

O Espírito de Deus mora em nosso espírito. É importante permitir que nosso espírito dirija o nosso louvor, pois o Espírito Santo se acha em comunhão di-reta com Deus. Jesus disse: "o espirito, na verdade, está pronto, mas a carne é fra-ca "(Ml 26.41). A palavra "pronto" aqui c prothumos, que quer dizer "disposto". O termo "fraca" c "asthenes ", que significa "impotente, enfermo, sem poder". Essa é outra indicação, vinda da boca do próprio Cristo, de que temos de dar mais poder ao espírito - c não à carne - para reger a nossa vida.

Segundo, "... cm verdade ". Isso significa que devo adorar com meu en-tendimento c conforme as verdades c princípios da Palavra de Deus. Mas há um as-pecto que julgo muito importante nessa expressão de Jesus. "Em verdade" implica cm adorarmos a Deus com sinceridade, com integridade e pureza de coração.

A palavra "sinceridade" tem uma origem muito interessante. Em tempos antigos, fabricavam-sc máscaras de cera, como as usadas nos grandes festejos dos reis de outrora, nos bailes à fantasia, ou em eventos do mesmo tipo. A diversão, nes-sas ocasiões, consistia cm tentar reconhecer o mascarado, sem que esse tirasse a máscara. Então, quando se faziam acordos comerciais, perguntavam um ao outro: "Vocc é sincero? " Ou seja, você não está escondendo nada atrás destas máscaras? Ser sincero c ser "sem cera", "sem máscaras". A nossa adoração precisa ser sem máscaras, precisa ser de coração (Mt 15.8).

O LOUVOR NA IGREJA

Jesus disse certa vez: "Da boca dos pequeninos e crianças de peito ti-raste perfeito louvor" (Mt 21.26).

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Um dos melhores exemplos de como se pode distinguir louvor de adora-ção é o que observo todos os dias ao chegar em casa. Assim que chego, escuto os gritos de minhas filhas: "Papai! ... Mamãe, papai chegou." É festa. E agarram nas minhas pernas, e me abraçam, e me beijam. É só alegria.

Não é assim que deve ser o nosso louvor ao Pai Celestial? Quando nos encontramos com ele, nossa reação espontânea é de regozijo, festejo e celebração, porque estamos com alguém a quem amamos c que é tudo para nós. Então, que c louvor?

1. Louvor é festa. No Salmo 100. I, 2, lemos: "Celebrai comjúbilo ao Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico ". As palavras hebraicas usadas nos versículos são: ruwa' ("cele-brai") e rcnahnah ("júbilo"). Ruwa' significa "gritar", "aclamar" e "fazer um baru-lho forte". Rcnahnah quer dizer "cântico", "grito de alegria" e "voz de gozo". No-tamos que esse versículo nos ordena a aproximar-nos de Deus com regozijo ruidoso e festivo.

Em seu Livro The Practicc of Praise (A Prática do Louvor), Don McMinn diz: "O louvor deve ser mais parecido com uma festa que com um fune-ral".

2. Louvor é gloriar-se. Gloriar-se? Sim. A principal palavra hebraica do Antigo Testamento que fala de louvor c halal, da qual deriva a palavra "Aleluia". Halal significa "fazer brilhar, gloriar-se, engrandecer, celebrar, fazer barulho c alarido c jubilar-sc". (Veja SI 22.22,23; 35.18; 56.4; 63.5; 69.30). Quando chegamos à presença manifesta do Senhor ele sente-se alegre com os louvores do seu povo. Temos um Deus maravilhoso, grande e supremo. Por isso nos gloriamos nele, nos "gabamos" dEle.

3. Louvor é guerrear. O apóstolo Paulo diz que "as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas... "(2 Co 10.4). A força e o poder de alcance de todos os mísseis e foguetes encontram-se realmente na ogiva deles. No caso da igreja, o "míssil" é o louvor, pois so-mente ele contém a perigosa ogiva. O poder não está no míssil e sim nas ogivas. As ogivas nucleares espirituais são o nome de Jesus, o sangue do Cordeiro e a Palavra de Deus (Ap 12.11).

O louvor que sai dos lábios e do coração dos remidos do Senhor causa destruição ao reino do inimigo. Isaías 30.32 diz: "('adapancada castigadora, com a vara. que o Senhor lhe der. será ao som de tamboris e harpas; e combaterá vibran-do golpes contra ele. "

Isso quer dizer que as pancadas ou ataques de Deus contra os nossos inimigos não serão com armas carnais (bombas, rifles, canhões c mísseis). Serão

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dadas com música, louvor c adoração a Deus: c o Senhor "combaterá contra cies" ao som de instrumento. Veja outros exemplos bíblicos: O rei Josafá contra os seus inimigos (2 Cr 20.1-30) e a destruição de Jerico (Js 6.9. 13,16).

EXPRESSÕES HUMANAS NA ADORAÇÃO A DEUS

Um aperto de mão simboliza amizade, um beijo simboliza carinho para nós. Quando usamos gestos c atitudes para louvarmos e adorarmos a Deus estamos expressando os nossos sentimentos de forma simbólica c profética a Ele.

1. Orações de louvor (SI 40.3; 51.15: 63.5; 71.8; 89.1; Rm 15.6).

2. Cânticos de louvor (SI 100.2,4; Ex 15.21; 2 Sm 22.50; 1 Cr 16.9: Ef5.18.19 ).

3. Ficar em pé. Sinal de reverência (SI 33.8; 134.2; 135.1,2).

4. Erguer as mãos. Sinal de rendição e entrega total (SI 28.2; 134.2; 143.6:1 Ib12.12).

5. Bater palmas. Alegria c honra ao Senhor (SI 47.1; 98.8; Is 55.12).

5. Prostrar-se (deitar-se) ou ajoelhar-sc. Ato de humilhação (2 Cr 6.13.14; SI 95.6).

7. Dançar. Sinal de celebração c intimidade com Deus (SI 149.3; 150.4; Jr31.12,13; Êx 15.20; 2 Sm 6.14).

8. Saltar de alegria (Lc 1.46,47; 6.23; 10.21). Em At 16.34 a palavra grega "agalli-a<>" traduzida por "alegrar" "regozijar" tem o sentido literal de "saltar de ale-gria".

9. Dar brados de júbilo (SI 42.2; 66.1; 98.4).

10.Contemplar silenciosamente (SI 46.10). Sinal de admiração e respeito por Deus.

10.Tocar instrumentos musicais (SI 33.3; 1503-5; Ap 14.2,3).

11.Chorar (Lc 7.38). Atitude de quebrantamento c humilhação.

13.Trazer ofertas materiais (Pv 3.9; Gn 4.4,5; 2 Co 9.12,12). Dízimos c ofertassão uma expressão prática de honra e gratidão a Deus.

EMPECILHOS À VERDADEIRA ADORAÇÃO

1. Idolatria. Tudo o que colocamos no lugar ou como forma de substituir Deus éidolatria. O apóstolo Paulo disse à igreja: "...fugi da idolatria " (1 Co 9.14).

2. Ausência de santidade na vida do adorador. O adorador que Deus aceita éaquele que mantém sua vida cm santidade (SI 24.3,4; Is 1.13).

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3. Culto a personalidades. Quando nos reunimos com a Igreja o fazemos com oobjetivo de ministrar ao coração de DEUS, e não para nos apresentar aos ho-mens. O nosso culto c cristocêntrico (Rm 11.36; Gl 1.10).

4. Espírito de religiosidade. O religioso é alguém preocupado com formas, comaparências, com regras, mas desprovido de paixão e amor. Os religiosos não conseguem conquistar o coração de Deus (Veja Lc 19.37-40; Mt 21.14,15). O verdadeiro adorador é espontâneo e criativo.

5. Prisões. "Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao teu nome " (SI142.7). Muitas pessoas se encontram presas cm diferentes tipos de cárcere (complexos, mentiras, os costumes religiosos, o medo).

6. Falta de conhecimento. "Profiram louvor os meus lábios, pois me ensinas os teus decretos " (SI 119.171). Muitos crentes não conseguem adorar melhor o Se-nhor, ou se sentem impedidos de fazê-lo simplesmente por falta de conhecimento. Precisamos que o Senhor nos ensine a louvá-Lo pelos seus decretos.

7. A morte. Salmo 115.17 diz o seguinte: "os mortos não louvam o Senhor, nem osque descem à região do silêncio ". Um morto não sente nada e não se emociona com nada. Nada lhe dá alegria. A solução para os mortos é a ressurreição. Jesus Cr i s to é a vida. Precisamos viver cm novidade de vida a cada dia.

"A adoração atrai a presençade Deus e libera

o poder do Espírito Santosobre nossas vidas".

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Estudo 10

Prosperidade bíblica

TEXTO-CHAVE

"O justo... será como árvore plantada junto ás concilies de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará ". Sal-mo 1.3

O POVO DE DEUS É PRÓSPERO!

O crente é próspero. Aquele teme ao Senhor é próspero. O que guarda os mandamentos do Senhor c próspero. O que conserva a sua vida em santidade é próspero. O justo é próspero. O povo de Deus é próspero. A igreja é próspera. Esta é a promessa de Deus. (Js 1.8; 25.13; 106.5; 112.3).

A VISÃO DE DEUS É DE UMA PROSPERIDADE INTEGRAL

Quando Deus olha para mim e para você Ele nos vê integralmente: cor-po, alma e espírito. O Senhor nos dá uma bênção completa. O Senhor Jesus Cristo, o Messias prometido, veio ao mundo para desfazer as obras do diabo e nos dar vida abundante.

Esta vida abundante envolve um vida emocional equilibrada (3 João 1.2), saúde física para o nosso corpo (Is 53.4,5), necessidades materiais supridas (Fp 4.19), sucesso no que fazemos (SI 1.3), famílias abençoadas (SI 128.1 -4) e res-peito na sociedade (Ml 3.12).

A prosperidade é a ausência de necessidades. Ela abrange o suprimento das nossas necessidades (alimentação, vestuário, habitação, educação, transporte, lazer). Tudo aquilo que precisamos para vivermos dignamente (1 Tm 2.9).

Mas é importante ressaltar duas coisas:

1. A vida abundante não significa que você não vá ter de enfrentar adversidades (Jo 16.33; Fp 4.11-13).

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2. É preciso ter cuidado para não cair na malha do diabo do consumismo e da busca desenfreada por riquezas materiais (Mt 6.19-21; 1 Tm 6.8,9).

PRINCÍPIOS BÍBLICOS DE PROSPERIDADE

As promessas divinas são condicionais. Deus exige que cumpramos os princípios por Ele estabelecidos. Naturalmente, somente o nascido de novo pode viver segundo os princípios do Espírito Santo. Vejamos:

1. Viver como cidadão do céu. O Salmo 24 nos dá o perfil de um verda-deiro cidadão do céu: é limpo de mãos e puro de coração, não entrega a sua alma às vaidades deste mundo, fala a verdade, quer sempre o bem dos outros, não é ganan-cioso. A Palavra diz: "quem faz isto nunca será abalado!" É próspero! Mas não se deve esquecer de que o maior referencial do cidadão do céu é o seu AMOR A DEUS (Mc 12.30).

2. Honrar ao Senhor com as minhas primícias. O rei Salomão nos aconselha: "Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda, e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares" (Pv 3.9).

Precisamos honrar ao Senhor separando a primeira parte ou o melhor de nossa renda. Essa prática antecede à Lei, com Caim e Abel (Gn 4.3-5). Depois foi formalizada nos dias de Moisés como um tributo para ser entregue na Casa de Deus, a fim de suprir as necessidades dos sacerdotes e levitas (Nm 31.41; Dt 26.2; Êx 23.19; Ne 10.37; 12.44; Lv 23.10,20; Nm 18.12). Quando o profeta Malaquias afirma que os filhos de Israel estavam roubando nos dízimos e ofertas, o termo "ofertas" refere-se à "oferta de primícias", pois ninguém pode roubar algo que é voluntário.

Naquela época, os israelitas, por terem uma fonte de renda agropastoril, davam como oferta os primeiros frutos da terra. Mas e nós, como contextualizar isto? Todos temos nosso salário mensal. Assim, é só dividir o seu salário por 30 e ti-rar o primeiro dia de trabalho e ofertar no altar do Senhor. Exemplo: quem ganha R$ 240.00 mensais daria uma oferta de primícia de R$ 8.00.

3. Fidelidade nos dízimos. O dizimo, à semelhança das primícias, é umtributo. O dízimo é uma prática anterior à lei. Abraão dizimou para o sacerdote Me-quisedeque (Gn 14.20); Jacó também fez o mesmo (Gn 28.22).

Moisés apenas legalizou uma prática comum daqueles que serviam a Deus (Ml 3.10). Na Nova Aliança, precisamos praticar o dízimo sem nos esque-cermos da fé, da justiça e da misericórdia (Mt23.23). A nossa justiça deve excedera dos escribas e fariseus (Mt 5.20). O fariseu e o escriba eram fiéis dizimistas. E é

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bom lembrar que a Lei que Deus deu a Moisés é santa. Portanto, como sinal de nos-so amor e obediência a Deus, devemos trazer 10% da nossa renda à Casa do Senhor.

4. Ofertas voluntárias de gratidão. Os dízimos demonstram nossa obe-diência, as primícias demonstram o nosso zelo e as ofertas voluntárias demonstram o nosso amor por Deus e nossa fé nEle. O Senhor é liberal. É generoso. "Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza, ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria ". ( 2 Co 9.7, 9). A oferta precisa ser de coração, voluntária (veja ainda outros textos Êx 34.20; Dt 16.16; 1 Cr 29; 2 Co 9.6; Lc 6.38).

5. Semear na vida do outro. "Aquele que é instruído na Palavra, reparta todos os bens com aquele que o instrui" (Gl 6.10). A Igreja de Jerusalém nasceu de-baixo de uma unção de amor, generosidade e liberalidade (At 4.32-35). Existem al-guns "teólogos de plantão" que, querendo justificar o egoísmo de muitos cristãos hoje, dizem que muitos irmãos faziam isto porque esperavam a volta de Jesus naque-les dias e, por isso, estavam se desfazendo de seus bens.

Mas, veja bem: nós também não estamos esperando a volta de Jesus a qualquer momento? Por outro lado, em momento algum nós vemos o livro relatan-do este episódio como censura, mas como motivo de louvor. Semear na vida dos outros é um princípio bíblico. Quem muito semeia muito colhe (2 Co 9, 6,10, 11). Quando semeamos na vida dos outros glorificamos o nome de Deus (2 Co 9.11,12). As pessoas reconhecem que a nossa fé está aliada às boas obras (2 Co 9.13) e ganha-mos intercessores e amigos (2 Co 9.14).

6. Vencer a maldição das dívidas. Dívida é maldição, segundo a Lei de Deus (Dt 28.15,43,44). Quem deve é escravo do seu credor (Pv 22.7). A única coisa que devemos dever é o amor por nossos semelhantes (Rm 13.8; Dt 28.12). Fuja das dívidas: compre só a vista, evite os cartões de crédito e o cheque especial. Deixe de viver do limite do cheque especial. Se por algum motivo de força maior você precisa comprar a prazo, faça isso debaixo da cobertura de Deus, através da oração e do apoio de seus líderes. Se você tem-se endividado, peça a Deus graça para melhor admi-nistrar seu dinheiro, peça ajuda a alguém mais capaz para tal tarefa, repreenda o de-mônio do consumismo e você será próspero.

7. Santificar a fonte de renda. O homem que quer prosperar com a bên-ção de Deus precisa ser honesto e íntegro. Precisa trabalhar com honestidade, pagar seus impostos (Jr 22.13,17; Mt 22.17-21; Rm 13.7), andar na lei e fazer o que é jus-to. Sem essa postura Deus não pode nos abençoar. Ele não tem compromisso com o pecado (Pv 10.4; 11.1).

8. Trabalhar com diligência. "O preguiçoso sonha e sonha, mas nunca consegue nada; por outro lado, a pessoa esforçada e trabalhadora realiza todos os seus sonhos " (Pv 13.4). O preguiçoso nunca prosperará (Pv 21.25).

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Deus espera que seus filhos vivam do trabalho prazeroso de suas mãos (SI 128.2; He 2.26). O trabalho torna-se maldição c inútil quando não damos a devida prioridade ao Senhor (SI 127.1-3; Gn 3.19).

9. Sustentar o ministério evangelístico da igreja. A visãode Deus c conquistar as nações para Cristo! Para isso ele conta com a responsabilidade missionária de cada servo dentro da igreja. Oswald Smith, o Sr. Missões, disse: "O dinheiro de Deus está no bolso do povo de Deus". Nós somos a geração quecontribuirá com a colheita dos últimos dias! Aleluia. Para isto Deus vai contar comas suas ofertas missionárias para sustentar o ministério de apóstolos, profetas eevangelistas. Veja algumas pessoas que sustentaram alguns ministérios evangelís-ticos:

• uma mulher rica de Suném sustentou o profeta Eliseu (2 Rs 4.8-37; 8.1-6);

• uma viúva pobre de Sarepta também sustentou o ministério profético de Eli-seu por ordem de Deus (1 Rs 17 8-24);

• algumas mulheres ajudaram no ministério evangelístico de Jesus (Lc 8.1 -3);

• a igreja de Filipos ajudou o ministério apostólico de Paulo (Fp 4.15-19).

10. Acima de tudo - O REINO DE DEUS EM PRIMEIRO LUGAR."Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas " (Mateus 6.33). A prosperidade deve ser a conseqüência da nossa comunhão com Deus. O alvo é Deus e não os meus negócios. O meu trabalho, a mi-nha profissão, os meus negócios estão a serviço do reino de Deus. Quando isso acontece, a nossa prosperidade não fica comprometida como a dos filhos de Deus na época do profeta Ageu: "Acaso é tempo de habitardes em casas apaineladas, enquanto a minha casa permanece em ruínas?... Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dis-sipei. Por quê? - diz o Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa, que perma-nece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa " (Ag 1.4,9).

"A questão central na prática da contribuição financeira na casa deDeus não é quanto se tem para dar (se somos ricos ou pobres) mas adisposição de dar, à semelhança da viúva pobre. Muitas vezes vocêdiz que não dá porque não tem. Na verdade, você não tem porque

não dá. Saiba que melhor coisa é dar do que receber!"

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Estudo 11

Imposição de mãos

TEXTO-CHAVE

"Por esta razão te lembro que o despertes o dom de Deus, que há em ti pela imposição das minhas mãos". 2 Timóteo 1.6

O QUE É IMPOSIÇÃO DE MÃOS?

Que c imposição de mãos? Um modismo dentro da igreja? Não. O escri-tor da Carta aos I Icbrcus chama esta prática, comum na igreja primitiva, de rudi-mentos da fé (Ilb 6.1-2).

Segundo o Dr. Dercck Princc, imposição de mãos é "o ato mediante o qual uma pessoa coloca suas mãos sobre outra com um propósito espiritual definido. Normalmente este ato c acompanhado de oração, de linguagem profética ou de am-bos" (Manual do Cristão Cheio do Espírito).

A MÃO DE DEUS SOBRE O SEU POVO

Para entendermos a doutrina de imposição de mãos é preciso perceber que Bíblia já fala sobre a mão de Deus em seus atos criadores c redentores. Assim expressou-se o salmista: "As tuas mãos me fizeram e me formaram " (SI 119.73). Veja ainda a expressão de Jó (Jó 10.8-9)

As mãos de Deus em seu ato redentor, no Cântico de Moisés, após a li-bertação do Egito e o milagre da travessia do Mar Vermelho: "A Tua destra, ó Se-nhor, é gloriosa em poder; a Tua destra, ó Senhor, destroça o inimigo " (Ex 15.6).

Veremos agora casos bíblicos da prática da imposição de mãos tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos.

No Antigo Testamento

1. Jacó abençoa Efraim c Manasés (Gn 48.11-20). A bênção era como uma herança que o pai entregava às novas gerações e sempre recaía naquele sobre o qual se colocava a mão direita (Gn 48.24).

2. Moisés unge a Josué, seu sucessor (Dt 34).

No Novo Testamento

Destaca-se esta prática na vida ministerial do Senhor Jesus Cristo. Em Mateus 11.2-5, lemos sobre as obras de Jesus Cristo, as quais realizou na terra com a autoridade de Deus. Sem dúvida incluía a imposição de mãos. Jesus liberou a un-ção que ele recebeu do Pai por meio do Espírito Santo (Lc 4.18-21).

Não há dúvida de que Jesus Cristo curou os enfermos, expulsou demôni-os, deu vista aos cegos, limpou leprosos, ressuscitou os mortos pela imposição de mãos, bem como abençoou crianças (Mc 10.16). "Aopôr-do-sol, todos os que ti-nham enfermos de várias doenças lhos traziam; e Ele punha as mãos sobre cada um deles e os curava " (Lc 4.40-41).

OS PROPÓSITOS DA IMPOSIÇÃO DE MÃOS

1. Transmitir bênção. Em Gênesis 48.11 -20, Jacó impõe suas mãos sobre Efraim cManasses, filhos de José, para abençoá-los. Vemos também Jesus abençoando as crianças "E tornando-as nos braços, as abençoou, pondo as mãos sobre eles " (Mc 10.16).

2. Transmitir cura interior e libertação. Jesus Cristo, sob a unção do Espírito Santo, ministrou sobre "os quebrantados de coração" a cura para suas almas (Lc 4.18). Todos aqueles que desejam ser usados por Deus precisam passar por este processo de cura c libertação.

3. Transmitir autoridade. Conhecendo o propósito divino de usar Josué na condu-ção do povo de Israel, Moisés impõe as mãos sobre Josué, liberando sobre ele autoridade (Números 27.18-23). Caso semelhante aconteceu com o profeta Eli-seu, que impôs as mãos sobre Joás, ungindo-o como rei (2 Rs 13.15-17).

4. Liberar cura física. Pela imposição de mãos podemos liberar o poder de Deuscm nós para curar os enfermos. Jesus disse que nós iríamos "impor as mãos" so-bre os enfermos para curá-los (Mc 16.17).

5. Ministrar o batismo no Espírito Santo. A experiência do batismo no EspíritoSanto pode acontecer espontaneamente nas reuniões da igreja, a exemplo do dia de Pentccostcs (At 2.1-13) c na casa de Cornélio (At 10.44). Mas, na maioria das vezes, vemos a ministração dessa bênção pela imposição de mãos ( At 8.17-19; 9.17; 19.6).

6. Transmitindo dons espirituais. O apóstolo Paulo exortou ao jovem pastor Ti-móteo: "Por esta razão te lembro que despertes o dom de Deus, que há em ti pela imposição das minhas mãos " (2 Timóteo 1.6). Josué recebeu o espírito de sabedoria para dirigir Israel quando Moisés ministrou sobre ele: "E Josué, filho de Num. foi cheio do espirito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos... " (Dt 34.9). É óbvio que esse tipo de ministração deve ser feita sob a direção de Deus, pois quem distribui os dons espirituais é o Espírito Santo (1 Co 12.11).

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7. Delegando autoridade e separando ministérios. Em At 6.1-6 os diaconos foram autorizados para o diaconato sob as mãos dos apóstolos e em Al 13.1-4, Paulo e Barnabc foram separados para o ministério apostólico pela imposição de mãos do governo local da Igreja de Antioquia. lista ministração é delegada somente por autoridades constituídas por Deus.

Queremos concluir este estudo dizendo que alguns cuidados devem ser tomados quanto à imposição de mãos: O apóstolo Paulo disse: "a ninguém impo-nhus precipitadamente as mãos... " (I Tm 5.22).

Primeiro, não permita que pessoas de caráter e fé duvidosos ministrem sobre a sua vida.

Segundo, é preciso fechar as brechas de pecado, caso haja em nossa vida. Não dê lugar ao diabo. Feche a porta na cara do diabo.

Terceiro, cuidado ao ministrar dons na vida de outros sem uma direção de Deus. Principalmente os pastores devem agir com muito critério para não comissionar pessoas para o ministério sem que essas tenham os pré-requisitos bíblicos exigidos (1 Tm 3.5,6).

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Estudo 12

Vivendo vitoriosamente

TEXTO-CHAVE

"...£■ esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé ". 1 João 5.4

Ninguém quer ser um derrotado. Todos querem vencer. Vencer na pro-fissão. Vencer na vida familiar. Vencer no casamento. Vencer na vida financeira. E principalmente vencer na vida cristã. O livro de Apocalipse está repleto de bênçãos celestiais para os VENCEDORES. Mas onde está a nossa vitória? NA FE EM DEUS.

Diga em alto e bom som: A NOSSA FÉ É A VITÓRIA!!!

O CHAMADO A VIVER PELA FÉ

"O meu justo viverá pela fé; e, se ele retroceder, nele a minha alma não se compraz " (Hebreus 10.38).

Está claro que a única maneira de vivermos vitoriosamente é pela fé. O crente não pode basear sua vida nas circunstâncias, na aparência ou nos seus senti-mentos. Você precisa confessar: sou cidadão do céu. Vivo pelas leis do céu. Não vivo pelo que vejo, vivo pelo que creio ( 2 Co 5.7).

O QUE É FÉ?

• "A fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêm" (Hebreus 11.1)

• Fé é "certeza". Fé é "convicção". A fé não dá lugar à dúvida. Pois aquele que duvida peca (Rm 14.23) e vive oscilando como as ondas do mar (Tg 1.6).

Mas saiba também o que não é fé:

1. Fé não é sentimento. Os sentimentos estão no nível da alma. A fé está no nosso espírito. A fé não pode se basear em nossos sentimentos circunstanciais. Foi pela fé que Abraão ofereceu o seu Isaque a Deus (Hb 11.19).

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2. Fé não é razão. A fé racional precisa de evidências, de provas para crer queDeus vai agir. Ora, onde precisa haver evidências não há necessidade de fé. A fé racional é semelhante à de Tome, que precisa ver para crer. Mas a fé espiritual, a fé que vem de Deus, crê para ver. Foi isto que Jesus disse a Marta, irmã de Láza-ro: "Secreres, verás a glória de Deus". Para Jesus "felizes são os que não vi-ram e creram ". porque os que crêem não vivem em ansiedade.

3. Fé não é esperança. Embora a esperança seja uma grande virtude cristã, não de-vemos confundir fé e esperança. O apóstolo Paulo faz essa diferença (1 Co 13.13). A esperança crê numa possibilidade futura, enquanto a fé agarra-se ao poder de Deus agora. Um exemplo: se alguém recebe uma oração pela sua cura e depois diz no seu coração: "Eu creio que Deus poderá me curar", está manifes-tando esperança c não fé. A fé dirá: "Em nome de Jesus Cristo Deus já me curou, ainda que eu sinta os sinais da enfermidade".

Jesus disse: "Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, CREDE que recebestes.e será assim convosco " (Mc 11.24).

Veja a ordem: Primeiro eu creio e depois eu recebo. É assim na cami-nhada com Deus.

A PRÁTICA DA FÉ

"A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus " (Rm 10.17).

Veja a seqüência: primeiro Deus fala pela sua Palavra, eu ouço, então a fé vem. A fé depende de uma Palavra liberada por Deus. Muitos se decepcionam porque não ouvem a voz de Deus.

Há dois termos gregos traduzidos como "palavra" no Novo Testamento: "Logos" e "rhema". Logos é a Palavra de Deus escrita e "Rhema" é a Palavra de Deus revelada. Quando estamos lendo a Bíblia estamos cm contato com "Logos". Quando, porém, ao ler, a voz de Deus ecoa em nosso interior, mexendo conosco, ela se transforma em "Rhema. Com "Rhema", a palavra revelada, estamos prontos a agir em fé. Rhema opera em nosso espírito. Então para nos movermos em fé preci-samos ouvir Deus. Pedro andou sobre as águas porque ouviu de Jesus uma palavra de ordem (Mt 14.25-29).

A ação da Fé

"Assim também a fé, se não tiver obras, è morta em si mesma " (Tg 2.17).

Seja para dar assistência a um necessitado, para receber ou ministrar uma cura, operar nos dons espirituais, etc, precisamos agir pela fé. A fé exige atitu-

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dcs concretas. Não adianta você dizer: Eu creio. É mister que você prove a sua fé. O apóstolo Pedro creu e deu um passo de fé em direção às águas do mar. A mulher que tinha um fluxo de sangue creu e tocou na orla dos vestidos de Jesus. Não há uma caso na Bíblia de alguém que recebeu alguma bênção de Deus que não tenha sido pela fé. A fé é demonstrada em ações, que chamo de "AÇÕES DA FÉ" (veja ainda Mc 2.1-12; Mt 9.2; Mc 2.5; Lc 5.20).

A Confissão da Fé

"Em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, Dl REIS a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impos-sível" {U\ 17.20).

Não podemos ter uma fé intimista e passiva. Precisamos verbalizar a nossa fé. Eis a fórmula do milagre para nossa vida: FE + CONFISSÃO + AÇÃO = OPERAÇÃO DO MILAGRE DE DEUS EM NOSSA VIDA. Aleluia!!!

Quando falamos algo, precisamos falar de acordo com a nossa fé. Se você crer, Deus cura você. Então não murmure para que a sua fé não seja anulada por suas palavras. Se suas palavras são liberadas pela fé no poder de Deus e debaixo da unção do Espírito, então suas palavras são um decreto.

Perseverar na fé

Embora a fé nos faça crer para o agora e imediatamente nos leve a agir como quem já alcançou a bênção, muitas vezes só veremos seu fruto algum tempo depois. Por isso, temos de perseverar na fé. Judas usa a expressão "batalhar dili-gentemente pela fé " (Jd 1.3) e Paulo testemunha que conseguiu "guardar a fé " (2 Tm 4.7). Ambas as expressões indicam que não devemos abrir mão daquilo que cremos.

Quando as evidências e o tempo agem contra a bênção que buscamos, te-mos de apresentar a virtude da perseverança. A Bíblia nos apresenta, entre outros exemplos, o de Abraão.: "Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência " (Rm 4.18). O patriarca nunca deixou de crer e o milagre aconteceu.

COMO AUMENTAR A NOSSA FÉ?

"Senhor, aumenta-nos a fé" (Lc 17.5)

A fé não é um pacote fechado. Cada crente tem uma medida dela (Rm 12.3), porém mais fé pode ser acrescentada a essa medida. Além de pedir ao Senhor

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que acrescente a nossa fé, há também outros fatores que cooperam para aumentar a

nossa fé.

1. Aumentando a fé pela Palavra de Deus. Se a fé vem pelo ouvir a Pa-lavra de Deus, então é mister que nos dediquemos mais ao estudo minucioso da Bí-blia Sagrada. A Palavra de Deus é o alimento da sua fé.

2. Aumentando a fé pelas experiências. Escrevendo aos irmãos de Roma, o apóstolo Paulo disse que a tributação gera a paciência, a paciência produz a esperança, e a esperança tem como resultado a experiência. Então, nossa fé pode ser aumentada à medida que crescemos na experiência com Deus. A exemplo de Davi, que se sen-tia desafiado a lutar com Golias baseado na experiência de Deus tê-lo ajudado a derrotar um urso c um leão (1 Sm 17.36,37).

3. Aumentando a nossa fé - Orando no Espírito. "Vós, porém, ama-dos, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo " (Judas 1.20). Paulo disse que "aquele que fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios" (1 Co 14.2). "Orar no Espírito" é orar inspirado pelo Espírito de Deus. Essa oração pode ser manifestada através do "falar em línguas". Nessa comunicação perfeita, a pessoa é edificada em sua fé.

A VITÓRIA DA FÉ !

1. Pela fé vencemos o mundo. "Porque todo aquele que é nascido deDeus vence o mundo; e esta ca vitória que vence o mundo: a nossafé"(1 .Io 5.4). O "mundo" é o sistema corrompido pelo pecado e governado por Satanás. É pela fé que conseguimos manter os princípios do reino de Deus regendo a nossa vida.

2. Pela fé vencemos o reino das trevas. "Tomaisobretudo o escudo da fé, com o qualpodereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno " ( Ef 6.18). Ao lutarmos contra um sistema de pecados, estamos lutando contra o Diabo. Mas, pelo poder da fé, podemos desfazer toda obra do reino das trevas contra nós.

3. Pela fé liberamos o poder sobrenatural de Deus. "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que CRÊEM: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados" (Mc16.17,18). Preste atenção às palavras "aqueles que crêem ". Elas não estão aí por acaso. E através da fé que podemos ver manifestos o poder sobrenatural do Espírito Santo em nossas vidas e na vida de outros.

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CONCLUSÃO

O autor da carta aos Hebreus chama o arrependimento, a fé, o batismo, a imposição de mãos, a ressurreição, etc, de "rudimentos da fé" (Hb 6.1-3). Rudi-mentos sãos os primeiros passos, os primeiros ensinos.

Até aqui o amado irmão tem recebido conhecimento e experiência dos princípios fundamentais do reino de Deus. Mas tudo começa com uma base. Toda casa que não estiver bem alicerçada desmorona-se. Portanto temos dado você a oportunidade de construir a sua "casa" (a sua vida) de forma que o Senhor digne-se habitar nela.

O propósito destes ensinamentos não é apenas dar-lhe um conhecimento teórico desprovido de prática. O Senhor não quer discípulos obesos de conheci-mento teológico que não desemboque na prática genuína da fé. A fé evangélica é uma fé prática. Portanto, além de ouvirmos, devemos praticar a verdade de Deus.

Mas, meu caro discípulo, isto é só o começo. Estamos prosseguindo para o alvo. Queremos que você seja aperfeiçoado na sua fé. O desejo do nosso coração e a nossa oração é que você seja maduro na fé. Líder aprovado para toda a boa obra. Líder de excelência. Líder Conquistador. Líder que avança.

Portanto, você continuará avançando através do módulo 2, onde estuda-remos A Visão Celular no Modelo de Cristo.

Até lá!!!

Em nome de Jesus, O Messias.

Pr. Gleidson Costa

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Indicações bibliográficas

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Revistei de Estudos Bíblicos "Novo e Vivo Caminho"- Ed. Unigcvan.

Revista de Estudos Bíblicos - Escola Bíblica Dominical n.° 02 "O Espírito Santo", Editado Por Aiceb (Aliança de Igrejas Congregacionais Evangélicas do Brasil).

Manual do Encontro Com Deus, Editora Semente De Vida - MIR.

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