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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 aqui Camboriú é notícia www.linhapopular.com.br @LinhaPopular Siga-nos no twitter R$1 Camboriú, 1º de março de 2013 Perfil: Conheça a colunista social Karina Elisa Pág. 24 Incêndio destrói três casas e deixa 17 desabrigados PÁG. 21 Cidade Ano V - nº 206 INTERNET BANDA LARGA 3365-0107 www.imbranet.com.br A PARTIR DE: Linha Popular Jornal Distrito Monte Alegre rumo à pacificação Operação Camboriú Mais Segura, realizada nesta semana, deu início a uma ação que deve ser permanente no distrito. Diferente das forças-tarefa temporárias feitas até agora, onze policiais chegaram ao Monte Alegre para ficar. Leia mais na página 28 Gustavo Zonta/LP Problemas vão da falta de remédios até profissionais sem salários PÁG. 25 Caos no Hospital

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Edição 206 do jornal Linha Popular, de Camboriú.

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013

aqui Camboriú é notíciawww.linhapopular.com.br

@LinhaPopularSiga-nos no twitter

R$1

Camboriú, 1º de março de 2013

Perfil:Conheça a colunista social Karina Elisa Pág. 24

Incêndio destrói três casas e deixa17 desabrigadosPÁG. 21

Cidade

Ano V - nº 206

INTERNET BANDA LARGA

3365-0107www.imbranet.com.br

A PARTIR DE:

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Distrito Monte Alegre rumo à pacificação

Operação Camboriú Mais Segura, realizada nesta semana, deu início a uma ação que deve ser permanente no distrito. Diferente das forças-tarefa temporárias feitas até agora, onze policiais chegaram ao Monte Alegre para ficar.Leia mais na página 28

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Problemas vão da falta de remédios até profissionais sem saláriosPÁG. 25

Caos no Hospital

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 20132Opinião

Na última semana, o Linha Popular trouxe uma matéria

especial mostrando os problemas que a Educação de Camboriú tem enfrentado. O fato teve repercus-são nas ruas e leitores procura-ram a redação para mostrar que a realidade é ainda pior do que a relatada pelo LP. Por isso, nesta semana uma nova matéria trata do assunto.

Porém, não é da Educa-ção que vem o maior problema relatado nesta edição. Desta vez, a Saúde é que pede socorro. A pe-dido de funcionários do hospital da cidade, nossa reportagem es-teve no local e traz nesta edição o caos que está sendo vivido na Fundação Hospitalar. Faltam re-médios, falta comida, salários não são pagos.

Todos sabem que a Funda-ção Hospitalar de Camboriú tem problemas há muitos anos e que o acúmulo de dívidas ao longo do

tempo prejudica o funcionamento da instituição. Mas agora, a crise chegou ao ápice e os próprios fun-cionários, que sempre vestiram a camisa da instituição, estão abrin-do mão de seus empregos.

Totalmente dependente de repasses financeiros oriundos de órgãos públicos, é estranho pen-sar que ao longo de tantos anos, nenhuma ação política consisten-te agiu para quitar as dívidas an-tigas, dando condições para que a Fundação passasse a se manter com os repasses mensais. Parece que para os Governos, Saúde não é prioridade.

O fato é que se, daqui para frente, a postura dos nossos gesto-res não mudar em relação ao hos-pital de Camboriú, a população será – como sempre – a grande prejudicada e o futuro da Saúde na cidade poderá ser ainda pior do que a realidade mostrada nesta edição.

Crise

ChargeEditorial

Gustavo Zonta - Mtb/SC 3428 JPFernando Assanti - Mtb/SC 3424 JPJoel Minusculi - Mtb/SC 3728 JPStefani Ceolla

Redação

Rua Maria da Glória Pereira, nº 149 - sala 102 - 2º pisoCentro - CamboriúCEP 88340-000

Sede

Tiragem2 mil exemplares

- PERIODICIDADE SEMANAL -

EditoraNaiza Comel - Mtb/SC 2899 JP

Sitewww.linhapopular.com.br

Impresso na Gráfica Rio Sul

As opiniões expressas em artigos e colunas não representam a opinião do jornal e são responsabilidade de seus autores.

Leandro FranciscaChargista

ContatoTel.: 3365-4893Cel.: 9983-0763

Redaçã[email protected]@gmail.com

Blogwww.linhapopular.com.br/blog

Este jornal integra o CCJ - Cadastro Catarinense de Jornais

Poesia

Transparência

Serei o silêncio de cada instante sonhadoE de cada poente serei verso a debruçar Serei a razão do amor que se fizer mais amado E me espalharei no mundo como a lua caindo no mar

Serei a grandeza dos sonhos e o perfume do mundo Serei a virtude suprema do ser que pude amar. Serei a realidade fiel de um sonho profundo Serei a brisa da noite e o véu do luar.

Guardarei a neblina constante que tece as madrugadas E a noite reluzente de estrelas a brilhar Guardarei os pingos suaves da chuva na superfície das águasE as flores caídas, antes da primavera chegar.

E ficarei no vento mais errantes que puder passar,Na força do amor incorrigívelNas águas que correm dos olhos num breve afagar Ficarei na ilusão de um amor inesquecível.

Ficarei em cada raio de sol que tocar a face do diaEm cada gota de amor que formar um pensamento Em cada frase que formar um verso pra dissipar a melancoliaFicarei nas vestes da lua enfeitando momentos.

E levarei a doçura transparente do amor em prosaE a aurora embriagada de encantos num céu de louvor. Levarei a necessidade da vida e uma sinfonia chorosaLevarei apenas a inocência de um sorriso de flor.

Joel de Oliveira Gonçalves - poeta e morador de Camboriú. Autor de livros de poesia – estas são da obra Coração Poente

Seresteiro do amor

Tenho sido criança pra poder te abraçarTenho sido canção para poder te compor Tenho sido anjo para poder te guardarSó ainda não pude ser seu amor

Já fui sol para te fazer sorrirJá fui mágoa pra te fazer chorar Já fui arco-íris pra te colorirQueria ser o vento pra poder te tocar.

Já fui lua para te seduzirTenho sido estrela para te conquistar Me tornei rio para poder te seguir Só não pude ser onda para viver no teu mar.

Tenho sido amor, poeta e seresteiro. Tenho guardado tua essência de rosa e jas-mimMe tornei primavera e perfumei seu mundo inteiro, Só não pude ter seu sorriso para enfeitar meu jardim.

Aniversário

Mesmo em meio a tantas más notícias, o Linha

Popular traz nesta edição ma-terial especial em comemora-ção aos quatro anos do jornal. Além de conteúdo editorial

impresso, o LP lança hoje o novo portal de notícia da ci-dade, com materiais exclusi-vos, produzidos especialmen-te para o online. Confere lá: www.linhapopular.com.br.

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013

Painel LP

Camboriú comemora e muito hoje! Há 4 anos conta-mos com um jornal sério e responsável em nosso muni-cípio. Parabéns @LinhaPopular

@jonasaugusto

Jonas Augusto, estudante de jornalismo

Jogos da Terceira Idade

A Fundação Municipal de Es-portes - FME convida os mora-dores do município com mais de 60 anos para participarem dos Jogos Integrados da Tercei-ra Idade de Camboriú - Jiticam. O evento, que será realizado no dia 20 de março, contará com as seguintes modalidades: dança de salão e coreografada, truco, dominó, canastra e bo-cha. “O perfil do novo idoso mostra que a terceira idade está mais participativa, motivada e procurando manter a qualidade de vida. Isso nos faz crer que o Jiticam terá um bom núme-ro de participantes”, declarou o Presidente da FME, Altamir Montibeller.

Inscrições para o Jiticam

A competição tem início pre-visto para as 14h, no Centro de Múltiplo Uso Alice Testoni Gomes. Esta será a etapa muni-cipal, que classificará os vence-dores de cada modalidade para a fase regional dos Jogos Aber-tos da Terceira Idade - Jasti. Para as inscrições, basta apre-sentar a Carteira de Identidade até o dia do evento no Centro de Múltiplo Uso, localizado na rua Minas Gerais, bairro Areias. Outras informações no telefone (47) 3365 1498.

Nova diretoria Acibalc (1)

A Associação Empresarial de Balneário Camboriu e Cam-boriú – Acibalc empossou na noite de ontem, quinta-feira, a nova diretoria da entidade. Quem assumiu a presidência foi o empresário Nelson de Oliveira, que substitui a em-presária e contabilista Magda Bez. Oliveira é formado em Administração de Empresas e especialista em Gestão de Ne-gócios pelo Ifes. Associado à Acibalc e nucleado fundador do Núcleo de Informática des-de 2005, já atuou como Dire-tor de Núcleos da instituição.

Nova diretoria Acibalc (2)

A nova diretoria é forma-da ainda por Alexandre G. da Rocha (vice-presidente), Cirlei Inez Donato (diretor administrativo), Eraldo Luiz de Carvalho Junior (diretor jurídico), Ciça Müller (dire-tora de comunicação), Márcio Daniel Kiesel (diretor de De-senvolvimento Empresarial), José Santos Pereira (diretor de Indústria, Comércio e Ser-viços), Marcelo Azevedo dos Santos (diretor de Núcleos), Carlos Gustavo Bauer (dire-tor de Turismo), e Fernando Baumann (diretor de Meio Ambiente).

Foto da semana

O Linha Popular tem recebido reclamações do trânsito na rua Evelina Vieira, no centro da cidade, em frente à escola Recriarte. A via é de mão única e tem vagas de estacionamen-

to dos dois lados. Na entrada e saída das aulas, pais acabam parando no meio da rua para o embarque e desembarque dos filhos, o que atrapalha o trânsito no local.

Stefani Ceolla/LP

Curtas

Aulas de libras

A Prefeitura de Camboriú está com inscrições abertas para o curso de Liguagem Brasileira de Sinais - Libras nas escolas Clotilde Ramos Chaves (bairro Areias) e Anita Bernardes Ga-nancini (Monte Alegre) no perí-odo noturno. O curso é gratuito. As inscrições podem ser feitas nas escolas. Para isso, é preciso xerox do RG, do CPF e de um comprovante de residência. As aulas iniciam em março.

Jari em funcionamento

Um novo serviço implantado pelo Departamento Municipal de Trânsito deve facilitar a vida dos motoristas da cidade. Entrou em funcionamento a Junta de Recur-sos de Infrações - Jari, responsá-vel pelo julgamento dos recursos interpostos contra multas aplica-das pela Polícia Militar. “Antes, o motorista que fosse multado no trânsito tinha que se deslocar até a Delegacia Regional em Balneário Camboriú parar recorrer da infra-ção. Agora, este serviço já pode ser efetuado em Camboriú”, explica o diretor do departamento, Jair Grin-gs. A Jari está localizada na sede do Departamento de Trânsito, na rua Capitão Ernesto Nunes, 862, ane-xo à Secretaria de Obras e Serviços Urbanos. O horário de atendimen-to será das 7h às 13h.

@LinhaPopularSiga-nos no Twitter:

Parabéns a toda equipe do @LinhaPopular por estar a 4 anos levando as melhores reportagens aos mora-dores da cidade de Camboriú, boas ou não.

@JocineiMano

Jocinei da Silva, morador da cidade

Twittou, vai parar no LP:

Infelizmente a realidade é dura e o trabalho é árduo, porém não depende só da Polícia Militar, todos devem contribuir

@tiagoghilardi

Tenente Tiago Ghilardi, comandante da operação Camboriú Mais Segura, comentando matéria sobre as ações da PM

O Linha Popular tem se mostrado um Jornal responsável. Dar abertura para a participação comunitária é mérito de poucos meios.

@Calebe_Moreno

Calebe Ibaldo Moreno, jornalista e morador de Camboriú

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 20134

BastidoresPor Fernando Assanti

[email protected]@FernandoAssanti

Internet no interior

Os vereadores Alexsander Canídia (PPS) e Zeca Simas (DEM) visitaram o secretário de Agricultura e Pesca do Estado, João Ro-drigues, e trouxeram boas notícias para Camboriú. Além da pro-messa de envio de um trator, o secretário também afirmou que vai disponibilizar acesso a internet para a área rural de Camboriú. Para isso, basta que o Executivo e/ou Legislativo encaminhem um ofício com o pedido à Secretaria de Estado de Agricultura e Pesca. Vamos esperar.

Os amigos de Zeca Simas

O vereador do DEM de Camboriú, Zeca Simas, usou a tribuna da Câmara para falar de uma realidade que poucos admitem: a impor-tância do lobby na política. Zeca destacou que iria conseguir muitos benefícios para Camboriú porque é amigo do João Rodrigues, é amigo do Raimundo Colombo e, na política, a amizade conta muito para conseguir recursos. Sabendo que esta é a mais pura verdade, vamos esperar que Zeca fique cada dia mais amigo dos grandes do Estado, e reverta essa proximidade em recursos para a cidade.

Lei é Lei

Acompanhei na Câmara de Vereadores uma discussão interessante sobre uma Lei em vigor em Camboriú há anos e que nunca foi cumprida. A Lei diz respeito a implantação de um centro de zoono-ses e surgiu na pauta da Casa a pedido dos vereadores Jane Stefenn (PSDB) e Ângelo Gervásio (PMDB). Os dois vereadores pediam que a Lei deixasse de ser ignorada e fosse cumprida pelo Executivo, nada mais do que isso. Mas o vereador José Pedro Costa (PSDB) – com discurso de secretário municipal – explicou que “no Brasil é assim mesmo: tem Lei que é feita, mas não dá pra cumprir”. E eu que pensava que o papel do Zé Pedro era cobrar do Executivo o cumprimento das Leis....tenho muito que aprender nesta vida!

Xande é do Legislativo

Curioso perceber como os próprios vereadores ampliam a confu-são entre Legislativo e Executivo que já existe na cabeça de parte da população. Nesta Legislatura, Xande (PSDB) é o campeão em misturar os poderes durante seus discursos. Líder de Governo na Câmara, ele ultrapassa a função de defender o Executivo, se colo-cando como membro daquele poder. Comum ouvir Xande afirmar que “nós pegamos um município com muitos problemas, nós cria-mos 76 salas de aula”.

Troca de farpas

Parece que a vereadora Jane e a secretária de Educação, Fátima Gervásio, só têm em comum a sigla partidária. As duas andam tro-cando farpas publicamente, inclusive com acusações sérias, que envolvem uso da máquina pública durante a campanha de 2012. Tudo começou quando Jane resolveu denunciar problemas reais nas escolas municipais. Jane está apenas cumprindo seu papel na Câmara. Pena que os correligionários não entendam.

Meio Ambiente

O nome da nova Fundação de Meio Ambiente de Camboriú – Fu-mac não agradou a população. Muitas críticas foram feitas pelo título lembrar fumo, fumaça. Atento às manifestações populares, o presidente da pasta, Arnaldo Christian, já está promovendo a mu-dança, que precisa ser enviada para a aprovação na Câmara de Ve-readores. A nova proposta é Fundação Camboriuense de Gestão e Desenvolvimento Sustentável – Fucam. Ficou melhor, né?

Política

MP faz recomendações aos vereadores sobre fiscalização de instituições

Câmara recebeu ofício de promotor, destacando o que deve ser verificado em entidades que recebem recursos da Prefeitura. Entre elas, está a

verificação das atividades “in loco”

A Câmara de Vereadores recebeu um ofício do Mi-

nistério Público com recomen-dações sobre pontos que devem ser verificados na fiscalização de entidades que recebem re-cursos públicos. O material, assinado pelo promotor Victor Emendörfer Filho, indica que as entidades devem comprovar prestar serviços à comunidade de forma continuada, perma-nente e planejada.

O promotor sugere que os vereadores façam fiscaliza-ções “in loco”. Pede também que sejam verificados os regis-tros nos conselhos municipais de competência. Além disso, o MP indica a análise das contas anuais das instituições e lembra que os dirigentes não devem re-ceber remunerações.

O documento traz ain-Arquivo/LP

Fiscalização. No final de janeiro, Jackson Genésio Rosa (PSDB), José Pedro Costa (PSDB) e Márcia Freitag (PSDB) conheceram o trabalho dos centros de recuperação

Vereadores têm feito visitas às entidades

Os vereadores falaram bastante da necessidade de fis-calização das entidades durante as sessões em que os projetos de repasses foram aprovados. O presidente da Câmara, Már-cio Aquiles da Silva, o Márcio do Kido (PSC), aponta que em 2012 uma comissão foi forma-da para fazer as visitas. “Não há uma determinação da Casa, cada vereador tem liberdade de fazer seu papel”, aponta.

Márcio lembra que, an-

tes da aprovação dos convênios com entidades que atendem crianças e adolescentes, os coor-denadores foram chamados para explicar como é feito o trabalho. “Os vereadores comentaram neste encontro que iriam in loco para fiscalizar”, diz. O presiden-te esclarece que caberia, a prin-cípio, aos membros da comissão que analisa o projeto verificar a situação das instituições. “Mas o carro está à disposição de cada vereador”, finaliza.

da que “as ações e finalidades acordadas devem ter seguran-ça, com o alvará de funciona-mento sanitário e bombeiro atualizados para o referido

espaço físico”. A exigência de um profissional técnico cor-respondente à área de atuação também foi ressaltada pelo promotor.

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 5Política

Vereadores iniciam contratação de assessores Para que vereadores pudessem ter assessores, carga horária e salário foram reduzidos

Os vereadores desta le-gislatura iniciaram os

trabalhos sem a possibilidade de contratação de assessores. Com o aumento no número de vereadores, os estudos apon-tavam que eles teriam que trabalhar meses sem asses-sores. A solução encontrada pela mesa diretora foi propor a redução da carga horária e dos salários dos assessores de gabinete. Antes, estavam previstos pela lei de cargos e salários da Câmara 15 asses-sores de gabinete, com salá-rio de R$ 1.760 e 40 horas de atuação. O projeto, aprovado esta semana, tem salário de R$ 1.250 para 20 horas.

Com a aprovação da modificação, os vereado-res iniciam a contratação.

aumento este ano no núme-ro de pessoas que procuram o gabinete. E, se as pessoas procuram o atendimento na Câmara, é preciso que te-nha alguém para atendê-las”, aponta.

José Pedro Costa, o Zé Pedro (PSDB), lembrou que, no ano passado, hou-ve mudança na exigência da formação dos assessores, que passou de ensino fundamen-tal para médio. O vereador Carlos Alexandre Martins, o Xande (PSDB), defendeu que a contratação dos assessores vai melhorar o atendimen-to do cidadão. O mesmo foi defendido por Ângelo Ger-vásio (PMDB): “Todo dia há pessoas no gabinete, atendi mais de 60 pessoas desde o

Durante os debates sobre os projetos, o presidente da Casa, Márcio Aquiles da Sil-va, o Márcio do Kido (PSC), fez questão de ressaltar sua luta para que os vereadores tivessem assessores – o que iniciou em 2011. “O Legis-lativo sempre é criticado quando há contratações, mas a quantidade de funcionários é muito maior no Executivo e no Judiciário”, defendeu Márcio.

Sobre a possibilida-de de críticas da população, Márcio acredita que ocorram. Mas ele defende que as pes-soas que já precisaram entrar em contato com os vereado-res sabem que o trabalho do assessor facilita e é neces-sário. “Também percebi um

Critérios de escolha

Alguns vereadores falaram da preocupação com a redução de salário. Foi o caso de Jane Stefenn (PSDB). Para ela, o salário dificulta a contratação de pessoas com graduação. Já o presidente da Casa, Már-cio do Kido, diz que a esco-lha dele foi dificultada pela exigência do ensino médio. “A assessora que eu tinha no ano passado atendia muito bem a minha necessidade, que é do trabalho de campo, próximo à comunidade”, aponta.

Xande foi o primeiro vereador a anunciar seu asses-sor. Na terça-feira, quando o projeto passava pela segunda votação, ele já estava acom-panhado de Douglas Aguir-re, que vai assessorá-lo. Xande explica que Douglas foi escolhido pelo seu co-nhecimento jurídico, para ajudá-lo na elaboração de projetos. “Ele é formado em Direito, é jovem como eu e militante do PSDB”, explica o vereador. Na semana que vem, outros assessores de-vem ser definidos.

Possibilidade de dois assessores

A alteração do projeto envolve ainda o número de vagas. Cria 30 vagas de asses-sor de gabinete. O presidente da Casa explica que estas con-tratações não poderão ser fei-tas agora, pela questão de or-

çamento. “Não será possível contratar dois assessores este ano ou o ano que vem. Mas, com a modificação, quando houver orçamento, a contrata-ção poderá ser feita”, explica Márcio.

início dos trabalhos no dia 7 de janeiro”. Para Ângelo, se o assessor puder fazer o aten-

dimento em gabinete, ele terá mais tempo para fazer a fis-calização.

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 20136Política

HÉLIO MARCOS BENVENUTTI SOCIEDADE

DE ADVOGADOS - OAB-SC 2007/2012

HÉLIO MARCOS BENVENUTTI – OAB/SC 7087

MARIELZA A. DE SOUZA – OAB/SC 21905

LUIZ FILIPI TESTONI – OAB/SC 28070

INDENIZAÇÕES – QUESTÕES TRABALHISTAS –

APOSENTADORIAS E PENSÕES – OUTRAS CAUSAS

Rua Cel. Benjamin Vieira, 10, 2º Piso, Sala 05, Centro, Camboriú/SC - F: 3365-1395

Folha de pagamento e manutenção de estruturas são

os maiores gastos da Prefeitura Este e outros dados foram apresentados em audiência pública esta semana.

Mais uma vez, encontro não teve a participação da comunidade

Tarde de terça-feira, dia 26. Às 14 horas, o presidente

da Comissão de Finanças de Orçamento da Câmara, Jack-son Rosa, o Jakinho (PSDB), abriu a audiência pública de avaliação das metas fiscais da Prefeitura. Acompanhando a exposição do contador Gui-do Vanderline Júnior estavam poucas pessoas. O público aumentou um pouco durante a exposição, mas a audiência foi finalizada com menos de 10 pessoas no plenarinho da Câmara.

Entre as informações repassadas por Guido, a de que a arrecadação da Prefeitu-ra foi 37,31% maior do que a previsão. A previsão era de R$ 86.600.000 e a arrecadação final foi de R$ 118.910.577. Deste valor, 32% é de recei-ta própria da Prefeitura – com arrecadação de tributos, ser-viços de água, multas, juros e dívida ativa, entre outros.

Assim, a maior par-te dos recursos disponíveis para a Prefeitura no ano pas-sado envolveu repasses do Governo Estadual e Federal – transferências que ocorrem sempre, como Fundeb, SUS e ICMS, por exemplo, assim como de convênios (que são firmados para ações e obras específicas). Estes repasses foram responsáveis por 68% do total da receita arrecadada em 2012.

Para que o dinheiro foi utilizado

A maior parte dos re-cursos que entraram no cai-xa da Prefeitura em 2012 foi utilizada para a folha de pagamento de funcionários – pessoal e encargos sociais foram responsáveis por 50% das despesas. A manutenção das estruturas utilizou 32%. Apenas 17% dos recursos da Prefeitura foram para in-vestimentos. A controladora interna da Prefeitura, Kai-ta Testoni, explica que são

Preocupação com a folha de pagamento A grande destinação de recursos para folha de paga-mento chamou a atenção dos vereadores que acom-panharam a audiência. No início de 2012, o Tribunal de Contas do Estado emitiu um alerta para a Prefeitura de Camboriú quando os gastos com pessoal alcançaram 49,13%. O limite considerado prudencial é de 51,3%. Na audi-ência, a controladora interna da Prefeitura, Kaita Testoni, explicou que chegar a este índice implica no corte de horas extras, entre outras recomendações. O máximo de gastos com pessoal é 54%. Quando al-cança este índice, a Prefeitura enfrenta sanções ainda maiores, que envolvem parar de receber verbas federais - uma fonte importante de recursos para Camboriú. A Prefeitura corre o risco de alcançar o limite prudencial este ano. Isso porque os professores que recebem o piso mínimo devem receber 7,97% de reajuste nos próximos meses. Guido disse que não era possível informar, ain-da, se outras categorias (professores com graduação e pós-graduação) também receberiam este reajuste. Em maio, está previsto ainda o reajuste anual para todos os servidores.

considerados investimento as construções, assim como aquisições de veículos e maquinários.

Em 2012, a maior par-te dos investimentos feitos pela Prefeitura de Camboriú envolveu obras. Sobre o bai-xo índice para investimentos, Kaita explica que isso ocorre em todas as esferas – também na estadual e federal – por-que os custos de manutenção são muito altos.

Naiza Comel/LP

Sem participação. Como em outras audiências com apresentação de cumprimento de metas, encontro teve pouquíssima participação

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL Loteamento Jardim Verde Vale I

COSTAL EMPREENDIMENTOS E INCORPORAÇÕES LTDA, CNPJ 06.058.779/0001-82, torna público que está requerendo à Fundação do Meio Ambiente (FATMA) a Licença Ambiental de Instalação (LAI) do Loteamento Jardim Verde Vale I, localizado na rua Santo Antonio, s/n, Rio Pequeno, Camboriú.

Foi determinado Estudo Ambiental Simplificado.

Juliano Hinz Maran Sócio-Proprietário

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL Loteamento Jardim Verde Vale II

COSTAL EMPREENDIMENTOS E INCORPORAÇÕES LTDA, CNPJ 06.058.779/0001-82, torna público que está requerendo à Fundação do Meio Ambiente (FATMA) a Licença Ambiental de Instalação (LAI) do Loteamento Jardim Verde Vale II, localizado na rua Santo Antonio, s/n, Rio Pequeno, Camboriú.

Foi determinado Estudo Ambiental Simplificado.

Juliano Hinz Maran Sócio-Proprietário

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL Loteamento Jardim Verde Vale III

COSTAL EMPREENDIMENTOS E INCORPORAÇÕES LTDA, CNPJ 06.058.779/0001-82, torna público que está requerendo à Fundação do Meio Ambiente (FATMA) a Licença Ambiental de Instalação (LAI) do Loteamento Jardim Verde Vale III, localizado na Antiga Estrada da “B”, s/n, Rio Pequeno, Camboriú.

Foi determinado Estudo Ambiental Simplificado.

Juliano Hinz Maran Sócio-Proprietário

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 7Cidade

São tantos causos legais, que agora eles têm um espaço

só para eles

Camboriú tem muitos causos. E para que a gente pudesse contá-los, surge o blog

“Teve aquela vez…”. O blog será escrito pela jornalista Stefani Ceolla, que já ouviu muitos causos da cidade e está empolgada

para ouvir ainda mais.

O lançamento do blog faz parte da comemoração pelos 4 anos do Linha Popular.

Acesse!

Comente!

Conte seus causos!

www.linhapopular.com.br/blogs/teveaquelavez

Stefani Ceolla

O que é este quadrado? A caixa com pequenos quadrados pretos e brancos chama-se QR Code. O símbolo ser-ve como um atalho, que pode ser lido pela câmera de celulares modernos e seus apli-cativos. A praticidade está em não precisar digitar endereços de internet ou textos lon-gos nos pequenos teclados. Com o aplicati-vo ligado, basta apontar, esperar o aparelho ler e tocar o atalho que surgir. Para aparelhos com dispositivo Android recomendamos o uso do aplicativo Barcode Scanner. Usuário de iOS, da Apple, podem usar o Qrafter. Já quem tem um Blackberry pode instalar o Bla-ckberry QR-Code Reader.

A ponte que liga os bairros São Francisco de Assis,

o Barranco, em Camboriú, e Vila Real, em Balneário, foi inaugurada em julho do ano passado. A obra foi feita pela Prefeitura de Balneário de-pois que a antiga ponte pênsil foi destruída pela enchente de 2008. À Prefeitura de Cambo-riú, coube a responsabilidade de pavimentar o trecho da rua Santo Amaro que vai até a ponte. A obra deveria ter co-meçado no ano passado, mas só deve iniciar daqui a pelo menos 30 dias.

Em maio do ano pas-sado, a prefeita Luzia Coppi Mathias afirmou que a parte da obra da qual Camboriú é responsável iniciaria em ju-lho, depois que um acordo foi feito entre as duas prefeituras. “Vamos começar assim que estiver pronta. Vamos honrar nosso compromisso”, afirmou na época.

Agora, o secretário de Obras, Junior Bastos, afirma que está em licitação a con-tratação da empresa que vai realizar a pavimentação do trecho. “O que demora é a bu-rocracia. A licitação deve le-var cerca de 30 dias”, afirma.

Barranco: Pavimentação de acesso à ponte deve começar em 30 diasPrefeitura abriu licitação e resultado do processo deve sair em um mês.

Depois disso, a obra começa

São Miguel

No ano passado, mo-radores da rua São Miguel protestaram, pedindo o asfal-tamento. Eles pagam Impos-to Predial Territorial Urbano – IPTU para Camboriú, taxa de lixo para Camboriú e Bal-neário, e mesmo assim sofrem com a falta de benefícios. Até no nome a via tem o problema de localização: de um lado, há placa que informa que perten-ce ao bairro Nova Esperança, em Balneário; de outro, que faz parte de Camboriú.

Por estar na divisa entre as duas cidades, muitas vezes os moradores não sabem a

quem recorrer para reivindicar melhorias. No entanto, uma placa fixada depois da inau-guração da nova ponte sobre o rio Camboriú mostra que, de fato, a rua pertence à cidade.

Em setembro do ano passado, os moradores coloca-ram uma faixa na rua em que protestavam. “Estamos aban-donados e sufocando com a po-eira”, dizia a faixa. Na ocasião, o secretário de Obras afirmou que conhecia os problemas daquela localidade. “Sabemos que, depois da ponte ter ficado pronta, o fluxo de veículos tri-plicou por ali”, disse.

Junior ainda afirmou que, quando fosse feito o pro-jeto de pavimentação da rua Santo Amaro, a São Miguel também seria beneficiada. Agora, ele explica que não foi possível cumprir o prometi-do. “A obra precisa ser feita com recursos próprios e não teremos como pavimentar a São Miguel”, explica. Mes-mo assim, ele garante que a via ainda será pavimentada. A Prefeitura não divulgou quan-to deve ser gasto com a obra da Santo Amaro nem quando a pavimentação da São Miguel será feita.

Depois disso, a obra é rápida. “É um trecho pequeno, em 20 dias deve estar pronto”, ga-rante.

A Secretaria de Obras já fez o alargamento da via para que receba a pavimentação. Além do asfalto, calçadas de-vem ser construídas no trecho que vai até a ponte. Apesar da reivindicação da comunida-de, apenas o trecho da Santo Amaro será pavimentado.

Sem asfalto. Prefeitura devia ter pavimentado o trecho em julho do ano passado, quando ponte ficou pronta

Gustavo Zonta/LP

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 20138

“Ser pequeno é uma grande tarefa”

Laura Seligman é jornalista, doutoranda em Comunicação, pesquisadora e professora da Univali. Foi professora dos cin-co jornalistas que fazem parte da equipe do Linha Popular e pesquisa sobre o jornal desde 2009. Nesta entrevista, ela fala sobre estes quatro anos e as principais características do LP.

Linha Popular: Você coorde-nou duas pesquisas nos últi-mos quatro anos sobre jor-nais populares de qualidade. Em uma delas, publicada em 2009 pelo Monitor de Mídia, o Linha Popular foi objeto de análise. A pesquisa apontou que o LP “estava no caminho dos novos populares de qua-lidade”. Que requisitos o jor-nal atendia na época para receber esta qualificação?Laura: O Linha Popular foi ob-jeto de análise junto a outros jornais que se autodenomina-vam populares. As característi-cas perseguidas eram: a pauta local, fatos que atingissem a comunidade a quem se dirigia; baixo preço e baixa tiragem; e principalmente, o jornalismo de serviços. O jornal atendia a todas as características, ao contrário dos demais. Um de-les, por exemplo, confundia o conceito de jornalismo popular com o de jornalismo engajado – usava um conceito obsoleto de que o jornalismo servia às massas (um viés marxista) que deveriam ser educadas pela imprensa para certo tipo de causa. O conceito de Jornalis-mo Popular de Qualidade une a ideia de interesse público e interesse do público. O jornalis-mo praticado sob esse pretexto quer prestar um serviço.

Doutoranda em Comunicação fala sobre o caminho trilhado pelo Linha Popular como jornal de qualidade

Linha Popular: Quatro anos depois, como você analisa o jornal? Ele continua neste caminho?Laura: Sim, continua. As ses-sões do jornal estão mais bem distribuídas e alguns tesouros permanecem, como o perfil do morador, que traz perso-nagens anônimos (alguns nem tanto) para que a comunidade se reconheça nas páginas do LP e desenvolva um sentimento de pertencimento àquele ór-gão de imprensa. O jornal cres-ceu, tem mais anúncios, mas mantém o objetivo inicial. Isso é muito bom.

Linha Popular: Há quatro anos, na pesquisa feita pelo Monitor de Mídia, foram apontadas fa-lhas do Linha Popular, como matérias pouco aprofundadas e falta de conteúdo cultural. Hoje, analisando o material, que falhas você encontra?

Laura: Não eram exatamente falhas, mas possibilidade de como atender à população. O material é muito melhor, mas a jornada do jornalista não bus-ca a perfeição, talvez somente como uma utopia. A comuni-cação e interação com a co-munidade de Camboriú seja talvez o grande segredo para manter o jornal no caminho.

Linha Popular: E quais são as principais características positivas do Linha Popular? Que conselhos você daria para o futuro do jornal?Laura: As características posi-tivas são interação com a po-pulação da cidade, manter-se perto de quem lê. Um conse-lho para o futuro do jornal? Se-jam persistentes, não percam o olhar sobre o contexto em que estão produzindo e man-tenham o charme de que ser pequeno é uma grande tarefa.

Reconhecimento Neste período, o trabalho realizado por nossa equipe foi reconhecido por autoridades, entidades e comunidade. Confira algumas honrarias e prêmios recebidos:

- Certificado Amigo da Criança de Camboriú, concedido pelo Conselho Tutelar em 2009 - Moção de Congratulações da Câmara de Vereadores em 2009, pela presença constante nas sessões e di-vulgação das informações dos trabalhos legislativos - Homenagem do Comando do Anjo da Guarda Fest, concedido em 2009- Moção de Congratulações da Câmara de Vereadores, em 2010, parabenizando pelo primeiro ano de jornal - Certificado de responsabilidade social da campanha “Eu Faço parte desta gota de esperança”, concedida por João Josias Pereira em 2011- Menções Honrosas da Adjori por ter sido finalista o Troféu Pena de Ouro nas categorias Editorial, Charge, Foto-grafia e Reportagem Pautada em 2011 (10ª colocação geral)- Moção de Congratulações da Câmara de Vereadores, em 2011, pelo trabalho de informação e monitora-mento das cheias na região e pela iniciativa e coordenação de uma campanha em auxílio da Defesa Civil- Prêmio Mérito ao Amigo do Meio Ambiente, concedido pela Câmara de Vereadores em 2012 - Menções Honrosas da Adjori por ter sido finalista do Troféu Pena de Ouro nas categorias Charge, Reportagem Pautada e Reportagem Livre em 2012 (4ª colocação geral do prêmio)- Certificado de Empresa Solidária 2012, concedido pelo Grupo Socioeducacional e Cultural Latarte

Arquivo pessoal/LP

Iniciativa de três jovens jornalistas, LP se firma como jornal de credibilidade e cresce junto com Camboriú

Em 28 de fevereiro de 2009, circulava a primei-ra edição do Linha Popular – que, na época, tinha ou-tro nome: Primeira Linha. Uma grande foto ocupava a capa e dividia espaço com a manchete “Pedras no ca-minho – Prefeitura e moradores discutem soluções para impasse de conjunto habitacional no bairro Cedro”. A matéria era sobre o loteamento Florestan Fernandes. No decorrer destes quatro anos, o Linha Popular voltou ao local. E as pedras continuam no caminho.

Não esquecer faz parte do trabalho dos jornalis-tas do Linha Popular. Naquela edição, havia matérias sobre a invasão de terras públicas e o transporte públi-co. O LP cobriu ainda o Carnaval do Salão do Gustavo, que completava 60 anos, e o primeiro perfil foi com o pesquisador José Ângelo Rebelo, que falou sobre polí-tica, história e os fatos que mudaram a cidade nas últi-mas décadas.

Este conjunto de informações resulta na história contemporânea de Camboriú. Falamos das mudanças ao mesmo tempo em que elas acontecem. E conta-mos as histórias de acordo com o olhar do leitor.

Foi por identificar que havia espaço e que o ci-dadão camboriuense precisava ter voz que o Linha Po-pular surgiu. Fernando Assanti, Gustavo Zonta e Naiza Comel, jovens jornalistas, iniciaram os trabalhos seguin-do um dos preceitos básicos que a faculdade de Jorna-lismo ensina: a ética em primeiro lugar.

No primeiro editorial, explicamos que o Linha Po-pular surgia com “a missão de ajudar no crescimento da nossa cidade e com a vontade de crescer junto com ela”. No decorrer destes quatro anos, muita coisa mudou, tanto em Camboriú quanto no LP.

Ruas ganharam asfalto, prédios foram construí-dos, a cidade está em constante modificação. No Linha Popular, a equipe cresceu. Hoje, são cinco jornalistas que produzem um jornal semanal com conteúdo 100% local, além dos colunistas. E a grande novidade nestes 4 anos é um novo site, que permite mais participação do leitor e conta com blogs com conteúdos exclusivos.

As mudanças, os investimentos e o foco no jorna-lismo de qualidade já dão resultados. No ano passado, o LP ficou em 4° lugar no prêmio realizado pela Associa-ção dos Jornais do Interior de Santa Catarina – Adjori/SC, que envolveu 53 veículos impressos, locais e regio-nais, de todo o estado.

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013

“A reportagem que me marcou foi a cobertura do julgamento dos acusados do homicídio de Eneri Antônio de Souza. Acompanho o caso desde que a morte ocorreu, em 2008, e passei 17 horas no júri. Foi uma cobertura difícil, com mui-tos detalhes, e cansativa. Os três réus foram condenados, mas todos estão soltos. Vou continuar acom-panhando o caso”, Stefani Ceolla.

Linha Popularaqui Camboriú é notícia

Jorn

al

Camboriú, 25 de novembro de 2011www.linhapopular.com.brAno III - nº 142

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R$1

Menina de 9 anos grava confissão de pedófiloPÁG. 22

Segurança

Para IBGE, Camboriú não tem bairros definidosPÁG. 13

Cidade

Perfil: Conheça Eduardo Clara, técnico do Camboriú FC Pág. 16

Prefeitura gastou mais de R$ 60 mil com diárias em 2010PÁG. 5

Política

Páginas 6 e 7

O júri do anoTODOS CULPADOS

Julgamento de três envolvidos no assassinato de Eneri Antônio de Souza dura 17 horas e

é acompanhado por toda a cidade. Isaías Ferreira Santiago, o Pelé, Paulo Alves de Souza e Anderson Alves de Souza foram considerados culpados pelo júri popular.

Linha Popular acompanhou todo o julgamento e conta detalhes do que ocorreu

nas longas horas de depoimentos e acusações

Nesta edição:caderno especial do Camboriú FC

“Em setembro de 2011, o LP fez uma das maiores coberturas da sua his-tória, quando a cidade sofreu com alagamentos em diversos pontos e a comunidade ficou madrugada a dentro acompanhando a movimen-tação das águas. Ficamos de plan-tão durante toda a madrugada. Os vereadores de Camboriú concede-ram uma moção de congratulação pelo serviço”, Fernando Assanti.

“Uma das matérias que mais me impactou foi feita em abril de 2009 e tratou do aumento no número de casos de negligência na cidade. A maior parte das denúncias recebi-das pelo Conselho Tutelar levava a uma realidade de extrema falta de higiene. Para não expor as crian-ças envolvidas, a imagem utilizada para ilustrar a matéria foi de bone-cas das crianças ”, Naiza Comel.

“O que mais me marcou foi a cobertura do acesso do Camboriú FC à elite do fute-bol catarinense. Quando se cobre um time de futebol, a gente acaba se envolvendo e se torna torcedor. O jogo que garantiu o acesso foi emocionante. Fizemos um caderno especial sobre o time”, Gustavo Zonta.

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As matérias que ficaram na memória dos leitores

São 206 edições do Linha Popular. 206 semanas em que levamos ao leitor todas as informações sobre a cidade. E algumas delas ficaram marcadas na memória

Notícias boas e ruins são contadas semanalmente, há 4 anos, pelas páginas do Linha Popular. Algumas delas passam despercebidas. Outras tocam profundamente o leitor. Neste aniversário, o Linha Popular quis saber quais são as reportagens inesquecíveis que ganharam as páginas do jornal. Confira algumas respostas:

“Lembro uma reportagem que vocês fizeram sobre roubo de terra na Várzea do Ranchinho”, disse a leitora Raquel Gaspar Rayzer Wegner. A matéria em questão foi publicada como “Foto da Se-mana” na quarta edição do Linha Popular. O marido de Raquel, Gilson Wegner, flagrou a extração irregular de terra na localidade e enviou a foto do ocorrido para o LP. A Prefeitura na ocasião se comprometeu a fiscalizar a situação.

“Na 1ª edição do Linha Popular foi colocada a nomeação do PV Camboriú, marcando a nova era da preocupação com o meio ambiente na cidade. Achei uma publicação muito impor-tante pelo marco histórico”, disse Arnaldo Christian Pereira, leitor do jornal e hoje presidente da Fundação do Meio Ambien-te de Camboriú. Na matéria citada por ele, foram apresentados os nomes das pessoas ligadas ao partido e as metas da sigla.

“As que deram maior repercussão, na mi-nha opinião, foram duas: Caso do ex-pre-feito Edson Olegário e a dos remédios que foram enterrados”, disse Thiago Rosário. Uma das matérias envolvendo Edinho que teve mais repercussão foi a que tratava de seu rompimento com a prefeita Luzia.

O caso dos remédios enter-rados no lixão também foi apontado pelo leitor Jaime Angel. “Mostra o descaso da administração com a saúde. Vejo tantas pessoas sofrendo sem remédios e muitos outros que gastam quase toda sua aposentadoria nisso e acon-tece um absurdo desses”, opina o leitor, que ainda aponta que a matéria foi feita em 2012, ano eleitoral. “Foi uma bomba”, completa. A parte do aterro em que os remédios foram enterrados foi interditada pela Polícia Ambiental. Agora, o lixão será fechado.

O leitor David Fausto apontou o caso Eneri como o de maior repercussão já publicado pelo Linha Popular. Eneri Antônio de Souza foi assassinado durante a campanha eleitoral de 2008. Três pessoas foram condenadas pelo crime, mas respondem em liberdade. O ex-prefeito Edinho é suspeito de ser o man-dante. Eneri teria morrido por engano, já que o alvo era seu irmão, Ângelo de Souza.

Na memória da nossa equipeComo jornalistas, precisamos manter certo distanciamento dos fatos para que nossas visões não interfiram no modo como passamos as informações aos leitores. No entanto, não estamos imunes e muitas das reportagens feitas nos tocam, emocionam ou revoltam. Saiba quais foram as matérias que marcaram nossa equipe:

“Por coincidência, é a matéria que está na página 20 desta edição, do estudante Geowany Kotovey de Oliveira, que doou seu cabelo. A ação dele é um exemplo como-vente, principalmente pela história de como aconteceu. É o tipo de pauta que nos faz restaurar a fé na humanidade, mesmo com outras notícias ruins que lemos todos os dias”, Joel Minusculi.

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 201310Cidade

PLANO DE SAÚDE SUJEITO A PAGAR INDENIZAÇÃO

Alô, alô, galera, voltei... falando pra nossa terrinha, algumas questões de direito.

As administradoras de planos de saúde que exigem de seus beneficiários o pagamento de “stent”, marcapasso, dentre outros apa-relhos necessários à realização de cirurgia, estão sendo condenadas na justiça frequentemente.

O “stent” (conhecido vulgarmente como “molinha” ou “cani-nho”) é um aparelho usado para desobstruir a artéria, já o marcapasso é aquele que serve para reativar um coração incompetente.

Geralmente a negativa do plano de saúde ocorre porque os contratos não cobrem a colocação de próteses.

Há decisões que entendem que o “stent” sequer é considerado uma prótese e obrigam a sua colocação.

Em Natal/RN, por exemplo, um paciente com problemas car-díacos ganhou na Justiça o direito de colocar um aparelho “stent”, para desobstruir uma artéria. O contrato firmado com o plano Bra-desco Saúde não permitia a colocação do aparelho por considerá-lo como prótese, mas este argumento foi rechaçado pela Justiça.

No julgamento, o desembargador Amaury Moura, relator do processo, destacou que a função do “stent” é manter as paredes das artérias dilatadas, não se enquadrando a definição de prótese. Ele dis-se: “Cuida-se, em realidade, de dispositivo introduzido na artéria le-sada para melhorar sua função, ao contrário da prótese que substitui, artificialmente, membros ou órgãos do corpo”.

Mas, mesmo sendo considerado como prótese, o “stent”, as-sim como o marcapasso, deve ser arcado pela administradora do pla-no de saúde, conforme tem decidido o Judiciário.

Um paciente de Camboriú foi internado no Hospital do Co-ração, na cidade de Balneário Camboriú/SC, em caráter de urgência, pois estava com bloqueio atrioventricular total e assim necessitava de procedimento cirúrgico urgente para implantação de um marcapasso, sob pena de morrer.

A Unimed autorizou apenas a realização do procedimento ci-rúrgico para implantação do marcapasso e negou-se a arcar com as despesas relativas à aquisição de “marcapasso” com seus acessórios (dois cabos eletrodos e dois introdutores de eletrodo), alegando que tais custos não eram cobertos pelo plano de saúde.

Em vista da grave situação de saúde em que o paciente se en-contrava, ele pagou as despesas decorrentes da aquisição do marca-passo e seus acessórios, no valor de R$ 12 mil.

Depois de operado o paciente recorreu ao Judiciário e a Uni-med foi condenada a restituir o valor pago, acrescido de juros e corre-ção monetária, e ainda foi condenada a pagar mais R$ 20 mil a título de indenização por danos morais.

Os danos morais decorreram da dor, constrangimento e de-mais resultados negativos causados pela negativa de socorro num momento de grande necessidade.

A Justiça Catarinense (em primeiro e segundo grau de juris-dição) entendeu ser nula, pela sua manifesta abusividade, qualquer cláusula que exclua de cobertura a órtese que integre, necessariamen-te, cirurgia ou procedimento coberto por plano ou seguro de saúde, tais como “stent” e marcapasso.

Assim, resta a quem for prejudicado pelas administradoras de planos de saúde, buscar socorro na Justiça para ver satisfeito seu direito (extensivo aos herdeiros, no caso de falecimento do benefici-ário do plano de saúde), sendo certo que aquele que não pode pagar para só depois pedir o reembolso, deve pedir uma liminar judicial que obrigue a colocação do aparelho negado.

Para encerrar aviso que está disponível para alugar uma sala comercial de segundo piso, na rua José Francisco Bernardes, 33, so-bre a loja Koerich (F: 9977-0415). Fiz o meu merchã!

Por agora é isso, que eu vou estudar a Jurisprudência da Justi-ça Catarinense. Fui!

Hélio MarcosBenvenuttiemail: [email protected]

twitter: @HMBenvenutti

Coleta seletiva: ampliação para todos os bairros só depois de junho

Previsão inicial da Prefeitura era de que em abril do ano passado serviço já atenderia toda a cidade

Em dezembro de 2011, a co-leta seletiva de lixo foi im-

plantada em Camboriú. O servi-ço passou a ser oferecido depois que projeto de lei do então verea-dor Wander Cordeiro foi aprova-do pela Câmara de Vereadores. O projeto iniciou atendendo a oito localidades do município e a expectativa era de que em abril de 2012, quase um ano atrás, fos-se expandido para toda a cidade. Isso não ocorreu. Em novembro do ano passado, um novo prazo foi dado: janeiro de 2013. Po-rém, mais uma vez, a ampliação do serviço será adiada.

O presidente da Funda-ção de Meio Ambiente, Arnal-do Christian Pereira, explica que está sendo analisada de que forma ocorrerá o atendimento a todos os bairros. Ele afirma que, para a ampliação, é funda-mental um projeto de educação ambiental.

“Estamos organizando nosso departamento de Educa-ção Ambiental, professores farão parte deste trabalho”, explica Arnaldo. “Acredito que no mês

que vem começamos a estudar a situação atual e metas de amplia-ção”, completa.

O objetivo é expandir o serviço, a partir do mês de junho, para toda a área urbana da cidade e começar a atender a área rural. Antes da ampliação, o projeto de educação ambiental será iniciado nas escolas. “Também iremos divulgar de diversas maneiras nas novas residências a serem atendidas, bem como nas áreas já atendidas. Vamos distribuir folders explicativos informando sobre como e quando a coleta seletiva passará nos bairros”, diz Arnaldo.

Ele explica que, nos locais já atendidos, a comunidade tem

aderido. No entanto, avalia que é necessária maior divulgação porque muitos moradores ainda não sabem os dias e horários da coleta. “Quem aderiu sabe como funciona, mas primeiro, antes da ampliação, temos que fazer um diagnóstico para sabermos pon-tos fracos e fortes para assim dar andamento à segunda fase”, ele completa.

Em março, a Fundação de Meio Ambiente e a Secretaria de Saneamento Básico, responsável pela coleta de lixo, devem dis-cutir em parceria as formas de ampliação do projeto. “Acredito que até junho já deveremos ter iniciado essa segunda fase”, fina-liza Arnaldo.

Gustavo Zonta/LP

Coleta. Objetivo é expandir o serviço para toda a área urbana e começar na área rural

Cronograma da coleta seletiva- Segunda-feira: Areias- Terça-feira: Santa Regina (manhã), Rio Pequeno (tarde)- Quarta-feira: Centro- Quinta-feira: Cedro (manhã), Lídia Duarte (tarde)- Sexta-feira: São Francisco de Assis (manhã), João da Costa (tarde)

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013

Cidade

Os problemas da educação em Camboriú vão além

das creches sem estrutura, alu-nos sem sala de aula e falta de uniforme escolar relatados pelo Linha Popular na sema-na passada. Nos últimos dias, leitores procuram o jornal para denunciar outras situações, como a falta de materiais di-dáticos e equipamentos para professores.

Um leitor que não quis ter o nome divulgado contou que, na escola Artur Sich-mann, os alunos das séries fi-nais estão sem livros didáticos. Além disso, ele relata que os professores não contam com materiais essenciais, como mapas.

A mãe de estudantes da rede pública municipal, que também não quis se identificar, entrou em contato para mani-festar sua posição contrária à decisão da Prefeitura de não entregar uniformes escolares este ano. “Deviam tirar o di-nheiro da Festa Rural e não do uniforme dos alunos”, opina.

A secretária de Educa-ção, Fátima Gervásio, afirma que não tinha conhecimento das reclamações do Artur Si-chmann, mas que vai apurar a denúncia. Explica que os livros são escolhidos pelos professores e entregues pelos

Leitores apontam novos problemas na educação

Depois da reportagem publicada pelo Linha Popular na semana passada, leitores procuraram o jornal e relataram outras situações

Ministério Público investiga superlotação

Nesta semana, o Ministério Público instaurou inquérito para investigar denúncia feita à cor-regedoria sobre superlotação das salas do Centro de Educação In-fantil – CEI Maria Russi, que fica no bairro Rio Pequeno. A secretá-ria de Educação afirma que esteve

Camboriú de fora do Pacto pela EducaçãoO Governo do Estado lançou na semana passada o progra-ma Pacto pela Educação. Serão investidos R$ 500 milhões em melhorias na estrutura das escolas, infraestrutura esportiva, aprimoramento pedagógico, criação de centros profissionali-zantes e tecnologias para as salas de aula. A Secretaria de Desenvolvimento Regional de Itajaí, da qual Camboriú faz parte, divulgou quais são as obras que serão realizadas na região. A área será contemplada com cinco novas escolas e oito unidades revitalizadas. Nenhuma delas fica em Camboriú. Para a secretária de Educação, Fátima Gervásio, a exclusão da cidade não surpreende. “O estado deixa a desejar. Aqui eles não investem porque nas escolas estaduais, tirando o José Arantes, tem vaga sobrando”, afirma. Ela explica que, na rede estadual, há escolas com salas vazias. “Os pais também optam por não colocar por causa das greves”, completa.A SDR de Itajaí abrange nove municípios. Destes, Camboriú, Itapema, Porto Belo e Balneário Piçarras não serão contem-pladas por obras do Pacto pela Educação.

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Se você está organizando o casamento ou pensando em casar, o LP tem um blog feito

especialmente para você. Com a reformulação do site do Linha Popular, entra no ar o blog

“Histórias de Véu e Grinalda”.

Ele é feito pela jornalista Naiza Comel e traz informações sobre a organização de um

casamento, apresenta tendências e sugestões. E, claro, conta histórias de casamentos

dos camboriuenses.

www.linhapopular.com.br/blogs/veuegrinalda

Naiza Comel

O que é este quadrado? A caixa com pequenos quadrados pretos e brancos chama-se QR Code. O símbolo serve como um atalho, que pode ser lido pela câmera de celulares modernos e seus aplicativos. A praticidade está em não precisar digitar endereços de internet ou textos longos nos pequenos teclados. Com o aplicativo ligado, basta apontar, esperar o aparelho ler e tocar o atalho que surgir. Para aparelhos com dispositivo Android re-comendamos o uso do aplicativo Barcode Scanner. Usuário de iOS, da Apple, podem usar o Qrafter. Já quem tem um Blackberry pode instalar o Blackberry QR-Code Reader.

Tem também no LP!

Conheça e conte a sua história:

Tudo sobre casamento?

no local na semana passada e não identificou este problema, mas ga-rante que vai verificar a situação. Fátima disse ainda que não rece-beu nenhuma notificação do MP.

Nesta semana, a Secretaria de Educação fechou acordo com a igreja do bairro Taboleiro para que a creche do bairro, a Julita Pereira, passe a ser instalada no salão pa-roquial. A unidade tem graves pro-blemas estruturais que colocam as crianças em risco. “Agora vamos ver que adaptações serão neces-sárias para que a creche passe a funcionar no salão”, diz Fátima. A expectativa é de que isso ocorra em duas semanas.

Correios, e acredita que pode ter ocorrido atraso na entrega. Sobre os uniformes, a decisão está mantida.

Gustavo Zonta/LP

Creche. No caso do CEI Julita Pereira, a solução encontrada foi transferir a unidade para o salão paroquial do bairro

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013

Cidade12

Ele salvou vidasPolicial Militar da Companhia da PM de Camboriú impediu que dois turistas argentinos se afogassem na praia de Balneário

Ricardo Montovani Baumann surfa desde os 9 anos de ida-

de. Natural de Balneário Cambo-riú, cresceu na praia. Há dois anos, decidiu ser Policial Militar. Desde então, atua na Companhia da PM de Camboriú. Mas o amor pelas ondas não foi abandonado. E foi isso que fez com que, além de evi-tar os crimes, salvasse vidas.

Na quinta-feira, dia 21, Montovani estava de folga e foi surfar na praia central de Balne-ário. Quando saía da água, per-cebeu que dois homens estavam se afogando. “Eu nem pensei, foi automático. Fui até eles”, recorda. Eram os jovens Alexis Tampares, de 19 anos, e Pablo Andrés Pavon, 21, ambos argentinos. “Eles eram grandes, mais pesados que eu. Mesmo assim, coloquei primeiro o mais novo na prancha e consegui puxar o outro. Foi difícil porque estávamos no fundo, o mar estava bastante agitado”, conta.

Naquele dia, as bandei-ras colocadas na areia pelos guarda-vidas eram vermelhas, sinalizando o risco de entrar no mar. As ondas eram altas. O po-licial teve dificuldades em sair da água. “Quando coloquei os dois na prancha foi que percebi o risco. Cheguei a pensar que ia

morrer ali”, lembra. O pensamento foi o mesmo

dos dois jovens. Em depoimento dado à polícia depois do salva-mento, Alexis disse acreditar que morreria. “O policial correu risco ao nos salvar. Foi um ato de cora-gem”, disse.

Quando saía da água com os dois turistas, Montovani rece-beu a ajuda dos guarda-vidas que prestaram os primeiros atendimen-tos aos jovens, que passam bem. Depois do salvamento, o policial conseguiu falar com os argentinos. “Eles me agradeceram muito”, conta.

Como policial, Montovani já passou por situações de risco. Recorda tiroteios, vítimas baleadas e mortes, que fazem parte da roti-na da profissão. “Já vi muita gente morta, e informar uma família dis-so não é a melhor coisa que tem”, disse, emocionado, à reportagem do Linha Popular.

Montovani garante que o fato fez com que visse a pro-fissão de outra forma. “Eu dou mais valor à vida. Percebi que eu podia ajudar ou ignorar, mas eu não fugiria desta responsabi-lidade”, reflete o policial. “Me sinto feliz e satisfeito por ter conseguido”, finaliza.Herói. Ricardo Montovani Baumann estava de folga, surfando, quando salvou os turistas

Stefani Ceolla/LP

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 13

Novo portal do Linha Popular, nosso presente pra você!

www.linhapopular.com.br

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 201314Cidade

Os problemas da rua Monte Bonete

Esgoto a céu aberto, terrenos baldios cobertos pelo mato e bocas de lobo sujas são alguns dos

problemas da via

Marcio Albino mora na rua Monte Bonete, no dis-

trito do Monte Alegre, desde a infância. Hoje, com mais de 30 anos, relembra o tempo em que podia pescar no rio Peroba, que passava nos fundos de sua casa. Agora, com a construção de uma galeria em um dos trechos, o rio já não passa mais pelo lo-cal. O que ficou é uma vala de esgoto a céu aberto e lixo. O problema revolta moradores.

“Rio não se coloca em tubos. Fazem isso e acham que fica tudo certo”, afirma o mo-rador, se referindo aos trechos canalizados do rio, que resulta-ram no problema nos fundos de sua casa.

Simone Friebe Albino, sua esposa, teme pela saúde das crianças que moram nas pro-ximidades. A família construiu uma cerca nos fundos da casa para impedir que os menores cheguem à vala, mas ela sabe que a solução para o problema não é tão simples. “Vem rato, moscas, caramujo africano. A

Prefeitura fala em campanha contra a dengue, mas deixa toda essa água parada”, questiona a moradora. Além da sujeira, o mau cheiro também chama a atenção de quem chega perto do local.

Marina Albino, que tam-bém mora nas proximidades, conta que já procurou a Prefei-tura várias vezes para pedir a solução do problema, mas não tem recebido respostas satisfa-tórias. “Dizem que vão dar uma olhada e não fazem nada. Estão prometendo a solução há mais de um ano”, afirma.

Marcio aponta que a melhoria na via é um direito dos moradores que vivem ali. “Pagamos impostos, eles nos exigem um monte de coisas e a gente pede atenção para uma rua e não adianta. É uma ver-gonha”, desabafa o morador. Além da vala, eles mostram um terreno baldio coberto de mato, bocas de lobo fechadas e a rua de chão batido como problemas no local.

Vala. Esgoto a céu aberto é despejado no fundo das casas da Monte Bonete

Gustavo Zonta/LP

O que diz a Prefeitura

O secretário de Sanea-mento Básico, Janir Francisco de Miranda, reconhece que “an-tes a água do rio Peroba passa-va por ali, mas com a galeria da Monte Cruzeiro não passa mais. Ficou só a água e o esgoto que já tinha”. O secretário afirma

que a Prefeitura está estudando uma solução. “Temos que fazer uma nova tubulação para tirar a água totalmente dali e captar o esgoto jogado pelas casas”, afir-ma. “Essa vala será eliminada”, garante. A previsão da Sesb é de que a obra comece em 90 dias.

Uma casa para chamar de larHá 10 anos casa no centro da cidade é abrigo para adolescentes abandonados

ou sem condições de voltar ao lar

A casa número 215 na rua Porto Alegre, no centro,

não se destaca na vizinhança. É no endereço que funciona o Lar de Integração Familiar do Adolescente, um abrigo para adolescentes entre 12 e 17 anos. Os acolhidos são adolescente abandonados, que perderam os pais ou sem con-dições de retornar para o lar – alguns vítimas de violência doméstica. E todos convivem lá dentro de certas regras, como na casa de uma família, e de acordo com ordens da Justiça.

A coordenadora, Lore-na Pinheiro, é a matriarca, que cuida dos horários de comer, banho e rotina dos adolescen-tes. Ela foi conselheira tute-lar de Camboriú durante oito anos e sempre atuou no cuida-do com adolescentes. Até que deixou o cargo e foi convida-da pelo promotor de Justiça em 2003 para montar um abri-go, já que não havia nenhum na cidade. E assim, através de um decreto municipal, o Lar de Integração Familiar do

Adolescente foi criado. O Lar é vinculado à Secretaria de Desenvolvimento e Assistên-cia Social, que paga o aluguel, as contas de água e luz, além do salário das funcionárias.

O secretário John Le-non Teodoro explica que o lar também oferece atendi-mento de profissionais de saúde, os adolescentes vão à escola, participam de cursos e recebem orientação social. A intenção, segundo ele, é promover a reintegração ao ambiente familiar. “Enquanto ficam hospedados, é identi-ficada a família mais próxi-ma, como tios ou avós. Mas a prioridade é o retorno para os pais quando possível. Nin-guém quer tirá-los de suas ca-sas”, completa.

Em 2012 passaram 18 meninos e meninas pelo Lar de Integração Familiar do Adolescente. Hoje o local abriga três, que estudam e fazem cursos oferecidos pela Prefeitura. A lotação máxima da casa é de 15 adolescentes. O local só não comporta quem

é dependente químico ou te-nha cometido delitos graves. E, segundo Lorena, a deman-da felizmente vem caindo.

O lar é cuidado por cin-co funcionárias. A casa tem três quartos, dois para meni-nas e um para meninos. Dois banheiros, uma sala de TV, uma dispensa, uma lavande-ria, uma área administrativa, uma cozinha e uma garagem fazem parte da estrutura. Tudo para lembrar o ambiente familiar, segundo Lorena.

A maioria dos adoles-centes atendidos são meninas. “A carga é difícil. Os adoles-centes vêm com o psicológico comprometido. Nós tentamos fazer uma triagem, mas é di-fícil. Com o tempo eles che-gam até me chamar de mãe. A gente cuida deles como filhos, leva inclusive para passear no shopping e ir na pizzaria”, detalha a coordenadora. Ela também lembra das dificulda-des do início, mas afirma que hoje Camboriú está bem es-truturada para o atendimento de crianças e adolescentes.

Organização. Meninos e meninas ficam em quartos separados e convivem dentro de re-gras familiares

Fotos: Gustavo Zonta/LP

Coordenação. Lorena Pinheiro comanda o Lar desde a criação, em 2003

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 15Adjori/SC

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Colombo: o sigilo e a vitória contra o crime

Adjori - Quando o senhor to-mou conhecimento dos primei-ros atentados, no fim de janeiro, quais foram as primeiras medi-das?

Raimundo Colombo - A gente percebeu que eles tinham as mes-mas características do que tinha ocorrido em novembro. Então, nós tínhamos que usar de forma muito rápida o serviço de inteligência. E essa foi a primeira medida que se organizou em torno da secretária Ada, e de todas as unidades de inteligência do Governo Estadual e do Governo Federal. Nós capta-mos todas as informações e quan-do as obtive fui a Brasília. Em con-versa com o ministro da Justiça relatei a situação e ele percebeu a gravidade.

Adjori – Mas o senhor levou um plano ao ministro?

Colombo - Eu levei uma pro-posta de ação e fizemos um cro-nograma. Naquele dia já ficou ajustada a presença da Força Nacional e nós teríamos que agir no mesmo momento na transfe-rência dos presos e de mais de 100 prisões, que já estavam iden-tificadas. Mas havia o Carnaval. Nós não teríamos como fazer esta operação antes ou durante o Car-naval, considerando o alto risco. Então, nós tivemos de passar a imagem de que a gente não sa-bia o que fazer para poder vencer esse desafio.

Adjori – O que aconteceu logo depois?

Colombo - Eu procurei o pre-sidente do Tribunal de Justiça, o procurador geral de Justiça e ou-tras autoridades e relatei aquilo que eu podia relatar sobre a si-tuação. Evidentemente que para você fazer um inquérito, fazer um pedido de prisão, você precisa ter a gravação telefônica ou você precisa ter elementos de prova. E esse inquérito precisa ter autoriza-ção da Justiça. Essa era uma es-tratégia. Para transferir os presos

para unidade federal também é preciso autorização da Justiça. Aí você tem de buscar todos os ele-mentos de prova. Isso tudo estava em andamento em paralelo com o serviço de inteligência, de tal for-ma que nós conseguimos dar an-damento na operação no sábado de manhã (16 de fevereiro). Mas até lá, houve uma fase dura. Tra-balhamos muito de madrugada, ouvindo gravações...

Adjori – A tensão devia ser grande, ouvindo as ameaças...

Colombo – Foram noites di-fíceis, porque você ouve as gra-vações e você “vê” as ameaças: “queima isso, queima aquilo”.

Adjori – O senhor ouviu mui-tas gravações?

Colombo - Sim, ouvi e recebi o relatório de tudo. E isso vai trazen-do junto uma carga de emoção, porque aí a polícia vai para tal lu-gar, cria expectativa, não aconte-ce nada. Mas até você ter isso cla-ro, “olha vamos fazer ataque aqui, ataque lá”, isso tudo tem uma car-ga de emoção muito forte e uma responsabilidade enorme, porque cabe a nós não deixar que isso ocorra. Então essas informações chegavam numa carga muito for-te. E o nosso pessoal trabalhan-do, decodificando, identificando tudo isso. O duro é chegar depois, quando termina tudo isso, começa o dia e alguém liga e diz “olha, não aconteceu nada”. E a gente pas-sou esse tempo todo, nossa força policial fortemente armada, cui-dando disso. Mas a gente sabia que iria virar o jogo e que o sigilo era fundamental. Nós não podía-mos falar que essa operação iria ser feita, nós não podíamos contar que iríamos prender quase 100 pessoas, nem da transferência de presos. Então o governo se articu-lou bem com relação ao sigilo e a operação está tendo grande êxito.

Adjori – Sem violência...Colombo - Uma coisa que fica

marcada é a seguinte: além de

uma morte de um criminoso em Joinville, houve dois feridos e um cidadão que teve queimaduras no corpo dentro de um ônibus. Mas na operação policial não houve um tiro sequer! Foi o maior número de prisões da história de Santa Catarina e o maior número de transferências. Então, o sigilo nesse momento foi uma arma im-portante, fundamental.

Adjori - Houve um certo mo-mento em que se dizia que havia lentidão para tomar as medidas. Pelo jeito, o Carnaval “atrapa-lhou”, mas não impediu que a megaoperação...

Colombo - Foi tudo muito rápi-do, houve agilidade e eficiência. É que para você fazer todos os ele-mentos de prova nós trabalhamos com nossas equipes 24 horas e eu tenho muito orgulho do desem-penho do nosso pessoal. Então as pessoas falam, “mas tinha que ter agido antes”. Mas durante o Carnaval não era possível fazer. E tinha de haver sigilo. Houve mui-tas críticas pessoais, muitos apro-veitadores, mas é um preço a pa-gar e não havia outra saída. Você sacrifica a popularidade, para ter uma operação com credibilidade. E hoje todo mundo enxerga que a atuação foi correta e que tinha de ser assim. Receber críticas faz parte do jogo. O importante é você fazer a coisa tecnicamente adequada e correta.

Adjori - Nos outros estados, as pessoas perguntam: por que essa onda em Santa Catarina?

Colombo - São diversos fa-tores. Houve um endurecimento dentro das unidades prisionais e também houve excessos que es-tão sendo punidos, como é o caso de Joinville, com características de tortura, o que é inaceitável. Pessoas estão sendo punidas por isso. Houve um enfrentamento do crime organizado, aquela prisão da advogada foi um problema grave para eles, e nós fizemos

várias ligações dentro das comu-nidades com um número de pri-sões muito grande. Tanto é que o Verão de Santa Catarina foi o mais tranquilo dos últimos 25 anos. No Carnaval também não houve ne-nhum incidente. Isso é resultado da eficiência da polícia. E isso gerou reações. Uma das causas também foi que abrimos oportuni-dade de trabalho para os presos. Aí eles saem da influência dos co-mandantes do crime organizado e passam a ter vida própria. Pas-sam a trabalhar, a ter um salário, motivação pessoal. As empresas garantiram um ano de trabalho de-pois que terminar a pena. Assim essas pessoas deixaram de ser massa de manobra. Isso foi uma das causas da reação.

Adjori - No bojo dos planos da megaoperação, houve tam-bém uma série de medidas ad-ministrativas na área de Justiça e Segurança.

Colombo - Aumentamos nos-so efetivo e realizamos concurso para mais de 1.500 policiais milita-res e mais também na Polícia Civil, além de mais 300 agentes peni-tenciários. Também temos hoje mais de 1.400 câmeras de vigilân-cia e elas dão uma ajuda impor-tante. Até o final do ano serão três mil. Nós fizemos, em dois anos, seis unidades novas no sistema prisional e ainda vamos abrir mais 6.500 vagas nos próximos dois anos. Ou seja, vamos para qua-se nove mil vagas em dois anos. Estamos fortalecendo a Seguran-ça para enfrentar situações como essa, porque infelizmente essas questões vêm com o desajuste da sociedade: é uma crise moral, drogas e isso tudo reflete uma re-alidade. Há 10 anos tínhamos sete mil detentos. Hoje são 17 mil. Veja que número agressivo!

Adjori - Está começando ago-ra um mutirão da Justiça para ver a situação dos presos. O que que vai resultar deste trabalho?

Colombo – Serão muitas trans-ferências. E nós temos cerca de cinco mil detentos de crimes que são de baixo risco e que, pela legislação, estão presos. Desse grupo, nós vamos avaliar caso a caso. Aqueles de menor periculo-sidade, infelizmente, acabam sen-do vítimas do crime organizado. Para eles nós temos uma alterna-tiva nova, um tratamento diferen-ciado. É claro que isso precisa ser visto com a Justiça: estão vindo 15 técnicos da Defensoria Públi-ca federal, e nós vamos colocar toda nossa equipe para fazer um estudo profundo desses cinco mil. Mas não tem nenhuma pessoa que já tenha cumprido pena que ainda esteja presa. Absolutamen-te nenhuma.

Adjori - Ao mesmo tempo que os atentados ganhavam manchetes, o senhor lançava o Pacto por SC. O que é esse Pacto?

Colombo - Conseguimos um volume de recursos para fazer in-vestimentos que nunca na história de Santa Catarina se conseguiu antes. São mais de R$ 7 bilhões em contratos já firmados. Quase R$ 3 bilhões são da malha rodo-viária, para duplicar rodovias, fa-zer terceira pista, novas rodovias alternativas. Nós temos um pacto na área da Saúde muito grande, com a construção de novos hos-pitais e a ampliação de muitos também, com fortalecimento das regiões. São R$ 500 milhões na Educação. Na Segurança é um investimento muito grande e na Justiça e na área social também. Tem outro projeto enorme de quase R$ 1 bilhão para a Defesa Civil, para evitar enchentes e ca-lamidades. Todas essas obras to-das estão começando agora. Em março vamos lançar quase 50, em abril quase 70, e elas estão seguindo seu fluxo de realização. Santa Catarina vai se transformar num grande canteiro de obras.

Colombo: “A gente sabia que iria virar o jogo e que o sigilo era fundamental. Nós não podíamos contar que iríamos pren-der quase 100 pessoas, nem da transferência de presos. Nos articulamos bem quanto ao sigilo e estamos tendo êxito”

Desde o dia 30 de janeiro até o dia 20 de fevereiro Santa Cata-rina voltou a ser vítima de uma onda de atentados, como já tinha acontecido em novembro de 2012. Nos dias que se sucederam ao início dos ataques, o governador Raimundo Colombo comandou – muitas vezes de madrugada, no Palácio da Agronômica – o trabalho das equipes da Justiça e Segurança Pública que acompanharam gravações telefônicas entre criminosos, entre advogados e presos, e que prepararam o plano que depois foi levado ao Ministério da Justiça. “Foram noites difíceis, porque você ouve as gravações e você ‘vê’ as ameaças: ‘queima isso, queima aquilo’”, conta o go-vernador nesta entrevista exclusiva para os Jornais da Adjori/SC. Colombo sofreu muitas críticas por seu silêncio, que dava impres-são de uma paralisia do Governo ante a crise e agora desabafa: “O sigilo nesse momento foi uma arma importante, fundamental. Houve muitas críticas pessoais, muitos aproveitadores, mas é um preço a pagar e não havia outra saída. Você sacrifica a popularidade, para ter uma operação com credibilidade”. No dia 16 de fevereiro a megaoperação para acabar com os atentados, uma das maiores já ocorridas no Brasil, foi para as ruas, com prisões, transferências de presos para fora e dentro do estado, e a chegada da Força Nacio-nal. O governador fala sobre o antes, o durante e as ações que já desencadeou depois dessa segunda onda de ataques.

À ASSOCIAÇÃO DOS JORNAIS DO INTERIOR DE SANTA CATARINA - ADJORI/SC

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013

KarinaElisa [email protected]/kasocial

Estúdio Fotográfico Marciane/LP

A vovó do amigo Henrique de Cól soprou velinhas no dia 18 de fevereiro e aparece linda na foto para ilustrar a coluna desta semana. Que Deus abençoe a senho-ra, Dona Ofélia Peroza, lhe dando muita saúde, muita paz e a compa-nhia de todas as pessoas que a senhora ama. Um grande beijo no coração.

Quem aniversaria ama-nhã, dia 2 de março, é Márcio Gervasi, pai do pilotinho Carlos Augusto. A esposa Carla Kroeger quer homenageá-lo, pois ele é um pai muito dedicado, determinado e orgulhoso pelo filho campeão. Saúde e paz para toda a família!

Fotos: Arquivo pessoal/LP

Amiga querida, Jucélia Terezinha Coppi trocou idade no sábado, dia 23 de fevereiro. Desejo muitas felicidades e bênçãos em sua vida e de toda sua família!

16

Nossa amiga e vereadora Márcia de Oliveira Freitag sopra velinhas no próximo dia 5 de março. Desejo muito sucesso, realizações e muito amor. Grande abraço!

A camboriuense Analú Vignoli

formou-se em jor-nalismo no fim de

semana. Teve ainda mais motivos para

comemorar, já que encheu a família de orgulho com o prê-

mio mérito estudantil. Na foto, com o pri-mo e companheiro de trabalho na as-

sessoria de imprensa da Prefeitura, Alan.

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 17

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013

Posto da Praça é embargado por

vazamento de combustível

18Cidade

Segundo a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina – Fatma, o solo está poluído no local

Na semana passada, o Pos-to da Praça, que fica ao

lado da Praça das Figueiras, no centro de Camboriú, foi embargado pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Ca-tarina – Fatma. O motivo, se-gundo o órgão de fiscalização ambiental, é um vazamento de combustível que poluiu o solo.

A Fatma fez laudos que comprovaram a poluição. Se-gundo a assessoria de impren-sa, não há comprovação de que o combustível teria chegado ao rio Camboriú, que fica próxi-mo ao posto. No entanto, o dano precisa ser reparado.

A Fatma informou que, além do embargo, os responsá-veis deverão pagar multa pelo crime ambiental. O valor ainda não foi definido. Pela assesso-ria, o órgão ainda explicou que

os proprietários devem retirar dali o material contaminado e apresentar um projeto de solu-ção para o problema.

Os responsáveis pelo Auto Posto da Praça foram procurados pela reportagem do LP. Uma delas foi encon-trada no local, mas não quis se pronunciar sobre o assunto. O proprietário não foi localizado.

Arnaldo Christian Perei-ra, presidente da Fundação de Meio Ambiente de Camboriú, que acompanha o caso, explicou que os proprietários questionam a autuação da Fatma e contra-taram uma empresa particular para fazer um novo laudo, que descartou a poluição do solo. O documento será entregue à Fat-ma. O órgão estadual explica que os proprietários pelo posto têm 20 dias para recorrer.

Veículos da Prefeitura de Camboriú

O Auto Posto da Pra-ça havia vencido licitação da Prefeitura e era ali que os veículos do Município abas-teciam. “O processo foi inter-rompido porque o posto foi fechado. Como é um serviço contínuo e que não pode ser

Comitê Camboriú recebe referência mundial em Recursos Hídricos

Engenheiro Civil Carlos Eduardo Morelli Tucci falou sobre um estudo hidrológico que realizou para a implantação de um parque inundável no interior da cidade

Na quarta-feira, dia 27, o Comitê de Gerenciamento

da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú realizou sua primeira assembleia geral de 2013. Na pauta da reunião, o destaque foi a palestra do professor Carlos Eduardo Morelli Tucci, enge-nheiro civil e referência mundial na pesquisa científica sobre re-cursos hídricos.

Tucci falou aos presentes sobre um estudo hidrológico que realizou para a implantação de parque inundável no interior de Camboriú. Para Ênio Faqueti, presidente do Comitê, este foi um momento muito especial. “O Grupo Técnico do Comitê ao longo de muitas análises e dis-cussões, identificou a necessida-de de implantação de um parque inundável acima do Parque Line-ar de Camboriú, com o intuito de reter água em épocas de escassez e de contribuir para a regulariza-ção da vazão do rio Camboriú. O Tucci vem para ratificar esta ne-cessidade”.

A vinda do professor Tucci para a elaboração do es-tudo foi solicitada pelo Comitê e executada pela Emasa, que arcou com os custos para a con-tratação do técnico. A análise partiu de um projeto já existen-te, de autoria do engenheiro sa-nitarista Felippo Brognoli, que representa a Emasa no Comitê Camboriú.

Segundo Ênio Faqueti, o Comitê vai trabalhar agora para

que o parque possa sair do pa-pel e virar uma realidade. A área projetada para a implantação do

projeto fica próxima à junção do rio do Braço com o rio Canoas, no interior de Camboriú.

Fernando Assanti/LP

paralisado, contratamos outro posto por dispensa de licita-ção”, explicou o secretário de Administração, Márcio da Rosa. Agora, os veículos da Prefeitura estão abastecendo no Auto Posto Camboriú, que fica no bairro Areias.

Gustavo Zonta/LP

Embargado. Posto foi fechado pela Fatma na semana passada

Reunião. Primeira assembleia do ano do Comitê Camboriú contou com cerca de 80 participantes

Comitê Camboriú lança calendário para o mês da água

No dia 22 de março é comemorado o Dia Mundial da Água. Por isso, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidro-gráfica do Rio Camboriú, junta-mente com entidades parceiras, definiu uma série de atividades alusivas à data que serão execu-tadas em Balneário Camboriú e Camboriú.

Ênio Faqueti explica que a intenção da entidade é fazer com que o tema entre na pauta da população, para que a gestão

dos recursos hídricos conte cada vez mais com a participação da comunidade. As atividades a serem desenvolvidas foram definidas durante uma reunião entre representantes do Comitê Camboriú, Emasa, Fundação de Meio Ambiente de Camboriú e Secretaria de Meio Ambiente de Balneário Camboriú. A de-finição do calendário priorizou ações que pudessem ser coloca-das em prática simultaneamente nas duas cidades.

Calendário de Atividades Mês da Água4 de Março – Abertura da Maratona Fotográfica.5 de Março – Início do Levantamento Georeferenciado nos corpos d’água.11 de Março – Início da rodada de palestras nas escolas de Camboriú, com lançamento do concurso de frases alusivas à água. 11 de Março – Início da Rodada de Palestras nas escolas de Balneário Camboriú.18 de Março – Ação de Comunicação lembrando o Dia Mun-dial da Água.18 de Março – Exposição do Comitê Camboriú no Hall do Centro Administrativo do Governo do Estado, em Florianópolis.20 de Março – Lançamento do Projeto Produtor de Água.22 de Março – 1ª Parada no rio Camboriú nas duas cidades.29 de Março – Divulgação das fotos da Maratona Fotográfica.

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 19Cidade

www.linhapopular.com.br/blogs/enquadro

Gustavo Zonta

O que é este quadrado? A caixa com pequenos quadrados pretos e brancos chama-se QR Code. O símbolo ser-ve como um atalho, que pode ser lido pela câmera de celulares modernos e seus apli-cativos. A praticidade está em não precisar digitar endereços de internet ou textos lon-gos nos pequenos teclados. Com o aplicati-vo ligado, basta apontar, esperar o aparelho ler e tocar o atalho que surgir. Para aparelhos com dispositivo Android recomendamos o uso do aplicativo Barcode Scanner. Usuário de iOS, da Apple, podem usar o Qrafter. Já quem tem um Blackberry pode instalar o Bla-ckberry QR-Code Reader.

No dicionário, enquadrar significa pôr em quadro, emoldurar, encaixilhar, tornar

quadrado. Na fotografia, enquadrar é uma das primeiras ações na hora de clicar.

No blog “Enquadro”, você vai acompanhar os enquadramentos feitos pelo repórter

fotográfico do LP, Gustavo Zonta. Serão compartilhadas imagens jornalísticas

e registros documentais captados no dia-a-dia de Camboriú e região. O espaço também vai tratar sobre diversas questões

que envolvem o tema fotografia.

As imagens de Camboriú e dicas de fotografia

EnquadroA Comissão Intermunicipal de

Segurança Pública – Cisp realizou a primeira reunião do ano na manhã de quarta-feira, dia 27, na Câmara de Vereadores de Camboriú. No encontro, foram de-batidas as metas para 2013 e a Po-lícia Militar apontou os resultados da operação Veraneio na região, a operação Camboriú Mais Segura, que está ocorrendo no Monte Ale-gre, e dos ataques ocorridos recen-temente no estado.

A vereadora Jane Stefenn, que presidiu a reunião, explicou que foram traçados alguns obje-tivos para o ano. Um dos princi-pais é a busca de recursos para a construção de um novo Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório – Casep, que abriga menores envolvidos em crimes, na região. “A ideia inicial é que seja construído em Camboriú. Vamos ter uma reunião com a prefeita para tratar disso. Se não puder ser feito na cidade, Itajaí já sinalizou que pode procurar um

Comissão Intermunicipal de Segurança Pública traça

metas para 2013Em Camboriú, será analisada a possibilidade de construção do novo Casep da região, casa de passagem da mulher em situação de risco e

captação de recursos para prevenção

local adequado”, relatou Jane.Além do Casep, pode ser

construída em Camboriú a casa de passagem da mulher em situ-ação de risco. “Esse abrigo deve ser feito aqui, já estamos procu-rando um imóvel”, contou a ve-readora.

Outra meta da Cisp para 2013 é a busca de recursos fi-nanceiros para investimentos na

Divulgação/LP

Encontro. Primeira reunião do ano da Cisp foi realizada na Câmara de Camboriú

prevenção. Na reunião, o major Jefferson Schmidt, do 12° Bata-lhão da PM, sugeriu a construção de uma escola técnica de segu-rança pública. “A ideia é conci-liar o curso com o segundo grau. Tirar jovens de situação de risco para trabalhar pela segurança”, conta Jane. Um projeto será feito e encaminhado ao Governo do Estado.

Em agosto do ano passado, a biblioteca móvel começou a

circular em Camboriú. É um ôni-bus equipado com livros e DVDs que circula pela cidade levando conhecimento aos alunos das es-colas públicas e à comunidade em geral. Durante o período de férias escolares, o ônibus esteve fechado.

Biblioteca móvel retorna em março com contação de histórias

Projeto reinicia com teatro sobre a história de Camboriú. Cronograma está sendo elaborado

Ele deve voltar a funcionar neste mês, com novidades.

A partir deste ano, a biblio-teca móvel passa a ser responsabi-lidade da Fundação de Cultura de Camboriú. Segundo o presidente Milton Antonio da Silva, estão sendo preparados contadores de histórias que atuarão no veículo.

Gustavo Zonta/Arquivo/LP

Literatura. Na biblioteca, mais de 400 livros estão disponíveis

“A biblioteca continuará indo até as escolas e o foco será a história do município”, conta Milton.

A contação de histórias ocorrerá através de teatro. Os artis-tas fazem parte da Fundação e já estão se preparando para começar os trabalhos. Apesar da novidade, a biblioteca móvel não perderá sua função inicial, que é de facilitar o acesso à literatura para a comuni-dade.

O ônibus foi doado à Pre-feitura pela empresa Praiana. Ele conta com 400 opções de livros e 140 DVDs que foram adquiridos pela Prefeitura. Entre as obras dis-poníveis, estão os livros de Mon-teiro Lobato, a saga Crepúsculo e outros Best-sellers. Já entre os DVDs estão materiais com conte-údos educativos e de animação.

A Fundação de Cultura vai montar um cronograma para que, como no ano passado, o veículo atenda a todos os bairros.

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 201320Cidade

Além das delícias publicadas no jornal impresso, Paulo Faria agora assina o blog

Ofício de Delícias no novo site do LP.

Conheça outros experimentos de Paulo na cozinha, assim como ótimas receitas

tradicionais. Não faltam também dicas do cozinheiro.

www.linhapopular.com.br/blogs/oficiodedelicias

Paulo Faria

O que é este quadrado? A caixa com pequenos quadrados pretos e brancos chama-se QR Code. O símbolo serve como um atalho, que pode ser lido pela câmera de celulares modernos e seus aplicativos. A praticidade está em não precisar digitar endereços de internet ou textos longos nos pequenos teclados. Com o aplicativo ligado, basta apontar, esperar o aparelho ler e tocar o atalho que surgir. Para aparelhos com dispositivo Android re-comendamos o uso do aplicativo Barcode Scanner. Usuário de iOS, da Apple, podem usar o Qrafter. Já quem tem um Blackberry pode instalar o Blackberry QR-Code Reader.

Ofício de delícias

As melhores receitas no

Jovem doa cabelo para menina com leucemia

Intenção é despertar em outras pessoas uma corrente de boas ações e alegria

Os clientes do Mercado e Açougue Super Mais, no

centro, tiveram uma surpresa nesta semana. O caixa Geo-wany Kotovey de Oliveira apareceu com 83 centímetros a menos de cabelo. A atitude chamou a atenção, pois ago-ra o corte de máquina dois tomou o lugar de seis anos e meio de longos fios casta-nhos. E, ao contrário do que muitos concluem, ele não vendeu o cabelo.

Geowany tem 21 anos e cortou seu cabelo para fazer uma peruca, que será doada para uma menina daqui da ci-dade com leucemia. Ela está careca pelo tratamento que passa. “Não conheço ela ainda, mas foi indicada por um ami-go da igreja que frequento”, explica. A entrega dos cabelos está prevista para daqui a três semanas, quando a peruca es-tará pronta.

A motivação de Geo-wany para cortar o cabelo veio por uma série de fatores. Ele é estudante de odontologia e

Fotos: Arquivo pessoal/LP

Doação. Ao contrário do

que a maioria pensa, Geowany

não cortou o cabelo de 83cm

para vender

faz parte dos Terapeutas da Alegria - um grupo que visita crianças internadas no Hospi-tal Pequeno Anjo, em Itajaí. “É muito legal a gente chegar nos pequenos, oferecer um ca-chorrinho de balão, brincar um pouco e ver o sorriso delas”, afirma.

Pintar a cara e usar ade-reços coloridos de palhaços contrasta com imagem normal de Geowany. Ele gosta de usar camisetas pretas de banda e, junto com o cabelo comprido, tinha o perfil típico de um ro-queiro. Mesmo assim, diz que não se importa muito com a aparência. “Às vezes saio di-reto da faculdade com a cara pintada e os sapatos de palha-ço, com o jaleco dos Terapeu-tas da Alegria. O pessoal que olha na rua tenta disfarçar, mas riem”, conta.

O pai, Hoilson Oliveira, explica outro fato que incen-tivou a ação do filho. “O avô dele teve câncer no estômago. Nós um dia fomos no hospi-tal visitar e, quando saímos

do quarto, passou pela gente uma menina careca, com um cano no pescoço para respirar e soro na veia. Mesmo assim ela sorriu e fez um ‘tchau’ para a gente”, detalha.

“Nesse dia eu pensei: se aquela menina com tantos problemas me passou felicida-de, porque eu não posso fazer o mesmo?”, conta Geowany. Então ele decidiu que doaria seu cabelo e, pela internet, en-controu uma empresa de Itajaí que fazia o serviço. Por coin-cidência, a dona da fábrica de perucas também teve câncer e se recuperou. Ela se comoveu com a história e não cobrará para fazer a peruca.

A intenção de Geowany é que sua ação seja exemplo, para incentivar uma corrente de ações positivas. Quando ele entregar a peruca para a menina, vai colocar apenas uma condição: quando ela não precisar mais, que os cabelos sejam entregues de graça para outra pessoa que precise.

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 21Cidade

O Linha Popular completa 4 anos e, para comemorar, lança um novo site e blogs. Tudo para que você encontre ainda mais informação no LP. Para que possa conhecer todos os seus direitos como consumidor, teremos a ajuda da bacharel em direito Camila Carolina Mafra Martins.

Deu problema, e agora? No blog, você encontra uma linguagem simples e direta que vai te ajudar a entender seus direitos como consumidor e saber como procurar ajuda quando tiver problemas com produtos e serviços.

www.linhapopular.com.br/blogs/deuproblema

Camila Martins

O que é este quadrado? A caixa com pequenos quadrados pretos e brancos chama-se QR Code. O símbolo serve como um atalho, que pode ser lido pela câmera de celulares modernos e seus aplicativos. A praticidade está em não precisar digitar endereços de internet ou textos longos nos pequenos teclados. Com o aplicativo ligado, basta apontar, esperar o aparelho ler e tocar o atalho que surgir. Para aparelhos com dispositivo Android re-comendamos o uso do aplicativo Barcode Scanner. Usuário de iOS, da Apple, podem usar o Qrafter. Já quem tem um Blackberry pode instalar o Blackberry QR-Code Reader.

Direito do consumidor? Tem no LP!

Era início da tarde de sábado, dia 23, e um curto circuito

ocorreu em uma das residências simples, de madeira, que ficava junto a outras duas casas em um terreno na rua Monte Branco, no distrito do Monte Alegre. Em um dos quartos, um bebê de dois me-ses dormia. No total, as residên-cias abrigavam 17 pessoas. Sete são crianças. Em 20 minutos, todas as casas estavam tomadas pelas chamas.

Dona Marlene de Jesus, de 61 anos, é a matriarca da família. Além dela e seu marido, moravam nas casas seus filhos e netos. Ela recorda que foi tudo muito rápi-do, mas que mesmo assim, todos conseguiram sair sem ferimentos. “Conseguimos tirar o bebê de dois meses e fomos para a rua. Foi mui-to rápido, tudo queimou”, recorda.

Das casas de madeira, so-braram entulhos. Dos móveis, ape-nas uma geladeira foi recuperada, mas não tem condições de uso. Roupas, documentos, recordações queimaram. O marido de dona Marlene está doente e ela tem um filho deficiente. Os dois precisam de remédios. Os medicamentos também queimaram no incêndio.

“Precisamos de tudo. São

Três famílias perdem tudo em incêndio

Marlene de Jesus morava há 32 anos no local e sonha em reconstruir a residência

Vítimas. Nas casas, além de dona Marlene moravam seus filhos e netos

Fotos: Gustavo Zonta/LP

muitas crianças, muita gente mo-rava nas casas”, diz dona Mar-lene. As famílias pedem toalhas de banho, roupas, produtos de higiene, comida, fraldas para as crianças e móveis. Materiais de construção também são úteis, já que eles pretendem reconstruir suas casas no local.

Por enquanto, todos os familiares de dona Marlene que viviam na área estão em casas de outros parentes. “Nós vamos reconstruir. Se Deus quiser, vou morar aqui de novo”, afirma a mulher que morou durante 32 anos no local.

Apesar das perdas e da-

nos, ela não reclama. “Estou fe-liz, meus netos estão todos vivos. Os bens materiais vêm depois”, completa.

Saiba como ajudarDona Marlene está moran-do na casa de um filho, a de número 130 da rua Mon-te Caraíba – a via fica atrás da casa que pegou fogo. Quem puder ajudar, pode le-var as doações diretamente no local ou entrar em conta-to pelos telefones 9204-4174 e falar com Michele ou 8401-5834, com pastor Eduardo.

Estragos. Nesta semana, Prefeitura removeu os entulhos que restaram do incêndio

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 201322Variedades

A conjuntura confere fortes energias, capacida-de de trabalho e persistência capazes de vencer

obstáculos, derrubar adversários e obter vitórias sa-borosas. No setor sentimental, impera a estabilidade.Melhor dia: Domingo

Áries Libra

Período em que se recomenda posturas ponde-radas, equilibradas e isentas. Esta semana, deve

controlar emoções e atuar dentro de parâmetros rígi-dos e com gestos contidos.Melhor dia: Quinta-feira

Nesta semana, terá de aliar prudência e reflexão a uma boa capacidade de intervenção, resolu-

ção de tarefas e imprevistos de última hora. Deve atuar rapidamente, mas sem impulsividade.Melhor dia: Segunda-feira

Touro Escorpião

A semana será tranquila. Conseguirá fazer avanços seguros e com reconhecimento pú-

blico. É uma semana para analisar resultados, fazer novos estudos e preparar os tempos mais próximos.Melhor dia: Domingo

Gêmeos

Não iniba nem reprima os seus sentimentos. As suas palavras serão bem recebidas e as re-

tribuições poderão ser muito positivas. A vida senti-mental está numa fase francamente auspiciosa.Melhor dia: Sábado

Sagitário

A semana será confusa. Necessita estar muito atento a tudo o que se passa à sua volta, evitan-

do deste modo surpresas desagradáveis. Esforce-se por demonstrar sentimentos ao seu parceiro.Melhor dia: Segunda-feira

Não vai ser uma semana brilhante, mas terá meios para a superação. Verifique se está se-

guindo as opções mais indicadas e sempre que estiver seguro atue sem margem para dúvidas.Melhor dia: Quinta-feira

Câncer Capricórnio

A conjuntura permite adotar posturas fortes, capazes de o libertarem de cargas pessoais ne-

gativas e influências perturbadoras. Conseguirá pôr a sua vida em ordem. Seus planos podem ser alterados.Melhor dia: Quarta-feira

Leão

A conjuntura perspectiva uma semana instável. Tente não se preocupar em demasia. Terá ten-

dência a pensamentos derrotistas e pessimistas, que só agravarão as influências deste período.Melhor dia: Segunda-feira

Aquário

Algumas notícias inesperadas e surpreendentes poderão trazer modificações importantes à sua

vida. Fatos do passado próximo serão analisados e poderão beneficiar novas possibilidades.Melhor dia: Terça-feira

Virgem

Esta semana, está muito hábil a lidar com situ-ações difíceis e relações em conflito. Pode pre-

parar-se para entrar em nova fase, mais positiva. Ava-lie bem as opções de vida e decida sem influências.Melhor dia: Quarta-feira

Peixes

Conjuntura forte e poderosa, fazendo com que tenha uma semana muito construtiva, plena de

êxitos pessoais e superação de obstáculos. Aqueles que passaram por ruptura, podem viver um grande amor.Melhor dia: Segunda-feira

Horóscopo

[email protected]

oficiodedelicias.com.br

Twitter:@FariaPauloR

Ofício de DelíciasPor Paulo Roberto Faria

As prateleiras de massas e molhos dos supermercados oferecem uma infinida-de de tipos diferentes de molhos, que vão dos mais tradicionais e simples, de tomate, até os mais sofisticados. Claro que alguns com um sabor maravilhoso e com o preço também maravilhoso. Normalmente, optamos por aquelas marcas que conhecemos ou estamos acostumados a usar. Quase sempre com mesmo sabor, levando-se em conta a adição de conservantes, o gosto deixa um pouco a desejar. Por isso, optamos hoje por uma receita de um molho à bolonhesa caseiro, que tem um sabor fantástico além de ser super natural. Você vai adorar.

Penne ao Molho à Bolonhesa Caseiro

Paulo Roberto Faria/LP

Ingredientes:½ quilo de carne moída1 cebola grande 3 dentes de alho picadinhos 1 quilo de tomates maduros 1 copo de água1 cubo de caldo de carne ou caldo de carne em pó

Modo de fazer: Bata no liquidificador os tomates com a água, junte a cebola e o alho e bata mais um pouco. Na panela de pressão, coloque a carne, o tomate batido com a cebola e o alho e os demais ingredientes. Pique o cheiro verde e as ervas escolhidas. Dissolva o caldo de carne num pouquinho de água fervendo, se for em cubinho. Cuidado com o sal, pois o caldo de carne é salgado. Feche a panela e leve ao fogo. Quando começar a chiar, abaixe o fogo e deixe 45 minutos. Após esse tempo, desligue o fogo, espere sair toda a pressão e esfriar um pouco a panela para depois abrir. Cozinhe o penne em bastante água com um pouco de sal. Quando estiver al dente, desligue o fogo, escorra a massa e cubra com o bastante molho e muito queijo ralado em cima.

Esse molho rende bem, portanto ele poderá ser congelado sem nenhuma alte-ração no sabor e textura.

1 maço de ervas manjericão, sálvia, alecrim1 maço de cheiro verde½ copo de azeite extra virgem ½ copo de conhaque Pimenta a gosto, sal a gosto1 pacote de macarrão tipo penne grano duroqueijo ralado a gosto

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 23Variedades

Atração principal da noite, “A LIGA” um grupo de Djs mascara-dos que vem fazendo muito su-cesso. A história deste quarteto mais que fantástico vem atrain-do muitos amantes da música eletrônica que além de ouvir e dançar, adoram um show dife-rente para ver e curtir.

WS Brazil/BC: Quem tem sam-ba no pé, tem a alma eleva-da, ainda mais se conquista o público que está a sua vol-ta. Atrações: Samba i Love e Deixa Disso. Informações: (47) 3264-0040.

Rakenne/Itajai: Day Party – Amanhã, o Rakenne preparou uma programação super agi-tada para você. A partir das 9h, estará com o seu atendi-mento funcionando servindo drinks e petiscos. A partir das 11h, o clube estará aberto para você aproveitar a pis-cina e curtir toda a estrutura. A partir das 15h, o residen-te Bernardo Ziembik e Thi-ciano Turnes entram em ação no sunset Rakenne. E a partir das 23h, Show Nacional com o Rapper Edi Rock, famoso pela música “ That’s my way”, que junto com Seu Jorge, foi indi-cada para o prêmio VMB em melhor videoclipe. Informa-ções: (47) 3344-0384.

Ótima semana e até mais!

Olá, pessoal! Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de den-tro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar e acima de tudo ou-vir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que te-nham ideal e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respei-tem sua dor, para que tenhamos certeza que viver vale a pena! Atentos à programação:

O que rola hoje, dia 1º

Blend/BC: Hip Hop Sessions. A melhor night de Hip Hop da cida-de e região. Os ritmos envolven-tes do Hip Hop que vão embalar a sua noite. Para elas, “welcome drink” com uma taça de espuman-te até 1h. Atrações: Dj Bang Feat – Mc Léo Brasil, Dj MK ( special Guest – Curitiba) e Dj Andre Heat (Blumenau). Informações: www.fa-cebook.com/blend.bc

Shed Western Bar/BC: O serta-nejo com um novo conceito está agitando a galera geral em nossa região. Atrações: Michele Reich e Roberto Santiago. Você vai ficar fora dessa? Informa-ções: www.shedbar.com.br

O que rola amanhã, dia 2

Lounge Green Valley/Cambo-riú: O Night e Cia completa 15 anos e junto com o Lounge do GV apresenta o projeto mais ousado do e-music, em uma noi-te que promete ficar na história. Atrações: Martin Soares, Con-rado e “A LIGA”. Informações: (47) 3360-8097.

Up!Por Jaison Gardini

[email protected]@jaison31

Fotos: Arquivo pessoal/LP

Divulgação/LP

A gata Sara Maeli arrassando com sua simpatia. Lindona!

O que LERPor Sílvia Mendes

[email protected]

Mas o que não associo eu a ela? O que não a traz à minha memória? Se olho para estas lajes, vejo nelas gravadas as

suas feições! Em cada nuvem, em cada árvore, na escuridão da noite, refletida de dia em cada objeto, por toda a parte eu vejo a sua imagem! Nos rostos mais vulgares de homens e de

mulheres, até as minhas feições me enganam com a semelhança. O mundo inteiro é uma

terrível coleção de testemunhas de que um dia ela realmente existiu e a perdi para sempre!

O vento uiva quando atravessa as terras da fazenda onde se passa grande parte da história deste livro. Num ambiente som-brio, com nuances de mistério, aos poucos é contada a história de Heathcliff e Catherine. A narrativa começa quando o Sr. Earnshaw, dono daquelas terras e pai de Cathy, traz para casa um rapaz de olhos negros e raivosos. Heathcliff estava per-dido nas ruas e fora acolhido pelo fazendeiro como um dos seus. No entanto, os carinhos que Cathy e seu pai dispensam ao menino despertam o ciúme de Hindley – filho legítimo do Sr. Earnshaw. Quando o fazendeiro morre, Hindley assume as posses do pai e passa a tratar Heathcliff como um dos empre-gados, atribuindo-lhe trabalhos braçais e afastando-o cada vez mais de Catherine.

Por que ler: Outro clássico da literatura, este romance trágico trata de temas sombrios, como amor não correspondido, ciú-mes e vingança. A narrativa é intensa e traz alguns dos trechos mais apaixonados que já li, como quando Cathy diz: “Se tudo o mais perecesse e ele ficasse, eu continuaria, mesmo assim, a existir; e se tudo o mais ficasse e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria para mim uma vastidão desconhecida, a que eu não teria a sensação de pertencer. Nelly, eu sou o Hea-thcliff. Ele está sempre, sempre no meu pensamento. Não por prazer, tal como eu não sou um prazer para mim própria, mas como parte de mim mesma, como eu própria”.

Curiosidade: O Morro dos Ventos Uivantes é o único roman-ce escrito por Emily Brontë, que o publicou pela primeira vez em 1847 sob o pseudônimo de Ellis Bell. Apesar de ter entrado no cânone dos clássicos da literatura inglesa, o livro recebeu muitas críticas quando lançado, principalmente por causa das fortes descrições de crueldade física e metal, pre-sentes na obra.

Envie comentários, críticas e sugestões para o [email protected] ou através do twitter @silviamendes

O Morro dos Ventos Uivantes Emily Brontë

Editora Landmark (2007) – 300 páginas – R$ 25

Divulgação/LP

Super Jessé Rodrigues, que aniversariou na semana passada. Felicidades sempre!

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 201324Perfil

A colunista do Linha Popular socializa um pouco de sua vida pessoal, dividida no amor pelo marido, os filhos e os animais

Um amigo de Edson também co-nhecia Isabel e os dois foram jun-tos para a mesma festa.

“A gente se conheceu e começou a namorar em 22 de agosto de 1987. No dia 21 de agosto de 88 nos casamos. Casei com 21 anos e grávida. A gente não deve segurar muito os filhos, visse?”, aconselha. Antes, duran-te o namoro, o casal fazia inter-câmbio: ela ia para Joinville na casa dele, para Florianópolis na casa de uma amiga imaginária (que era só uma desculpa para fi-car junto dele), ou ele vinha para a casa dela em Blumenau. “Mas ele era o xodó da minha mãe. Ela projetou no Edson o genro que queria, já que minha irmã não teve marido. Ela idealizou e ele realizou”, conta.

Karina demonstra muito mais que amor por Edson. Seu companheiro a incentivou a ter coragem, pois ela se sentia inse-gura. “Aprendi com o Edson a encarar a vida de frente, a enfren-tar os problemas que nunca tive até casar. Não sabia nem quanto

yorkshire. “Eu amo animais, te-nho atualmente quatro cachorros em casa”. Ela gosta tanto que chegou a ter 23 cães, todos res-gatados das ruas, quando morava em outra casa com mais espaço livre. Ela então doou todos os de rua, principalmente através das redes sociais. E até hoje lembra do nome de todos e acompanha como estão com os novos donos.

“Tive que assinar um ter-mo, um documento. Só faltou registrar em cartório. Prometi para a família não resgatar mais cachorros”, confessa. Mas ela ainda tem vontade de cuidar, só que agora faz de uma forma di-ferente. Quando vê um animal na rua oferece comida e água no local mesmo, tudo sobre o olhar atento do marido.

Karina gesticula bastan-te e usa expressões faciais para completar suas explicações, como para envolver mais a pes-soa com quem conversa. Ela acha que fala muito, mas acredi-ta estar mais “light” atualmente. Sempre se relacionou bem com as pessoas, o que justifica seus convites para festas e outros eventos sociais. “As pessoas di-zem que sou animada e converso bastante”, explica. Seu trabalho atual no Laboratório Camboriú também rende muito contato com as pessoas. E tudo isso ge-rou seu interesse em escrever uma coluna social, além do in-centivo do marido.

“Minha coluna é social para toda a sociedade. Mas gosto principalmente de colocar pessoas comuns. Isso é uma coisa que pos-so fazer no Linha Popular. Acho que não teria essa oportunidade em outros jornais”, detalha. Para ela, uma comunhão no interior ou um casamento em um bairro são tão importantes quando um evento chique no centro. Karina também sente a alegria das pessoas que aparecem no jornal e lamenta não poder ir em todos os eventos para os quais é convidada.

Hoje Karina divide seu tempo com o trabalho no Labora-tório Camboriú, o marido, as três filhas (Emanoella, Constance e Maria Victória) e o filho caçula (João Teodoro). Segundo ela, sua atenção é direcionada sem-pre a quem precisa no momento. Atualmente é para Edson, que ela acha bastante estressado pelo trabalho. Por isso ela considera um hobby passar o tempo livre com ele, distraindo e viajando. Já a possibilidade de ser avó ela prefere adiar, pois diz que ainda quer aproveitar o que não pôde em seus 46 anos de vida.

custava um litro de leite”, diz em tom agradecido.

Mesmo casada, a vida de Karina teve muitas mudan-ças. Primeiro, foi a Florianópolis acompanhar o marido que preci-

sava terminar os estudos. Depois voltou para Blumenau, grávida da segunda filha, onde Edson fez estágio no Hospital Santa Catari-na. Então o casal e as duas filhas foram para Taió, onde o marido

de Karina entrou na sociedade de um laboratório de análises clíni-cas. Nesse tempo teve ainda mais dois filhos, outra menina e um menino. Por fim, a vida deles che-gou em uma encruzilhada: ir para os Estados Unidos, onde morava um cunhado de Karina, ou vir para Camboriú, por uma oferta recebida pelo marido. Decidiram por Camboriú e instalaram aqui o Laboratório Camboriú, no centro.

“Mas muita gente não aceitou nosso crescimento em-presarial no começo, pois a gente era de fora”, lembra. Para resol-ver isso, Karina diz ter conquis-tado o público pelo atendimento no laboratório que trabalha e a visão do marido. Mesmo assim, ela ainda se questiona se as coi-sas mudaram por ela ter uma casa grande ou status social di-ferente. “A gente tem que ter va-lor pela competência e pelo que sabe fazer. Não porque fulano é amigo de prefeito ou indicado de alguém”, completa.

Enquanto conversava, Karina afagava um pequeno

Um sorriso e braços abertos. Assim Karina Elisa Schwe-

der de Lima recebeu a equipe do Linha Popular. Ela, que sempre estampa em sua coluna social momentos da vida dos cambo-riuenses, compartilhou nesta se-mana as lembranças de sua cami-nhada até aqui. Em sua casa, ela divide o coração e o espaço com o marido, os quatros filhos e qua-tro cães – mas já chegou a ter 23 de uma vez. “Contei para vocês coisas que até hoje nem falei para minha família”, confidencia.

Karina nasceu em Rio Ne-gro, no Paraná, mas nunca morou lá. “Minha mãe era coletora esta-dual, por isso trocávamos muito de lugar”, explica. O trabalho da mãe também trazia para a casa figuras importantes da época, como prefeitos e o governador.

Já o pai de Karina era contador e tinha uma empresa de produtos cerâmicos em Rio Negrinho. Mais tarde, quando foram para Blumenau, ele e os tios dela abriram uma sociedade. Era uma empresa de peças para bicicletas e motos. “Quando meu pai se firmou em Blumenau, eu segui sendo a companheira da minha mãe pelo estado, até ela se aposentar”, afirma.

Caçula, quando Karina nasceu seu irmão tinha 14 anos e sua irmã 13. “Dizem que eu era insuportável quando peque-na, manhosa. Fui criada pratica-mente como filha única”, conta. Mas a irmã dela diz que Karina veio para mudar seu pai. “Ele era ‘alemão’, reservado e de pouco contato. Dizem que quando nasci ele ficou mais descontraído, reto-mou até o Natal com brinquedos e festa”, lembra com um sorriso.

“Meu pai nunca me levan-tou a mão, mas era muito metó-dico e organizado. Pensa numa pessoa com horários!”, conta. Sua mãe promovia festas e encontros de amigos na própria casa, onde poderia de certa forma vigiar a filha sem isolar dos amigos. “Eu não podia fazer o que a maioria das turmas faziam, como acam-par na praia no Carnaval”, lembra sem remorso. Mesmo com todas as regras, foi numa festa que en-controu Edson.

Eles se conheceram quan-do houve uma greve da Univer-sidade Federal, em 1987. Ele es-tudava em Florianópolis, mas foi para Blumenau pois estava há vá-rios meses sem aula. Nessa época, Karina era muito amiga de Isabel Beduschi, que foi Miss Brasil em 1988. Isabel pediu para Karina acompanhá-la em uma festa, pois tinha brigado com o namorado.

“A gente tem que ter valor pela competência”

Joel Minusculi/LP

Uma comunhão no interior ou um

casamento em um bairro são tão

importantes quanto um evento

chique no centro

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 25Saúde

Problemas do hospital vão de falta de remédios até profissionais sem saláriosA situação é caótica na Fundação Hospitalar de Camboriú. Funcionários estão, mais uma vez, com os salários atrasados.

FGTS e INSS não são depositados. Fornecedores se recursam a entregar remédios

Em uma assembleia re-alizada na terça-feira,

dia 26, os funcionários da Fundação Hospitalar de Camboriú cogitaram entrar em greve. Eles estão, mais uma vez, com os salários atrasados. No entanto, des-cartaram a paralisação e optaram pela rescisão indi-reta. Com isso, “eles dão a conta para o patrão”, como explica o presidente do Sindicato dos Trabalhado-res em Estabelecimentos de Saúde da região, José Car-los da Silva.

É uma medida que faz com que peçam a conta, mas recebam os mesmos direi-tos que teriam se tivessem sido demitidos. A medida pode provocar uma demis-são em massa no hospital. E este não é o único problema enfrentado pela unidade de saúde.

Na manhã de quarta-fei-ra, a reportagem do Linha Po-pular esteve no local. As defici-ências da Fundação Hospitalar foram apontadas pelo chefe do departamento de cirurgia, Élcio Kuhnen, e pelo chefe do centro cirúrgico, Luiz Alberto Verço-sa Silva.

Élcio é o médico que mais faz cirurgias no hos-pital. Ele relatou a falta de equipamentos e contou que chegou a levar para a uni-dade material particular. No entanto, o equipamento teve problemas, foi levado para o

conserto e não foi mais en-tregue, porque a fundação não havia pago pela manu-tenção.

O mesmo teria ocor-rido com Luiz Alberto, que é anestesista. Além disso, ele conta que chegou a fi-car 13 meses sem receber salário. Foi somente quan-do ameaçou deixar o tra-balho que recebeu o paga-mento pelo período de 12 meses.

Outros funcionários da unidade, que preferi-ram não se identificar, re-lataram problemas. Eles contam que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS é descon-tado dos salários, mas não é recolhido. Relatam a fal-ta de alimentos e remédios, como antibióticos. Os pro-fissionais contam que não recebem hora-extra, que os médicos não estão ganhan-do sobreaviso e que cinco funcionários do centro ci-rúrgico já pediram demis-são este ano. “O clima é ruim, todos estão desmo-tivados”, afirmam. No en-tanto, eles garantem que o atendimento aos pacientes não está comprometido.

A afirmação é confir-mada pela paciente Romil-da Lamim, que em janeiro fez uma cirurgia no hospi-tal e passou três dias inter-nada. “O atendimento aqui é muito bom”, disse.

Presidente admite problemas

O presidente da Funda-ção Hospitalar, Edson Bianor de Lima, respondeu às denún-cias citadas. Sobre a falta de alimentação, ele afirma que o corte foi para os funcionários e não pacientes. “Só vão receber aqueles que fazem mais de 12 horas noturnas”, explica.

Em relação à falta de remédios, Edson disse que os fornecedores deixaram de en-tregar porque a fundação atra-sou os pagamentos. “Estamos mudando de fornecedores e re-pondo”, disse.

Sobre o atraso de salá-rios, Edson culpa a falta de re-passe do Governo do Estado e afirma que o problema vai con-tinuar ocorrendo. “Mês que vem vai ser a mesma coisa”, adverte. Ele conta que os profissionais da área de manutenção recebe-

ram neste mês e que os outros trabalhadores ganharam 33% do salário. Para o presidente do Sindicato, “é um cala a boca que não resolve nada”.

Além da falta de paga-mento do FGTS, Edson admite que o INSS também não é reco-lhido. “Isso ocorre há mais de 15 anos. Financiamos os paga-mentos dos períodos anteriores e quando terminarmos, vamos financiar os de agora. A lei nos permite isso”, diz Edson.

Em relação aos equi-pamentos particulares dos médicos, Edson diz que a ma-nutenção e conserto não são obrigações do hospital. “Eu não tenho conhecimento de que levaram equipamentos, e se isso ocorreu, os médicos levam porque precisam. Eles não são funcionários do hospital e são

pagos para isso”, disse.A expectativa não é oti-

mista. Edson explica que será feito um corte de gastos para equilibrar as contas. “Vamos ter que demitir funcionários, fechar setores mais cedo. Pre-cisamos reduzir em 30% nos-sos gastos”, disse. Edson quis reforçar que o repasse da Pre-feitura está em dia. São mais de R$ 80 mil mensais para manu-tenção do pronto socorro e sala de parto. “Este dinheiro não pode ser aplicado em outros se-tores”, afirma.

No mês que vem, o atra-so nos salários deve se repetir. “Mas vamos tentar diminuir o impacto”, diz. A expectativa do presidente da Fundação Hospi-talar é de que a partir do mês de maio as contas estejam equili-bradas.

Denúncias. Médicos Élcio Kuhnen e Luiz Alberto apontam os problemas da Fundação Hospitalar

Fernando Assanti/LP

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 201326

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 201328Segurança

Em busca da pacificação do Monte AlegreUma operação realizada nesta semana deu início a uma ação que deve ser permanente no distrito. Diferente das

forças-tarefa paliativas, onze policiais chegaram para ficar

A busca por uma nova rea-lidade no Monte Alegre

começou às 6h de terça-feira, dia 26. Setenta policiais, em 24 viaturas, saíram do 12° Batalhão da Polícia Militar, em Balneário Camboriú, em direção ao distri-to. Eles deram início à operação Camboriú Mais Segura, que foi encerrada ontem, quinta-feira. Mas a promessa é de que, dife-rente das operações realizadas até agora, esta surtirá um efeito permanente.

Onze policiais serão fixos do Monte Alegre. Eles atuarão espalhados pelo distrito, junto com profissionais da Prefeitu-ra, amparados por uma unidade móvel da PM. Estes serão os po-liciais do Monte Alegre. O obje-tivo é que se tornem conhecidos da comunidade, que as pessoas saibam a quem recorrer e que a segurança seja constante.

Para a Polícia Militar, esta ação é dividida em duas partes. A primeira contou com todo o aparato policial enviado pelo es-

tado e foi realizada durante três dias. A ação contou com a Polí-cia Ambiental, Bope, Pelotão de Choque, Polícia Montada, cães e PPT, além do efetivo local e do helicóptero da PM. Segundo o tenente Tiago Ghilardi, que comandou a operação, estraté-gias foram traçadas. “Mapeamos suspeitos, endereços e listamos

Esta fase começa hoje, sexta-feira, com a instalação da unidade da PM no Monte Ale-gre e o início do trabalho dos 11 policiais que serão fixos do dis-trito. “Queremos fazer algo com consistência, não o que a comu-nidade está acostumada a ver”, salientou. Esta ação, efetiva, tem como foco a prevenção e contará com apoio da Prefeitura de Camboriú, com a qual a PM assinará nos próximos dias um convênio de compartilhamento de poder.

Além de policiamento, os moradores devem contar com a presença constante de assistentes sociais e outros profissionais li-gados à Prefeitura. A PM preten-de detectar outros problemas do distrito. “Serão feitas entrevistas, os policiais irão até as casas dos moradores, conversarão com eles sobre todas as dificuldades enfrentadas”, havia adiantado o capitão Pablo Neri Pereira, co-mandante da Companhia da PM de Camboriú.

“Espero que não seja temporário”

Alguns moradores do Monte Alegre custam a acreditar que esta ação será permanente. Acostumados com forças-tarefa que pouco ajudam a evitar crimes, com os altos índices de violência e com o preconceito so-frido pelo distrito, esperam que, des-ta vez, a polícia chegue para ficar.

É o caso de Soni Webber. Ela mora no Monte Alegre há 20 anos e teme que a ação não seja efetiva. “Espero que não seja temporário.

Acho que é o momento de ser feito algo com significância e contínuo, para de certa forma pôr ordem e ini-bir de vez a ação de pessoas com má índole”, opina.

É o que a PM garante que vai ocorrer. “O objetivo é atuar na or-dem pública, não apenas no combate à criminalidade”, salienta o coman-dante da companhia. Para a polícia, a medida é essencial para que haja uma mudança social na cidade.

foragidos que podem estar no bairro”, explicou.

No entanto, a ação não foi facilitada pelos criminosos. Se-gundo Ghilardi, muitos fugiram do distrito, o que não representa um ponto negativo. “Eles devem ficar longe por muito tempo”, acredita. Mais de 200 suspeitos e 150 veículos foram abordados

até a noite de quarta-feira. Duas pessoas foram detidas e três ba-res fechados.

Segundo o tenente coro-nel Marcello Martinez Hipólito, comandante do 12° Batalhão, “esta ação em curto prazo, em cima do tráfico, é uma interven-ção cirúrgica. Depois vem a ho-meopatia, que é a prevenção”.

Ocupação. Mais de 20 viaturas atuaram no distrito com foco na repressão ao crime

Gustavo Zonta/LP

Polícia Militar/Divulgação/LP

Unidades. Após a ocupação, onze policiais ficarão fixos no Monte Alegre e atuarão espalhados pelo distrito

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 29Segurança

Se você não vê a hora de arrumar as malas e pegar a estrada, tem algo em comum com o

jornalista Fernando Assanti. Por causa de sua paixão por viagens, ele passa a escrever o blog “Olha a placa”, que trará informações sobre

roteiros e dicas de locais que vale a pena visitar.

Antes de preparar sua próxima viagem, acesse:

www.linhapopular.com.br/blogs/

olhaaplaca

Fernando Assanti

O que é este quadrado? A caixa com pequenos quadrados pretos e brancos chama-se QR Code. O símbolo serve como um atalho, que pode ser lido pela câmera de celulares modernos e seus aplicativos. A praticidade está em não precisar digitar endereços de internet ou textos longos nos pequenos teclados. Com o aplicativo ligado, basta apontar, esperar o aparelho ler e tocar o atalho que surgir. Para aparelhos com dispositivo Android re-comendamos o uso do aplicativo Barcode Scanner. Usuário de iOS, da Apple, podem usar o Qrafter. Já quem tem um Blackberry pode instalar o Blackberry QR-Code Reader.

Há dois meses, o tio de uma menina de 12 anos

começou a morar com a fa-mília em Camboriú. Uma noite, ele entrou no quarto dela e a estuprou. Para que a adolescente não contasse a ninguém o que ocorreu, ameaçou matar toda sua fa-mília. Ela ficou em silêncio. Na semana passada, a mãe começou a suspeitar do com-portamento da filha e notou que ela havia engordado, a barriga aumentado. Fez com que a menor passasse por um exame que confirmou: ela estava grávida.

A menina então con-tou o que havia corrido. O tio fugiu e o Conselho Tu-telar, Núcleo de Prevenção às Drogas e à Pedofilia e polícia foram comunicados. Desde quarta-feira, dia 20, a família procurava pelo pe-dófilo. No domingo, dia 24, o homem foi encontrado em Blumenau.

O mandado de prisão contra ele, emitido pela de-legacia de Camboriú, ainda não estava no sistema da po-lícia. Mesmo assim, ele foi preso porque já estava sendo procurado por outros crimes.

O caso surpreendeu até mesmo os profissionais que convivem com este tipo de violência. Manoel Mafra, diretor do Núcleo de Preven-

Elas têm 11 e 12 anos, foram estupradas e podem estar grávidas

Um dos casos já foi confirmado e autor do crime preso. O segundo teria ocorrido com consentimento da vítima, que vai passar por exames

Caso suspeito é acompanhado

Outro caso semelhan-te é acompanhado pelo Nú-cleo, o Conselho e a polícia. Uma menina de 11 anos, ainda considerada criança, foi estuprada por um vizi-nho. Segundo informações coletadas até o momento, o crime ocorreu com o con-sentimento da menor. “Eles começaram a conversar pelo Facebook e marcaram um

encontro. Foi quando teria ocorrido o estupro”, conta Manoel.

A menina já passou por um exame de gravidez que apontou a situação como “indeterminada”. Ela voltará a fazer exames para compro-var o fato. O estupro já foi confirmado e o autor está sendo procurado pela polí-cia.

Dez casos em 2013Nos últimos anos houve uma grande redução dos casos de abuso sexual em Camboriú. Em 2008, foram 94 ocorrências, 76 em 2009, 62 em 2010, 40 em 2011 e 28 em 2012. Este ano, já ocorreram 10 casos de abuso. Foram nove meninas e um menino. Na maioria dos casos, o crime foi cometido com pessoas que têm relações com a família dos menores. Seis casos foram denunciados à polícia.

Vítima. Menina de 12 anos foi estuprada pelo tio, que está preso

ção às Drogas e à Pedofilia, diz que o que mais chamou atenção foi o sofrimento da menina. “Ela sofreu calada, sendo ameaçada, e sozinha, percebeu que estava grávida. Viu o corpo mudar e as coi-sas acontecerem sem poder contar para ninguém”, conta Manoel.

Agora a menina vai passar por acompanhamen-

to psicológico e fazer novos exames médicos. A gravidez foi confirmada e a suspeita é de que ela esteja com dois meses de gestação. Isso será comprovado em um ultras-som.

A lei possibilita o aborto em caso de estupro de menor. No entanto, o Con-selho Tutelar acredita que a família ficará com a criança.

Núcleo de Prevenção às Drogas e à Pedofilia/Divulgação/LP

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 201330

Tricolor é multado em R$ 30 mil por atraso nos laudos

Todos os clubes do Campeonato Catarinense foram punidos por atrasar a entrega de documentos

e estão recorrendo da decisão do TJD

A novela dos laudos dos estádios dos clubes da

Série A do Campeonato Cata-rinense, que marcou o início da competição, ainda não aca-bou. Esta semana, o Tribunal de Justiça Desportiva - TJD divulgou a sentença dos jul-gamentos das equipes e todas foram condenadas a pagar multas. O Camboriú Futebol Clube entrou na lista dos clu-bes pequenos e foi multado em R$ 30 mil por atrasar a en-trega dos documentos. Todos os clubes estão recorrendo da decisão.

As equipes foram puni-das por não terem cumprido o prazo de entrega dos laudos de seus estádios no início do torneio, o que colocou em cheque a abertura de alguns locais na primeira rodada do Catarinão 2013.

Segundo o presidente do Camboriú FC, José Hen-rique Coppi, a punição já era esperada. Porém, R$ 30 mil é

um valor muito elevado para a realidade financeira do Cam-bura e inviável de ser pago. “Normalmente, já temos di-ficuldades econômicas. Por isso, uma multa nesta quantia é uma coisa fora da realidade para nosso orçamento”, afir-ma Henrique Coppi.

Após as punições serem divulgadas, a Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina - SCClubes, da qual Coppi é vice-presiden-te, irá recorrer da decisão para que os valores das multas se-jam revistos.

Além do Cambura, Guarani, Ibirama, Metropoli-tano e Juventus, considerados clubes menores, receberam multas de R$ 30 mil. Figuei-rense, Avaí, Chapecoense e Joinville tiveram punições mais severas, no valor de R$ 50 mil. A multa mais alta foi dada para o Criciúma. A equi-pe do Sul do Estado foi multa-da em R$ 70 mil.

Vai que é tua,Gabriel!

Goleiro do Camboriú FC, Gabriel Zucki tem feito defesas milagrosas nas últimas partidas do tricolor

Contra o Atlético Ibirama no domingo, dia 24, o Cam-

boriú Futebol Clube conquistou um ponto importantíssimo na luta para permanecer na elite do futebol catarinense. O empate em 0x0, fora de casa, veio com muita luta e, principalmente, através das mãos do goleiro Ga-briel Zucki. O camboriuense fez defesas milagrosas contra o seu ex-clube e garantiu o empate para o tricolor.

A boa fase do goleirão não vem de hoje. Desde a che-gada do técnico Claudemir Stu-rion, que apostou em Gabriel como titular do time, o defensor tem feito a diferença embaixo da trave. São inúmeras defesas difí-ceis que colocam o goleiro entre os principais destaques do clube nesta campanha no Catarinense.

Gabriel reconhece que a fase é boa e que vive um dos mo-mentos mais marcantes de sua car-reira. O atleta acredita que está co-lhendo os frutos do seu trabalho e também que a boa fase seja reflexo da qualidade de seus companhei-ros de time. “O mérito é de todo o elenco. Individualmente, acredito que evoluí com os anos, a expe-riência tem me ajudado, além do trabalho diário”, aponta o goleiro.

E a vida na frente das re-des não é nada fácil. O técnico Sturion, que apostou no talento de Gabriel, reconhece que o jogador tem sido peça importante do time, mas sabe que goleiro nunca pode falhar. “Não pode se deixar levar, porque se errar, a crítica vem”, afirma o treinador.

Assim como o goleiro, Sturion aponta o crescimento do

Fotos: Gustavo Zonta/LP

Treinos. Gabriel credita sua boa fase à experiência e ao trabalho realizado diariamente nos treinamentos

setor defensivo como um dos fa-tores das boas defesas de Gabriel. “Ele tem recebido o respalto dos nossos zagueiros, isso dificulta para os atacantes adversários e fa-cilita as defesas para ele”, aponta o técnico.

Quem conhece Gabriel desde seu início, no projeto Guri Bom de Bola, diz que ele até já teve fases melhores. Hilton José de Moura, preparador de golei-ros do Cambura, acompanha o camboriuense há anos. Para ele, o grande diferencial do atleta é a sua disposição para trabalhar.

“Ele é um profissional muito dedicado, que gosta de trei-nar. Essa boa fase é resultado des-se empenho”, explica Hilton, que jogou como goleiro profissional durante 18 anos.

Conhecedor da posição, Hilton diz que muitos taxam Ga-briel como um goleiro baixo. Po-rém, sua estatura é compensada dentro de campo. “Ele tem uma ótima impulsão e isso acaba supe-rando a sua altura. Tem muita for-ça nas pernas e agilidade”, avalia o preparador, que aproveita para cobrar de seu pupilo. “Tem muito o que evoluir ainda”.

Gabriel sabe disso e segue treinando com a disposição de sempre. Sabe como ninguém que vida de goleiro não é nada fácil e que não importa a quantidade de defesas difíceis, as críticas vão aparecer. Agora, sobram elogios.

Robertão sai da disputa para ser CT na Copa do Mundo

Município desistiu porque ampliação do estádio exigida pela Fifa não poderia ser feita até a competição

O presidente da Fundação Municipal de Esportes,

Altamir Montibeller, confir-mou na quinta-feira, dia 21, a desistência da cidade na dispu-ta para ser um dos centros de treinamentos de seleções que irão disputar a Copa do Mun-do de 2014.

De acordo com Monti-beller, a desistência se deve à ampliação do estádio Rober-to Santos Garcia, o Robertão, exigida pela Fifa. “Hoje, nos-so estádio tem 100 metros de comprimento por 64 metros de largura. A Fifa exige, no míni-mo, 105m x 68m, só que não temos como conseguir esta metragem em tempo hábil”, afirma Montibeller.

Além da falta de tempo, seria necessária uma desapro-priação e retirada das casas

localizadas ao lado do estádio, o que exigiria muitos recursos municipais.

Apesar de o estádio Robertão não estar mais con-correndo para ser centro de treinamento para a Copa, o projeto de ampliação das ar-quibancadas, que prevê um aumento na capacidade de pú-blico em mais de 100%, pas-sando de 1.550 lugares para 5.300 espectadores, segue em frente.

“Estamos em contato direto com o Governo do Es-tado a fim de liberar o recurso necessário para a ampliação do estádio. Nossa proposta é trans-formar o Robertão em uma mini arena, visto que as arqui-bancadas que foram projetadas são em formato de ‘U’”, finali-za Altamir Montibeller.

Esporte

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 2013 31

Fazendo as contas

Domingo, dia 3, contra o Avaí, no estádio Robertão, o tricolor camboriuense faz seu último jogo no Turno do Campeonato Ca-tarinense. Chegando no final desta primeira fase da competição, muita gente pega a calculadora e começa a fazer as contas para saber quantos pontos será preciso para que o Cambura permaneça na Série A do Estadual. O professor Kmarão, matemático e estatís-tico Valmir Medeiros, possui um blog no site do Diário Catarinense onde tem apresentado as principais estatísticas do Catarinão 2013 até aqui. Vou apresentar algumas para vocês.

Para não cair

Segundo os cálculos do professor Kmarão, para as equipes garanti-rem a permanência na Série A do Catarinense será preciso atingir 20 pontos na tabela de classificação. O Cambura já conquistou sete pon-tos nesta caminhada e ainda pode conquistar mais três, se bater o Avaí no domingo. Sem levar em consideração os pontos desta partida, o Camboriú FC precisar conquistar mais 13 pontos em dez partidas para garantir seu lugar na elite do futebol catarinense. Vai precisar vencer os jogos decisivos em casa e buscar pontos fora. Hoje, o trico-lor , na lanterna, está com 51% de risco de ser rebaixado.

Para a Série D

Já com relação à tão sonhada vaga na Série D do Campeonato Bra-sileiro, o caminho é bem mais árduo. De acordo com as contas do professor Kmarão, para brigar por uma vaga na D é preciso atingir os 27 pontos na classificação geral. Ou seja, o Cambura teria que fazer mais 20 pontos nos próximos dez jogos. Hoje, as chances ma-temáticas do Camboriú chegar lá são de apenas 5%. Quem está melhor na corrida estatística são as equipes do Metropolitano, de Blumenau, e do Juventus, de Jaraguá do Sul, que tem 39% de chan-ces de ficar com a vaga na Série D.

Mais um

Não bastasse o golaço sobre o Santos de Neymar em pleno está-dio Pacaembu, agora o lateral esquerdo Rodolfo Testoni marcou de novo pelo Paulista, de Jundiaí, e novamente em cobrança de falta. O gol foi na partida contra o Atlético Sorocaba, na sexta-feira, dia 22. O time do camboriuense venceu a partida por 3x1. O gol em co-brança de falta foi o terceiro do time no jogo, que marcou três gols em sete minutos ainda no primeiro tempo. Com os bons desempe-nhos, Rodolfo ganhou a titularidade no time e segue se preparando para o próximo jogo, marcado para o dia 9, contra a Penapolense. Depois, o Paulista encara o Palmeiras.

Todos ao Robertão

Chegou a hora de empurrar o tricolor. No ano passado, o time bateu o Avaí em casa e quer manter o retrospecto em 2013. Domingo, às 16h, todos os caminhos levam ao estádio Robertão. Os ingressos estão à venda na Papelaria Ferreira, em frente à Prefeitura. As entra-das custam R$ 30 para a arquibancada coberta, com meia entrada a R$ 15. Se não der para ir ao estádio, acompanhe a partida pelo rádio. Na frequência 1290 AM, o jogo é transmitido pela Rádio Camboriú, na voz de Heraldo Filho. Na 100,5 FM, Miguél Iná-cio narra todos os lances na Rádio Menina.

Abut luta para disputar Campeonato Estadual de FutsalEntidade entrou em conflito com a FME em busca de apoio e diretores cogitaram até deixar a Associação. Vice-prefeito Zé Branco interviu e situação deve ser resolvida

A Associação Beneficente Unidos por Todos - Abut,

que oferece aulas gratuitas de futsal para a comunidade do Monte Alegre há 4 anos, promoveu nesta semana sua primeira reunião em 2013. O principal assunto na con-versa com pais e alunos foi um boato de que a entidade iria encerrar suas atividades. Presidente e professores ex-plicaram para a comunidade que a Associação entrou em conflito com o Poder Público em busca de mais apoio, que a diretoria até cogitou deixar a entidade, mas que a situação está sendo resolvida.

O presidente da Abut, Umberto Sell, explica que a en-tidade está lutando para garan-tir um direito adquirido com os resultados do ano passado. Em 2012, o time de futsal sub-9 da Abut firmou uma parceria com o colégio Cecam e conquistou o quarto lugar no Campeonato Estadual de Futsal. Com o re-sultado, a entidade esperava um

apoio mais amplo do Poder Pú-blico este ano.

“Fomos em busca do apoio da Fundação Municipal de Esportes, que nos auxiliou com transporte no ano passado, e nos informaram que outra associa-ção iria participar do Estadual em todas as categorias e, com isso, nossa participação no cam-peonato estava ameaçada”, conta Umberto.

Diante desta notícia, o pro-fessor de futsal da Abut, Cássio Tavares, ficou revoltado e decidiu deixar a associação. Depois de uma reunião com o vice-prefeito José Rodrigues Pereira, o Zé Branco, acabou voltando atrás. “A cidade não tem recursos para apoiar associações em todas as modalidades, é preciso igualdade de condições. Isso compromete nossa participação no Estadual”, aponta Cássio, que completa di-zendo que a Abut não tem recur-sos próprios para disputar o tor-neio sem a parceria da FME.

De acordo com Umber-to, a diretoria da Abut se reuniu

com o vice-prefeito, Zé Branco, e o presidente da FME, Altamir Montibeller, para discutir a situ-ação. Durante a conversa, ficou definido que a entidade teria seu repasse de recursos revisto pelo Poder Público.

Segundo o vice-prefeito, na próxima semana ele deve se reunir com a prefeita Luzia Co-ppi e com Montibeller para ver a possibilidade de aumentar o recurso para a Abut. “Além de precisar de mais apoio para dis-putar o Estadual, a entidade tam-bém necessita de mais recursos para atender as crianças do pro-jeto social”, explica Zé Branco. Atualmente, a entidade atende cerca de 150 crianças, sendo que existem 80 na lista de espera para participar da escolinha de futsal.

Em viagem a São Pau-lo, o presidente da FME disse que ainda não sabe qual vai ser a mudança no repasse da Abut. Montibeller ressaltou que a Fun-dação apoia todas as associações de forma igualitária e que elas enobrecem o esporte local. “Não tem prioridade para ninguém. Repassamos a verba e as asso-ciações definem onde investir os recursos. Além disso, nas nossas possibilidades, auxiliamos com transporte para competições”, fi-nalizou Montibeller.

Se o repasse para a Abut for realmente revisto, a entidade deve disputar o Estadual na ca-tegoria sub-11 e ir em busca de apoio também para a sub-9.

Gustavo Zonta/LP

Conversa. Associação realizou sua primeira reunião de 2013 nesta semana. Pais e alunos participaram do encontro e tiraram suas dúvidas sobre as conversas com o Poder Público

Esporte

Em Cima da Linha

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por Gustavo Zonta

Twitter: @gugazonta

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Jornal Linha Popular - Camboriú, 1º de março de 201332Cidade

Lar busca recursos para construção de uma área de lazer para idosos

Lar da Terceira Idade Padre Antônio Dias realiza eventos para arrecadar recursos e fazer melhorias na instituição, que atende 35 idosos. Saiba como você pode ajudar

Desde que o Lar da Terceira Idade Padre Antônio Dias foi

criado, há 18 anos, ele vem rece-bendo melhorias. De acordo com a coordenadora do Lar, Paola Re-gina Hoffmann, isso ocorre porque a demanda de atendimentos vem crescendo. Hoje, são atendidos 35 idosos – a maioria com limitações físicas e/ou mentais.

O maior projeto da equi-pe do Lar agora é construir um terceiro piso, onde será a área de lazer da entidade. “Uma área de recreação é muito importante para os idosos”, aponta Paola. Ela completa: “Nosso objetivo aqui é acolher os idosos, que eles se sintam bem, que sejam trata-dos com respeito”.

Para a manutenção do Lar e também para a realização das melhorias, a equipe conta com a colaboração da comunidade, que faz doações durante o ano. Para levantar recursos, são realizados ainda alguns eventos. O mais re-

cente, um brechó no bairro Areias, teve R$ 5.700 em arrecadação. “Este foi um brechó atípico. Con-seguimos um valor maior porque recebemos doações de lojas e em-presas – C&A, Hering e Calçados Reinert”, explica.

No dia 10, a equipe da instituição vai realizar mais um evento: o bingo de Páscoa. O

bingo será realizado no Salão Paroquial do centro, às 14 horas, com cartelas a R$ 10 (duas por R$ 15). Paola explica que quem tiver interesse em colaborar pode doar cestas de Páscoa ou o valor correspondente a uma, que é de R$ 60. “A participação no dia do bingo também nos ajuda bastan-te”, destaca a coordenadora.

Outras formas de ajudar

Durante todo o ano, o Lar recebe doações de roupas para os idosos, material de limpeza e de expediente. Agora, com o plane-jamento de ampliar o local, você pode contribuir com valores para a reforma, assim como indicar se tem possibilidade de doar mate-riais de construção.

Outro objetivo da equipe que pode ser alcançado com sua ajuda é a troca de camas para os idosos. Paola explica as de ma-

deira serão trocadas por camas de ferro, com uma proteção re-forçada. “Isso evita quedas, que podem trazer problemas sérios para eles”, esclarece. Já foram adquiridas oito camas, mas são necessárias outras 26.

Para conhecer o Lar e seus projetos de melhoria, entre em contato pelo telefone (47) 3365 1528 ou faça uma visita – o Lar da Terceira Idade fica na rua Cel. Benjamim Vieira, 447, no centro.

Naiza Comel/LP

Mais espaço. Hoje, área de convivência é utilizada também para as festas e comemorações do Lar