2017 - universidade de cabo verde - universidade de cabo verde · a investigação científica...

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Erupção Vulcânica em Chã das Caldeirsilha do fogo

D e s ta q u e

Nº0 | 2017

FICHA TÉCNICA

Título: Descobrir: Caderno de Divulgação Científica da Uni-CV Coordenação Institucional: Pro-reitoria para Pós-graduação e Investigação

Coordenação Editoral: Elizabeth Coutinho

Redação: Daniel Medina e Susana Duarte

Design Gráfico e Paginação: Gabinete Comunicaçao e Imagem (GCI)

Fotografias: Sónia Silva, Nadir Cardoso e Vera Alfama

Edições Uni-CV

Praça Dr. António Lereno, Caixa Postal 379-C

Praia, Santiago, Cabo Verde

Tel(+238) 334 0441 - Fax (+238) 261 2660

www.unicv.edu.cv

INDICE

EDITorIAL | 04

APrESENTAção | 05

ESPECIAL: A Erupção Vulcânica em Chã das Caldeiras, Ilha Do Fogo≤TEsTEmUnhos | 07

Uma experiência Inesquecível - Sónia Silva | 08

Erupção - Talvez o maior desafio de uma vida - Vera Alfama |10Descobrir uma vocação - Nadir Alves Cardoso | 12

Do ponto de vista científico foi uma experiência única - José Manuel da Veiga Pereira | 14

≤FoToRREPoRTaGEm | 15

DESTAqUE: Mestrado em Português Língua Segunda≤EnTREVIsTa Com amálIa mElo loPEs | 26

CADErNo DE rESUMoS | 29

PUBLICAçÕES CIENTÍFICAS ≤lIVRos E REVIsTas CIEnTÍFICas Da UnICV | 55

4 | DESCOBRIR_ CADERNO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

A revista Descobrir é publicada pela Universidade de Cabo Verde e visa criar mais um espaço de socialização e divulgação da produção científica da academia, recobrindo varias áreas do saber, apresentando-se com um foco iminentemente multidisciplinar. Pretende-se que se constitua como um espaço aberto e democrático para divulgação de pesquisas e iniciativas de elevada qualidade e relevância científica e social e de discussão de temas pertinentes e candentes. Este primeiro número da revista oferece um Destaque sobre a erupção vulcânica na Ilha do Fogo, de 2014/15, descrevendo, na primeira pessoa, a experiencia inolvidável de quatro pesquisadores da Universidade de Cabo Verde - Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória, Vera Isabel de Barros Alfama, Nadir Alves Cardoso e José Manuel Pereira - que participaram em pleno nas operações no terreno, testemunharam a evolução do fenómeno e recolheram dados para as suas pesquisas. Oferece-se igualmente uma Fotorreportagem sobre a erupção que permitirá guardar para a posteridade momentos do fenómeno, seus efeitos e impactos.Descobrir apresenta ainda aos leitores, uma Entrevista com a Professora Doutora Amália de Melo Lopes, que tem como móbil expor um dos novos desafios da academia: o Curso de Mestrado em Ensino de Português: Língua Segunda, Língua Estrangeira, uma pós-graduação que se propôs trazer maior reflexão ao ensino da língua portuguesa e da literatura em língua portuguesa.Descobrir contempla ainda um Caderno de Resumos, artigos científicos compilados, reconhecendo-se os progressos das investigações feitas na e pela academia, de 2014 a abril de 2015, num amplo raio de campos científicos.Para fechar o primeiro número de Descobrir são apresentadas as Edições da Uni-CV, em versão impressa e eletrónica, lançadas no ano de 2015, que testemunharam a necessidade, a motivação e o interesse da academia na publicação e divulgação do conhecimento produzido.Auguramos que com o lançamento da Descobrir, com mais um veículo de socialização dos ganhos da academia estejamos também a contribuir para estimular e mobilizar a academia para a atividade cientifica.

Elizabeth CoutinhoEdições Uni-CV

Editorial

UNIVERSIDADE DE CABO VERDE | 5

Apresentação

A investigação científica constitui um dos três principais pilares da missão da Universidade de Cabo Verde, instituição pública de Ensino Superior cabo-verdiano. Com apenas 10 anos de existência como Universidade, a Uni-CV tem uma história de pelo menos 37 anos, se se considerar como embrião o primeiro Curso de Formação de Professores do Ensino Secundário, aberto em 1979. Até muito recentemente, a investigação na Universidade de Cabo Verde era desenvolvida pelos docentes, sobretudo no quadro de programas de Mestrado e Doutoramento, respondendo a uma exigência do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior de Cabo Verde, de capacitação avançada de docentes.Ultrapassada essa fase, a instituição, vai dando um salto qualitativo no que respeita à investigação científica. Através dos seus Centros e grupos de Investigação, mas também através das Cátedras e Núcleos, vem desenvolvendo investigação aplicada em diversas áreas do conhecimento, permitindo aos docentes/investigadores, a publicação de artigos científicos em revistas com fator de impacto, ao mesmo tempo que proporciona aos decisores políticos as bases científicas para o desenho de políticas públicas. O financiamento é o principal desafio deste setor, considerando que não existe uma política definida de promoção da investigação científica em Cabo Verde, capaz de proporcionar recursos para o seu desenvolvimento. A Universidade, através dos seus investigadores, tem feito um esforço grande de promoção e reforço da investigação, apesar da dificuldade em aceder a fundos específicos. O Orçamento deo Estado não prevê fundos para a investigação e a própria Universidade, pelo seu Estatuto de instituição pública, está limitada pela lei e não consegue introduzir no seu orçamento uma rubrica para o financiamento da investigação. A investigação tem sido realizada graças a fundos conseguidos através de parcerias, pela integração da Uni-CV em redes internacionais de universidades e de investigadores. Outra fonte de recursos tem sido a prestação de serviços, que se vai afirmando paulatinamente. A Cooperação internacional tem sido o grande suporte da Universidade de Cabo Verde para a prossecução dos objetivos e metas ligados a este pilar importante da sua missão. Um segundo grande desafio a ser ultrapassado é a elaboração de um documento estratégico com orientações de política para a investigação, a partir dos eixos já definidos em áreas onde se concentra a maior parte dos investigadores com projetos ativos. A mudança de atitude e a promoção de uma maior pro-atividade por parte dos investigadores é outro desafio importante a ser encarado pela Uni-CV, que ainda não conseguiu potencializar e capitalizar todas as capacidades e competências existentes no seu seio.A regulamentação específica do domínio da investigação é, igualmente, uma meta essencial a ser atingida com vista a regular a ação dos investigadores e a enquadrá-la no contexto geral das suas atribuições, permitindo à Uni-CV arrecadar os recursos necessários para uma resposta adequada às suas necessidades financeiras para garantir a efetiva sustentabilidade. A ligação estreita entre a investigação, o ensino e a extensão universitária está a ser progressivamente conseguida pois os resultados da primeira, têm sido publicados, divulgados e aplicados à docência, sobretudo nos programas de pós-graduação desenvolvidos pela Uni-CV. Os referidos programas estão ligados a uma intensa mobilidade internacional de docentes e estudantes, provocando um efeito retroativo e retroalimentar cíclico, que constitui a base para a consolidação do setor. A pertinência da criação de uma revista de divulgação científica é indiscutível no contexto descrito e num momento em que se reconhece a qualidade do trabalho realizado pelos seus investigadores, que constituem a maioria dos consultores, contratados por várias instituições para a realização de estudos e pareceres. Este primeiro número é o primeiro marco da história de uma revista que tem todas as condições para vir a ser um sucesso.

Doutora Judite Medina do Nascimento reitora da Universidade de Cabo Verde


A erupção vulcânica da ilha do Fogo de 2014/15 iniciada a 23 de Novembro, pelas 9h45, antecedida por abalos sísmicos de forte intensidade no sábado dia 22 de Novembro pelas 20 horas. Os abalos sísmicos terão sido sentidos pelas populações na Chã das Caldeiras no dia 20 e, em Cova Figueira no dia 21 de novembro.

Erupção VulcÂnicaEM CHÃ DAS CALDEIRASILHA DO FOGO

D E S T A Q U E

POR DANIEL MEDINA


Uma experiência

inesquecívelSónia Maria Duarte Melo Silva Victória

Descrever a experiência de uma erupção é uma tarefa assaz difícil. Mormente quan-

do se se trata da primeira vez no terreno a sensação natural de impotência invade qual-quer ser humano nessas circunstâncias. Ter enfrentado a fúria de um vulcão deixou-lhe marcas possivelmente para toda a vida.quando Sónia Maria Duarte Melo Silva Victó-ria chegou a Chã das Caldeiras, encontrou a zona de operações num autêntico caos dado o inesperado do fenómeno. As explosões eram cada vez de maior intensidade e sentiram dois sismos. As pessoas choravam desconso-ladas.o dia-a-dia da equipa no terreno dirigido por Sónia Silva exigia muita disciplina e organiza-ção. Levantavam-se muito cedo. Às 4 da ma-nhã. Nos primeiros dias andavam horas a pé e por vezes só se alimentavam das frutas que colhiam pelo caminho. Para a vulcanóloga Sónia Silva era imperio-so manter o equilíbrio. Salienta o espírito de cooperação e de equipa que se desenvolveu entre civis, forças armadas, polícia, Câma-ras Municipais, proteção civil, UNICV e ITEr/INVoLCAN (Canárias). Tratou-se mesmo de

um trabalho de equipa e as parcerias fizeram toda a diferença. Estando o projeto a funcionar desde 2007, para Sónia Silva observar era uma oportuni-dade científica única para poder colocar em linha as aprendizagens.os dias de intensa destruição de Bangaeira, Portela, Ilhéu de Losna e da Sede do Parque Natural ficarão para sempre na memória co-letiva. As lavas carregaram tudo.A troca, a comunicação e a partilha de expe-riências científicas revelou-se fundamental. Na qualidade de Coordenadora do programa constituiu uma oportunidade, um privilégio, uma experiência muito proveitosa em termos científicos, mas por outro lado, a angústia de assistir ao desespero dos outros seres huma-nos a perderem tudo e de ver as localidades a serem destruídas marcaram indelevelmente o seu humano. Desta experiência foram e estão a ser pro-duzidos trabalhos de qualidade. Pretendem fazer um trabalho de sensibilização com as comunidades, incluindo as escolas primárias e secundárias das ilhas do Fogo, Brava e San-to Antão.


ERUPÇÃO, TALVEZ O MAIOR DESAFIO DE UMA VIDAVera Isabel de Barros Alfama


Vera Isabel de Barros Alfama, a vulcanóloga da Uni-CV à ilha do Fogo, diz que a erupção vulcânica de 2014 foi o seu ba-

tismo de fogo, neste caso, de lava. À semelhança de outros só tinha visto fenómenos dessa índole em vídeos, fotografias e principalmente nos livros que lia. A caixa da sua memória guarda as majestosas e espetaculares imagens que teve o privilégio de assistir. Apesar dos pequenos constrangimentos que ocorreram, tais como a perda de rede telefónica nos dois primeiros dias da erupção, a nível geral a equipa e as outras instituições conseguiram fazer o seu traba-lho e felizmente não houve perdas humanas.Aquando da erupção vulcânica Vera Alfama encontrava-se em Portugal a trabalhar na sua tese de doutoramento. Ao tomar conhecimento da erupção decidiu regressar de imediato. os planos de voo não a beneficiaram, no entanto, no dia 27 apor-tou à ilha onde o vulcão era notícia em toda a parte do mundo. De acordo com a especialista em vulcanologia o maior desafio foi o de ficar frente a frente com uma esquadra lávica de quase 18 metros de espessura.Ao longo do tempo que esteve no Fogo o vulcão teve compor-tamentos diferentes. Às vezes calmo, noutras com uma fúria indiscritível provocando enormes estragos. Impotente, pre-senciou a destruição dessas três aldeias e das infraestruturas circundantes. Tudo era-lhe familiar. Havia trabalhado durante anos em Chã das Caldeiras na ilha do Fogo. Tinha visto o cres-cimento daqueles povoados que depois ficaram soterrados.Um vulcão em atividade expelindo lava é um grande desafio. Ter que efetuar a respetiva as medições das temperaturas da lava e também a medição dos gases foi sem dúvida um dos maiores desafios que enfrentou na vida.Destaca as excelentes relações com as outras instituições no-meadamente; a proteção civil, as câmaras municipais, os téc-nicos das Canárias que estiveram a ajudar nas duas primeiras semanas da erupção, a comunicação social e o apoio da UNICV.Em relação à produção de conteúdos, Vera Alfama assevera que estão a pensar em produzir um livro a partir dos relatórios feitos, porquanto em Cabo Verde, poucas erupções foram se-guidas de forma sistemática e cientificamente. Por outro lado, é muito importante para o país, pois, foram os cabo-verdianos a fazerem esse seguimento diariamente.


Foi o seu primeiro contacto com um fenó-meno dessa natureza. Descreve a experi-

ência como “simplesmente extraordinária”. Para uma licenciada em química ter assisti-do ao vivo e no terreno uma erupção daquela magnitude só poderá constituir uma experi-mentação inolvidável. A experiência no terre-no foi um marco importante na sua vida.Nadir nasceu na ilha do Fogo. Viveu a erup-ção como poucos. Para além da profissional no terreno, sentia uma relação telúrica com tudo o que a rodeava. Confirmou os seus so-nhos a partir do momento em que começou a trabalhar no projeto e depois de ter sentido a força do vulcão.

Tudo na vida parece ter o seu tempo certo. Se havia dúvidas quanto à via profissional a seguir elas foram imediatamente desfeitas após a constatação dos factos no terreno e as aprendizagens feitas. Decidiu-se de uma vez por todas de que iria fazer o mestrado em geoquímica e poder contribuir para a mono-torização geoquímica do vulcão do Fogo.Durante o período em que esteve no labor pe-rante esse fenómeno da natureza logrou pôr em prática todos os conhecimentos de um trabalho em equipa o que foi muito profícuo tanto para a relação com os colegas como para si mesma.

Nadir Alves Cardoso

Descobrir umavocação


As imagens por que passou fazem agora parte do seu dia-a-dia. São tão fortes e ainda tão presentes que ela se sente, vezes sem conta, ligada ao pas-sado recente da erupção de 2014/15.Estar ao lado ou à frente de um vulcão numa situação de trabalho estando ele em plena atividade como era o caso pode abrir perspetivas ou promover descobertas.Para a responsável pelo laboratório de química da UNI-CV é preciso trabalhar a parte educacional, sensibilizando as pessoas acerca dos reais riscos que são iminentes e de alto nível.


Enquanto investigador, participou no desen-volvimento, juntamente com as colegas in-

vestigadoras, em algumas ações com vista a minimizar os impactos decorrentes da erup-ção, recolher e produzir informações cientí-ficas que subsidiaram a compreensão dessa erupção, da tipologia a que pertenceu, do tipo de material expelido e, sobretudo na tentativa de determinar as causas que estiveram por trás da extrusão dos materiais.

José Manuel Pereira participou directamente na recolha de amostras de lava para análise química e afirmou ter sido uma experiência única do ponto de vista científico. “São poucas as pessoas que têm a sorte de assistir in loco a fenómenos dessa natureza, estar em fren-te às lavas “face a face” medindo o fluxo e a velocidade das lavas, prevendo o seu tempo de chegada a determinado destino, tendo em conta a sua velocidade que por sua vez depen-de de fatores como a viscosidade, a topografia dos terrenos a quantidade de lava”, relem-brou. Por outro lado, o sentimento de estar frente à ação de um “agente natural” que foge ao controlo humano, ver toda aquela gente desamparada, sem recursos, a tentar salvar

Do ponto de vista científico foi uma experiência únicaJosé Manuel da Veiga Pereira

o pouco que lhe restava, comoveu-o também, porque a experiência foi única e inesquecível.

ENTREVISTADO POR SUSANA DUARTE


FOTORREPORTAGEM


Por que razão sentiram a necessidade de criar o “Curso de Mestrado em Ensino de Português: Língua Segunda, Língua Estran-geira”?

Cabo Verde é um país de duas línguas, a Ca-bo-Verdiana, língua materna e a Portuguesa, língua segunda, oficial. Se há um deficit claro na valorização e promoção da língua cabo-verdiana, não é menos verdade que a socie-dade ambiciona um melhor domínio da língua portuguesa, de um modo geral.

Para mudar a situação em relação à língua portuguesa, duas exigências se colocam de imediato: atualização e melhoria da formação dos professores e conhecimento, de modo ri-goroso, da situação de ensino dessa língua.

ou seja, este mestrado surge no âmbito da formação contínua dos professores de Portu-guês, da necessidade de investigação científi-ca na área, mormente do conhecimento da si-tuação do ensino/aprendizagem do português e da literatura, mas, também de produção de materiais para a melhoria desse ensino e, ainda, de uma eventual norma culta do portu-guês de Cabo Verde.

Quais são os objetivos deste mestrado?

Do que fica dito, os objetivos fundamentais do MEPLSLE são:

Proporcionar uma reflexão crítica sobre a prática pedagógica atual, na área do ensino da língua portuguesa e da literatura em lín-

É um desafio para a academia. os objetivos são contribuir para a melhoraria do ensino do português através de uma formação de professores que contempla a reflexão crítica sobre o ensino da língua portuguesa e da literatura em língua portuguesa. o Curso de mestrado é destinado a todos os licenciados em Estudos Cabo-Verdianos e Portugueses, Estudos Portugueses, línguas, literaturas e Culturas ou mesmo outras licenciaturas que incluam a valência do português língua não materna ou linguística portuguesa, com experiência de ensino em Cabo Verde.

Mestrado Ensino de Português: Língua Segunda, Língua Estrangeira, pretende melhorar ensino da língua

e n t r e v i s t a

Amália lopesENTREVISTADA POR SUSANA DUARTE


gua portuguesa, tendo em vista produzir co-nhecimento sobre a situação atual e construir novas alternativas no domínio das metodolo-gias, da produção de material didático e da avaliação;

Desenvolver competências de reflexão crítica e de investigação sobre problemáticas relati-vas ao ensino da língua portuguesa e da lite-ratura produzida nessa língua bem como so-bre uma eventual norma culta do português de Cabo Verde, já existente ou em formação.

A quem se destina o mestrado?

A todos os licenciados em ensino de línguas (Estudos Cabo-Verdianos e Portugueses, Es-tudos Portugueses, Línguas, Literaturas e Culturas) ou outras licenciaturas que incluam a valência do português língua não materna ou linguística portuguesa, com experiência de ensino em Cabo Verde.

O curso vai contar com a colaboração de ou-tras instituições internacionais?

o Curso de Mestrado em EPLSLE é ofereci-do apenas pela Universidade de Cabo Verde: Professores Doutores da área, da Uni-CV, que leccionam diretamente ou são responsáveis pelos programas nos poucos casos em que são Mestres a leccionar. Mestres com forma-ção em áreas relevantes do Mestrado e muita experiência de ensino.

Contudo, desde a primeira hora que tem Co-laboradores importantes, de duas naturezas: i) docentes/investigadores de universidades portuguesas e da Universidade Eduardo Mon-dlane, de Moçambique; ii) professores/in-vestigadores universitários a título individual (de Universidades ou Institutos Politécnicos, portugueses). Essa colaboração visa reunir no Mestrado os melhores especialistas, em diferentes áreas, distribuídos por várias ins-tituições e, em alguns casos, já aposentados.

Para a concretização dessa colaboração, a primeira edição do Curso teve um apoio fi-nanceiro importante da Fundação Calouste Gulbenkian, destinado ao custeio das viagens, estada e honorários desses Professores bem como aquisição de Bibliografia. Muito impor-tante também tem sido o apoio do Camões -

Instituto da Cooperação e da Língua (Camões, I.P.) através do apoio logístico do Centro de Língua Portuguesa na Uni-CV e da própria Leitora desse Instituto na Uni-CV, a Mestre Mariana Faria.

Sentem que há um elevado desconhecimen-to da língua portuguesa a nível de linguística e da cultura?

A Comissão de Coordenação do Curso é sen-sível à opinião generalizada da sociedade ca-bo-verdiana que questiona o grau de domínio e o nível da fluência em língua portuguesa; e também temos os resultados das provas de acesso à Uni-CV que são pouco abonadores em relação aos níveis obtidos durante os 12 anos de escolaridade anteriores. Esses fac-tos constituem, aliás, uma das razões da cria-ção desse Curso de Mestrado, como referido: criar um espaço de reflexão sobre o proces-so de ensino/aprendizagem do português em Cabo Verde, produzir conhecimento científico sobre ele e, com base nesse conhecimento, criar alternativas.

Como considera ser o estado atual da língua portuguesa em Cabo Verde?

o estado atual da língua portuguesa em Cabo Verde é outro dos objetos da investigação as-sociada ao Curso de Mestrado. Trata-se de uma linha de investigação que tem por ob-jetivo inicial a caracterização da modalidade da língua usada por pessoas de nível supe-rior. Além da sua importância linguística para a descrição da língua portuguesa como um todo, trata-se de uma questão relevante para o ensino já que as informações obtidas pode-rão ser usadas pelos professores em sala de aula, na avaliação dos alunos e na produção de materiais didáticos.

Com efeito, resultados de alguma investiga-ção já realizada, mostram que, de um modo geral, tanto os jovens como os adultos são fa-voráveis à manutenção das línguas cabo-ver-diana e portuguesa, ambas com o estatuto de língua oficial, de ensino e de escrita. Também, mostram que os adultos, de um modo geral, acreditam que a tendência em Cabo Verde é falar-se o português de um modo particular, sendo amplamente favoráveis a uma pronún-cia e também a um léxico local, mas nem tan-


to a regras gramaticais divergentes da norma padrão europeia. Por isso, são estigmatiza-das várias ocorrências não padronizadas no domínio da concordância, da colocação dos clíticos, da flexão verbal, do uso do conjunti-vo, dos pronomes reflexos e das preposições, por exemplo.

Esta postura não se coaduna com o facto de o português ser aprendido no país como L2, tendo como modelos disponíveis de input so-bretudo a comunicação social nacional e os professores, com baixo grau de contacto com o português europeu e, logo, com a norma de referência europeia. A ausência de convivên-cia regular com a variação existente na fala culta do português europeu e do português do Brasil, por exemplo, faz-nos crer que as variantes que usamos não são partilhadas pelos falantes daquelas variedades e que são, realmente, “erradas” e decorrentes de uma aquisição irregular do português.

Como consequência, os professores de portu-guês interpelam-se diariamente sobre como lidar com os desvios em relação a essa nor-ma de referência, mais concretamente sobre quais os limites aceitáveis.

Assim, parece evidente a necessidade de um estudo abrangente e sistematizado sobre as características do Português de Cabo Verde, que permita pôr hipóteses viáveis sobre o que será a norma culta em Cabo Verde. Esse conhecimento seria um elemento “tranquili-zador” para os professores, pela sua função profissional específica, por um lado, mas também para os falantes mais conscientes. Na verdade, contribuiria, por um lado, para a consciencialização dos cabo-verdianos de que é indispensável que a comunidade se re-veja, sem preconceitos, na sua variedade do português, independente e única e, por outro, para a construção de uma relação mais natu-ral com a língua portuguesa, menos marcada por uma atitude de coerção perante a norma padrão-europeia e de intolerância linguística generalizada.

O curso de mestrado pretende promover a investigação contínua da língua portuguesa? De que forma?o Curso de Mestrado foi concebido, desde o início, como um espaço institucional âncora de um amplo programa de investigação so-bre o português em Cabo Verde, de diferen-tes pontos de vista, as linhas de investigação, em particular o português de Cabo Verde e o seu ensino. Essa investigação seria concre-tizada, sobretudo, através das dissertações de mestrado, contando-se, à partida, com sete investigadores seniores da Uni-CV, nesta área científica, uma dezena de investigadores portugueses e moçambicanos, colaboradores do MEPLSLE e ainda sete investigadores ju-niores tutelados, docentes da Uni-CV com o grau de mestre, alguns deles em trabalhos conducentes ao grau de doutor, interessados em investigar no domínio do Português LS.Este projeto inicial evoluiu e, neste momen-to, temos o centro de investigação, Cátedra Eugénio Tavares da Língua Portuguesa, uma cocriação da Uni-CV e do Camões I.P, consti-tuída pelos investigadores referidos. As duas instituições assinaram um Protocolo e nele esse Instituto compromete-se a apoiar fi-nanceiramente a Cátedra, com uma verba de 10.000, 00 Euros, o que, sem dúvida será um contributo importante para as atividades de investigação.


CADERNO DE RESUMOSARTIGOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS EM 2014 e 2015


A comunicação tem três par-tes. Na primeira, “Um olhar retrospetivo”, faz-se uma di-gressão pela história do en-sino superior em Cabo Verde, desde o curso de formação de professores do ensino se-cundário até à Universidade de Cabo Verde. Na segunda

“Uma fotografia do presen-te”, descreve-se o panora-ma atual do ensino superior, desde as universidades e ins-titutos superiores, passando pela legislação e as medidas de política e terminando na análise de alguns indicadores presentes. Na terceira parte,

“Perspetivas: um olhar para o futuro” analisa-se a evolução dos indicadores e preconiza-se um conjunto fundamenta-do de medidas para garantir a evolução qualitativa do sis-tema.

Um olhar sobre o presente e o futuro do ensino superior em Cabo Verde.

Paulino Lima Fortes faculdade de ciências e tecnologias

Publicado em: Seminário o Ensino Superoir nos PALoP: o caso Cabo Verde. Instituto Superior de Agronomia, 16 de outubro de 2014

Se tem sido relativamente pa-cífico o entendimento de que a ação educativa deve combi-nar o conhecimento universal com a cultura e as especifi-cidades nacionais e locais, na atualidade, o processo de internacionalização da edu-cação e do currículo segun-

do perspetivas hegemónicas tende a pôr em causa este desiderato e a relegar para o segundo plano o contribu-to das epistemologias do sul na promoção do património universal do conhecimento. No entanto, é possível con-trariar-se a lógica dominante

na agenda global mediante a promoção de lógicas de cola-boração solidária no campo da educação e a assunção de um maior protagonismo dos estados nacionais, das esco-las e dos professores.

Desafios atuais da educação e do currículo nos países da periferia – o protagonismo dos estados nacionais, das escolas e dos professores.

Bartolomeu Lopes Varelafaculdade de ciências sociais, humanas e artes

Publicado em: Atas do XII Congresso da SPCE. Vila real, UTAD, 2014. Espaços de Investigação, reflexão e Ação Interdisciplinar. Vila real, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), 11 A 13 de Setembro De 2014


Tendo a sua génese quatro anos após a Independência de Cabo Verde, o ensino su-perior tem conhecido uma evolução progressiva, ainda que não isenta de indefini-ções, hesitações, debilida-des e contradições, que de-correm quer das limitações financeiras do Estado, quer dos condicionalismos que se prendem com os estádios de desenvolvimento institu-cional dos estabelecimentos de ensino superior que vão surgindo no arquipélago, quer ainda das mudanças de contexto que marcaram os processos de formulação e realização de políticas pú-blicas para este subsistema de ensino, considerado de importância estratégica para a qualificação dos demais ní-

veis do ensino e para a viabili-zação do desígnio nacional de desenvolvimento.Neste texto, analisam-se al-guns dos principais marcos da evolução das políticas e práxis de ensino superior neste pequeno país do Atlân-tico Médio, desde a criação do primeiro embrião do ensi-no pós-secundário, em 1979, ao cenário atual, em que coexistem 10 instituições de ensino superior (IES), sendo duas públicas e oito privadas, procurando evidenciar, em grandes pinceladas, o modo como estas instituições têm procurado corresponder às exigências de qualificação da sociedade cabo-verdiana, que o poder público tem pro-curado traduzir em normas e medidas de política orien-

tadas no sentido de um cada vez maior aprimoramento da qualidade de desempenho. questões como o grau de qualificação dos docentes, o desempenho das funções nucleares de investigação, ensino e extensão, a regula-ção, a qualidade académica e a avaliação do ensino su-perior, entre outras, são aqui abordadas de forma sucinta e crítica, procurando-se com este estado da arte abrir um espaço de diálogo, que deve ser prosseguido, com vista à criação de condições para que as IES possam estar à al-tura das exigências de trans-formação e desenvolvimento de Cabo Verde.

Políticas e práxis de ensino superior em Cabo Verde: marcos da sua evolução.

Bartolomeu Lopes Varela faculdade de ciências sociais, humanas e artes

Publicado em: Atas do XII Congresso da Sociedade Portuguesa das Ciências da Educação. Vila real: Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, 2014,


No contexto do ensino de eli-te, a inclusão educativa pare-cia um dado adquirido, posto que os alunos, provenientes, sobretudo, das classes domi-nantes, não só tinham o pri-vilégio do acesso à educação como condições favoráveis para o sucesso escolar. No contexto da escola de mas-sas, o reconhecimento da educação como direito de

cidadania revoluciona a es-cola trazendo para o seu seio uma grande heterogeneidade de discentes, em termos de condição económica e social, género, cultura, raça, etnia, etc., facto que torna mais complexo o trabalho docente no sentido de promover uma ação educativa que, atenden-do às necessidades educati-vas dos alunos, lhes propor-

cione oportunidades para o almejado sucesso escolar. Se, em Cabo Verde, a inclusão constitui uma opção de políti-ca educativa, questiona-se a sua efetividade ao nível das práticas educativas e anali-sam-se alguns dos desafios a serem enfrentados na conse-cução deste desiderato..

Efetividade e desafios da educação inclusiva em Cabo Verde


Publicado em: Atas do I Congresso Cabo-verdiano de Educação Inclusiva em Cabo Verde. Cidade da Praia, Universidade de Cabo Verde, 11 A 13 de Setembro De 2014


Não obstante as profundas e aceleradas mudanças que ocorrem no contexto da glo-balização e da sociedade do conhecimento, em que vive-mos, inúmeras são as influ-ências do velho paradigma civilizacional e cultural nas nossas vidas. Em relação à educação, a realidade é com-plexa, posto que, a par dos avanços significativos, que se expressam, designadamente, na expansão do acesso à edu-cação a diversos níveis, con-frontamo-nos com problemas e desafios que devem ser encarados numa perspetiva

inovadora, quer em sede de formulação das mega e ma-cropolíticas, quer em termos de assunção de um maior e mais consequente protago-nismo das meso e microes-truturas educativas, em espe-cial dos gestores, professores e alunos, enquanto sujeitos e garantes do sucesso das po-líticas, reformas, mudanças e inovações no setor da educa-ção.Nesta comunicação, além de se proceder a uma breve re-visão da literatura sobre os conceitos e fundamentos da inovação educacional, preten-

de-se evidenciar que, a des-peito das tendências de cen-tralização, recentralização e uniformização das políticas educativas, existem espaços e oportunidades de uma abor-dagem interpretativa, reflexi-va e inovadora da educação e do currículo nos contextos locais e de escola, ilustrando esta tese com uma experiên-cia em curso no concelho da Praia (Cabo Verde) com a ela-boração autóctone de proje-tos educativos e curriculares.

Fundamentos, práticas e perspetivas de inovação educativa e curricular nos contextos nacional, local e de escola

Bartolomeu Lopes Varelafaculdade de ciências sociais, humanas e artes

Publicado em: Conferência proferida no III Fórum Pensar a Educação nas Ilhas de Santiago e Maio, realizado na cidade de Assomada, nos dias 3 e 4 de outubro de 2014


Na abordagem da proble-mática do currículo e do seu desenvolvimento no contexto do ensino superior, tem-se enfatizado a centralidade do conhecimento científico, com a consequente tradução do global e do local na produ-ção científica, bem como nas prescrições e nas práxis cur-riculares.Entretanto, a tendência para, à escala internacional, pre-valecerem lógicas hegemó-nicas e mercadológicas na prescrição e aferição do co-nhecimento válido, e a exis-tência de gritantes assime-trias entre os países centrais e da periferia na produção científica constituem sérios

desafios na promoção de uma educação e de um en-sino superior pautados por perspetivas contra-hegemó-nicas e humanistas. No entanto, não é suficiente a denúncia do hegemonismo científico e curricular, nem mesmo a reivindicação, a nível dos discursos, quer de um maior protagonismo dos países periféricos na promo-ção do património mundial do conhecimento, quer de uma mais efetiva autonomia das universidades na conceção dos currículos e projetos de formação. Nesta conferência, susten-ta-se que não só é possível aliar-se o global e o local

nos processos de formula-ção das opções curriculares e dos projetos de formação, mediante a instauração de lógicas idiossincráticas, de-mocráticas e emancipadoras na tradução do desígnio na-cional de desenvolvimento dos países da periferia, como existe um vasto potencial de oportunidades de inova-ção, adaptação e recriação do currículo no contexto das atividades académicas, com a consequente promoção das epistemologias dos referidos países, como contribuição para a valorização do patri-mónio universal do conheci-mento.

O global e o local nos processos de prescrição e realização do currículo e na promoção do conhecimento universal. O caso da Universidade de Cabo Verde.


Publicado em: XI Colóquio sobre questões Curriculares, VI Colóquio Luso-Brasileiro & I Colóquio Luso-Afro-Brasileiro Sobre questões Curriculares: Universidade do Minho, Braga, 18 a 20 de Setembro de 2014.


Tópicos desenvolvidos a par-tir da obra:

• Perspetiva geral• Construção mítica e ra-

cional, cosmologias e co-nhecimentos

• Debate, espaço público e argumentação

• relação entre Filosofia e vida

• outras dimensões do dis-curso filosófico

• Discurso e transformação

do homem e do mundo• oralidade, escrita e argu-

mentação• Cultura e ação do homem

sobre a Natureza e sobre si próprio

• Afinal, o que é conhecer?

Apresentação da obra, “A Cultura da Argumentação. Tradição e Modernidade da Razão Argumentativa”, de Alexandre Bellino Sacadura

Rei, J. Esteves faculdade de ciências sociais, humanas e artes

Publicado em: Faculdade de Filosofia Universidade Católica Portuguesa, 2013), Sala de Conferências da Biblioteca Nacional, Praia, 27 de Abril de 2014.

o final do século XIX e o início do século XX foram momen-tos difíceis em Portugal e nas colónias; o ultimato inglês e o modo como a monarquia lidou com ele, foram o iní-cio do percurso à república (1910) que criou tantas espe-ranças em Cabo Verde. Eugé-nio Tavares contava-se entre

esses homens esperançosos, muitos, como ele, livres-pen-sadores, que frequentemente pagaram bem cara a sua in-dependência. A escrita e o conteúdo aqui analisados refletem esse es-tado de coisas e a sua defesa perante os seus detratores. Todavia, ele tinha o seu po-

der. Tentaremos descortinar os lugares (topoi) desse po-der, sobressaindo, de entre eles, o carácter das gentes, com as quais Eugénio se identifica, como sua poe-sia revela e a criatividade de passagens brilhantes em sua escrita jornalística.

Eugénio Tavares, pelos Jornais, 1897 - 1929, a outra escrita e os topoi do seu poder; Projeto de vida de um homem comprometido com um lugar e um tempo

Rei, J. Esteves faculdade de ciências sociais, humanas e artes

Publicado em: IV Edição do Ciclo de Conferências “Descobrir, Conhecer e Debater Cabo Verde, UNI-CV Praia e Mindelo, 29 e 30 de Abril de 2014.


This paper describes the de-velopment of a grapheme (letter) to phoneme (sound) conversion system for Euro-pean Portuguese. The system uses the combination of the two established approaches: one based on phonological rules (rule-driven system) and other based on stochas-tic models (data-driven sys-tem). The final system also

includes a module to deal with inflected terms (nominal, verbal and adjectival) in or-der to increase the coverage of the vocabulary and reduce de pronunciation lookup tab-le. The results show that the inclusion of some phonologi-cal rules strongly improves the conversion performance. The system evaluation on a dictionary with 40,000 most

frequent words (from the CE-TEM Público corpus) shows a pronunciation word error rate of 3.65 %. Problems of mul-tiple pronunciations of hete-rophonic homographs words were also addressed by giving additional information of part of speech or by specifying the stressed vowel.

Developing a Hybrid Grapheme to Phoneme Converter for European Portuguese

Publicado em: Conference o_—_n Telecommunications, 2013. Castelo Branco. Proc. of the Conf. on Telecommunications. 2013, v. 1, p. 297-300.

Veiga, Arlindo; faculdade de ciências e tecnologias, unicv

Candeias, Sara; instituto de telecomunicações, portugal

Perdigão, Fernandoinstituto de telecomunicações, portugal

universidade de coimbra universidade de coimbra


Prusésu di Afirmason y Valori-zason di Kriolu Kabuverdianu 1. Situason Jeográfiku di

Kabuverdi, razumida-menti;

2. Alguns Aspétu di Forma-son Sosial na Kabuverdi;

3. Alguns Aspétu Sobri For-mason di KKV;

4. Un Storia di Diglosia, désdi Diskubérta di Ilhas (1460) ti Indipendénsia (1975);

5. Prusésu di Konstruson di Bilingismu Sosial, di Indi-pendénsia pa gósi-li:

• 1º Kulókiu Linguístiku di 1979 y Prpósta di un Alfa-bétu di bazi Fonétiko-Fo-nolójiku;

• Fórum di Alfabetizason Bilingi di 1989 pa rafun-dason di Alfabétu di 1979;

• Aprovason Sprimental, na 1998, di un Alfabé-tu Unifikadu pa Skrita di

Kabuverdianu (ALUPEC);• Artigu 9º di Konstituison

di 1999 sobri ofisializason di KKV;

• Institusionalizason di ALUPEC komu Alfabétu Kabuverdianu (2009);

6. Vizon Prospetivu di Afir-mason y Valorizason di KKV na kontestu di Va-riantis y di Variedadis;

7. Konkluzon.

Prusésu di Afirmason y Valorizason di Kriolu Kabuverdianu

Manuel Veiga faculdade de ciências sociais, humanas e artes

Kumunikason aprizentadu en Aruba, Agostu di 1014, pa okazion di XX Konferénsia Bienal organizadu pa Society for Pidgin and Creole Linguistics, pa Society for Caribbean Linguistics y pa Associação de Crioulos de Base Lexical Portuguesa e Espanhola.


Em Cabo Verde, no caldeirão linguístico inicial, marcaram presença o português, alguns dialectos lusitanos, várias línguas e dialectos da Costa ocidental africana (Carreira, 1972, 1982).A comunicação era, pratica-mente, inexistente entre os senhores e os escravos.Num primeiro momento, ti-nha que haver tolerância, de parte a parte, para que um logos linguístico pudesse ger-minar, complexificar e auto-nomizar (Veiga, 2013).o caminho podia ser a gloto-fagia ou a emergência de uma língua outra, resultante de um “brassage linguistique” que não é indiferente nem ao português, nem às outras lín-guas étnicas.o que prevaleceu é esta úl-tima situação (Lang, 2006 e

2009; Baptista, 2002 e 2006; quint, 2000 e 2006). Na nossa comunicação, num primeiro momento, vamos analisar di-versas formas lexicais, mor-fológicas e sintácticas como esse “brassage linguistique” de que originou o crioulo ca-boverdiano se processou (Vei-ga, 1995 e 1996, Pratas, 2004; Costa, 2013). Num segundo momento, analisaremos o contacto linguístico de segun-da e de terceira gerações, os que, a partir de uma matriz primeira, engendraram ex-pressões crioulas regionais (Veiga, 1982; Lopes, 2013). Abordaremos uma expres-são crioula de 2ª geração, a da ilha do Fogo; e uma de 3ª geração, a de S. Vicente, sem-pre em contraponto com a ex-pressão crioula matriz (Veiga, 2002, 2011).

Em conclusão, reafirmamos a emergência, em Cabo Ver-de, de um crioulo, estrutu-ralmente uno, com actualiza-ções regionais diferenciadas, a nível lexical, fonético, mor-fológico e sintáctico. As diferenças são fruto do momento em que o contacto se deu, dos sujeitos em pre-sença e respectivas caracte-rísticas linguísticas e sociais, do isolamento e do abando a que as ilhas foram votadas, da ausência ou deficiência de políticas linguísticas adequa-das, da negação e afirmação do CCV havidas.A nossa abordagem será, fun-damentalmente, de nível es-trutural e lexical, na perspec-tiva descritiva e comparativa.

Cabo Verde: do Babel Inicial à Emergência de uma Ordem Linguística


Publicado em: V Seminário Internacional do Grupo de Estudos de Línguas em Contacto, organizado pela Uni-CV, pela Universidade de S. Paulo e pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, nos dias 5 e 6 de Junho de 2014.


Na abordagem deste tema, pretende-se analisar as se-guintes questões:

a) o Crioulo como Língua Materna;

b) o Crioulo e a Diglossia; c) A Importância Pedagógica da Construção de um real Bilinguismo.

No tratamento das questões,

será feito o ponto de situação e apontar-se-á perspectivas para o futuro.

IMPORTÂNCIA PEDAGÓGICA DA CONSTRUÇÃO DO BILINGUISMO

NB: Trata-se de um trabalho publicado no número 1 da revista rumus da Universidade do Mindelo.



Na es trabadju, nu ta difende ma real afirmason di nos lín-gua matérnu ta dipende bas-tanti di nível y abranjénsia di un invistigason di kualidadi, akonpanhadu di jeneralizason prugresivu di ensinu di kriolu kabuverdianu ( KKV), ku rigor y ku metodolojia apropriadu. Trabadju ta fase éku di atrazu verifikadu na inplementason tantu di invistigason komu di ensinu di KKV, désdi séku XIX ti data di oji. El ta fase referénsia di pionerismu di António d’ Paula Brito, ku si trabadju fundador di nos gra-mátika; di ozadia di Napoleão Fernandes, ku si trabadju fundador di nos disionáriu; di sidadania telúriku di Pedro Cardoso y di Eugénio Tavares kóntra “zelózus konpatrio-ta”ki ta konsideraba kriolu komu un “enxada rudimen-tar” ki debe proibidu, dianti di purtugês, “xarua aperfei-

suadu”, ki debe akarinhadu y kultivadu. Di sigida, nu ta da kónta di purmerus trabadju akadémikus, sinadu pa Bal-tasar Lopes y Dulce Amada, inda na un altura ki kriolu éra konsideradu, inapropriada-menti, dialétu di purtugês.Nos rafleson ta kontinua ku referénsia di kaminhus ki in-vistigason linguístiku toma dipôs di Indipendénsia y ki razulta: na mudansa di sta-tutu di dialétu pa língua ma-térnu; na aprovason di un alfabétu unifikadu pa skrita di kabuverdianu; na inísiu di un invistigason más kabo-séntriku ki euroséntriku; na abertura pa un perspetiva di duplu orijen di KKV y pa en-sinu, inbóra izitanti, inda, di KKV; na konkista di alguns spasu di ofisialidadi pa língua matérnu.Komu konkluzon, nu ta ra-konhise ma invistigason rea-

lizadu, partikularmenti na pós-Indipendénsia, inbóra poku spresivu inda, el pode pirmiti-nu un majistériu di nos língua matérnu ku konhi-simentu sientífiku razoável di si funsionamentu grama-tikal. Entritantu, ta kontinua un inperativu y un nisisidadi: diklara invistigason di nos língua komu un prioridadi; dizenvolve studus más kon-sistenti y más abranjenti so-bri fonolojia y lesikografia di variantis; fasilita studus konparativu ku línguas di orí-jen y análizi sobri autonomi-zason linguístiku lokal; pro-move formason di profesoris; jeneraliza, prugresivamenti, ensinu di KKV y promove si rakonhisimentu efetivu komu língua ko-ofisial, di akordu ku artigu 9º di Konstituison di repúblika.

Inportánsia di Invistigason y di Ensinu na Afirmason di nos Língua Matérnu

NB: Trabadju aprizentadu na Enkontru di Dotoris Kabuverdianu, na Novénbr di 2014, na Praia.



refletiu-se sobre o processo de desenvolvimento na África e em Cabo Verde, em particu-lar, e na forma como se dá a interface entre os “operado-res de desenvolvimento” que formulam políticas de desen-volvimento, os projetos das instituições que representam e os grupos comunitários enquanto destinatários. Par-tindo do processo da consti-tuição de parques naturais,

demonstrou-se qual tem sido o modus operandi das ins-tituições e dos mediadores na execução dos projetos de desenvolvimento com base na preservação dos recur-sos naturais. Concluiu-se que, o fato de nem sempre as formas e os instrumen-tos de correção oferecidos pelas políticas institucionais consubstanciarem-se em al-ternativas e produzirem efei-

tos, práticos estruturais nas comunidades a que se des-tinam, importa equacionar o papel das instituições e dos seus correlatos e a sua pró-pria sustentabilidade na ma-terialização de projetos que vem sendo implementados, em nome do desenvolvimen-to das comunidades nos limí-trofes dos parques naturais.

Projetos de Desenvolvimento e Populações Locais: Experiências em Cabo Verde e no Brasil

Maria de Lourdes Gonçalves escola de ciências agrárias e ambientais

Publicado em: Mesa redonda. Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2014

refletiu-se sobre o estado da arte do mundo rural com en-foques na apreensão do es-paço feminino. Partiu-se das transformações em curso no país, mapeando as possíveis

demarcações que, bem con-catenadas, podem trazer ga-nhos para o mulher no meio rural, no que diz respeito às políticas que visam colmatar a problemática da invisibili-

dade do trabalho feminino no campo e a Auto perceção das mulheres relativamente ao seu trabalho.

A transformação do mundo rural: possibilidades subjetivas do território feminino em Cabo Verde


Publicado em: 1º Seminário Internacional sobre a Condição Feminina: Identidade. Vulnerabilidade e Inclusão Social - Praia, Uni-CV


Debruçou-se sobre o papel das elites nacionais na intro-dução de dinâmicas sócio am-bientais e na reconfiguração do mundo rural cabo-verdia-no, focalizando nas políticas de conservação ambiental e na nova estética do mundo rural, sobretudo nas regiões

que receberam infraestrutu-ras modernas de conservação ambiental - parques naturais (Serra Malagueta e Chã das Caldeiras, nas ilhas de Santia-go e Fogo respetivamente). o propósito desta comunicação foi ainda o de desconstruir, no campo do desenvolvimento

rural, as dinâmicas emergen-tes que se vêm configurando mediante as pontes e as por-tas que o desafio da conserva-ção ambiental imprimiu..

Elites, Políticas Ambientais e Reconfiguração do Meio Rural Cabo-verdiano


Publicado em: II Encontro Internacional de reflexão e Investigação (II EIrI), Universidade de Cabo Verde, Praia, Maio de 2014


The zoogeographic composi-tion of the coastal ichthyofau-na of the Cape Verde archipe-lago shows a predominance of Guinean species, followed by tropical-subtropical (am-phi-Atlantic) fishes and seve-ral endemic species. recent taxonomic revisions, new species descriptions, new fish records in the area and re-cent ecological surveys of in-tra-specific fish interaction as well as emergent research on seamounts in national waters warrant an up-to-date review of research on the ichthyofau-

na of Cape Verde. An updated percentage of endemic coas-tal reef fish of 10.2% attest significant speciation in Cape Verde waters.Almost half of the total crypto-benthic fish species richness in Cape Verde comprises en-demic species, some of them newly discovered. Examples of endemism are discussed, notably white seabream Di-plodus sargus lineatus, bull-dog dentex Dentex (Virididen-tex) acromegalus, blackfish drummer Girella stuebeli, Lubbock’s chromis Chromis

lubbocki, Cape Verde damsel-fish Similiparma hermani and Guinean parrotfish Scarus hoefleri. Cape Verde diverges considerably from the other Macaronesian island groups in terms of its ichthyofauna and its uniqueness warrants special attention by govern-mental agencies and conser-vation organizations.

The coastal ichthyofauna of the Cape Verde Islands: a summary and remarks on endemism.

RUI FREITASfaculdade de engenharia e ciências do mar

Zoologia Caboverdiana 5 (1): 1-13 Available at www.scvz.org © 2014 Sociedade Caboverdiana de Zoologia


A quantidade de elementos químicos que ocorrem, co-mumente, nas rochas, sedi-mentos e solos constituem, muitas vezes, potenciais con-taminantes transferidos para a cadeia alimentar. Essas transferências podem ser concretizadas por diversas vias, onde a água constitui o principal veículo de liga-ção entre a geoquímica das rochas e solos e as funções fisiológicas dos seres vivos. Alguns metais da crosta ter-restre como Fe, Ca, Na, Mg, K, desempenham um papel importante no metabolismo dos seres vivos. outros como As, Cd, Pb e Hg podem ser tóxicos, uma vez que que são bioacumulativos. Análises hidrogeoquímicas realizadas em águas superficiais e sub-terrâneas, recolhidas em di-versas regiões da Terra, têm

revelado que as rochas cons-tituem fontes naturais de to-dos os elementos químicos encontrados neste Planeta. A geodisponibilidade dos elementos químicos numa rocha depende de vários factores, designadamente a susceptibilidade dessa rocha à alteração, a abundância dos seus minerais, a topografia, o clima, a porosidade a permeabilidade e da própria estrutura geológica. Por sua vez, a susceptibilidade da rocha à alteração é função das propriedades dos minerais (solubilidade, textura, granulometria, etc.) e da geoquímica das águas (pH e potencial de redox, etc.,). A mobilidade desses elementos químicos, a partir das rochas, é controlada essencialmente por processos químicos e bioquímicos, através das

reacções com as rochas, sendo influenciada pelas características físico-químicas das soluções e das especiações iónicas. o tempo de residência da água nas rochas condiciona a sua qualidade. Assim, a proporção da substância química disponível para entrar no organismo através da ingestão da água ou por outra via de exposição (inalação ou assimilação), - a biodisponibilidade - depende da geodisponibilidade, da difusibilidade e da mobilidade dessa espécie química, além das características inerentes ao próprio organismo vivo. A biodisponibilidade constitui assim, um pré-requisito para causar toxicidade de um determinado elemento, nos organismos receptores.

Geodisponibilidade & Biodisponibilidade: água como um dos principais veículos de ligação entre a geoquímica das rochas e as funções fisiológicas dos seres vivos .

José Manuel Pereirafaculdade de ciências e tecnologias

Publicado em: Ciclo de Conferências Alusivas ao dia Mundial da Água, pelo Departamento de Ciências e Tecnologias da Universidade de Cabo Verde em Parceria com Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS), realizada no Campus de Palmarejo, 18 de Março de 2015


A valorização dos recursos naturais está, indubitavel-mente, associado às ques-tões culturais, ao desenvol-vimento local e aos aspectos contemplados nas políticas regionais. Neste contexto, é necessário que haja uma conciliação entre a conser-vação dos recursos naturais e o desenvolvimento socio-económico, como estratégia para garantir o desenvolvi-mento sustentável das locali-dades, apostando em acções de sensibilização e educação ambiental, na experimenta-ção, investigação e práticas ligadas à gestão sustentável

dos recursos naturais e ainda no incremento à participação activa de todos actores locais.Uma das práticas que tem vindo a ser realizadas no contexto do desenvolvimento sustentável e que visa a valo-rização dos recursos locais é o ecoturismo. Este segmen-to turístico visa envolver, os diferentes segmentos da so-ciedade no delineamento de novas práticas na busca de sustentabilidade, em termos de desenvolvimento do tu-rismo, buscando conciliar a transformação de recursos naturais em atractivos, de modo a constituírem roteiros

e produtos turísticos, promo-vendo a sua estruturação, o desenvolvimento, a promo-ção e a comercialização ade-quadas, à singularidade de cada região turística. Assim, o ecoturismo afigura-se como um segmento da actividade turística que utiliza, de for-ma sustentável, os recursos naturais locais em geral, e os património natural e cultural em particular, incentivando a sua conservação e busca a formação de uma consciên-cia ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações.

Ecoturismo Como actividade promotora da Conservação e Valorização dos Recursos Naturais, Locais.

José Manuel Pereirafaculdade de ciências e tecnologias

Publicado em: Jornada Universitária sobre a Investigação e o Desenvolvimento Local pelo Centro de Investigação em Desenvolvimento Local e ordenamento de Território (CIDLoT), realizada no Auditório do Campus de Palmarejo nos dias 26,27e28 Junho de 2014


Desde há 4.600 milhões de anos a esta parte a Terra tem experimentado diversas alte-rações com impactes pontu-ais ou permanentes, não só na componente biótica como também, na componente abi-ótica. Tais impactes, causa-dos uns por factores naturais (e.g. erupções vulcânicas) ou-tros, a maioria, por factores de natureza antrópica (e.g. industrial, agrícola, urbana …), vêm ocasionando inúme-ras mudanças, tais como a poluição dos recursos hídri-cos, a intensificação do aque-cimento global entre outras, com impactes nos diversos subsistemas que constituem a geosfera. Desde há algumas décadas, na sequência des-ses problemas ambientais, constatou-se que os limites da natureza estavam sendo superados e iniciou-se um movimento a favor da utiliza-ção racional dos recursos do Planeta. Tal atitude integra-se num conjunto de valores

morais, regras e princípios que regem o procedimento humano e correspondem aos preceitos da ética aplicada cujos domínios mais mediáti-cas são a bioética - que tem tido um grande incremento em tratados internacionais, artigos, livros, páginas web, seminários, workshops, etc., e, por isso com maior reco-nhecimento junto da comuni-dade científica - e a geoética que ainda carece de alguma divulgação no seio da comu-nidade-não-científica. Para a comunidade científica, como salienta Martinez-Frias et al., (2011) nas “ inúmeras pu-blicações relacionadas com a geoética” os geocientistas têm demonstrado uma posi-ção consensual na aplicação de códigos de conduta em actividades geocientíficas. Segundo Stephenson, (1997), os geocientistas devem com-preender que para além da geoética ser algo inerente ao seu comprometimento pro-

fissional, esta assume grande importância, principalmente, na compreensão, avaliação e gestão de riscos e desastres geológicos (e.g. tsunamis, terremotos, deslizamentos de terra, vulcões) e recursos da Terra (e.g. água, minerais) Fryer, (2011). o comprometi-mento profissional dos geo-cientistas com os princípios da geoética representa um novo paradigma para estes profissionais, nos diferentes domínios da sua actividade, designadamente no uso ra-cional dos georrecursos, na protecção e conservação de locais com particular interes-se geológico, na previsão, mi-tigação e gestão de riscos na-turais e catástrofes naturais, e na concepção e implemen-tação de projectos de coope-ração com outras instituições de pesquisa em matérias geo-científicas..

Implementação de princípios geoéticos em actividades geocientíficas.

José Manuel Pereira faculdade de ciências e tecnologias

Sónia Silva Victória faculdade de ciências e tecnologias



“Capacity Building of Interna-tional Negotiation for Experts on Climate Change for Small Island States as, conserva-ção de energia e redução de emissões.As mudanças climáticas são o maior desafio global para a humanidade, uma vez que está intimamente interligado com a sobrevivência humana e o desenvolvimento nacio-nal. Actualmente a vontade expressa pelos países de-senvolvidos aos países em desenvolvimento no apoio a transferência de tecnologias e financeiras está em declínio representando enormes de-safios para o bem comum. os países em desenvolvimento, de entre as quais, Cabo Verde, de um modo geral, estão en-frentando tarefas assustado-ras com crescentes pressões nas negociações internacio-

nais sobre mudanças climáti-cas. Sob tais circunstâncias, é necessidade urgente para os países em desenvolvimento salvaguardarem interesses comuns a este respeito.o Seminário de Capacity Buil-ding of International Nego-tiation for Experts on Climate Change for Small Island Sta-tes foi feita para manter uma comunicação mais estreita com os países em desenvolvi-mento no que diz respeito às questões das mudanças cli-máticas. As políticas e medi-das adoptadas, feitas pelo go-verno chinês, correspondem aos esforços e contribuições para responder às mudanças climáticas, apresentadas aos participantes, de forma siste-mática e abrangente.ü objetivos didáticos da parti-cipação no seminárioa) Contribuir com a formação

profissional dos visitantes, por meio de palestras proferi-das por especialistas na área das mudanças climáticas e da observação de atividades práticas por via das visitas técnicas e situações reais de-senvolvidas no ambiente de trabalho.b) observar as diferentes téc-nicas e tecnologias desenvol-vidas pela república Popular da China para ajudar na miti-gação e utilizados para apro-fundar o conhecimento em questões de mudanças climá-ticas e de um modo geral.c) Ampliar os conhecimentos sobre as mudanças climáti-cas, seus efeitos e medidas de mitigação e combate nos dife-rentes sectores da economia mundial.

Volcanism and climate change: its impact on the environment and public health

José Manuel Pereira faculdade de ciências e tecnologias

Sónia Silva Victória faculdade de ciências e tecnologias



The island of Santiago is lo-cated in the Cabo Verde ar-chipelago, 800 km W from Dakar, Senegal. The archipe-lago has volcanic origin and one of the islands (Fogo) still exhibits active volcanism. A geochemical study was car-ried out to characterize ra-dionuclides in the geologicalenvironment, in a section of the Santiago island that includes the town of Praia (130,000 inhabitants). A total of 30 samples from repre-sentative geological units were collected and their U, Th and K contentes determi-ned with an ortec NaI(Tl) 3” gamma spectrometer at theLaboratory of Natural ra-dioactivity of the University of Coimbra (Portugal). Additio-naly, a total of 43 Cr39 pas-sive detectors were placed in dwellings of this town, during

2 months, to evaluate expo-sure to radon gas. The detec-tors were processed with an automated radosys system, after chemical etching. Four main geological formations were studied, the old eruptive complex (CA), mainly compo-sed of basic veins (ca. 9 Ma); the Flamengos formation (FF), composed of submarine basaltic lava sequences (ca. 4.5 Ma), the eruptive com-plex of Pico da Antonia (PA), composed of basaltic lava sequences and pyroclasts of submaribe/subaerial natu-re (2-3 Ma), and the Monte das Vacas (MV), composed of pyroclasts (0.7-1.1 Ma). The average uranium content de-termined is quite silimar in the several formations (CA – 2.0 ppm; FF – 1.4 ppm; PA -1.7 ppm; MV – 1.9 ppm). The mini-mum concentration observed

was 0.4 ppm (PA) and the ma-ximum 3.7 ppm (CA). Thorium content shows an higher ave-rage value for CA (6.2 ppm), and similar values for FF, PA and MV (4.9, 4.8 and 5.4 ppm, respectively). The same trend was observed for K2o, with CA showing higher values (2.9%) and the remaining for-mations similar contents (1.3, 1.1 and 1.9%, respectively). The low uranium concentra-tions measured and the mild climate of the region allow to antecipate reduced indoor radon activities. This was in-deed confirmed, with an ave-rage activity of 39 Bq/m 3 ob-tained (range from 7 up to 93 Bq/m 3 ). From these results we can conclude that human exposure to natural radiation in the region is lower than world average.

Natural radioactivity in the island of Santiago (Cape Verde)

Sónia Silva Victóriafaculdade de ciências e tecnologias

Publicado em: Californian Goldschmidt 2014, 8 a 13 de Junho de 2014


The island of Fogo is located in the Cabo Verde archipela-go, 800 km W from Dakar, Se-negal. The island is domina-ted by an active volcano (Pico do Fogo). The volcano is ins-talled in a large crater with 9 km, from which elevates ca. 1,000 m, up to an altitu-de of 2,829 m. Several erup-tions have been registered in historical times, the last one as recent as 1995. The small town of Chã das Caldeiras is situated in the crater, in the immediate vicinity of the volcano peak. Daily thermal amplitude is usually impor-tant due to the high altitude. In this paper we have inves-tigated indoor radon concen-trations in the dwellings of Chã das Caldeiras, in order to evaluate a possible enhanced exhalation of this radioactive gas from the bedrock. For this purpose, a total of 31 passive detectors, Cr39 type, were placed during 10 weeks in dif-

ferent dwellings of Chã das Caldeiras, between July and September. The detectors were subsequently returned to the Laboratory of Natu-ral radioactivity of the De-partment of Earth Sciences of the University of Coimbra, processed through chemical etching and counted with an automated analytical system (radosys). The average radon concentration observed was 32 Bq.m-3, with a minimum of 10 and a maximum of 103 Bq.m-3. Median is close to the average, with a result of 28 Bq.m-3, showing a close approximation to a normal distribution. We can conclude from these results that ra-don concentrations are low, according to the basaltic na-ture of the bedrock, and sho-wing no signs of a permanent enhanced radon exhalation that could be associated with the active volcanic setting. Data from the authors ob-

tained in the capital of Cape Verde, the city of Praia in the island of Santiago, shows quite similar results, with an average of 39 Bq.m-3, a mi-nimum of 7 and a maximum of 93 Bq.m-3. Here, volcanic activity has not been active in historical times, and the be-drock is composed of identi-cal rocks (basalts). Thus, no important differences bet-ween the two geological set-tings could be recognized. Thus, we can also conclude that that human exposure to radon gas is under the world average, not presenting a sig-nificant health risk for the po-pulation of Chã das Caldeiras. A probable positive influence of the climate in these re-sults is likely to occur, since the mild temperatures of the region allows for typical high ventilation rates of the dwel-lings.

Indoor radon in dwellings from an active volcanic region: Chã das Caldeiras (Island of Fogo, Cabo Verde)

Sónia Silva Victóriafaculdade de ciências e tecnologias

Publicado em: IrPA14 – Genebra, 23 a 27 de Junho de 2014.


Twenty seven historical eruptions have ocurred at Fogo Island since its disco-very and settlement (ribeiro, 1960;Torres et al., 1997). This summary covers the events of the 27th eruption, whi-ch started on November 23, 2014, in Cha das Caldeiras, Fogo Island, along a NNE-S-SW fissure on the east flank of the 1995 Pico Novo vent with the appearance of four eruptive vents and emis-sions of gases, pyroclastic rocks and lava. The eruptive column reached an estima-ted altitude of 6000 m, with aa lavas spilled over and ash fall in Cha das Caldeiras and other locations in the islands of Fogo and Brava (which lies 17km from Fogo). The Hawaii-an style fissural stage ori-ginated about seven craters with gas and lava emission, that formed two lava flows of aa and pahoehoe style who started the destruction of Portela village, with average speeds of 1-3 meters/hour to 8-10 meters/hour with faster paces up to 1 meter/3 minu-tes, with thicknesses ran-ging between 1.5 meters to 10

meters, and temperatures of around 800°C. The Strombo-lian stage, gave rise to a main crater (from the coalescence of small craters) and three small craters or emmision vents, which released aa lava flows with development of lava fronts from one or two lava tubes at the base of the volcanic cone which also rea-ched maximum lengths of 300 to 500 meters at estima-ted speeds of 20-30 meters/minute to 8-10 meters/minu-te, that destroyed the Portela and Bangaeira villages. Loud explosions and strong rum-bling was also heard at the eruption site. A pahoehoe lava flow developed to the Ilhéu de Losna site, at an average speed of 1 meter/2minutes and a width of about 3 m whi-ch was divided into two fronts (north and south of this loca-tion) having buried all crop fields (vineyards and other crops) and some houses. The eruption is ongoing in the main vent, with the emission of gases and ash (dark color fumaroles), scorias, spat-ter and ballistics up to 30-40 feet high, forming eruptive

columns with height of 200-1000 meters. on February 8 the volcanic eruption ended with a duration of 77 days. At about 14:40, an increa-se of volcanic activity occurs with a great increase in the volume of gases to be relea-sed by western crack sector and explosions occurred in the highest sector are more continuous fissure eruptive columns forming dense and very dark gray color amount of ash to travel to northern cone and east of the island, far more than 1000 m high. There was the propagation of explosions accompanied by loud noises. The lava destro-yed more than 230 buildings (including home, schools, churches, wineries, hotels and institutions headquarters of the natural park). Covered about 420 acres of land in-cluding about 120 hectares of farmland. The material and financial losses that resulted from the eruption left home-less and displaced many of themwithout their belongings and not any source of income.

Chronology of the 2014 volcanic eruption on the island of Fogo, Cabo Verde

Sónia Silva Victória (DCT), Nadir Cardoso, Vera Alfama, Jeremias Cabral, Helio Semedo, Nemesio M. Pérez, Samara Dionis, Pedro A. Hernández, José Barrancos, Gladys V. Melián, José Manuel Pereira, & Fátima Rodrígue

Publicado em: Viena, Áustria - EGU2015


A integração das Tecnologias de Informação e Comunica-ção (TIC’s) como facilitador da aprendizagem poderá ser benéfico, se todos os agentes facilitadores à sua inclusão estiverem próvidos de conhe-cimentos técnicos e sociocul-turais (Selwyn, 2008) As TIC’s estão mudando os

nossos hábitos, alterando o paradigma da educação, au-mentando a nossa qualida-de ensino, concebendo-o de forma mais dinâmica/ inte-ratividade (Cardoso,2011). A criação de aplicações multi-média é uma das ferramen-tas importantes na integra-ção das TIC’s na educação, a

sua inclusão não deve ser ao acaso mas sim estudada, pla-neada e executada de forma a aumentar a capacidade de aprendizagem (ribeiro, 2012). Se todas as fases forem pen-sadas e executadas de forma correta e coerente, o resulta-do será acima do esperado.

A integração das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) como facilitador da aprendizagem

Publicado em: Actas do 1º congresso Cabo-Verdiano de Educação Inclusiva na Universidade de Cabo Verde 04 e 05 de dezembro de 2014

Domingos Andrade faculdade de ciências e tecnologias

This work aims to bring the problem of estimating the variance-covariance compo-nents in mixed linear models to the one of estimating the variance-covariance para-meter in fixed linear model, using a finite sequence of or-thogonal matrices, whose the columns will be constituted by

sets of orthonormal eigenvec-tors associated to eigenvalues of some specific matrix appe-aring in the variance compo-nents. The approach we propose, which has never been achie-ved before, will allow us to develop optimal estimators for the variance - covariance

components based only on the variance parameter in fixed li-near models. This approach will be complemented with strong theoretical results and some numerical simulations.

Orthogonal Matrix And An Useful Application to Mixed Linear Models

Adilson de Jesus Martins da Silva faculdade de ciências e tecnologias


In this work, we introduce the concept of “inside” of a subset of a topologic vector space E, as well as some de-rived concepts and results. We use these results in a to-pological characterization of subsets of E, complementary

to the usual ones. We then finish the communication with some applications of the built framework to the study of convex sets, pointing to applications in computational geometry.Comunicação apresentada

por ocasião do XXI oporto Meeting on Geometry, Topo-logy and Physics. Instituto Superior Técnico, Universi-dade de Lisboa.

On some topologic concepts in topologic vector spaces

We analyze, from Archime-dean and non-Archimedean points of view, the continuum structure of the line segment in which personages of Zeno’s dichotomy and Achilles and

the tortoise paradoxes enga-ge their movements. We dis-cuss a conciliation between a non-Archimedean approach and the classic (ɛ, δ) - me-thod of proof, based on an

Archimedean argument, to interpret Archimedean jumps in the paradox problems..

Em torno dos paradoxos de Zenão de Eleia, versões arquimediana e não-arquimediana



Publicado em: VIII Jornadas Ibéricas “Debates da Filosofia da Ciência Contemporânea”. Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa.

Publicado em: XXI oporto Meeting on Geometry, Topology and Physics. Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa.

We start the communication by an overview over meshles-s-methods. Then we see the particle methods and the smoothed particle hydrody-namics method. We analyse

the core of the method and its computational implemen-tation for blood flow hydrody-namics problems. We finish the communication showing the potentials of the free and

open software SPHYSICS for SPH numerical simulations.

Modelling Blood flow with Smoothed Particle Hydrodynamics


Publicado em: Seminário do Grupo de Investigação “Modelos matemáticos em biomedicina”- Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa.


PUBLICAÇÕES CIENTÍFICASLIVROS E REVISTAS CIENTÍFICAS DAS EDIÇÕES UNICV


Este livro de Fernanda Paula oliveira visa fornecer um con-junto de textos jurídicos que se debruçam especificamente sobre o ordenamento jurídico cabo-verdiano, na procura de reunir e sistematizar a produ-

ção legislativa nessa matéria, procurando abarcar igualmente a legislação mais recente que trata institutos fundamentais e temáticas centrais desses do-mínios jurídicos

Direito do Ordenamento do Território e do Urbanismo em Cabo Verde FERNANDA PAULA OLIVEIRA

Filosofias da Imigração – Fron-teiras abertas versus Frontei-ras fechadas”: o livro, que é fruto da dissertação de Mestra-do da autora, recebeu o Prémio Nacional dos Direitos Humanos em 2013, na categoria investiga-ção. Pela atual emergência do tema dos fluxos migratórios in-

ternacionais e pela necessidade de serem pensadas questões li-gadas à justiça, às fronteiras, à comunidade e à cidadania, esta obra do campo Filosofia Política contribui para um debate mais alargado sobre esta temática em relação à qual somos todos chamados a refletir.

Filosofias da Imigração – Fronteiras abertas versus Fronteiras fechadasIRENE CRUZ

o livro de Eurídice Monteiro é o sexto volume da colecção “So-ciedade”. Esta obra analisa o exercício do poder em Cabo Ver-de e a forma como as represen-tações culturalistas se infiltram no universo político. Estabelece um exercício dialógico entre so-ciedade, cultura e política neste

Estado insular, recorrendo à re-visitação de textos ensaísticos e literários desde o movimento claridoso, como à observação da dinâmica política contempo-rânea, para focalizar uma arti-culação crítica entre identidade, classe e género.

Entre os Senhores das Ilhas e as Descontentes: Identidade, Classe e Género na Estruturação do Campo Político em Cabo Verde Eurídice Monteiro


A presente obra do Embaixador oscar oramas oliva, uma reedi-ção, retrata a relação de apreço e confiança que unia o autor a Amílcar Cabral. Esta obra reve-la e relata factos desconhecidos do grande público sobre a vida e

os combates travados por Amí-lcar Cabral. A obra foi lançada por ocasião do 3º aniversário da Cátedra Amílcar Cabral e do 90º aniversário natalício de Amílcar Cabral.

Amílcar Cabral para além do seu tempoOscar Oramas Oliva

Esta obra, dada a estampa em Julho de 2015, constitui-se no volume 7 (sete) da Coleção “So-ciedade”. Trata-se da disser-tação de Mestrado em Enfer-magem, na Especialidade de Serviços de Gestão e Enferma-

gem, da Enfermeira Alice de Sena Martins. o livro traz-nos uma contribuição pioneira para a fixação documentada da his-tória da enfermagem em Cabo Verde e com ela muito da histó-ria da saúde no país.

História da enfermagem em Cabo VerdeAlice de Sena Martins

A obra pretende avaliar o cres-cimento, a produtividade e o sa-bor de diferentes cultivares de alface conduzidas em sistema hidropónico NFT, submetidas a

duas soluções nutritivas, com enfase para os aspetos nutri-cionais e económicos do siste-ma produtivo.

Avaliação de Cultivares de Alface Conduzidas em Hidroponia NFT, Submetidas a Soluções Nutritivas PAULO JORGE DA COSTA ALFAMA


É um órgão para a difusão de trabalhos de cariz cultural e científico, enquadrados nas li-nhas de investigação da insti-tuição: “Cultura, Línguas e Li-teratura”; “Legado de Amílcar Cabral, Ciências Agrárias e Am-bientais”; “Património Cultu-

ral, Ciências Sociais, Humanas e Pedagógicas”. A revista tem periodicidade anual, devendo a sua saída coincidir com o ani-versário da Uni-CV e da CAC-CV, celebrado a 21 de Novembro de cada ano.

Revista Desafios - Nº 2 (2014)Manuel Veiga (DIR.)

Esta obra, dada a estampa em Julho de 2015, constitui-se no volume 7 (sete) da Coleção “So-ciedade”. Trata-se da disser-tação de Mestrado em Enfer-magem, na Especialidade de Serviços de Gestão e Enferma-

gem, da Enfermeira Alice de Sena Martins. o livro traz-nos uma contribuição pioneira para a fixação documentada da his-tória da enfermagem em Cabo Verde e com ela muito da histó-ria da saúde no país.

ANAIS DO IV CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICAMARCELO QUINTINO GALVÃO BAPTISTA & SILVESTRE BAPTISTA (ORG.)

A obra pretende avaliar o cres-cimento, a produtividade e o sa-bor de diferentes cultivares de alface conduzidas em sistema hidropónico NFT, submetidas a

duas soluções nutritivas, com enfase para os aspetos nutri-cionais e económicos do siste-ma produtivo.

A Cátedra Amilcar Cabral e o seu Patrono Manuel Veiga & Maria Adriana Sousa Carvalho (ORG)


Este livro das Atas do segun-do Colóquio Cabo-verdiano de Educação “Políticas e práxis da Educação nas perspetivas e em contextos pós-coloniais”, realizado no Departamento de Ciências Sociais e Humanas da

Universidade de Cabo Verde, na Praia, a 24 e 25 de abril de 2015, engloba os textos das comuni-cações apresentadas pela qua-se totalidade dos participantes e foi organizado por Ana Cristi-na P. Ferreira.

Atas do II Colóquio Cabo-verdiano de Educação – CEDU 2015: “Políticas e práxis da Educação nas perspetivas e em contextos pós-coloniais”Ana Cristina P. Ferreira

A Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) através do Centro de Investigação em Desenvolvi-mento Local e ordenamento do Território (CIDLoT) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Global Environment Facility (GEF), a Direcção Ge-ral de Energia (DGE), a ordem

de Arquitetos de Cabo Verde e a ordem de Engenheiros de Cabo Verde, realizou na Cidade da Praia, nos dias 29, 30 e 31 de janeiro de 2015, uma Conferên-cia Internacional e uma Mesa redonda sobre a Arquitetura Bioclimática em Cabo Verde: melhores práticas e potencial no país.

Atas - Conferência Internacional e uma Mesa Redonda sobre a Arquitetura Bioclimática em Cabo Verde: melhores práticas e potencial no país.Centro de Investigação em Desenvolvimento Local e Ordenamento do Território (CIDLOT)

2017 - universidade de cabo verde - universidade de cabo verde · a investigação científica...

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