2016 - embudasartes.sp.gov.br 3... · josé ovídio peres ramos – secretário de meio ambiente e...
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2016
2016
Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável– (PDITS) –
Embu das Artes/SP
Volume 3 – Pesquisa de Demanda Turística e Pesquisa de Sensibilidade
Turística
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PREFEITURA MUNICIPAL DE EMBU DAS ARTES - SP
Francisco Nascimento de Brito (Chico Brito) – Prefeito Municipal
Nataniel da Silva Carvalho – Vice Prefeito
Francisco Iderval Teixeira Júnior – Chefe De Gabinete
Reginaldo Pires Gomes (Régis Pires) – Secretário Interino de Turismo
Roberta Santos – Secretária de Assistência Social, Trabalho e Qualificação
Profissional
Valdir Luis Barbosa – Secretário de Assuntos Estratégicos
Alcinei Miranda Feliciano– Secretário de Assuntos Jurídicos
João Honório da Silva – Secretário da Companhia Pública Pró-Habitação
Cristina Santos – Secretária de Comunicação Social
Maria Emília dos Santos – Secretária de Controladoria Geral Do Municipio
Alan Ricardo Martins Leão – Secretário de Cultura
Paulo Vicente dos Reis – Secretário de Educação
Paulo Oliveira da Silva – Secretário de Esportes E Lazer
Marcos Rosatti – Secretário De Gestão de Pessoas E Modernização Administrativa
Edson Bezerra Ferreira – Secretário de Gestão Democrática
José Roberto Jorge – Secretário de Gestão Financeira
Paulo Giannini – Secretário De Governo
José Ovídio Peres Ramos – Secretário De Meio Ambiente E Desenvolvimento
Urbano
Nelson José Pedroso – Secretário de Obras, Edificações E Orientação Urbana
Sandra Magali Fihlie – Secretária de Saúde
Clóvis Cabral – Secretário de Serviços Públicos E Limpeza Urbana
Francisco Carlos Pereira – Secretário de Trânsito E Transporte
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COORDENAÇÃO DOS TRABALHOS
Reginaldo Pires Gomes (Régis Pires) - Secretário Interino de Turismo
COLABORADORES
Ana Ferreira Vieira – Agente Municipal
Fábio Luiz Caldeira – Analista de Turismo
Fábio Penteado Silva Leite – Comissionado
Francelina M. Silva Oliveira – Agente Municipal
Josenberg Paulino da Silva – Comissionado
Luana Janaina de Andrade – Coord. de Comunicação da Secretaria de Turismo
Marli Mendes de Oliveira Barretos – Agente Municipal
Sergio Olívio Barbi – Assistente de Desenvolvimento
Sheila Trentini de Jesus – Assistente Técnico Administrativo
Moacyr A. Calil Júnior – Coordenador da Feira de Artes
Conselho Municipal de Turismo – Comtur
Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano – SEMADU
Secretaria de Comunicação Social
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EQUIPE TÉCNICA JK TURISMO CONSULTORIA
THIAGO FERRAREZI – ADMINISTRADOR DA EMPRESA JK TURISMO CONSULTORIA
CAROLINE BRANDÃO – TURISMOLOGA
TAUANY RAMOS –TURISMOLOGA
THIAGO B. ARAÚJO – ENGENHEIRO AMBIENTAL
LUIZ FERNANDO PENA – PSICÓLOGO E AGENTE CULTURAL
FÁBIO TERUO – ENGENHEIRO CIVIL
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Sumário
PARTE I – APRESENTAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO TURISMO NACIONAL E PAULISTA. .....11
1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................11
2. METODOLOGIA .......................................................................................................................................14
3. TURISMO COMO ATIVIDADE HUMANA ..................................................................................................16
4. PLANEJAMENTO DO TURISMO ...............................................................................................................19
5. TURISMO NO BRASIL E NO MUNDO .......................................................................................................22
5.1. PANORAMA MUNDIAL DO TURISMO ................................................................................................. 22 5.2. GASTOS NO EXTERIOR ......................................................................................................................... 26 5.3. OS DESAFIOS DO BRASIL ...................................................................................................................... 30
6. TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO ....................................................................................................34
6.1. PRINCIPAIS NÚMEROS DO ESTADO DE SÃO PAULO: ............................................................................ 38 6.2. REGIONALIZAÇÃO DO TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO ............................................................. 39 6.3. EMBU DAS ARTES NO ESTADO DE SÃO PAULO .................................................................................... 44
PARTE II – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO .....................................................................46
7. ASPECTOS HISTÓRICO-CULTURAIS ..........................................................................................................46
7.1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO .................................................................................................................. 46 7.2. SÍMBOLOS MUNICIPAIS ....................................................................................................................... 47
7.2.1. Brasão ......................................................................................................................................... 47 7.2.3. Hino de Embu .............................................................................................................................. 50
7.3. LENDAS DO MUNICIPIO DE EMBU DAS ARTES .................................................................................... 51 7.3.1 “ Lenda da cobra e do índio” ................................................................................................... 51 7.3.2 “Lendas do Tesouro do Lago” ................................................................................................ 52 7.3.3 “A Lenda do Diabo” .................................................................................................................. 52 7.3.4 “A Mãe d’Água” ......................................................................................................................... 53 7.3.5 “A Procissão da Recomendação” .......................................................................................... 53
7.4. ORGANIZAÇÃO POLÍTICA .................................................................................................................... 54
8. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS .......................................................................................................................58
9. ASPECTOS NATURAIS ..............................................................................................................................61
9.1. GEOLOGIA ............................................................................................................................................ 61 9.2. CLIMA E PLUVIOMETRIA ...................................................................................................................... 63 9.3. HIDROLOGIA ........................................................................................................................................ 65 9.4. COBERTURA VEGETAL E FAUNA .......................................................................................................... 68
10. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ..........................................................................................................70
10.1. CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS .................................................................................................... 70
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10.2. ATIVIDADES ECONÔMICAS .................................................................................................................. 73 10.3. EDUCAÇÃO ........................................................................................................................................... 75
11. INFRAESTRUTURA BÁSICA URBANA ...................................................................................................84
11.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................................ 84 11.2. REDE DE DRENAGEM FLUVIAL ............................................................................................................. 85 11.3. SISTEMA DE LIMPEZA URBANA ........................................................................................................... 86 11.4. ENERGIA ELÉTRICA............................................................................................................................... 87 11.5. SISTEMA DE SEGURANÇA .................................................................................................................... 88
PARTE III – PESQUISA DE DEMANDA TURÍSTICA ..............................................................................91
12. PESQUISA DE DEMANDA TURÍSTICA ...................................................................................................92
13. PESQUISA DE DEMANDA TURÍSTICA – EMBU DAS ARTES ...................................................................96
13.1. PERFIL DO TURISTA .............................................................................................................................. 97 13.1.1. Origem dos Turistas .................................................................................................................... 97 13.1.2. Gênero dos turistas ..................................................................................................................... 98 13.1.3. Faixa etária dos entrevistados ................................................................................................... 99 13.1.4. Estado Civil ................................................................................................................................ 100 13.1.5. Grau de Escolaridade ................................................................................................................ 101 13.1.6. Ocupação .................................................................................................................................. 102 13.1.7. Renda ........................................................................................................................................ 103
13.2. ORGANIZAÇÃO DA VIAGEM .............................................................................................................. 104 13.2.1. Motivação da Viagem .............................................................................................................. 105 13.2.2. Meio de transporte utilizado .............................................................................................. 106 13.2.3. Meios de divulgação ............................................................................................................ 107 13.2.4. Características do Grupo .......................................................................................................... 108 13.2.5. Portadores de Necessidades Especiais ..................................................................................... 109 13.2.6. Tempo Permanência ................................................................................................................. 110 13.2.7. Meios de Hospedagem ............................................................................................................. 112 13.2.8. Equipamentos Gastronômicos ................................................................................................. 113 13.2.9. Atrativos Turísticos Visitados ................................................................................................... 114
13.3. AVALIZAÇÃO DA INSFRAESTRUTURA ................................................................................................ 115 13.3.1. Infraestrutura Básica ................................................................................................................ 116
13.4. AVALIAÇÃO DA NFRAESTRUTURA GERAL ......................................................................................... 128 13.5. INDICAÇAO DO MUNICÍPIO DE EMBU DAS ARTES ............................................................................ 130 13.6. RESUMO EXECUTIVO ......................................................................................................................... 131
PARTE IV – PESQUISA DE SENSIBILIDADE TURÍSTICA .................................................................. 136
14. PESQUISA DE SENSIBILIDADE TURÍSTICA LOCAL ............................................................................... 137
15. METODOLOGIA DE COLETA DE DADOS ............................................................................................. 139
16. PESQUISA DE SENSIBILIDADE DE TURISTICA LOCAL – EMBU DAS ARTES ........................................... 140
16.1. PERFIL DO MORADOR ........................................................................................................................ 141 16.1.1. Bairros dos moradores ............................................................................................................. 141 16.1.2. Gênero dos entrevistados ......................................................................................................... 142 16.1.3. Faixa Etária dos munícipes ....................................................................................................... 143 16.1.4. Estado Civil ................................................................................................................................ 144 16.1.5. Grau de Escolaridade ................................................................................................................ 145 16.1.6. Ocupação .................................................................................................................................. 146
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16.1.7. Renda ........................................................................................................................................ 147 16.1.8. Taxa de Natalidade dos Munícipes de Embu das Artes ........................................................... 148
16.2. ORGANIZAÇÃO DA VIAGEM .............................................................................................................. 151 16.2.1. Destinos escolhidos para viagem ............................................................................................. 152 16.2.2. Intervalo de tempo entre viagens ............................................................................................ 153 16.2.3. Motivação da viagem ............................................................................................................... 154 16.2.4. Meios de Hospedagem ............................................................................................................. 155 16.2.5. Meios de Transporte ............................................................................................................ 156
16.3. TURISMO LOCAL ................................................................................................................................ 157 16.3.1. Cidade como Destino Turístico ................................................................................................. 158 16.3.2. Existência de Atrativos Turísticos no município ....................................................................... 159 16.3.3. Potencial Turístico Local ........................................................................................................... 160 16.3.4. Investimento do Poder Público no Turismo local ..................................................................... 161 16.3.5. Investimento Turístico .............................................................................................................. 162 16.3.6. Impactos negativos no desenvolvimento do turismo em Embu das Artes ............................. 165 16.3.7. Impactos positivos no desenvolvimento do turismo em Embu das Artes ............................... 167 16.3.8. Participação dos moradores nas atividades turísticas ............................................................ 169
16.4. AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA.................................................................................................... 171 16.4.1. Infraestrutura Básica ................................................................................................................ 171
16.5. AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA GERAL ........................................................................................ 183 16.6. VISITAS EM EMBU DAS ARTES ........................................................................................................... 186 16.7. RETORNO A CIDADE ........................................................................................................................... 190 16.8. RESUMO EXECUTIVO ......................................................................................................................... 191 REFERENCIAS .................................................................................................................................................. 197
ANEXOS ................................................................................................................................................... 202
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1.AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA ..................................................................................................................... 31 FIGURA 2– AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS TURÍSTICOS ........................................................................................................... 32 FIGURA 3– AVALIAÇÃO GERAL ...................................................................................................................................... 32 FIGURA 4. BRASÃO DE EMBU ........................................................................................................................................ 48 FIGURA 5. BANDEIRA DE EMBU ..................................................................................................................................... 50
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1– FLUXO TURÍSTICO NAS AMÉRICAS ................................................................................................................. 24 GRÁFICO 2– CHEGADAS AO BRASIL 2006 – 2013 ............................................................................................................ 26 GRÁFICO 3 - VARIAÇÃO CLIMÁTICA DE EMBU DAS ARTES ................................................................................................... 65 GRÁFICO 4 - FAIXA ETÁRIA ........................................................................................................................................... 71 GRÁFICO 5. ORIGEM DOS TURISTAS ............................................................................................................................... 98 GRÁFICO 6. GÊNERO DOS TURISTAS ENTREVISTADOS. ........................................................................................................ 99 GRÁFICO 7. FAIXA ETÁRIA DOS ENTREVISTADOS .............................................................................................................. 100 GRÁFICO 8. ESTADO CIVIL DOS ENTREVISTADOS .............................................................................................................. 101 GRÁFICO 9. GRAU DE ESCOLARIDADE DOS ENTREVISTADOS ............................................................................................... 102 GRÁFICO 10. OCUPAÇÃO DOS ENTREVISTADOS .............................................................................................................. 103 GRÁFICO 11. RENDA DOS ENTREVISTADOS .................................................................................................................... 104 GRÁFICO 12. MOTIVAÇÃO DE VIAGEM DOS ENTREVISTADOS ............................................................................................. 106 GRÁFICO 13. MEIOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS ........................................................................................................... 107 GRÁFICO 14. MEIOS DE DIVULGAÇÃO ACESSADOS PELOS ENTREVISTADOS ............................................................................ 108 GRÁFICO 15. CARACTERÍSTICAS DOS GRUPOS DOS ENTREVISTADOS .................................................................................... 109 GRÁFICO 16. PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS ................................................................................................. 110 GRÁFICO 17. QUANTIDADE DE TURISTAS E TURISTAS POTENCIAIS ....................................................................................... 111 GRÁFICO 18. TEMPO DE PERMANÊNCIA DOS TURISTAS ENTREVISTADOS .............................................................................. 112 GRÁFICO 19. MEIO DE HOSPEDAGEM UTILIZADOS PELOS ENTREVISTADOS ............................................................................ 113 GRÁFICO 20. EQUIPAMENTOS GASTRONÔMICOS UTILIZADOS PELOS ENTREVISTADOS ............................................................. 114 GRÁFICO 21. GRÁFICO DE BARRAS PARA ATRATIVOS VISITADOS PELOS ENTREVISTADOS. ......................................................... 115 GRÁFICO 22. SEGMENTO LIMPEZA URBANA SEGUNDO OS ENTREVISTADOS ........................................................................... 116 GRÁFICO 23. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA SEGUNDO OS ENTREVISTADOS ................................................................. 117 GRÁFICO 24. AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÕES E INTERNET .......................................................................... 117 GRÁFICO 25. AVALIAÇÃO DOS PREÇOS PRATICADOS EM EMBU DAS ARTES ........................................................................... 119 GRÁFICO 26. AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO TURÍSTICA DE EMBU DAS ARTES ......................................................................... 120 GRÁFICO 27. AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE TÁXI EM EMBU DAS ARTES ................................................................................. 120 GRÁFICO 28. AVALIAÇÃO DOS MEIOS GASTRONÔMICOS DE EMBU DAS ARTES ..................................................................... 122 GRÁFICO 29. AVALIAÇÃO DOS MEIOS HOSPEDAGEM DE EMBU DAS ARTES ......................................................................... 123 GRÁFICO 30. AVALIAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE EMBU DAS ARTES ........................................................................ 124 GRÁFICO 31. AVALIAÇÃO DA DIVERSÃO NOTURNA EM EMBU DAS ARTES ............................................................................ 125 GRÁFICO 32. AVALIAÇÃO DAS INFORMAÇÕES TURÍSTICAS DE EMBU DAS ARTES .................................................................... 126 GRÁFICO 33. AVALIAÇÃO DOS GUIA DE TURISMO DE EMBU DAS ARTES .............................................................................. 127 GRÁFICO 34. AVALIAÇÃO DE PASSEIOS/ CITY TOUR EM EMBU DAS ARTES ........................................................................... 128 GRÁFICO 35. GRÁFICO POLAR DAS PONTUAÇÕES MÉDIA DE CADA SEGMENTO ...................................................................... 130 GRÁFICO 36.INDICAÇÃO DE EMBU DAS ARTES COMO UM DESTINO TURÍSTICO ...................................................................... 131 GRÁFICO 37. BAIRROS DOS MORADORES ENTREVISTADOS ................................................................................................ 142 GRÁFICO 38. GÊNERO DOS MORADORES ENTREVISTADOS. ............................................................................................... 143
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GRÁFICO 39. FAIXA ETÁRIA DOS ENTREVISTADOS ............................................................................................................ 144 GRÁFICO 40. ESTADO CIVIL DOS ENTREVISTADOS ........................................................................................................... 145 GRÁFICO 41. GRAU DE ESCOLARIDADE DOS ENTREVISTADOS ............................................................................................. 146 GRÁFICO 42. OCUPAÇÃO DOS ENTREVISTADOS .............................................................................................................. 147 GRÁFICO 43. RENDA MÉDIA MENSAL DOS MORADORES DE EMBU DAS ARTES ....................................................................... 148 GRÁFICO 44. TAXA DE NATALIDADE DOS MUNÍCIPES DE EMBU DAS ARTES .......................................................................... 149 GRÁFICO 45. TEMPO QUE RESIDE E NÃO NASCERAM NA CIDADE ........................................................................................ 150 GRÁFICO 46. TEMPO QUE RESIDEM E NASCERAM NA CIDADE. ........................................................................................... 151 GRÁFICO 47. DESTINOS ESCOLHIDOS PARA VIAGEM ........................................................................................................ 152 GRÁFICO 48. INTERVALO DE TEMPO ENTRE VIAGENS DOS MUNÍCIPES DE EMBU DAS ARTES .................................................... 153 GRÁFICO 49. MOTIVAÇÃO DA VIAGEM ......................................................................................................................... 154 GRÁFICO 50. MEIOS DE HOSPEDAGEM UTILIZADOS PELOS MORADORES DE EMBU DAS ARTES NAS VIAGENS ............................... 156 GRÁFICO 51. MEIOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS PELOS MUNÍCIPES DE EMBU DAS ARTES ..................................................... 157 GRÁFICO 52. CIDADE COMO DESTINO TURÍSTICO ........................................................................................................... 158 GRÁFICO 53. ATRATIVOS TURÍSTICOS DE EMBU DAS ARTES .............................................................................................. 160 GRÁFICO 54. POTENCIAL TURÍSTICO DE EMBU DAS ARTES SEGUNDO OS MORADORES ............................................................ 161 GRÁFICO 55. INVESTIMENTO DO PODER PUBLICO NO TURISMO LOCAL ................................................................................ 162 GRÁFICO 56. OPINIÃO DOS MORADORES SOBRE INVESTIMENTO TURÍSTICO .......................................................................... 163 GRÁFICO 57. EXISTÊNCIA DE IMPACTOS NEGATIVOS NO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM EMBU DAS ARTES ......................... 165 GRÁFICO 58. IMPACTOS NEGATIVOS NO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM EMBU DAS ARTES ............................................. 166 GRÁFICO 59. IMPACTOS POSITIVOS NO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM EMBU DAS ARTES ............................................... 167 GRÁFICO 60. IMPACTOS POSITIVOS CAUSADOS PELO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM EMBU DAS ARTES ............................. 168 GRÁFICO 61. PARTICIPAÇÃO DOS MORADORES NAS ATIVIDADES TURÍSTICAS ......................................................................... 169 GRÁFICO 62. POSSÍVEL PARTICIPAÇÃO DOS MUNÍCIPES NO TURISMO EM EMBU DAS ARTES ..................................................... 170 GRÁFICO 63. AVALIAÇÃO DA LIMPEZA URBANA EM EMBU DAS ARTES ................................................................................. 171 GRÁFICO 64. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA EM EMBU DAS ARTES ............................................................................ 172 GRÁFICO 65. AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÕES DE EMBU DAS ARTES ............................................................. 173 GRÁFICO 66. AVALIAÇÃO DOS PREÇOS PRATICADOS EM EMBU DAS ARTES ........................................................................... 174 GRÁFICO 67. AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO TURÍSTICA DE EMBU DAS ARTES ......................................................................... 175 GRÁFICO 68. AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE TÁXI EM EMBU DAS ARTES .................................................................................. 176 GRÁFICO 69. AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE GASTRONOMIA EM EMBU DAS ARTES ................................................................. 177 GRÁFICO 70. AVALIAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE EMBU DAS ARTES......................................................................... 178 GRÁFICO 71. AVALIAÇÃO DA DIVERSÃO NOTURNA EM EMBU DAS ARTES ............................................................................. 179 GRÁFICO 72. AVALIAÇÃO DAS INFORMAÇÕES TURÍSTICAS EM EMBU DAS ARTES ................................................................... 180 GRÁFICO 73. AVALIAÇÃO DOS GUIAS DE TURISMO EM EMBU DAS ARTES ............................................................................. 181 GRÁFICO 74. AVALIAÇÃO DOS PASSEIOS/ CITY TOUR EM EMBU DAS ARTES .......................................................................... 182 GRÁFICO 75. GRÁFICO POLAR DAS PONTUAÇÕES MÉDIA DE CADA SEGMENTO ...................................................................... 184 GRÁFICO 76. VISITAS DE PARENTES E AMIGOS EM EMBU DAS ARTES .................................................................................. 186 GRÁFICO 77.GRÁFICO DE SETOR PARA QUANTIDADE DE HOSPEDES QUE OS MORADORES RECEBEM DURANTE O ANO .................... 187 GRÁFICO 78. TEMPO DE PERMANÊNCIA DOS HÓSPEDES NA CASA DOS MUNÍCIPES EM EMBU DAS ARTES .................................... 188 GRÁFICO 79. GRÁFICO DE BARRAS PARA ATIVIDADES DOS HOSPEDES DOS MORADORES DA CIDADE. .......................................... 189 GRÁFICO 80. INDICAÇÃO DA CIDADE DE EMBU DAS ARTES COMO UM DESTINO TURÍSTICO ...................................................... 190
LISTA DE MAPAS
MAPA 1. REGIÕES TURÍSTICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO ................................................................................................. 41 MAPA 2. CIRCUITOS TURÍSTICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO .............................................................................................. 43 MAPA 3. ZOOM DA MAPA 2, COM DESTAQUE PARA MRT CAPITAL EXPANDIDA E O MUNICÍPIO DE EMBU DAS ARTES .................... 45 MAPA 4 - UNIDADES ADMINISTRATIVAS DE EMBU DAS ARTES ............................................................................................. 55
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MAPA 5. LOCALIZAÇÃO DE EMBU .................................................................................................................................. 59 MAPA 6. MUNICÍPIOS LIMÍTROFES A EMBU ..................................................................................................................... 60 MAPA 7. GEOLOGIA DE EMBU ...................................................................................................................................... 62 MAPA 8 - LOCALIZAÇÃO DA BACIA RIO EMBU-MIRIM ....................................................................................................... 66 MAPA 9 - LOCALIZAÇÃO DA BACIA DO RIO COTIA ............................................................................................................. 67 MAPA 10 - LOCALIZAÇÃO DA BACIA DO RIO PIRAJUÇARA ................................................................................................... 67 MAPA 11 - CONTEXTO DAS ÁREAS VERDES NO MUNICÍPIO DE EMBU DAS ARTES ..................................................................... 68 MAPA 12 - METROS QUADRADOS DE ÁREA VERDE POR HABITANTE NOS BAIRROS .................................................................... 69 MAPA 13 - MAPA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE EMBU PELO SISTEMA ADUTOR METROPOLITANO ................................... 85
LISTA DE TABELAS
TABELA 1– FLUXO TURÍSTICO NO MUNDO ...................................................................................................................... 23 TABELA 2 – FLUXO TURÍSTICO DE CHEGA NO BRASIL ......................................................................................................... 28 TABELA 3. GASTO MÉDIO DE TURISTAS ESTRANGEIROS DURANTE A COPA DO MUNDO2014 .......................... 33 TABELA 4. ESTIMATIVA DO MOVIMENTO DE PASSAGEIROS NOS AEROPORTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO EM
2014. ............................................................................................................................................................ 35 TABELA 5. SECRETARIAS DO MUNICÍPIO DE EMBU ............................................................................................................ 56 TABELA 6. VEREADORES DO MUNICÍPIO DE EMBU .............................................................................................. 57 TABELA 7 - EVOLUÇÃO POPULACIONAL ........................................................................................................................... 70 TABELA 8 - POPULAÇÃO URBANA E POPULAÇÃO RURAL ...................................................................................................... 71 TABELA 9 - QUANTIDADE DE HOMENS E MULHERES EM EMBU DAS ARTES ............................................................................ 71 TABELA 10 - RENDIMENTO MÉDIO DA POPULAÇÃO COM MAIS DE 16 ANOS DE IDADE EM EMBU DAS ARTES ................................. 72 TABELA 11 - PROPORÇÃO DE PESSOAS DE 16 ANOS OU MAIS SEM RENDIMENTO EM EMBU DAS ARTES ........................................ 72 TABELA 12 - POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA DE EMBU DAS ARTES ............................................................................ 72 TABELA 13 - POPULAÇÃO OCUPADA DE EMBU DAS ARTES .................................................................................................. 73 TABELA 14. PRODUTO INTERNO BRUTO .......................................................................................................................... 74 TABELA 15 - DADOS ECONÔMICOS DE EMBU DAS ARTES ................................................................................................... 74 TABELA 16 - DESPESAS E RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS ........................................................................................................ 74 TABELA 17 - TAXA DE ANALFABETISMO EM EMBU DAS ARTES ............................................................................................. 75 TABELA 18 - NÚMERO DE ESCOLAS POR NÍVEL .................................................................................................................. 76 TABELA 19 - DOCENTES POR NÍVEL ................................................................................................................................ 76 TABELA 20 - NÚMERO DE MATRÍCULA POR NÍVEL .............................................................................................................. 76 TABELA 21 - LISTA DE ESCOLAS ESTADUAIS...................................................................................................................... 77 TABELA 22 - LISTA DE ESCOLAS MUNICIPAIS .................................................................................................................... 79 TABELA 23 - LISTA DE ESCOLAS PARTICULARES .................................................................................................................. 80 TABELA 24 - LISTA DE ESCOLAS MUNICIPAIS DE ENSINO INFANTIL ......................................................................................... 82 TABELA 25 - ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE .................................................................................................................... 83 TABELA 26 - MORBIDADE HOSPITALAR ........................................................................................................................... 84 TABELA 27 - DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMO ENERGÉTICO DE EMBU DAS ARTES ......................................................................... 88 TABELA 28 - PONTOS DE INSTALAÇÃO DAS CÂMERAS DE VIGILÂNCIA ..................................................................................... 89 TABELA 29. NOTAS DE AVALIAÇÃO PARA A INFRAESTRUTURA GERAL DE EMBU DAS ARTES ...................................................... 129 TABELA 30. PONTUAÇÃO MÉDIA DOS SEGMENTOS AVALIADOS PELOS TURISTAS E TURISTAS POTENCIAIS ..................................... 130 TABELA 31. NOTAS DE AVALIAÇÃO PARA A INFRAESTRUTURA GERAL DE EMBU DAS ARTES ...................................................... 183 TABELA 32. PONTUAÇÃO MÉDIA DOS SEGMENTOS AVALIADOS PELOS TURISTAS E TURISTAS POTENCIAIS ..................................... 184
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PARTE I – APRESENTAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO TURISMO NACIONAL E
PAULISTA.
1. APRESENTAÇÃO
A partir da Política Nacional do Turismo, estabelecida através da Lei
11.771/08, ações de planejamento e desenvolvimento do turismo como os
inventários da oferta turística surgem como um instrumento base para fins de
planejamento, gestão e promoção da atividade turística.
O Inventário Turístico de Embu das Artes tem por objetivo, levantar, identificar
e registrar informações a respeito dos atrativos turísticos (histórico-culturais e rurais),
atividades culturais, técnico-científicas e econômicas relevantes, bem como os
equipamentos e serviços turísticos, infraestrutura básica do município (saúde,
educação, transporte, segurança, bancos, etc.), infraestrutura de apoio ao turismo,
entre outras variáveis como, mão-de-obra, entidades de classe, características
socioeconômicas, tecnológicas, além de outros elementos fundamentais que
determinam a dimensão da sua oferta turística.
Este levantamento possibilitará maior subsídio aos gestores públicos e
instâncias de governança responsáveis pelo planejamento turístico municipal
pautado na sustentabilidade, e também servirá como base de informações
atualizadas aos profissionais que atuam junto ao turismo. Além disso, o documento
também poderá atender a estudantes, pesquisadores e docentes, bem como
empresários, imprensa e munícipes que necessitem de informações sobre o
município.
A partir das informações colhidas nesse documento, que é o resultado da
revisão e atualização de documentos anteriores, e que refletem a dinâmica
contemporânea da economia do turismo em Embu das Artes, o atual trabalho
apresenta uma gama de informações primordiais para se conhecer e destacar o
potencial turístico que o Destino Embu das Artes dispõe, além de permitir que o
município alcance o título de município de interesse turístico, concedido pelo
12
Governo do Estado de São Paulo, e, com isso, a verba direcionada para
investimentos no setor.
A Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento dos Municípios de Interesse
Turísticos (Fremitur) lançada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo no
dia 20 de março de 2013, conseguiu alcançar a aprovação do Projeto de Lei
Complementar n° 32/2012 que tinha por objetivo estabelecer condições e requisitos
para uma classificação mais ampla de estâncias e municípios de interesse turístico
(ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO. PEC n° 11/13).
A Lei Complementar n° 1261, gerada pelo PLC 032 de 2012, sancionada pelo
Governador do Estado Geraldo Alckmin no dia 29 de abril de 2015, garante uma
melhor distribuição dos recursos do tesouro do Estado a atividade turística,
garantindo que um maior número de municípios – 70 Estâncias e 140 Municípios de
Interesse Turístico - seja beneficiado pelos recursos do Fundo de Melhoria dos
Municípios Turísticos administrado pelo Departamento de Apoio e Desenvolvimento
das Estâncias (DADE), conforme previsto no artigo 146 da Constituição do Estado.
A Lei Complementar n° 1261/2015, exige para a classificação de municípios
de interesse turístico o inventário dos atrativos turísticos, com suas respectivas
localizações e vias de acesso, e também o inventário dos equipamentos e serviços
turísticos, do serviço de atendimento médico emergencial e da infraestrutura básica
de abastecimento de água potável e coleta de resíduos sólidos, além de plano
diretor de turismo e Conselho Municipal de Turismo (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
DO ESTADO DE SÃO PAULO. Lei n° 1261/2015, artigo 4º).
Além disso, a supracitada lei prevê que a cada três anos o Poder Executivo
deverá encaminhar à Assembleia Legislativa um projeto de Lei Revisional dos
Municípios Turísticos. Observado o ranqueamento das Estâncias Turísticas e dos
Municípios de Interesse Turístico, até três Estâncias Turísticas que obtiverem menor
pontuação no ranqueamento trianual passarão a ser classificadas como Municípios
de Interesse Turístico, com uma consequente redução dos auxílios recebidos, e os
três Municípios de Interesse Turístico que obtiverem o melhor desempenho poderão
13
ser considerados Estâncias Turísticas – caso obedeçam todas as exigências
previstas no artigo 2º da Lei Complementar – e consequentemente passem a
receber mais recurso para investir na atividade.
A partir dos atrativos e das estruturas reconhecidas no presente Inventário, o
diagnóstico e o planejamento turístico municipal serão elaborados, e, além de
orientar os possíveis empreendedores que desejam investir no local, possibilitarão a
Embu das Artes pleitear o título de município de interesse turístico, aumentando as
perspectivas de recursos para investimento no desenvolvimento e qualificação do
turismo local.
14
2. METODOLOGIA
A presente pesquisa consiste na criação do Inventário Turístico da cidade de
Embu das Artes, o qual incide no mapeamento dos equipamentos turísticos do
destino, como atrativos turísticos, rede hoteleira, estabelecimentos gastronômicos,
entre outras infraestruturas de apoio, bem como o levantamento de informações que
são a base para o planejamento da atividade.
Para viabilização desse estudo, inicialmente foram realizadas pesquisas
bibliográficas referentes ao tema “turismo”, para poder estruturar as ideias usando
como referência autores do ramo, posteriormente uma pesquisa sobre o município e
a história de sua formação, levando em conta os pontos que poderiam ser
explorados na atividade turística, e por fim trabalhos de campo com observações
sobre o local. A pesquisa de campo:
“(...) consiste na observação dos fatos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados e no registro de variáveis presumivelmente relevantes para ulteriores análises. Esta espécie de pesquisa não permite o isolamento e o controle das variáveis supostamente relevantes, mas permite o estabelecimento de relações constantes entre determinadas condições e determinados eventos, observados e comprovados" (RUIZ, 1979, p.50).
Neste estudo a pesquisa de campo teve o intuito de dar sustentação à
documentação direta, que consiste no levantamento de dados do próprio local onde
os fenômenos ocorrem. No caso da visita a campo do município de Embu das Artes
- SP, a proposta foi de identificar os atrativos turísticos e infraestrutura turística;
assim como, reconhecimento e análise da infraestrutura suporte. Estes dados
serviram como subsídio para a elaboração do inventário turístico da oferta local.
A metodologia utilizada para a elaboração do Inventário de Embu das Artes
foi adaptada conforme metodologia detalhada nos manuais do Instrumento de
Pesquisa para o Inventário da Oferta Turística (INVTUR), desenvolvido pelo
Ministério do Turismo. Composto por manuais e formulários de pesquisa; o
Inventário da Oferta Turística consiste no levantamento, identificação e registro dos
atrativos turísticos, dos serviços e equipamentos turísticos e da infraestrutura de
apoio ao turismo como instrumento base de informações para fins de planejamento,
15
gestão e promoção da atividade turística, possibilitando a definição de prioridades
para os recursos disponíveis e o incentivo a atividade turística.
Nas visitas a campo a equipe aplicou questionários readaptados conforme
modelos do INVTUR, dividindo em: categoria A – Infraestrutura de Apoio; sendo
instalações e serviços, públicos e privados, que proporcionam o bem estar dos
residentes e também dos visitantes, tais como sistema de transportes, de saúde, de
segurança, de comunicação, de abastecimento de água, de energia e tantas outras
estruturas básicas e facilidades existentes no município. Categoria B – Atrativos
Turísticos, elementos da natureza, da cultura e da sociedade lugares,
acontecimentos, objetos, pessoas, ações que motivam alguém a sair do seu local de
residência para recebe-los ou vivenciá-los. Categoria C – Serviços e Equipamentos
Turísticos, conjunto de estabelecimentos e prestadores de serviços que dão
condições para que o visitante tenha uma boa estada: hospedagem, alimentação,
diversão, transporte, agenciamento.
16
3. TURISMO COMO ATIVIDADE HUMANA
Desde as mais antigas civilizações, muitos foram os estímulos que levaram o
homem a ir além de suas fronteiras. Pode-se perceber que o turismo, por meio de
seu desenvolvimento histórico, se iniciou quando o homem passou a se locomover
para lugares até então desconhecidos. Inúmeras foram as motivações que levaram
as pessoas a explorarem outros territórios, como: motivação econômica – viajavam
em busca de novas terras, que lhes possibilitassem ocupar, utilizar e comercializar
seus produtos com outros povos; motivação religiosa – para visitarem novos
templos, conquistar novos discípulos e até mesmo alcançarem a cura de uma
doença.
Entretanto, foi no Império Romano que se acharam alguns registros das
primeiras viagens com intuito de lazer, nos quais os indivíduos viajavam quilômetros,
por dias, apenas para visitar grandes templos ou para relaxar tomando banhos
medicinais. Já na Idade Média, período entre o século V ao XV, o principal
deslocamento resumia-se às peregrinações. Muitos monastérios foram erguidos
para servirem de abrigo aos peregrinos („turistas‟). Os principais destinos: Terra
Santa de Jerusalém, Roma e o início das peregrinações ao túmulo de Tiago (um dos
discípulos de Jesus Cristo) – que se transformaria futuramente no caminho de
Santiago de Compostela, na Espanha.
Os séculos XV e XVI foram marcados pelas grandes navegações. Estas não
encontraram limites, sendo intensas explorações em alto mar. O Brasil, por exemplo,
iniciou sua história no turismo, com o seu próprio descobrimento. Foram muitos os
países que enviaram seus navegadores para explorar as costas brasileiras.
O turismo neoclássico (Grand Tour) também tem início no século XVI, período
onde os jovens (homens) da classe privilegiada, acompanhados de seus professores
particulares, realizavam viagens pela Europa, com o objetivo de conhecer novas
culturas, línguas e obter novos conhecimentos. Normalmente viajavam de navio, a
cavalo, em lombo de burro e a pé. De acordo com BARRETO (2001), a ideia era que
17
esses jovens “adquirissem experiência de vida, firmeza de caráter e preparação para
a guerra”, pois, muitos “viriam a exercer cargos na classe dirigente, civil ou militar”.
Nos séculos XVIII e XIX, período da Revolução Industrial, o avanço nos meios
de transportes se desenvolveu aceleradamente e novas fontes de energia
começaram a surgir. No início, o barco a vapor passou a ser o meio de transporte
mais seguro, rápido e com maior capacidade de carga e passageiros que existia.
Deste modo iniciou-se um grande intercâmbio turístico, principalmente entre a
Europa e os demais continentes. As ferrovias também foram as que mais
proporcionaram deslocamentos a grandes distâncias.
Em 1841, Thomas Cook, organizou uma viagem de trem para 570
passageiros na Inglaterra. Na história do turismo sua empresa é considerada a
primeira agência de viagens do mundo, a “Thomas Cook and Son” (IGNARRA,
2002).
Neste mesmo período os trabalhadores passavam cerca de 80 horas
semanais nas indústrias têxteis em pleno trabalho. Com a indignação dos mesmos e
a união da classe, os operários iniciaram uma série de movimentos em reivindicação
aos seus direitos, conquistando a regulamentação trabalhista, assegurada por leis.
A primeira constituição do mundo que dispõe sobre o direito do trabalho é a
do México de 1917, que garantia jornada diária de 8 horas, descanso semanal,
igualdade salarial, regulamentação do trabalho feminino, extinção do trabalho infantil
e salário mínimo. Após esse acontecimento, outros países seguiram o exemplo,
como: Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Brasil e outros. O direito do trabalho se
consolidou como uma necessidade social e as leis trabalhistas surgiram como uma
forma de regulamentar as relações de trabalho que se desenvolveram nos meios
econômicos de produção de bens e prestação de serviços. (MASCARO, 2001)
Estes direitos trouxeram às pessoas a disponibilização de tempo livre e
recursos financeiros para viajar. Inicia-se, então, uma nova fase para o turismo,
onde as pessoas têm como direito garantido o tempo livre.
18
Diante deste panorama histórico percebe-se que o turismo é um fenômeno
social, totalmente ligado às ações do ser humano, uma vez que estes são os
principais consumidores e fortalecedores de todos os mecanismos com que a
atividade está ligada. Por meio dele, pode-se ter acesso às mais diferentes
paisagens, culturas e infraestruturas.
Segundo Trigo (2000, p.12), o turismo é “uma atividade humana intencional
que serve como meio de comunicação e como elo de interação entre os povos, tanto
dentro como fora de um país”. Por isso, todas as pessoas precisam ter acesso
garantido a esta atividade, que tanto tem a acrescentar ao ser humano.
Na Conferência de Manila, em 1980, o turismo ficou reconhecido como um
instrumento de desenvolvimento da personalidade humana, deixando como dever
aos países criarem para seus cidadãos condições a práticas de acesso efetivo e
sem discriminação a este tipo de atividade (DIAS, 2003).
19
4. PLANEJAMENTO DO TURISMO
O planejamento está presente no cotidiano das pessoas, seja em casa ou no
trabalho; sempre se está articulando alguma ideia e/ou ação a fim de organizar o
futuro, sendo sobre essa ótica que a maioria dos autores define o planejamento.
No turismo o planejamento se torna um instrumento de ação imprescindível,
considerando que se consolidou como uma das atividades socioeconômicas mais
importantes do século XXI. Nota-se que ainda existe uma grande carência de
planejamento no turismo, uma vez que a maioria das destinações, principalmente no
Brasil, surgiu de forma espontânea, ou seja, sem um planejamento adequado,
gerando como consequência muitos problemas às localidades receptoras.
Para Ignarra (1990 apud SANTOS, 2003, p. 2):
[...] o planejamento é um processo contínuo de tomada de decisões, onde se prevê o curso dos acontecimentos e a situação futura desejada. Assim, deve ser sistemático e flexível para que se atinjam os objetivos determinados, tornando um processo lógico de pensamento, onde se aborda racionalmente e cientificamente os problemas identificados ao se analisar a realidade.
Algo importante a se destacar é que o planejamento necessita ser um
processo em constante revisão, pois é por meio desta que ações lógicas e
sustentáveis podem ser traçadas. Quando se opta em agir desta forma, todos os
envolvidos neste grande fenômeno, que é o turismo, acabam se fortalecendo.
Para Ruchsmann (1999, p. 9) “a finalidade do planejamento turístico consiste
em ordenar as ações do homem sobre o território e ocupa-se em direcionar a
construção de equipamentos e facilidades de forma adequada”.
O espaço turístico é um tema que não pode deixar de ser discorrido quando o
assunto é planejamento aplicado ao turismo.
A atividade turística utiliza obrigatoriamente o espaço físico, ou seja,
aproveita-se dos espaços existentes sobre a superfície terrestre. Um dos aspectos
20
mais importantes do planejamento é como organizar as ações do homem sobre
esses espaços.
Boullón (2002, p. 75) afirma que “o planejamento maneja sete tipos diferentes
de espaço físico: o real, potencial, cultural, natural adaptado (rural), artificial, natural
virgem e vital”. Reduzindo as possibilidades de aplicação do planejamento físico às
mais gerais, pode-se dizer que são duas: planejamento do espaço natural e
planejamento do espaço urbano.
O espaço natural é aquele onde podem ser encontrados vestígios da natureza
virgem, ou seja, todos os ecossistemas preservados e conservados. Já o espaço
urbano é aquele em que o homem construiu suas cidades, sendo possível encontrar
uma infraestrutura comercial, industrial, financeira e cultural simples ou complexa.
Boullón (2002, p. 66 e 67) acrescenta ainda que:
[...] o patrimônio turístico de um país é determinado a partir da integração de quatro componentes: os atrativos turísticos (matéria-prima), o empreendimento turístico (equipamentos e instalações), a infraestrutura (recursos de apoio e aparato produtivo) e a superestrutura (subsistema organizacional e recursos humanos disponíveis para operar o sistema).
O espaço turístico é consequência da presença e distribuição territorial dos
atrativos turísticos, ou seja, ele é detectado pelo agrupamento e concentrações de
atrativos e empreendimentos turísticos que saltam à vista. Podem ser relacionados
devido ao seu tamanho e distribuição na superfície, como: zonas, áreas, complexos,
unidades, núcleos, conjuntos e corredores turísticos (BOULLÓN, 2002).
Somente por meio de um planejamento bem elaborado e a participação ativa
da comunidade é que o turismo se desenvolve com sucesso dentro de um
determinado local ou área, portanto:
O turismo é um consumidor intensivo de território e, portanto deve-se planejar
seu desenvolvimento numa ótica que aponte claramente quais objetivos econômicos
se deseja alcançar, quais espaços devem ser protegidos e qual a identidade que
será adquirida ou fortalecida (DIAS, 2003, p.37).
21
Independentemente do lugar, o turista será o interpretador do espaço, é ele
que captará a beleza de onde está visitando e é por isso que estes ambientes
necessitam ser planejados para recebe-los, uma vez que garantirá “uma
permanência mais longa do visitante e uma maior satisfação em sua estada” (ROSE,
2002, p. 41).
Dentro das esferas governamentais, sejam elas em nível nacional, estadual
e/ou local, o planejamento do uso dos espaços básicos para o desenvolvimento do
turismo, deve ser uma premissa essencial, para que os recursos naturais e artificiais
sejam ofertados de forma sustentável.
Segundo Rose (2002, p. 25):
[...] a falta de planejamento adequado na utilização dos recursos [...] de uma destinação turística poderá acarretar, a médio prazo, no esgotamento destes recursos, que, na maioria dos casos, são irrecuperáveis, inviabilizando a comercialização e, consequentemente, acarretando o abandono do local por parte da demanda.
Para que o turismo se desenvolva sustentavelmente, ou seja, em harmonia
com os ambientes sociais, econômicos, culturais e naturais de uma localidade, o
planejamento necessita ser uma ferramenta em constante uso e revisão, para que
fortaleça o turismo e diminua os impactos negativos dentro da comunidade onde foi
ou será inserido.
Uma ação mal planejada em um determinado lugar pode afetar outro em
consequência, por isso, “o planejamento turístico deve abranger não apenas um
recurso (ou localidade), mas também o seu entorno, baseando seus estudos e
propostas além de limites políticos ou administrativos” (RUCHSMANN, 1999, p. 87).
22
5. TURISMO NO BRASIL E NO MUNDO
5.1. PANORAMA MUNDIAL DO TURISMO
O Turismo vem ganhando importância crescente em todo o mundo, em
virtude do seu papel relevante no desenvolvimento econômico e social, gerando
renda e empregos diretos e indiretos. É uma atividade de demanda, associada ao
consumo, sendo seu desempenho fortemente influenciado pelo crescimento no nível
de renda dos consumidores efetivos dos demandantes potenciais.
São milhares de pessoas indo de um lugar para outro do mundo, utilizando-se
dos mais variados meios de transportes, ou seja, carro, ônibus, trem, navio e,
principalmente, avião. Turismo de lazer, negócios e eventos, assim como visita a
amigos e parentes são os principais motivos que levam ao desenvolvimento da
atividade turística nos mais variados países, estados ou cidades.
No mundo, o turismo movimenta em receitas cambiais algo em torno de
US$919bilhões, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT). Como
aquecimento da economia mundial nos últimos anos, verificou-se que o fluxo
internacional de turistas vem crescendo significativamente.
Segundo a OMT o turismo mundial em 2013 teve um aumento significante de
pessoas viajando para o exterior. A chegada de turistas internacionais aumentou 5%
em todo o mundo, alcançando um novo recorde de 1,087 bilhão de pessoas.
Viajaram 52 milhões de turistas internacionais a mais do que no ano anterior.
Considerando fatores econômicos, humanos, tecnológicos e culturais, o
turismo abrange um volume financeiro mundial superior a US$7 trilhões, um
crescimento médio de 4% ao ano e um fluxo de 880 milhões de viagens (WTTC,
OMT,2009). Estudos preveem um fluxo de 1,3bilhão de turistas internacionais para
2020.
O setor turístico demonstrou uma notável capacidade de adaptação às
condições instáveis dos mercados, assim como para impulsionar o crescimento e a
criação de emprego em todo o mundo, apesar dos desafios econômicos e
23
geopolíticos.
Tabela 1– Fluxo Turístico no Mundo
Fonte: Organização Mundial do Turismo – OMT.
Pelo mundo, observa-se uma recuperação dos dados relacionados ao
desempenho da atividade turística dos países. Em 2013 observou um crescimento
acompanhado por uma tendência de descentralização do fluxo turístico.
No turismo mundial o destaque vai para a Europa que liderou o crescimento
em valores absolutos, acolhendo mais de 29 milhões de turistas internacionais, para
um total de 563 milhões, tendo-se verificando um crescimento de 5% e o dobro da
média da região para o período entre 2005 e 2012. Em termos relativos, o
Regiões e sub-regiões Turistas (milhões de chegadas)
2008 2009 2010 2011 2012 2013
Mundo 916,6 882,1 950,1 996,0 1.035,5 1.086,9
Europa 485,2 461,6 486,6 516,8 534,4 563,5
Europa do Norte 60,8 56,0 63,8 64,8 65,1 68,9
Europa Ocidental 153,2 148,5 154,3 161,1 166,5 174,3
Europa Central/Oriental 100,0 92,6 95,0 103,9 111,6 118,9
Europa Meridional/Mediterrâneo 171,2 164,5 173,5 187,0 191,2 201,4
Ásia e Pacífico 184,1 181,1 205,1 218,3 233,6 248,1
Ásia Nordeste 100,9 98,0 111,5 115,8 122,8 127,0
Ásia Sudeste 61,8 62,1 70,0 77,3 84,6 93,1
Oceania 11,1 10,9 11,6 11,7 12,1 12,5
Ásia Meridional 10,3 10,1 12,0 13,5 14,1 15,5
Américas 147,8 140,7 150,3 156,5 163,0 167,9
América do Norte 97,7 92,1 99,3 102,1 105,9 110,1
Caribe 20,1 19,6 19,5 20,1 21,0 21,2
América Central 8,2 7,6 7,9 8,3 8,9 9,2
América do Sul 21,8 21,4 23,6 26,0 27,2 27,4
África 44,3 45,9 49,9 49,5 52,5 55,8
África do Norte 17,1 17,6 18,8 17,1 18,5 19,6
África Subsaariana 27,2 28,3 31,1 32,4 34,0 36,2
Oriente Médio 55,2 52,8 58,2 54,9 52,0 51,6
24
crescimento foi mais forte na Ásia e no Pacífico (6%), onde o número de turistas
internacionais cresceu 14 milhões, para chegara 248 milhões. As Américas (4%)
tiveram um aumento de seis milhões de chegada, para um total de 169 milhões,
enquanto a África também registrou um crescimento de 6%, com mais 3 milhões de
chegadas, para um número recorde de 56 milhões.
De acordo com os dados do Barômetro Mundial de Turismo, entre os10
mercados emissores mais importantes do mundo, destacou-se a China, com os
chineses a gastarem 102 mil milhões de euros, o que se traduziu em mais 28%,e a
Rússia, onde os gastos aumentaram 26%.
O desempenho do turismo na América Latina em 2013 foi menor do que em
2012, embora tenha apresentado leve crescimento. Nos primeiros nove meses de
2013 o crescimento da América do Sul foi de 2% e da América Central de 3%.
Gráfico 1– Fluxo Turístico nas Américas
25
Os indicadores mostram que o cenário econômico mundial está beneficiando
os mercados avançados, sobretudo a Europa, que cresceu 6% no período, enquanto
que a América Latina passou a figurar entre os emissores mundiais de turistas e
também entre os mercados que mais gastam em viagens (Brasil +15%).
Na área de eventos, Brasil, Argentina e México se destacam no ranking da
ICCA, assim como as cidades de Buenos Aires, Rio de Janeiro e São Paulo. A
realização do Mundial de Futebol da FIFA em 2014 aumentou a visibilidade
internacional não somente para o Brasil, mas para muitos países da região.
O desempenho da indústria de viagens e turismo na América Latina mostra a
importância desse negócio para a economia dos países, contribuindo com 3,2% do
PIB e gerando cerca de 3% dos postos de trabalho da região (WTTC, 2013). A
melhoria do ambiente de negócios e do desempenho do setor passa pelas
condições econômicas e a realização de políticas que possam dinamizar o turismo,
e ao mesmo tempo pela evolução e dinamização das redes de negócios que as
empresas criam em torno do setor.
No Brasil, houve um crescimento ainda maior na chegada de turistas do que a
média mundial. No entanto, o gasto de estrangeiros no Brasil medido em dólares
cresceu pouco, já que com a forte desvalorização do real ao longo de 2013 os
estrangeiros precisaram de menos dólares para atender as mesmas necessidades.
O Brasil em 2013 recebeu aproximadamente 6 milhões de turistas, um
aumento de 5,6% no número de chegadas de estrangeiros em relação a 2012. Esse
índice também é superior ao de toda região das Américas – que recebeu 3,6%
turistas a mais em 2013, na comparação com o ano anterior. Apesar do crescimento
de no mínimo 5,6% no número de chegadas de pessoas ao país, o gasto dos
turistas medido em dólares subiu apenas 0,8% no ano. A forte valorização do dólar e
do euro frente ao real é um dos motivos. O dólar começou 2013 cotado a R$ 2,04, e
fechou cotado a R$ 2,35. A moeda americana se fortaleceu 16% ao longo do ano. A
mudança cambial faz com que os turistas possam consumir os mesmos bens e
serviços em reais com menos dólares.
26
Gráfico 2– Chegadas ao Brasil 2006 – 2013
Fontes: Departamento de Polícia Federal e Ministério do Turismo.
5.2. GASTOS NO EXTERIOR
Os brasileiros que fizeram turismo no exterior passaram a gastar 14,2% a
mais. Isso fez com que os brasileiros ganhassem uma posição no ranking da OMT
de turistas que mais gastam dinheiro.
O país ultrapassou Cingapura e ocupa agora a 11ª posição – atrás de China,
Estados Unidos, Alemanha, Grã-Bretanha, Rússia, França, Canadá, Japão, Austrália
e Itália. O relatório da OMT destaca o forte crescimento de gastos de chineses e
russos com turismo no exterior. Pelo quarto ano consecutivo, o consumo de
chineses no exterior cresceu mais que 25%. A previsão da OMT é que esse
percentual fique acima de 30% em 2013. Os chineses lideram com folga os gastos
de turistas no mundo – foram US$ 102 bilhões em 2012. Naquele ano, os
americanos – que ocupam o segundo lugar no ranking – gastaram US$ 83,5
milhões. Em três anos, os turistas russos pularam da 10ª para a 5ª posição no
ranking, sempre gastando mais que 20% em relação ao ano anterior.
A Europa segue sendo o destino favorito dos turistas – 51,8% das pessoas
(ou 563 milhões de pessoas) que viajaram em 2013 foram para o continente
-
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Chegadas ao Brasil 2006 - 2013
27
europeu. Mas a região que registra o maior crescimento nos últimos anos é o
Sudeste Asiático. Em 2013, mantendo a média dos últimos anos, países como a
Tailândia, Indonésia e Malásia atraíram 10% a mais de estrangeiros do que no ano
anterior. A OMT prevê que em 2014 o número de pessoas viajando para o exterior
continuará crescendo – mas em um ritmo mais lento do que o de 2013, entre 4 e
4,5%.
As tendências de mercado destacam a importância da tecnologia para
impulsionar vendas e melhorar a experiência dos turistas nos destinos; a
diversificação de produtos e sua adaptação à demanda como um dos fatores de
atratividade de visitantes; as promoções e o custo das viagens como determinantes
na hora da compra de viagens; a clareza cada vez mais destacada da importância
dos comentários dos turistas sobre suas experiências como influenciador de fluxos;
e a utilização de telefones e tablets, como verdadeiros guias de todas as horas em
todos os lugares.
28
Tabela 2 – Fluxo Turístico de Chega no Brasil
Principais países
emissores
Chegadas de turistas
2009 2010 2011 2012 2013
Total Participaç
ão % Posiçã
o Total
Participação %
Posição
Total Participaç
ão % Posiçã
o Total
Participação %
Posição
Total Participaç
ão % Posiçã
o
Total 4.802.21
7 100,00
5.161.37
9 100,00
5.433.35
4 100,00
5.676.84
3 100,00
5.813.34
2 100,00
Argentina 1.211.15
9 25,22 1º
1.399.592
27,12 1º 1.593.77
5 29,33 1º
1.671.604
29,45 1º 1.711.49
1 29,44 1º
Estados Unidos
603.674 12,57 2º 641.377 12,43 2º 594.947 10,95 2º 586.463 10,33 2º 592.827 10,20 2º
Alemanha 180.373 3,76 8º 194.340 3,77 8º 192.730 3,55 8º 246.401 4,34 6º 268.932 4,63 3º
Uruguai 170.491 3,55 11º 200.724 3,89 6º 217.200 4,00 6º 250.586 4,41 5º 268.203 4,61 4º
Chile 189.412 3,94 6º 228.545 4,43 4º 261.204 4,81 3º 253.864 4,47 4º 262.512 4,52 5º
Paraguai 215.595 4,49 4º 226.630 4,39 5º 241.739 4,45 4º 258.437 4,55 3º 236.505 4,07 6º
Itália 253.545 5,28 3º 245.491 4,76 3º 229.484 4,22 5º 230.114 4,05 7º 233.243 4,01 7º
França 205.860 4,29 5º 199.719 3,87 7º 207.890 3,83 7º 218.626 3,85 8º 224.078 3,85 8º
Espanha 174.526 3,63 9º 179.340 3,47 10º 190.392 3,50 9º 180.406 3,18 9º 169.751 2,92 9º
Portugal 172.643 3,60 10º 167.355 3,24 11º 149.564 2,75 11º 155.548 2,74 11º 169.732 2,92 10º
29
Inglaterra 183.697 3,83 7º 189.065 3,66 9º 183.728 3,38 10º 168.649 2,97 10º 168.250 2,89 11º
Bolívia 78.010 1,62 14º 85.567 1,66 13º 91.345 1,68 12º 100.324 1,77 13º 116.461 2,00 12º
Colômbia 78.975 1,64 13º 81.020 1,57 14º 86.795 1,60 13º 91.996 1,62 14º 98.602 1,70 13º
Peru 83.454 1,74 12º 99.359 1,93 12º 85.429 1,57 14º 112.639 1,98 12º 95.028 1,63 14º
Holanda 66.655 1,39 18º 59.742 1,16 19º 63.247 1,16 19º 73.102 1,29 16º 87.225 1,50 15º
Japão 68.028 1,42 17º 67.616 1,31 17º 64.451 1,19 18º 61.658 1,09 20º 76.738 1,32 16º
Suíça 75.518 1,57 15º 76.411 1,48 15º 72.162 1,33 15º 73.133 1,29 15º 69.187 1,19 17º
Canadá 72.736 1,51 16º 69.995 1,36 16º 65.951 1,21 17º 69.571 1,23 17º 68.390 1,18 18º
China 53.886 1,12 20º 51.186 0,99 20º 57.261 1,05 20º 51.106 0,90 23º 68.309 1,18 19º
México 63.296 1,32 19º 64.188 1,24 18º 70.358 1,29 16º 68.462 1,21 18º 67.610 1,16 20º
Outros países 600.684 12,51
634.117 12,29
713.702 13,14
754.154 13,28
760.268 13,08
Fontes: Departamento de Polícia Federal e Ministério do Turismo.
30
5.3. OS DESAFIOS DO BRASIL
Nos próximos anos, o Brasil terá oportunidade de entrar no mapa dos grandes
destinos turísticos do mundo, não apenas porque foi sede da Copa do Mundo em
2014 e porque sediará os Jogos Olímpicos em 2016, mas porque, pela primeira vez,
o Brasil se mobiliza pelos meios corretos para chegar a esse objetivo.
Os desafios para o Brasil são ambiciosos, o Ministério do Turismo tem como
objetivo sair da sexta para a terceira economia turística do planeta, ficando atrás
apenas dos gigantes: China e Estados Unidos, exigindo um crescimento anual
médio de mais de 8% do turismo do Brasil, sendo uma taxa superior ao crescimento
médio da atividade turística no mundo e ao próprio crescimento do nosso PIB. É um
desafio que o Mtur e o governo brasileiro assumem com satisfação, cientes que o
turismo repousa uma forte solução para o crescimento sustentado e sustentável do
país, com redução de desigualdades regionais, inclusão social e geração de
emprego e renda. Prova disso foi o crescimento em 18,5% somente entre 2007 e
2011, e com a geração de quase 3 milhões de empregos diretos entre 2003 e 2012,
pode-se crescer no mínimo o dobro no futuro, conforme a implementação das ações
do Plano Nacional de Turismo (PNT).
Para que este crescimento aconteça, se faz necessário aproveitar os grandes
eventos. Primeiro, o legado de infraestrutura aeroportuária e de mobilidade urbana,
dois fatores-chave para alavancar a competitividade do Brasil enquanto destino
turístico internacional e doméstico. A Copa do Mundo FIFA realizada somada a
Olimpíada darão um salto na capacitação dos brasileiros em receber turistas.
Pensando nos megaeventos como oportunidades pode-se observar através
dos dados coletados e divulgados acerca do resultado da Copa do Mundo FIFA de
Futebol realizada no Brasil entre Junho e Julho de 2014, que 90,2% dos turistas
entrevistados tiveram a Copa do Mundo como a principal motivação da viagem
(BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b) e 95% dos turistas estrangeiros querem
retornar ao país sendo que 98% dos turistas teve suas expectativas plenamente
atendidas ou superadas (BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b).
31
Ainda que os dados estatísticos anuais de 2014 não tenham sido divulgados
os dados da Copa do Mundo já mostram a percepção do mundo em relação ao
produto turístico brasileiro, incluindo as avaliações positivas por parte dos turistas
em significativas áreas. Como pode-se observar a seguir, esses dados demonstram
um forte potencial de desenvolvimento para o produto turístico nacional.
Figura 1.Avaliação da infraestrutura
Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b.
91,9
90,4
90,0
89,5
83,8
81,2
79,8
75,6
69,6
69,0
61,6
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
Segurança Pública
Serviço de Taxi
Transporte Público
Infraestrutura do Aeroporto
Limpeza Pública
Sinalização Turística
Aeroporto de Modo Geral
Rodovias Brasileiras
Serviços de Cambio ou Bancários no Aeroporto
Lojas e Serviços de Aeroporto
Telecomunicações / Internet
32
Figura 2– Avaliação dos Serviços Turísticos
Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b.
Figura 3– Avaliação Geral
Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b.
Além das boas avaliações em relação a estrutura e serviços, houve um
aumento em relação a demanda habitual de alguns tipos de meios de hospedagem,
97,4
93,4
93,2
92,8
90,2
90,1
88,4
67,8
60,9
58,9
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0
Hospitalidade do Povo
Diversão Noturna
Gastronomia
Restaurantes
Informações Turísticas
Guias de Turismo
Alojamento
Serviços de Cambio/Bancários
Preços
Atendimentos no seu Idioma
98,3
97,3
95,8
92,6
90,8
88,6
86,7
74,8
68,1
62,6
60,9
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0
Estadios
Conforto nos Estádios
Atendentes e Funcionários do Estádio
Sinalização nos Estádios
Organização Geral
Banheiros nos Estádios
Transporte para os Estádios
Serviços de Alimentos e Bebidas nos Estádios
Preço de Ingressos
Proc. De Compra de Ingressos
Preço de Alimentação nos Estádios
33
apresentando 16,1% das opções dos turistas por imóveis alugados 10,6% por
albergues e campings durante o período da Copa do Mundo, quando a opção por
esses meios de hospedagem habitualmente é de 11,9% e 4,9% respectivamente. O
crescimento considerável para alternativas em hospedagem também se deve ao
grande número de turistas que viajaram acompanhados de amigos ou sozinhos, o
que ocasiona uma possível influência no perfil da demanda (BRASIL. Ministério do
Turismo, 2014c).
Tabela 3. Gasto Médio de Turistas Estrangeiros durante a Copa do Mundo2014
Gastos na viagem U$$
Gasto médio per capita no Brasil 2.099
Gasto médio per capita diário no Brasil 134
Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo,2014c.
Entre as informações coletadas pode-se observar conforme tabela anterior
que o gasto médio per capita no Brasil durante a viagem foi de US$ 2.099,00 o que
segundo o Mtur é quase o dobro em relação ao gasto habitual dos turistas
estrangeiros (BRASIL. Ministério do Turismo, 2014c).
Um grande desafio é incluir plenamente essa parcela da população, e o
turismo é uma ferramenta importante para fazê-lo rapidamente, modificando nosso
cenário social. Ao mesmo tempo, uma parcela expressiva da população que só nos
últimos anos passou a ter acesso ao consumo, bem como o número cada vez maior
de idosos existente no país, deseja viajar e quer conhecer o Brasil. Políticas que
conduzam à realização desse desejo, como os programas de incentivo a viagens em
baixa temporada, são um passo importante para a consolidação do Brasil enquanto
destino turístico preferencial dos próprios brasileiros.
34
6. TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO
Composto por uma série de atividades produtivas, o turismo brasileiro
apresenta hoje uma contribuição total – que inclui as atividades diretas, indiretas e
induzidas do turismo – de 9,2% do PIB, o equivalente a US$ 205,6 bilhões (ou R$
443,7 bilhões de reais) gerados de acordo com o estudo elaborado pelo Conselho
Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) em 2013, promovendo impactos
significativos creditados a uma movimentação de mais de 52 setores na economia
do país. Quanto a sua participação direta, o turismo representa 3,7% do PIB
brasileiro, gerando em torno de US$ 76,1 bilhões e cerca de 2,9 milhões de
empregos, segundo o IBGE (Mtur/Embratur, 2014).
Restringindo a análise para São Paulo, este Estado, com uma população que
ultrapassa 44 milhões de habitantes e detém 32,6% do PIB nacional, segundo
estudos do IBGE de 2013, desponta como um dos Estados brasileiros mais
visitados. Sua capital se destaca como o principal destino de negócios do país –
chegando a receber 13 milhões de pessoas por ano – porém o estado como um todo
possui a maior infraestrutura do país, com uma gama de serviços de saúde,
alimentação, hospedagem, entretenimento e educação, e abriga uma grande
variedade cultural e artística promovida pela diversidade de nacionalidades, além
disso, apresenta uma diversidade de paisagens naturais. Nesse contexto, o turismo
tem grande participação na economia do Estado devido aos vários setores de
atuação e a grande variedade de atrações nos diversos segmentos de mercado
como de ecoturismo, religioso, histórico, de sol e praia, de eventos, compras, entre
outros.
O estudo mais recente elaborado pela TUR.SP (Companhia Paulista de
Eventos e Turismo) em 20111 apresenta que em 2009, o Estado recebeu cerca de
44,4 milhões de turistas, sendo 42,6 milhões de turistas domésticos e 1,8 milhões de
turistas internacionais.
No setor aéreo também se revela um desempenho favorável, particularmente
pelas 37 empresas que operam voos diretos entre São Paulo e destinos
35
internacionais que, a partir de 2006, obtiveram aumento acima de 30% de suas
frequências regulares.
Em 2010, entre os meses de janeiro e outubro, os aeroportos administrados
pela Infraero no Estado de São Paulo registraram movimento de 39.423.918
passageiros, o que representa, aproximadamente, 20% a mais em relação ao
mesmo período do ano anterior.
Já em relação ao DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo)
que envolve 31 aeroportos, o movimento de passageiros chegou a 1,2 milhão
durante o ano.
Com esses fluxos, o turismo em São Paulo gerou 360 mil postos de trabalho
em 2010 e uma receita turística total da ordem de R$ 56,5 bilhões advinda de gastos
diversos em hospedagem, alimentação, compras e lazer.
Os dados oficiais de 2014 ainda não foram divulgados, porém, baseado nas
estatísticas disponíveis nos sites da INFRAERO, DAESP e GRU Airport, apresenta-
se os seguintes dados aproximados:
Tabela 4. Estimativa do movimento de passageiros nos aeroportos do Estado de São Paulo em 2014.
DAESP2 INFRAERO3 GRUAirport4 TOTAL
2.685.936 16.636.731 35.975.000 55.297.667
Fonte: Elaboração pelos autores através de dados colhidos, 2015.
Além de ser a principal porta de entrada via transporte aéreo do país, o
Estado de São Paulo conta ainda com as melhores rodovias do país e o maior porto
da América Latina, utilizado também para cruzeiros marítimos.
Atualmente, o Estado conta com mais de 8.000 meios de hospedagem,
distribuídos entre 645 municípios, sendo que 70 deles recebem o título de estância
turística – são 15 balneárias, 12 climáticas, 11 hidrominerais e 32 turísticas – 335
são considerados municípios de interesse turístico, além de outros 140 que
36
apresentam grande potencial turístico a ser explorado. Hoje já são mais de 40
roteiros turísticos estabelecidos. A vocação natural do Estado é o turismo de
negócios, em suas diversas possibilidades (congressos, convenções, seminários,
feiras industriais, viagens de representação, compras, etc.), não só na capital, mas
em vários municípios do interior como Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio
Preto. Cerca de 80% dos grandes eventos que acontecem no Brasil ocorrem no
Estado de São Paulo.
O turismo no Estado de São Paulo não se restringe ao segmento de turismo
de negócios. Vários eventos culturais e esportivos atraem milhões de turistas para o
Estado, como por exemplo, o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, a Festa do Peão
Boiadeiro de Barretos, o Festival de Inverno de Campos do Jordão e a Festa de
Flores e Morangos de Atibaia.
O turismo de sol e praia é outro importante segmento na atração dos fluxos
turísticos, visto que Praia Grande, Ubatuba, Caraguatatuba e Santos são os
municípios do Estado que mais recebem visitantes por ano. Porém, o turismo de sol
e praia não se restringe apenas ao litoral do Estado; ao longo da Hidrovia Tietê-
Paraná há centenas de praias lacustres e fluviais que atraem milhões de turistas de
sol e praia e também de pesca esportiva.
O turismo de aventuras se desenvolve em dezenas de municípios paulistas,
sendo que dois dos destinos mais procurados no Brasil situam-se no Estado de São
Paulo – Brotas e Socorro, cidade reconhecida internacionalmente pelo trabalho de
acessibilidade realizado em seus equipamentos. O turismo religioso é outro
segmento de forte atração de turistas, principalmente nas cidades de Aparecida,
Guaratinguetá e Cruzeiro.
1
Disponível em:<http://www.turismoemsaopaulo.com/images/pdf/turismohighlights%201.pdf>.Acesso
em: 16 de jan. de2015.
37
O turismo baseado em patrimônio histórico tem como Cunha, São Luís do
Paraitinga, Iguape e Cananeia alguns de seus exemplos, além das cidades do Vale
Paraíba que ainda preservam importantes construções da época do café. O turismo
de saúde, além de contar com suas dezenas de estâncias balneárias, climáticas e
hidrominerais, conta com centros médicos de excelência, não só na capital, mas
também em cidades como Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto,
Barretos, etc. O Estado conta ainda com dezenas de Spa‟s de renome internacional.
Por tal grandiosidade e diversidade de opções nas distintas áreas, o Estado
de São Paulo vem promovendo estratégias e implantando ações que objetivam
facilitar seu desenvolvimento, promover riqueza, gerar emprego, estimular renda,
divulgar a cultura e proporcionar benefícios à sua população, aos turistas e a toda
cadeia de bens, serviços e talentos que integra.
Unir a vocação natural para o turismo de negócios à infraestrutura de lazer,
serviços e cultura é um caminho natural5
2 Movimento de passageiros em 2014 nos aeroportos administrados pelo DAESP. Disponívelem:<http://www.daesp.sp.gov.br/estatistica-consulta/#!prettyPhoto/1/>. Acesso em: 16 jan.2015. 3 Movimento de passageiros até novembro de 2014 nos aeroportos administrados pela INFRAERO no Estado de São Paulo. Disponívelem:<http://www.infraero.gov.br/index.php/br/estatistica-dos-aeroportos.html>. Acesso em: 16jan.2015. 4 Movimento de passageiros até novembro de 2014 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Disponível em: <http://gru.com.br/pt-br/Estatisticas>. Acesso em: 16 jan.2015.
38
6.1. PRINCIPAIS NÚMEROS DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Em relação ao transporte rodoviário de turistas internacionais,
Paraguai, Argentina e Uruguai são os principais emissores;
São Paulo responde por 43,8% do faturamento com turismo no Brasil;
Cerca de 80% das grandes feiras e eventos do Brasil acontecem no
Estado;
De todo o remanescente de Mata Atlântica no Brasil, 18% está no
Estado;
Recebe 29% dos turistas domésticos brasileiros e emite 41,3% dos
turistas às demais unidades da federação;
O turista que visitou o Estado de São Paulo em 2008 gastou, em
média, R$ 1.244,50, com hospedagem em casa de amigos e parentes
(55%) e com meios de hospedagem pagos (28%);
A grande maioria visita o Estado em carros próprios (49,4%), além de
ônibus de linha regular (19,9%) e transporte aéreo (14,9%);
Cerca de 46,4% dos turistas de outros Estados vieram do Sudeste,
demonstrando a força do turismo inter-regional;
Área (em km²) - 248.209,43;
População em 2009 - 41.633.802;
Grau de Urbanização (em %) 2009 - 93,76;
Densidade Demográfica. (habitantes/km²) 2009 - 167,74;
Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População – 2000/2009
(em % a.a.) - 1,33;
Número de municípios: 645;
PIB: 31% da produção econômica do país;
39
Imigrantes: cerca de três milhões entre 70 nacionalidades;
Em 2014, a cidade de São Paulo foi sede de 6 jogos da Copa do
Mundo FIFA Brasil 2014 e chegou a receber 540 mil turistas no período
de 1 mês, sendo que 200 mil eram estrangeiros6. Porém outras 12
cidades paulistas – São Paulo, Santos, Campinas, Águas de Lindóia,
Guarujá, Mogi das Cruzes, Porto Feliz, Ribeirão Preto, Sorocaba,
Guarujá e Itu - foram selecionadas para funcionar como centro de
treinamento de 15 seleções mundiais, dentre elas México, França e
Estados Unidos.
Além disso, segundo o Ministério do Turismo, São Paulo foi o Estado que
mais recebeu turistas durante o período de realização do megaevento. Segundo
pesquisas, os turistas estiveram em 66 municípios de todas as regiões paulistas,
com destaque para o litoral Estado7
.
6.2. REGIONALIZAÇÃO DO TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO
Em 2003, com a criação do Ministério do Turismo (MTur), o Governo Federal
reconheceu o Turismo como atividade de grande relevância para o desenvolvimento
nacional, considerando o setor como uma das dez prioridades da sua gestão. O
propósito maior é o de enfrentar, na área do Turismo, o desafio de conceber um
novo modelo de gestão pública, descentralizada e participativa, de modo a gerar
divisas para o País, criar empregos, contribuir para a redução das desigualdades
regionais e possibilitar a inclusão dos mais variados agentes sociais.
Logo após sua criação, o MTur construiu, de forma participativa o Plano
Nacional de Turismo, para o período 2003-2007. Nesse Plano foram definidas as
diretrizes, as metas e os programas, que se constituíram como política pública
indutora do desenvolvimento socioeconômico do País. A regionalização é então
assumida como política pública de Turismo, materializada no “Programa de
Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil (PRT)”.
A Regionalização do Turismo busca um olhar além do município para fins de
40
planejamento, gestão, promoção e comercialização integrada e compartilhada.
Propõe-se olhar a região, e não mais o município isoladamente. O foco na região
prioriza o crescimento dos municípios de forma integrada e harmônica, propiciando
que auxiliem uns aos outros na implantação das políticas públicas e dos produtos
turísticos. A prioridade regional não diminui a importância do município, mas sim, o
impulsiona, uma vez que promove o seu próprio desenvolvimento, bem como o de
seu entorno. Essa visão se alinha às tendências internacionais que buscam
aperfeiçoar os recursos financeiros, técnicos e humanos a fim de que possam criar
condições e oportunidades para revelar e estruturar novos destinos turísticos,
qualificados e competitivos.
Diante desta proposta de regionalização, o órgão gestor de turismo de São
Paulo, a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, a fim de facilitar a aplicação
e o desenvolvimento de programas e projetos relacionados ao turismo, subdividiu o
estado em 15 Macrorregiões Turísticas, cada uma delas constituídas de uma a
quatro Regiões Turísticas, totalizando 34 RT no estado.
Tal divisão foi feita por dirigentes municipais (conselhos, prefeituras,
coordenadorias e secretarias) que levaram em consideração a proximidade
geográfica e a afinidade entre os produtos turísticos de cada localidade, tais como a
história, a cultura e o meio ambiente que são a base para a oferta de produtos e a
consolidação de atrativos. O mapa a seguir mostra a divisão adotada pelo Governo
do Estado.
5 Texto disponível nos seguintes endereços:<http://www.brasil.gov.br/turismo/2014/05/sao-paulo-capital-da-cultura-gastronomia-e-entretenimento>e <http://www.turismoemsaopaulo.com/visitantes/sobre-o-estado/turismo-no-estado.html>.Acesso em: 16 de janeiro de 2015. 6Dado disponível em: <http://www.portal2014.org.br/noticias/13520/SPTURIS+DIVULGA+ RESULTADO+FINAL+DA+PESQUISA+SOBRE+A+COPA+EM+SAO+PAULO.html> Acesso em: 16 de janeiro de 2015. 7Disponível em:<http://www.estadao.com.br/noticias/geral,na-copa-sp-foi-o-estado-com-mais-cidades-visitadas,1529675>. Acesso em: 16 jan. 2015
41
Mapa 1. Regiões Turísticas do Estado de São Paulo
Fonte: Secretária de Turismo de São Paulo, 2015
42
Posteriormente, entre 2002 e 2004, o Governo do Estado adotou uma nova
divisão do turismo a fim de promover e vender o turismo local em feiras, eventos,
etc., a dos “Circuitos Turísticos”. São 27 grupos de municípios – compostos apenas
pelas cidades que tem a promoção turística em evidência – que têm características
em comum, que servem de base para a formação de e produtos, roteiros e circuitos.
Essa formação possibilita ainda o desenvolvimento de políticas públicas e ações que
garantem a estruturação do turismo na região, tais como cursos de capacitação,
sinalização padronizada, organização de eventos, marketing conjunto, entre outras.
43
Mapa 2. Circuitos Turísticos do Estado de São Paulo
Fonte : Secretaria de Turismo de São Paulo, 2015.
44
6.3. EMBU DAS ARTES NO ESTADO DE SÃO PAULO
O município de Embu das Artes está inserido no Circuito Taipa e Pilão.
O Circuito Turístico Taipa de Pilão reúne bens históricos nacionais, tombados
pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em visitas
guiadas que podem ser realizadas em cada cidade componente: Aldeia de
Carapicuiba, Barueri, Cotia, Embu das Artes, Santana de Parnaíba e São
Roque.
Os primeiros trezentos anos iniciais da colonização do planalto paulista
foram caracterizados pela presença de grandes fazendas, bem como de
aldeamentos geridos por religiosos jesuítas, no entorno da Vila. O cotidiano
brasileiro dessa época acontecia no sertão, sendo que a Vila de Piratininga era
frequentada em época de festas religiosas e breves negócios na cidade dos
poderosos à época.
Ambas estruturas eram autossuficientes, e muito pouco do que
produziam revertia para a Metrópole Portuguesa. Muitas vezes os interesses
de jesuítas e fazendeiros foram conflitantes, principalmente em função da tutela
sobre os índios.
As construções do período eram realizadas sob uma técnica construtiva
conhecida como Taipa de Pilão. As necessidades domésticas exigiam que as
instalações dessas edificações fossem nas proximidades de uma aguarda, à
meia encosta, porém as grossas paredes de barro socado deveriam ser
levantadas em terrenos planos; isso explica porque, em toda a região do
Circuito Taipa de Pilão, de topografia mais acidentada, os seus construtores
eram obrigados e situá-las no alto dos morros, onde os aclives são mais
suaves.
45
Mapa 3. Zoom da Mapa 2, com destaque para MRT Capital Expandida e o município de Embu das Artes
Fonte: Adaptado de Secretaria de Turismo de São Paulo, 2015.
46
PARTE II – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO
7. ASPECTOS HISTÓRICO-CULTURAIS
7.1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO
Em 1624, Fernão Dias e sua mulher Catarina Camacho, grandes
proprietários da região, doaram à igreja uma quadra de terras para construção
da Capela de Nossa Senhora do Rosário, iniciada em 1628, pelo Padre
Belchior de Pontes que transferiu, para suas proximidades, a aldeia de M'Boy.
M'boy que tupi significa cobra, originou a corruptela Embu das Artes,
assim denominado a aldeia que, segundo versão popular, surgiu quantidade de
cobras existentes.
A construção do convento, anexo à capela foi iniciada em 1740 pelo
Padre Domingos Machado. Na época, foram reunidos no aldeamento vários
padres artistas que elaboraram os trabalhos de decoração da mesma. As
verbas necessárias às douraduras dos entalhes das paredes de madeiras e
grande número de imagens, foram possibilitadas pela venda do algodão que
cultivavam em grande escala.
A dificuldade de comunicação não permitiu o rápido desenvolvimento do
povoado. Somente no final do século XIX, a Cúria Diocesana de São Paulo
contratou o engenheiro Henrique Bocolini para demarcação do patrimônio; o
qual, reconhecendo os valores artísticos da capela e do convento, realizou as
primeiras obras de apoio à conservação das construções.
Suas terras, no entanto, eram impróprias para a cafeicultura, principal
atividade econômica da época. Assim, Embu das Artes entrou noutro período
de retração que durou até meados do século XX, quando a capela e convento
foram tombados pelo Estado que procedeu às devidas restaurações. A partir
disso, a comunidade local, liderada por Annis Neme Bassith, começou a
desenvolver as atividades artísticas, explorando o turismo como fonte de renda
47
do Município, criado em 1959.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de M'Boy, por Lei no 93, de 21 de abril
de 1880, no Município de Itapecerica.
Antigo Distrito de M'Boy, do Município de Itapecerica, e que pelo Decreto
Estadual no 9775, de 30 de novembro de 1938, passou a denominar-se Embu das
Artes.
Em 1939-1943, o Distrito de Embu das Artes figura no Município de
Itapecerica.
Em virtude do Decreto-lei Estadual no 14334, de 30 de novembro de 1944,
que fixou o quadro territorial para vigorar em 1945-1948, o Distrito de Embu
permanece no Município de Itapecerica, o qual passou a ter nova denominação de
Itapecerica da Serra. Aparece na mesma situação, porém grafado Embu no quadro
fixado pela Lei no 2456, de 30-XII1953 para vigorar em 1954-1958.
Elevado à categoria de Município com a denominação de Embu, por Lei
Estadual no 5285, de 18 de fevereiro de 1959, desmembrado do Município de
Itapecerica da Serra e parte dos Distritos das Sedes dos Municípios de Itapecerica
da Serra e Cotia, com Sede no antigo Distrito de Embu. Constituído do Distrito
Sede. Sua instalação verificou-se no dia 01 de janeiro de 1960.
Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o Município é constituído do
Distrito Sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1997.
7.2. SÍMBOLOS MUNICIPAIS
7.2.1. Brasão
48
Instituído em 19 de novembro de 1962 pela lei Nº 130, de 19/11/1962
elucidando e justificando (Descrição conforme lei):
Figura 4. Brasão de Embu
Fonte: Câmara Municipal de Embu, 2016.
Segue abaixo explicações detalhadas sobre o Brasão:
Escudo português - que é redondo na ponta, formato já consagrado pela
nossa heráldica de domínio, celebra os primitivos colonos portugueses do
Embu das Artes.
Gibão Bandeirante de Ouro - com o qual Embu das Artes partiram paulistas
para o ataque aos Jesuítas, no Sul, e, depois, para a homérica investida
contra a corda arbitrária de Tordesilhas, e encimado pelo emblema da
Companhia de Jesus, que é IHS com a sua cruz e seus três cravos; posto
no terço superior do escudo porque é esse, chamado “chefe”, o
correspondente à cabeça e, pois, ao pensamento: sede espiritual, que bem
merecem os santos da catequese.
Tudo de prata - metal que simboliza, em heráldica, a pureza.
49
Coroa mural de ouro de quatro torres ameadas e sua porta cada uma -
distintivo de armas municipais, no metal, e feitio já fixados pela heráldica
brasileira.
Timbre - o ponto de honra de um escudo de armas; o que, no tempo, acima
de tudo, da própria coroa, representa aquilo que de preferência se timbra
em ostentar, isto é, no caso...
Cocar indígena de penas variegadas ao natural - alusão ao primitivo
aldeamento de silvícola: nobre semente do Embu das Artes.
Cartela colonial do século XVIII – elemento arquitetônico inspirado na
magnífica obra de talhe da preciosa Igreja de Nossa Senhora do Rosário,
servindo para fixar simbolicamente a data da fundação do Embu, pois a
cartela, ou tarja, como ornato exterior é predicado característico de brasões
do século XVIII
Divisa: GENVINVM GENVS – isto é, “estirpe legitima” que tal é o clã
mameluco forjado sob o signo da Fé Cristã (o IHS da Companhia de Jesus)
é temperado ao voo das “bandeiras” na guerra contra os horizontes.
7.2.2. Bandeira
Nos termos da Lei. Municipal nº 367, de 25 de abril de 1968, ficou
instituída a Bandeira do Município de Embu, de acordo com o desenho abaixo,
cores verde, amarelo e vermelho, em faixas transversais e paralelas, tendo ao
centro o Brasão de Armas do Município.
50
Figura 5. Bandeira de Embu
Fonte: Câmara Municipal de Embu, 2016.
7.2.3. Hino de Embu
Hino de exaltação a Embu
Letra e Música: Armando Vigidal
I
Embu, terra das Artes
O "slogan" que ostentas é real
Pois verdadeiramente´
És um mostruário artesanal
Tu és um livro aberto
Em que os artistas
Um a um vêm rubricar
E os teus filhos se orgulham de ti
Saudades levam, os que passam por aqui.
II
És um poema, entre o verde e o céu de anil
Tens as noites calmas, cheias de encantos mil
A tua história é um rosário de diamantes
A demarcar os limites circundantes
Ainda é, dos namorados o jardim.
Tens progresso e glória, natureza, tudo enfim
51
No entardecer a brisa desce com seu véu
Tu és aqui na terra, um pedacinho lá do céu.
Refrão
Cidade hospitaleira
Onde há paz e amor
Recebe a todos com carinho
Em seu seio acolhedor
III
Embu, como eu seria
Tão feliz se eu pudesse falar mais
Da tua linda história
Lendas e belezas naturais
Mas não tenho palavras
Para expressar tudo que sinto em "Tom Maior"
Porém eu posso afirmar que tu és
Das estâncias de Turismo a melhor.
7.3. LENDAS DO MUNICIPIO DE EMBU DAS ARTES
7.3.1 “ Lenda da cobra e do índio”
Padre Belchior de Pontes recebeu ordens de fundar um colégio no
planalto. Ele veio de Itanhaém e subindo a Serra para os campos de Piratininga
por um caminho muito ruim e desconhecido, palmilhando por vários dias ínvias
trilhas, até encontrar um pantanal (nas proximidades do atual Embu-centro)
onde quase se atolou não fosse o aparecimento providencial de um índio, que
o levou desfalecido para sua choça num outeiro. Enquanto o padre não voltava
a si, o silvícola saiu para buscar água. Recuperando-se o padre Belchior foi
informado pela mulher do índio da ausência do seu salvador, que já se
prolongava de maneira inexplicável. Saíram à sua procura e o encontraram
morto picado por uma grande cobra. O índio foi velado e sepultado dentro dos
preceitos da igreja e sobre a sua sepultura levantou o padre a capela de Nossa
Senhora do Rosário, construindo em seguida a Igreja. A cobra que matou o
índio, teria dado o nome de M‟BOY à aldeia. (Extraído do livro “Embu-terras
das Artes, berço de tradições” de Moacyr de Faria Jordão, Ed.1972).
52
7.3.2 “Lendas do Tesouro do Lago”
Quando da expulsão, os jesuítas reuniram num tacho todo o seu ouro e
pedrarias, certos que estavam de sua eminente prisão. Desceram a carregando
o tesouro e construíram uma pequena jangada de toros de bananeiras. A
jangada prendeu longos cabos de cipó. O mesmo ocorrendo com relação ao
tacho. Enquanto uns puxavam a jangada para o centro do lago, outros
mantinham seguros os cabos do tacho.
Quando o improvisado meio de transporte atingiu o centro do lago, o
tacho foi afundando calmamente, escondendo nas águas o brilho do tesouro.
Ora, sob o altar mor da Igreja Nossa Senhora do Rosário, segundo a lenda,
encontra-se sepultados muitos jesuítas. Em determinada hora da noite, ainda
não identificada, os jesuítas abandonaram os seus sepulcros e, com seus
longos hábitos negros, que fazem ressaltar a brancura dos ossos da cabeça,
das mãos e dos pés, seguem em fúnebre e terrível procissão e descem a
ladeira de Embu. Em torno do lago continuam a trágica procissão, suas vozes
elevando-se a solidão da noite, ouvindo-se mesmo o desafiar das camandulas
dos Rosários. Em seguida, sempre em procissão, caminham para o cemitério,
onde permanecem horas seguidas em confabulação com os mortos. Ao
desmaiar da noite, o cortejo de espectros volta à Igreja. Por isso, quando a luz
se apaga no Embu os moradores dizem que a procissão vai sair, pois ela é
feita ás escuras (Acervo da secretaria de cultura do município de Embu).
7.3.3 “A Lenda do Diabo”
Conta a lenda que os silvícolas não acreditavam no diabo e no inferno.
O padre Belchior de Pontes mandou então fazer um diabo tosco de madeira,
mas terrível, montou-se num cavalo e saiu pela cidade dizendo que
acreditassem nas forças do mal, que o diabo desviava os homens do bom
caminho, levando suas almas para o inferno. Os índios assim mesmo não
acreditaram e, em altos brados divertiram-se a valer com o espetáculo do rude
Lúcifer transformado em cavaleiro. Mas ai! Quando maior ia a algazarra, o
53
diabo de madeira começou a movimentar-se, tornando-se o demo de
verdade. Reuniu-se a bugrada estupefata e matou o diabo em pleno largo do
M‟boy e desde então os aldeados acreditaram nas forças do mal. (Extraída do
livro Igrejas de São Paulo, de Leonardo Arroyo)
7.3.4 “A Mãe d’Água”
Diz a lenda que na cachoeira de Embu aparece uma mulher moça
formosa, cujo corpo da cintura para baixo tem forma de peixe e as mãos se
assemelham ás extremidades inferiores dos palmípedes. Firmando-se na
cauda de escamas, ela eleva-se na superficial água na beirada da cachoeira, e
fica a banhar-se indolentemente com longos cabelos de limbo caídos pelas
costas e enfeitados com uma flor branca penteando-se com pente de espinha
de peixe e entoando maravilhosa canção, atrai os homens com sua faceirice e
canto hipnótico.
7.3.5 “A Procissão da Recomendação”
Os recomendadores são grupos de homens e mulheres de voto que
saem pelas horas quietas da noite, geralmente com as cabeças cobertas de
panos brancos, a cantar e pedir orações pelas almas dos pescadores que
padecem no purgatório. Esses grupos saem geralmente na época da
quaresma e cantam a encomenda em frente ás portas das casas, dos
cemitérios, e em frente ás cruzes dos caminhos. Os moradores das casas
devem apagar as luzes, manter silêncio e rezar as orações pedidas pelo
encomendadores: - um padre-nosso pelos que morrem afogados ... – um
padre-nosso pelos que morrem sufocados... E continua o apelo interminável
pelas almas...Há crenças de que não se deve olhar para trás e, quem dentro da
casa estiver, não deve sair, nem mesmo à janela, pois acredita-se que as
almas acompanham também o cortejo. Em Embu, esse fato folclórico era
conhecido como “procissão de Recomendação” e percorria sete estações ou
sete passos:
- a primeira, na cruz do lar de Embu;
54
- a segunda, na capelinha de Felipe Nery Damasceno;
- a terceira, no terreno do carvalho;
- A quarta, na capelinha que existia defronte a atual chácara do
professor Dr. Cândido Motta Filho;
- a quinta, no portão do cemitério;
- a sexta, no cruzeiro que também existiu no Largo da Matriz, defronte
à sua porta;
- a sétima, na própria porta da Igreja.
7.4. ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
55
Mapa 4 - Unidades Administrativas de Embu das Artes
Fonte: Prefeitura de Embu das Artes
O Prefeito do Município de Embu das Artes é o Sr. Francisco
Nascimento Brito, e o Vice-Prefeito é o Sr. Nataniel Silva Carvalho. A Prefeitura
Municipal localiza-se na R. Andrônico dos Prazeres Gonçalves, 114 - Centro, e
seu telefone para contato é (11) 4785-3500, e-mail:
[email protected] e o site:
http://www.embudasartes.sp.gov.br/. Abaixo segue informações o Poder
Executivo do Município.
56
Tabela 5. Secretarias do Município de Embu
Poder Executivo
Secretária de Assistência Social, Trabalho e Qualificação Profissional
Roberta Santos
Secretário de Assuntos Estratégicos Valdir Luis Barbosa
Secretário de Assuntos Jurídicos Francisco Iderval Teixeira Júnior
Secretário de Companhia Pública Pró-Habitação
João Honório da Silva
Secretária de Controladoria do Munícipio Maria Emília dos Santos
Secretário de Cultura Alan Ricardo Martins Leão
Secretário de Educação Paulo Vicente dos Reis
Secretária de Esportes e Lazer Paulo Oliveira da Silva
Secretário de Gestão de Pessoas e Modernização Administrativa
Marcos Rosatti
Secretário de Gestão Democrática Edson Bezerra Ferreira
Secretário de Gestão Financeira José Roberto Jorge
Secretário de Governo Paulo Giannini
Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano
José Ovidio Peres Ramos
Secretário de Obras Edificações e Orientação Urbana
Nelson José Pedroso
Secretário de Serviços Públicos e Limpeza Pública
Mário Alves dos Santos
Secretária de Saúde Sandra Magali Fihlie
Secretário de Trânsito e Transporte Francisco Carlos Pereira
Secretário Adjunto de Turismo João Rodrigues de Sousa
Fonte: JK Turismo, 2016.
A Câmara Municipal de Embu é presidida pelo Sr. Claudinei Alves dos
Santos, o vice-presidente é o Sra. Rosana Almeida Carvalho, o 1° secretário é
o Sr. Edvânio Mendes dos Santos e o 2° secretário é o Sr. Jefferson da Silva
Siqueira.
O endereço da Câmara é R. Marcelino Pinto Teixeira, 50 - Parque
Industrial Ramos de Freitas e o telefone para contato é (11) 4785-1555 e o site
da Câmara: http://cmembu.sp.gov.br/. Abaixo segue informações sobre os
57
legisladores de Embu.
Tabela 6. Vereadores do Município de Embu
Poder Legislativo
Vereadores
Claudinei Alves dos Santos
Rosana Almeida Carvalho
Edvânio Mendes dos Santos
Jefferson da Silva Siqueira
Sandoval Soares Pinheiro
Luiz Carlos Calderoni
Euclides Pereira dos Santos
Carlos Alberto Silva Noia
Edvanildo Pereira do Nascimento
Elisabete Alves Carvalho
Gilson Balbino de Oliveira
Gilvan Antonio de França
João Bernadino Leite
Júlio César Campanha
Pedro Valdir Amaro Gurgel
Fonte: JK Turismo, 2016.
58
8. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
O município de Embu das Artes está situado na região sudoeste do
Brasil no estado de São Paulo. Situado a 776 metros de altitude, as
coordenadas geográficas do município são: Latitude: 23° 38' 57'' Sul e
Longitude: 46° 51' 9'' Oeste. Pertencente à Região Metropolitana da capital e à
microrregião de Itapecerica da Serra. A população estimada para 2014 era de
259.053 habitantes, e a área é de 70,398 km² (densidade demográfica:
3.412,89 hab/km²).
Localizado a apenas 27 quilômetros da capital paulista, Embu das Artes
possui fácil acesso pelo Rodoanel e pelas rodovias Régis Bittencourt e Raposo
Tavares, o que possibilita um deslocamento rápido e seguro para o Porto de
Santos, para o interior do Estado de São Paulo e para o sul do país. Em 2013,
a cidade inaugurou a primeira rodoviária da região - um moderno
empreendimento que oferece conforto e segurança a seus usuários, além de
viagens para mais de 70 destinos.
A integração com municípios vizinhos é outro fator essencial para o
desenvolvimento da região. Através do CONISUD – Consórcio Intermunicipal
da Região Sudoeste da Grande São Paulo – Embu das Artes e mais 7 cidades
trabalham em conjunto para realizar um planejamento estratégico e construir
soluções regionais.
59
Mapa 5. Localização de Embu
Fonte: GoogleMaps, 2016.
O município de Embu das Artes é servido de redes rodoviárias. A malha prevê
as ligações da cidade com a capital e demais municípios da sub-região.
Composta por rodovias, vias arteriais urbanas e estradas
(municipais/estaduais), tem a principal dentre essas vias a BR116 - Rodovia
Régis Bittencourt, cruzando o território municipal de nordeste a sudoeste por
uma extensão de 9,2 km.
De carro
Rodovia Régis Bittencourt BR116, Km 279 e 282
Rodovia Raposo Tavares SP 270
Rodoanel Mário Covas
De metrô ou ônibus
Na estação Campo Limpo, da linha 5 - Lilás (Capão redondo – Santo
Amaro) do metrô, sai o ônibus intermunicipal com o letreiro Embu/Eng. Velho
que vai até o centro de Embu das Artes.
De Pinheiros, no Largo da Batata, saem os ônibus da empresa
Miracatiba (EMTU/SP) com o letreiro EMTU Engenho velho.
60
O ônibus executivo da Miracatiba (EMTU/SP) que sai
do Anhangabaú no Centro de São Paulo, com o letreiro Embu das Artes,
também leva você ao ponto mais próximo da Feira de Artes.
Distâncias
São Paulo: 28 Km
Santos: 93 km
Campinas: 106 km
Curitiba: 376 km
Rio de Janeiro: 475 Km
Aeroportos
Aeroporto de Congonhas 20.3 km
Aeroporto Campo de Marte 26.9 km
Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos 46 km
Divisas
O Município de Embu das Artes tem como municípios vizinhos: Cotia,
Itapecerica da Serra, Taboão da Serra e São Paulo.
Mapa 6. Municípios limítrofes a Embu
61
.
Fonte: Wikimedia, 2015.
9. ASPECTOS NATURAIS
9.1. GEOLOGIA
A geologia do município do Embu é basicamente composta por 3
grupos de rocha:
1) Granitos Rochas ígneas ou magmáticas resultantes da
consolidação por resfriamento do magma derretido ou parcialmente
derretido;
2) Xistos , Gnaisses, Micaxistos, Migmatitos e Quartizitos Rochas
62
metamórficas resultantes de transformações físico-químicas de outras
rochas;
3) Meta-arenitos Rochas sedimentares formadas pela consolidação
de materiais resultantes da decomposição de outras rochas e que foram
transportados pela ação das águas e dos ventos.
Mapa 7. Geologia de Embu
Fonte: Prefeitura Municipal de Embu, 2010.
Os tipos de rochas e de solos influem na determinação dos espaços das
águas, pois constituem o suporte para a infiltração, armazenamento e para o
escoamento superficial nas condições naturais do terreno. Também participam
do processo de formação do relevo e para o estabelecimento das condições
em relação ao grau de estabilidade quanto à erosão. Estas características são
encontradas nas unidades geológicas do município do Embu, podendo a sua
estrutura geológica ser dividida em duas formações:
As rochas cristalinas antigas e duras que formam o embasamento da
região, contidas entre os Grupos 1 e 2 acima definidos. Os granitos e os
gnaisses formam as camadas superficiais, o solo de alteração de rocha
ou manto de cobertura, em feições de relevo muito acidentados. Ao
longo das falhas e fraturas, as rochas tendem a apresentar uma
capacidade grande de armazenamento de água subterrânea e em solos
63
mais profundos. Estas rochas ocorrem basicamente nas áreas: · Oeste
da sub-bacia do Rio Cotia e da face oeste da sub-bacia do Rio Embu
Mirim; · Leste do município, na sub-bacia do Rio Pirajussara.
A segunda formação corresponde a deposição de sedimentos recentes
formados de aluviões, idade quaternária, e de rochas sedimentares,
idade terciária, muito mais novas que as rochas cristalinas, pertencentes
à bacia sedimentar de São Paulo e que estão sobre as rochas do manto
cristalino. Esta formação é encontrada na sub-bacia do Rio Embu Mirim
em depósitos aluviares compostos por areias, argilas e materiais
orgânicos ao longo das várzeas deste rio. As rochas sedimentares
pertencentes ao Grupo 3 acima descrito, compõem parte preponderante
desta sub-bacia e são constituídas de materiais granulados que se
encontram sobre as rochas do cristalino.
9.2. CLIMA E PLUVIOMETRIA
O clima é condicionado por fatores estáticos e por fatores dinâmicos. Os
fatores dinâmicos decorrem da movimentação dos sistemas atmosféricos,
representados pelas massas de ar e frentes a elas associadas, enquanto que os
fatores estáticos correspondem à latitude, altitude, relevo e proximidade do
oceano (PAULA, 2005).
Segundo a classificação de KÖPPEN o estado de São Paulo abrange sete
tipos climáticos distintos, a maioria correspondente a clima úmido. O tipo
dominante na maior área é o Cwa, que abrange toda a parte central do Estado
e é caracterizado pelo clima tropical de altitude, com chuvas no verão e seca no
inverno, com a temperatura média do mês mais quente superior a 22°C. Algumas
áreas serranas, com o verão ameno são classificadas no tipo Cwb, onde a
temperatura média do mês mais quente é inferior a 22°C e durante pelo menos
quatro meses é superior a 10 °C (CEPAGRI, 2014).
As regiões a Noroeste, mais quentes, pertencem ao tipo Aw, tropical
64
chuvoso com inverno seco e mês mais frio com temperatura média superior a
18°C. O mês mais seco tem precipitação inferior a 60mm e com período
chuvoso que se atrasa para o outono. Em pontos isolados ocorre o tipo Am que
caracteriza o clima tropical chuvoso, com inverno seco onde o mês menos
chuvoso tem precipitação inferior a 60mm. O mês mais frio tem temperatura
média superiora 18°C (CEPAGRI, 2014).
No Sul do Estado aparecem faixas de clima tropical, com verão quente,
sem estação seca de inverno, do tipo Cfa onde a temperatura média do mês
mais frio está entre 18°C e -3°C – mesotérmico. As áreas serranas, mais altas,
das serras do Mar e da Mantiqueira, com verão ameno e chuvoso o ano todo
têm o clima classificado como Cfb de verão um pouco mais ameno, onde o mês
mais quente tem temperatura média inferior a 22°C (CEPAGRI, 2014).
A faixa litorânea recebe a classificação Af, caracterizada pelo clima
tropical chuvoso, sem estação seca com a precipitação média do mês mais seco
superior a 60mm (CEPAGRI, 2014).
O clima no município de Embu das Artes é tipo “C” (koppen) subtropical
ou mesotérmico de latitudes médias com chuvas abundantes no verão. Os
ventos dominantes são de Sul e Sudeste.
A altitude média, juntamente com ilhas de vegetação de Mata Atlântica
são fatores que amenizam a temperatura, dando ao clima uma característica
subtropical de altitude.
A temperatura média anual é de 17,5° C, sendo o mês mais frio julho
(média de catorze graus centígrados) e o mais quente fevereiro (média de 22
graus centígrados).
65
Gráfico 3 - Variação Climática de Embu das Artes
Fonte: Adaptado de Tempo Agora, 2014.
9.3. HIDROLOGIA
A área do município do Embu pertence à uma das sub-bacias do Tietê
chamada Alto Tietê, que abrange a Região Metropolitana de São Paulo. Por
sua vez, é formada por um conjunto de sub-bacias, entre elas a do Cotia -
Guarapiranga, onde está inserido o Embu. A Bacia do Guarapiranga é o
segundo maior manancial de água do sistema de abastecimento de água da
RMSP (o maior é o da Cantareira). Os principais contribuintes da Bacia da
Guarapiranga são os rios Embu Mirim, Parelheiros e Embu Guaçu. Esta bacia
possui uma área de 639 km2, tendo o Embu 58% de seu território inserido
nessa bacia, representando 6,3% da área total desta.
O sistema hidrográfico do Município de Embu das Artes é dividido em
áreas de três bacias principais, todas afluentes do Rio Tietê:
Sub-bacia do Rio Embu-Mirim (40,80 km²)
66
A bacia do Rio Embu-Mirim está localizada na região central do
município e drena uma área de 40,8 km2 até a divisa com Itapecerica da Serra.
Os principais afluentes são os Ribeirões Ponte Alta e da Ressaca.
Mapa 8 - Localização da Bacia Rio Embu-Mirim
Fonte: Prefeitura de Embu das Artes, 2009
Sub-bacia do Rio Cotia (16,70 km²)
A bacia do Rio Cotia drena uma área total de 243 km2 e ocupando os
municípios de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Jandira, Vargem Grande Paulista e
Embu. Divide-se em duas: Alto e Baixo Cotia. Na Bacia do Rio Cotia está
localizado Embu, onde a bacia drena uma área de 16,7 km2 (24% da área
total).
67
Mapa 9 - Localização da Bacia do Rio Cotia
Fonte: Prefeitura de Embu das Artes, 2009
Sub-bacia do Rio Pirajuçara (12,50 km²)
O Rio Pirajuçara é um afluente da margem esquerda do Rio Pinheiros.
Drena uma área de aproximadamente 72 km², abrangendo os municípios de
São Paulo (50,6%), Taboão da Serra (27,7%) e Embu ( 21,6%).
Mapa 10 - Localização da Bacia do Rio Pirajuçara
Fonte: Prefeitura de Embu das Artes, 2009
68
9.4. COBERTURA VEGETAL E FAUNA
O município de Embu das Artes possui 59% de seu território em áreas
de proteção aos mananciais, faz parte da Reserva da Biosfera do Cinturão
Verde da Cidade de São Paulo e está inserido no Bioma Mata Atlântica.
Mapa 11 - Contexto das áreas verdes no Município de Embu das Artes
Fonte: Emplasa – Agenda Metropolitana, 2014
69
Mapa 12 - Metros quadrados de área verde por habitante nos bairros
Fonte: Prefeitura de Embu das Artes, 2009
70
10. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
10.1. CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS
Em 2010, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE, a população estimada para 2014 seria de 259.053
habitantes para o município de Embu das Artes.
Como se observa na tabela abaixo de evolução populacional em níveis,
municipal, estadual e federal, o município de Embu das Artes, nos últimos 10
anos apresentou taxa de crescimento maior do que o estado de São Paulo e o
do Brasil
Tabela 7 - Evolução populacional
Ano Embu das Artes
São Paulo Brasil
1991 155.990 31.588.925 146.825.475
1996 195.367 33.844.339 156.032.944
2000 207.663 37.032.403 169.799.170
2007 237.318 39.827.570 183.987.291
2010 240.230 41.262.199 190.755.799
Fonte: IBGE: Censo Demográfico 2010
O censo demográfico de 2010 aponta que o perfil etário da população do
município de Embu das Artes, é jovens e adultos, com poucos idosos.
71
Gráfico 4 - Faixa etária
Fonte: IBGE: Censo Demográfico 2010
Quanto à residência, pode – se afirmar, de acordo com o IBGE (2010),
que a população é predominantemente urbana, sendo que 100% da população
reside em meio urbano.
Tabela 8 - População urbana e população rural
Variável Nº de pessoas
População residente urbana 240.230 pessoas
População residente rural -
Fonte: IBGE, 2010
Em 2010, o IBGE levantou que 48% da população de Embu das Artes
era masculina e 52% era feminina para o período levantado.
Tabela 9 - Quantidade de Homens e Mulheres em Embu das Artes
Variável Nº de pessoas
Homens 116.728
Mulheres 123.502
Fonte: IBGE, 2010
Ainda de acordo com levantamentos do IBGE (2010), o rendimento
médio da população de Embu das Artes, com mais de 16 anos varia de R$
1.237,25 para homens e R$892 para mulheres.
72
Tabela 10 - Rendimento médio da população com mais de 16 anos de idade em Embu das Artes
Variável Valor
Rendimento Médio de todos os trabalhos das pessoas de 16 anos ou mais de idade ocupadas
R$ 1.085,1
1
Rendimento Médio de todos os trabalhos dos homens de 16 anos ou mais de idade ocupados
R$ 1.237,2
5
Rendimento Médio de todos os trabalhos das mulheres de 16 anos ou mais de idade ocupadas
R$ 892,31
Fonte: IBGE, 2010
Como complementação da informação acima, IBGE (2010), afirma que
28,9% da população embuense, com 16 anos ou mais, não possuem nenhum
rendimento.
Tabela 11 - Proporção de pessoas de 16 anos ou mais sem rendimento em Embu das Artes
Variável Porcentagem
Proporção de pessoas de 16 anos ou mais de idade sem rendimento
28,9 %
Proporção de homens de 16 anos ou mais de idade sem rendimento
20,2 %
Proporção de mulheres de 16 anos ou mais de idade sem rendimento
36,8 %
Fonte: IBGE, 2010
Sobre a População Economicamente Ativa – PEA de Embu das Artes, o
IBGE aponta que cerca de 50% da população do município se enquadra nesse
perfil.
Tabela 12 - População Economicamente Ativa de Embu das Artes
Variável Nº de pessoas
População economicamente ativa de mulheres com 16 anos ou mais de idade
55.602
População economicamente ativa de homens com 16 anos ou mais de idade
65.352
Fonte: IBGE, 2010.
73
No entanto, a proporção de pessoas ocupadas está abaixo da proporção
de população economicamente ativa.
Tabela 13 - População Ocupada de Embu das Artes
Variável Nº de pessoas
População ocupada das mulheres com 16 anos ou mais de idade
48.139
População ocupada dos homens com 16 anos ou mais de idade
60.539
Fonte: IBGE, 2010.
10.2. ATIVIDADES ECONÔMICAS
Embu das Artes é uma cidade multivocacional. Há espaço para indústria,
comércio e serviço. Por meio da Lei de Incentivo Fiscal de 2009, que
estabelece diretrizes e incentivos fiscais para o desenvolvimento econômico,
social e cultural, cada vez mais empresas se instalam na cidade, fomentando a
atividade econômica, gerando empregos e contribuindo para o crescimento da
região. Para atender à crescente demanda de mão de obra especializada,
Embu das Artes investe em programas de educação, com diversas opções de
capacitação para jovens e adultos.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
IBGE (2014), o Produto Interno Bruto – PIB do município de Embu das Artes,
teve como destaque o setor de serviços, com participação de US$ 3.410.469,
de acordo com o próprio perfil do estado e do país, onde o setor de serviços é
um dos mais expressivos da economia, sendo, inclusive, o setor de maior
empregabilidade.
74
Tabela 14. Produto Interno Bruto
Variável Embu das Artes
São Paulo Brasil
Agropecuária 2.791 11.265.005 105.163.000
Indústria 1.434.806 193.980.716 539.315.998
Serviços 3.410.469 406.723.721 1.197.774.001
Fonte: IBGE, 2014.
Tabela 15 - Dados Econômicos de Embu das Artes
Variável Valor
Valor Adicionado Bruto, a preços correntes, da Agropecuária R$ 3 542 561
Valor Adicionado Bruto, a preços correntes, da Indústria R$ 1 164 257 931
Valor Adicionado Bruto, a preços correntes, dos Serviços R$ 2 081 690 892
Valor Adicionado Bruto, a preços correntes, da Administração, saúde e educação públicas e seguridade social
R$ 463 508 864
Impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos, a preços correntes
R$ 448 606 695
Produto Interno Bruto a preços correntes R$ 3 698 098 079
Fonte: SEADE, 2015.
De acordo com dados do Ministério da Fazenda, em 2009 o município
de Embu das Artes, apresentou um equilíbrio em seu orçamento, com receita
de R$ 247.479.993,97 e despesa de R$ 209.579.003,34, com saldo de R$
37.900.990,63.
Tabela 16 - Despesas e Receitas Orçamentárias
Variável Embu das Artes
São Paulo Brasil
Receitas 247.479.993,97 78.137.416.296,94 270.856.088.564,26
Despesas 209.579.003,34 67.648.215.059,05 232.720.145.984,84
Fonte: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, Registros Administrativos
2009.
75
Como foi observado, o setor de serviços é o setor mais forte da
economia do município, sendo, que o mercado turístico tem uma forte
representação nesse contexto, pois Embu das Artes é um dos principais
destinos turísticos do Estado de São Paulo. Elevada à categoria de Estância
Turística em 1979, recebe mais de 100 mil visitantes por mês. A Feira de Embu
das Artes, um dos mais conhecidos atrativos da cidade, é a maior e mais
importante feira de arte e artesanato a céu aberto da América do Sul. Com
mais de 800 expositores, atrai semanalmente visitantes do Brasil e do mundo.
O município ainda oferece diversos atrativos encantadores, que reforçam a
identidade artística e cultural local.
10.3. EDUCAÇÃO
Na educação, o município apresentou em 2010 4,8 % de analfabetismo,
sendo que o Brasil possui 9,3% de pessoas com 10 anos ou mais sem
instrução.
Tabela 17 - Taxa de analfabetismo em Embu das Artes
Variável Porcentagem
Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais 4,8 %
Taxa de analfabetismo dos homens de 15 anos ou mais 4,1 %
Taxa de analfabetismo das mulheres de 15 anos ou mais 5,4 %
Fonte: IBGE, 2010.
O município de Embu das Artes, de acordo com o INEP (2012), possui
166 escolas no total, entre pré-escola, ensino fundamental e ensino médio,
sendo que a maior concentração de escolas é de ensino fundamental, assim
como no município de São Paulo e no Brasil.
76
Tabela 18 - Número de escolas por nível
Variável Embu das Artes São Paulo Brasil
Pré-escolar 45 120,78 1.077,91
Fundamental 88 149,98 1.447,05
Médio 33 62,91 271,64
Fonte: Ministério da Educação, INEP - Censo Educacional 2012
O número total de docentes no município de Embu das Artes é de 2.523
professores para os três níveis.
Tabela 19 - Docentes por nível
Variável Embu das Artes São Paulo Brasil
Pré-escolar 646 569,69 2.812,32
Fundamental 1.877 3.014,94 15.412,47
Médio 303 1.276,73 5.388,60
Fonte: Ministério da Educação, INEP - Censo Educacional 2012
O número de matrículas total no município de Embu das Artes em 2012
foi de 57.226 estudantes.
Tabela 20 - Número de matrícula por nível
Variável Embu das Artes São Paulo Brasil
Pré-escolar 6.851 10.148,09 47.547,21
Fundamental 39.096 57.659,03 297.024,98
Médio 11.279 18.851,07 83.768,52
Fonte: Ministério da Educação, INEP - Censo Educacional 2012
77
Em 2010 o município inaugurou a primeira ETEC da região.
A ETEC oferece cursos profissionalizantes voltados as mais variadas
necessidades do mercado.
Além disso, a cidade foi escolhida como sede do campus extensivo
da Universidade Federal de São Paulo.
A Secretaria de Educação do município ainda tem os seguintes projetos
voltados à formação educacional:
Alimentação Escolar
Coletânea de Receitas
Cursinho Popular
EJA – Educação de Jovens e Adultos
ETEC – Escola Técnica Estadual
Lousas Digitais
Mais Educação
Material Escolar
Mova
Musicalização nas escolas
Olimpíadas Literárias
Planeta Leitura
Transporte Porta a Porta
UAB – Universidade Aberta do Brasil
Unifesp – Universidade Federal do Estado de São Paulo
Uniforme escolar
Tabela 21 - Lista de Escolas Estaduais
Escola Endereço
EE Alexandrina Bassitih Rua Avaré, 25 - Jd. Ângela
EE Amélia dos Anjos de Oliveira Rua Novo Hamburgo, 55 - Jd. Vista Alegre
EE Aparecida F. Dourado de Carvalho
Avenida Antonio Mory, S/N - Jd. Santa Rita
78
EE Brasílina Valente Estrada Kizaimon Takeuti, 60 - Jd. Castilho
EE Dr. Carlos Koch Estrada do Gramado, 18 - Jd. Sadie
EE Édila Coutinho Porfirio Rua Penha, 150 - Jd. Laila
EE Eduardo Vaz Rua Lívio Abramo,14 - Jd. Silvia
EE Jd. Pinheiros Rua Monte Alegre, 127 - Jd. Pinheiros
EE Elizete de Oliveira Bertini Rua Avaré, 37 - Jd. Dom José
EE CHB Embu “N” Rua Zumbi dos Palmares, 186 - Vl. Isis Cristina
EE Eulália Malta Alameda Fernando Batista Medina, 119 - Jd. Arabutã
EE Henrique Teixeira Lott Ubiratã, 100 - Pq. Pirajussara
EE Hugo Carotini Estrada Keichi Matsumoto, 2025 - Jd. Tomé
EE Iracema Bello Oricchio Estrada Maria Jose Ferraz do Prado - Itatuba
EE Irmã Iria Kunz Rua Marechal Floriano Peixoto, 83 - Jd. Presidente Kennedy
EE Isabel Lucci de Oliveira Rua Jardim Suspenso, 2 - Pq. Esplanada
EE Jacques Klein Rua Nossa Sra. da Conceição, 254 - Jd. Sto. Antônio
EE Jardim da Luz Rua Erval Secco, 410 - Jd. da Luz
EE Jd. Magali Rua Sebastião Aniceto de Jesus Lins, 77 - Jd. Cenise
EE Joanna Spósito Rua Dois, 530 - Jd. Vitória
EE João Martins Estrada de Itapecerica à Campo limpo, 52 - Jd. Célia Regina
EE Jorge Amado (Escritor) Estrada São Francisco de Assis, 59 - Jd. Robru
EE Marcia Aparecida da Silva Saria Ries
Estrada São Sebastião, 63 - Chacara São Marcos
EE Maria Antonieta Martins de Almeida
Avenida dos Coqueiros, 165 - Pinheirinho
EE Maria Auxiliadora Rua Padre João Alvares, 80 - Centro
EE Maria Cristina Montora Simões
lameda Fernando Baptista Medina, S/N - Jd. Arabutã
EE Maria Nelida Sampaio de Mello
R. Santa Luzia,10 - Jd. Santa Luzia
EE Nelson Antonio do Nascimento Junior
Rua Chile, S/N - Jd. dos Morais
EE Odete Maria de Freitas Rua Oliveira, 560 - Jd. Santo Eduardo
79
EE Madre de Odete S Carvalho Av. João Batista Medina, 889 - Jd. Novo Embu
EE Parque Jane II Rua São Rafael, 41 - Parque Jane
EE Paulo Afonso de Toledo Duarte
Estrada Ponta Porã, 877 - Bairro Capuava
EE Paulo Chagas Nogueira Av. Aimara, 936 - Jd. do Colégio
EE Rodolfo José da Costa e Silva Rua Dr. Jorge Balduzzi, 180 - Jd. Mimás
EE Rosana Sueli Funari Estrada São José, 100 - d. Vazame
EE Rubem C. Ludwig Estrada Maria Imaculada, 2.000 - Jd. Marajoara
EE Santo Eduardo III Rua Oliveira, 560 - Jd. Santo Eduardo
EE Sara Sanches Av. Tereza, 30 - Jardim Santa Tereza
EE Solano Trindade Avenida Santa Tereza, 30 - Jd. Santa Tereza
EE Tadakiyo Sakai Rua Passos, 26 - Jd. Cultura Fisica
EE Vila Olinda Rua Rainha Elizabeth, 50 - Vila Regina
EE Ede Wilson Gonzaga Rua Gabão, 55 - Jd. São Luiz
Fonte: Prefeitura de Embu das Artes, 2015.
Tabela 22 - Lista de Escolas Municipais
Escola Endereço
E.M. Dom José Rua Botucatu, 100 – Jd. Dom José
E.M. Édila C. Porfírio ( Girassol )
Rua Butantã, 125 - Jd. Sta. Tereza
E.M. Estela Rua Corsega, 119 – Jd. Estela
E.M. Inês Cardoso da Silva Avenida Rotary, 5225 – Jd. Casa Branca
E.M. Irmã Maria Iluminata Rua Bororós, 100 – Jd. Santa Clara
E.M. Ipê Rua São Lucas, 50 – Jd. Vazame
E.M. Jacarandá Estrada Itapecerica a C. Limpo, 665 – Jd. Julia
E.M. Jatobá Avenida Rotary, 3621 – Jd. Castilho
E.M. Jossei Toda Praça Dos Limoeiros, 01 – Jd. Pinheiros
E.M. José Arnaldo Mellone Rua Professor Cândido Mota Filho, 150 – Jd. Sílvia
E.M. José Carlos Gonçalves Rua São Bernardo, 13 Lj 2 – Jd. São Marcos
E.M. Magali Avenida Rotary, 1.051 - Parque Industrial
80
E.M. Mikio Umeda Estrada Velha De Cotia, 280 - Itatuba
E.M. Nei Dom José Rua Adamastor, 205 – Jd. Sto. Eduardo
E.M. Nei Francisco Marcatto Rua dos Pinheiros, 344 – Jd. Pinheirinho
E.M. Nei Isis Cristina Rua Francisca Rodrigues Adriano, 127 – Vila Isis Cristina
E.M. Nei Jardim de Lourdes Rua Aurora Gaspar Christie, 237 – Jd. de Lourdes
E.M. Nei Magali Avenida Esco, 751 – Jd. Magali
E.M. Nei Presbiteriana Estrada Arlindo de Moraes Costa, 854 – Jd. Capuava
E.M. Nei Ressaca Estrada do Caputera, 370 – Bairro do Ressaca
E.M. Nei Tomé Estrada Keishi Matsumoto, 860 – Jd. Tomé
E.M. Nei Jd. da Luz Rua Erval Seco, 231 – Jd. da Luz
E.M. Nei Santa Tereza
E.M. Nei Valo Verde Rua São Caetano, 1104 – Jd. Valo Verde
E.M. Nilza Prestes Rua Angola, 19 – Jd. São Luis
E.M. Pau Brasil Rua Tatuí, 40 – Jd. Dom José
E.M. Primavera Rua Corsega, 219 – Jd. Sta. Tereza
E.M. Santo Antonio Estrada Quinta do Morro, 1190- Jardim Santo Antonio
E.M. São Marcos Estrada Dos Moraes, 23 – Jd. Dos Moraes
E.M. Sueli Maria Hipólito Rua Butantã, 264 – Jd. Santa Tereza
E.M. Jeanete Beauchamp Rua Oliveira, 371 – Jd. Santo Eduardo
E.M. Vazame Rua Augusto de Almeida Batista, 152 – Jd. Vazame
E.M. Vista Alegre Rua Novo Hamburgo, 25 – Jd. Vista Alegre
Fonte: Prefeitura de Embu das Artes, 2015.
Tabela 23 - Lista de escolas particulares
Escola Endereço
Escola A Chave do Saber Estr. de Itapecerica a Campo Limpo, 2.617 - Jd. Santo Eduardo
Escola Adventista de Embu das Artes Rua Julieta Jacyra Gallo, 270 - Chácara Lídia
Alfa A Rua Sao Gabriel, 147 - Jd. Santo Eduardo
Colégio Além das Letras Rua Cabo da Boa Esperança, 32 - Vazame
Alfa Kids Rua São Gabriel, 145 - Jd. Santo Eduardo
Amaranthus Rua Morumbi, 45 - Santa Tereza
81
Colégio Arautos do Evangelho Internacional (Vocacional)
Estrada Ponta Porã 1.080 - Bairro do Capuava
Arca de Noe Rua Copenhaghen, 407 - Vila Olinda
Asa Leon Rua Nilo, 06 - Casa Branca
Aurélio Rua Alexandre Kaduc, 44 – Centro
Bremen Rua Coração de Jesus, 45 - Maria Auxiliadora
Brincando e Aprendendo Rua Água Branca, 33 - Santa Tereza
Caminhando para o Futuro Rua Cruzeiro do Sul, 107 - Jardim do Colégio
Caminho Suave Rua Erechim, 134 - Jardim da Luz
Carlos Gomes Rua California, 1 - Jd. Santo Eduardo
Casinha de Brinquedos Rua Campos do Jordão, 26 - Dom José
Cunha Ramos Rua Luiza, 18 - Jd. Santo Eduardo
Curumim Rua Pau Brasil, 297 - Jd. Pinheirinho
Doce Lar Rua Iguaçu, 59 - Parque Pirajuçara
Dom José Rua Lorena, 39 - Dom José
Ede Crescer Rua Ibiúna, 147 - Dom José
Esa Rua Central, 136 - Jd. Santo Eduardo
Espaço Bem Viver Passagem das Paineiras, 35 - Chácara Estância Panorama
Espaço do Saber Rua Ioapoque, 300 - Parque Pirajussara
Focus Rua Francisco Alves, 108 - Vila Carmem
Folhinha Verde Rua Márcia,11 - Emílio Carlos
House Baby Rua Shelton, 177 - Santa Emília
Ieda Picon Ltda Me Rua Aleardo Capri, 282 - Cercado Grande
Instituto de Desenvolvimento Educacional e Métodos Idem
Rua Iracema, 196 - Pq. Pirajuçara
Mundo Feliz Rua Manhuaçu, 159 - Parque Pirajussara
Naza & Ana Estrada de Itapecerica a Campo Limpo, 3017 - Jd. Santo Eduardo
Nossa Senhora Aparecida Rua Belém, 56 - Vista Alegre
Nova Arca Rua Mar Vermelho, 249 - Jd. Embuarama
O Rei Sol Rua Oliveira, 122 - Jd. Santo Eduardo
82
Palhacinho Peralta Rua Estrada de Constantenopla, 951 - Jd. Silvana
Paraiso Infantil Rua Cambuci, 31 - Santa Tereza
Paty´s Rua São Caetano, 647 - Valo Verde
Pedacinho do Ceu Rua Santa Lúcia, 35 - Valo Verde
Pintando o Sete Rua Creta, 42 - Casa Branca
Pólis Colegio Rua Tancredo Neves, 90 - Jd. Pres. Kennedy
Praise Adonai Rua Maringa, 588 - Jd. Santo Eduardo
Primeira Opção Rua Georgina de Albuquerque, 31 - Vila Cercado Grande
Progresso Núcleo de Desenvolvimento de Educação Infantil e Ensino Fundamental
Rua Equador, 25 - Jd. Moraes
Progresso Rua Shelton, 148 - Santa Emília
Raboni Rua Márcia, 270 – Irapiranga
Recanto dos Anjinhos Rua Mississipi, 21 - Casa Branca
São Carlos Rua São Bernardo, 25 - Jd. São Marcos
São Gabriel Ltda Rua José do Patrocínio, 8 – Florida
Socidade Jardim Presidente Kennedy Rua Delfim Moreira, 151 - Presidente Kennedy
Tarsila do Amaral Rua São Benedito, 27 - Vista Alegre
Tia Ce Rua Macuco, 54 - Jd. Maciel
Tia Lene Rua Paranapanema, 275 - Novo Campo Limpo
Trem da Alegria Rua Figueira Branca, 2 - Jd. Santo Eduardo
Fonte: Prefeitura de Embu das Artes, 2015.
Tabela 24 - Lista de Escolas municipais de ensino infantil
Escola Endereço
Acre Rua Embu-Guaçu, 5 - Pq. Pirajussara
Associação dos Moradores da Região do Jardim Independência (ASMOREJI)
Rua Jaçanã, 138 – Jardim Fabiana
Ação Social Claretiana (AVE MARIA) Avenida Esco, 751 – Jardim Magali
Associação Carismática AVIVA Estrada Dona Maria José Ferraz do Prado, 2541 – Jardim Itatuba
AEB Associação Evangélica Betel Rua Ilha Comprida, 201 – Jardim das Oliveiras
Associação Amigos de Bairro do Parque Luiza E Adjacências (Bosquinho)
Avenida Rotary, 2299 – Parque Luiza
83
Associação Presbiteriana de Capuava Estrada Arlindo de Mores Costa, 854 – Jardim Capuava
Cáritas Cristo Ressuscitado Rua Arariboia, 201 – Parque Pirajussara
Congregação Freiras Dominicanas do Santíssimo Sacramento (Dominicanas)
Rua Caqui, 175 – Jardim Pinheirinho
Associação dos Moradores dos Bairros Jardim Mascarenhas e Engenho Velho
Estrada dos Orquidófilos, 1000 – Vila Engenho Velho
Associação Estrela da Manhã Rua Turim, 120 – Jardim Santa Tereza
Associação dos Moradores do Bairro da Vila Isis Cristina
Rua Francisca Rodrigues Adriano, 127 – Vila Isis Cristina
Centro Recreativo E Social Jardim Marina e Adjacências
Avenida do Realismo, 16 – Jardim Marina
Associação Amigos de Bairro do Jardim Silvia
Rua Piauí, 81 – Jardim Silvia
Kolping do Embu Rua Santo Antonio, 53 – Vila Maria Auxiliadora
Kolping Ressaca Estrada do Caputera, 370 - Bairro do Ressaca
Jardim de Lourdes Rua Aurora Gaspar Christie, 237 - Jardim de Lourdes
Cáritas Diocesana de Campo Limpo – Madre Teresa de Calcutá
Estrada de Itapecerica a Campo Limpo, 202 – Jardim Independência
Associação Fraternidade Assistencial Rio Pequeno
Estrada Keiichi Matsumoto, 860 – Jardim Tomé
Cáritas Diocesana do Campo Limpo – Santa Inês
Rua Gabão, 27 – Jardim São Luiz
Associação dos Amigos e Moradores do Bairro Jardim Santa Luzia
AV. Sete de Setembro, 927 – Jd. Santa Luzia
São Sebastião Rua Nilo, 187 - Jd. Casa Branca
Fraternidade Assistencial Solar dos Pássaros
Rua Dr. Jorge Balduzzi, 61 – Jardim Mimás
Fonte: Prefeitura de Embu das Artes, 2015.
10.4. SAÚDE
De acordo com os dados do IBGE (2010), o município de Embu das
Artes possui 25 estabelecimentos de saúde, distribuídos entre municipais e
particulares. Conforme levantamento até 2010, o município não provia de
estabelecimentos federais e estaduais de saúde para a população.
Tabela 25 - Estabelecimentos de Saúde
Variável Embu das Artes São Paulo Brasil
Federais 0 29 950
84
Estaduais 0 181 1.318
Municipais 21 5.640 49.753
Privados 4 8.365 42.049
Fonte: IBGE, 2010.
Sobre a morbidade hospitalar, 83 homens e 61 mulheres estiveram
dentro desse contexto:
Tabela 26 - Morbidade Hospitalar
Variável Embu das Artes São Paulo Brasil
Homens 83 60.597 228.311
Mulheres 61 50.071 192.206
Fonte: IBGE, 2010.
11. INFRAESTRUTURA BÁSICA URBANA
11.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Tanto os serviços de água potável e esgoto sanitário do município de
Embu das Artes são atendidos pela SABESP – Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo.
Todo o território municipal é considerado área de abrangência do
Sistema de Abastecimento de Água, sistema concebido para atender a área
85
conurbada (bastante urbanizada) da Região Metropolitana de São Paulo.
Segundo a Sabesp, a malha municipal de distribuição de rede de água
encontra-se consolidada, atingindo o índice de 81% do território coberto pelo
abastecimento de água. Os 19% de déficit de abastecimento correspondem a
áreas de baixa densidade, ocupadas por chácaras, condomínios fechados,
principalmente na região Oeste da cidade (PREFEITURA MUNICIPAL DE
EMBU DAS ARTES, 2012).
Mapa 13 - Mapa do Sistema de Abastecimento de Embu pelo Sistema Adutor Metropolitano
Fonte: SABESP, 2010
11.2. REDE DE DRENAGEM FLUVIAL
O sistema de drenagem faz parte do conjunto de serviços públicos
existentes em uma área urbana, assim como as redes de água, de esgotos
sanitários, de cabos elétricos e telefônicos, além da iluminação pública,
pavimentação de ruas, guias e passeios, parques, áreas de lazer e outros.
86
O sistema de drenagem tem uma particularidade em relação aos outros
serviços urbanos: o escoamento das águas das chuvas sempre ocorrerá,
independente de existir ou não um sistema de drenagem adequado. A
qualidade desse sistema é que determinará se os benefícios ou prejuízos à
população serão maiores ou menores. A utilização do sistema de drenagem
não é permanente, ele só é utilizado durante e após a ocorrência de chuvas.
Esta é uma característica que o diferencia dos demais serviços urbanos que
são essencialmente de uso contínuo.
11.3. SISTEMA DE LIMPEZA URBANA
O sistema de limpeza urbana de Embu das Artes é realizado entre as
seguintes entidades:
Coordenação da Coleta Seletiva Municipal - Secretaria de Serviços Urbanos.
COOPERMAPE – Cooperativa de Reciclagem de Matéria Prima de Embu das Artes.
Amlurb - Agência Municipal Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços de Limpeza Urbana
SEMADU - Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano
Coleta de resíduos sólidos
A coleta de resíduos sólidos em Embu das Artes é realizada pela empresa
Embu Ambiental, por meio de contrato de Parceria Público Privada (PPP). A cidade
gera, em média, 300 toneladas de resíduos sólidos urbanos diariamente, incluindo
resíduos domésticos, hospitalar, varrição e limpeza de vias e praças, restos de
feira, podas de árvores, dentre outros. A coleta e gerenciamento de resíduos
sólidos urbano é realizada com 15 veículos, contando com o trabalho de 270
pessoas.
Para manter a cidade limpa e organizada, uma equipe de 65 trabalhadores atuam
nos bairros, de segunda a sexta-feira, e diariamente na região central.
87
Coleta Seletiva
O programa Coleta Seletiva consiste, fundamentalmente, na efetivação de
alternativas viáveis para a resolução da problemática de resíduos sólidos no
município, através de abordagens de educação socioambiental pelo processo de
conscientização, sensibilização e participação. Com o tema “Renove, Separe,
Recicle” tem o objetivo de: disseminar a cultura de preservação do meio ambiente;
fortalecer e efetivar uma política de resíduos sólidos no município; diminuir o
montante de material enviado ao aterro aumentando assim a sua vida útil;
conservar os recursos naturais; promover e incentivar a inclusão social com
geração de renda para as famílias que vivem da catação de lixo.
Varrição Manual
O serviço consiste na varrição das sarjetas, calçadões, Iocais de grande
trafego de pedestres, na coleta dos resíduos gerados nos calçadões e nas
áreas com restrições ao trafego de caminhões e na lavagem dos calçadões.
Define-se como varrição a operação de limpeza, recolhimento e ensacamento
de todos os resíduos existentes nas vias, feiras Iivres, Iogradouros públicos,
nos pontos de ônibus, tais como papéis, folhas de arvores, restos de alimento e
embalagens diversas normalmente encontradas, compreendendo: sarjeta,
floreiras, canteiro central, calçadões, locais de grande tráfego de pedestres,
além do esvaziamento de papel eiras. (PREFEITURA MUNICIPAL DE EMBU
DAS ARTES, 2014).
11.4. ENERGIA ELÉTRICA
AES Eletropaulo distribui energia elétrica para 24 municípios da região
metropolitana de São Paulo - incluindo a capital - que, juntos, abrigam uma
população de mais de 16,6 milhões de habitantes. A área de concessão
atendida pela empresa abrange 4.526 km² e concentra a região
socioeconômica mais importante do país, com 6,4 milhões de unidades
88
consumidoras. Em consumo e faturamento, a AES Eletropaulo é a maior
distribuidora de energia elétrica da América Latina. Dentre os municípios que
recebem energia pela AES Eletropaulo, está Embu das Artes.
Tabela 27 - Distribuição do consumo energético de Embu das Artes
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Resid
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gera
ção
Term
og
era
ção
To
tais
Eletricidade kwh
202.895.199
68.476.885
1.092.805
178.462.879
8.656.520
7.645.052
3.670.310
129.168
- - - 471.028.818
Instalações
81.044 1.565 29 204 157 283 21 1 - - - 83.304
Gás m³ 0 0 - 16.974.347
- - - - 0 0 0 16.974.347
Ncons 0 0 - 8 - - - - 0 0 0 8
Fonte: População - SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Área - IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010.
11.5. SISTEMA DE SEGURANÇA
GCM - Base Central
Av. Elias Yazbek, 824
Telefones: 153 / 4781-3249
GCM Ambiental – Base Itatuba
Estrada Maria José Ferraz do Prado, 2635
Telefones: 153 / 4778-0999
Comandante da GCM - Dirceu Alves
Lei Seca
Estratégias simples, mas eficientes, estão resultando em menores índices
de violência em Embu das Artes. A Lei Seca (nº 2.029/02), que proíbe bares e
89
similares de funcionar após às 23h, tem deixado a população mais tranquila e
contribuído com a redução da criminalidade. Com horário de funcionamento
limitado, das 5 às 23 horas, os bares estão em atividade por 18 horas. Os
comerciantes entenderam a proposta e, dificilmente, descumprem a lei.
Sistema de Vigilância 24h
Com 62 câmeras instaladas em pontos estratégicos, a cidade vem
reduzindo o número de violência. Os equipamentos possuem alta tecnologia, com
nitidez acima da média e são capazes de girar 360 graus. As imagens captadas
durante 24 horas por dia são monitoradas por profissionais, com auxílio de dois
telões.
A ampliação da infraestrutura e do serviço da Central de Monitoramento
Urbano deu reforço às atividades de segurança pública na cidade. Esse novo
recurso já ajudou a polícia a esclarecer importantes crimes. O programa é
realizado em parceria com o Governo Federal através do Ministério da Justiça.
Tabela 28 - Pontos de instalação das câmeras de vigilância
Rua Cândido Portinari X Avenida Elias Yazbek
Rua Tarsila do Amaral X Rua Cândido Portinari
Rua Paulo do Vale X Rua Rio Grande do Norte
Avenida Professor Cândido Mota Filho X Rua Rio Grande do Norte
Rua Andronico dos Prazeres Gonçalves (em frente à Prefeitura)
Rua Jandira Sodré X Avenida João Batista Medina X Rua São Luis
Avenida João Batista Medina X Rua São Luis (em frente ao Fórum)
Alameda Fernando Medina X Avenida Vereador Jorge de Souza
Rua Alberto Giosa (em frente ao Parque do Lago Francisco Rizzo)
Avenida Elias Yazbek X Rua Alberto Giosa
Avenida Elias Yazbek X Avenida Vereador Jorge de Souza
Avenida Elias Yazbek X Rua Domingos de Paschoal
Praça da Lagoa
90
Rua Belchior de Pontes X Avenida Elias Yazbek
Avenida Elias Yazbek (em frente ao pronto-socorro)
Rua Andronico dos Prazeres Gonçalves X Rua da Emancipação X Largo 21 de Abril
Rua Domingos de Paschoal X Rua da Emancipação
Rua Domingos de Paschoal X Rua da Matriz
Rua Domingos de Paschoal X Rua Joaquim Santana
Rua Domingos de Paschoal X Rua Nossa Senhora do Rosário
Rua Domingos de Paschoal X Rua Siqueira Campos
Rua Domingos Paschoal X Rua Solano Trindade
Rua Boa Vista X Largo dos Jesuítas
Rua Nossa Senhora do Rosário X Largo dos Jesuítas
Travessa Marechal Isidoro Lopes X Largo Dos Jesuítas
Rua Nossa Senhora do Rosário X Al. Fernando Batista Medina
Rua Isaltino Victor de Morais x Av. Helio Ossamu Daikuara
Av. Elias Yazbek altura do nº 2.999
Rua Nossa Senhora do Rosário x Rua da Matriz
Estrada Candido Mota Filho altura do nº 1.071
Rua Paulo do Valle x Rua Salim
Rua Paulo do Valle x Rua Quirino da Silva
Rua Rebolo Gonzáles x Rua Emiliano Di Cavalcanti
Rua Rebolo Gonzáles x Rua Emiliano Di Cavalcanti
Rua Candido Portinari x Rua Anita Mafalti
Av. Elias Yasbek x Rua Ghers Stemberg Isidoro
Av. Elias Yasbek x Tarsila do Amaral
Av. Elias Yasbek altura do nº 1.713
Rua Siqueira Campos x Rua Boa Vista
Largo 21 de Abril em frente ao nº 15
Travessa Tibiriçá x Rua Joaquim Santana
Av. João Batista Medina x Viela Riachão
Rua Belo Horizonte x Rua Luiz de Almeida Carvalho
Rua João Batista Medina altura do nº 889
Estrada Maria Jose Ferraz Prado x Estrada da Capuava
Estrada do Votorantim x Estrada da Ressaca
Rua do Virgilio x Rua Muniz Stemberg
91
Av. Elias Yasbek x Rua do Virgilio
Av. Elias Yasbek x Praça Elizia Cachoeira
Elias Yasbek x Av. Helio Ossamu Daikuara
Repetidora - Av. Joao Paulo I em frente ao número 1.353
Repetidora - Rua Hamburgo nº 25
Rua Marcelino Pinto Texeira x Rua Jorge Alfredo Camasmie
Rua João Paulo I altura do número 1.130
Av. Helio Ossamu Daikuara s/n
Av. Dona Cesária Camargo x Helio Ossamu Daikuara
Rua Jorge Balduzi x Rua Santa Eliza
Av. Vereador Jorge de Souza x Rua Ranulfo Lira
Av. Vereador Jorge de Souza s/n
Av. Elias Yasbek altura do nº 824
Rua Padre João Álvares x Rua Alexandre Canducci
Repetidora - Rua Helio Ossamu Daikuara s/n
Repetidora - Av. Rotary nº 1.050
Repetidora - Rua Augusto de Almeida Batista nº 354
Repetidora - Rua São Lucas nº 92
Repetidora - Rua Tatuí nº 40
Fonte: Prefeitura de Embu das Artes, 2015.
PARTE III – PESQUISA DE DEMANDA TURÍSTICA
INTRODUÇÃO
Este estudo tem como principal objetivo apresentar os resultados do
levantamento de informações sobre a demanda turística de Embu das Artes e,
92
dessa maneira, contribuir com o desenvolvimento do município de maneira
plena, considerando tanto os aspectos gerais quanto os turísticos.
Para o desenvolvimento da pesquisa de demanda realizam-se visitas ao
município no de agosto de 2016. Nesse período foram aplicados 196
questionários aos turistas que se encontravam no destino, o roteiro de
aplicação dos questionários incluiu, além dos locais públicos, pousadas, a
rodoviária e diversos atrativos turísticos.
A pesquisa de demanda turística é item integrante do Plano de
Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável e tem o intuito de auxiliar
na elaboração do mesmo. Por meio dessa pesquisa definiremos o perfil do
turista, as formas como este organiza sua viagem, como avalia a infraestrutura
do destino turístico e, se após a visita, ele retornaria.
A metodologia aplicada consiste na elaboração dos questionários
estruturados, que incluem explanações sobre a importância da pesquisa de
demanda turística real, seguida pela aplicação in loco, tabulação, avaliação e
apresentação de seus resultados.
12. PESQUISA DE DEMANDA TURÍSTICA
O planejamento turístico é uma ferramenta utilizada para o
desenvolvimento do turismo, pois nele são apresentadas analises situacionais
do município para que o mesmo possa se desenvolver futuramente. Dentre os
estudos realizados durante o planejamento está a Pesquisa de Demanda. A
93
seguir veremos como a mesma funciona e a sua importância.
Primeiramente, é necessário compreender o que é o mercado turístico,
pois ele é o ambiente no qual a pesquisa ocorre, assim, sobre o mercado
turístico, Lemos (2001, p.128) explica que é “o conjunto de relações de troca e
de contatos entre aqueles que querem vender e os que querem comprar bens
e serviços turísticos”, ou seja, onde estão a oferta e a demanda.
A oferta turística:
Conjunto dos recursos naturais e culturais que, em
sua essência constituem a matéria prima da atividade
turística porque, na realidade, são esses recursos que
provocam a afluência de turistas. A esse conjunto agregam-
se os serviços produzidos para dar consistência ao seu
consumo, os quais compõem os elementos que integram a
oferta no seu sentido amplio, numa estrutura de mercado.
(Beni, 2001, p.259).
Como vimos acima Beni afirma que a oferta turística “provoca a
afluência de turista”, desta forma, a demanda turística é gerada e sobre ela
Beni (1998, p. 201) explica que é uma “compósita de bens e serviços, e não
uma demanda de simples elementos ou de serviços específicos isoladamente
considerados; em suma, são demandados bens e serviços que se
complementam entre si”.
Além disso, a demanda está diretamente ligada a tomada de decisão do
turista, as análises sobre o comportamento do consumidor são objetos de
estudo da pesquisa de demanda. De acordo com Lage e Milone (1991, p.36) “o
consumidor tem por objetivo primordial a obtenção da máxima satisfação de
seus gastos, através da escolha da melhor combinação possível dos produtos
do turismo”.
94
A demanda turística é condicionada a alguns fatores como preço, tempo
de permanência, nível de renda e preferência do turista, por isso a demanda
diverge entre si, pois a renda e as preferências do turista são extremamente
variáveis.
A demanda turística, a fim de criar padrões de
comportamento do turista, quanto ao: espaço; meio de
transporte utilizado; motivação da viagem; tempo de
permanência; forma de organização; quantidade de pessoas
e quanto à idade. Mas ainda o autor alerta que essas
classificações não são excludentes entre si. Todos esses
fatores, que fazem da demanda heterogênea. (LEMOS,
2001).
Devido à variabilidade da demanda, criam-se as segmentações do
turismo a fim atender a mesma de forma uniforme e proporcionar ao turista
uma experiência plena e satisfatória. A partir disso, elaboram-se formas de
divulgação e de atrair o turista de acordo com a segmentação proposta pelo
destino.
Após explanações sobre o mercado turístico e suas divisões entre oferta
e demanda, a seguir, entenderemos como a pesquisa de demanda se encaixa
no planejamento turístico e a sua importância para o mesmo.
A demanda turística pode ser conhecida ou determinada, segundo
Petrocchi (2002) através de pesquisa direta, realizada no núcleo emissor do
turista. Todavia, o autor acredita que a pesquisa no núcleo receptor é
importante para o planejamento especifico do turismo, mas ele ressalva que a
pesquisa no núcleo receptor trata-se de uma demanda real que determina o
perfil e a satisfação do entrevistado que já visitou a cidade.
Além disso, a demanda em potencial é classificada como a que o
destino pode receber, ou seja, pessoas que possuem o interesse de conhecê-
95
lo. A partir da pesquisa de demanda em potencial podem-se calcular números
futuros e prever novas organizações estruturais do destino.
No estudo em questão é utilizada a pesquisa de demanda real, e sobre a
mesma afirma-se que a pesquisa é realizada com pessoas que consomem
efetivamente um determinado produto, serviço ou destinação turística. Na área
turística, principalmente, se aplica a mesma pesquisa em diferentes épocas do
ano para averiguar a sazonalidade de um determinado local.
Em seguida veremos a metodologia de aplicação da pesquisa da
demanda real utilizada no presente estudo. O questionário é estruturado em
perguntas objetivas e possui 04 objetivos principais – Perfil do Turista,
Organização da Viagem, Avaliação da Infraestrutura e Retorno ao Destino –
que serão explicados abaixo.
Perfil do Turista - Origem dos Turistas, Gênero, Faixa Etária, Estado
Civil, Grau de Escolaridade, Ocupação e Renda Familiar;
Organização da Viagem – Motivação da Viagem, Meio de Transporte,
Características do Grupo, Tempo de Permanência, Meio de
Hospedagem, Fez Refeição na Cidade, Divulgação da Cidade,
Necessidades Especiais, Atrativos Turísticos visitados;
Avaliação da infraestrutura – Avaliar a infraestrutura básica e turística
do município;
Retorno ao Destino – Relatar se voltaria ou não para o destino.
Através da pesquisa de demanda real compreendem-se as
necessidades do turista, a situação da infraestrutura de apoio e os serviços
oferecidos pela cidade, e define-se o perfil do turista de cada destino.
Atualmente, o mercado turístico está competitivo com diversos produtos
oferecidos visando atender os diferentes públicos de uma demanda
heterogênea. Dessa forma, a pesquisa de demanda real é de suma importância
96
para a assertividade do planejamento do turismo que tem como principal
objetivo estruturar o turismo de maneira que ele possa satisfazer todas as
necessidades do turista.
13. PESQUISA DE DEMANDA TURÍSTICA – EMBU DAS ARTES
Durante a realização da pesquisa de demanda turística de Embu das
Artes foram aplicados 196 questionários no mês de agosto de 2016.
97
A seguir os resultados da pesquisa estão divididos em 04 núcleos: Perfil
do Turista, Organização da Viagem, Avaliação da Infraestrutura e Retorno a
Embu das Artes.
13.1. PERFIL DO TURISTA
Tendo o objetivo de analisar o perfil dos visitantes de Embu das Artes, a
seguir serão apresentados os seguintes índices: Origem dos Turistas, Gênero,
Faixa Etária, Estado Civil, Grau de Escolaridade, Ocupação e Renda Familiar.
13.1.1. Origem dos Turistas
Durante a pesquisa realizada no município de Embu das Artes foi
observado que a maioria dos turistas entrevistados é do município de São
Paulo e esse fator pode ser explicado, ainda que em partes, pela proximidade
98
com a capital. São Paulo emitiu 37,5% dos entrevistados, seguido de Taboão
da Serra com 6%, Cotia 5% e os outros municípios possuem menos de 5% da
emissão de turistas.
No total a origem dos turistas está dividida em 55 cidades, isso mostra
que Embu das Artes tem potencial para ampliar a atração de turistas destas
localidades, visto que já conhecem a cidade e seus atrativos, e para expandir
sua atratividade visando alcançar outras localidades, uma vez que já atrai
público de cidades de diferentes perfis sociais, econômicos e políticos.
Gráfico 5. Origem dos turistas
Fonte: Urbatec, 2016.
13.1.2. Gênero dos turistas
Sobre o gênero pode – se afirmar que a maioria dos entrevistados é do
sexo masculino, totalizando 51% dos visitantes e 49% dos visitantes pertence
0
10
20
30
40
50
60
70
80
São
Pau
lo -
SP
Tab
oão
da
Serr
a -
SP
Co
tia
- SP
Osa
sco
- S
P
Dia
dem
a -
SP
São
Ber
nar
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s…
Rio
de
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o -
RJ
Itap
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- S
P
Bar
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ri -
SP
Gu
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lho
s -
SP
Soro
cab
a -
SP
San
to A
nd
re -
SP
San
ta Is
abe
l - S
P
Gu
aian
ase
s -
SP
Gra
nja
Via
na
- SP
Des
saca
- S
P
San
ta E
du
ard
o -
SP
Inte
rlag
os
- SP
Par
anap
iaca
ba
- SP
No
vo E
mb
u -
SP
Jard
im S
ilva
- SP
Itap
ece
rica
da
Serr
a -
SP
Fort
ale
za -
CE
Salv
ado
r -
BA
Rib
eir
ão P
reto
- S
P
Per
nam
bu
co -
RE
Ou
tras
99
ao sexo feminino. Apesar do número de pessoas do sexo masculino ser
superior, nota-se que a diferença entre os percentuais é pequena. Diante disso,
não se pode afirmar que os atrativos turísticos da cidade de Embu das Artes
atraem uma única parcela de gênero.
Gráfico 6. Gênero dos turistas entrevistados.
Fonte: Urbatec, 2016.
13.1.3. Faixa etária dos entrevistados
De acordo com a análise dos dados demonstrados no gráfico abaixo,
verifica-se que a faixa etária de 21 a 30 anos representa o maior grupo de
turistas que visitam Embu das Artes, registrando 30% dos entrevistados,
49% 51%
Feminino
Masculino
100
seguida pela faixa de 31 a 40 anos com 24%, 41 a 50 anos e 51 a 60 anos
representam 16% respectivamente e pessoas com idade acima de 60 anos
apenas 8%. Os dados mostram que a cidade de Embu das Artes possui
atrativos que agradam turistas de diferentes idades.
Gráfico 7. Faixa etária dos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.1.4. Estado Civil
A maioria dos entrevistados são casados - 48%, seguidos de solteiros -
42%, divorciados - 5%, viúvos com 4% e amasiados - 1%. Nota-se, que os
turistas que visitam a cidade são em sua maioria adultos compromissados
civilmente e solteiros.
1% 5%
30%
24%
16%
16%
8%
10 a 15 anos
16 a 20 anos
21 a 30 anos
31 a 40 anos
41 a 50 anos
51 a 60 anos
Acima de 60 anos
101
Gráfico 8. Estado civil dos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.1.5. Grau de Escolaridade
Sobre o grau de escolaridade dos entrevistados, identificou-se que
35,5% possui o ensino superior completo, 29% possuem o ensino médio
completo e 13,5% ensino superior incompleto. Os demais níveis de formação
não chegaram a 10% cada um. Sendo assim, mais da metade dos turistas que
visitam a cidade possuem nível escolar médio ou superior.
42%
1%
48%
5% 4%
Solteiro
Amasiado
Casado
Divorciado
Viúvo
102
Gráfico 9. Grau de Escolaridade dos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.1.6. Ocupação
Ao analisar a ocupação profissional dos visitantes de Embu das Artes,
identificou-se que 41% dos entrevistados são assalariados, seguidos por 22,5%
de autônomos e 9,5% de empresários e funcionário público. Desta forma,
observa-se que a maioria dos entrevistados possui uma renda fixa que
possibilita a realização de sua viagem.
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Pós-graduação (Mestrado, doutorado,residencia, etc)
Ensino Superior Completo
Ensino Superior Incompleto
Ensino Médio Completo
Ensino Médio Incompleto
Ensino Fundamental Completo
Ensino Fundamental Incompleto
103
Gráfico 10. Ocupação dos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.1.7. Renda
Foi perguntado ao turista a média salarial mensal em salários mínimos,
considerando que o salário mínimo é de R$880,00. A maioria dos turistas do
município de Embu das Artes - 20% dos entrevistados recebe um salário que
varia entre R$1.760,00 e R$2.640,00. O segundo grupo, representando 15,5%
dos entrevistados, recebe salários de R$3.520,00 a R$4.400,00, seguido por
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Assalariado
Autônomo
Funcionário Público
Empresário
Estudante
Desempregado
Aposentado e/ou Pensionista
104
pessoas que recebem de R$3.520,00 a R$4.400,00 com 15%. Este grupo
representa mais de 50% dos entrevistados. O salário médio mensal do turista
de Embu das Artes é de R$2.620,20.
Gráfico 11. Renda dos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.2. ORGANIZAÇÃO DA VIAGEM
A organização da viagem representa quais são as motivações do turista,
como ele executou sua viagem, desde locomoção para o destino até os gastos
durante a estadia. Para tanto, os índices utilizados são: Motivação da Viagem,
Meio de Transporte, Características do Grupo, Tempo de Permanência, Meio
de Hospedagem, Refeições no Destino, Tipo de Divulgação Sobre a Cidade,
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Não recebe
até 1 salário mínimo
1 até 2 salários mínimos
2 até 3 salários mínimos
3 até 4 salários mínimos
4 até 5 salários mínimos
5 até 6 salários mínimos
acima de 6 salários mínimos
105
Possui Necessidade Especial.
Aqui podemos distinguir o turista do turista potencial, este por algum
motivo, ainda passa mais tempo na cidade, podendo vir do mesmo ou da
cidade. Através destas análises e do projeto como um todo é possível
identificar quais são esses motivos de não permanência dos turistas potenciais
por mais tempo.
13.2.1. Motivação da Viagem
A maioria dos visitantes, 55,5% dos entrevistados, tem como motivação
principal passar um fim de semana na cidade, seguida por fazer compras
13,5% e alguns vão à cidade somente nas férias 11%. Os dados mostram que
106
a maioria dos visitantes de Embu das Artes vai ao município aos finais de
semana.
Gráfico 12. Motivação de viagem dos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.2.2. Meio de transporte utilizado
O meio de transporte utilizado é importe para saber como os turistas e
turistas potenciais vão ao município de Embu das Artes. Foram considerados
diferentes veículos de transporte próprios do turista, tais como trailer, moto,
0 20 40 60 80 100 120
Final de semana
Compras
Férias
Parentes e Amigos
Estudos/Cursos
Saúde
serviço
Negócios/Trabalho
Passeio
107
veículo próprio e, além destes, o transporte coletivo também foi incluído na
pesquisa.
A partir dos dados analisados é possível observar que a maioria dos
turistas vai à cidade com carro de passeio próprio e representam 70% do total
de entrevistados, em seguida é possível encontrar com maior frequência as
pessoas que vão de transporte coletivo regular, 20%, transporte aéreo, táxi e
transporte coletivo fretado representa 3% respectivamente.
Os dados mostram que a maioria dos turistas utiliza veículo próprio, fator
que possibilita um maior deslocamento destes turistas pela cidade e,
consequentemente, maior aproveitamento dos serviços de alimentação e dos
atrativos turísticos.
Gráfico 13. Meios de transporte utilizados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.2.3. Meios de divulgação
Quando questionados sobre como obtiveram informações sobre Embu
das Artes, a maioria dos entrevistados respondeu que não se lembra como
conseguiu as informações sobre o município (45,5%), seguido por aqueles que
70%
20%
1% 3%
3% 3% Carro de passeio próprio
Transporte Coletivo Regular
Carro de passeio alugado
Transporte Coletivo Fretado
Táxi
Transporte aéreo
108
souberam por meio de amigos/familiares e internet (21%) e outros encontraram
informações na TV.
A maioria dos entrevistados não se lembra como conseguiram as
informações sobre a cidade sendo que os que se lembram conseguiram
informações com amigos/familiares e internet.
Gráfico 14. Meios de divulgação acessados pelos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.2.4. Características do Grupo
Após identificar o meio de transporte utilizado pelo visitante, faz-se
necessário identificar a característica do grupo. Os turistas que visitam Embu
das Artes representam quatro tipos de grupo, sendo o que possui o maior
0 20 40 60 80 100
Internet
Não se lembra
Jornal
TV
Amigos e familia
Rádio
Eventos
Ja conhecia
Revista
109
número é de pessoas que vão com familiares (70%), seguido de pessoas que
vão sozinhas (18%), com amigos (10%) e em excursão (2%).
O pequeno número de características dos grupos torna mais fácil a
organização para melhor atendê-los, com eventos característicos para a família
e pessoas com amigos, geralmente maiores de idade que procuram fazer
compras aos finais de semana.
Gráfico 15. Características dos grupos dos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.2.5. Portadores de Necessidades Especiais
Além disso, foi questionado aos grupos a existência de portadores de
necessidades especiais acompanhando a viagem, sendo ele o respondente ou
não. Ao final, 98% não eram ou não estavam acompanhados de portadores de
10%
70%
18%
2%
Amigos
Familiar
Individual
Excursão
110
necessidades especiais e 2% estavam acompanhados de portadores de
necessidades especiais, todos com dificuldades de locomoção.
Gráfico 16. Portadores de Necessidades Especiais
Fonte: Urbatec, 2016.
13.2.6. Tempo Permanência
Como já exposto anteriormente, por definição o turista é a pessoa que
sai de sua cidade para outra e passa mais de 24 horas na mesma. Foi definido
que pessoas que frequentam uma localidade por um tempo inferior é
98% 100% 2%
Não Locomoção
111
denominada turista potencial, pois por algum motivo este não fica mais tempo
na cidade, embora tenha potencial para permanecer.
Contudo, quando foi perguntado aos entrevistados sobre o tempo de
permanência no município de Embu das Artes constatou-se que 76% não
permanece por um período superior a 24 horas, ou seja, não são turistas de
fato, mas possuem um potencial turístico.
Gráfico 17. Quantidade de turistas e turistas potenciais
Fonte: Urbatec, 2016.
Dos turistas que frequentam Embu das Artes, cerca de 39% passam um
fim de semana no município, 39% passam um dia, 14% passam uma semana e
8% mais de um mês. Os turistas que vão à Embu das Artes costumam ficar um
fim de semana ou um dia na cidade.
24%
76%
Turista
Turista Potencial
112
Gráfico 18. Tempo de permanência dos turistas entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.2.7. Meios de Hospedagem
O número de turistas potenciais influencia diretamente nos meios de
hospedagem. Dentre os entrevistados, 62,5% passam a noite na cidade em
casa de parentes ou amigos, 14,5% em pousadas, 14,5% em hotéis e 6% em
39%
39%
14%
8%
Um dia
Final de Semana
Uma semana
1 mês
113
pensão, também citaram camping, hotel e pensão.
Gráfico 19. Meio de hospedagem utilizados pelos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.2.8. Equipamentos Gastronômicos
Os entrevistados apontaram que se alimentam em quatro tipos de
ambiente quando estão no município de Embu das Artes: 46% em
restaurantes, 17% em lanchonetes, 4% no local de hospedagem e 4% em
algum bar, os demais disseram que não se alimentam no município (35%).
0 5 10 15 20 25 30 35
Casa de amigos ou familiares
Pensão
Pousada
Acampamento
Hotel
114
A alta porcentagem de turistas que fazem suas refeições em
restaurantes pode ser justificada pela presença destes estabelecimentos nos
atrativos, ou em pontos próximos a eles.
Gráfico 20. Equipamentos gastronômicos utilizados pelos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
13.2.9. Atrativos Turísticos Visitados
Quando questionados sobre os atrativos visitados o destaque é para a
Feira de Artesanatos, pois 84% dos visitantes buscam a cidade para conhecer
este atrativo. O segundo atrativo de maior destaque é o Museu, com 24,5% das
respostas dos entrevistados, o terceiro é o Centro Histórico da cidade com
17%, o quarto é o Parque do Rizzo com 16,5% e o Outlet com 12,5%. Esta
46%
29%
4%
17%
4%
Sim, Restaurante.
Não
Sim Bar.
Sim, Lanchonete
Sim, Local de hospedagem.
115
pergunta foi aberta dando oportunidade para entrevistado responder mais de
um atrativo turístico do município.
Gráfico 21. Gráfico de barras para atrativos visitados pelos entrevistados.
Fonte: Urbatec, 2016.
13.3. AVALIZAÇÃO DA INSFRAESTRUTURA
Os questionamentos sobre infraestrutura da cidade são referentes a
Limpeza urbana, Segurança Pública, Sinalização Turística, Serviço de Taxi,
Telecomunicações/ Internet, Restaurante, Hospedagem, Atrativos Turísticos,
Diversão Noturna, Informação Turística, Preços Praticados, Guia de Turismo e
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Centro Hisórico
Museus
Outlet
Feira de Artesanatos
Parque do Rizzo
Igreja
Lojas
Cidade das Abelhas
Praça de Alimentação
Espaço cultural
116
Passeios. Os entrevistados deveriam avaliar os aspectos acima em forma de
matriz avaliativa, ou seja, dar uma nota entre Muito Ruim, Ruim, Regular, Bom
e Muito.
13.3.1. Infraestrutura Básica
No aspecto limpeza pública 42% dos entrevistados disseram que a
limpeza é boa e 30% que é muito boa, portanto, 72% dos entrevistados acham
que a cidade é limpa, ou seja, as ruas estão sempre limpas, com lixeiras
disponíveis nas ruas e coleta de lixo constante. Ainda 7% das pessoas
entrevistadas acham que a limpeza é ruim e 21% que o serviço está regular.
Gráfico 22. Segmento limpeza urbana segundo os entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
Sobre a segurança pública, 62% dos entrevistados acreditam que está
boa ou muito boa, 30% acha que está regular e 8% acredita que é ruim ou
muito ruim. Nestes aspectos os turistas acreditam que estão seguros nos
atrativos turísticos, outros se sentem nem seguro e nem desprotegido. Mostrar
segurança aos visitantes proporciona mais conforto e aumenta a chance do
retorno a cidade.
30%
42%
21%
5% 2%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
117
Gráfico 23. Avaliação da segurança pública segundo os entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
O serviço de internet na cidade é essencial para a divulgação da cidade
por parte dos seus visitantes. Sobre a rede de telecomunicações e internet,
23% dos entrevistados disseram que a qualidade é muito boa, seguidos por
27% que a consideram de boa qualidade, 21% acredita o serviço é regular,
10% que o serviço é ruim e 19% acredita que o serviço é muito ruim.
Gráfico 24. Avaliação do serviço de telecomunicações e internet
28%
34%
30%
3% 5%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
118
Fonte: Urbatec, 2016.
Sobre os preços praticados pela cidade, 39% dos entrevistados
responderam que o mesmo é regular, 29% consideraram os preços bons ou
muito bons e 32% acham que os preços estão ruins.
Esse índice é de suma importância para o turista, uma vez que é o preço
da cidade no geral, não só nos equipamentos turísticos, condiciona os gastos
23%
27%
21%
10%
19%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
119
do turista, ou seja, se os valores cobrados são em geral bons, isso acarreta em
mais consumo e mais turistas de todas as classes econômicas.
Gráfico 25. Avaliação dos preços praticados em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
Quando questionados sobre a sinalização turística, 31% dos
entrevistados disseram que é de muito boa e 33% que é de boa qualidade, o
que significa que eles conseguem chegar ao local por meio de sinalização e
sem necessidade de utilizar equipamentos para direcionar o caminho. Já 32%
dos entrevistados acreditam que a sinalização turística está regular e 4% acha
que está ruim ou muito ruim.
7%
22%
39%
14%
18%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
120
Gráfico 26. Avaliação da Sinalização Turística de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
Sobre o Serviço de Táxi, 36% dos entrevistados avaliaram como regular,
15% como bom e 37% como ótimo. Existe um descontentamento quanto ao
sérvio de táxi conforme apontado por alguns turistas, já que 12% afirmou que a
qualidade do serviço é ruim ou muito ruim.
Gráfico 27. Avaliação do Serviço de Táxi em Embu das Artes
31%
33%
32%
3% 1%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
121
Fonte: Urbatec, 2016.
Quando questionados sobre os meios gastronômicos de Embu das
Artes, os resultados foram de regular a muito bom, sendo que 41% dos
entrevistados avaliaram os serviços gastronômicos como bom, 42% muito bom
e 14% como regular. Apenas 3% acham que os serviços de alimentação são
ruins ou muito ruins. Isso mostra que estes serviços estão bons, contudo,
15%
37% 36%
5%
7%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
122
existe um número alto de pessoas que o avaliaram como regular. Sendo assim
é importante ter atenção a qualidades dos serviços prestados.
Gráfico 28. Avaliação dos Meios Gastronômicos de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
Dos entrevistados que pernoitaram em algum meio de hospedagem
pago, 41% classificou o serviço como bom, 18% muito bom, 22% regular e
apenas 18% acham que está ruim ou muito ruim. Este valor é muito bom para a
cidade, pois quando avaliamos os preços praticados juntamente com os
41%
42%
14%
2% 1%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
123
serviços de hospedagem sabemos que os hotéis são de qualidade e atuam
com preços regulares.
Gráfico 29. Avaliação dos Meios Hospedagem de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
No que se refere a avaliação dos atrativos turísticos visitados, os
entrevistados os classificaram como: muito bom (54%), bom (29%), regular
(11%) e apenas uma pequena parcela acredita que o serviço é ruim ou muito
18%
41%
22%
3%
16%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
124
ruim (6%). Este valor mostra que os atrativos da cidade estão bons, suprindo
as necessidades e expectativas dos seus visitantes.
Gráfico 30. Avaliação dos Atrativos Turísticos de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
Quando questionados sobre a diversão noturna, 15% dos entrevistados
avaliaram como muito bom, 30% como bom, 25% acredita que as diversões
noturnas estão ruins ou muito ruins e 30% classificou como regular.
54%
29%
11%
2% 4%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
125
Gráfico 31. Avaliação da Diversão Noturna em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
As informações turísticas são de suma importância para o município.
Diante disso, quando o turista foi questionado sobre a qualidade das
informações prestadas, 33% dos entrevistados a avaliaram como regular, 32%
como boa e 29% como muito boa, ou seja, as informações chegam ao turista.
15%
30%
30%
5%
20%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
126
Ainda, 2% considerem que as informações são ruins e 4% acreditem que são
muito ruins.
Gráfico 32. Avaliação das informações turísticas de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
Assim como as informações turísticas, os Guias de Turismo são
fundamentais para o desenvolvimento da atividade turística, pois eles
acompanham o turista durante os passeios e/ou city tour, e são os principais
29%
32%
33%
2% 4%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
127
orientadores na indicação de atrativos, além de motivar o turista a visitar os
atrativos.
Dos que conhecem esse programa 4% acredita que é muito bom, 28%
que está bom, 26% que está regular, 9% acha que é ruim e 33% acha o serviço
muito ruim. Isto mostra que se deve investir neste aspecto, principalmente para
o incentivo dos turistas potenciais a permanecerem por mais tempo na cidade.
Gráfico 33. Avaliação dos Guia de Turismo de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
Diretamente ligados ao serviço de guias de turismo estão os passeios e
ou city tour, pois ajudam no desenvolvimento do turismo no que se refere ao
turista ter um panorama geral do município e seus atrativos. Nesse aspecto,
4%
28%
26%
9%
33%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
128
34% acredita que este serviço está regular, 21% que está muito bom, 22% que
está bom, 16% que está muito ruim e 9% ruim.
Portanto, de acordo com as informações expostas acima, a opinião do
turistas quanto ao item apresentado está divida. Para reverter esse quadro em
mais opiniões positivas, é preciso investir em passeios e ou city tour.
Gráfico 34. Avaliação de Passeios/ City Tour em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
13.4. AVALIAÇÃO DA NFRAESTRUTURA GERAL
21%
22%
34%
7%
16%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
129
Para uma visão geral das avaliações de Embu das Artes segundo a
opinião do turista foi feita a média das avaliações, considerando as opiniões
dadas para cada segmento avaliado e os valores para cada opinião.
Tabela 29. Notas de avaliação para a infraestrutura geral de Embu das Artes
Critérios de Avaliação Notas
Muito bom 5
Bom 4
Regular 3
Ruim 2
Muito ruim 1
Fonte: Urbatec, 2016.
A média calculado foi feita multiplicando a pontuação i-ésima pontuação,
, pela i-ésima frequência de resposta, ,dividido pela soma das frequências.
Isto será feito para todos os 13 segmentos avaliados de infraestrutura. A
formula está descrita a baixo.
com i =1,...,5 e k =1,...,13;
é a média do k-ésimo segmento avaliado;
é a pontuação dada cada opção de resposta;
é a frequência de resposta para a opção dada
Os resultados destas avaliações são importantes para verificar, de forma
geral, os segmentos avaliados e apontar quais precisam ser melhorados com
mais urgência segundo a avaliação dos turistas e turistas potenciais. Aqui as
três maiores pontuações foram para atrativos turísticos, seguido de serviço de
restaurante/alimentação e limpeza urbana. E os três piores segmentos
avaliados foram: guia turístico, preços praticados e diversão noturna. Quando
130
observado a pontuação total média, 3,493, é notável que a cidade está regular,
suprindo de forma razoável as expectativas de seus visitantes.
Tabela 30. Pontuação média dos segmentos avaliados pelos turistas e turistas potenciais
Matriz de Avaliação
Serviço Média
Limpeza Urbana 3,934
Segurança Pública 3,758
Hospedagem 3,442
Informações Turísticas 3,806
Sinalização Turística 3,459
Táxi 3,459
Atrativos Turísticos 4,271
Preços Praticados 2,844
Telefone e Internet 3,247
Restaurante/Alimentação 4,184
Diversão Noturna 3,152
Guia Turístico 2,629
Passeio/City Tour 3,224
Pontuação Total Média 3,493
Fonte: Urbatec, 2016
O gráfico polar abaixo apresenta as pontuações médias de todos os
segmentos avaliados.
Gráfico 35. Gráfico polar das pontuações média de cada segmento
Fonte: Urbatec, 2016.
13.5. INDICAÇAO DO MUNICÍPIO DE EMBU DAS ARTES
131
Para finalizar a entrevista foi questionado sobre a indicação da cidade de
Embu das Artes como um destino turístico. O resultado desse índice foi
satisfatório, pois 93% dos entrevistados afirmaram que voltariam e
recomendam o município e apenas 7% dos entrevistados disseram que talvez
voltassem ao município.
Gráfico 36.Indicação de Embu das Artes como um destino turístico
Fonte: Urbatec, 2016.
13.6. RESUMO EXECUTIVO
93%
7%
Com Certeza
Talvez
Não recomendaria
132
A Pesquisa de demanda atingiu os objetivos esperados ao traçar o perfil
do turista, identificar como é feita a organização de sua viagem, como este
avalia a infraestrutura local e a possibilidade de retorno ao destino turístico.
A partir disso, identificou-se que a maioria dos turistas que viajam para
Embu das Artes é do município de São Paulo e que isso ocorre, em partes,
devido à proximidade com a capital do estado. Além disso, Embu das Artes
exerce certa atratividade sobre outras cidades, visto que foram identificados
turistas de 55 localidades.
Diante disso, é perceptível que Embu das Artes possui grande potencial
para atrair novos turistas, sobretudo porque recebe visitantes de cidades com
variados perfis sociais, econômicos e políticos. Ainda assim, é preciso que se
desenvolvam ações que fomentem a permanência destes visitantes.
Sobre o estado civil dos turistas, a maior porcentagem registrada
durante a pesquisa foi de casados - 48% dos entrevistados, o percentual de
solteiros foi de 42%, indicando que não é possível afirmar que a cidade atrai
uma única parcela de público. A maioria dos participantes possui ensino
superior completo com 35,5%, ou ensino médio completo com 29%. Um total
de 41% dos entrevistados é assalariado e a média salarial é de R$ 2.620,20 ao
mês.
Ainda que a faixa etária da maioria dos entrevistados seja de 21 até 30
anos, seguido pela faixa de 31 até 40 anos, com respectivamente 30% e 24%.
Ainda assim, os questionários mostram que a cidade atrai turistas de todas as
idades.
Ao que tange a organização da viagem, o primeiro dado coletado foi sua
motivação. Também constatou-se que 24% são turistas e o percentual de
turista potencial foi de 76%, sendo que este último grupo não permanece mais
de 24h na cidade.
133
A principal motivação da viagem, dentre os turistas entrevistados, é
passar um final de semana na cidade (55,5%). Os dados mostram que há
grande procura pelo turismo de compras e visitas em períodos de férias,
aspectos que podem contribuir com a atratividade de Embu das Artes, desde
que sejam realizadas ações de divulgação e promoção dos atrativos e do trade
turístico.
Os dados apontam que 70% dos turistas entrevistados se deslocam até
a cidade em veículos próprios e, como já citado anteriormente, é preciso
realizar ações de fomento que garantam a permanência deste público, realizar
maior divulgação dos atrativos e do trade para garantir a permanência dos
turistas em Embu das Artes por mais tempo.
Os visitantes que viajam em família apresentam o maior percentual com
70% dos turistas entrevistados, seguido por turistas que viajam sozinhos com
18% e apenas 2% dos entrevistados estavam acompanhados de portadores de
necessidades especiais. Ainda assim, Embu das Artes precisa investir em
ações de melhoria da infraestrutura para atrair possíveis turistas.
Quanto à gastronomia, a maioria dos entrevistados foi a restaurantes,
seguido por lanchonetes e locais de hospedagem.
Dentre aqueles que ficam para o pernoite, a maioria permanece na
cidade por um final de semana ou um dia. Além disso, utilizam a casa de
parentes ou amigos como meio de hospedagem e grupos menores utilizam
pousadas, hotéis, pensões ou camping.
A maioria dos entrevistados respondeu que não recordam onde ou como
obtiveram informações sobre a cidade e seus atrativos (45,5%), seguido por
aqueles que se informaram através da internet ou indicações de amigos e
familiares (21%). Os dados apontam que a internet ainda não é amplamente
utilizada na divulgação da cidade e, além disso, o percentual de visitantes por
indicação é significativo.
134
Estes dados mostram que futuros investimentos nos atrativos, no trade
turístico, na infraestrutura e na divulgação de Embu das Artes, possuem grande
potencial de retorno e, sobretudo, de fomento ao desenvolvimento do turismo e
da cidade como um todo.
Sobre a infraestrutura básica da cidade, a maioria dos entrevistados
apontou a limpeza urbana como boa ou muito boa. O mesmo foi registrado
para a segurança pública, onde 62% dos entrevistados acredita que este
serviço é bom, ainda assim, 30% acredita ser regular.
Quando questionados sobre a sinalização turística, 31% dos
respondentes apontaram que a mesma é muito boa, e outros 33% indicaram
que a qualidade é boa. Essa constatação indica que os turistas estão
satisfeitos com este serviço e que o mesmo cumpre sua função. Somente 4%
dos entrevistados acreditam que a sinalização turística de Embu das Artes é
regular.
A soma dos percentuais registrados para os serviços de guias de
turismo mostram que o 32% dos entrevistados, classificaram o serviço como
bons ou muito bons e outros 42% como ruins ou muito ruins. Além disso, 26%
compreendem que o mesmo é regular.
Tais porcentagens são próximas e não permitem a definição de um
padrão, ao mesmo tempo, indicam que este serviço atende a demanda atual de
maneira satisfatória, mas pode melhorar sua qualidade.
O serviço de city tour apresenta uma variação de respostas muito
aproximada o quesito anterior, ou seja, os apontamentos citados no parágrafo
anterior se encaixam na análise deste serviço. Ainda assim, é importante
argumentar que estes serviços são essenciais para a atividade turística,
sobretudo porque disseminam a cultura local, indicam os atrativos e suas
especificidades, ou seja, promovem a visitação ao município de Embu das
Artes.
135
No que tange a rede de telecomunicações e serviço de internet, 21%
dos turistas entrevistados a classificam como regular, 23% como muito boa e
mais 27% como boa. Isso significa que este serviço atende a atual demanda da
cidade e, diante disso, o mesmo poderia ser utilizado para ampliar a divulgação
dos eventos, atrativos e do trade turístico.
Quanto à diversão noturna, as respostas foram variadas, pois 15% dos
entrevistados avaliaram o serviço como bom, 25% como ruim e 30% como
regular. Fomentar tais atividades, sempre considerando o respeito aos
munícipes e demais visitantes, pode promover a permanência deste público na
cidade por um período maior que um dia e colaborar diretamente com sua
divulgação.
A pesquisa também apontou que os entrevistados estão satisfeitos com
os serviços de alimentação, hospedagem e com os atrativos turísticos do
município. A Feira de Artesanato se destacou no quesito atrativos turísticos,
visto que 84% dos entrevistados conhecem o atrativo.
Já no que refere aos preços praticados em Embu das Artes, 39% dos
entrevistados os consideram regular, outros 32% o classificam como ruins e
somente 29% entendem que são bons. Diante disso, pode-se compreender
que a maioria dos turistas acreditam que os valores cobrados correspondem ao
serviço prestado, visto que são regulares. Esse índice é de suma importância
para o turista, uma vez que é o preço da cidade no geral, e não somente dos
equipamentos turísticos, que condiciona seus gastos.
Quando questionados sobre as informações turísticas que lhes foram
fornecidas durante sua estadia em Embu das Artes, a maioria dos turistas
considera que elas foram regulares, seguido por boas ou muito boas. Somente
2% as consideram ruins e outros 4% muito ruins.
Para que o turismo seja uma atividade que promova o desenvolvimento
e integre os diferentes setores presentes na localidade, se faz necessário
136
prestar informações de qualidade, completas e diversas, visando atender as
necessidades do turista.
Por fim, a maioria dos visitantes que contribuíram respondendo a esta
pesquisa de demanda turística, afirmou que voltariam a Embu das Artes.
Portanto, esse fato demonstra que o município consegue atender sua demanda
de forma satisfatória e, ao mesmo tempo, indica o que Embu das Artes tem
potencial para expandir sua atratividade.
PARTE IV – PESQUISA DE SENSIBILIDADE TURÍSTICA
INTRODUÇÃO
137
Este estudo tem como principal objetivo levantamento de informações
sobre o perfil e opinião dos moradores pata com o turismo na cidade de Embu
das Artes, buscando o desenvolvimento do município de maneira plena, tanto
nos aspectos gerais, como nos aspectos turísticos.
Para o desenvolvimento da pesquisa de demanda realizaram-se várias
visitas na cidade de Embu das Artes no mês de agosto de 2016 e foram
aplicados 396 questionários para os moradores durante este período.
A pesquisa de sensibilidade turística local pretende auxiliar no Plano de
Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável, sendo parte integrante do
mesmo e por meio da pesquisa definiremos o perfil dos moradores,
organização de viagem quando pretende possui tempo livre, opinião sobre o
turismo da cidade, como o mesmo avalia a infraestrutura da cidade e se
recomendaria a visita a outras pessoas.
Para o cálculo do tamanho amostral foi considerado um nível de
confiança de 95% com um erro amostra de 10%, não havendo informações a
priori da população foi considerado a maior variância possível resultando em
uma amostra de 96 questionários.
A metodologia de amostragem foi do tipo não probabilístico com
determinação de região da pesquisa. A abordagem dos questionários utilizados
foi por meios aleatórios onde todos que estavam ali no período de coleta
poderiam responder o questionário.
.
14. PESQUISA DE SENSIBILIDADE TURÍSTICA LOCAL
138
O planejamento turístico é uma ferramenta utilizada para o
desenvolvimento do turismo, pois nele são apresentadas análises situacionais
do município para que o mesmo possa se desenvolver futuramente. Dentre os
estudos realizados durante o planejamento está a Pesquisa de Demanda e a
seguir veremos como ela funciona e qual a sua importância.
Para a compreender o que é o mercado turístico, ambiente no qual a
pesquisa ocorre, Lemos (2001, p.128) explica que é “o conjunto de relações de
troca e de contatos entre aqueles que querem vender e os que querem
comprar bens e serviços turísticos”, ou seja, onde estão a oferta e a demanda.
A oferta turística define-se:
Conjunto dos recursos naturais e culturais que, em
sua essência constituem a matéria prima da atividade
turística porque, na realidade, são esses recursos que
provocam a afluência de turistas. A esse conjunto agregam-
se os serviços produzidos para dar consistência ao seu
consumo, os quais compõem os elementos que integram a
oferta no seu sentido amplio, numa estrutura de mercado.
(Beni, 2001, p.259)
Sendo assim, para existir um serviço autossustentável para o destino
turístico, é necessária a participação dos moradores para que o fluxo
econômico proveniente desse setor fique dentro do município.
Ao visitar um destino o turista encontra meios que lhe ajudam a atender
suas necessidades básicas e turísticas com serviços de hospedagem,
transporte, alimentação e artesanatos. O aumento do fluxo turístico gera
aumento na economia e, consequentemente, mais empregos e fluxo financeiro
na cidade.
O conhecimento dos moradores sobre o turismo em sua cidade
influencia diretamente no Plano Diretor de Turismo do munícipio. Pois o
139
aumento da demanda turística, exige um esforço maior dos órgãos públicos,
privados e moradores para garantir as necessidades dos visitantes sem
prejudicar o meio ambiente e a qualidade de vida dos que residem no local.
Esta etapa visa obter a opinião dos moradores através de uma pesquisa
descritiva e avaliativa, além de pessoas que possuem contato com locais
turísticos e/ou com o próprio turista. Esta pesquisa é fundamental para saber a
relação dos moradores locais e o turista, procurando obter a opinião sobre
aspectos estruturais urbanos e turísticos apontados pelos moradores.
Atualmente, o mercado turístico está competitivo com diversos produtos
oferecidos visando atender os diferentes públicos de uma demanda
heterogênea. Dessa forma, a pesquisa de demanda real é de suma importância
para a assertividade do planejamento do turismo que tem como principal
objetivo estruturar o turismo de maneira que ele possa satisfazer plenamente
as necessidades do turista.
15. METODOLOGIA DE COLETA DE DADOS
140
A unidade experimental para esta pesquisa é o morador local. Define-se
como morador o indivíduo ou grupo de indivíduo que reside no município
receptor e, de alguma forma, possui contato com o turista.
O morador é abordado e convidado a responder o questionário de
sensibilidade turística elaborado pela empresa. O questionário é do tipo
descritivo e avaliativo e, a partir deste, foram obtidas todas as informações para
descrever o perfil do morador, sua opinião sobre o turismo local e a
infraestrutura da cidade de Embu das Artes.
Visando obter as informações necessárias para descrever o perfil e a
opinião dos moradores de Embu das Artes, as entrevistas foram realizadas
através de um questionário. O questionário possui a seguinte estrutura:
a) O Perfil do Morador: Faixa Etária, Grau de escolaridade, Ocupação,
Gênero, Renda e Tempo Residente no Município.
b) Opinião do Morador: Relação com os turistas e Custo de vida.
c) Avaliação de Infraestrutura Urbana e Turística: Atrativos Turísticos
Visitados, Infraestrutura Urbana e Turística, Acessibilidade,
Conectividade (internet, rede telefônica e televisiva), Atividades
Festivas Culturais, Atividades Noturnas, Limpeza e Segurança.
Através deste questionário obteve-se a relação entre os moradores e o
turismo segundo a visão dos residentes em Embu das Artes.
16. PESQUISA DE SENSIBILIDADE DE TURISTICA LOCAL – EMBU
DAS ARTES
141
Durante a realização da Pesquisa de Sensibilização Turística de Embu
das Artes, foram aplicados 396 questionários, no mês de agosto de 2016.
Os resultados da pesquisa estão divididos em 04 vertentes: Perfil do
Turista, Organização da Viagem, Avaliação da Infraestrutura e Retorno a Embu
das Artes.
16.1. PERFIL DO MORADOR
Com o objetivo de analisar o perfil dos moradores de Embu das Artes, a
seguir serão apresentados os índices de Origem dos Turistas, Gênero, Faixa
Etária, Estado Civil, Grau de Escolaridade, Ocupação e Renda Familiar.
16.1.1. Bairros dos moradores
142
Durante a pesquisa realizada em Embu das Artes, foram entrevistadas
pessoas de mais de 50 bairros diferentes. Sendo maioria dos bairros: Santa
Teresa (13,6%), Santo Eduardo (7,5%) e Santo Alegre (6,5%).
Gráfico 37. Bairros dos moradores entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
16.1.2. Gênero dos entrevistados
0
10
20
30
40
50
60
Ch
ácar
a C
axin
gui
Jard
im S
ilva
Jard
im M
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San
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míli
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Res
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Jard
im V
ito
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Par
qu
e P
iraj
uss
ara
Jard
im M
ora
is
Ou
tro
s
143
Durante a abordagem dos entrevistados, foi questionado se eles
aceitariam participar da pesquisa e responder ao questionário. Com isso,
observou-se que houve uma aceitação maior veio por parte das mulheres com
53% de aceitação, já o percentual dos homens foi de 47%.
Gráfico 38. Gênero dos moradores entrevistados.
Fonte: Urbatec, 2016.
16.1.3. Faixa Etária dos munícipes
47%
53%
Masculino
Feminino
144
De acordo com dados a maioria dos entrevistados são adultos com
idade entre 31 a 40 anos (29%), seguido por 21 a 30 anos (22%) e acima de 50
anos (21%). Já as pessoas com idade entre 10 e 15 anos, representam (3%)
dos entrevistados.
Gráfico 39. Faixa etária dos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
16.1.4. Estado Civil
1% 9%
22%
29%
18%
21% 10 a 15 anos
16 a 20 anos
21 a 30 anos
31 a 40 anos
41 a 50 anos
acima de 50 anos
145
Quanto ao estado civil dos entrevistados, a maioria dos entrevistados
são casados (43%), seguido por solteiros (42%) e divorciados (8%).
Gráfico 40. Estado Civil dos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
16.1.5. Grau de Escolaridade
43%
8% 1% 6%
42%
Casado
Divorciado
Amaseado
Viúvo
Solteiro
146
Sobre o grau de escolaridade, a maioria dos entrevistados possui Ensino
Médio Completo (37,6%), seguido por Ensino Médio Incompleto e Ensino
Superior Completo (15%) e Ensino Superior Incompleto (12,6%).
As menores parcelas são de pessoas que possuem Pós-graduação
(3,1%), Ensino Fundamental Completo (6,3%) e Ensino Fundamental
Incompleto (10,2%). Sendo assim, é possível ressaltar que a maioria dos
entrevistados terminou o Ensino Médio e uma parcela menor busca o Ensino
Superior, tendo poucas pessoas que não terminaram o Ensino Fundamental.
Gráfico 41. Grau de Escolaridade dos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
16.1.6. Ocupação
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Ensino Fundamental Completo
Ensino Fundamental Incompleto
Ensino Médio Completo
Ensino Médio Incompleto
Ensino Superior Completo
Ensino Superior Incompleto
Pós-graduação (Mestrado, Doutorado,Residencia, etc)
147
Ao analisar a ocupação profissional dos moradores de Embu das Artes,
identificou-se que a maioria dos munícipes são assalariados (32%), seguido
por autônomos (23%) e desempregados (16%). Apesar de grande parcela
possuir renda fixa, ainda assim não se pode ignorar o número de pessoas
autônomas e desempregadas, portanto, presuma-se que estes dependem de
trabalhos que estão diretamente ligados ao turismo local.
Gráfico 42. Ocupação dos entrevistados
Fonte: Urbatec, 2016.
16.1.7. Renda
8%
32%
23%
16%
4%
4%
13% Aposentado e/ouPensionistaAssalariado
Autônomo
Desempregado
Empresário
Estudante
Funcionário Público
148
No que se refere a renda média mensal em salário mínimo,
considerando que o salário mínimo é de R$880,00, foi constatado que a
maioria dos moradores de Embu das Artes recebe um salário entre R$
1.760,00 e R$ 2.640,00 (28,6%), seguido dos que recebem até R$ 880,00
(20,2%) e recebem de R$ 880,00 a R$ 1.760,00 (17,1%). Apenas uma
pequena parcela recebe um salário acima de R$ 4.400,00 (3,4%). A renda
média dos moradores de Embu das Artes é de R$1.816,74.
Gráfico 43. Renda média mensal dos moradores de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
16.1.8. Taxa de Natalidade dos Munícipes de Embu das Artes
0 20 40 60 80 100 120
Não recebe um salário
Até 1 salário mínimo
1 até 2 salários mínimos
2 até 3 salários mínimos
3 até 4 salários mínimos
4 até 5 salários mínimos
5 até 6 salários mínimos
Acima de 6 salários mínimos
149
Quando perguntado aos munícipes se eles nasceram em Embu das
Artes, a maioria respondeu não (67%) e alguns responderam sim (33%).
Gráfico 44. Taxa de Natalidade dos Munícipes de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
Visando aprofundar a análise, foi questionado o tempo de residência
tanto dos munícipes que nasceram em Embu das Artes, quanto dos que
67%
33%
Não
Sim
150
nasceram em outro município e residem na cidade. Para os entrevistados que
não tem como cidade natal o município de Embu das Artes, a maioria dos
entrevistados, disseram que moram entre 21 a 40 anos (36%), seguido por 11
a 20 anos (32%) e 1 a 10 anos (23%). Observando a idade dos moradores
juntamente com o tempo em que residem na cidade é possível observar que
muitos chegaram à cidade quando eram crianças.
Gráfico 45. Tempo que reside e não nasceram na cidade
Fonte: Urbatec, 2016.
Ainda sobre o tempo de residência em Embu das Artes, dos moradores
que nasceram no município a maioria reside entre 21 a 40 anos (50%), seguido
23%
32%
36%
9%
1 a 10 anos
11 a 20 anos
21 a 40 anos
Acima de 40 anos
151
de 11 a 20 anos (27%) e acima de 40 anos (18%).
Gráfico 46. Tempo que residem e nasceram na cidade.
Fonte: Urbatec, 2016.
16.2. ORGANIZAÇÃO DA VIAGEM
A organização da viagem representa o que leva o morador de Embu das
5%
27%
50%
18%
1 a 10 anos
11 a 20 anos
21 a 40 anos
Acima de 40 anos
152
Artes a sair da cidade quando possui algum tempo livre ou não. Aqui
verificamos quais cidades o morador visita, com que frequência o morador sai
de Embu das Artes para viajar, além do meio de transporte utilizado, o meio de
hospedagem escolhido e a motivação da escolha do destino.
16.2.1. Destinos escolhidos para viagem
Quando questionado aos moradores de Embu das Artes se eles
costumam viajar, 80% disseram que sim. A maioria dos moradores escolhem
os seguintes destinos: litoral de São Paulo (29%), seguido por Belo Horizonte –
MG (11%) e Salvador – BA (9,8%). Observou-se também que alguns
moradores viajam para outros estados do país, como: Rio de Janeiro, Santa
Catarina, Ceará e Mato Grosso. Entretanto, o estado de São Paulo é o destino
mais visitado pelos munícipes.
Gráfico 47. Destinos escolhidos para viagem
Fonte: Urbatec, 2016.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Lito
ral -
SP
Não
via
ja
Bel
o H
ori
zon
te -
MG
Salv
ado
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BA
Cu
riti
ba
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SP
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SP
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SP
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va -
SP
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Soro
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SP
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- SP
Ati
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a -
SP
Bau
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SP
Co
tia
- SP
Cu
iab
á -
MT
Ilha
Be
la -
SP
Itap
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rica
da
Serr
a -
SP
Juq
uit
iba
- SP
Mo
sso
ró -
RN
Par
aib
a -
PB
Ub
atu
ba
- SP
São
Ro
qu
e -
SP
Ou
tro
s
153
16.2.2. Intervalo de tempo entre viagens
Além de saber quais cidades os moradores visitam é importante saber
com que frequência essas viagens acontecem. A maioria dos entrevistados
costuma viajar uma vez ao ano (38,3%), seguido por pessoas que viajam duas
vezes ao ano, geralmente nas férias escolares (32,1%) e pessoas que viajam
mais de três vezes ao ano (12,1%).
Gráfico 48. Intervalo de tempo entre viagens dos munícipes de Embu das Artes
154
Fonte: Urbatec, 2016.
16.2.3. Motivação da viagem
A maioria dos moradores viajam para visitar amigos ou familiares (45%),
geralmente da cidade de São Paulo, outros procuram praia e sol (34%) e
alguns procuram cultura, fé e artesanatos ou aventura e turismo local (8%).
Gráfico 49. Motivação da viagem
0 20 40 60 80 100 120 140
a cada 365 dias
a cada 180 dias
a cada 120 dias
a casa 90 dias
a cada 60 dias
a cada 30 dias
a cada 15 dias
a cada 10 dias
a cada 5 dias
Não viaja
155
Fonte: Urbatec, 2016.
16.2.4. Meios de Hospedagem
Em suas viagens os moradores de Embu das Artes costumam ficar na
casa de familiares ou amigos (70%), principalmente quando estão em São
Paulo. Já outros preferem ficar em pousadas, casa de veraneio ou casa própria
45%
8% 3%
34%
8% 2%
Amigos e Familiares
Cultura, Fé e Artesanatos
Serra e Clima
Praia e Sol
Aventura e Turismo Local
Negócios
156
(10,5%), hotéis (5,2%), casa alugada (4,2%) e apenas uma pessoa prefere ficar
em um camping.
Gráfico 50. Meios de Hospedagem utilizados pelos moradores de Embu das Artes nas viagens
Fonte: Urbatec, 2016.
16.2.5. Meios de Transporte
O meio de transporte utilizado é importe para saber como os moradores
se deslocam em suas viagens. Aqui motos, trailer e demais veículos
pertencentes ao entrevistado foram considerados como carro próprio.
0
50
100
150
200
250
Casa defamiliares ou
amigos.
Hotel Pousadas casa própria casa alugada camping
157
Quanto aos meios de transporte utilizados durante as viagens, a maioria
dos moradores possui veículo próprio e o utilizam em suas viagens (50%),
outros utilizam o meio de transporte coletivo fretado (22%), transporte aéreo
(17%) e transporte coletivo regular (10%).
Gráfico 51. Meios de Transporte utilizados pelos munícipes de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
16.3. TURISMO LOCAL
A opinião dos moradores sobre o aspecto turístico da cidade direciona
de forma fundamental a futura formação turística do município. Saber se ele,
morador, considera o município um destino turístico, se os atrativos da cidade
50%
10%
22%
17%
0% 1%
Carro próprio
Transporte coletivo regular
Transporte coletivo fretado
Aéreos
Táxi
Carona
158
são considerados turísticos, se acredita no potencial turístico do município, se o
poder público está investindo na cidade, onde o morador acredita que o poder
público deveria investir e quais são as principais dificuldades para aumentar o
turismo na cidade são perguntas que mostram a visão dos moradores quanto
às ações da Prefeitura.
16.3.1. Cidade como Destino Turístico
Saber se o morador considera a cidade em que reside como um destino
turístico nos direciona, a saber, se ele se importa com o turismo local. Com
isso, podemos afirmar que a maioria dos moradores de Embu das Artes
considera a cidade como um destino turístico (91%) e uma pequena parcela
não considera (9%). Sendo assim os moradores enxergam o turismo em Embu
das Artes e se importam com o município.
Gráfico 52. Cidade como Destino Turístico
159
Fonte: Urbatec, 2016.
16.3.2. Existência de Atrativos Turísticos no município
91%
9%
Sim
Não
160
Além de considerar a cidade um destino turístico, é importante saber se
os moradores enxergam os atrativos existentes como turísticos. A grande
maioria acredita que os atrativos da cidade são atrativos turísticos (92%).
Gráfico 53. Atrativos Turísticos de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
16.3.3. Potencial Turístico Local
92%
8%
Sim
Não
161
Saber se o morador acredita que o turismo local pode melhorar de
alguma forma, é importante para saber se o mesmo acredita no potencial
turístico da cidade. Isso é necessário porque muitas vezes o morador pode se
organizar de forma a contribuir com o turismo local. De acordo com os dados
coletados, a maioria dos habitantes de Embu das Artes (89%) acredita que a
cidade tem potencial turístico e pode melhorar ainda mais o turismo local.
Gráfico 54. Potencial turístico de Embu das Artes segundo os moradores
Fonte: Urbatec, 2016.
16.3.4. Investimento do Poder Público no Turismo local
89%
11%
Sim
Não
162
Saber se as ações do poder público sobre o turismo estão chegando aos
moradores é importante para que, caso seja do interesse do mesmo, se
planejar e acompanhar como está o desenvolvimento desse setor. Quando
perguntado se o poder público está investindo no turismo de Embu das Artes, a
maioria dos entrevistados disse que não (56%).
Gráfico 55. Investimento do poder publico no turismo local
Fonte: Urbatec, 2016.
16.3.5. Investimento Turístico
44%
56%
Sim
Não
163
Foi perguntado ao morador em que o poder público deveria investir para
melhorar o turismo local. Esta pergunta foi feita de forma aberta dando a
chance de o entrevistado sugerir mais de um investimento.
Foram observadas 25 opiniões sobre investimentos para o turismo,
sendo que maioria concorda que se deve investir em infraestrutura (17%),
divulgação (16,5%), em eventos na cidade (11%), no trânsito/transporte
(10,7%), no comércio (8,3%) e em mais atrativos locais (10%).
Gráfico 56. Opinião dos moradores sobre investimento turístico
Fonte: Urbatec, 2016.
0
10
20
30
40
50
60
70
Infr
aest
rutu
ra
Div
ulg
ação
Mai
s Ev
ento
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spo
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Mai
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op
ula
ção
Ho
teis
Pre
ço e
leva
do
Mu
seo
Esta
cio
nam
ento
Ou
tro
s
164
Também foi perguntado aos munícipes quais são as principais
dificuldades encontradas hoje no município de Embu das Artes para o
desenvolvimento do turismo. A maioria dos moradores acredita que falta
infraestrutura (46%), seguida por falta de divulgação (42%), falta de
atratividade (35%), falta de interesse da população local (32%) e falta de
serviço de apoio ao turismo (23%). Nesse sentido, foi possível observar quais
as dificuldades apontadas pelos munícipes para o desenvolvimento do turismo
em Embu das Artes.
Gráfico 21. Principais dificuldades encontradas para o desenvolvimento turístico de Embu das
Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Falta de Interesse da População
Falta de Divulgação
Falta de Meios de Hospedagem
Falta de infraestrutura
Falta de Serviço de Apoio ao Turismo
Falta de Serviços de Alimentação
Falta de Atratividade
Falta de Sinalização
165
16.3.6. Impactos negativos no desenvolvimento do turismo em Embu
das Artes
Por melhor que seja o desenvolvimento do turismo, sempre existirão
alguns impactos negativos, saber identifica-los é um passo importante para
adotar medidas que minimizem esses impactos. Quando perguntado aos
moradores se existe algum impacto negativo no desenvolvimento do turismo
local, a maioria afirmou que sim (76%).
Gráfico 57. Existência de impactos negativos no desenvolvimento do turismo em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
76%
24%
Sim
Não
166
Então, foram perguntados quais impactos negativos o turismo poderia
trazer a Embu das Artes. Dentre aqueles que responderam que existe algum
impacto negativo no desenvolvimento do turismo local, os principais impactos
apontados pelos moradores são: o aumento dos preços (54%), seguido da
poluição do município (39%), poluição sonora (29%) e a poluição dos atrativos
naturais (25%).
Gráfico 58. Impactos negativos no desenvolvimento do turismo em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Aumento dos preços
Poluição dos atrativos naturais
Poluição sonora
Poluição da cidade
Especulação Imobiliária
Transporte
Segurança
Saude
Mais lojas
167
16.3.7. Impactos positivos no desenvolvimento do turismo em Embu
das Artes
Quando questionados sobre os aspectos positivos do desenvolvimento
do turismo em Embu das Artes, as afirmações dos moradores foram positivas
(80%).
Gráfico 59. Impactos positivos no desenvolvimento do turismo em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
80%
20%
Sim
Não
168
Dos impactos positivos que motivam os moradores a apoiar o
desenvolvimento do turismo em Embu das Artes, a maioria concorda que o
turismo: aumentará a oportunidade de empregos na cidade (60%), seguido da
divulgação do município (49%), a melhoria infraestrutura da cidade (40%) e a
melhoria na infraestrutura de acesso (25%).
Gráfico 60. Impactos positivos causados pelo desenvolvimento do turismo em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Divulgação da cidade
Melhorias na infraestrutura da cidade
Aumento de empregos
Melhorias na infraestrutura de acesso
Rodoviária
169
16.3.8. Participação dos moradores nas atividades turísticas
Quando questionado se o morador já participou ou participa de alguma
atividade turística no município, constatou-se que a maioria dos moradores não
participa das atividades turísticas (54%), dentre aqueles que participam ou
participavam de alguma atividade, na maioria dos casos, responderam que
fazem/faziam artesanatos ou participavam na área de lazer (32%), em
estabelecimento gastronômico (9%) e em transporte (3%).
Gráfico 61. Participação dos moradores nas atividades turísticas
Fonte: Urbatec, 2016.
Não
Sim, área de lazer e/ou artesanato
Sim, meios de transporte
Sim, estabelecimentos gastronômico
Sim, meios de hospedagem
0 50 100 150 200 250
170
Depois de questionados sobre a participação direta no turismo em Embu
das Artes, foi perguntado aos munícipes se eles gostariam de iniciar ou
continuar participando de alguma atividade turística, caso houvesse o aumento
do turismo local. A maioria dos entrevistados afirmou que gostaria de participar
de alguma forma com o turismo local (62%).
Gráfico 62. Possível participação dos munícipes no turismo em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
38%
62%
Não
Sim
171
16.4. AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA
Os questionamentos sobre infraestrutura da cidade se referem aos
seguintes aspectos: limpeza urbana, segurança pública, sinalização turística,
serviço de táxi, telecomunicações/internet, gastronomia, hospedagem, atrativos
turísticos, diversão noturna, informação turística, preços praticados e guia de
turismo e passeios. Portanto, os moradores deveriam avaliar os aspectos
citados acima em forma de matriz avaliativa, com os seguintes critérios: Muito
Ruim, Ruim, Regular, Bom e Muito Bom.
16.4.1. Infraestrutura Básica
Quanto à limpeza urbana, 20% dos entrevistados avaliaram como boa,
seguida de 7% - muito boa. Portanto 27% dos entrevistados acham que a
cidade é limpa, 40% acreditam que é regular e 33% acha que a limpeza urbana
é ruim ou muito ruim.
Gráfico 63. Avaliação da limpeza urbana em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
7%
20%
40%
21%
12% Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
172
Sobre segurança pública, 36% dos entrevistados avaliaram como
regular, 46% como ruim ou muito ruim e 18% boa ou muito boa.
Gráfico 64. Avaliação da segurança pública em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
4%
14%
36%
24%
22% Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
173
Sobre a rede de telecomunicações e internet, 9% dos entrevistados
avaliaram como muito boa, seguidos por 19% que consideram a internet boa e
29% regular. Ainda assim, 43% dos entrevistados disseram que o serviço de
telecomunicações/internet é de má qualidade.
Gráfico 65. Avaliação do serviço de telecomunicações de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
9%
19%
29%
16%
27%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
174
Sobre os preços praticados pela cidade, 31% dos entrevistados
responderam que o mesmo é ruim, 26% consideraram os preços muito ruim e
28% regular. Esse índice é de suma importância para o morador, pois avaliam
que o custo de vida em Embu das Artes é alto. Apenas uma parcela da
população acredita que os preços praticados no município estão bons ou muito
bons (15%).
Gráfico 66. Avaliação dos preços praticados em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
4%
11%
28%
31%
26%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
175
Quando questionados sobre a sinalização turística, 34% dos
entrevistados disseram que é ruim ou muito ruim e 36% avaliaram como
regular. Portanto, de acordo com os munícipes, a sinalização turística de Embu
das Artes não é boa e nem mostra de forma adequada à localização dos
atrativos da cidade. 30% dos entrevistados consideram muito boa ou boa.
Gráfico 67. Avaliação da sinalização turística de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
5%
25%
36%
22%
12% Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
176
Quanto ao serviço de táxi oferecido na cidade, 31% dos munícipes
considera o serviço ruim ou muito ruim, 38% avaliaram como regular e 31%
acreditam o serviço é bom ou muito bom. Porém, ainda é preciso melhorar os
serviços de táxi em Embu das Artes, visando atender as necessidades dos
munícipes.
Gráfico 68. Avaliação do serviço de táxi em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
13%
18%
38%
17%
14% Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
177
Quando questionados sobre os serviços de gastronomia de Embu das
Artes, 29% dos entrevistados o classificaram como regular 56% como bom ou
muito bom e 15% como ruim ou muito ruim. Estes valores mostram que a
população está satisfeita com os serviços de alimentação disponíveis no
município.
Gráfico 69. Avaliação dos serviços de gastronomia em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
21%
35%
29%
10%
5% Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
178
Já sobre os atrativos da cidade, a maioria dos moradores avaliou como
bom ou muito bom (44%), outros regular (33%) e uma pequena parcela acha
que está ruim ou muito ruim (23%).
Gráfico 70. Avaliação dos atrativos turísticos de Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
15%
29%
33%
13%
10% Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
179
Quando questionados sobre a diversão noturna, 15% dos entrevistados
acreditam é de péssima qualidade, 16% de má qualidade, 30% acredita que
está regular, 26% acredita que está de boa qualidade e 13% muito boa.
Gráfico 71. Avaliação da diversão noturna em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
13%
26%
30%
16%
15% Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
180
As informações turísticas são importantes para os visitantes conhecerem
a cidade e conseguirem se programar para ir aos atrativos que a mesma
disponibiliza. Segundo os moradores, neste aspecto, a cidade deve melhorar:
36% acreditam que o serviço está ruim ou muito ruim, 36% avaliaram como
regular e 28% avaliaram a qualidade do serviço prestado como bom ou muito
bom.
Gráfico 72. Avaliação das informações turísticas em Embu das Artes
Fonte: Urbate, 2016.
6%
22%
36%
23%
13% Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
181
Assim como as informações turísticas, os Guias de Turismo são
fundamentais para o desenvolvimento da atividade turística, pois eles
acompanham o turista durante os passeios e/ou city tour, e são os principais
orientadores na indicação de atrativos, além de motivar o turista a visitar os
atrativos.
Alguns moradores não conhecem esse serviço na cidade e cerca de
86,8% dos moradores que conseguiram opinar sobre o assunto. Destes, 28%
acreditam que este serviço é muito ruim, 23% acha que está ruim, para 33%
está regular e 16% classificaram o serviço como bom ou muito bom. Isto
mostra que se deve investir neste aspecto, principalmente para o incentivo dos
turistas potenciais a permanecer por mais tempo na cidade.
Gráfico 73. Avaliação dos guias de turismo em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
4%
12%
33%
23%
28%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
182
Diretamente ligados ao serviço de guias de turismo estão os passeios e
o city tour, pois ajudam no desenvolvimento do turismo no que se refere ao
turista ter um panorama geral do município e seus atrativos. Nesse aspecto,
89% dos munícipes conhecem este serviço. Destes, 35% acham que o serviço
está muito ruim, 22% que está ruim, 26% como regular e 17% avaliou o serviço
como bom ou muito bom. Assim como no serviço de guias de turismo, também
existe um déficit no serviço de passeios e city tour.
Gráfico 74. Avaliação dos passeios/ city tour em Embu das Artes
Fonte: Urrbatec, 2016.
5%
12%
26%
22%
35%
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Muito Ruim
183
16.5. AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA GERAL
Para uma visão geral das avaliações de Embu das Artes segundo a
opinião do turista foi feita a média das avaliações, considerando as opiniões
dadas para cada segmento avaliado e os valores para cada opinião.
Tabela 31. Notas de avaliação para a infraestrutura geral de Embu das Artes
Critérios de Avaliação Notas
Muito bom 5
Bom 4
Regular 3
Ruim 2
Muito ruim 1
Fonte: Urbatec, 2016.
A média calculado foi feita multiplicando a pontuação i-ésima pontuação,
, pela i-ésima frequência de resposta, ,dividido pela soma das frequências.
Isto será feito para todos os 12 segmentos avaliados de infraestrutura. A
formula está descrita a baixo.
∑
com i =1,...,5 e k =1,...,13;
é a média do k-ésimo segmento avaliado;
é a pontuação dada cada opção de resposta;
é a frequência de resposta para a opção dada
Os resultados destas avaliações são importantes para verificar de forma
geral os segmentos avaliados e verificar quais necessitam serem melhorados
com mais urgência segundo a avaliação dos moradores. Aqui as três maiores
pontuações foram para restaurante/alimentação, atrativos turísticos e a
184
diversão noturna. E os três piores segmentos avaliados da cidade foram o
passeio/city tour,os preços praticados e o guia turístico. Quando observado a
pontuação total média, 2.817, podemos afirmar que os moradores não estão
contentes com os serviços de infraestrutura de forma geral.
Tabela 32. Pontuação média dos segmentos avaliados pelos turistas e turistas potenciais
Matriz de Avaliação
Serviço Média
Limpeza Urbana 2,881
Segurança Pública 2,558
Informações Turísticas 2,843
Sinalização Turística 2,884
Táxi 2,997
Atrativos Turísticos 3,275
Preços Praticados 2,376
Telefone e Internet 2,686
Restaurante/Alimentação 3,556
Diversão Noturna 3,052
Guia Turístico 2,388
Passeio/City Tour 2,304
Pontuação Total Média 2,817
Fonte: Urbatec, 2016
O gráfico polar abaixo apresenta as pontuações médias de todos os
segmentos avaliados.
Gráfico 75. Gráfico polar das pontuações média de cada segmento
185
Fonte: Urbatec, 2016.
0
1
2
3
4
5Limpeza Urbana
Segurança Pública
Informações Turísticas
Sinalização Turística
Táxi
Atrativos Turísticos
Preços Praticados
Telefone e Internet
Restaurante/Alimentação
Diversão Noturna
Guia Turístico
Passeio/City Tour
186
16.6. VISITAS EM EMBU DAS ARTES
Visando saber se além dos hotéis, pensões ou pousadas, os munícipes
também recebem hóspedes em suas casas, foi perguntado se visitas se alojam
em suas casas ao longo do ano. Segundo os moradores, 50% disseram que
recebe algum amigo ou parente em sua residência.
Gráfico 76. Visitas de parentes e amigos em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
50% 50%
Sim
Não
187
Aos moradores que responderam positivamente sobre receber visitas
em suas casas, foi questionado qual o número de hóspedes eles recebem
durante o ano. Então constatou-se que a maioria recebe de 1 a 10 hóspedes
em sua casa (76%), seguido de 11 a 20 (12%) , 21 a 30 (4%) e acima de 50
pessoas (4%) ao ano.
Gráfico 77.Gráfico de setor para quantidade de hospedes que os moradores recebem durante o ano
Fonte: Urbatec, 2016.
76%
12%
4% 3% 1% 4%
1 a 10 pessoas
11 a 20 pessoas
21 a 30 pessoas
31 a 40 pessoas
41 a 50 pessoas
acima de 50 pessoas
188
Foi questionado o tempo de permanência que os hospedes geralmente
ficam na casa dos munícipes. A maioria respondeu que eles ficam uma
semana (31%), seguido de um dia (17%), duas semanas (16%), um fim de
semana (16%) e um mês ou mais (11%).
Gráfico 78. Tempo de permanência dos hóspedes na casa dos munícipes em Embu das Artes
Fonte: Urbatec, 2016.
17%
16%
9%
31%
16%
11%
Um dia
Um fim de semana
4 dias
Uma semana
Duas semanas
1 mês
189
Em seguida foi perguntado quais são as atividades que os hóspedes
fazem quando estão na cidade. Os moradores disseram que eles costumam
passear na cidade (40%), seguida por ir à feira de artesanatos (23%) e ficar
com a família (20%).
Gráfico 79. Gráfico de barras para atividades dos hospedes dos moradores da cidade.
Fonte: Urbatec, 2016.
40%
23%
8%
20%
1%
7% 1%
0% 0% 0% 9%
Passear na cidade
Feira de Artes
Parque do Rizzo
Familia
Pontos Turisticos
Bar/Restaurantes
Pista de Skate
Eventos
Cidade das Abelhas
Mercadão da Cidade
190
16.7. RETORNO A CIDADE
Para finalizar a entrevista foi questionado sobre a indicação da cidade de
Embu das Artes como um destino turístico. O resultado desse índice mostrou
que a maioria dos munícipes indica a cidade a amigos e parentes (90%),
seguido de moradores que ficaram em dúvidas sobre a indicação (2%) e
moradores que não indicariam (8%).
Gráfico 80. Indicação da cidade de Embu das Artes como um destino turístico
Fonte: Urbatec, 2016.
90%
8% 2%
Sim Não Talvez
191
16.8. RESUMO EXECUTIVO
A pesquisa de sensibilidade turística atingiu os objetivos esperados ao
traçar o perfil do morado de Embu das Artes, sua opinião em relação ao
turismo local e avaliação da infraestrutura urbana e turística do município, além
de identificar se os mesmos indicam a cidade para parentes e amigos.
Durante o período de aplicação dos questionários de sensibilidade
turística foram entrevistados 396 moradores de 50 bairros de Embu das Artes,
a maioria deles reside no Jd. Santa Teresa, seguido pelo bairro Santo Eduardo
e Santo Alegre. Identificou-se que mais da metade dos entrevistados pertence
ao gênero feminino, representando 53% do total.
Além disso, a identificação do perfil do morador também apontou que a
maioria dos entrevistados são adultos com idade entre 31 e 40 anos, seguidos
pela faixa etária de 21 a 30 anos. Os percentuais de casados e solteiros são
próximos, visto que o primeiro representa 43% dos entrevistados e o segundo
grupo 42% dos participantes.
Os dados mostraram que a maioria dos entrevistados não é natural de
Embu das Artes e que ali residem a intervalos que variam entre 21 e 40 anos,
para 36% dos entrevistados, e de 11 a 20 anos para 32% dos participantes.
Dentre os 33% que nasceram na cidade, os índices registraram dois grandes
grupos: os que ali vivem a um intervalo que varia de 21 a 40 anos e entre 11 e
20 anos, o primeiro registrando 50% e o segundo 27%.
Ao que tange a ocupação dos moradores, registrou-se que a maior parte
dos respondentes é assalariada, seguida pela parcela de profissionais
autônomos e desempregados. A média salarial dos entrevistados é de R$
1.816,74.
Quanto ao grau de escolaridade, a maioria dos participantes possui
ensino médio completo, seguido pelo grupo que não completou este nível de
ensino, respectivamente 37,6% e 15%.
192
A pesquisa mostrou que a maioria dos entrevistados viaja para o litoral
de São Paulo, outra parcela costuma viajar para outros estados do país.
Durante o tempo de viagem os moradores costumam ficar hospedados na casa
de amigos, parentes ou familiares Além disso, a maioria dos entrevistados
utiliza veículos próprios em suas viagens.
Um dos objetivos que norteiam a realização da pesquisa de
sensibilidade turística é a necessidade de identificar a visão dos moradores
sobre o turismo na cidade, visto que este é um elemento essencial para o
planejamento do turismo em Embu das Artes.
Diante disso, foi identificado que 91% dos moradores entrevistados
consideram Embu das Artes um destino turístico e outros 92% acreditam que
os atrativos locais são turísticos. Estes índices são de extrema importância
para o desenho dos trabalhos futuros e mostram que a população reconhece a
importância do turismo para a região.
Além disso, 89% dos entrevistados reconhecem o potencial turístico da
cidade e, reforçando o que já foi citado no parágrafo anterior, estes resultados
indicam que a população acredita no desenvolvimento turístico de Embu das
Artes. Além disso, os moradores podem ser incluídos nas decisões e no
acompanhamento do desenvolvimento turístico da região. Ainda assim, 56%
dos respondentes apontam que o poder público municipal não investe no
turismo da região.
Visto que os moradores reconhecem o potencial turístico do município e
apontam que não há investimento do poder público municipal nesta área, foi
perguntado onde os futuros investimentos deveriam se concentrar para mudar
esta realidade. A maioria citou que a infraestrutura necessita de investimentos,
seguida pela necessidade de investir na divulgação. Ainda nesta questão,
percentuais quase idênticos foram registrados para os seguintes itens:
ampliação da quantidade de eventos, transporte e trânsito e ampliação dos
193
atrativos existentes. O comércio local foi citado por uma pequena parcela de
respondentes.
Diante disso, pode-se observar que os moradores respondentes
possuem uma visão abrangente do turismo na cidade, visto que reconhecem
seu potencial turístico e se preocuparam em citar a necessidade de realizar
melhorias na infraestrutura e em outros itens, que resultariam em benefícios
para moradores e turistas. Além disso, apontam que é preciso investir na
divulgação da cidade, quesito que já indicado nos diagnósticos setoriais
anteriormente realizados pela equipe.
Quando questionados sobre as principais dificuldades para a promoção
do turismo em Embu das Artes, mais uma vez, a infraestrutura foi o item mais
citado. A maioria dos respondentes acredita que a falta de infraestrutura é a
principal barreira para o desenvolvimento deste setor, também apontaram a
falta de atratividade, de divulgação, de serviços de apoio e de interesse e apoio
da população.
Foi registrada a preocupação dos residentes em relação a um possível
aumento dos preços praticados na cidade, assim como da poluição, sobretudo
a sonora e dos atrativos naturais em decorrência do desenvolvimento do
turismo local. Diante desses resultados, é preciso que haja diálogo entre a
Prefeitura Municipal de Embu das Artes e a população para esclarecer tais
receios e buscar a construção de soluções coletivas para os impactos
negativos da atividade turística.
Ainda assim, 80% dos entrevistados apontaram que o desenvolvimento
do turismo em Embu das Artes pode ter resultados positivos. Dentre eles, o
mais citado foi o aumento das oportunidades de emprego, seguido pela
ampliação da divulgação da cidade, melhorarias na infraestrutura em geral e,
principalmente, a infraestrutura de acesso. Ou seja, estes são os principais
avanços esperados pela população respondente e, mais uma vez, é preciso
194
que haja diálogo entre as partes envolvidas para todas possam contribuir com
tal desenvolvimento.
Quando questionados sobre a participação em atividades relacionadas
ao turismo, a maioria dos entrevistados respondeu que não atua no setor
(54%). Dentre aqueles que participam ou já participaram de atividades
relacionadas ao turismo, a maioria produzia artesanato ou estavam envolvidos
em atividades de lazer ou estabelecimentos gastronômicos.
Considerando que uma parcela significativa dos moradores
respondentes são profissionais autônomos e que boa parte deles estão ou já
estiveram envolvidos com as atividades turísticas, pode-se correlacionar a
importância da promoção do turismo com a obtenção de renda para uma
parcela significativa da população local. Soma-se a isso o fato de que, 62% dos
participantes gostariam de se inserir ou continuar atuando neste setor após a
ampliação do desenvolvimento do turismo no município.
Os moradores, quando questionados sobre a infraestrutura urbana e
turística especificaram alguns pontos que necessitam de atenção por parte do
poder público municipal, como por exemplo, a segurança pública. Somente
18% dos respondentes classificaram este serviço como bom, a maioria o
considera entre regular e ruim.
Para que o desenvolvimento do turismo seja completo e traga benefícios
reais para a localidade e seus habitantes é preciso que a segurança pública
seja melhorada, visto que influencia diretamente no cotidiano dos moradores e
na publicidade da cidade. Outro aspecto citado pelos entrevistados e que
necessita de mais atenção é a sinalização turística.
Este quesito já foi apontado nos diagnósticos de infraestrutura e
comunicação integrada e, nesse momento, é confirmado pelos moradores,
visto que 70% a classificam como ruim ou muito ruim. Uma sinalização de
qualidade é importante para o desenvolvimento do turismo, sobretudo porque
195
contribui com a atratividade e a publicidade local, auxilia no deslocamento do
turista e na visitação dos atrativos.
Sobre os preços praticados na cidade, um total de 31% dos
respondentes o classificam como ruim, 26% como muito ruim e apenas 28%
consideram regular. Este quesito precisa ser discutido com a população, visto
que um dos aspectos negativos do desenvolvimento do turismo apontado pelos
munícipes é o aumento dos preços.
Ao que tange a limpeza pública, somente 27% dos respondentes a
classificam como favorável, a maioria dos entrevistados aponta que ela é
regular (40%) ou ruim (33%).
Sobre os serviços de telecomunicação e internet, 43% o consideram
ruim ou muito ruim e outros 29% regular. Isso mostra que, embora a demanda
seja atendida, estes quesitos necessitam de melhorias.
Quando questionados sobre os restaurantes e demais locais destinados
à alimentação disponíveis na cidade, os moradores indicam que são bons ou
muito bons, seguido por aqueles que os classificam como regulares. Isso
mostra que a variedade gastronômica e o serviço prestado são favoráveis e
atendem a atual demanda. O mesmo pode ser observado sobre os serviços de
hospedagem, classificados pela maioria dos respondentes como bons ou muito
bons.
Sobre os atrativos turísticos, a maioria dos entrevistados os considera
bons ou muito bons, entretanto, para 33% eles são regulares e outros 23% os
classificam como ruins ou muito ruins. Isso mostra que, embora haja
atratividade e potencial turístico, os atrativos ainda não atendem às
expectativas dos moradores.
Ao que tange as informações turísticas disponibilizadas aos turistas,
28% dos munícipes respondentes as consideram boas, entretanto, 36%
acreditam que são ruins e outros 36% regulares.
196
Ao que tange o quesito “diversão noturna”, as respostas foram variadas,
visto que 30% o consideram regular, 39% boa ou muito boa e 31% ruim ou
muito ruim. Este serviço é complementar ao turismo da região e pode contribuir
com a permanência do turista no município.
Os serviços de guia de turismo de city tour não são conhecidos por
todos os entrevistados. Para o primeiro, somente 86,8% puderam opinar e,
dentre eles, 28% o classificam como muito ruim e 33% como regular. Em
relação ao segundo, 89% conhecem o serviço, 22% o avaliam como ruim, 35%
como muito ruim e 26% como regular. É preciso investir nestes serviços para
promover e disseminar a cultura local entre munícipes e turistas, indicar os
atrativos turísticos e incentivar os turistas em potencial a permanecer em Embu
das Artes.
Quanto à recepção de amigos e familiares, os dados mostram que 50%
dos moradores que participaram da pesquisa costumam receber visitantes em
suas casas e que, para a maioria deles, o número varia entre 1 e 10 hóspedes
ao ano. Além disso, os munícipes disseram que seus hóspedes permanecem
em Embu das Artes por uma semana (31% dos entrevistados).
A maioria dos entrevistados disseram que seus hóspedes costumam
passear pela cidade, registrando um total de 40% dos respondentes, ou
frequentar a feira para 23%. Isso mostra que é preciso realizar ações de
divulgação dos demais atrativos para promover sua visitação.
Por fim, foi questionado se os moradores respondentes indicariam a
cidade para parentes e amigos visando uma futura visita. A maioria, 90%,
respondeu que sim, indicam Embu das Artes como um destino turístico.
197
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LEMOS, L. Turismo: que negócio é este? Campinas: Papirus, 2001.
202
ANEXOS
ANEXO A. Questionário de Sensibilidade Turística local.
203
ANEXO B. Questionário de Sensibilidade Turística local.
ANEXO C. Questionário de Sensibilidade Turística local.
204
Anexo D. Questionário de Demanda Turística.
205