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PREFEITURA MUNICIPAL DE EMBU DAS ARTES - SP AMLURB - SEMADU - SSULP PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS P M G I R S EMBU DAS ARTES SP 2014

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PREFEITURA MUNICIPAL DE EMBU DAS ARTES - SP

AMLURB - SEMADU - SSULP

PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

P M G I R S

EMBU DAS ARTES – SP

2014

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AGRADECIMENTOS:

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PREFÁCIO:

A sustentabilidade urbana de Embu das Artes - SP, passou a ser um desafio para

os dias atuais, o Município conta com 250 mil habitantes e a qualidade de vida destes

depende de uma política pública adequada ajustada às realidades em que vivemos hoje e

conta com os esforços das Secretárias e Departamentos da Administração de Embu das

Artes - SP.

Cientes da importância de tratar do tema Resíduos Sólidos, tão importante quanto

outros inerentes aos assuntos relativos ao Meio Ambiente, é a partir deste que outras

questões acessórias como qualidade do ar, ocupação de mananciais, áreas de proteção

permanentes, vão ser inseridos a este projeto e serem abordados adequadamente com

vista na preservação ambiental e sustentabilidade.

Na atual implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

aprovada pela Lei de nº 12.305/2010, que após muitos anos de tramitação no Legislativo

Federal vem com inúmeras novidades em seu corpo, dentre elas: acabar com os Lixões

até 2014, implantar a coleta seletiva, a logística reversa, a educação ambiental em

especial para os municípios, e os titulares dos serviços de limpeza pública. Da mesma

forma, este dispositivo legal estabelece que somente poderão firmar convênios e

contratos para repasse de recursos federais para os estados e municípios (em ações

relacionadas a este tema) se estes tiverem formulado seus planos de gestão de resíduos

sólidos como está sendo estabelecido aqui na cidade de Embu das Artes - SP..

Desta forma, procurando atender integralmente as normas legais e com base na

diretriz apontada pelo Ministério do Meio Ambiente que em parceria com a Embaixada

Britânica a SRHU/MMA, mostra o caminho adequado na Lei 12.305/2010 para a

elaboração deste (PMGIRS) que com o conhecimento técnico dos profissionais

envolvidos e apoio do material criado pela SRHU/MMA, passa a ser elaborado para a

cidade de Embu das Artes - SP.

Com essa iniciativa a cidade de Embu das Artes - SP sai na vanguarda com a

elaboração de seu Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS),

totalmente pensado nos dispositivos legais mais recentes que mostra seu

comprometimento com a responsabilidade ambiental, envolvendo neste processo a

participação popular, a iniciativa privada e os demais órgãos de controle e fiscalização,

para que ao final se obtenha um panorama atual e um prognóstico real para um futuro

com responsabilidade que começa hoje.

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Este PMGIRS, terá sua revisão executada a cada 4(quatro) anos, com o objetivo

de se adequar sempre às novas realidades.

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APRESENTAÇÃO:

A Prefeitura Municipal de Embu das Artes - SP, por meio da Agência Municipal

de Limpeza Urbana (AMLURB), da Secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Urbano (SEMADU), da Secretária de Serviços Urbanos e Limpeza Pública (SSULP), em

conjunto com a empresa privada contratada por meio de edital Carta Convite CC

nº29/2013-CC no processo nº 11932/2013, GEOPLAN, e sua equipe técnica, visa

implementar a Política Municipal de Resíduos Sólidos (PMRS) com a elaboração deste

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) tendo a participação

da sociedade no seu desenvolvimento.

A finalidade é elaborar, com base na Lei federal 12.305/2010, a Lei Municipal

que trará às diretrizes necessárias para o enfrentamento de um dos mais importantes

problemas ambientais e sociais.

O envolvimento dos diferentes segmentos da sociedade no tema se dará por

meio de questionário elaborado pelo Grupo de Trabalho, que após compilados terão um

norte à seguir, e serão colocados a disposição pública por um período que antecederá a

Audiência Pública, onde serão convidados a participar os segmentos da sociedade que

tem interesse no tema ou que possam contribuir com sugestões, que o Grupo de Trabalho

irá reunir e estudar sua aplicabilidade prática.

A política reversa será estudada junto aos grupos coletores de materiais, para

se adaptar na cidade de Embu das Artes - SP uma política própria devido as suas

peculiaridades sazonais de fluxo de pessoas nas feiras de artesanatos, que ocorrem

normalmente em finais de semanas e feriados, e em sua indústria caracteristicamente

artesanal. A logística reversa preconizada na Lei Federal 12.305/2010, a implantação de

formas de coleta seletiva e a realização de campanhas de comunicação social de

educação ambiental, junto com a participação privada, visam desta forma, mudar o

comportamento da população em relação ao resíduo produzido e estimular a coleta

seletiva.

Este Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) tem

como horizonte temporal 20(vinte anos) e suas revisões, compatibilizadas com os Planos

Plurianuais Municipais. A participação das Secretarias e Departamentos com os

arquivamentos adequados das informações coletadas periodicamente em campo, nos

grupos geradores, irá formar um plano de estudo que trará uma visão ampla de como se

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desenvolve as estratégias deste plano nos campos práticos, traçando um cenário a médio

e longo prazo de acordo com as informações coletadas periodicamente.

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) da

cidade de Embu das Artes - SP tem como base a publicação da SRHU/MMA, a expertise

técnica dos gestores da Agência Municipal de Limpeza Urbana AMLURB, da Secretária

de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano SEMADU, d a Secretária de Serviços

Urbanos e Limpeza Pública SSULP e da GEOPLAN que com seu corpo de engenharia e

profissionais da área jurídica e administrativa, vão compor o PMGIRS que passamos a

apresentar.

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LISTA DE FOTOS

PAG

Fotos de nº 01 a 12 (Pesquisa de campo) 34

Foto nº 13 / 14 (GRAVIMETRIA) 56

Foto nº 15 / 16 (Trabalho de GRAVIMETRIA) 57

Foto nº 17 / 18 (Trabalho de GRAVIMETRIA) 58

Foto nº 19 / 20 (Trabalho de GRAVIMETRIA) 59

Foto nº 21 (Trabalho de GRAVIMETRIA) 60

Foto nº 22 (CAMINHÃO) 83

Fotos de nº 23 a 26 (Transformação de lixão em Aterro Sanitário Controlado) 90

LISTA DE FIGURAS

Figura 001 (Regiões Administrativas) 77

Figura 002 (Mapa de Embu das Artes) 51

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 (Entrevistas) 32

Tabela 02 (Entrevistas) 37

Tabela 03 (Legislação Municipal) 52

Tabela 04 (Gravimetria Anterior) 61

Tabela 05 (Relação Feiras Livres) 74

Tabela 06 (Geradores Sujeitos a PGR) 104

Tabela 07 (Telefones de Emergência) 110

Tabela 08 (Legislação Aplicável) 112

Tabela 09 (Endereços Eletrônicos) 114 LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico nº 001 33

Gráfico nº 002 35

Gráfico nº 003 36

Gráfico nº 004 37

Gráficos nº 005 / 006 38

Gráficos nº 007 / 008 39

Gráficos nº 009 / 010 40

Gráficos nº 011 / 012 41

Gráfico nº 009 38

Gráfico nº 010 52

Gráfico nº 011 54

Gráfico nº 012 55

Gráfico nº 013 102

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS:

APP – Área de Preservação Permanente

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACISE – Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Embu das Artes

AMLURB – Agência Municipal de Limpeza Urbana

ANA – Agência Nacional de Águas

ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres

ASPP – Aterro Sanitário de Pequeno Porte

ATT – Área de Triagem e Transbordo

A3P – Agenda Ambiental na Administração Pública

BDI – Benefícios e Despesas Indiretas

CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

CONISUD – Consórcio Intermunicipal da Região Sudeste

CF – Constituição Federal

CGPPP – Conselho Gestor da Parceria Público Privada

CTR – Central de Tratamento de Resíduos

DAU – Departamento de Ambiente Urbano

DBO – Demanda Biológica de Oxigênio

DCA – Divisão de Controle Ambiental

DEA – Divisão de Educação Ambiental

DPAV – Divisão de Parques e Áreas Verdes

DQO – Demanda Química de Oxigênio

EIA – Estudo de Impacto Ambiental

EPIs – Equipamentos de Proteção Individuais

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto

FBB – Fundação Banco do Brasil

GEE – Gases de Efeito Estufa

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GPS – Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global

GPRS – General Packet Radio Service – Serviço de Rádio de Pacote Geral

GSM – Global System for Mobile – Sistema de Comunicação Móvel

GT – Grupo de Trabalho

ICLEI – International Council for Local Environmental Initiatives – Conselho

Internacional para Iniciativas Ambientais Locais

Ibraes – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Tecnológico, Educacional e Associativo

LEV – Locais de Entrega Voluntária

MCidades – Ministério das Cidades

MMA – Ministério do Meio Ambiente

MP – Ministério Público

MPOG – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

NBR – Norma Brasileira Registrada

ONG – Organização Não Governamental

PACS – Programa de Agentes Comunitários da Saúde

PEAMSS – Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento

PEAD – Poli Etileno de Alta Densidade

PERS – Plano Estadual de Resíduos Sólidos

PEV – Ponto de Entrega Voluntária

PH – Potencial Hidrogeniônico

PMGIRS – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

PMS – Projeto de Mobilização Social e Divulgação

PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

PNM – Plano Nacional de Mineração

PNMC – Plano Nacional sobre Mudança do Clima

PNSB – Plano Nacional de Saneamento Básico

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos

PTE – Plano de Trabalho de Educação Ambiental

PTC – Plano de Trabalho de Coleta Manual e Conteirnerizada

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PTM – Plano de Trabalho para a Varrição Manual e Mecanizada

PTR – Plano de Trabalho para Coleta de Materiais Recicláveis

PTS – Plano de Trabalho de Coleta, Transporte, Tratamento e Destinação Final

de Resíduos Sépticos de Saúde

PPP – Parceria Público Privada (11.079/2004)

PPA – Plano Plurianual

PSF – Programa Saúde da Família

RCC – Resíduos da Construção e de Demolição

RIMA – Relatórios de Impactos no Meio Ambiente

RSS – Resíduos de Serviços de Saúde (Resíduos Sépticos de Saúde)

RSU – Resíduos Sólidos Urbanos

SEMADU – Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano

SMA – Secretaria de Meio Ambiente

SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica

SICONV – Sistema de Convênios e Contratos de Repasse

SINIR – Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos

SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

SISAGUA – Sistema Nacional de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para

Consumo Humano

SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente

SINISA – Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico

SNIRH – Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos

SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação

SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

SPE – Sociedade de Propósito Específico (11.079/2004)

SRHU/MMA – Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano – Ministério do Meio

Ambiente

SSULP – Secretaria de Serviços Urbanos e Limpeza Pública

SUASA – Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária

TR – Termo de Referência

UF – Unidade Federativa

ZEE – Zoneamento Ecológico-Econômico

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INTRODUÇÃO 14

1 QUADRO INSTITUCIONAL 16

1.1 A Política Nacional sobre a Mudança do Clima 17

1.2 A Lei Federal de Saneamento Básico 18

1.3 A Política Municipal de Embu das Artes para o Meio Ambiente 20

2 A LEI E A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS) 20

3 PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS) 24

4 METODOLOGIA PARA O PMGIRS DE EMBU DAS ARTES - SP 27

4.1 Participação Social 27

4.2 Processo Participativo 29

4.3 Pesquisa de Campo 30

4.3.1 Comércio, Indústria, Clínicas e Outros 31

4.3.2 Equipes de Pesquisas de Campo 33

4.3.3 Pesquisa de Campo com Munícipes 35

4.4 Publicidade e Periodicidade do Trabalho 42

4.5 Seminário de Resíduos Sólidos 43

4.6 Audiência Pública 44

5 DIAGNÓSTICO 46

5.1 História de Embu das Artes 46

5.2 Aspectos Gerais do Município de Embu das Artes 50

5.3 Legislação Municipal em Vigor 52

5.4 Soluções Consorciadas 54

6 A SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE EMBU DAS ARTES 56

6.1 Dados Gerais e Caracterização 56

6.2 Análise Gravimétrica da Geração por Amostragem 56

6.3 Histórico do Antigo Lixão 62

7 DADOS GERAIS DA COLETA 62

7.1 Definição dos Serviços 63

7.2 Locais da Coleta 64

7.3 Periodicidade 64

7.4 Coleta Manual 64

7.5 Coleta Conteinerizada ou Mecanizada 65

7.6 Equipe e Equipamento para Realização dos Serviços 66

7.7 Veículos Coletores 66

7.8 Destinação Final dos Resíduos 66

7.9 Critério de Medição 67

8 COLETA, TRANSPORTE, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL DOS (RSS) 67

8.1 Definição dos Serviços 67

8.2 Locais da Coleta 67

8.3 Equipe e Equipamento para Realização dos Serviços 68

8.4 Tratamento dos Resíduos Infectantes dos Serviços de Saúde (RSS) 68

8.5 Critério de Medição 69

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9 VARRIÇÃO DE VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS DE EMBU DAS ARTES 69

9.1 Definição dos Serviços 69

9.2 Plano de Trabalho para Varrição Manual Mecanizada (PTM) 70

9.3 Equipe e Equipamentos 71

9.4 Critério de Medição 71

10 VARRIÇÃO MECANIZADA DE MEIO FIO 72

10.1 Periodicidade 72

10.2 Equipes e Equipamentos 72

10.3 Critério de Medição 73

11 LIMPEZA, LAVAGEM E DESINFECÇÃO DE VIAS APÓS FEIRAS LIVRES 73

11.1 Definição dos Serviços 73

11.2 Equipe e Equipamento 74

11.3 Critério de Medição 74

11.4 Relação de Feiras Livres 74

12 FORNECIMENTO DE EQUIPES PARA SERVIÇOS GERAIS 75

12.1 Definição dos Serviços 75

12.2 Equipe e Equipamentos 76

12.3 Critério de Medição 76

13 OPERAÇÃO CENTRO 76

13.1 Definição dos Serviços 76

a) Varrição Manual e Mecanizada 77

b) Lavagem do Centro Histórico 78

c) Essência de Eucalipto para Desodorizar o Centro Histórico 78

d) Fornecimento, Manutenção e Reposição de Containeres 78

e) Fornecimento, Manutenção e Reposição de Cestas Coletoras 78

f) Coleta dos Resíduos Sólidos 79

g) Manutenção das Áreas Públicas 79

13.2 Equipes e Equipamentos 80

13.3 Critério de Medição 80

14 EQUIPE DE COLETA SELETIVA 81

14.1 Periodicidade da Coleta Seletiva 81

14.2 Histórico da Cooperativa (COOPEMAPE) 82

14.3 Plano de Trabalho Para a Coleta de Materiais Recicláveis (PTR) 83

14.4 Postos de Entrega Voluntárias 84

14.5 Equipe e Equipamento para a Realização do Serviço 84

14.6 Critério de Medição 84

15 EXECUÇÃO DAS OBRAS DE RECUP. E ENCERR. DO ATERRO SANIT. MUNIC. 85

15.1 Recondicionamento Geométrico 85

15.2 Drenagem de Águas Pluviais 86

15.3 Barreira Hidráulica 87

15.4 Monitoramento 88

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16 CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS 89

16.1 Implantação e Operação do NOVO ATERRO 90

16.2 Implantação da Unidade de Tratamento de Resíduos Domiciliares 91

16.3 Instalação da Unidade de Tratamento de Resíduos Sépticos 92

16.4 Instalação de Unidade de Beneficiamento de Resíduos da Construção Civil 93

16.5 Contentores (Caçamba) para Captação de Resíduos 94

17 SISTEMA DE INFORMAÇÕES E INDICADORES OPERACIONAIS DA FROTA 95

18 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 97

19 GERENCIAMENTO DA PPP ADMINISTRATIVA 98

20 DOS EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS E DE FISCALIZAÇÃO 100

20.1 Sistema de Acompanhamento e Fiscalização 101

21 IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGR 102

22 INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL 106

23 SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 110

24 ACERVO DE LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E NBR POR TIPO DE RESÍDUO 112

24.1 Acervo de Endereços Eletrônicos 114

25 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 115

26 EQUIPE RESPONSÁVEL 115

ANEXOS

I. Plano Municipal de Saneamento Básico

II. Resultados da GRAVIMETRIA

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INTRODUÇÃO:

Este Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) buscou,

na medida do possível, ser escrito em uma linguagem simples e direta com a intenção de

alcançar a um público específico – tomadores de decisão, gestores e técnicos, além de

todos os envolvidos na temática tratada pelo Plano, tendo a maior participação para a

criação do projeto de Lei Municipal que vai regulamentar o tema na cidade de Embu das

Artes - SP, que ainda está sendo buscada no desenvolvimento deste Plano, a partir de

passos metodológicos, uma participação e controle social, atendendo desta forma a

metas definidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e demais

normatizações correlatas.

O desenvolvimento deste Plano está embasado no guia criado pela SRHU/MMA

(Secretária de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente) em

atendimento ao Termo de Referência da carta convite de nº29/2013 do Município e da Lei

Federal 12.305/2010.

Hoje, o Brasil conta com um Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) de

2008, uma Política Nacional de Mudanças Climáticas (Lei nº 12.187 de 29/12/2009) que

estabelece metas voluntárias de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) -

entre 36,1% e 38,9% até 2020, bem como um Fundo Nacional sobre Mudança do Clima

(Lei nº 12.014, de 09/12/2009), que formam com a Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS) e a Lei Federal de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007) um arcabouço

jurídico-institucional decisivo para o desenvolvimento sustentável do País. Diante destes

compromissos, as ações municipais tornam-se essenciais para o sucesso das políticas

nacionais.

Este Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), da

cidade de Embu das Artes - SP, soma-se ao movimento nacional de transformação do

cenário e padrões de produção e consumo, tratamento e destinação dos resíduos sólidos

no Brasil, a fim de encontrar soluções sustentáveis e permanentes, otimizando a gestão e

contribuindo para uma economia verde, de baixo carbono e inclusiva.

O ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, fundado originalmente como

ICLEI – Internacional Council for Local Environmental Initiatives (Conselho Internacional

para Iniciativas Ambientais Locais) é uma associação internacional composta por mais

de 1.200 governos locais no mundo todo que assumiram um compromisso com o

desenvolvimento sustentável.

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Tendo como uma de suas principais missões o apoio aos governos locais através

do desenvolvimento de ferramentas e metodologias para uma gestão local mais

sustentável e a proteção dos bens comuns globais (como a qualidade do ar, clima e

água), os últimos 21 anos desde a Rio92 demonstram que ações cumulativas locais, ao

contribuir com a agenda nacional, trazem benefícios globais. Neste sentido, é de suma

importância que os estados e municípios se engajem na construção de políticas e ações

efetivas que se articulem com as nacionais para uma melhor gestão dos resíduos sólidos

no Brasil, sendo assim passamos a apresentar o (PMGIRS) da cidade de Embu das

Artes - SP.

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1. QUADRO INSTITUCIONAL

O Brasil vem sofrendo uma transformação de país agrário para país urbano e esta

mudança é sentida de forma bastante rápida nos últimos anos, segundo dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 85% da população brasileira se encontra hoje

em áreas urbanas (dados: IBGE 2010a), desta forma as cidades brasileiras não

conseguiram acompanhar o provisionamento de infra-estrutura e de serviços urbanos

públicos de saneamento, entre estes estão inclusos os de abastecimento de água potável,

a estrutura para drenagem e o sistema de gestão e manejo de resíduos, a coleta e

tratamento do esgoto sanitário. Assim a economia do país cresceu sem que houvesse,

paralelamente, um aumento na capacidade de gestão, com a criação de políticas públicas

federais que repassassem aos municípios recursos para que seus projetos pudessem

acompanhar o crescimento populacional. A cidade de Embu das Artes - SP se encontra

inserida dentro desta mesma realidade nacional, e é sempre uma das primícias da

administração, o cuidado com o saneamento.

A Lei nº 10.257/2001, chamada de Estatuto da Cidade, estabelece normas de

interesse social e regula o uso da propriedade urbana para o bem coletivo,

segurança e bem-estar dos cidadãos e cidadãs, bem como do equilíbrio ambiental

Em 2001, com a aprovação do Estatuto das Cidades foram estabelecidos novos

marcos regulatórios de gestão urbana, como as leis de saneamento básico e de resíduos

sólidos. O Estatuto regulamentou os artigos 182 e 183 da Constituição Federal e

estabeleceu as condições para uma reforma urbana nas cidades brasileiras.

Obrigou os principais municípios do país a formular seu Plano Diretor visando

promover o direito à cidade nos aglomerados humanos sob vários aspectos: social (saúde,

educação, lazer, transporte, habitação, entre outros), ambiental, econômico, sanitário, etc.

Atualmente, o Brasil conta com um arcabouço legal que estabelece diretrizes para a

gestão dos resíduos sólidos, por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº

12.305/2010), e para a prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos por meio da Lei Federal de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007).

Também conta, desde 2005, com a Lei de Consórcios Públicos (Lei nº 11.107/2005) que

permite estabilizar relações de cooperação federativa para a prestação desses serviços.

Em Embu das Artes, a Lei Municipal nº 2.473/2010 estabeleceu a política pública de

saneamento básico. Ainda a Lei nº 162 de 30 de junho de 2011, que institui o Plano

Municipal de Saneamento Básico e dá outras providências. Diretrizes e metas sobre

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resíduos sólidos também estão presentes no Plano Nacional sobre Mudança do Clima

(PNMC) recentemente concluído.

Todo este aparato legal, se empregado corretamente, deverá permitir o resgate da

capacidade de planejamento, e de gestão mais eficiente, dos serviços públicos de

saneamento básico, fundamental para a promoção de um ambiente mais saudável, com

menos riscos à população.

Assim, é de suma importância que os agentes públicos tomem conhecimento e se

apropriem do conteúdo deste Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos –

(PMGIRS), objeto do presente documento.

1.1 A Política Nacional sobre a Mudança do Clima

Em alguns países, 20% da geração antropogênica do gás metano (CH4) é oriunda

dos resíduos humanos.

O metano é um gás com Potencial de Aquecimento Global 21 vezes maior que o do

gás carbônico (CO²) e é emitido em grande escala durante o processo de degradação e

aterramento de rejeitos e resíduos orgânicos. A alta geração do biogás - uma mistura de

gases provenientes de material orgânico - que tem como principal componente o metano

(um dos Gases de Efeito Estufa – GEEs), ocorre normalmente durante um período de 16

anos, podendo durar até 50 anos. Considerando, dessa forma, medidas possíveis de

redução das emissões dos GEEs e, portanto de combate ao aquecimento global, é que a

Política Nacional sobre Mudança do Clima estabelece como um de seus objetivos a

redução das emissões de GEEs oriundas das atividades humanas, nas suas diferentes

fontes, inclusive naquelas referentes aos resíduos (Art. 14º, II).

Assim, para minimizar os impactos no clima, que já são bastante perceptíveis, a

Política Nacional sobre Mudança do Clima estabeleceu, em seu Art. 12, o

compromisso nacional voluntário com ações de mitigação das emissões de gases de

efeito estufa, para reduzir entre 36,1% e 38,9% as emissões nacionais projetadas até o

ano de 2020. O Decreto 7.390/2010, que regulamenta a Política, estabelece ações a

serem implementadas para o atendimento desse compromisso (BRASIL, 2009b;

BRASIL, 2010c).

O Plano Nacional sobre Mudanças do Clima (PNMC) definiu metas para a

recuperação do metano em instalações de tratamento de resíduos urbanos e para

ampliação da reciclagem de resíduos sólidos para 20% até o ano de 2015.

Coerentemente, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) definiu entre os seus

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objetivos a adoção, o desenvolvimento e o aprimoramento de tecnologias limpas como

forma de minimizar. impactos ambientais: o incentivo ao desenvolvimento de sistemas de

gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos, e o

incentivo ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, inclusive a recuperação e o

aproveitamento energético (BRASIL, 2010b).

1.2 A Lei Federal de Saneamento Básico

A Lei Federal nº 11.445, de 05/01/2007, que dispõe sobre as Diretrizes Nacionais

para o Saneamento Básico considera: Art. 3º I - saneamento básico: conjunto de serviços,

infraestruturas e instalações operacionais de:

a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e

instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a

captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;

b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações

operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos

esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio

ambiente;

c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas

e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino

final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e

vias públicas;

d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de

transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias,

tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas

(BRASIL, 2007a).

Esta Lei Federal de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007) aborda o conjunto de

serviços de abastecimento público de água potável; coleta, tratamento e disposição final

adequada dos esgotos sanitários; drenagem e manejo das águas pluviais urbanas,

além da limpeza urbana e o manejo dos resíduos sólidos.

A Lei institui como diretrizes para a prestação dos serviços públicos de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos:

O planejamento, a regulação e fiscalização;

A prestação de serviços com regras;

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A exigência de contratos precedidos de estudo de viabilidade técnica e financeira;

Definição de regulamento por lei, definição de entidade de regulação, e controle

social assegurado.

Inclui ainda como princípios a universalidade e integralidade na prestação dos

serviços, além da interação com outras áreas como recursos hídricos, saúde, meio

ambiente e desenvolvimento urbano.

No seu Art. 11 estabelece um conjunto de condições de validade dos contratos que

tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico quais sejam:

plano de saneamento básico (são aceitos planos específicos por serviço); estudo

comprovando viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação universal e integral

dos serviços; normas de regulação e designação da entidade de regulação e de

fiscalização; realização prévia de audiências e de consulta públicas; mecanismos de

controle social nas atividades de planejamento, regulação e fiscalização, e as hipóteses

de intervenção e de retomada dos serviços (BRASIL, 2007a).

Define ainda que a sustentabilidade econômica e financeira dos serviços de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos sejam assegurados, sempre

que possível, mediante remuneração pela cobrança destes serviços, por meio de taxas ou

tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço

ou de suas atividades.

Outro ponto importante é a inclusão de uma alteração na Lei nº 8.666/1993,

permitindo a dispensa de licitação para a contratação e remuneração de associações

ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

O desafio é grande! A necessidade do fortalecimento da capacidade de gestão para

garantia da sustentabilidade dos serviços faz com que poucos municípios tenham uma

gestão adequada dos resíduos sólidos, que garanta a sustentabilidade dos serviços e a

racionalidade da aplicação dos recursos técnicos, humanos e financeiros.

Em função disso, buscando melhorias na gestão, foi instituída a prestação

regionalizada dos serviços de saneamento básico, para possibilitar ganhos de escala

na gestão dos resíduos sólidos, e equipes técnicas permanentes e capacitadas.

Quanto à elaboração dos planos, exige que estes sejam editados pelos próprios

titulares; compatíveis com os planos das bacias hidrográficas; revistos ao menos a cada

quatro anos, anteriormente ao Plano Plurianual e, se envolverem a prestação

regionalizada de serviços, que os planos dos titulares que se associarem sejam

compatíveis entre si.

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1.3 A Política Municipal de Embu das Artes para o Meio Ambiente

Em novembro do ano de 2008, a Prefeitura Municipal de Embu das Artes - SP,

elaborou e publicou o “ATLAS SOCIOAMBIENTAL DE EMBU DAS ARTES”, um trabalho

que norteou a Política Municipal da cidade de Embu das Artes - SP, e que com este

ATLAS, passou-se a conhecer o perfil socioeconômico da cidade nas áreas de Educação,

Saúde e Meio Ambiente.

Já no ano de 2008, a cidade de Embu das Artes - SP se colocou na vanguarda de

seu tempo e mesmo antes do advento da Lei Federal de Resíduos do ano de 2010,

buscava-se ter um conhecimento deste tema, como e demonstrado no ATLAS

SOCIOAMBIENTAL daquele ano, para dar as sugestões para soluções ambientalmente

adequadas com base nas informações obtidas então.

Agora com o advento da Lei dos Resíduos, a 12.305/2010, permanece a cidade de

Embu das Artes - SP, comprometida com os mesmos princípios de estar implantando na

cidade todas as precauções e medidas legalmente aplicáveis para que se possa ter uma

cidade comprometida com a preservação do Meio Ambiente.

Ainda em Embu das Artes a Lei Municipal nº 2.473/2010 estabeleceu a política

pública de saneamento básico e a Lei nº 162 de 30 de junho de 2011, instituiu o Plano

Municipal de Saneamento Básico e dá outras providências.

2. A LEI E A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A PNRS estabelece princípios, objetivos, instrumentos – inclusive instrumentos

econômicos aplicáveis - e diretrizes para a gestão integrada e gerenciamento dos resíduos

sólidos, indicando as responsabilidades dos geradores, do poder público, e dos consumidores.

Definem ainda, princípios importantes como o da prevenção e precaução, do poluidor-pagador,

da ecoeficiência, da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, do

reconhecimento do resíduo como bem econômico e de valor social, do direito à informação e

ao controle social, entre outros (BRASIL, 2010b).

Um dos objetivos fundamentais estabelecidos pela Lei 12.305/2010 é a ordem de

prioridade para a gestão dos resíduos, que deixa de ser voluntária e passa a ser

obrigatória: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos

sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

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A Lei estabelece a diferença entre resíduo e rejeito: resíduos devem ser

reaproveitados e reciclados e apenas os rejeitos devem ter disposição final.

Entre os instrumentos definidos estão: a coleta seletiva; os sistemas de logística

reversa; o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas e outras formas de

associação dos catadores de materiais recicláveis, e o Sistema Nacional de Informações

sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR).

A coleta seletiva deverá ser implementada mediante a separação prévia dos

resíduos sólidos (nos locais onde são gerados), conforme sua constituição ou composição

(úmidos, secos, industriais, da saúde, da construção civil, etc.). A implantação do sistema

de coleta seletiva é instrumento essencial para se atingir a meta de disposição final

ambientalmente adequada dos diversos tipos de rejeitos.

A logística reversa (Lei Federal nº12. 305 de 02/08/2010, que institui a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, Art. 33) que são obrigados a estruturar e implementar

esses sistemas de logística, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor,

de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos

sólidos; os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

I. agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja

embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso;

II. pilhas e baterias;

III. pneus;

IV. óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

V. lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio, de mercúrio e de luz mista;

VI. produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

§ 1º Na forma do disposto em regulamento ou em acordos setoriais e termos de

compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, os sistemas previstos

no caput serão estendidos a produtos comercializados em embalagens plásticas,

metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando,

prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos

resíduos gerados (BRASIL, 2010b) é apresentada como um instrumento de

desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações,

procedimentos e meios para coletar e devolver os resíduos sólidos ao setor empresarial,

para reaproveitamento em seu ciclo de vida ou em outros ciclos produtivos. A

implementação da logística reversa será realizada de forma prioritária para os seis tipos

de resíduos, citados acima.

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Outro aspecto muito relevante da Lei é o apoio à inclusão produtiva dos

catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, priorizando a participação de

cooperativas ou de outras formas de associação destes trabalhadores. Fato este

contemplado no Município na medida em que uma PPP é definida com o objetivo

específico de delegação das atribuições legais inerentes ao tema resíduos para a SPE.

A PNRS definiu por meio do Decreto 7.404, que os sistemas de coleta seletiva e

de logística reversa, deverão priorizar a participação dos catadores de materiais

recicláveis, e que os planos municipais deverão definir programas e ações para sua

inclusão nos processos.

Deverá ser observada a dispensa de licitação para a contratação de cooperativas

ou associações de catadores; o estímulo ao fortalecimento institucional de cooperativas e

à pesquisa voltada para sua integração nas ações que envolvam a responsabilidade

compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, e a melhoria das suas condições de

trabalho (BRASIL, 2010d).

A PNRS incentiva a formação de associações intermunicipais que possibilitem o

compartilhamento das tarefas de planejamento, regulação, fiscalização e prestação de

serviços de acordo com tecnologias adequadas à realidade regional.

A prioridade no acesso a recursos da União e aos incentivos ou financiamentos

destinados a empreendimentos e serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos ou à

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos será dada (BRASIL, 2010b):

» aos estados que instituírem microrregiões, para integrar a organização, o

planejamento e a execução das ações a cargo de municípios limítrofes na

gestão dos resíduos sólidos;

» ao Distrito Federal e aos municípios que optarem por soluções

consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, ou que se

inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos

estaduais;

» aos Consórcios Públicos, constituídos na forma da Lei nº 11.107/2005,

para realização de objetivos de interesse comum e;

» aos municípios que implantarem a coleta seletiva com a participação de

cooperativas ou associações de catadores formadas por pessoas físicas de

baixa renda.

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A recorrente discussão sobre a implantação ou não de mecanismos de cobrança

nos municípios foi encerrada pela decisão do Congresso Nacional aprovando a Lei da

Política Nacional de Resíduos Sólidos, que revigora neste aspecto, a diretriz da Lei

Federal de Saneamento Básico. Pela Lei 11.445/2007, não têm validade os contratos que

não prevejam as condições de sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro da

prestação de serviços públicos, incluindo o sistema de cobrança, a sistemática de

reajustes e revisões, a política de subsídios entre outros itens. Harmonizada com este

preceito, a Lei 12.305/2010 exige que os planos explicitem o sistema de cálculo dos

custos da prestação dos serviços públicos, e a forma de cobrança dos usuários. E, veda

ao poder público, a realização de qualquer uma das etapas de gestão de resíduos de

responsabilidade dos geradores obrigados a implementar o Plano de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos (BRASIL, 2007a; BRASIL, 2010b).

Os geradores ou operadores de resíduos perigosos estão obrigados, por Lei, a

comprovar capacidade técnica e econômica para o exercício da atividade, inscrevendo-se

no Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos.

Deverão elaborar plano de gerenciamento de resíduos perigosos, submetendo-o

aos órgãos competentes. O cadastro técnico ao qual estarão vinculados é parte integrante

do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadores de

Recursos Ambientais.

Estes mesmos cadastros técnicos serão fontes de dados para o SINIR, outro

aspecto bastante importante na Lei 12.305/2010. O SINIR ficará sob a coordenação e

articulação do MMA e deverá coletar e sistematizar dados relativos aos serviços públicos

e privados de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos. O SINIR deverá ser

alimentado com informações oriundas, sobretudo, dos estados, do Distrito Federal e dos

municípios (BRASIL, 2010b).

É também extremamente importante ressaltar a ênfase dada ao planejamento em

todos os níveis, do nacional ao local, e ao planejamento do gerenciamento de

determinados resíduos. É exigida a formulação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos,

dos Planos Estaduais, dos Municipais e dos Planos de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos de alguns geradores específicos.

Os Planos Municipais podem ser elaborados como Planos Intermunicipais,

Microrregionais, de Regiões Metropolitanas e de Aglomerações Urbanas.

A responsabilidade compartilhada faz dos fabricantes, importadores, distribuidores,

comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana, e de

manejo de resíduos sólidos, responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos.

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Todos têm responsabilidades: o poder público deve apresentar planos para o

manejo correto dos materiais (com adoção de processos participativos na sua

elaboração e de tecnologias apropriadas); às empresas compete o recolhimento dos

produtos após o uso e, à sociedade cabe participar dos programas de coleta seletiva

(acondicionando os resíduos adequadamente e de forma diferenciada) e incorporar

mudanças de hábitos para reduzir o consumo e a consequente geração (BRASIL,

2010b).

3. PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O PNRS regulamentado pelo Decreto nº 7.404 de 2010, criou como um dos seus

principais instrumentos o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. O MMA adotou o “Plano

de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis – PPCS”, com o objetivo de

direcionar o Brasil para padrões mais sustentáveis de consumo e produção. Em sua

primeira fase, o Plano estabelece seis prioridades de ação: aumento da reciclagem,

educação para o consumo sustentável, agenda ambiental na administração pública –

A3P, compras públicas sustentáveis, construções sustentáveis e instituição do Comitê

Interministerial – (CI), composto por doze ministérios, coordenado pelo MMA, com a

responsabilidade de elaborar e implementar este Plano (BRASIL, 2010b). A versão

preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) encontra-se disponível no site

http://www.mma.gov.br

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos mantém estreita relação com os Planos

Nacionais de Mudanças do Clima (PNMC), de Recursos Hídricos (PNRH), de

Saneamento Básico (Plansab) e de Produção e Consumo Sustentável (PPCS).

O Plano explicita conceitos e propostas para diversos setores da economia

compatibilizando crescimento econômico e preservação ambiental, com desenvolvimento

sustentável. O Plano, conforme previsto na Lei nº 12.305/2010, tem vigência por prazo

indeterminado e horizonte de 20 anos, com atualização a cada quatro anos. Contempla o

conteúdo mínimo contido no Art. 14 da citada Lei o qual, resumidamente, refere-se: as

diretrizes, estratégias e metas indicam quais ações serão necessárias para a

implementação dos objetivos nacionais e as prioridades que devem ser adotadas. Podem,

portanto, exercer forte papel norteador do desenvolvimento dos outros planos de

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responsabilidade pública, influenciando, inclusive, os Planos de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos, exigidos de alguns dos geradores.

Informações quantitativas e qualitativas importantes também são apresentadas no

Plano. São encontrados dados sobre:

» a taxa de cobertura da coleta regular de resíduos nas áreas urbanas e rurais;

» indicadores econômicos obtidos a partir do Sistema Nacional de Informações

em Saneamento (SNIS) como as despesas com a gestão dos resíduos sólidos

urbanos;

» o percentual de municípios brasileiros que contam com algum tipo de

cobrança pelo serviço de gestão de resíduos sólidos urbanos;

» experiências de compostagem no Brasil;

» a logística reversa com embalagens de agrotóxicos e a posição do Brasil

como referência mundial neste quesito;

» informações sobre os resíduos da construção civil que podem representar de

50 a 70% da massa de resíduos sólidos urbanos;

» estimativas sobre o número de catadores de materiais recicláveis no país

(entre 400 e 600 mil) e dados sobre suas organizações (cooperativas) e

instituições ou programas federais de apoio;

» avaliação sucinta das ações de educação ambiental no país em termos

gerais e no que se refere aos resíduos sólidos.

Planos de Gerenciamento de Resíduos

Planos

Planos Microrregionais e de Regiões Metropolitanas Planos Municipais e Intermunicipais

PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Planos Estaduais de Resíduos Sólidos

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Na versão preliminar consta ainda, uma informação muito relevante. Trata-se da

necessidade de realização de estudos de regionalização do território, fomentados pelo

MMA desde 2007. Na proposta 1(um) das Metas está explícito que 100% das UFs devem

concluir os estudos de regionalização em 2012. A regionalização e os consorciamentos

intermunicipais consistem na identificação de arranjos territoriais entre municípios com o

objetivo de compartilhar serviços ou atividades de interesse comum. Isto é importante

para viabilizar a implantação dos consórcios ou associações de municípios até 2013,

considerando que a gestão associada dos serviços é um dos princípios fundamentais da

PNRS (MMA, 2011).

Os estados terão que elaborar seus Planos Estaduais de Resíduos Sólidos para

terem acesso aos recursos da União ou por ela controlados, destinados a

empreendimentos e serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos.

O conteúdo mínimo do plano estadual é tratado no Art. 17 da Lei 12.305/2010 e os

detalhes das abordagens necessárias estão apresentados e comentados em item

posterior deste Manual (BRASIL, 2010b).

Para os territórios em que serão estabelecidos consórcios, bem como para as

regiões metropolitanas e aglomerados urbanos, os estados poderão elaborar Planos

Microrregionais de Gestão, obrigatoriamente com a participação dos municípios

envolvidos na elaboração e implementação.

A elaboração dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

é condição necessária para o Distrito Federal e os municípios terem acesso aos recursos

da União, destinados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos.

O conteúdo mínimo encontra-se no Art. 19 da Lei 12.305/2010. O Decreto

7.404/2010, que a regulamenta, apresenta, no Art. 51, o conteúdo mínimo, simplificado

em 16 itens, a ser adotado nos planos de municípios com população até 20 mil habitantes

(BRASIL, 2010b; BRASIL, 2010d).

O PGIRS pode estar inserido no Plano de Saneamento Básico integrando-se com

os planos de água, esgoto, drenagem urbana e resíduos sólidos, previstos na Lei nº

11.445, de 2007. Neste caso deve ser respeitado o conteúdo mínimo definido em ambos

os documentos legais (BRASIL, 2007a).

Os municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais para gestão

dos resíduos sólidos estarão dispensados da elaboração do Plano Municipal de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos. Neste caso, o plano intermunicipal deve observar o

conteúdo mínimo previsto no Art. 19 da Lei nº 12.305/2010 (BRASIL, 2010b).

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As peculiaridades de cada localidade deverão definir o formato do plano regional

ou municipal, tendo como referência o conteúdo mínimo estipulado. As vocações

econômicas, o perfil socioambiental do município e da região, ajudam a compreender os

tipos de resíduos sólidos gerados, como são tratados e a maneira de dar destino

adequado a eles.

4. METODOLOGIA PARA O PMGIRS DE EMBU DAS ARTES - SP

4.1 Participação Social

O processo de elaboração deste Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

deverá levar a mudanças de hábitos e de comportamento da sociedade de Embu das

Artes - SP, como um todo.

Nesse sentido, o diálogo permanente terá um papel estratégico, e será mais

eficiente se acontecer com grupos organizados e entidades representativas dos setores

econômicos e sociais de cada comunidade ou região.

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Com a responsabilidade compartilhada, diretriz fundamental da PNRS e do

PMGIRS deste Município, todos os cidadãos e cidadãs assim como as indústrias, o

comércio, o setor de serviços e ainda as instâncias do poder público, serão responsáveis

por sua parte dos resíduos sólidos gerados (BRASIL, 2010b).

Para que os resultados desta tarefa coletiva sejam positivos, e as

responsabilidades de fato compartilhadas por todos, o diálogo permanente entre os vários

segmentos sociais será muito importante e será tema de tópicos futuros.

A participação social representa um grande desafio para a construção de

sociedades democráticas e não diferente a este pensamento a administração de Embu

das Artes - SP estará sempre primando por esta diretiva, a da participação da sociedade

nas tratativas inerentes ao tema abordado neste PMGIRS. A divulgação dos dados

sobre os resíduos é também fator de mobilização e controle da sociedade sobre os

serviços públicos. Quando todos têm acesso às informações sobre o assunto, sentem-se

estimulados a participar, opinar. Ainda na visão do MMA, incentivar a criação de

Conselhos Municipais e fortalecer os existentes ajudará a pautar a questão dos

resíduos sólidos e a Política Nacional.

Isso igualmente porque constitui instrumento de avaliação da eficácia da gestão, e

da melhoria contínua das políticas e serviços públicos por parte da população; pressupõe

a convergência de propósitos, a resolução de conflitos, o aperfeiçoamento da convivência,

e a transparência dos processos decisórios com foco no interesse da coletividade. No

Brasil, a participação dos movimentos sociais tem desempenhado papel importante para

esse processo de avaliação, e para a elaboração de políticas públicas. Dentre as

modalidades de participação e controle social destacam-se as audiências públicas, que

serão a base final da confecção deste PMGIRS, já que este é um meio que possibilita a

expressão e debate de opiniões individuais ou coletivas.

O Grupo de Trabalho assumi o papel orientador e provocador desse diálogo

com a sociedade, ainda por intermédio de diferentes formas de participação social

citadas. Neste PMGIRS foi buscada por meio de questionamentos diretos realizados junto

a população de Embu das Artes - SP, para colher suas opiniões pessoais com pesquisas

realizadas nos bairros da cidade, por amostragem.

Para o desenvolvimento deste PMGIRS o poder público, com a assessoria de suas

Secretárias e Departamentos, manteve uma estrutura física e equipes necessárias para

atender às necessidades de todo o processo de implantação deste PMGIRS.

O conhecimento pleno das informações sobre o que será discutido é básico para

que a mobilização seja eficiente.

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Após colhidas às informações básicas que vão compor o DIAGNÓSTICO, será

elaborado um PROGNÓSTICO e este trabalho estará disponibilizado a todos os

moradores da cidade de Embu das Artes - SP, juntamente com as entidades associativas

que serão convidadas a darem suas sugestões sobre o trabalho apresentado em

Audiência Pública.

A fase final de elaboração deste PMGIRS possuíra uma agenda de continuidade.

Serão implementadas às diretrizes formuladas, debatidas e aprovadas após a Audiência

Pública, pelo Grupo Gestor deste trabalho.

Igualmente estará sendo estabelecidos os meios para controle e fiscalização para

assegurar a implementação e operacionalização deste PMGIRS. Poderá haver

mecanismos de controle, conforme dita a Lei Nacional de Saneamento Básico, com a

atuação de órgãos colegiados de caráter consultivo, como Conselho de Meio Ambiente de

Embu das Artes - SP, de Saúde e outros (BRASIL, 2007ª).

4.2 Processo Participativo

No sentido de dar a celeridade necessária junto com a transparência que pede a

elaboração deste trabalho, foi estabelecido o Comitê Gestor e Comitê Diretor sendo:

a) Comitê Diretor: formado pela Agência Municipal de Limpeza Urbana

(AMLURB), Secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADU),

Secretária de Serviços Urbanos e Limpeza Pública (SSULP), em conjunto com a

GEOPLAN - empresa privada contratada por meio de edital Carta Convite CC nº29/2013-

CC no processo nº 11932/2013, e sua equipe técnica.

O Comitê Diretor terá caráter técnico, e será responsável pela coordenação da

elaboração dos planos.

Tem também papel executivo quanto às tarefas de organização e viabilização da

infraestrutura (convocatória de reuniões, locais apropriados, cópias de documentos, etc.)

e a responsabilidade de garantir, inclusive com recursos, o bom andamento do processo.

Comitê Diretor teve a incumbência de:

» coordenar o processo de mobilização e participação social;

» sugerir alternativas, do ponto de vista de viabilidade técnica, operacional,

financeira e ambiental, buscando promover as ações integradas de gestão de

resíduos sólidos;

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» deliberar sobre estratégias e mecanismos que assegurem a implementação do

Plano;

» analisar e aprovar os produtos da consultoria contratada;

» definir e acompanhar agendas das equipes de trabalho e de pesquisa;

» formular os temas para debate;

» criar agendas para a apresentação pública dos resultados do trabalho;

» produzir documentos periódicos sobre o andamento do processo de construção

do Plano, publicá-los e distribuí-los convenientemente;

» garantir locais e estruturas organizacionais para dar suporte a seminários,

audiências públicas, conferências e debates visando à participação social no

processo de discussão do Plano;

» promover campanhas informativas e de divulgação do processo de construção

do Plano constituindo parcerias com entidades e os diversos meios de

comunicação.

As iniciativas de educação ambiental foram preparadas em conjunto pelo Comitê

Diretor e foi buscada uma abordagem transversal nas temáticas da não geração, redução,

consumo consciente, produção e consumo sustentáveis, conectando resíduos, água e

energia sempre que possível. Todo o planejamento das ações buscou sempre respeitar a

Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) e o Programa Nacional de Educação

Ambiental (Pronea) que forneceram as diretrizes deste trabalho.

A elaboração de um programa mínimo de educação ambiental, no âmbito das

ações para a elaboração participativa dos Planos, procurou contemplar iniciativas visando

pautar o assunto “resíduos sólidos” no dia a dia das comunidades, com campanhas,

seminários, entrevistas em rádio e mídias impressas e outros meios.

A educação ambiental buscou acompanhar o desenvolvimento da agenda de

comunicação específica do Plano, e o processo participativo de sua construção tendo a

mídia local como parceira. Foi importante a realização da consulta direta por

amostragem por meio da pesquisa de campo.

4.3 Pesquisa de Campo

Com a participação do Grupo de Trabalho na escolha dos itens a se pesquisar;

com o objetivo de envolver os moradores assim como conhecer mais de seus hábitos, e

dos comércios ter uma visão de como eles estão inseridos no tema sustentabilidade e

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31

responsabilidade social; são elaboradas algumas questões e pelo estudo por

amostragem, que é o estudo de um pequeno grupo de elementos retirado de

uma população (estatística) que se pretende conhecer, usa-se essa técnica de pesquisa

na qual um sistema preestabelecido de amostras é considerado idôneo para representar o

universo pesquisado, com margem de erro aceitável.

Existem vários métodos de amostragem, para esta pesquisa nós optamos pelo

método aleatório simples monomolecular, com ou sem reposição, ou seja, cada

elemento da população tem igual probabilidade de ser escolhido para caracterizar a

amostra.

4.3.1 Comércio, indústria, clínicas e outros

As questões propostas para estes foram:

1) Qual o tipo de resíduo é gerado em maior quantidade em seu comércio?

2) Classificado ABNT 10004? Se classificado qual?

3) Existe algum responsável técnico?

4) A empresa possui algum Plano de Gestão de Resíduos?

5) Existe Plano de Educação Ambiental para os funcionários?

Proposta esta temática, sob a coordenação geral da engenheira ambiental Luana

Rosetti Volpertt, o Grupo de Pesquisa foi a campo supervisionado pelo Sr. Ademir Serra

de Jesus que em novembro de 2013 fizeram visitas a vários bairros do município de

Embu das Artes e realizaram o trabalho de campo, de pesquisa por amostragem em sete

blocos de trabalho, apresentando os resultados que são expostos a seguir:

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32

Tabela 01 – Entrevistas

COMERCIAL / INDUSTRIAL / CLÍNICA ENTREVISTA COM OS MORADORES

DATA BAIRRO PESQUISAS DATA BAIRRO PESQUISAS

B1/Nov/2013 MIMÁIS 3 B1/Nov/2013 MIMÁIS 15

B2/Nov/2013 VISTA ALEGRE 2 B2/Nov/2013 VISTA ALEGRE 15

B3/Nov/2013 EMBU-CENTRO 5 B3/Nov/2013 EMBU-CENTRO 30

B4/Nov/2013 ENG. VELHO 1 B4/Nov/2013 ENG. VELHO 20

SUB TOTAL 11

SUB TOTAL 80

COMERCIAL / INDUSTRIAL / CLÍNICA ENTREVISTA COM OS MORADORES

DATA BAIRRO PESQUISAS DATA BAIRRO PESQUISAS

B5/Nov/2013 CASA BRANCA 2 B5/Nov/2013 CASA BRANCA 35

B6/Nov/2013 STA. TEREZA 2 B6/Nov/2013 STA. TEREZA 50

B7/Nov/2013 STO. EDUARDO 0 B7/Nov/2013 STO. EDUARDO 61

SUB TOTAL 4

SUB TOTAL 146

TOTAL 15

TOTAL 226

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

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33

As respostas apresentadas para as perguntas de 1 a 5 foram:

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

Desta maneira podemos observar que dentre o universo pesquisado, a maior

quantidade de resíduos gerados são: o Papel e o Plástico, que tem perfeitamente

possibilidade de retorno para a cadeia de reciclagem, podendo ser reutilizado. Os demais

questionamentos objetivos mostram que apenas as maiores redes são envolvidas com a

sustentabilidade, estando os pequenos geradores ainda distantes desta realidade e

assim, foco de trabalho a ser apresentados no sentido de trazer estes a presente forma

de se trabalhar a sustentabilidade com responsabilidade, pedindo apenas o cumprimento

fiel das normas já existentes e das futuras normas criadas por este PMGIRS.

4.3.2 Equipes de pesquisa de campo

As imagens foram preservadas respeitando a individualidade dos pesquisados.

14 14

1 1

13

10

4

6

8

5

9

5

9

0

2

4

6

8

10

12

14

16

pap

el

pla

stic

o

mad

eira

com

ida

ou

tro

s

sim

não sim

não sim

não sim

não

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª

Série1

Gráfico 001 – Pesquisa 1

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34

Foto 01: Drogaria São Paulo Foto 02: Expositor Pça. da Matriz Foto 03: Vila Sto. Eduardo

Foto 04: Vila Sto. Eduardo Foto 05: Vila Sta. Tereza Foto 06: Vila Sta. Tereza

Foto 07: Vila Sta. Tereza Foto 08: Supermercado Lopes Foto 09: Vila Vista Alegre

Foto 10: Engenho Velho Foto 11: Engenho Velho Foto 12: Engenho Velho

fotos: Fonte - PPD Publicidade, 2013

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35

4.3.3 Pesquisa de campo com munícipes:

Para esta pesquisa desenvolvida junto aos munícipes de Embu das Artes, foi

elaborado o seguinte questionário:

01 – É feita a separação dos resíduos em sua residência? Sim X Não

02 – O que você faz com (pilhas/eletroeletrônicos/baterias/óleos/pneus)

03 – Passa alguém recolhendo esses produtos? Sim X Não

Sim – Quantas vezes por semana?

04 – Qual tipo de lixo é mais gerado em sua residência?

Comida – Papel – Plástico – Metal – Pet – Madeira – Outros

05 – Você sabe qual o destino do seu lixo? Sim X Não

06 – Você sabe o que é feito com o seu lixo? Sim X Não

07 – Tem feira livre perto da sua casa? Sim X Não

Sim – A rua é limpa depois? Sim X Não

08 – Você está satisfeito(a) com a limpeza das ruas da cidade? Sim X Não

09 – Você está satisfeito(a) com a coleta de lixo na cidade? Sim X Não

10 – Você já participou de algum projeto de educação ambiental? Sim X Não

Com base nestas questões e separadas em 7(sete) blocos, locais e dias

distintos, os pesquisadores foram para às ruas e o resultado de seus trabalhos passamos

a exibir:

Para o primeiro questionamento é feita a separação dos resíduos em sua

residência, o resultado que se obteve foi:

86

20

13

18

3129

79 10

7

17 16

32

0

5

10

15

20

25

30

35

B-1 B-2 B-3 B-4 B-5 B-6 B-7

SIM NÃO56% 44%

BLOCOS PESQUISADOS

Gráfico 002 – Pesquisa 1

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

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36

Conforme demonstrado no gráfico 01 vemos que já existe, por parte de um grande

número de moradores, a preocupação com a separação dos resíduos gerados,

demonstrando que é um caminho fácil de ser seguido pelos que ainda não o fazem.

Estarão sendo desenvolvidas campanhas de educação ambiental onde a ênfase neste

tema de separação na origem será dada, incluindo a redução na geração dos mesmos.

Para o segundo questionamento da pesquisa:

“O que você faz com (pilhas/eletroeletrônicos/baterias/óleos/pneus)?”

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

Como se pode ver no gráfico 52,47% declaram que não separam estes resíduos, portanto

seguem com o lixo comum por sua cadeia de destinação atual. 20,63% declaram que

alguém retira o que se deve há uma política implantada informalmente entre conhecidos e

pessoas que passam buscando algum tipo de material que lhe possa ser útil para venda

nos captadores de produtos para reciclagem ou conhecidamente como ferro velho, locais

de destinação de produtos que dali são encaminhados para a indústria que os

reaproveita, ainda 14,8% declaram que enviam pilhas, baterias e eletroeletrônicos de

volta às lojas e 9,42% declaram que destinam estes materiais diretamente ao ferro velho.

Quanto aos resíduos de óleo 24,66% dos entrevistados declaram que jogam na

rede de esgoto, o que nos mostra que ainda há um grande número de pessoas que

117

33

46

21

55

21

73

55

4

89 87

10

0

20

40

60

80

100

120

140

Pilh

as e

ou

tro

s

Não

sep

ara

Leva

par

a a

loja

Alg

uém

ret

ira

Ferr

o v

elh

o

Óle

os

Joga

no

esg

oto

Joga

no

lixo

Faz

sab

ão

Do

ação

Não

usa

óle

o

Pn

eus

Leva

na …

Não

tem

car

ro

Joga

no

lixo

Série1

Série2

Série3

52,47%

20,63%

14,8%

9,42%

24,66%

9,42%

32,74%

24,67%

39,91%

39,01%

4,48% 1,8%

Gráfico 003 – Pesquisa 1

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37

precisam ser melhor informadas dos danos que o meio ambiente sofre com estas

atitudes. 32,74% mostram que tem responsabilidade social e ambiental quando declaram

que guardam os óleos utilizados e destes fazem sabão, outro importante percentual de

24,67 demonstra, igualmente, a responsabilidade social e ambiental, guardando seus

óleos consumidos e os doando para que seja destinado adequadamente, e por fim os

9,42% declaram jogar seus resíduos de óleo diretamente no lixo comum, danificando

assim o meio ambiente.

Quanto aos pneus, à pesquisa nos demonstrou que 39,91% dos entrevistados

destinam seus pneus às borracharias, ou locais de troca de pneus, enquanto 4,48%

declaram descartar no lixo, sendo que os demais não possuem veículos ou não opinaram

a respeito.

Para uma visualização melhor deste item da pesquisa:

Pilhas e outros Óleos Pneus

Não separa 52.47% Joga no esgoto 24.66% Leva na borracharia 39.91%

Leva para a loja 14.8% Joga no lixo 9.42% Não tem carro 39.01

Alguém retira 20.63% Faz sabão 32.74% Joga no lixo 4.48%

Ferro velho 9.42% Doação 24.67%

Não usa óleo 1.8%

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

Para o terceiro questionamento: “Passa alguém recolhendo estes produtos?

Sim ou Não? Se Sim, quantas vezes por semana?”E as respostas foram:

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

58

118

5

1315

107

19

12

3034

46

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

B-1 B-2 B-3 B-4 B-5 B-6 B-7

sim

não

BLOCOS PESQUISADOS

29,15%

70,85%

Gráfico 004 – Pesquisa 1

Tabela 02 – Separação

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38

0

10

20

30

40

50

60

B-1 B-2 B-3 B-4 B-5 B-6 B-7

20

3 4 4 5 4

1315

27

16

31

42

57

SIM

NÃO

Observamos que 70,85% dos pesquisados não possuem nenhum tipo de coleta

especial, desta forma destina para a coleta habitual todo o seu resíduo, servível ou

inservível, já para 29,15% a resposta foi sim, passam recolhendo algum tipo de material

por suas residências. A frequência não foi conclusiva, apenas denotando que

ocasionalmente os resíduos passíveis de retorno a cadeia de reciclagem são captados.

Para o quarto questionamento: “Qual tipo de lixo é mais gerado em sua

residência?” Dentre as opções apresentadas, às respostas foram:

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

O quinto item da pesquisa foi: “Você sabe qual o destino do seu lixo?”

Para o qual obtivemos as seguintes respostas:

69

15

10

27

34

46

119

24

18

23 22

30

96

16

8

17 17

23

42 2 1 1

3 24

8

12

7

2022

24

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

B-1 B-2 B-3 B-4 B-5 B-6 B-7

Comida

Papel

Plástico

Metal

Pet

Madeira

Outros

BLOCOS PESQUISADOS

65.91%

61.44%

43.05%

6.73%

43.5%

00.00%

00.00%

90.14%

Gráfico 006 – Pesquisa 1

Gráfico 005 – Pesquisa 1

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39

A grande maioria informa desconhecer o destino do resíduo.

O sexto item da pesquisa foi: “Você sabe o que é feito com o lixo?”

E as respostas foram:

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

Mais uma vez verificamos o desconhecimento do cidadão do que é feito com seus

resíduos no destino final.

O próximo questionamento foi com relação às feiras livres, onde a pesquisa

procurou saber na questão de número sete: “Tem feira livre perto da sua casa?”

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

Vemos que quase a metade dos pesquisados possuem uma feira livre próximo a

sua residência e a satisfação com a limpeza está expressa no próximo gráfico.

0

10

20

30

40

50

60

B-1 B-2 B-3 B-4 B-5 B-6 B-7

04 4 2 4 2

7

1511

26

18

31

45

54

SIM

NÃO

0

5

10

15

20

25

30

35

B-1 B-2 B-3 B-4 B-5 B-6 B-7

5 46

3

2023

34

10 11

24

15 15

22

27

SIM

NÃO

BLOCOS PESQUISADOS

89.69%

10.32%

42.60%

55.60%

Gráfico 008 – Pesquisa 1

Gráfico 007 – Pesquisa 1

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Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

O questionamento de número oito foi: “Você está satisfeito(a) com a limpeza das

ruas da cidade?” Pergunta a qual foi obtido o seguinte resultado:

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

Vemos que 1/3 (um terço) dos pesquisados declaram estarem satisfeitos com a

limpeza das ruas, enquanto 2/3 (dois terços) declaram insatisfação com o tema.

0

5

10

15

20

25

30

35

B-1 B-2 B-3 B-4 B-5 B-6 B-7

5 42 3

1620

34

0 04 3 3

6

1

SIM

NÃO

0

10

20

30

40

50

B-1 B-2 B-3 B-4 B-5 B-6 B-7

4

10

2015

26 26

43

105

105

8

2118

NÃO

SIM

83.16%

16.83%

65.16%

34.84%

BLOCOS PESQUISADOS

BLOCOS PESQUISADOS

Gráfico 010 – Pesquisa 1

Gráfico 009 – Pesquisa 1

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O questionamento de número nove perguntou: “Você está satisfeito(a) com a

coleta de lixo na cidade?” E as respostas foram:

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

A última pergunta feita nesta pesquisa por amostragem foi:

“Você já participou de algum projeto de educação ambiental?”

E as respostas vemos no gráfico apresentado a seguir:

Equipe GEOPLAN, novembro 2013.

Notamos que não há conhecimento ambiental por falta de programas de educação,

como a pesquisa mostra o cidadão não tem acesso à cultura ambiental, nem ao tema

sustentabilidade.

0

10

20

30

40

50

B-1 B-2 B-3 B-4 B-5 B-6 B-7

11 1218

14 16

3642

3 2

126

1911

19 SIM

NÃO

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

B-1 B-2 B-3 B-4 B-5 B-6 B-7

0 0

4 36

3

1215 15

26

17

29

44

49SIM

NÃO

67.42%

32.58%

BLOCOS PESQUISADOS

Gráfico 012 – Pesquisa 1

Gráfico 011 – Pesquisa 1

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O resultado nos mostra um cenário do momento em que a cidade vive o tema

“meio ambiente”, e nos dá um norte a seguir neste Plano Municipal de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos da Prefeitura Municipal da Cidade de Embu das Artes - SP.

4.4 Publicidade e Periodicidade do Trabalho

Buscando atender aos preceitos legais para a elaboração e desenvolvimento deste

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, foi publicado o seguinte

chamamento:

AVISO DE CONSULTA PÚBLICA

De acordo com o artigo 26 do Decreto nº 7.217 de 21 de junho de 2010, que regulamenta

a Lei nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o

saneamento básico, amparada pela Lei 12.305/2010 – PNR,

O Município de EMBU DAS ARTES SP, pela sua Secretaria Municipal do Meio

Ambiente do Município de Embu das Artes SP, comunica aos interessados que se

encontra disponível para consulta pública o PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO

INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS, nos termos da Lei 11.445 de 05 de janeiro de

2007 e Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010. As consultas poderão ser feitas via internet,

no site: www.embudasartes.sp.gov.br, ou diretamente na Secretaria Municipal do Meio

Ambiente do Município de Embu das Artes SP, situada na Rua Andronico dos Prazeres

Gonçalves, 114 – Centro – Estado de São Paulo – Brasil – CEP 06804-200.

O período de consulta e apresentação de comentários e sugestões será de 18 de

julho de 2014 a 01 de agosto de 2014. Os comentários e sugestões poderão ser

encaminhados por escrito, endereçados a Secretaria Municipal do Meio Ambiente do

Município de Embu das Artes SP, no endereço supracitado ou pelos emails:

[email protected] ; [email protected]

Desta forma, ficou igualmente definida a data de 05 de agosto de 2014, para a

Audiência Pública que será aberta a todos os interessados de forma direta ou indireta no

tema para que possam somar com suas sugestões no processo de elaboração deste

PMGIRS.

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Fica estabelecido, inicialmente, o período de 4(quatro) anos, para novas

participações populares em Audiências Públicas para verificar o bom andamento dos

trabalhos da SPE.

4.5 Seminário de Resíduos Sólidos

A Prefeitura Municipal da Cidade de Embu das Artes - SP, na semana do meio

ambiente e antes da abertura da Audiência Pública, com a coordenação da AMLURB,

implementou um Seminário de Resíduos Sólidos, cujo tema foi: “A

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA NA GESTÃO INTEGRADA DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS”. Para o Seminário foram convidados membros da sociedade civil,

representados pela ACISE, Associação Comercial, Industrial e Serviços de Embu das

Artes, representantes do Legislativo, com a presença do presidente em exercício e

demais vereadores do município, representantes do Executivo com a presença do chefe

do executivo, secretários da educação e cultura, representante da Controladoria do

município, alem de um grande número de pessoas com interesses diretos e/ou indiretos

no tema, completando os lugares disponíveis no auditório principal da Câmara de

Vereadores da Cidade.

Para atender ao tópico principal do Seminário foram convidadas pessoas com

notórios conhecimentos específicos que discorreram em suas palestras com os seguintes

temas:

a) Marco Regulatório dos Resíduos no Brasil;

b) Conceituando os Resíduos Sólidos;

c) Identificação dos Atores e suas Responsabilidades;

Ainda dentro do tema “Apresentação de Propostas Inovadoras”; Ética e Meio

Ambiente foi tratado pelo Instituto GEA, a Alfa Renovar Recapagem e Comércio de

Pneus tratou do tema: Destinação de Pneus Usados, e o tema Resíduos Inservíveis foi

tratado pela Embu Ecológica Ambiental S/A.

O Seminário teve a tônica de trazer a baila questões de vital importância para todos

os envolvidos direta ou indiretamente com a cadeia, desde a produção, o consumo, o

transporte até seu destino final como servível ou inservível.

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Embora nem todos os citados na Lei 12.305/2010 que devem ter seus acordos

setoriais assinados o fizeram, até o acontecimento deste Seminário e a compilação deste

PMGIRS, o Município de Embu das Artes - SP, busca desde agora aprimorar-se no que

tange as responsabilidades compartilhadas em que seus mais diversos atores devem

participar das discussões e propostas para adequação ao dispositivo legal definido pela

Política Nacional de Resíduos Sólidos, assim, se inserindo dentro da Política Municipal

desta cidade.

4.6. Audiência Pública

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46

5. DIAGNÓSTICO

Nossa língua portuguesa vai buscar em outros campos palavras para se aplicar a

temas propostos, visando uma melhor definição da intenção. Desta maneira, quando o

legislador elaborou a lei 12.305/2010, ele falava em elaboração do diagnóstico do

município, no que diz respeito a toda malha que envolve os resíduos sólidos, buscando na

medicina a palavra que mais se adequava ao seu interesse em saber da situação atual,

analisando todos os aspectos possíveis. Desta forma e para uma melhor compreensão do

tema buscamos no “Atlas Sócio Ambiental”, elaborado em 2008, informações para

trazer à luz do conhecimento, a história da criação de Embu das Artes, como tema de

inicialização do presente tópico.

5.1 História de Embu das Artes (ATLAS SÓCIO AMBIENTAL, 2008, p. 9 – 12 )

A história de Embu se confunde com a própria história do Brasil, uma vez que há

relatos da região que remontam ao ano de 1554, com o estabelecimento das missões

jesuíticas no recém-ocupado país. O surgimento da aldeia M‛Boy Mirim insere-se no

contexto de exploração das terras americanas pelos portugueses e a expansão

geográfica por meio das entradas e bandeiras.

Assim como os bandeirantes que chegaram ao Planalto de Piratininga, futura

cidade de São Paulo, e encontraram uma topografia privilegiada às margens dos rios

Tamanduateí e Anhangabaú, o bandeirante Fernão Dias Pais ao chegar à aldeia de

M‛Boy, hoje cidade de Embu das Artes - Região Metropolitana da Grande São Paulo,

encontrou a mesma topografia geograficamente privilegiada às margens do Rio M‛Boy

Mirim. As condições climáticas (região de Mata Atlântica), geográficas (planície elevada) e

hídricas (rios próximos) possibilitaram a ocupação, sobrevivência e posteriormente o

“desenvolvimento” das duas cidades citadas: proteção e alimentação. (Schultz M., 2006)

A nova aldeia ficava assentada num plano cercado de riachos que produziam

peixes miúdos em tal quantidade, que podiam ajudar muito a sustentação dos índios.

Padre Belchior de Pontes

diretor da aldeia (Prezia, 2004)

Quadro 007

Imagem 01 – Embu

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Retornando aos tempos do Brasil Colonial, Embu surge por volta de 1554, quando

os primeiros jesuítas saíram da Vila de Piratininga, em busca de novas terras e de grupos

indígenas para evangelização. Assim, dá-se o primeiro passo para a formação de um

novo aldeamento, M’Boy. Embu, como conhecemos hoje, ganhou diversas nomeações.

Muitas lendas e histórias envolvem suas origens e o significado de seu nome. M’Boy, Boy,

Bohi, Bohu, Alboy, Emboi ou Embohu eram as formas de nomear essa região. Segundo

uma das lendas, a palavra M’Boy significa cobra em tupi-guarani.

Consta-se que a região

recebeu o nome de M’Boy

por causa da bravura de um

índio ao salvar de uma

grande cobra o padre

Belchior de Pontes, um

símbolo na formação do

aldeamento.

Outra explicação

define-se pela característica

física da região, pois o termo

M’Boy vem da palavra Mbeîu, que quer dizer coisa penhascosa.

Um agrupamento de montes, coisa em cachos ou cacheadas, coisas juntas,

apinhadas (Jordão, 2004), referindo-se às formas do relevo da região. O aldeamento

apresentava um relevo bastante acidentado, constituído por colinas e morros. Foi neste

quadro físico que se desdobrou o surgimento do aldeamento em acrópole, estabelecido

por uma questão defensiva e estratégica, muito importante na época. O aldeamento de

M’Boy, fundado pelos jesuítas no início do século XVI, foi concebido por uma Carta de

Doação, fato esse que está diretamente ligado às mesmas características de

povoamento e colonização do Planalto Paulistano, onde, de um lado estava o europeu

colonizador, que escolhia e tomava para si as terras, focado na exploração econômica, e

de outro, o jesuíta, focado na catequese dos índios. Em 1624, Fernão Dias e Catarina

Camacho doaram sua fazenda M’Boy e a antiga Igreja da Virgem do Rosário (construída

à semelhança da Igreja dos Reis Magos, no Espírito Santo) aos padres da Companhia de

Jesus, e junto com elas, os índios que habitavam ali, provindos do antigo aldeamento

Maniçoba, a primeira tentativa frustrada de aldeamento indígena na região. O aldeamento

de Embu não era um caso isolado na região; a ele se somavam outros aldeamentos,

Imagem 02 – Embu

Largo dos Jesuítas e Igreja Matriz, década de 60/70

Acervo – Prefeitura Municipal de Embu das Artes-SP

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como os de Carapicuíba, Itaquaquecetuba e Itapecerica da Serra, que formavam um

cinturão em torno de São Paulo de Piratininga.

Esses aldeamentos tinham por objetivo a ocupação do território, catequização e

utilização dos indígenas como mão de obra; e passaram por diferentes fases, de acordo

com a administração à qual estavam submetidos.

A estabilidade dos aldeamentos foi abalada com a expulsão dos jesuítas em 1759,

quando a administração ficou a cargo da Colônia, que passou a controlar a população

indígena de acordo com os seus interesses. A mobilidade dessa população enfraqueceu

as atividades econômicas até então desempenhadas, diminuindo a população indígena

do antigo aldeamento.

Dessas mudanças administrativas culminou, em 1802, a criação do plano Rendon,

que visava, entre outras medidas, a miscigenação dos povos indígenas, além da

transformação dos aldeamentos em freguesias. As freguesias representavam a

modificação das funções religiosas e administrativas voltadas a uma determinada área e

não a um contingente humano. Após o plano Rendon, as terras antes pertencentes aos

indígenas foram ocupadas por colonos, e o índio passou a se misturar à população como

morador, tanto pela miscigenação como também em termos de direitos e deveres

comuns aos demais.

Da miscigenação entre índios e brancos resultou, nos arredores paulistas, o

cinturão caipira, que era caracterizado pela cultura de subsistência e pela produção

agrícola extrativa, como lenha, madeira, pedras de cantaria, produtos cerâmicos e

artesanatos, além de fomentar um legado cultural singular. O vilarejo de M‛Boy

permaneceu com atividade agrícola constituída por pequenos lavradores, fabricantes de

aguardente e um comércio incipiente. No último quarto do século XIX, um detalhe

interessante pode ser notado pela importância dos carros de boi. Eram eles que levavam

produtos para São Paulo e traziam outros, aqui inexistentes, como querosene, sal e

tecidos. No fim daquele século, e até meados da década de 40 do século passado, os

carros de boi transportavam carvão para depósitos no bairro de Pinheiros e suas

proximidades.

As olarias, nas décadas de 20 e 30, forneciam tijolos para o crescente distrito de

Embu e para muitos locais da cidade de São Paulo, que já despontava como a maior

metrópole brasileira. De Embu, saíram tijolos que ajudaram a construir o Parque do

Ibirapuera, por exemplo.

Ainda nos anos 30, instalam-se no distrito os primeiros integrantes da numerosa

colônia japonesa. Por meio do Instituto Prático Agrícola, davam suporte aos agricultores

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do bairro da Ressaca e foram, mais tarde, responsáveis pela tradição no cultivo de

plantas e flores em Embu. Em 30 de novembro de 1938, o então distrito de M‛Boy passa a

se chamar Embu, sendo o nome, de acordo com a norma gramatical da época, grafado

com acento.

Anos mais tarde, inicia-se o movimento que pedia a emancipação política e

administrativa de Itapecerica da Serra. Em 18 de fevereiro de 1959, Embu é, finalmente,

declarado município.

Foi nessa época que o movimento mais característico de Embu começa a tomar

forma. A partir da década de 60, chegam e estabelecem-se os primeiros artistas, vindos

de várias regiões do país. Assis de Embu, Solano Trindade, Cássio M‛Boy, Mestre Sakai,

Ana Moysés, além de tantos outros nomes. Escultores, pintores, poetas, músicos,

cantores e estudiosos da cultura popular acabaram encontrando em Embu o lugar mais

que propício para produzir e divulgar sua arte, tendência que, empiricamente, modificou

até o próprio nome do município. Hoje, a cidade é conhecida em todos os cantos como

Embu das Artes. http://www.embu.sp.gov.br

Embu, como outras localidades dos arredores paulistanos, não participou da

introdução de culturas comerciais rentáveis, como a cana-de-açúcar e o café que tanto

marcaram a economia paulista durante o século XIX até meados do século XX. A

ausência dessas atividades deveu-se às características físicas do local, clima instável e

solos naturalmente pobres para o cultivo do café.

Com o crescimento da capital paulista, esses denominados cinturões caipiras

passaram cada vez mais a se organizar em torno da cidade. Isso se deu através da

agricultura de subsistência, que passou a adquirir um caráter comercial baseado em

atividades de cunho rural (extrativismo, agricultura, agroindústria) visando o

abastecimento da crescente metrópole. Destaca-se nesse contexto a produção de arroz,

feijão, avicultura, lenha, além de algumas fábricas de velas que abasteciam as principais

igrejas da capital paulista.

Todos esses produtos eram transportados para a capital por meio de carros de boi.

As viagens duravam horas e até dias, dependendo do estado de conservação das

estradas.

Nota-se, portanto, que Embu, apesar de desempenhar um papel modesto em

relação ao mercado paulista dadas as características da população e pela herança

colonial, sofreu significativas transformações em seu quadro econômico.

Essas transformações foram responsáveis pela circulação de mercadorias e a

consequente dinamização local, na qual se instalaram alguns núcleos urbanos.

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A dinâmica da ocupação humana no município de Embu foi estreitamente

influenciada pelo processo de desenvolvimento social e econômico da capital paulista.

Desde a sua fundação no século XVI (1554), capital paulista naquele momento, até

meados do século XIX, tinha o seu território restrito à porção do interflúvio (área que

separa duas bacias hidrográficas) dos vales dos rios Anhangabaú e Tamanduateí.

A cidade de São Paulo, então a capital da província cafeeira, se transformou, em

poucas décadas, em uma cidade predominantemente industrial, atraindo um grande

contingente populacional. A partir das décadas de 1960/70, com o crescimento da

economia no país, sobretudo do Estado de São Paulo, o processo migratório para a

região sudeste se intensificou. Assim, a expansão urbana entrou em ritmo acelerado,

ultrapassando os limites administrativos. A antiga capital da província transformou-se em

uma grande metrópole, a denominada Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), que

agrega atualmente 39 municípios.

Seguindo a dinâmica de toda a região metropolitana, a população do município de

Embu teve um crescimento significativo desde 1970, atingindo em 2006, segundo

estimativas do Censo Demográfico do IBGE, uma população superior a 246 mil

habitantes, com uma densidade demográfica de 3,6 hab./km².

Ao considerar a distribuição espacial dessa população, observa-se que ela está

concentrada, sobretudo, na bacia do Rio Pirajuçara, nos bairros de Santa Tereza, Santo

Eduardo, Santa Emília e Parque Pirajuçara, e na região central (Bacia do Rio Embu

Mirim), locais que sofreram os maiores impactos da ocupação urbana no município.

5.2 Aspectos Gerais do Município de Embu das Artes

Embu das Artes é uma simpática estância turística que recebe milhares de

visitantes todos os fins de semana, uma cidade alegre. A cidade tem em seu centro

histórico a Feira Internacional de Artes e Artesanato. Os turistas que embora venham dos

mais variados cantos do Brasil e até mesmo de fora do país; são em sua maioria

paulistanos, já que o Município fica muito próximo da capital do Estado de São Paulo. O

charme de uma típica cidade do interior tem atração para todos os gostos, desde passear

por suas ruas para conhecer um pouco da história do Brasil Colônia, fazer compras de

artes e objetos de decoração, e ainda desfrutar de muita área verde. O centro de Embu

das Artes abriga preservadas casas de taipa e construções que revelam como era a

arquitetura nos tempos do Brasil Colônia. Igualmente rica na gastronomia, a cidade

oferece muitas opções de cardápios, desde os mais tradicionais até os mais requintados

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pratos regionais. A principal atração do lugar, sem dúvida, é a feira internacional de

artesanato. Idealizada pelo escultor Claudionor Assis Dias (Mestre Assis do Embu como

era conhecido, o artista morreu em 2006) a feira existe desde 1969, quando foi criada por

artistas que tinham ido morar na cidade a partir de 1920, entre eles o pintor Cássio M’Boy,

os mestres Sakai e Gama, Solano Trindade e Ana Moysés. Juntos, mais do que ajudar a

fundar a feira, esses artistas projetaram internacionalmente a cidade, a transformando em

um sinônimo de arte.

Em seus 43 anos de existência, a feira foi ocupando todas as ruas do centro

histórico de Embu das Artes, um circuito hoje conhecido como Passeio das Artes. É nesse

imenso ateliê ao ar livre que 550 expositores mostram as suas obras, desde pinturas,

porcelanas, esculturas, instrumentos musicais, roupas e bijuterias, até objetos utilitários.

Não são os únicos, ao redor da feira encontram-se ainda diversas galerias de arte,

antiquários, lojas de artesanato e de móveis artesanais de estilo rústico. Muitos deles

abrem nos fins de semana e feriados.

Saindo do centro histórico, no bairro de Vila Cercado Grande, fica o Memorial

Sakai, com um acervo de peças do artista japonês Tadakiyo Sakai (1914-1981), um dos

maiores expoentes da escultura em terracota do país. Ao lado do memorial situa-se a

Capela de Santa Cruz. Em seu altar há uma cruz de madeira ladeada por dois anjos de

terracota com suas violas, criada pela artista Helaine Malca.

O Parque do Lago Francisco Rizzo, com mais de 217 mil metros quadrados de

área verde e um imponente lago povoado por dezenas de espécies de peixes. De

moderna infraestrutura, possui brinquedoteca, pistas de cooper, biblioteca sobre meio

ambiente e viveiro de mudas. Fica na Rua Alberto Giosa.

Figura 002 - Embu

WebGeo, 2014.

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5.3 Legislação Municipal em Vigor (De Saneamento, Ambientais e Correlatas)

Tabela 03 – Legislações Correlatas

Lei nº 2.711/2013 Dispõe sobre a revogação das Leis nº 1.697 de 20 de outubro de 1997 e

nº 2523 de 16 de maio de 2011 e de outras providências.

Lei Municipal nº 162/2011 Institui o Plano Municipal de Saneamento e dá outras providências.

Lei Municipal nº 2.473/2010

Elaborada no âmbito do município e conforme as determinações e

limites impostos pelas constituições federais e do respectivo estado o

Plano Municipal de Saneamento Básico.

Lei Ôrgânica do Município

de Embu das Artes

Elaborada no âmbito do município e conforme as determinações e

limites impostos pelas constituições federais e do respectivo estado,

aprovada em dois turnos pela Câmara Municipal, e pela maioria de dois

terços de seus membros.

Decreto nº 328

de 18 de novembro de 2011

Regulamenta o Art. 64, Inciso III e seus parágrafos da Lei Complementar

nº 101 de 26 de dezembro de 2007.

Decreto nº 582

de 23 de abril de 2013

Institui a Câmara Técnica Intersecretarial prevista no Art. 39 da Lei

Complementar nº 186 de 20 de abril de 2012 e dá outras providências.

Lei Complementar nº 186

de 20 de abril de 2012

Consolida as disposições do Plano Diretor do Município, incorporando

às revisões realizadas conforme determinação prevista no § 3 do Art. 40

da Lei 10.257/01 e dá outras providências.

Lei Complementar nº 198

de 07 de janeiro de 2013

Dispõe sobre a organização administrativa do poder executivo

municipal e dá outras providências.

Lei nº 1804, de 03/09/1999

(Regulamentada pela

Lei nº 2024/2002)

(Vide Lei nº 2655/2013)

Declara área de proteção ambiental e dá outras providências.

Lei nº 1887 de 2000 Cria o programa socioambiental de coleta seletiva de materiais

recicláveis.

Lei nº 2176

de 11 de novembro de 2005

Institui na Rede Municipal de Ensino a obrigatoriedade do ensino de

noções, atividades e programas de educação ambiental e dá outras

providências.

Lei nº 2495

de 15 de outubro de 2010

Institui a Política Municipal de Proteção aos Mananciais de Água

destinados ao abastecimento público e dá outras providências.

Lei nº 2496

de 15 de outubro de 2010

Dispõe sobre as atividades pertinentes ao controle da poluição

atmosférica, por meio da avaliação da emissão de fumaça preta dos

veículos e máquinas movidos a diesel, pertencentes à frota da

Prefeitura de Embu.

Lei nº 2497

de 15 de outubro de 2010

Institui no âmbito do Município de Embu a obrigatoriedade de todos os

produtos e subprodutos florestais de origem nativa da flora brasileira a

serem utilizados na construção civil, possuírem origem

comprovadamente legal e dá outras providências.

Lei nº 2515

de 25 de março de 2011

Institui o Programa Municipal de Arborização e dá outras providências.

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Lei nº 2523

de 16 de maio de 2011

ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI 1.697 DE 20/10/97

PARA READEQUAR O FUNDO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE (FMMA);

O CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE (COMAM); CRIAR O

CONSELHO DE ORIENTAÇÃO DO FUNDO MUNICIPAL DO MEIO

AMBIENTE (COFMMA), E DÁ PROVIDÊNCIAS CORRELATAS.

Lei nº 2365

de 17 de dezembro de 2008

Dispõe sobre o Programa Municipal de Parceria Público Privada, para a

prestação do serviço público de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos.

Lei nº 2425

de 19 de novembro de 2009

Dispõe sobre o uso obrigatório de sacolas plásticas ecológicas e/ou

retornáveis para o acondicionamento de produtos e mercadorias, a

serem utilizadas em Supermercados, Hipermercados, atacadistas, e

estabelecimentos varejistas congêneres.

Lei nº 2525

de 16 de maio de 2011

Dispõe sobre a proibição de realização de queimadas no Município e dá

outras providências.

Lei nº 2438

de 11 de dezembro de 2008

Dispõe sobre a poluição sonora e dá outras providências.

Lei nº 2577

de 17 de abril de 2012

Autoriza o poder executivo a instituir o programa de conscientização

sobre a reciclagem de óleos e gorduras de uso culinário no município.

Lei nº 2655

de 04 de abril de 2013

Institui o Conselho Gestor da APA da Mata de Santa Tereza e dá outras

providências.

Lei Complementar nº 108

de 11 de dezembro de 2008

Cria a unidade de conservação municipal de uso sustentável – Área de

Proteção Ambiental – APA Embu Verde e dá outras providências.

Lei Municipal nº 1748

de 23 de junho de 1998

Dispõe sobre a proibição do despejo de lixo, detritos, entulhos,

veículos abandonados e materiais de construção, novos ou usados, em

logradouros do Município, estabelece penalidades e dá providências.

Lei nº 2473

de 05 de julho de 2010

Dispõe da obrigatoriedade para todas as edificações, da ligação da

canalização do esgoto à rede coletora pública, nos logradouros

providos desta rede e dá outras providências.

Lei nº 2617

de 13 de julho de 2012

Autoriza o poder executivo a criar o Centro de Saúde Animal.

Fornecida pela Secretária do Meio Ambiente de Embu das Artes - SP, Outubro, 2013.

Este PMGIRS será um marco regulatório para a implantação da política pública de

resíduos do Município de Embu das Artes.

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5.4 Soluções Consorciadas

No art. 19, parágrafo III, da Lei 12.305/2010, lemos o seguinte:

“ identificação das possibilidades de implantação de soluções

consorciadas ou compartilhadas com outros Municípios, considerando,

nos critérios de economia de escala, a proximidade dos locais

estabelecidos e as formas de prevenção dos riscos ambientais;”

Desta forma no ano de 2008, foi estabelecido o CONISUD, consórcio que se

originou com 6(seis) Municípios e se encontra atualmente com 8(oito) e aguardando a

entrada de outros que já demonstram o interesse na participação neste importante

representante dos interesses comuns da região.

Do ano de sua fundação até o momento em que este trabalho é desenvolvido,

muito se tratou de temas fundamentais, assim como na área da saúde pública, os

resíduos que são igualmente de vital importância, é certo que muitas outras reuniões de

câmaras temáticas ocorrerão até que se obtenha algum documento final. Desta forma e

para dar celeridade ao desenvolvimento deste trabalho, transcrevemos, a seguir, a atual

participação da cidade de Embu das Artes.

O 1º Fórum de Inovação e Empreendedorismo do CONISUD – Consórcio de

Desenvolvimento Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo – conclamou

que a solução dos problemas da região só é possível através da ação coletiva dos

municípios, seu presidente ressaltou a importância pioneira do Consórcio do ABC que,

segundo ele, foi a fonte inspiradora do Governo Federal para regulamentar a lei dos

consórcios municipais e defendeu que o Sudoeste deve aproveitar essa riquíssima

experiência, e declarou ainda:

“Estamos, há 10 anos, transformando mentalidades. Tanto de gestores públicos,

como da sociedade civil, no sentido de alertar para o fato que, vivemos os problemas

individualmente, mas que a solução só é possível coletivamente. É assim na vida pessoal,

na vida de uma família, de um bairro ou cidade. E na vida de uma região, mais ainda.” Ele

lembrou que as pessoas que vivem na região metropolitana de São Paulo sentem isso de

forma mais acirrada. “Seja na Saúde, na Educação, ou no comércio; se é melhor numa

cidade, as pessoas da cidade vizinha vão lá para usufruir. Isso significa que nós temos

que começar a pensar todos os nossos projetos de forma regional. Como o trânsito na

BR116, os problemas do lixo, de saúde. Se toda a região estiver unida a cada prefeito

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para resolver problemas locais, que são regionais, que afetam a todos; a força política é

muito maior. A solução tem que ser muito bem articulada entre todos.”

Foi estudada e apresentada alternativa de realizar o Plano de forma consorciada,

pelo consórcio intermunicipal CONISUD, mas não houve viabilidade diante dos diferentes

estágios em que se encontravam cada município, razão pela qual se optou para que cada

cidade fizesse o seu PMGIRS e de posse destas informações, buscar-se-ia soluções

consorciadas.

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6. A SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE EMBU DAS ARTES

O município de Embu das Artes - SP, com uma administração interada dos

acontecimentos nos campos ambientais, já no ano de 2011, em atendimento a Lei

11.445/2007, elaborou seu Plano Municipal de Saneamento Básico para o período de

2011 a 2040, Anexo I deste PMGIRS. Dentro deste escopo, o Plano Municipal de

Resíduos Sólidos, aqui elaborado, passa a ser parte anexa do Plano de Saneamento, e

como tal vem objetivar a análise de todos os resíduos sólidos gerados no município.

No ano de 2010, por meio do Processo Administrativo de nº 9522/2010, foi aberto o

Edital de Concorrência de nº 007/2010, tendo como vencedora do certame a empresa

ENOB Engenharia Ambiental Ltda., que objetivou a assinatura de um contrato de PPP

(Parceria Público Privada) onde esta, a vencedora do certame, passou a prestar os

serviços relacionados com coleta, varrição, limpeza de logradouros, recuperação e

encerramento do atual aterro, e uma nova CTR (Central de Tratamento de Resíduos) na

modalidade de PPP Administrativa sendo criada uma SPE para esta finalidade.

Desta forma e em regime de Parceria, a administração passou a delegar suas

responsabilidades sobre os resíduos para a empresa ENOB, que vem atendendo de

forma plena, na modalidade de SPE o contrato firmado com o município.

6.1 Dados Gerais e Caracterização

Os dados aqui apresentados são fruto de trabalho de GRAVIMETRIA, realizado em

2(dois) dias, uma quinta e uma sexta, onde 4(quatro) amostras foram separadas com o

objetivo de comparar os dados obtidos com os dados da GRAVIMETRIA elaborada

anteriormente em uma semana, onde todos os setores da cidade foram analisados.

6.2 Analise Gravimétrica da Geração por Amostragem

Foto nº 13 - Gravimetria Foto nº 14 - Cooperativa

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O trabalho de GRAVIMETRIA foi realizado com total apoio dos órgãos envolvidos

no desenvolvimento do Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos da cidade de

Embu das Artes - SP, onde convêm destacar a assistência de todos os funcionários do

Aterro Sanitário, igualmente os profissionais da cooperativa que foram responsáveis, da

mesma maneira, por separação de parte do material e pela pesagem dos mesmos:

Engª. Luana Wolpert e Sr. Donizete França, pres. do SIEMACO, 30/01/2014, 09:40hs, Aterro Sanitário

Funcionário do Aterro coletando material para GRAVIMETRIA, 30/01/2014, 09:30hs, Aterro Sanitário

Foto nº 15

Foto nº 16 – Gravimetria

Foto nº 15 – Gravimetria

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Engª Luana Wolpert e funcionário do Aterro coletando materiais, 30/01/2014,09:50hs, Aterro Sanitário

Engª Luana Wolpert e funcionários do Aterro coletando materiais, 30/01/2014, 14:30hs, Aterro Sanitário

Foto nº 17 – Gravimetria

Foto nº 18 – Gravimetria

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Funcionário do Aterro coletando material para GRAVIMETRIA, 31/01/2014, 10:35hs, Aterro Sanitário

Engª Luana Wolpert coordenando coleta de materiais, 31/01/2014, 10:30hs, Aterro Sanitário

Foto nº 19 – Gravimetria

Foto nº 20 – Gravimetria

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Engª Luana Wolpert coordenando coleta de materiais, 31/01/2014, 10:50hs, Aterro Sanitário

(fotos: PPD Publicidade, 2013)

Foram convidados para acompanhar os trabalhos, Donizete França – diretor

presidente do SIEMACO, como representante da categoria dos coletores, Ademir Serra

de Jesus – publicitário e empresário no ramo jornalístico, que registrou os trabalhos, e

colaboradores convidados pela GEOPLAN.

Passamos a apresentar os resultados obtidos nos trabalhos, suas planilhas e seus

dados comparativos com analises de GRAVIMETRIA efetuadas anteriormente no mesmo

local.

A metodologia aplicada foi a da “Amostragem”, exatamente como a anteriormente

realizada, buscando retirar do veículo proveniente da coleta, de seu respectivo setor,

diretamente para este estudo, como fica demonstrado pelas imagens colhidas no local.

Desta forma, apresentamos primeiramente, os resultados das 4(quatro) amostras

no Anexo II Gravimetria 1.

A seguir, apresentamos o gráfico geral da analise GRAVIMETRICA realizada

anteriormente e ratificada pelas amostras do trabalho executado:

Os resultados da GRAVIMETRIA 1, no Anexo II.

Foto nº 21 – Gravimetria

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Tabela 04 – Resultado da GRAVIMETRIA Anterior

PM de Embu das Artes SP, 2013.

Para este trabalho foi anotado o dia da coleta, o setor em que foi coletado, o

horário em que houve o trabalho, o período do trabalho, a placa do veículo coletor, o

nome dos responsáveis pelo trabalho, entre tantas outras informações que são parte

integrante do relatório pormenorizado deste constante no acervo próprio.

Setores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

Material (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) TOTAL

peso total

de amostra 489 450 431 427 445 434 469 448 487 446 477 439 430 444 431 428 497 439 461 8572

Matéria

Orgânica 351 276 318 280 270 274 340 323 329 294 314 318 290 314 290 294 308 303 295 5782

Papel,

Papelão

e Jornal 29,6 41,6 46,6 41 28 34,2 21,6 28 17,6 39 21,2 33 30 22 30 32,6 60 21 43 621,2

Embalagem

Longa Vida 4,8 6,2 2 2 5,2 4 3,2 3,4 5,6 6 5,4 4,2 3 3,4 3,8 2,2 4 5,8 4 78,2

Embalagem

Pet 1,6 2,8 0,8 2,4 1,6 3 0,4 1 2,6 2,8 1,8 0,2 0,4 1,4 2 0,8 3 1,4 1 31

Isopor 0,6 0,8 0,2 1,6 0,4 0,6 0,2 0,2 0,6 0,2 0,4 0,6 0,2 0,4 0,2 0,4 0,2 0,2 0,2 8,2

Plástico

Mole 19 41 24,4 40 40 34,8 16,8 37 19,6 33 25,2 31 21 35 37 35,2 34 33 34 590,8

Plástico

Duro 21,8 27,6 18,4 24 21 28,8 22,6 28 23,6 35 40,2 23 16 20 24 28 30 24 43 500,6

Metais

Ferrosos 8,2 12 1,6 2,6 3,6 4,6 3 1,6 5,4 12 3 2 1 4,2 4 1,2 4,6 4 3,6 81,8

Pilhas

e Baterias 0 0,02 0,02 0 0,1 0 0 0,1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,1 0 0,42

Vidros 5,4 6,2 1,2 3,6 8 5,6 3,8 1,2 10,4 3 2,4 3,8 3,4 4,4 3,6 3,2 3,6 3,6 3 79,4

Terra e

Pedra 18 8 2 0 17 8,2 31,6 8 32,4 8 4,4 0 23 24 8,2 8 0 13 2 216,2

Madeira 4,8 6,2 2,2 4 3 5,8 4,4 5,4 1,2 3,2 1,8 1,2 15 0,8 8,8 2,6 10 2 1,2 83,6

Trapos

e Panos 6 9,4 3,6 8,6 23 8,6 8,4 3,8 18,8 2,6 40 9,6 13 5,6 7 7,4 20 5,8 16 217,4

Diversos 5,6 7,2 0,8 8 14 13,6 5,2 0,4 13,2 4,6 5,6 0,8 4,2 3,8 4 2 4,2 12 1,6 110,2

Alumínio 0,6 2,2 2,4 3,8 3,2 0,6 1,2 2 1 1,2 2,2 0,4 0,4 1,6 1,2 1,8 3,6 2 3,8 35,2

Borracha 3,4 0 0 0 0 5,2 0 0 0 0 1,8 0 0 0 0 7,4 2,6 0 0 20,4

Espuma 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

SUBTOTAL 480 448 424 422 438 431 463 442 481 445 469 428 421 441 424 427 487 432 453 8457

ANÁLISE GRAVIMÉTRICA REALIZADA ANTERIORMENTE

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6.3 Histórico do Antigo Lixão

O histórico da transformação do antigo lixão em aterro sanitário controlado pode

ser encontrado no item de nº 14.2 deste PMGIRS. Quanto ao histórico do lixão este pode

ser definido da mesma maneira em que se viu a criação destes locais no passado.

Quando os primeiros desbravadores marítimos aqui estiveram, eles já encontraram

um povo que por aqui vivia, e assim como eles, a preferência de moradia sempre foi a

beira de algum rio que pudesse lhes prover bem-estar necessário básico e desta forma às

cidades tiveram seu início aqui pelo mundo novo, não diferente do velho mundo de onde

estes desbravadores vieram. O homem sempre consumiu desnecessariamente e deixou

restos, em certos países do velho continente era normal se utilizar dos penicos, durante

anos foi comum à utilização deste básico utensílio doméstico. Ao amanhecer do dia abria-

se a janela, algumas vezes se olhava para fora e para baixo geralmente, e os dejetos

eram arremessados, não havia rede de captação nem de saneamento como temos hoje,

e as sobras dos penicos caminhavam pela rua. Na medida em que sua produção foi

aumentando e o fundo do quintal já não podia mais conter os resíduos gerados nas

residências, as autoridades administrativas destes grupos resolveu intervir e disponibilizou

carroças para levarem os resíduos sólidos para algum lugar longe do núcleo de

habitantes, contudo o que não se contava era que a explosão demográfica seria muito

maior que o previsto, e aquele local em que a carroça seguia para jogar aqueles resíduos

sólidos já estava adentrando a cidade, ou a cidade já estava o circundando e hoje são

partes de seus panoramas com a cidade a sua volta. Desta forma deu-se inicio aos

conhecidos lixões, que tem seus dias contados e no caso de Embu das Artes - SP, já foi

devidamente transformado em Aterro Sanitário, atendendo todas às normas legais e

tendo sido aprovado pelo órgão de controle ambiental.

7. DADOS GERAIS DA COLETA

Todos os dados que passarão a serem expressos a seguir foram retirados do

processo licitatório para a PPP e os tempos de execução foram, em algum momento,

atualizados para o presente, já que a SPE foi devidamente firmada e a ENOB, sua

executora, em plena atividade.

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Diretrizes técnicas gerais executadas pela ENOB Engenharia na cidade de Embu

das Artes - SP, de todo o resíduo sólido.

Coleta manual, conteinerizada e transporte até o destino final, de resíduos

domiciliares e comerciais, provenientes da limpeza pública de toda a área do município,

inclusive áreas de difícil acesso e submoradias, resultante de feiras livres e da varrição

manual.

7.1 Definição dos Serviços

A coleta de resíduos sólidos domiciliares e comerciais, provenientes da Iimpeza

pública de toda a área urbana, incluindo as de difícil acesso, as de submoradias, e as da

varrição manual e resultantes de feiras livres, corresponde ao recolhimento regular dos

resíduos abaixo especificados:

a) Resíduos sólidos domiciliares comerciais até 50kg (cinquenta quilogramas) e

materiais de varredura residencial;

b) Entulhos de qualquer natureza e outros resíduos de estabelecimentos

públicos, institucionais, comerciais e de prestação de serviços, com peso igual ou

inferior a 50kg (cinquenta quilogramas), excetuando-se os resíduos sólidos da

área de saúde e congêneres;

c) Restos de Iimpeza de vias e logradouros públicos, feiras livres e de poda de

jardins;

d) Restos de móveis, colchões, utensílios, mudança e outros similares, desde que em

pedaços de até 50kg (cinquenta quilogramas).

Nos casos em que o volume de resíduos originários de estabelecimentos

comerciais ou de prestação de serviços exceder 50kg (cinquenta quilogramas) por dia de

coleta, a ENOB enviará um comunicado por escrito ao órgão fiscalizador do MUNICÍPIO,

não sendo de responsabilidade da ENOB Engenharia a coleta desses resíduos, de

acordo com a Lei 12.305/2010 como consta em seu Artigo 20, letras a) e b) do

parágrafo II e parágrafo V.

“Art. 20 - Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos:

II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que:

a) gerem resíduos perigosos;

b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza,

composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder

público municipal;”

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Este Tópico é explorado no Item 21 deste PMGIRS, onde são apontados os

Geradores sujeitos a elaboração de seus PGR.

7.2 Locais da Coleta:

A coleta dos resíduos de que trata este item é executada nas vias, Iogradouros,

prédios públicos, feiras Iivres e mercados municipais, áreas de submoradias, e em todas

as vias abertas e em condições de circulação de veículos ou que venham a ser abertas

durante o período de vigência do CONTRATO de parceria firmado entre o Município e a

ENOB Engenharia.

O sistema de coleta diferenciada em áreas de difícil acesso será feita com a

implantação de 200(duzentos) contêineres de 1.000(um mil) litros ou de caixas coletoras

para o transbordo dos resíduos.

7.3 Periodicidade

A coleta dos resíduos de que trata este item tem frequência diária ou, no mínimo,

de 3(três) vezes por semana, nos períodos diurno e/ou noturno, na forma prevista no

Plano de Coleta Manual e Conteinerizada (PTC), constante no Plano de Trabalho

Operacional da SPE. Nas regiões atendidas pelo regime de coleta domiciliar em dias

alternados, não há intervalo superior a 72(setenta e duas) horas entre duas coletas.

A critério do Município, o serviço poderá sofrer intervalo maior do que 72(setenta e

duas) horas nos feriados civis e religiosos.

Em casos excepcionais, em áreas com características especiais, a coleta domiciliar

eventualmente é realizada com frequência de 2(duas) vezes por semana, sempre

devidamente justificada e mediante aprovação prévia e expressa do Município.

7.4 Coleta Manual

A Empresa recolhe os resíduos sólidos domiciliares, sejam quais forem os

recipientes utilizados pelos USUÁRIOS dos serviços, cabendo-Ihe tomar as medidas

necessárias e adequadas para regularização do acondicionamento, na forma das normas

que regem a matéria.

Os coletores sempre apanham e transportam os recipientes com o cuidado

necessário para não danificá-los e evitar o derramamento de resíduos e chorume nas vias

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públicas, e utilizam os EPIs exigíveis pela legislação pertinente para não se

contaminarem e/ou se lesionarem pela falta destes.

Os resíduos depositados nas vias públicas pelos USUÁRIOS e os que tiverem

caído dos recipientes ou da atividade de coleta são obrigatoriamente recolhidos pela

equipe de coleta da Empresa.

É vedado transferir o conteúdo de um recipiente para outro, atirá-lo de um ajudante

para outro, ou ainda atirá-lo de volta ao passeio.

O recipiente vazio, quando for o caso, deverá ser recolocado onde estava em pé.

Os caminhões coletores compactadores são carregados de maneira que o lixo não

transborde na via pública, sendo vedado o depósito de resíduos no compartimento de

carga traseira, quando este estiver em trânsito.

A coleta manual dos resíduos de que trata este item é realizada por meio de

veículos compactadores com capacidade mínima para 15m³ (quinze metros cúbicos).

7.5 Coleta Conteinerizada ou Mecanizada

A Empresa fornece 200(duzentos) contêineres de PEAD por ano para a

implantação do sistema coletivo de coleta conteinerizada de resíduos sólidos.

Cada container tem a capacidade volumétrica de 240 litros e 1.000 litros e são

implantados nos locais indicados no Plano de Coleta Manual e Conteinerizada (PTC).

A coleta conteinerizada ou coleta mecanizada, no sistema coletivo, compreende a

deposição, pelos USUÁRIOS, dos resíduos sólidos domiciliares, devidamente

acondicionados, em contêineres de polietileno de alta densidade, distribuídos em pontos

fixos ao longo das vias publicas. A coleta é efetuada por meio da transferência desses

resíduos para a caixa de carga do caminhão coletor compactador, dotado de dispositivo

especial para basculamento mecânico dos contêineres.

As cores dos contêineres são padronizadas e definidas pelo Município.

Os contêineres contem na parte frontal, traseira e nas laterais, identificação e texto

confeccionados pela Empresa.

Não é permitida a inserção de qualquer espécie de propaganda ou informe

publicitário nos contêineres de propriedade pública, exceto texto institucional do

Município.

Cabe a Empresa a responsabilidade pela higienização, manutenção e reposição

dos contêineres.

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A Empresa dispõe de veículos e equipamentos desenvolvidos especialmente para

lavagem, higienização e manutenção dos contêineres, na sua base operacional. A

frequência mínima de lavagem e higienização é de 15(quinze) dias, ou sempre que

solicitado pelo Município.

A Empresa mantém reserva técnica de 10% de contêineres para imediata

reposição de equipamentos danificados, desaparecidos ou subtraídos.

É de responsabilidade da Empresa a comunicação e orientação aos USUÁRIOS

sobre a correta utilização dos contêineres, ensacamento dos resíduos e tipos de resíduos

que neles podem ser depositados, através da distribuição de impressos.

A logística de coleta e o dimensionamento dos contêineres são previstos de acordo

com os tipos de resíduos e sua folga, sem riscos de constantes transbordamentos.

7.6 Equipe e Equipamentos para a Realização dos Serviços

A guarnição mínima por equipamento de coleta para a realização dos serviços de

coleta e transporte de resíduos sólidos domiciliares é composta de:

a) 01 motorista

b) 03 coletores

c) 01 caminhão coletor compactador de 15m3 (quinze metros cúbicos) de carga

traseira, ano de fabricação coincidente com o início do prazo de vigência do

contrato, com sistema hidráulico de basculamento de contêiner, bem como de

ferramentas de trabalho necessárias ao bom desempenho das funções.

7.7 Veículos Coletores

A empresa coletora disponibiliza de 10% dos veículos coletores da frota efetiva a

título de reserva técnica.

7.8 Destinação Final dos Resíduos

A empresa coletora em formato de PPP, como SPE é a responsável pela

destinação final dos resíduos domiciliares e comerciais coletados. Sendo que, até que

seja implantada a CTR de Embu e a Unidade de Tratamento de Resíduos pela SPE, essa

será responsável pelo tratamento e destinação final desses resíduos. O destino final é em

aterro devidamente licenciado pela autoridade ambiental.

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7.9 Critério de Medição

O serviço de coleta de resíduos sólidos domiciliares, comerciais, provenientes da

limpeza pública, da área urbana e rural, das áreas de submoradia, da varrição manual e

resultante de feiras livres, são medidos por tonelada de resíduos coletados.

8. COLETA, TRANSPORTE, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL

DOS RESÍDUOS SÉPTICOS DE SAÚDE (RSS)

8.1 Definição dos Serviços

A SPE é a responsável pela prestação de serviços de coleta, transporte,

tratamento e destinação final dos resíduos infectantes, resultantes de serviços de saúde –

RSS - (Constituem os resíduos sépticos, ou seja, que contêm ou potencialmente podem

conter germes patogênicos. São produzidos em serviços de saúde, tais como: hospitais,

clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde etc. São agulhas,

seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, meios de culturas e

animais usados em testes, sangue coagulado, luvas descartáveis, remédios com prazos

de validade vencidos, instrumentos de resina sintética, filmes fotográficos de raios X etc...)

gerados no Município, em hospitais, pronto-socorros, laboratórios de análises clínicas,

farmácias, drogarias, zoonoses, biotérios, centros e postos de saúde, consultórios

médicos e odontológicos, ambulatórios e demais geradores de resíduos sépticos.

São excluídos dos serviços de coleta os resíduos enquadrados nos Grupos B,

C e D, conforme previstos na Resolução CONAMA nº 358/2005 - Conselho Nacional do

Meio Ambiente e outras normas que vierem a substituí-la.

8.2 Locais da Coleta

A coleta dos resíduos infectantes de serviços de saúde – RSS – somente é

efetuada em estabelecimentos e locais descritos e autorizados pelo Município.

A relação dos pontos de geração de resíduos sépticos atualmente existentes trata-

se de relação meramente referencial, que devera é apurada e atualizada frequentemente

pela SPE, com base em pesquisa de Campo e na execução dos sérvios.

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A SPE mantém atualizados os roteiros indicativos dos locais de coleta dos resíduos

de saúde e a relação respectiva, conforme relação recebida pelo Município, fornecendo

periodicamente essas atualizações. A SPE aceita, nos limites da legislação aplicável, os

acréscimos ou supressões nos serviços, em decorrência da alteração no número de

estabelecimentos.

Havendo aumento do volume de resíduos infectantes a recolher, poderá o

Município determinar a SPE que aumente o número de viagens, e se assim julgar

necessário, o número de veículos coletores e de pessoal.

8.3 Equipe e Equipamentos para a Realização dos Serviços

O serviço de coleta de resíduos infectantes de serviços de saúde é prestado de

forma separada, não sendo efetuado em conjunto com os demais serviços de coleta

previstos.

Cabe a SPE apresentar nos locais, e no horário de trabalho, os operários

devidamente equipados e uniformizados, bem como dimensionar e providenciar veículos

coletores suficientes para a coleta dos resíduos infectantes de serviços de saúde.

A equipe mínima utilizada para a execução dos serviços de coleta e transporte de

resíduos é composta por:

a) 01 motorista

b) 01 coletor

c) 01 veículo coletor com carroceria isolada da cabine do motorista, estanque e

dispositivos de captação de líquidos percolados, ano de fabricação

coincidente com o de início do prazo de vigência do contrato, e ferramentas

de trabalho necessárias ao bom desempenho das funções.

8.4 Tratamento dos Resíduos Infectantes de Serviços de Saúde (RSS)

O sistema de tratamento operado pela SPE comprova a sua eficácia no tratamento

de resíduos infectantes do serviço de saúde, eliminando suas características de

periculosidade, conforme classificação estabelecida pela Resolução Conama nº 283, de

12/07/2001 e Resolução ANVISA - RDC nº 306, de 07/12/2004, ou outras que vierem a

substituí-las, para os resíduos do Grupo A e E, que possam apresentar risco potencial a

saúde pública e ao meio ambiente devido a presença de agente biológico.

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O tratamento dos resíduos infectantes contempla todas as superfícies internas e

externas do resíduo, inclusive contempla o resíduo infectante no interior dos recipientes.

O sistema de tratamento não expõe diretamente seus operadores ao

compartimento de tratamento, sendo obrigatória a presença de antecâmara como

proteção coletiva.

Os resíduos dispostos pelos geradores de resíduos sépticos não poderão sofrer

segregação ou ter tratamento antes do início do tratamento proposto pela SPE.

Ao término da operação de tratamento dos resíduos infectantes, não só o material

deverá estar tratado, mas também todas as partes do equipamento que entrarem em

contato com os resíduos.

Os resultados dos exames atestando a eficiência do processo de tratamento é

elaborado por instituições reconhecidas, previamente aprovadas pelo Município, e

apresentados ao mesmo a cada 06(seis) meses.

O sistema é dimensionado para permitir o tratamento da totalidade dos RSS em, no

máximo, 18(dezoito) horas.

Até que seja implantada a Unidade de Tratamento dos resíduos infectantes de

serviços de saúde na CTR a ser construída pela SPE, a mesma é responsável pelo

tratamento dos RSS, na forma, local e conforme o sistema apontado em sua proposta

técnica.

8.5 Critério de Medição

Os serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos

sépticos de saúde são medidos por tonelada de resíduos coletados, na forma do

CONTRATO estabelecido na PPP.

9. VARRIÇÃO MANUAL DE VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS

EM EMBU DAS ARTES

9.1 Definição dos Serviços

Define-se como varrição a operação manual de varredura, recolhimento e

ensacamento de todos os resíduos existentes nas vias e logradouros públicos; é a

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varrição realizada com instrumentos manuais, geralmente vassouras, feita por

profissionais denominados garis. As empresas de limpeza urbana utilizam, geralmente,

quatro tipos básicos: a vassoura chamada "ideal" com 7 talhufos, a vassoura chamada

"moderna" com 14 talhufos, a vassoura tipo “pita mexicana” de galhos e a vassoura de

ferro.

A SPE mantém regularmente os serviços de varrição, raspagem, arrancamento de

pequenas touceiras, recolhimento e ensacamento de todos os resíduos existentes nas

vias e logradouros públicos, bem como procede ao esvaziamento, higienização,

manutenção e reposição, quando danificados, dos cestos de resíduos existentes na via e

logradouros públicos, além de proceder aos serviços de varrição dos resíduos resultantes

de eventos havidos em vias e logradouros públicos.

Os serviços de varrição sempre são executados concomitantemente dos dois lados

das vias e logradouros públicos, inclusive nos canteiros centrais e não ajardinados.

A equipe de varrição sempre estará equipada com lutocares guarnecidos com

sacos plásticos normatizados, suficientemente resistentes para evitar o derramamento de

resíduos, enquanto aguarda no passeio o seu recolhimento pelos veículos de coleta, em

períodos não superiores a 04(quatro) horas.

Em nenhuma hipótese a SPE deslocará as equipes de varrição para a realização

de qualquer outro serviço.

Todos os resíduos existentes nas vias e logradouros públicos, bem como os

resultantes da execução dos serviços, são recolhidos logo após realização dos serviços e

levados para o ponto de concentração, de forma a não prejudicar o tráfego de veículos e

o trânsito dos pedestres, excetos os resíduos oriundos de assoreamento dos dispositivos

de drenagem superficial, cuja remoção é de responsabilidade da Equipe de Serviços

Gerais. É atribuição da SPE programar o horário e os itinerários dos serviços, devendo

submeter a aprovação do Município. Qualquer alteração deverá sempre ser precedida de

comunicação com antecedência mínima de 48(quarenta e oito) horas.

9.2 Plano de Trabalho para a Varrição Manual e Mecanizada (PTM)

A SPE irá elaborar o Plano de Trabalho para a Varrição Manual e Mecanizada,

varrição mecanizada é a limpeza e remoção dos resíduos dispostos nas vias públicas

através da utilização de equipamentos motorizados, dotado de vassouras mecânicas e

equipamentos de alto poder de sucção a vácuo que executam a varrição e o

armazenamento dos resíduos em compartimento próprio. Do (PTM) qual deverá constar:

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a) programação dos serviços (frequência, período, número de varrições,

entre outros);

b) relação de vias e logradouros públicos que serão atendidos pela varrição

manual e as respectivas programações de trabalho;

c) indicação dos equipamentos auxiliares para a varrição;

d) localização das papeleiras.

O horário estabelecido sempre é rigorosamente cumprido, sob pena de aplicação

das penalidades previstas.

O Município, ao seu critério, poderá determinar alteração no número de varrições

realizadas nas vias e logradouros públicos constantes do PTM apresentado pela SPE.

9.3 Equipes e Equipamentos

A SPE fornece todo e qualquer equipamento e pessoal necessários, em número

suficiente e a critério do Município, para o perfeito desempenho dos trabalhos, atendendo

aos mais modernos e adequados processos de limpeza.

A SPE poderá propor, durante a vigência do CONTRATO, outros tipos de

equipamentos auxiliares na varrição, mediante alteração no Plano de Trabalho para a

Varrição Manual e Mecanizada (PTM), submetendo-o a aprovação prévia do Município.

A equipe para a execução dos serviços de varrição manual é constituída por:

a) 02 varredores

b) 01 lutocar

c) utensílios, ferramentas e EPl’s necessários

para a perfeita realização dos trabalhos.

9.4 Critério de Medição

Os serviços de varrição manual de vias e logradouros públicos são medidos por

quilômetro de eixo de via varrida.

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10. VARRIÇÃO MECANIZADA DE MEIO FIO

10.1 Periodicidade

Os serviços de varrição mecanizada de meio fio são executados diariamente, de

segunda a sábado, nos períodos diurno e/ou noturno, nas vias da malha urbana indicadas

pelo Município.

Este serviço é desenvolvido de forma integrada com a varrição manual e consta do

Plano de Trabalho de Varrição Manual e Mecanizada que a SPE elabora.

10.2 Equipes e Equipamentos

A varredeira mecânica é o equipamento utilizado para a realização dos serviços.

O veículo acima indicado é de ano de fabricação coincidente com o do início do

prazo de vigência do CONTRATO e apresenta boas condições de conservação e

manutenção.

A SPE garante a idade máxima de 05(cinco) anos dos veículos, sendo substituídos

cada vez que ultrapassarem essa idade.

Para efeito de atendimento as necessidades do Município, as máquinas de varrição

que são utilizadas pela SPE possuem, no mínimo, as seguintes especificações:

a) Porte grande e do tipo autopropelida, dispensando acoplamento ou

tração por equipamentos adicionais;

b) Possuir reservatório de água, de aspersão para evitar a dispersão de

poeira, acima de 700(setecentos) litros, suficientes para operação

continua durante 4(quatro) horas de serviço, sem necessidade de

paralisação frequente para reabastecimentos;

c) Possuir Iargura de varrição de no mínimo 3 metros, suficientes para

limpeza de vias normais com apenas duas passadas de máquina;

d) Possuir sistema de descarga diretamente sobre os caminhões

basculantes convencionais, de forma a evitar a paralisação do serviço

de varrição com o deslocamento da máquina varredeira até o Iocal de

destinação final dos resíduos;

e) Ser equipado com vassouras laterais em ambos os lados da máquina

varredeira.

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A equipe prevista para cada varredeira será constituída por:

a) 01 motorista

b) 01 ajudante para acompanhamento da varredeira

Os resíduos acumulados na varredeira são transportados para o local de

destinação final.

10.3 Critério de Medição

Os serviços de varrição mecanizada de meio fio são medidos por quilômetros de

eixo de via varrida.

11. LIMPEZA, LAVAGEM E DESINFECÇÃO DE VIAS APÓS FEIRAS LIVRES

11.1 Definição dos Serviços

As atividades que são desenvolvidas pelas equipes de Iavagem de feiras livres e

varejões compreendem:

a) Limpeza dos resíduos de feiras livres e varejões;

b) Jateamento d’água com pressão suficiente para a limpeza de todos os

resíduos restantes e impregnados no pavimento;

c) Desinfecção dos Iocais que abrigavam barracas de pescados, carnes ou

aves.

No período da manhã, as equipes responsáveis pela limpeza, lavagem e

desinfecção de vias após as feiras Iivres, fica a disposição do Município para a execução

de serviços diversos como: lavagem de logradouros públicos e abastecimento de

reservatório de água de estabelecimentos públicos, entre outros.

Após o término das feiras livres são efetuadas a lavagem e a desinfecção das ruas

dos eventos, com produtos higienizadores aplicados manualmente nas áreas onde foram

comercializados pescados, aves e outros tipos de carnes.

A água para a lavagem utilizada no serviço de limpeza é, preferencialmente,

proveniente de "reuso" e fornecida peIo Município.

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11.2 Equipes e Equipamentos

A equipe para o serviço de limpeza, lavagem e desinfecção de locais onde forem

realizadas as feiras Iivres e de Iogradouros públicos é constituída por:

a) 01 motorista

b) 03 varredores

c) 01 caminhão tanque irrigador de 6.000(seis mil) litros dotado de moto bomba;

utensílios e ferramentas necessárias para a perfeita realização dos trabalhos.

O caminhão tanque irrigador tem ano de fabricação coincidente com o do início do

prazo de vigência do CONTRATO, além de apresentar boas condições gerais de

conservação e operação.

Os veículos possuem identificação dos serviços colocada em locais visíveis e, a

critério do Município, nas Iaterais e na traseira do tanque, assim como nas portas da

cabine.

A SPE garante a idade máxima de 05(cinco) anos dos veículos, substituindo-os

cada vez que ultrapassarem essa idade.

11.3 Critério de Medição

Os serviços de limpeza, lavagem e desinfecção de vias após as feiras Iivres são

medidos por m² da área da projeção das feiras livres e varejões.

11.4 Relação de Feiras Livres

A relação das feiras livres e varejões atualmente existentes no Município é indicada

no gráfico seguinte:

Tabela 05 – Feiras Livres

Dia da Semana Local Área m²

Terça – Feira Jd. Pinheirinho 5.520,60

Quarta – Feira Jd. Vazame 1.080,00

Quarta – Feira Jd. Santo Eduardo 1.026,00

Quinta – Feira Jd. do Colégio 242,20

Quinta – Feira Jd. Santa Tereza 560,00

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Sexta – Feira Bairro Itatuba 336,00

Sexta – Feira Jd. Santa Emilia 237,00

Sexta – Feira Jd. Santa Clara 00,00

Sexta – Feira Jd. Dom José 1.540,00

Sábado Jd. Vazame 2.200,00

Sábado Jd. Santa Tereza 742,00

Sábado Rua Ranolfo Lira 2.430,00

Sábado Jd. Vista Alegre 390,00

Domingo Jd. Pres. Keneddy 657,40

Domingo Jd. Independência 1.582,00

Domingo Jd. do Colégio 840,00

Domingo Pq. Pirajussára 657,40

Domingo Jd. Dom José 1.540,00

PM Embu das Artes, 2013.

12. FORNECIMENTO DE EQUIPES PARA SERVIÇOS GERAIS

12.1 Definição dos Serviços

Os serviços gerais correspondem a uma série de ações relacionadas aos serviços

de limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, tais como: capinação, raspagem,

pintura de meio-fio, em Iogradouros próprios e públicos.

Os serviços gerais têm os seguintes objetivos:

a) preservação da saúde publica e bem-estar da população atendida;

b) inibição de proliferação de vetores, em especial o mosquito da dengue;

c) preservação da segurança pública, notadamente por meio da manutenção

da vegetação aparada dos logradouros públicos, permitindo maior difusão

da iluminação publica;

d) atendimento ao interesse coletivo e da maioria dos cidadãos;

e) preservação do patrimônio estético do Município;

f) segurança no trânsito, aprimoramento da sinalização e visualização por

parte dos motoristas, com vistas a atenuar a probabilidade de ocorrência

de acidentes.

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12.2 Equipes e Equipamentos

São destacadas equipes de serviços gerais cujas constituições são as seguintes:

a) 01 encarregado

b) 01 motorista

c) 10 ajudantes

d) 01 caminhão carroceria

e) 03 roçadeiras costais

As quantidades e distribuições das equipes multioperacionais são feitas em face da

demanda dos serviços específicos em cada uma das regiões do Município, atendendo as

vias, logradouros, próprios públicos, praças e áreas verdes.

12.3 Critério de Medição

Os serviços de fornecimento de equipes de serviços gerais são medidos por equipe

disponibilizada, multiplicando o valor mensal da equipe pelo número de equipes utilizadas

no mês.

13. OPERAÇÃO CENTRO

13.1 Definição dos Serviços

Os serviços da Operação Centro correspondem a uma série de ações integradas

relacionadas aos serviços de limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos na região

do Centro Histórico de Embu, tais como varrição, lavagem de vias e passeios, limpeza de

monumentos, coleta de resíduos, entre outros.

O serviço visa atender as necessidades específicas da região central da cidade e

de locais de grande movimentação de pessoas e veículos. O perímetro em que o serviço

é executado está discriminado no Mapa do Centro. A ação operacional estabelece

esquemas diurnos e noturnos para a limpeza urbana do perímetro delimitado. O serviço

de limpeza geral atende todas as áreas internas com a remoção do lixo gerado, de forma

a deixar todo o espaço limpo para os eventos subsequentes.

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Prefeitura Municipal de Embu das Artes SP, 2014.

A "Operação Centro Histórico de Embu das Artes” contempla as seguintes

características técnicas:

a) Varrição Manual e Mecanizada:

O serviço consiste na varrição das sarjetas, calçadões, Iocais de grande tráfego de

pedestres, na coleta dos resíduos gerados nos calçadões e nas áreas com restrições ao

tráfego de caminhões, e na lavagem dos calçadões.

Define-se como varrição a operação de limpeza, recolhimento e ensacamento de

todos os resíduos, tais como papéis, folhas de árvores, restos de alimento e embalagens

diversas, normalmente encontradas nas vias, feiras Iivres, Iogradouros públicos, pontos

de ônibus, sarjetas, floreiras, canteiro central, calçadões, locais de grande tráfego de

pedestres; além do esvaziamento de papeleiras.

Figura 001 – Setores

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A varrição mecanizada é realizada através de mini-varredeiras autopropelidas,

tração 4x2, velocidade de varrição de 9km/h, com largura de varrição de 1.400mm, com

capacidade de depósito de detritos de 500 litros e reservatório de água de 150 litros.

O serviço de varrição é sempre executado dos dois Iados das vias e logradouros

públicos, utilizando-se de Iutocares guarnecidos com sacos plásticos especiais,

suficientemente resistentes, para evitar o derramamento de resíduos, enquanto aguarda

no passeio seu recolhimento pelos veículos da coleta.

Todos os resíduos existentes nas vias e Iogradouros públicos, bem como os

resultantes da execução dos serviços são recolhidos e levados para o ponto de

concentração de forma a não prejudicar o tráfego de veículos e o trânsito de pedestres.

b) Lavagem do Centro Histórico:

Nas áreas restritas a circulação de veículos, o serviço consiste na lavagem com

sabão, detergente e desinfetante através de Iavadora de alta pressão, motor a gasolina,

com vazão de 840It/h. Nos monumentos, após o processo de lavagem, é feita a esfrega e

enxágue da estrutura.

Nos demais logradouros do Centro Histórico a lavagem é feita por caminhões

tanque de pequeno porte, cabine isolada, motor de 19HP a diesel, reservatório para 2.000

litros.

c) Essência de Eucalipto para Desodorizar o Centro Histórico:

Nas operações de limpeza do Centro Histórico, mini-varredeiras são carregadas de

essência de eucalipto a ser utilizado nas vias e Iogradouros do Centro Histórico nos dias

que antecedem os finais de semana, quando ocorre a maior presença de turistas.

d) Fornecimento, Manutenção e Reposição de Contêineres:

São utilizados o fornecimento, manutenção e reposição de 50(cinquenta)

contêineres de 240 e 360 litros em toda área interna do Centro Histórico, com o objetivo

de evitar o descarte dos resíduos nos logradouros públicos e propiciar melhores

condições de segregação dos resíduos recicláveis dos demais.

e) Fornecimento, Manutenção e Reposição de Cestas Coletoras:

A operadora dos serviços mantém e repõe cestos de Iixo tipo papeleira de PEAD,

confeccionadas pelo processo de injeção em polietileno de alta densidade, com

capacidade de 50(cinquenta) litros, em um total de 200(duzentas) unidades, nas vias e

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logradouros públicos localizados no perímetro do Projeto ”Operação Centro Histórico”, em

Iocais previamente aprovados pelo Município.

Todos os elementos de fixação das ferragens e de pegas metálicas, tais como

suportes, parafusos, porcas e pinos, são fabricados em aço com tratamento anticorrosivo.

A operadora é responsável pela instalação, lavagem, higienização e manutenção das

cestas coletoras. A frequência mínima de lavagem e higienização não é superior a

30(trinta) dias. Quando constatada a necessidade de limpeza adicional à estabelecida no

item acima, esta deverá ser realizada em até 48(quarenta e oito) horas após o pedido.

A lavagem deverá ser realizada em instalação adequada para tal fim. Para o

transporte das cestas coletoras, a operadora deverá utilizar veículo utilitário leve ou

similar.

f) Coleta dos Resíduos Sólidos:

A coleta de resíduos sólidos domiciliares e de resíduos recicláveis nas áreas com

restrição ao tráfego de caminhões e nas áreas destinadas ao trânsito de pedestres

(calçadões) é realizada, nos turnos matutino e vespertino, por veículos especiais de

pequeno porte, que transportarão os resíduos para um ponto de acumulação provido de

contêineres.

Com a finalidade de aumentar a participação da população, a operadora irá

confeccionar e entregar panfletos, uma vez ao ano, previamente aprovados pelo

Município, com os horários e informando quais são os resíduos passíveis de recebimento

e seu correto acondicionamento em recipientes diferenciados. Para fins da entrega dos

panfletos, a primeira distribuição será obrigatoriamente com antecedência de 72 horas do

começo do serviço.

No ponto de acumulação, o caminhão substitui o contêiner cheio pelo vazio, de

modo que sempre há um contêiner disponível para o recebimento dos resíduos da região

do Centro Histórico e arredores. As Iocalizações dos contêineres são aprovadas pelo

Município.

As obras necessárias no local de instalação dos contêineres são a cargo da

operadora, sob orientação da fiscalização do Município.

g) Manutenção das Áreas Públicas:

Esta atividade diz respeito aos serviços de manutenção das estruturas públicas

como os bancos das praças, manutenção de jardins, reparos de pequena monta nos

pisos dos calçadões, pintura de meio-fio e bases de postes, entre outros. Os serviços

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serão realizados conforme a programação previamente aprovada pelo Município e

realizados entre as segundas-feiras e sextas-feiras, no período diurno.

13.2 Equipes e Equipamentos

A equipe para a execução dos serviços da ”Operação Centro Histórico” do

município de Embu das Artes é constituída de:

12 varredores, 04 Iutocares, utensílios e ferramentas

necessárias para o bom desempenho dos serviços

06 ajudantes, utensílios e ferramentas necessárias

para o bom desempenho dos serviços

03 coletores

03 oficiais, utensílios e ferramentas necessárias

para o bom desempenho dos serviços

01 operador

02 motoristas

01 encarregado

01 mini-varredeira

01 micro caminhão com reservatório de água e motobomba

01 micro caminhão com caçamba basculante

01 Iavadora manual de alta pressão

13.3 Critério de Medição

Os serviços de fornecimento de equipe para a Operação Centro é medido por

equipe disponibilizada, multiplicando-se o valor mensal da equipe pelo número de equipes

utilizadas no mês.

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14. EQUIPE DE COLETA SELETIVA

14.1 Periodicidade da Coleta Seletiva

A SPE desenvolveu o programa de coleta seletiva, nos dois primeiros anos de

vigência do CONTRATO, atendendo as escolas relacionadas abaixo e, nos demais anos,

o estendeu para a coleta porta a porta, em dias não coincidentes com a coleta dos

resíduos úmidos, e orientando a população a separar o resíduo sólido reciclável

(plásticos, papéis, vidros e metais) dos resíduos úmidos.

Abaixo uma lista de locais, inicialmente sugeridos, para entregas de materiais recicláveis:

E.M. SUELI MARIA HIPOLITO

R. BUTANTAN, 100 - VILA REGINA

E.M. VISTA ALEGRE

R. NOVO HAMBURGO, 25 – JD. VISTA ALEGRE

E.M. PRIMAVERA

R. CORSEGA, 219 - VILA OLINDA

E.M. NILZA PRESTES

R. ANGOLA, 19 – JD. SAO LUIZ

E.M. ESTELA

R. CORSEGA, 119 - VILA OLINDA

E.M. ENG. JOSE ARNALDO MELLONE I

EST. PROF. CI\/IOTA FILHO S/N – JD. SILVIA

E.M. GIRASSOL

R. BUTANTAN, 125 – JD. SANTA TEREZA

E.M. VEREADOR MIKIO UMEDA

EST. VELHA DE COTIA, 73 – CHAC. BARTIRA

E.M. JATOBA

AV. ROTARY, 3621 - VILA PEREQUE

E.M. SANTO ANTONIO

EST. QUINTA DO MORRO, 500 – J.STO. ANTONIO

E.M. PINHEIROS

R. MONTE ALGRE, 17 – JD. PINHEIROS

E.M. IPE

R. SAO LUCAS, 50 – JD. JUREMA

E.M. PROF. JOSSEI TODA

IPC DOS LIMOEIROS, 1 – JD. PINHEIRINHO

E.M. JARDIM VAZAME

R. AUGUSTO DE A. BATISTA 152 – JD. VAZAME

E.M. JARDIM DOM JOSÉ

R. BOTUCATU, 100 – JD. DOM JOSÉ

NI PROF. AMILTON SUGA G.

R. SAO CAETANO, 192 – JD. \/ALO VERDE

E.M. PAU BRASIL

R. TATUI, 40 – JD. DOM JOSÉ

E.M. PROFA. A DEL. DE M.

R. ANA MARIA 150 – JD. STO. EDUARDO

NEI VALO VERDE

R. SAO CAETANO, 604 – JD. VALO VERDE

E.M. PRGPB. AST. DE ABREU S.

R. SAO RAPAEL, 59 - JD.VISTA ALEGRE

E.M. IRMA MARIA ILUMINATA

R. BOROROS, 100 – JD. SANTA CLARA

E.M. PROFA. ELZA M. MEDINA

R. BOLIVIA, 200 – JD. DOS MORAES

E.M. JARDIM SAO MARCOS

R. SAO BERNARDO, 13 – JD. SÃO MARCOS

E.M. HERMINIO ESPOSITO

R. BELGRADO, 55 - VILA OLINDA

E.M. JOSE CARLOS GONCALVES

EST. DOS MORAES, 23 – JD. SAO FRANCISCO

E.M. IODOQUE ROSA

R. MARQUES DO POMBAL, 50 - ENGENHO VELHO

E.M. JACARANDA

EST. ITAP. A. CAMPO LIMPO, 665 – JD. JÚLIA

E.M. JANAINA A. DE OLIVEIRA

R. AUSTRALIA, 32 – JD. MIMAIS

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82 E.M. JARDIM MARAJOARA

R. TABARANA, 40 – JD. SANTA CLARA

E.M. VILLA LOBOS

R. PEROBA, 90 – JD. BATISTA

E.M. JEQUITIBA

R. CAJUEIRO, 44 – JD. PINHEIRINHO

CED A. DO V. (ED. ESPECIAL)

R. AUGUSTO DE A BATISTA, 354 – JD. S. MARCOS

E.M. JORNALISTA J. RAMOS

AV. TEREZA, 2 – JD. SANTA TEREZA

E. M. PROF. P. FREIRE

EST. ITAP. A . CAMPO LIMPO, 1904 – JD. S. EMILIA

E.M. JOSE SALVADOR J. ELLI

R. GUAIBA, 5O – JD. NOVO CAMPO LIMPO

NEI ISIS CRISTINA

R. FRANCISCA R. ADRIANO, 127 – V. ISIS CRISTINA

E.M. ME J. DE A. C.-AZTECA

R. HENFIL H. DE S. FILHO, 30 – JD. TAIMA

E.M. VALDELICE M. PRASS

AV. AIMARA, 405 - PARQUE PIRAJUSSARA

E.M. PROF. M. P. DA SILVA

EST. PROF. C. MOTA FILHO, 71 – J.REC. DA FONTE

E.M. INES CARDOSO

AV. JOÃO PAULO II, 5225 – JD. CASA BRANCA

EM. PROF. R. R.DE S. DA GAMA

R. NARUMI NAKAYAMA, 100 – JD. N. S. DE FATIMA

14.2 Histórico da Cooperativa

Em 1993, cerca de 80 pessoas (incluindo crianças e adolescentes) catavam

materiais recicláveis no lixão a céu aberto, trabalhando em “condições de extrema

insalubridade” (WITTMANN, 2003). Uma das cooperadas que trabalhou durante cerca de

10 anos no lixão, indicou um número bastante superior de trabalhadores atuando na

catação e fez breve menção ao ambiente insalubre: “Era muita gente, tinha mais de 500

pessoas dentro do lixo, junto com porco, com galinha, com cavalo ... com tudo” Muitos

destes trabalhadores iniciaram a catação no lixão para viabilizar a sobrevivência da

família e era comum levar os filhos pequenos ou adolescentes para ajudar no trabalho.

Na época do trabalho no lixão, a comercialização dos materiais recicláveis

coletados pelos trabalhadores era feita no próprio local, para atravessadores que tinham

balanças ali mesmo.

Em 1994, diante do fechamento do lixão e o impedimento da continuidade da

catação, a prefeitura cedeu um terreno para construção de um Centro de Triagem de

Materiais, que funcionou também como um Posto de Entrega Voluntária. “A retirada do

primeiro grupo para o Centro de Triagem causou revolta, exigiu muita negociação, força

policial e acompanhamento do Conselho Tutelar”. Muitos não tinham documentação e o

índice de alcoolismo era alto.

Entre 1994 e 1995, os trabalhadores que se dispuseram ao trabalho associativo

foram cadastrados e deslocados para o Centro de Triagem, onde passaram a trabalhar na

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separação e comercialização do material proveniente do programa público de coleta

seletiva, sendo o recurso obtido com a venda repartido igualmente.

Buscando incentivar a adesão dos trabalhadores que atuavam no lixão de Embu

das Artes ao trabalho coletivizado, nos primeiros meses da transição a prefeitura

forneceu cestas básicas aos catadores, cursos de formação para crianças e

adolescentes, incentivou e assessorou o processo de organização da cooperativa e cedeu

um caminhão e um motorista para a coleta seletiva.

Foto 22 – Caminhão “Verdinho”

A infraestrutura inicial do programa foi mantida até

1996, quando o caminhão-carroceria foi substituído

por dois caminhões-baú, passando a coleta

seletiva a abranger 30% do município.

(Recicloteca, 1999).

Foto: Acervo COOPERMAPE. 2013

Em 1997, foi oficialmente fundada a Cooperativa de Reciclagem de Matéria-prima

de Embu – Coopermape, contando com o apoio da Prefeitura, do Sebrae-SP, da

Fundação Banco do Brasil (FBB) e do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento

Tecnológico, Educacional e Associativo (Ibraes) 48. Segundo o folheto distribuído na

campanha “Separe que tá limpo” a Coopermape foi criada com o objetivo de oferecer

dignidade para dezenas de pessoas que tiravam seu sustento do lixo. A campanha visava

diminuir a quantidade de resíduos sólidos encaminhados ao aterro e impulsionar o

desenvolvimento da Coopermape.

Atualmente, além do galpão anexo ao aterro sanitário do município cedido desde

2000, à prefeitura disponibiliza três caminhões e três motoristas para a coleta seletiva, a

grande balança eletrônica da entrada do aterro para pesagem dos caminhões, uma

prensa e duas empilhadeiras. As ações de educação ambiental permanecem sendo

promovidas pela Secretaria de Meio Ambiente.

14.3 Plano de Trabalho para a Coleta de Materiais Recicláveis (PTR)

A SPE destina uma estrutura específica para o programa de Educação Ambiental,

com vistas a ampliar a participação da população no programa de coleta seletiva.

O PTR contem:

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a) previsão das formas de interação e colaboração com as cooperativas que

realizam esta modalidade de coleta e que continuarão desempenhando

essas funções;

b) estabelecimento da programação da coleta seletiva;

c) promoção da Integração com o Plano de Trabalho de Educação AmbientaI.

14.4 Postos de Entrega Voluntária (PEV)

A SPE implantou novos PEV para receberem seletivamente:

a) vidros;

b) papéis;

c) metal;

d) plásticos;

e) demais resíduos (entulhos, pneus, lâmpadas, pilhas,

baterias e óleos de cozinha, entre outros).

14.5 Equipe e Equipamentos para a Realização dos Serviços

A guarnição mínima por equipamento de coleta para a realização dos serviços de

coleta seletiva é composta de:

1) 01 motorista

2) 03 coletores

3) 01 caminhão coletor carroceria gaiola de 15m3 (quinze metros cúbicos),

bem como de ferramentas de trabalho necessárias ao bom desempenho

das funções.

14.6 Critério de Medição

Os serviços de fornecimento de equipes de coleta seletiva é medido por equipe

disponibilizada por jornada de 7.33 horas, multiplicando-se o valor mensal da equipe pelo

número de equipes utilizadas no mês.

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15. EXECUÇÃO DAS OBRAS DE RECUPERAÇÃO E ENCERRAMENTO

DO ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL.

Coube a SPE elaborar, a partir da assinatura do CONTRATO, seu Plano de

Recuperação e Encerramento do Aterro Sanitário Municipal, detalhar os projetos

executivos correspondentes e assegurar a sua aprovação junto aos órgãos ambientais

competentes e agentes fiscalizadores indicados pelo Município.

O plano de recuperação ambiental do aterro existente tem como objetivos atenuar

e reduzir os impactos da degradação ambiental, controlar a geração de novos impactos

potenciais e garantir condições adequadas de fechamento final da unidade com a

reintegração ambiental do empreendimento, de acordo com as exigências dos órgãos

ambientais.

A recuperação ambiental deverá necessariamente estar associada à minimização

de impactos constituídos. Assim, para definição do plano de recuperação, a SPE irá

considerar inicialmente os principais aspectos ambientais condicionantes dos impactos

existentes, a seguir relacionados, não necessariamente por ordem de potencial,

intensidade ou amplitudes.

a) Risco de instabilidade dos taludes;

b) Exposição de resíduos;

c) Enxugamentos e erosões superficiais;

d) Migração de chorume na fundação;

e) Encaminhamento de chorume pela superfície do aterro para os corpos d'água;

f) Presença de animais e vetores;

g) Emanação de gases para a atmosfera.

Para cada um desses aspectos ambientais condicionantes, a SPE deverá indicar

soluções técnicas para a atenuação e controle dos impactos decorrentes, visando permitir

controlar eventuais impactos decorrentes da continuidade de operação através de ações

rotineiras.

15.1 Recondicionamento Geométrico

Destaca-se no plano de recuperação ambiental o recondicionamento geométrico do

aterro, que pressupõe a regularização dos níveis junto ao topo e a reconformação dos

taludes e bermas. Essas ações terão como objetivo:

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a) o controle de eventos de empoçamento de águas pluviais em períodos de

chuva, de infiltrações, eventuais erosões e saturação, principalmente junto as camadas

superiores, em continuidade ao implementado na etapa de intervenção imediata;

b) a otimização das condições de estabilidade dos taludes, com a imposição de

bermas e taludes intermediários, conforme previsto neste instrumento, que permitirão

ainda a efetiva possibilidade de instalação dos elementos de drenagem de águas pluviais,

de drenagem de chorume e de drenagem de gases pela superfície já consolidada;

c) a execução de camada de solo de interface e selagem junto ao topo

existente, com espessura mínima de 100(cem) cm, de modo a otimizar as condições de

tráfego e manobra sobre as células existentes e minimizar processos de infiltração de

águas pluviais e de efluentes de células sobrejacentes, além de promover o rápido

encaminhamento dos fluxos superficiais de águas pluviais para as canaletas de drenagem

previstas;

d) a minimização de processos erosivos e a exposição de resíduos;

e) a minimização da migração de efluentes dos resíduos dispostos nas células

novas para o maciço antigo, diminuindo os impactos na fundação do aterro existente, pela

redução da carga poluidora;

f) o estabelecimento de acessos operacionais as frentes de manutenção,

inclusive pelas bermas, obedecendo ao greide e a configuração estabelecida em projeto,

com caimentos transversais para as canaletas de drenagem;

g) a proteção superficial dos taludes e platôs com grama;

h) a minimização da emanação de odores e gases fugidios pelas superfícies a

atmosfera;

i) a minimização de proliferação de vetores como moscas, ratos e baratas e o

acesso de aves como urubus.

15.2 Drenagem de Águas Pluviais

Os sistemas de drenagem de águas pluviais previstos para a recuperação

ambiental compreenderão: a instalação de canaletas, visando garantir a integridade da

área de disposição, descidas hidráulicas de encaminhamento, elementos de drenagem,

que garantam a captação e o encaminhamento das contribuições que possam trazer

danos à estabilidade do maciço.

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Essas drenagens corresponderão a canaletas em grama, canaletas pré-moldadas

em concreto, descidas hidráulicas em alvenaria armada com blocos de concreto e em

colchão reno, nos taludes do aterro sanitário.

Para a definição da drenagem superficial de um aterro sanitário, a SPE deverá

levar em consideração a grandeza das deformações do maciço, chegando a recalques e

deslocamentos métricos anuais e a tendência de como os mesmos se desenvolvem.

As deformações de um aterro sanitário ocorrem por efeito do sucessivo

carregamento na medida em que o maciço é alteado e devido a recalques secundários,

função da mudança estrutural ao longo do processo de decomposição biológica e,

portanto, função do tempo de vida útil de cada camada.

Simplificadamente, a SPE deverá considerar que os maiores recalques ocorreram

nas linhas de maior espessura do aterro devido aos maiores carregamentos e a maior

idade das camadas inferiores. Assim sendo, a compatibilização do sistema aos recalques

se deu através da adoção de materiais e elementos flexíveis e de consideração de

tendência de ocorrência dos recalques.

A SPE também considerou as alturas totais de escoamento das descidas

hidráulicas, de maneira a garantir o controle sistemático da energia de escoamento,

minimizando o risco potencial de erosões.

Estes sistemas de drenagem de águas pluviais, após a devida dissipação de

energia a cada berma e o devido e absoluto isolamento do sistema de drenagem de

chorume, irão descarregar diretamente sobre o talvegue existente. Deverá ser

assegurado, todavia, que cada região de descarga tenha as devidas proteções com

enrocamento para evitar erosões Iocalizadas.

15.3 Barreira Hidráulica

Barreira Hidráulica é um sistema de contenção hidráulica composta por poços de

extração de água subterrânea e linhas de drenos. Estes são situados na região

compreendida pela água subterrânea contaminada, de tal forma que o cone de

rebaixamento do nível freático originário do processo de extração atinja toda a extensão

da pluma e inverta o fluxo local, evitando assim que ela continue a ser transportada na

direção geral de fluxo da água subterrânea.

A utilização adequada desta técnica é de importância vital no planejamento da

remedição do aterro sanitário municipal, uma vez que a água subterrânea trazida para a

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superfície passa a ser tratada como efluente, devendo ter seu tratamento e destino

adequado.

Através da aplicação do vácuo nos poços de extração cria-se um gradiente de

pressão dirigido para estes pontos, diretamente proporcional ao vácuo aplicado, logo, a

eficiência na extração das diferentes fases do contaminante será função do sistema a ser

implantado. A mistura bombeada deve ser direcionada para uma caixa de acumulação e a

água contaminada destinada para tratamento.

O sistema deve possuir um dispositivo de auto-operação a partir de timer, que

devem ser ajustados para intervalos de tempo de operação que otimizem a extração do

contaminante da zona não saturada.

15.4 Monitoramento

Esta atividade compreende os serviços de análises físico-químicas do lençol

freático e das águas superficiais, que deverão ser coletadas e encaminhadas para os

laboratórios que irão analisar as amostras. A coleta das amostras deverá ser efetivada

conforme as normas da CETESB.

As análises deverão considerar os seguintes parâmetros: DBO; DQO; oxigênio

dissolvido; nitrogênio amoniacal; sólidos em suspensão total; sólidos em suspensão

voláteis; cloretos e pH.

Tais serviços são consubstanciados através dos respectivos laudos de ensaio, que

são encaminhados ao Município.

O item inclui todos os serviços e atividades necessários para a elaboração das

análises, compreendendo os serviços de Campo de preparação dos poços, de coleta,

amostragem e encaminhamento ao laboratório, análises laboratoriais e emissão do

relatório periódico das análises.

Os serviços de análises físico-químicas do chorume contemplam todas as

atividades envolvidas da amostragem ao encaminhamento dos laudos e relatórios finais,

efetivadas sobre amostras coletadas em pontos definidos no aterro sanitário.

As análises que são realizadas na amostra de chorume são: DBO Total; DBO

Solúvel; DQO Total; DQO Solúvel; Sólido Total; Sólido Fixo; Sólido Não Filtrável; Sólido

Volátil; Sólido Sedimentável; Nitrogênio Amoniacal; Nitrogênio Kjeldalh; Nitrogênio Total;

Nitratos; Níquel; Cobre; Compostos Halogenados; Colime Tria Total/Fecal; Fosfato Total;

Fosfato Orto; Sulfatos; Cloretos; pH; Temperatura; Fenóis; Arsênio; Cianeto; Cádmio;

Chumbo; Mercúrio e Zinco.

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O relatório de monitoramento do lençol freático é elaborado consubstanciando os

resultados das análises de qualidade das amostras de água coletadas nos poços de

monitoramento e nos corpos d’água superficiais.

São efetivadas a análise da concentração pontual e a distribuição da concentração

ao longo de toda a gleba do aterro sanitário, formalizadas a partir de mapas de curvas de

concentração de cada substância componente e a sua variação ao longo do tempo.

O relatório apresenta um diagnóstico da situação do lençol freático a partir da

caracterização proporcionada das análises efetivadas, e conclusões sobre essa situação.

16. CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS

Na gleba disponibilizada para a instalação desta CTR, a SPE irá instalar um

sistema de processamento dos resíduos para capacidade mínima de 250 t/d, de forma a

permitir o prolongamento da vida útil do NOVO ATERRO por pelo menos 35 anos.

A CTR deverá ser composta por tecnologias que proporcionem:

a) o máximo de aproveitamento dos resíduos, reduzindo progressivamente a

dependência de aterro sanitário;

b) a valorização do resíduo, possibilitando o aproveitamento dos seus

componentes;

c) o aproveitamento dos materiais presentes nos resíduos domiciliares em

processos tais: como reciclagem, produção de composto, utilização como insumo

energético e outros;

d) a agregação de valor econômico aos produtos resultantes dos processos de

aproveitamento, de forma a reduzir os custos do tratamento e disposição final de

resíduos;

e) a mitigação da geração de passivos ambientais.

Cabe a SPE a definição das tecnologias de tratamento e destinação final de

resíduos.

As principais atividades que deverão ser providenciadas pela SPE para a

implantação da CTR estão descritas a seguir:

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16.1 Implantação e Operação do NOVO ATERRO

A SPE executa a implantação, operação e manutenção do NOVO ATERRO com o

EIA / RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) elaborado

sob responsabilidade da mesma.

A SPE é a responsável pela destinação final em aterro privado, devidamente

licenciado, sem qualquer acréscimo de ônus para o Município.

O Plano de Implantação do NOVO ATERRO contemplou a abordagem dos

seguintes assuntos:

a) Concepção do NOVO ATERRO que deverá ter vida útil

de, no mínimo, 35 anos;

b) Quantidade de resíduos a ser recebida no NOVO ATERRO;

c) Plano de ocupação da área;

d) Critérios de norteamento da geometria dos taludes;

e) Anteprojeto geométrico do NOVO ATERRO;

f) Memória de cálculo da vida útil projetada para o NOVO ATERRO;

g) Sistema de impermeabilização do sólo;

h) Quantificação do chorume gerado;

i) Estimativa de geração de gases;

j) Concepção do sistema de tratamento de efluentes.

Algumas fotos do processo de transformação da área em Aterro Sanitário:

Foto23 – Aterro Foto 24 – Aterro Foto 25 – Aterro Foto 26 – Aterro

Imagens do acervo de Embu das Artes, fornecidas pela AMLURB, 2014.

Durante a execução do CONTRATO, serão admitidas alterações ou

aprimoramentos das condições constantes deste Plano, mediante autorização expressa

do Município e órgãos ambientais.

A SPE se obriga a, antes da transferência dos bens para o Município, ao final do

CONTRATO, apresentar um laudo técnico, elaborado por empresa certificada, a respeito

do passivo ambiental da CTR, responsabilizando-se por eventuais medidas corretivas.

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16.2 Implantação da Unidade de Tratamento de Resíduos Domiciliares

Caberá a SPE a implantação e operação de um sistema de tratamento que propicie

a redução de volume dos resíduos provenientes das coletas domiciliares. O processo de

tratamento a ser proposto deverá, comprovadamente, ter operado ou estar em operação

em Plantas de capacidade semelhantes.

As tecnologias propostas deverão levar em conta a segregação e triagem dos

materiais recicláveis, bem como o aproveitamento da matéria orgânica na produção de

composto orgânico, mediante processo anaeróbio, de forma a possibilitar a geração de

gás metano, para eventual utilização como matriz energética.

lndependente da tecnologia proposta, a SPE deverá prever em seu projeto o

recebimento da totalidade dos resíduos gerados no Município, durante a vigência do

CONTRATO.

Após a implantação completa do sistema, no 4°(quarto) ano de vigência do

CONTRATO da SPE, e dali sucessivamente a cada período de 05(cinco) anos, será feita

a avaliação sobre a necessidade de atualização tecnológica do sistema, por parte da SPE

e submetida a avaliação do Município.

A eventual adoção de novas tecnologias no tratamento e destinação final de

resíduos sólidos domiciliares será feita após a implantação completa do sistema,

mediante prévia análise e aprovação de estudo de viabilidade técnica, ambiental e

econômica, por parte do Município.

Quando aprovado o uso da tecnologia proposta, serão definidas as condições em

que se dará a sua implantação, considerando especialmente os aspectos ambientais e os

relacionados ao investimento necessário e a geração de receitas alternativas.

O Município poderá determinar a SPE a realização de estudos de viabilidade

técnica e econômica para o incremento tecnológico do sistema, visando a manutenção da

qualidade dos serviços e a modicidade da CONTRAPRESTAÇÃO.

O Município poderá promover investimentos visando a melhoria do sistema e

incremento tecnológico, mediante a obtenção de recursos extraordinários, podendo influir

na modicidade da tarifa. Se algum incremento tecnológico do sistema ou algum

investimento de obrigação da SPE vier a ser promovido pelo Município, em decorrência

da obtenção por este de recursos extraordinários, deverá haver revisão do equilíbrio

econômico-financeiro do CONTRATO com a SPE, com reflexos na modicidade da

CONTRAPRESTAÇÃO.

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16.3 lnstalação de Unidade de Tratamento de Resíduos Sépticos

A unidade de tratamento dos resíduos sépticos será obrigatoriamente fornecida e

instalada pela SPE na CTR.

A unidade de tratamento de resíduo infectante deverá ter capacidade mínima para

receber 01(uma) tonelada por dia.

A unidade de tratamento dos resíduos sépticos deverá possuir ventilação e

iluminação adequadas e ser desinfetada diariamente pela utilização de hidrojato e

desinfetante químico.

Todos os veículos coletores carregados deverão ser pesados ao chegarem à CTR,

apurando-se o peso bruto, a tara e o peso líquido.

O sistema de tratamento a ser adotado deverá comprovar a eficácia no tratamento

dos resíduos sépticos, eliminando suas características de periculosidade, conforme

classificação estabelecida peIa Resolução Conama nº 283, de 12/07/2001 e Resolução

ANVISA - RDC nº 306, de O7/12/2004, ou outras que vierem a substituí-las, para os

resíduos do (Grupo A), que apresentem risco potencial a saúde pública e ao meio

ambiente devido a presença de agente biológico. Enquadram-se neste grupo, dentre

outros: resíduos de atividades de vacinação (agulhas e seringas), bolsas de

hemocomponentes contaminadas e bolsas transfusionais contendo sangue ou

hemocomponentes, sobras de amostras de Iaboratórios contendo sangue ou Ilíquido

corpóreo, recipientes de processos de assistência contendo sangue ou líquido corpóreo,

perfuro cortantes contaminados com agente biológico Classe de Risco 4, micro-

organismos com risco de doença emergente (Grupo E), resíduos de saúde de indivíduos

ou animais com suspeita de contaminação biológica por agentes Classe 4 (apêndice H),

bolsas de sangue (A.1), etc.

Não serão aceitas tecnologias de tratamento dos resíduos sépticos que gerem

poluição ao meio ambiente, seja através da emissão de gases, seja através de resíduos

resultantes de processos químicos utilizados no tratamento.

O tratamento dos resíduos sépticos deverá compreender todas as superfícies

internas e externas do resíduo, inclusive contemplando o resíduo infectante no interior dos

recipientes.

O sistema de tratamento não poderá expor diretamente seus operadores ao

compartimento de tratamento, sendo obrigatória a presença de antecâmara como

proteção coletiva.

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Os resíduos dispostos pelos geradores de resíduos sépticos não poderão sofrer

segregação ou ter pré-tratamento antes do início do tratamento proposto pela SPE.

Ao término da operação de tratamento dos resíduos infectantes, não só o material

deverá estar tratado, mas também todas as partes do equipamento que entraram em

contato com os resíduos.

Os resultados dos exames atestando a eficiência do processo de tratamento

deverão ser elaborados por instituição reconhecida e apresentados ao Município a cada

06(seis) meses.

O sistema deve ser dimensionado para permitir o tratamento da totalidade dos

resíduos sépticos, em no máximo 18(dezoito) horas.

A prestação dos serviços de tratamento de resíduos sépticos a outros municípios

deverá ser precedida de autorização expressa do Município.

A SPE será responsável, as suas expensas, pela operação e manutenção das

instalações da unidade de tratamento de resíduos sépticos de serviços de saúde que será

implantada na CTR, bem como pelo transporte e disposição dos resíduos inertizados que

resultarem do processo de tratamento.

16.4 Instalação de Unidade de Beneficiamento de Resíduos da Construção Civil

Os resíduos da construção civil, os entulhos, são classificados como resíduos

classe III: inertes; provenientes de atividades de raspagem de logradouros e áreas livres,

reformas, escavações, demolições e construções civis e outras atividades executadas

pelo poder público e/ou empresas privadas ou pelo próprio município que geram: areia,

pedras, terra e restos de tijolos, blocos, argamassas, vigas, lajes e outros.

A usina de reciclagem de Resíduos da Construção Civil (entulhos) deverá ser

composta basicamente de áreas e equipamentos para seleção (triagem), trituração,

classificação e armazenamento dos materiais. A infraestrutura deverá ser dimensionada

para receber a demanda de 40t/dia (quarenta toneladas diárias).

Os resíduos de entulho deverão ser triados, separando-se os materiais recicláveis

dos não recicláveis. Os materiais recicláveis deverão se for preciso, passar por tratamento

manual para adequar as dimensões a da entrada de alimentação. O tratamento para

adequação dessas dimensões deverá ser feito com o emprego de rompedor manual.

Os materiais beneficiados serão de propriedade do município, que irá transportar e

aplicar os mesmos. Até esta definição, o material deverá ficar estocado provisoriamente

em pátio separado das células de resíduos classe IIA.

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A usina de reciclagem de entulho será operada por um conjunto móvel de britagem

composto por:

a) Alimentador vibratório com tremonha, onde ocorrerá a alimentação do material a

ser reciclado, que deve ser compatível com a entrada desse alimentador;

b) Britador de mandíbulas primário, onde ocorrerá o serviço mais pesado;

c) Grelha onde será separado, logo no início, os finos que estão misturados com o

material;

d) Rebritador cônico, onde ocorrerá a britagem secundária do material;

e) Peneiras vibratórias, onde serão separados granulometricamente, de acordo

com a finalidade de aplicação ou especificação de revenda.

O conjunto será alimentado por caminhões basculantes ou pás carregadeiras, de

forma a que apenas a construção de um muro de arrimo seja suficiente.

Depois de triturados e selecionados os materiais (agregados reciclados), a usina

fornecerá cinco medidas granulométricas diferentes de materiais:

a) P 6 de pedra = 0 a 5mm

b) Brita 0 = 5 a 10mm

c) Brita 1 = 10 a 22mm

d) Brita 2 = 22 a 32mm

e) Brita 3 = 32 a 50mm

A SPE deverá considerar que o entulho com materiais cerâmicos, areia, brita,

concretos e argamassas é de qualidade muito variável e inferior aos agregados

convencionais.

16.5 Contentores (Caçambas) para Captação de Resíduos

Os operadores de contentores tipo “Caçamba” deverão obter junto ao município

sua licença de operação apresentando seus PGR, que deverão indicar os tipos de

resíduos que vão coletar e o destino final destes.

Em eventuais casos de deposição em locais inapropriados, o operador terá uma

advertência e em caso de reincidência, a suspensão indefinida de sua licença na

Prefeitura.

Não será permitida pela Prefeitura a deposição de caçambas em locais e horários

que possam prejudicar a livre circulação dos transeuntes. Em se constatando, o operador

será notificado e terá um prazo estipulado para a retirada. Em caso de não cumprimento

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deste prazo, a Prefeitura providenciará a retirada da caçamba, a encaminhando à

autoridade policial para retenção por abandono.

17. SISTEMA DE INFORMAÇÕES E INDICADORES OPERACIONAIS DA FROTA

Além de total atendimento a Lei nº 9.503/1997, a Lei que institui o Código Nacional

de Trânsito, suas resoluções e às normas pertinentes ao transporte de resíduos, caberá a

SPE implantar e operar um Sistema de Informações e lndicadores Operacionais para a

integração do sistema. Os veículos das equipes de coleta deverão ser equipados de:

a) módulo eletrônico para recepção de sinais GPS e comunicação

através de modem GSM / GPRS;

b) antenas GPS e GSM / GPRS;

c) alarme para emergência;

d) microprocessador integrador de dados com memória flash;

e) entrada e saída de áudio;

f) entradas e saídas digitais para os periféricos;

g) Ieitor de código de barras fixo e protegido;

h) sensor para detecção de início e término do serviço;

i) sensor de quilometragem e velocidade a partir do tacógrafo;

j) sistema TAG (etiquetas eletrônicas) para identificação de veículos em cujas

balanças deverão ser instaladas antenas receptoras de sinais para identificação,

que permita ainda Ieituras independentes em cada plataforma e integre a

identificação do veículo na entrada e saída e seus pesos bruto e liquido;

k) etiqueta adesiva com código de barras para identificação do veículo,

como plano de contingência.

Os acessórios embarcados deverão ser novos, sem uso e compatíveis ao perfeito

funcionamento do sistema existente.

A manutenção do Sistema de Informações e Indicadores Operacionais correrá por conta

da SPE, envolvendo o monitoramento 24(vinte e quatro) horas de todos os veículos,

suporte remoto, garantia de atualização dos equipamentos, Iicenciamento do software

para acesso ilimitado via Internet e posicionamento do veículo atualizado a cada 2(dois)

minutos. Da mesma forma, correrá por conta da SPE o fornecimento de canal de

comunicação dedicado, banda Iarga ou outra tecnologia que forneça velocidade e

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conexão estável mínima de 1Mb, visando integrar as balanças da CTR ao sistema de

pesagem, para captação automática das informações de pesagens. A SPE deverá instalar

e manter, durante todo o período da PPP ADMINISTRATIVA, acessos a Internet, por

banda larga de no mínimo 2Mb, em cada um dos endereços listados abaixo:

a) Município

b) Conselho Gestor da PPP

A SPE deverá garantir que a operação dos veículos seja monitorada em regime

continuo e a ocorrência de qualquer situação de exceção deverá ser informada ao

CONSELHO GESTOR DA CGPPP e ao Município.

A SPE deverá prover 02(dois) pontos de consulta fixa (microcomputadores) nas

unidades operacionais usuárias e responsáveis pelo controle de apresentação dos

veículos do CONTRATO (Município e CONSELHO GESTOR DA CGPPP), com acesso

irrestrito, em banda larga. Cada ponto de consulta fixa deverá ter os seguintes

equipamentos e configurações mínimas:

A. Microcomputador com velocidade de processamento mínimo de 2,66GHZ,

1066 MHZ FSB, cachê L2 de 2MB integrado ao computador, processador

com tecnologia que utilize dois núcleos de processamento, no mínimo 2GB

de memória DDR2 PC5400, do tipo D/MM com tempo de acesso máximo de

8ns, disco rígido de 160GB, monitor LCD 17" padrão SVGA, interface de rede

ethernet 10/100/1000 mbps, modem 56lkbps, DVD-RW, mouse, teclado,

drive 3%”, pen drive 4GB e no mínimo quatro interfaces USB. Deverão ser

instalados o Windows XP Professional X64 Edition e o Office Professional, em

ultima versão português.

B. lmpressora laser colorida resolução mínima de impressão em preto, em

modo rascunho: (300X300) dpi e em modo normal: (1200x1200) dpi, 27ppm,

interface de entrada/saída USB e de rede.

A SPE assumirá, também, os encargos referentes ao treinamento do pessoal

técnico indicado pelo Município para a operação do sistema de Informações Gerenciais

(SIG), inclusive quando das atualizações do sistema e equipamentos. Os equipamentos

acima deverão ser substituídos e atualizados a cada período de 02(dois) anos.

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18. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A limpeza urbana não depende só de equipamentos e técnicos, sendo necessária

a participação da população, pois: "cidade Iimpa é cidade que o cidadão não suja". Esta

assertiva continua sendo a que menos custo terá para os cidadãos. E é sob esta ética que

a PPP Administrativa será norteada.

O Programa de Educação Ambiental terá três vertentes a serem trabalhadas, que

são:

a) lmplantação dos serviços de coleta domiciliar;

b) Manutencão dos serviços de varrição de vias e logradouros públicos.

c) Metas de redução de resíduos.

No item “a” citado acima, a população será chamada a conhecer os novos horários

e os procedimentos necessários para a consecução dos serviços.

Para que haja sucesso na implantação dos roteiros de coleta, a SPE deverá

obedecer alguns procedimentos, tais como:

I. Distribuição, nos bairros, de folhetos explicativos dos horários e procedimentos a

serem adotados;

II. Divulgação, através da imprensa, dos roteiros de coleta e das medidas que serão

adotadas pela Secretaria de Meio Ambiente;

III. Divulgação, através de veículos com alto-falantes, circulando pelos bairros,

informando os novos horários de coleta e novos serviços;

IV. Visitas do corpo técnico as escolas para divulgar os aspectos ambientais aos

alunos.

No item “b”, o objetivo deverá ser o de atingir os usuários dos diversos logradouros

e espaços urbanos em geral.

As ações de educação deverão ser constantes e intermitentes, visando atingir

todas as faixas etárias da população, independente de classe social ou local de

residência, e devem compreender ao menos:

A. Distribuição de cartilhas em locais estratégicos;

B. Programas como "Viva o Bairro Limpo” e "Operação Cara Limpa” deverão ser

implantados e divulgados junto à população;

C. Orientação especial aos comerciantes e ambulantes;

D. Palestras e aulas nas mais diversas instituições que congreguem número

considerável de pessoas (associações, clubes, empresas, rede pública e privada

de ensino).

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No item “c” o objetivo é a busca pela redução na produção de resíduos com

programas de metas na utilização consciente dos recursos.

As metas de redução na produção, na reutilização, na coleta seletiva e reciclagem

somente serão apresentadas após o primeiro fechamento dos índices totais que são

previstos no Item 22 INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL,

que trarão uma visão geral de todos os grupos geradores, para que a partir de um

universo conhecido se possa mensurar as reduções.

A equipe responsável pela execução deste programa deverá contar com a

participação, no mínimo, dos seguintes profissionais:

a) 01 engenheiro sanitarista;

b) 01 pedagoga;

c) 01 estagiário,

Junto com a mão de obra, a SPE deverá colocar a disposição da população alguns

"instrumentos de apoio", tais como:

a) Cartilhas educacionais;

b) Folhetos explicativos;

c) lnserção de mensagens na mídia impressa e radiofônica.

A SPE será responsável pelos custos decorrentes do programa de Educação

Ambiental, devendo prever, na composição de seu BDI, o montante correspondente a 1%

da sua contraprestação.

19. GERENCIAMENTO DA PPP ADMINISTRATIVA

Deverá ser constituída como despesa indireta da SPE e, portanto, constar da

formação do seu BDI, despesa necessária para a estruturação de uma equipe

independente, composta pelos profissionais abaixo relacionados, que deverá ser

aprovada pelo CONSELHO GESTOR DA CGPPP e que ficará a disposição, em período

integral, da Administração Municipal para realizar o gerenciamento da PPP

ADMINISTRATIVA, como encargos obrigatórios da SPE. Para equalização dos trabalhos,

deve ser considerado que o montante da despesa de gerenciamento corresponderá a 3%

do valor da CONTRAPRESTAÇÂO.

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Os profissionais que irão constituir esta equipe serão:

a) 01 engenheiro coordenador

b) 01 engenheiro ambiental

c) 01 técnico

d) 01 secretaria

A SPE assumirá, também, os encargos referentes às instalações da gerenciadora,

em área mínima de 120m² junto as suas instalações, despesas de consumo das

concessionárias de água, Iuz e telefonia e pelo fornecimento de três veículos populares,

com a cota de 200 litros de combustível por mês para cada veículo.

A Gerenciadora irá atuar verificando o atendimento peIa SPE, das legislações

ambientais e buscando a avaliação mensal do seu desempenho, através das seguintes

avaliações:

a) atendimento das metas exigidas no plano de saneamento básico referente a Iimpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos no Município, nesse quesito serão avaliados os

seguintes indicadores:

a.1) implantação do NOVO ATERRO no prazo de 24 meses, contados a partir

da assinatura do CONTRATO

a.2) recuperação do ATERRO ATUAL em até 24 meses, contados a partir da

assinatura do CONTRATO

a.3) implantação da Unidade de Tratamento de Resíduos Domiciliares, no

prazo máximo de 48 meses contados da assinatura do CONTRATO

b) eficiência operacional, nesse quesito serão avaliados os seguintes indicadores:

b.1) tonelagem coletada/capacidade: relação total entre o coletado pelo veículo

e sua capacidade para determinado número de viagens (A SPE deverá

atender as condições estabelecidas quanto ao Iimite de carga homologada

para o conjunto coletor)

b.2) quilometragem media entre quebras: medida para um ou mais veículos,

está relacionada com a eficiência da manutenção preventiva (A SPE deverá

atender ao coeficiente de uma manutenção corretiva a cada 15.000 km)

b.3) veículos disponíveis/frota: está relacionada com a eficiência geral da

manutenção (A SPE deverá sempre manter em condições de operação a

frota efetiva definida conforme o Plano de Trabalho apresentado)

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100

c) qualidade dos serviços, nesse quesito serão avaliados os seguintes indicadores:

c.1) população atendida/população total: o ideal é atender a 100% da

população (A SPE deverá atender as metas, gradualmente, de crescimento

no atendimento da população)

c.2) regularidade: a regularidade será medida pelo número de reclamações

pertinentes atendidas pela Central de Atendimento ao Usuário, será admitida

como máxima a quantidade de O,1% da população de reclamações mensais

pertinentes. A Central de Atendimento ao Usuário deverá ser implantada

pela SPE e operada pelo Município. Estes indicadores apropriados darão

suporte para a Avaliação do Desempenho da SPE, cujo objetivo é

estabelecer mensalmente a Nota de Avaliação da SPE, considerando,

especialmente, o atendimento das metas exigidas, e os parâmetros

estabelecidos.

A avaliação da equipe gerenciadora será acompanhada permanentemente pelo

CONSELHO GESTOR DA CGPPP, na qualidade de fiscalizador dos serviços objeto da

PPP Administrativa.

Pelo atendimento total de todos os indicadores, será atribuída a Nota de

Desempenho = 10.

Será descontado 01(hum) ponto para cada indicador não atendido no mês. A cada

período de 06(seis) meses da PPP Administrativa será admitida somente 01(uma) Nota

de Avaliação inferior a 07(sete). A cada Nota de Avaliação inferior a 07(sete) no período

de 06(seis) meses, será reduzido da CONTRAPRESTAÇÃO do mês subsequente o valor

equivalente a 50 toneladas da coleta dos resíduos sólidos domiciliares.

20. DOS EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS E DE FISCALIZAÇÃO

A SPE deverá renovar todos os veículos e equipamentos empregados na

Concessão a cada 05(cinco) anos de operação, garantindo-se assim a idade máxima da

frota de 05(cinco) anos.

Todos os veículos e equipamentos deverão constar de sistema de sinalização

intermitente. Os equipamentos operacionais da coleta de resíduos domiciliares, coleta de

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resíduos de serviços de saúde e da coleta seletiva deverão ser revertidos para o Poder

Concedente nas condições de veículos novos.

Todas as equipes de coleta trabalham devidamente uniformizadas e com seus

respectivos EPI’s tais como: calças, camisas, luvas, calçados, bonés e coletes refletivos,

bem como capas de chuva.

Conforme Iegislação da CLT, a SPE disponibiliza um Engenheiro de Segurança e

um Técnico de Segurança, bem como um Enfermeiro do Trabalho lotado nas Instalações

Administrativas e Operacionais da SPE, que orientarão os demais serviços, e os

profissionais quanto aos aspectos de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho e serão

os coordenadores das capacitações técnicas, quando assim propostas em programas

de ações com este objetivo.

20.1 Sistema de Acompanhamento e Fiscalização

O controle de qualidade que a SPE adota é sempre visando à qualidade total da

Iimpeza e não somente o serviço de coleta dos resíduos domiciliares. Por entender que a

qualidade é obtida através de um conjunto de atividades culminando na efetiva realização

dos serviços, adotou para isso sistemas de trabalho onde todos os aspectos envolvidos

desempenham papel importante.

Esses controles são realizados através das próprias equipes com a supervisão da

fiscalização, que percorre a região onde o serviço está sendo executado observando

desde os uniformes, equipamentos, forma de tratamento de funcionário para com o

munícipe, bem como a forma de operação e eficiência da mesma.

A coleta de resíduos urbanos é realizada em dois turnos, estes turnos recebem

fiscalização adequada de forma a manter o padrão de qualidade exigido pela SPE.

São verificados e anotados em relatórios todos os tipos de ocorrência decorrentes

da execução dos serviços, essas informações são lançadas posteriormente em Sistema

Gerencial onde poderão ser identificadas e encaminhadas para as devidas providencias e

adequações do Plano de Trabalho ou pessoal envolvido.

Os Indicadores de Desempenho serão às medições dos processos, para

monitoramento da conveniência de ações gerencias.

Desta forma atingindo o padrão de qualidade dos serviços executados pela SPE.

Ainda cabe a SPE a programação de capacitação técnica e/ou sua atualização

sempre que o mercado apresentar novidades ou a cada período estabelecido para cada

tipo de cargo.

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102

21. IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES SUJEITOS AO PGR

Gráfico nº 13 – Sujeitos ao PGR

Equipe GEOPLAN, 2013

Conforme prescrito na Lei 12.305, em seu Art. 20, que passamos a transcrever:

Art. 20. Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos:

I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g” e “k” do inciso I do art. 13;

“e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados

os referidos na alínea “c”;

Farmácias44

23%Ramos Químicos

53%

Postos Combustiveis; 24;

13%

Oficinas Mecânicas

2513%

Garagens de Onibus

32%

Transportadoras37

20%

Mercados Médio/Grande Porte; 14; 7%

Pedreiras1

0%

Consultórios Odontológicos;

15; 8%

Unidades de Saúde; 21; 11%

Farmácias Ramos Químicos

Postos combustiveis Oficinas Mecânicas

Garagens de Onibus Transportadoras

Mercados Médio/Grande porte Pedreiras

Consultorio Odontológicos Unidades de saúde

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f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;

g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em

regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de

minérios; ”

II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que:

a) gerem resíduos perigosos;

b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição

ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal; (Grifo

nosso)

III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos

órgãos do Sisnama;

IV - os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na alínea “j” do inciso I do art. 13

e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do

SNVS, as empresas de transporte;

V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama,

do SNVS ou do Suasa.

Parágrafo único. Observado o disposto no Capítulo IV deste Título, serão estabelecidas por

regulamento exigências específicas relativas ao plano de gerenciamento de resíduos perigosos.

Desta forma, verifica-se que na Cidade de Embu das Artes - SP, temos

registrados na Prefeitura Municipal os seguintes números de potenciais geradores de

resíduos que estarão sujeitos ao desenvolvimento de seus Planos de Gestão de

Resíduos:

Todos os Geradores que se enquadram no Art. 20 da Lei 12.305/2010, devem

observar a legislação correlata e em especial às NBRs que regulamentam todo o

manuseio, transporte e dá os parâmetros de segurança para às etapas envolvidas no

processo de manuseio, transporte e armazenamento destes produtos ou resíduos, assim

é apresentada a tabela de nº 08 no Item 23 do presente documento.

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Geradores sujeitos a elaborarem seus PGR

Tabela 06 – Estabelecimentos

ESTABELECIMENTOS QTDE.

Farmácias 44

Ramos Químicos 5

Postos de Combustíveis 24

Oficinas Mecânicas 25

Garagens de Ônibus 3

Transportadoras 37

Mercados Médio/Grande Porte 14

Pedreiras 1

Consultórios Odontológicos 15

Unidades de Saúde 21

Totais 189

PM Embu das Artes SP, 2014.

Fica, igualmente estabelecido neste PGIRS, as mesmas disposições prescritas no

Art. 21 da Lei 12.305/2010, que passamos a transcrever:

“Art. 21. O plano de gerenciamento de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo:

I - descrição do empreendimento ou atividade;

II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e a

caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados;

III - observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se

houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:

a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos;

b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de resíduos

sólidos sob responsabilidade do gerador;

IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores;

V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto ou

acidentes;

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105

VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos e,

observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, à reutilização e

reciclagem;

VII - se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, na

forma do art. 31;

VIII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos;

IX - periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da respectiva licença de

operação a cargo dos órgãos do Sisnama.

§ 1o O plano de gerenciamento de resíduos sólidos atenderá ao disposto no plano municipal de

gestão integrada de resíduos sólidos do respectivo Município, sem prejuízo das normas estabelecidas pelos

órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa.

§ 2o A inexistência do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não obsta a

elaboração, a implementação ou a operacionalização do plano de gerenciamento de resíduos sólidos.

§ 3o Serão estabelecidos em regulamento:

I - normas sobre a exigibilidade e o conteúdo do plano de gerenciamento de resíduos sólidos relativo

à atuação de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e

recicláveis;

II - critérios e procedimentos simplificados para apresentação dos planos de gerenciamento de

resíduos sólidos para microempresas e empresas de pequeno porte, assim consideradas as definidas nos

incisos I e II do art. 3o da Lei Complementar n

o 123, de 14 de dezembro de 2006, desde que as atividades

por elas desenvolvidas não gerem resíduos perigosos.

Os geradores de resíduos que não se adequarem aos dispostos neste PGIRS

estarão sujeitos às sanções legais culminadas na Lei Municipal que regulamenta o tema e

nas Leis correlatas, ficando sua atividade com Licença Municipal suspensa até sua

adequação. O prazo de adequação para os geradores será de 180(cento e oitenta) dias a

contar da data de publicação deste PMGIRS.

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106

22. INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL

O dispositivo legal que regulamenta a elaboração deste PMGIRS, a Lei de nº

12.305/2010, em seu Art. 19, VI, determina a inclusão no plano de indicadores de

desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e de

manejo de resíduos sólidos, desta forma. O Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão – MPOG produziu um documento que vem auxiliar a definição de indicadores

eficientes para o desempenho dos serviços públicos e demais ações relacionadas no

PGIRS.

Fluxograma para Indicadores

Fonte: Guia Referencial Para Medição De Desempenho E Manual Para Construção De Indicadores –

Ministério Do Planejamento Brasileiro, 2010.

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O SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), por outro lado, há

vários anos vem levantando dados sobre o manejo de resíduos sólidos em municípios

brasileiros, e produzindo indicadores que permitem análises entre municípios de mesmo

porte, da mesma região ou outras circunstâncias. Considera-se importante que a

definição dos indicadores do plano de gestão seja ao máximo possível coincidente com os

indicadores eleitos pelo SNIS, permitindo assim, que desde o primeiro monitoramento, os

municípios possam analisar sua situação à luz de uma série histórica já existente. São

importantes indicadores gerais tais como o indicador sobre resíduos urbanos desta

forma tem:

Cobertura do serviço de coleta em relação à população total atendida (declarada)

(SNIS 015).

Taxa de cobertura do serviço de coleta de resíduos domiciliares em relação à

população urbana (SNIS 016);

Massa recuperada per capita de materiais recicláveis secos (exceto matéria

orgânica e rejeitos) em relação à população urbana (SNIS 032);

Taxa de material recolhido pela coleta seletiva de secos (exceto matéria orgânica)

em relação à quantidade total coletada de resíduos sólidos domésticos (SNIS

053);

Taxa de recuperação de materiais recicláveis secos (exceto matéria orgânica e

rejeitos) em relação à quantidade total (SNIS 031);

Massa recuperada per capita de matéria orgânica em relação à população

urbana;

Taxa de material recolhido pela coleta seletiva de matéria orgânica em relação à

quantidade total coletada de resíduos sólidos domiciliares,

Taxa de recuperação de matéria orgânica em relação à quantidade total

Massa de matéria orgânica estabilizada por biodigestão em relação à massa total

de matéria orgânica.

Massa de resíduos dos serviços de saúde – RSS coletada per capita (apenas por

coletores públicos) em relação à população urbana (SNIS 036);

Massa de resíduos da construção civil – RCC coletada per capita (apenas por

coletores públicos) em relação à população urbana.

Número de deposições irregulares por cada um mil habitantes;

Taxa de resíduos recuperados em relação ao volume total removido na limpeza

corretiva de deposições irregulares.

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Número de catadores organizados em relação ao número total de catadores

(autônomos e organizados);

Número de catadores remunerados pelo serviço público de coleta em relação ao

número total de catadores;

Número de domicílios participantes contínuos dos programas de coleta em

relação ao número total de domicílios.

Passos a mensurar:

Fonte: Guia Referencial Para Medição De Desempenho E Manual Para Construção De Indicadores –

Ministério Do Planejamento Brasileiro, 2010.

Ainda, como indicadores para serem mensurados, os Planos de Gestão de

Resíduos, previstos no Art. 21 do dispositivo legal 12.305/2010, devem comunicar seus

resultados à luz do conhecimento do Grupo Gestor, formado por membros nomeados pela

Administração, para serem incorporados aos índices de mensuração que vão mostrar o

desenvolvimento do desempenho operacional e ambiental, desta forma temos os

seguintes grupos geradores:

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Fonte: Guia Referencial Para Medição De Desempenho E Manual Para Construção De Indicadores –

Ministério Do Planejamento Brasileiro, 2010.

Estes são os Grupos Geradores que devem apresentar seus planos de gestão,

assunto já explorado no item 21 do presente Plano, para comporem os índices

necessários à mensuração:

a) Serviço Público de Saneamento Básico:

b) Industrial:

c) Serviços de Saúde:

d) Mineração:

e) Empresas de Construção Civil:

f) Serviços de Transporte:

g) Atividades Agrossilvopastoris:

h) Outros Geradores:

Estabelecimentos

comerciais e prestadores

de serviço que gerem

resíduos perigosos ou não

equiparados aos resíduos

domiciliares

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23. SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Urgência e emergência são dois termos usados na área da Medicina. Urgência é

quando há uma situação que não pode ser adiada, que deve ser resolvida rapidamente,

pois se houver demora, corre-se o risco até mesmo de morte, e emergência é quando há

uma situação crítica, com ocorrência de perigo.

No âmbito da medicina, emergência é a circunstância que exige uma cirurgia ou

intervenção médica de imediato. Na medicina, ocorrências de caráter urgente necessitam

de tratamento médico e muitas vezes de cirurgia, mas possuem um caráter menos

imediatista.

No entanto, há situações de emergência que necessitam de uma intervenção

urgente, ou seja, que não podem se prolongar.

O órgão responsável por coordenar o transporte de Resíduos controlados é a

ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres.

Com a publicação da Resolução 3.762/2012, as novas regras entram em vigor a

partir de 07 de maio deste ano e entre as principais alterações, está o aumento dos

valores das penalidades originadas por infração à legislação.

“Finalmente a ANTT define que devem ser atendidas as Normas da ABNT a

respeito da identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e

armazenamento de produtos, incompatibilidade, equipamentos para emergências no

transporte rodoviário e para os documentos - Ficha de Emergência e Envelope”.

Alguns telefones úteis relacionados a Produtos Classificados.

Tabela 07 – Telefones de Emergência

TELEFONES EMERGENCIAIS

Estado DDD Defesa Civil Polícia Rodoviária Federal Órgão do Meio

Ambiente

Acre 68 3212-7800 3221-1502 3224-5894

NORTE

Amapá 96 3212-1233 3251-4661 3212-5301

Amazonas 92 3663-5929

3611 0461

3216 5270

3615-4850 3643-2300

Tocantins 63 3218-4733 3312-3491 3218-2601

0800-631155

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Pará 91 4006-8387 3241-3932 / 3242-5322 3184-3300

Rondônia 69 3216-8952 3535-2451 3216-1059

Roraima 95 2121-7600 3624-1939 3623-2505

Alagoas 82 3315-2839 3231-8026 0800-821523

NORDESTE

Bahia 71 3371-6691 2101-2201 3115-3804

Ceará 85 3101-4571 3295-3591 / 3295-3022 3101-5520

Maranhão 98 3212-1517 /

3212-1501 3651-1176 3218-8952

Paraíba 83 3218-4679 3231-2802 / 3231-3366 3218-4371 / 3218-4373

Pernambuco 81 3181-2480 3464-0700 3425-0313 / 3425-0328

Piauí 86 3218-2022 /

3218-5048 3233-1011 3216-2038

Rio Grande

do Norte 84

3232-1769 /

3232-1762 4009-1559 3232-2110

Sergipe 79 3214-0013 /

3211-9588

2107-3999

2107-3900

3179-7303

3179-7305

Espírito Santo 27 3137-4441

3137-4432 3235-6900 3136-3438

SUDESTE Minas Gerais 31 3236-2111 3333-2999 3219-5000

Rio de Janeiro 21 3399-4000 3371-5678 2299-2403

São Paulo 11 2193-8888 6095-2341 3133-3622

Paraná 41 3350-2707 3361-8500 3213-3454

SUL Rio Grande

do Sul 51 3210-4219

3374-0003

3375-9700 3288-9400

Santa Catarina 48 3271-0916 3251-3200 3029-9000

Distrito Federal 61 3901-5819 3394-3392 3325-6868

CENTRO

OESTE

Goiás 62 3201-2000 3901-3700 3201-5178

Mato Grosso 65 3314-5800 3928-3000 3613-7201

Mato Grosso

do Sul 67 3318-1102 3725-3600 3318-6000

Polícia Militar 190 Em todo o território nacional PLANTÃO

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Polícia Rodoviária Federal 191 Em todo o território nacional

Bombeiros 193 Em todo o território nacional

Defesa Civil 199 Em todo o território nacional

ABIQUIM 0800 11 8270

Linha Verde Ibama 0800 61 8080

Equipe GEOPLAN, 2014.

Devido às constantes alterações de números realizadas pelas empresas de

telefonia, podem ocorrer divergências. Não nos responsabilizamos pela utilização dos

números em documentos de porte obrigatório, previstos em legislação nacional.

Para informar de ocorrências que envolvam resíduos sólidos que possam ter

sido depositados indevidamente em locais impróprios, o telefone da Secretária de Meio

Ambiente para reclamação e/ou solicitação de serviços relativos, será o 11 4785-3522.

24. ACERVO DE LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E NBR POR TIPO DE RESÍDUO

Tabela 08 – Legislações e NBRs

Tipologia de Resíduo Legislação Aplicável Normas Brasileiras Aplicáveis

documentos aplicáveis a todas

as tipologias de resíduos

Lei Federal 11.445, Decreto

Federal 7.217, Lei Federal

12.305, Decreto Federal 7.404

NBR 10.004 a NBR 10.007

resíduos sólidos domiciliares –

RSD secos

Decreto Federal 7.405,

Decreto Federal 5.940;

Resolução CONAMA:

420/2009, 404/2008,

386/2006, 378/2006,

378/2006, 316/2002 e

275/2001.

NBR 15.849, NBR 13.221,

NBR 13.334, NBR 13.999,

NBR 14.599, NBR 8.849,

NBR 14.283, NBR 13.591,

NBR 13.463, NBR 1.298,

NBR 13.896

resíduos sólidos domiciliares –

RSD úmidos

Resolução CONAMA:

420/2009, 404/2008,

386/2006, 378/2006,

NBR 15.849, NBR 13.221,

NBR 13.334, NBR 13.999,

NBR 14.599, NBR 8.849,

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378/2006, 316/2002 e

275/2001

NBR 14.283, NBR 13.591,

NBR 13.463, NBR 1.298,

NBR 13.897

resíduos sólidos domiciliares

indiferenciados

Resolução CONAMA:

420/2009, 404/2008,

386/2006, 378/2006,

378/2006, 316/2002 e

275/2001

NBR 15.849, NBR 13.221,

NBR 13.334, NBR 13.999,

NBR 14.599, NBR 8.849,

NBR 14.283, NBR 13.591,

NBR 13.463, NBR 1.298,

NBR 13.898

resíduos limpeza corretiva NBR 13.463, NBR 1.298

resíduos - varrição NBR 13.463, NBR 1.299

resíduos verdes NBR 13.999

resíduos volumosos NBR 13.221, NBR 15.113, NBR 15.112,

NBR 13.896

resíduos de construção civil Resolução CONAMA:

431/2011, 348/2004

NBR 13.221, NBR 15.112 a

NBR 15.116

resíduos dos serviços de

saúde

Resolução CONAMA:

358/2005, 330/2003,

316/2002, 006/1991,

Resolução ANVISA

N.º 306/2004

NBR 13221, NBR 14652,

NBR 8418, NBR 12808,

NBR 12810, NBR 12807,

NBR 15051

resíduos - equipamentos

eletroeletrônicos

Resolução CONAMA

420/2009, 401/2008,

023/1996, 228/1997

NBR 8418, NBR 10157,

NBR 11175

resíduos - pilhas e baterias Resolução CONAMA

420/2009, 401/2008, 023/

1996, 228/1997

NBR 8418, NBR 10157,

NBR 11175

resíduos - lâmpadas Resolução CONAMA 420/2009 NBR 8418, NBR 10157

resíduos - pneus Resolução CONAMA

420/2009, 416/2009, 008/1991

NBR 8418, NBR 10157,

NBR 11175

resíduos sólidos cemiteriais Resolução CONAMA 368/2006

resíduos dos serviços públicos

de saneamento básico

Resolução CONAMA

430/2011, 420/2009,

410/2009, 380/2006,

375/2006, 357/2005, 005/1993

NBR 7166, NBR 13221

resíduos de drenagem Resolução CONAMA

430/2011, 420/2009,

NBR 7166, NBR 13222

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410/2009, 380/2006,

375/2006, 357/2005, 005/1994

resíduos de óleos comestíveis

resíduos industriais Resolução CONAMA Nº

420/2009, 401/2008,

362/2005, 228/1997,

023/1996, 008/1991

ABNT NBR ISO 14952-3,

NBR 14283, NBR 12235,

NBR 8418, NBR 11175,

NBR 8911

resíduos de serviços de transportes Resolução CONAMA 005/1993

resíduos agrossilvopastoris Resolução CONAMA 334/2003

Equipe GEOPLAN,2014.

24.1 Acervos de Endereços Eletrônicos

Tabela 09 – Endereços

SRHU/MMA http://www.cidadessustentaveis.org.br/sites/default/files/arquivos/guia

_elaboracao_planos_gestao_residuos_solidos_mma.pdf

Lei 11.445/07: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-

2010/2007/lei/l11445.htm

Lei 11.107/05: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-

2006/2005/lei/l11107.htm

Lei 12.305/10: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2010/lei-12305-2-agosto-2010-

607598-publicacaooriginal-128609-pl.html

CONAMA 358/05: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35805.pdf

CONAMA 283/01: http://www.cro-rj.org.br/conama_x_anvisa.pdf

ANVISA306/04: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/ebe26a00474597429fb5d

f3fbc4c6735/RDC_306.pdf?MOD=AJPERES

Decreto 7.390/10: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-

2010/2010/Decreto/D7390.htm

MMA http://www.mma.gov.br

EMERGÊNCIAS http://www.produtosperigosos.com.br/materias.php?cd_secao=6&codant=

&friurl=

GESPUBLICA.GOV.BR

INDICADORES -MPOG

http://www.gespublica.gov.br/biblioteca/pasta.2010-12-

08.2954571235/Guia%20-

%20Indicadores%20(versao%20preliminar%20Dez%2009).pdf

Histórico da Feira http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/74861/Embu-das-Artes-

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115

Internacional de Embu

das Artes

cultura-e-hist%C3%B3ria-ao-lado-de-S%C3%A3o-Paulo.htm

Equipe GEOPLAN,2014.

25. BIBLIOGRÁFIA CONSULTADA

MELO, Marcos Antonio; FRANCO, Maria Isabel. Atlas Sócio Ambiental De Embu Da

Artes, 2008.

SRHU/MMA. Guia Para Elaboração dos PMGIRS, Brasília, 2011.

PREFEITURA DE EMBU DAS ARTES. Plano Municipal de Saneamento Básico, 2011.

PREFEITURA DE EMBU DAS ARTES; ENOB ENGENHARIA. Contrato Para a Parceria

Público Privada, 2011.

SÍCOLI, Juliana Lordello. Mestrado Psicologia, Tese USP, 2007.

26. EQUIPE RESPONSÁVEL

Prefeitura Municipal de Embu das Artes - SP.

AMLURB - Agência Municipal de Limpeza Urbana.

SEMADU - Secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.

SSULP - Secretária de Serviços Urbanos e Limpeza Pública.

GEOPLAN - Assessoria Ambiental. (Empresa ligada ao GRUPO HANGUK)

Dr. Marcos Paulo Costa Santos (OAB/SP - 269.916)

Engª. Luana Volpert Rossetti (CREA/SP - 506.3298720)

Engº. Vinicius Camba (CREA/SP - 506.1155369)

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ANEXOS