2012-05-25-mandado-de-seguranca-restituicao-de-veiculos-trafico-de-drogas-lavagem-de-dinheiro-mpsp

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mandado de segurança

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EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE EGRGIO TRIBUNAL DE AL

Grupo de Atuao Especial Regional para Preveno e Represso

ao Crime Organizado GAERCO de Ribeiro Preto.

Rua Otto Benz, 1070 - Nova Ribeirnia - Ribeiro Preto-SP

Fone (016) 3629-3848 - Fax (016) 3629-5508

EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE EGRGIO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

MANDADO DE SEGURANA COM PEDIDO DE LIMINAR a urgncia do pedido existe em razo de a Polcia Federal j ter iniciado o cumprimento de ordem judicial que se buscar sustar determinando a restituio de veculos apreendidos em poder de traficantes.

O MINISTRIO PBLICO ESTADO DE SAO PAULO, pelo Promotor de Justia abaixo-assinado, com fundamento no artigo 5, inciso LXIX da Constituio Federal, no artigo 1 e seguintes da Lei n 1533/51, artigo 32, inciso I, da Lei Federal n 8625/93 Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelncia, impetrar MANDADO DE SEGURANA, com pedido liminar, contra ato do EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________, Dr. ___________, que determinou a restituio dos veculos abaixo discriminados, na ao penal n ___________, tratando-se de imputao de associao para o trfico de drogas e financiamento e custeio para a prtica do trfico de drogas, culminando com apreenso de 20.600g de cocana e 4.900g de maconha.

I DOS FATOS E DO ATO IMPUTADO

Tramita na ____ Vara Criminal da Comarca de _____ a ao penal n ___________, eis que AAAAAAAAAAAA, BBBBBBBBBB, CCCCCCCCCC, vulgo X, DDDDDDDDDDD, vulgo Y, EEEEEEEEEEE, vulgo Z, FFFFFFFFFFFF, vulgo W e GGGGGGGGGGG estavam todos associados para a prtica do delito de trfico de drogas.

Tambm consta da denncia que GGGGGGGGG financiava a prtica do delito de trfico de drogas, eis que era ele quem negociava a droga com o fornecedor do Paraguai, encomendando-a e autorizando a entrega dela aos seus comparsas, que depois lhe devolviam o capital empregado.

Por conta de trabalhos de monitoramento telefnico, foi possvel apreender juntamente com FFFFFFFFFFFF 20.600g de cocana e 4.900g de maconha, droga esta pertencente organizao criminosa em causa, que seria distribuda em _______________.

Pois bem. A instruo ainda no se encerrou. No entanto, o digno Magistrado da ______ Vara Criminal da Comarca de ___________ houve por bem em proferir a seguinte deciso:

Processo n __________.

Vistos.

Tendo em vista a prova oral colhida, tudo indica que os acusados no utilizaram os veculos apreendidos para transporte de substncia entorpecente, motivo pelo qual, defiro a restituio de todos os veculos apreendidos a seus legtimos proprietrios.

No tocante a eventuais multas lavradas por infraes de trnsito no perodo em que os veculos estiveram apreendidos, at a data da liberao, sero retiradas e canceladas por comunicao da Polcia Federal.

Caso no o sejam, os Doutores Defensores devem comunicar a Polcia Federal para que sejam adotadas as providncias cabveis junto CIRETRAN.

Int.

Cincia ao M.P.

Local, d.s.

No dia 29 de agosto de 2007, o Ministrio Pblico do Estado de So Paulo, por intermdio do Grupo de Atuao Regional para a Preveno e Represso ao Crime Organizado, da regio de Ribeiro Preto - GAERCO, distribuiu pedido de apreenso e sequestro de bens (feito criminal n ___________ _____ Vara Criminal), com fundamento no art. 4, caput, da Lei n 9.613/98 Lei de Lavagem de Capitais -, no tocante aos veculos apreendidos e abaixo discriminados:

1. Veculo ______, marca _________, cor ______, placas _______, cidade _______, em nome de AAAAAAAAAAAA;

2. Veculo _______, marca _____, cor ____, placas ________, cidade ________, em nome de Banco _____________ S.A;

3. Veculo ___________, cor ______, placas ________ - cidade ________;

4. Veculo __________, marca _______, cor ________, placas _______, cidade _______, em nome de _____________________;

5. Veculo ________, marca ______, cor _____, placas _______, cidade _________, em nome de ___________;

6. Veculo __________, marca ________, cor ___, placas _______, cidade ___________;

7. Veculo ______, marca ____, cor _____, placas ________, cidade ______;

8. Motocicleta, marca _______, modelo _____, cor ____, placas ______, em nome de ________________.

No mesmo dia da distribuio do pleito de apreenso e sequestro de bens houve requisio junto Polcia Federal para instaurao de inqurito policial para apurar o delito de lavagem de dinheiro.

O feito foi distribudo ____ Vara Criminal de ___________, oportunidade em que a ilustre Magistrada declinou de sua competncia, encaminhando os autos para a ____ Vara Criminal, sob o argumento de que, por conta do delito antecedente l estar sendo processado, achar-se tal juzo tambm prevento para o delito de lavagem de dinheiro.

O digno Magistrado Doutor __________ argumentou que inexiste conexo neste caso, havendo apenas coincidncia dos agentes e suscitou conflito negativo de jurisdio, determinando a remessa dos autos ao Egrgio Conselho Superior da Magistratura.

Em sntese, encontra-se prestes a ser cumprida na ntegra pela Polcia Federal, a ordem judicial veiculada na ao penal n ___________, acima transcrita, promovendo a restituio dos veculos aos proprietrios.

II DA LEGITIMATIO AD CAUSAM

Alegitimidade e capacidade postulatria do impetrante vm do artigo 32, inciso I, da Lei Federal 8625, de 12 de fevereiro de 1993, e do artigo 39, inciso V, da Lei Complementar Estadual n' 304, de 28 de dezembro de 1982, que rezam:

"Artigo 32 Alm de outras funes cometidas nas Constituies Federal e Estadual, na Lei Orgnica e demais leis, compete aos Promotores de Justia, dentro de sua esfera de atribuies: impetrar habeas corpus e mandado de segurana e requerer correio parcial inclusive perante os Tribunais locais competente;

Artigo 39 So atribuies dos Promotores de Justia: V impetrar habeas corpus e mandado de segurana, inclusive perante os Tribunais competentes, contra atos de autoridade administrativa ou judiciria, praticados em sua rea de atribuies funcionais.

Em nvel jurisprudencial tratase de tese pacifica, consoante os v. julgados:

MANDADO DE SEGURANA Ato judicial Impetrao por Promotor de Justia diretamente na Instncia Superior Admissibilidade Ato judicial ilegal ou violador do direito, liquido e certo, pacficas a legitimatio ad causam' e a plena capacidade postularia Presena, ademais, de `periculum in mora e fumus boni juris' 'Writ' conhecido" (RT 6481296 TACrim 2 Cm. Rel. Juiz Ribeiro Machado).

MANDADO DE SEGURANA Ato judicial Impetrao por Promotor de Justia contra deciso de juiz de 1 grau legitimidade ad causam' por ser o Ministrio Pblico parte na relao jurdica processual penal (RT 6441337 STF Rel. min. Moreira Alves).

III DO CABIMENTO DO MANDAMUS

A doutrina e a jurisprudncia tm admitido a concesso do writ para ser imposto o efeito suspensivo aos recursos que, a princpio, tramitam somente no devolutivo, objetivando reparar direito lquido e certo que fora violado, ou mesmo para os casos em que no h previso de recurso, mas o risco de dano irreparvel acaso no haja possibilidade de nova apreciao jurisdicional.

Ensina Rogrio Laura Tucci, que: " o prprio Poder Judicirio, reflexivo, corrigindo, alm dos outros poderes e autoridades, tambm a si prprio, nos seus erros e equvocos eventuais, mediante um meio legal, preciso, claro, de lealdade absoluta, um apelo a mais da confiana em sua elevao e autoridade", citando Augusto Meira. Da porque, exceo e em princpio, das decises recorrveis, todos os atos judiciais, inclusive os jurisdicionais, so suscetveis de abstrao pelo Writ analisado: a medida pode ser, certamente utilizada 'contra qualquer deciso da Justia, tenha ou no passado em julgado, seja originria ou proferida em grau de recurso, desde que manifestamente ilegal, no haja contra ela recurso ou este seja praticamente inoperante para a garantia ou restabelecimento do direito violado.

Neste mesmo sentido, tambm a jurisprudncia:

"Cabe mandado de segurana contra deciso judicial, para dar efeito suspensivo a recurso que no o tem, se houver a possibilidade de dano irreparvel. (TJSP MS n. 264.589 Rel. Gonzaga Jnior).

O enunciado da Smula 267 comporta exceo, no caso em que, alm da no suspensividade do recurso e da ilegalidade do ato impugnado deste advenha dano irreparvel, cabalmente demonstrado" (STF RE 76.909 Rel.Min. Antonio Neder; STF RE 90.653 - Rel. Min. Dcio Miranda).

Tem sido comum admitirse o mandado de segurana como meio adequado para o exame da legitimidade da deciso judicial ou, ainda mesmo, a suspenso de sua realizao prtica, enquanto se aguarda a soluo do recurso que normalmente no opera o efeito suspensivo" (Mandado de Segurana 302/86, RJTJSP 100/381, RT 453/128, RTJ 103/213, RJTJSP 93/486, Kazuo Watanabe em in Controle Jurisdicional e Mandado de Segurana contra Atos Judiciais Ed. Rev. dos Tribunais, 1980, pgs. 96197).

Parecer do Ilustre Prof e Procurador de Justia, Dr. Jos Canosa Gonalves Neto, nos autos do Mseg. N 180.5241, TACrimSP, publicado in 152/183.

Esclarece o ilustre Prof. Julio Fabbrini Mirabete que o mandado de segurana, em muitos casos, funciona como recurso, provocando o reexame de uma deciso judicial ou ato judicial. Para tanto, cita a preciosa lio de Adalberto Jos Q. T. de Camargo Aranha, segundo a qual o mandado de segurana contra ato judicial pode atuar como um verdadeiro recurso, fazendo o reexame, mantendo ou reformando o ato atacado quando: a) no houver recurso especfico para atacar o ato; ou b) havendo o recurso, este no chegar a tempo de tornar reparvel o dano. A primeira hiptese funda-se no princpio do duplo grau de jurisdio; a segunda na idia da irreparabilidade do dano. A reparabilidade do dano no assegurada suficientemente pela previso de recurso ou de correio, se estes no conferirem efeitos suspensivos ilegalidade ou abuso de poder. A existncia de outros meios legais para a proteo do direito (ou defesa) no basta para excluir o mandado de segurana; ele admissvel desde que do ato impugnado advenha dano irreparvel cabalmente demonstrado. Deve-se tambm entender que o mandado de segurana pode atuar at com efeitos rescisrios, sendo oponvel contra decises j transitadas em julgado. (destaque nosso).

IV DO DIREITO LQUIDO E CERTO VIOLADO

Consigna o art. 63 da Lei n 11.343/2006 Lei de Drogas o seguinte:

Art. 63. Ao proferir a sentena de mrito, o juiz decidir sobre o perdimento do produto, bem ou valor apreendido, sequestrado ou declarado indisponvel.

1. Os valores apreendidos em decorrncia dos crimes tipificados nesta Lei e que no forem objeto de tutela cautelar, aps decretado o seu perdimento em favor da Unio, sero revertidos diretamente ao FUNAD.

Pois bem.

Mais uma vez, cumpre anotar que o digno Magistrado da ____ Vara Criminal da Comarca de _____________ simplesmente decidiu por restituir todos os veculos apreendidos, sob o argumento de que inexiste prova de que foram usados para o transporte da droga.

O art. 60 da Lei n 11.343/2006, por sua vez, aduz que o juiz poder decretar no curso do inqurito policial ou da ao penal, a apreenso e outras medidas assecuratrias relacionadas aos bens mveis e imveis ou valores consistentes em produtos dos crimes previstos nesta Lei, ou que constituam proveito auferido com sua prtica.

Na ao penal em causa h duas imputaes: associao para o trfico de drogas e financiamento e custeio de prtica de trfico de drogas.

Portanto, a deciso recorrida manifestamente ilgica e ilegal, j que a apreenso dos bens no se deu por conta de eles estarem sendo usados para o transporte das drogas, mas sim por estarem sendo usados por agentes que auferem recursos por meio do trfico de drogas, em suas diversas modalidades tpicas, e associao para o trfico de drogas.

O direito lquido e certo neste caso da sociedade, ao exigir do Poder Judicirio, por conta de dispositivo legal, que mantenha apreendido, dando-lhes o devido perdimento em favor da Unio, os bens adquiridos em razo do trfico de drogas.

Apenas para se ter uma idia, o valor em mdia da cocana, atualmente, gira em torno de R$ 15.000,00/kg, enquanto que o da maconha est em cerca de R$ 400,00/kg.

A conta meramente aritmtica, mas assustadora:

20.600g de cocana = R$ 307.000,00

4.900g de maconha = R$ 2.000,00

Pela quantidade da droga em jogo percebe-se que os agentes criminosos no se tratam de microtraficantes.

O raciocnio usado pelo digno Magistrado fere o bom senso e a lei, j que se deduz que o perdimento dos bens refere-se apenas e to-somente aos veculos usados para transportar a droga.

Ora, em decorrncia de tal lgica, o pequeno traficante que surpreendido pela polcia, sem qualquer trabalho de inteligncia, levando cerca de 10, 15 ou 100 trouxinhas de maconha, devidamente embaladas para pronto fornecimento a terceiros, provavelmente ser condenado por trfico de drogas e ter sua bicicleta declarada perdida em favor da Unio.

Prtica esta, infelizmente, comumente vista em nossos fruns.

Do contrrio, acaso ocorra a priso em flagrante por conta de associao para o trfico como a hiptese em jogo estando todos os agentes de posse dos veculos apreendidos e que se busca t-los apreendidos, o caso de restituir os veculos j que a droga foi apreendida em outras circunstncias.

Alis, so poucos os casos em nosso Brasil quando se detecta, de fato, quem so os verdadeiros adquirentes e vendedores da droga, contentando ns todos, operadores do Direito, com a priso de mulas, vendedores ambulantes e engraxates que poucos recursos possuem para sequer ter o que comer.

Situao que, a bem da verdade, tambm no justifica o trfico de drogas...

Neste caso, percebe-se o quilate dos agentes pelos veculos usados por eles. A devoluo prematura dos veculos, contrria lei e lgica do razovel, afigura-se verdadeiro prmio aos traficantes. Sero condenados, ao que parece, mas tero os veculos de volta, j que no usados para o transporte da droga.

Pela anlise do auto de priso em flagrante e relatrio da digna Autoridade Policial Federal, sustentados em trabalhos de interceptao telefnica, revela-se que vrias foram as remessas de drogas da regio do Estado ____________ para ____________.

O grupo era altamente organizado, com diviso de tarefas, sendo DDDDDDDDDD o verdadeiro lder, proprietrio do veculo ________, placas _______, cidade ________, que, na verdade, configura em nome de sua esposa AAAAAAAAAAA. Os trabalhos de monitoramento telefnico revelaram que os agentes viviam custa do trfico de drogas.

Enfim, busca-se com o presente mandamus sustar a ordem judicial que deliberou pela restituio dos veculos, seja para o fim de que os bens sejam declarados perdidos em favor da unio, seja para que os bens estejam devidamente assegurados para se apurar o delito de lavagem de dinheiro.

Inexiste prejuzo para a concesso da ordem, j que os bens podero ser devolvidos a quem de direito, ulteriormente. Do contrrio, acaso haja a liberao, dificilmente os bens sero apreendidos, seja pela rpida disponibilidade que os agentes possuem para deles se desfazer, seja ocultando-os, alienandos-os, ou at mesmo locupletando-se com a venda de peas.

Tambm no de se olvidar que todos os veculos acima discriminados foram apreendidos em poder dos membros da referida organizao criminosa.

Indubitavelmente em grupos deste jaez, a existncia de agentes que cuidam de ocultar e dissimular a origem dos bens provenientes direta e indiretamente do trfico de drogas.

Desse modo, com o fim de assegurar os bens referidos em poder da Justia, de rigor a apreenso e sequestro deles, para que a investigao ocorra a contento, no tocante lavagem de dinheiro, nos termos do art. 4, caput, da Lei de Lavagem de Capitais, in verbis:

Art. 4. O juiz, de ofcio, a requerimento do Ministrio Pblico, ou representao da autoridade policial, ouvido o Ministrio Pblico em 24 (vinte e quatro) horas, havendo indcios suficientes, poder decretar, no curso do inqurito ou da ao penal, a apreenso ou o sequestro de bens, direitos ou valores do acusado, ou existentes em seu nome, objeto dos crimes previstos nesta Lei (...).

1. As medidas assecuratrias previstas neste artigo sero levantadas se a ao penal no for iniciada no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da data em que ficar concluda a diligncia.

2. O juiz determinar a liberao dos bens, direitos e valores apreendidos ou seqestrados quando comprovada a licitude de sua origem.

V DO FUMUS BONI JURIS E DO PERICULUM IN MORA:

O fumus boni juris est presente, pois a doutrina e a jurisprudncia brasileiras tm admitido reiteradamente que, atravs de mandado de segurana, se busque dar efeito suspensivo, com carter ativo, a decises que no contenham previso legal de cabimento de recurso.

Por outro lado, inequvoco o periculum in mora. Com certeza, se no houver efeito suspensivo ativo, sustando a ordem judicial que determinou a restituio dos veculos e determinando que os veculos permaneam apreendidos, seja para os fins de se declarar o perdimento na ao penal que apura a associao para o trfico de drogas, seja para se apurar o delito de lavagem de dinheiro, os bens certamente sero liquidados e de difcil localizao.

De se registrar que a Polcia Federal j est de posse da determinao judicial guerreada, havendo inclusive notcia de que j houve a liberao de um veculo, infelizmente.

A apreenso dos bens, sobretudo, tem natureza acautelatria, para os fins acima aludidos, sob pena de se perder boa parte dos bens adquiridos com os proveitos do trfico ilcito de drogas.

VI DA LIMINAR:

Os fundamentos da presente impetrao so relevantes, como j exposto nos itens anteriores, razo pela qual impese a concesso de liminar, para que seja sustada a ordem judicial referida, determinando-se a manuteno dos veculos acima descritos apreendidos e a busca e apreenso daqueles que eventualmente j tenham sido restitudos, oficiando-se, para tanto, ao Juzo da _____ Vara Criminal da Comarca de ________, bem como Polcia Federal de __________, que j est de posse da ordem judicial aludida para devido cumprimento.

VII DO PEDIDO:

Ante todo o exposto, com especial destaque ilegalidade e ausncia de critrios lgico-razoveis da deciso que determinou a restituio dos veculos, nos autos da ao penal n ________, em trmite na _____ Vara Criminal da Comarca de ___________, violando direito da sociedade de se ter os bens de supostos traficantes adquiridos com proveito do trfico de drogas, requerse que seja sustada a ordem judicial referida, determinando-se a manuteno dos veculos descritos acima apreendidos, e a busca e apreenso daqueles que eventualmente j tenha sido restitudos, seja para os fins de se garantir o perdimento deles por ocasio da sentena, seja para os fins de se apurar o delito de lavagem de dinheiro.

Requerse, ainda, a notificao da ilustre autoridade, dita coatora, que deve prestar as devidas informaes no prazo da lei (artigo 7, da Lei n 1533/51).

Requer-se urgncia na tramitao, sob pena de ineficcia, j que a Polcia Federal est de posse da ordem judicial guerreada, para os fins de proceder restituio dos veculos.

Nestes termos,

pede deferimento.

Ribeiro Preto/So Paulo, 05 de setembro de 2007.

TIAGO CINTRA ESSADO

Promotor de Justia

in Processo penal. 7 ed. rev. e atual. So Paulo: Atlas, 1997. p. 721.