2011 01 tecnologias na arte de cuidar da saÚde da famÍlia [recuperado]

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Discussão feita com alunos de Graduação em Enfermagem da FAEN/UFMT para instrumentalização da prática com familia.

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TECNOLOGIAS NA ARTE DE CUIDAR DA SADE DA FAMLIAProf. Mstda. Closeny Maria Soares Modesto Especialista em Administrao e Assistncia de Enfermagem

A partir das diversas concepes de famlia e de nossa prpria vivncia familiar, entendemos famlia como um sistema inserido numa diversidade de contextos e constitudo por pessoas que compartilham sentimentos e valores formando laos de interesse, solidariedade e reciprocidade, com especificidade e funcionamento prprios. Os conceitos podem ser diversos, mas um ponto comum que a unio dos membros de uma famlia, com ou sem laos consangneos, se d a partir da intimidade, do respeito mtuo, da amizade, da troca e do enriquecimento conjunto. (ELSEN, 2002)

Famlia O termo famlia derivado do latim famulus, que significa escravo domstico. Este termo foi criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas.

A famlia um sistema no qual se conjugam valores, crenas, conhecimentos e prticas, formando um modelo explicativo de sade doena, atravs do qual a famlia desenvolve sua dinmica de funcionamento, promovendo a sade, prevenindo e tratando a doena de seus membros. (ELSEN, 2002)

Tipos de famlia Famlia Nuclear Famlia Extensiva/estendida Famlia unitria Famlia monoparental Famlia reconstituda Famlia homossexual/homoafetiva (Curra e Fernandes, 2006)

O principal vinculo para formao da famlia o afeto, ou seja, basta que os sujeitos se considerem assim para serem considerados como tal.

Angreves e Saraiva, 2011.

SABERES ENVOLVIDOS NA ABORDAGEM DE FAMILIA

Modelo Calgary de Avaliao da Famlia

Trs categorias principais:

Angreves e Saraiva, 2011.

Modelo Calgary de Avaliao e Interveno na Famlia, que permite apreender a famlia como um sistema, identificar seus problemas de sade, seus recursos para enfrentar os problemas e os suportes comunitrios disponveis. Esse modelo foi proposto por pesquisadores da Universidade de Calgary, no Canad, e tem sido muito utilizado por enfermeiros, pois facilita a organizao dos dados para olhar a famlia como um todo e orienta a interveno.

Moura et al, 2004.

PORQUE TRABALHAR COM A FAMLIA?1. O ENVOLVIMENTO DA FAMLIA MULTIPLICA RECURSOS. 2. INFORMAES COLHIDAS DE VRIOS FAMILIARES TORNA O DIAGNSTICO DA SITUAO MAIS FIEL . 3. A CONSTRUO DE UM PLANO TERAPUTICO ENVOLVENDO A FAMLIA TORNA A INTERVENO MAIS EFETIVA.

Criar vnculos implica ter relaes to prximas e to claras, que nos sensibilizamos com todo o sofrimento daquele outro, sentindo-se responsvel pela vida e morte do paciente, possibilitando uma interveno nem burocrtica e nem impessoal. (Merhy, 1994, p.138). A produo de vnculo entre profissional/equipe de sade e usurio est relacionada tanto busca por um maior percentual de curas quanto noo que valoriza a construo de espaos propcios construo de sujeitos (profissionais e usurios) autnomos. (Ceclio & Matsumoto, 2006). Enfermagem & Famlia: O enfermeiro e sua equipe precisam ser generalistas, mais que especialistas, para atender demanda; capazes de diversas performaces - aes e estratgias-, com criatividade e raciocnio rpido para agir com competncia, pacincia, segurana e persistncia. (FIGUEIREDO et al., 2007 ).

A ABORDAGEM FAMILIARRemete ao conhecimento pela equipe de sade dosmembros da famlia e dos seus problemas de sade Para o Ministrio da Sade (2001): A famlia o conjunto de pessoas, ligadas por laos de parentesco, dependncia domstica ou normas de convivncia, que residem na mesma unidade domiciliar. Inclui empregado (a) domstico (a) que reside no domiclio, pensionista e agregados

A ABORDAGEM FAMILIARNo Brasil, a centralizao na famlia implementada a partir da estratgia de Sade da Famlia, desde 1994,

como uma reorientao do modelo assistencial,operacionalizada mediante a implantao de equipes multiprofissionais em UBSEstas equipes so responsveis pelo acompanhamento de um nmero definido de famlias, localizadas em uma rea geogrfica delimitada e

atuam com aes de promoo da sade, preveno, recuperao,reabilitao de doenas e agravos mais freqentes, e na manuteno da sade desta comunidade

SITUAES EM QUE A FAMLIA DEVE SER ENVOLVIDA1. DOENAS CRNICAS E/OU INCAPACITANTES 2. DOENAS PSICOSSOMTICAS 3. TRANSTORNOS PSIQUITRICOS 4. DOENAS AGUDAS FREQENTES 5.DOENAS COMPORTAMENTAIS 6.DIFICULDADES DE ADESO AO TRATAMENTO 7.DOENAS DEBILITANTES OU INCAPACITANTES 8.PR- NATAL, PUERPRIO 9.PUERICULTURA 10.DOENAS INFECTO-CONTAGIOSAS

Abordagem da FamliaTecnologia leve: caracterstica da ateno primria. A abordagem da famlia no se reduz aos instrumentos, mas pode ser facilitada por eles. So instrumentos de abordagem familiar: entendimento do ciclo vital, dinmica familiar, genograma e rede social. Podem ser utilizados por toda equipe

UM DIAGNSTICO SER TANTO MAIS FIEL QUANTO MAIOR FOR A COMPREENSO DO SIGNIFICADO DA DOENA E DA SUA REPERCUSSO SOBRE O PACIENTE E SUA FAMLIA.

TIPOS DE TECNOLOGIAS LEVES PARA AVALIAR DIAGNSTICAR E PLANEJAR INTERVEES EM SADE DA FAMLIA

Genograma Eco-Mapa Crculo Familiar de Thrower Ciclo Familiar de Duvall APGAR Familiar Conferncia Familiar Practice Firo

Instrumentos de Abordagem Familiar mais utilizadosEntendimento do Ciclo Vital

GENOGRAMA (+ Reconhecer o Ciclo de Vida Familiar) Entrevista FamiliarREDE SOCIAL

A associao da equipe com o usurio e sua famlia um requisito bsico para a abordagem familiar e fundamenta-se no respeito realidade e s crenas da famlia, por parte da equipe de sade

INSTRUMENTOS DE ABORDAGEM FAMILIARMuitas tcnicas esto disponveis para ajudar os profissionais de sade a considerar o contexto da famlia como uma parte de sua ateno clnica. Dentre os instrumentos de Abordagem Familiar os mais utilizados so: o Genograma, o Ciclo de Vida da Famlia, o FIRO e o PRACTICE.

Genograma Diagrama que detalha a estrutura e o histrico familiar, fornece informaes sobre os vrios papis de seus membros e das diferentes geraes; fornece as bases para a discusso e anlise das interaes. (Hayes e cols.,2005)

GENOGRAMAElementos principais: ESTRUTURAL x FUNCIONAL. Regras bsicas para construo: - Simbologia prpria; - No mnimo 3 geraes; - Iniciar pelo casal e filhos; - Fase do ciclo vital; - Sistema familiar de origem; - Estressores; - Rede social de apoio; - Interpretaes dos problemas; - Relaes familiares e vitais mais significativas.

GENOGRAMAAcumula informaes que traduzem de forma sintetizada: 1.Os antecedentes familiares;

2.Nvel sociocultural;3.Condio laboral;

4.Rede de relaes;5.Fatores condicionantes dos problemas de sade.

McGoldrick e Gerson

Instrumento para incorporar categorias de informao familiar ao processo de resoluo de problemas.

Caractersticas bsicas:Possui simbologia prpria, apresenta no mnimo, trs geraes da famlia, mortes com idade ou data da morte e sua causa e interpretaes do problema; Identificao da estrutura da famlia e seu padro de relao;

Doenas que costumam ocorrer com repetio dos padres de relacionamento;Conflitos que desembocam no processo de adoecer;

Evidencia a dinmica familiar e as relaes entre seus membros. (Oliveira e cols., 2006)

GENOGRAMATipo de informaes que devem estar no genograma: -Traado base com os membros daquela famlia, com identificao do caso ndice. -Idade e doenas diagnosticadas. -Padro de relao entre os membros: prxima, conflituosa, interrompida. -Tipo de trabalho, religio, ocupao de importncia para o caso: rede social e de apoio.

GENOGRAMA Traado Estrutural- Gnero - Matrimnio

- Sujeito ndice

- Separao

- Falecimento

- Divrcio

GENOGRAMA Traado Estrutural- Convivncia - Gestao

- Mltiplos Matrimnios

- Aborto

- Matrimnio Complexo

- Filhos

GENOGRAMA Traado Estrutural- Casal e Filhos Familiar - Agregado

- Relaes Interpessoais

GENOGRAMAAvaliao de um quadro trigeracional de uma famlia e de seu movimento atravs do ciclo de vida. H hiptese pela qual as normas de vinculao, nas geraes prvias, podem fornecer modelos implcitos para o funcionamento familiar seguinte.

Alguns padres podem facilmente se repetir em vrias geraes e podem ser abordados tambm nesta perspectiva.

INTERPRETAES E USO DO GENOGRAMASistema de registro simples e importante em equipes multiprofissionais como instrumento de relao de mltiplos setores; Olhar qualitativo e com mais trocas; Excelente para detectar fatores de risco individuais e familiares; Sensibilidade para problemas sociais; Serve para conhecer e montar uma rede social eficaz para o problema do paciente; Recurso diagnstico de famlias disfuncionais, para deteco e planejamento.

Uso do GenogramaPossibilita ao profissional da sade:

Avaliao e compreenso rpida da famlia; Elaborao de um vnculo com a famlia; Preveno e monitoramento de eventos sentinela; Investimento na educao em sade; Reconhecimento da necessidade de rastreamento de pacientes de alto risco; Promoo de alteraes no estilo de vida e maior nfase na orientao do paciente.

Anlise da Estrutura do Genograma

1.Composio do lar 2.Constelao fraterna 3.Configuraes familiares no-usuais 4.Adaptao ao ciclo de vida 5.Repetio de normas atravs das geraes.

D.A.

M.D.

68

70

GENOGRAMAA.A.S. J.A. V.B.A. M.A.A. D.C.A.

D.A.

Emlia

?Cora Coralina

V. A.

Ceclia M.

D. A.

?

?

?

40

?

33

28D. Clarice Lispector

?Jos de Alencar

?

?

?

? ? ?

30

38

Mario de Andrade

?

? ?

10

Jlia Lopes

?

? Legenda:Mulher Homem Casamento Separao

Rede Cuidadora Moram na mesma casa

?

Idade no informadaCaso ndiceKawaata, M.K. Genograma de uma usuria com LES, 2010

bito

GenogramaHAS- Derrame Morte no parto

Derrame/HAS

Legenda: homem mulher bito aborto Famlia ndice Caso ndice TB etilismoParto com hemorragia Parto normalParto

A.G.S. 59 anos TB, DM, HAS Do lar

55 anos TB tratada Picoleseiro

TB tratada

Assassinado Picoleseiro salgadeiro TB tratada

31 anos, TB , DM Picoleseiro Fumante

32 anos TB tratada Salgadeiro Fumante

Fonte: MARUYAMA F. N. (Acadmica de enfermagem)2010.

GENOGRAMA FAMILIAR

CARTERFLUXO DE ANSIEDADE O Fluxo Vertical deriva das normas de

funcionamento que se transmitem historicamente deuma gerao a outra, em especial atravs do processo do tringulo emocional. O Fluxo de Ansiedade Horizontal surge das tenses atuais que pesam sobre as famlias, medida que avana atravs do tempo, suportando as mudanas inevitveis, as desgraas e as transaes no ciclo de vida familiar.

FLUXO DE ANSIEDADE

FATORES DE RISCO E DE PROTEO DA SADE DA FAMLIA.RISCO: Gentica; Doena Crnica e Incapacitao; Violncia; pouca Resilincia; Dificuldades Financeiras; Analfabetismo de Pai ou Me; Gravidez/Nascimento; Desapontamentos/Separaes/Morte; Perda de Modelo (pai ou me); Discrdia entre familiares; Institucionalizao/Incapacidade/Doena Mental; Negligncia e Abuso; Moradia inadequada; Falta de apego... PROTEO: Gentica; Renda Estvel; Lei na Famlia; Moradia Adequada; Famlia Estvel (boa dinmica familiar); Bons recursos; Apoio Social; Sade segura; Religiosidade; Prazer...

Histrico Familiar: a histria das doenas geneticamente relacionadas famlia do paciente e longevidade, assim como causa da morte dos familiares (Fletcher, 2001)

Xavier, J.S et al Seminrio sobre Famlia em Condio Crnica, 2011.

HISTRIO FAMILIAR Reflete a satisfao de cada membro da famlia; Avaliao feita por questionrio de cinco perguntas referentes aos aspectos abordados, que sero pontuadas e analisadas depois;

CICLO DE VIDA DA FAMLIA O Ciclo de Vida das Famlias uma srie de eventos previsveis que ocorrem dentro da famlia como resultado das mudanas em sua organizao. Esta ferramenta identifica na histria da famlia os diferentes estgios de desenvolvimento, que tambm so

chamados de crises evolutivas e incluem as tarefas aserem cumpridas pelos membros familiares e tambm tpicos de promoo de sade familiar que podem ser

implementados.

CICLO DE VIDA DA FAMLIA Vantagem: permite a antecipao de possveis desafios a serem enfrentados e a realizao de atividades preventivas, que promovam a capacidade de resoluo de problemas e o crescimento e desenvolvimento do sistema familiar.

Ciclo vital da Famlia Crises previsveisCrises evolutivas: exigem mudana na organizao da famlia, ajustes dos membros ao longo do tempo e podem ser o precipitante de transtornos fsicos e psquicos. Podem de alguma maneira ser previstas e trabalhadas pela equipe com seus pacientes.

Ciclo vital da Famlia Crises previsveis1.Adulto jovem independente: Construo da autonomia emocional e financeira. 2.Casamento: formao da famlia nuclear, construo de regras prprias de funcionamento. 3.Nascimento do primeiro filho: mudana no padro de relacionamento. Modificao dos papis.

Ciclo vital da Famlia Crises previsveis4.Famlia com filhos pequenos: podem aparecer problemas com os outros filhos e com a nova organizao da famlia. 5.Famlia com filhos adolescentes: pais e avs tambm esto envelhecendo. O adolescente tenta encontrar sua identidade. Flexibilidade.

Ciclo vital da Famlia Crises previsveis6.Ninho vazio: Filhos saem de casa e os pais esto vivendo crises da meia idade. Hoje esta etapa tem sofrido modificaes, com cada vez mais os avs se responsabilizando pelo cuidado das famlias de seus filhos.

CICLO DE VIDA DA FAMLIA.Estgio do Ciclo de Vida da Famlia Iniciando a vida a dois Tarefas a Serem Cumpridas Estabelecer um relacionamento mutuamente satisfatrio. Aumentar a autonomia em relao famlia de origem e desenvolver novas relaes familiares. Tomar decises sobre filhos, educao e gravidez Desenvolver novas amizades. Ajustar-se e encorajar o desenvolvimento da criana. Estabelecer uma vida satisfatria a todos os membros Reorganizar a unidade familiar de dois para trs ou mais membros. Tpicos de Preveno Discutir a importncia da comunicao. Fornecer informao sobre planejamento familiar.

Famlias com filhos pequenos

Fornecer informaes Envolver o pai na gestao e parto. Discutir desenvolvimento infantil, papel de pais e relacionamento pais e filhos. Encorajar um tempo para o casal. Discutir rivalidade entre irmos. Discutir o sentimento de afastamento dos pais perante o surgimento dos filhos.

CICLO DE VIDA DA FAMLIA.Estgio do Ciclo de Vida da Famlia Famlias com crianas pr escolares Tarefas a Serem Cumpridas Prover espao adequado para a famlia que cresce Enfrentar os custos financeiros da vida familiar Assumir o papel maduro apropriado famlia que cresce Manter uma satisfao mutua no papel de parceiros, parentes, comunidade. Tpicos de Preveno Encorajar um tempo para o casal Estimular o dilogo sobre educao dos filhos Fornecer informaes sobre o desenvolvimento das crianas

Famlias com crianas em idade escolar

Facilitar a transio da casa para a escola. Fazer face as crescentes demandas de tempo e dinheiro. Manter uma relao de casal.

Fornecer informao sobre o desenvolvimento de crianas em idade escolar Monitorar o desempenho escolar e reforar posies realsticas sobre expectativas de desempenho. Sugerir estratgias de manejo de tempo. Encorajar discusses sobre sexualidade com as crianas.

CICLO DE VIDA DA FAMLIA.Estgio do Ciclo de Vida da Famlia Famlias com adolescentes Tarefas a Serem Cumpridas Equilibrar liberdade com responsabilidade a medida que os adolescentes vo adquirindo individualidade Estabelecer fundamentos para atividades dos pais aps a sada dos filhos. Tpicos de Preveno Estabelecer relao com o adolescente que reflita aumento de autonomia Fornecer informao aos pais sobre desenvolvimento de adolescentes. Conversar com adolescentes sobre drogas e sexo Discutir com o adolescente o estabelecimento de relaes ao longo da vida

Casais de meia idade

Prover conforto, sade e bem estar enquanto casal. Planejar futuro financeiro Crescimento e significado do individuo e do casal. Ser avs.

Encorajar o casal a fazer planos para aposentadoria: atividades de lazer, finanas, moradia. Independncia dos filhos. Eleio vocacional e do companheiro pelos mesmos. Tolerncia partida dos filhos Explorar o papel de avs. Discutir sexualidade e os processos ligados ao envelhecimento.

CICLO DE VIDA DA FAMLIA.Estgio do Ciclo de Vida da Famlia Famlias envelhecendo Tarefas a Serem Cumpridas Tpicos de moradia e finanas. Integridade do ego Sade Ficar mais tempo juntos. Enfrentando a vida sozinho. Tpicos de Preveno Discutir tpicos de sade, planejamento de longo prazo. Revisar a vida como ferramenta para a sade mental. Encorajar interesses individuais e compartilhados. Preparar para lidar com a perda do companheiro (a).

Ciclo Vital Crises AcidentaisSo aquelas crises que no podem ser previstas, mas que so relativamente comuns. -Mudanas de domiclio, -desemprego, -doena aguda e morte. Importante criar redes de mobilizao.

Dinmica FamiliarAjudam a demonstrar a maneira como as famlias lidam com suas crises e conflitos. Podemos analisar na dinmica familiar: - Diviso de poder entre o casal: quanto mais igualitria a diviso de poder, mais saudvel ser o relacionamento da famlia e menos violncia vai ocorrer. - Padro de comunicao do casal: A forma como se processa a comunicao muitas vezes mais importante que o contedo.

Dinmica Familiar- Expresso e manejo dos sentimentos: avaliar se existe um padro preponderante e se este padro incomoda a famlia. - Capacidade de lidar com perdas e mudanas: Flexibilidade - Capacidade de autonomia e Intimidade: reconhecimento das diferenas individuas favorecendo a autonomia.

CABRAL,2006

AVALIAO E INTERVENO COM FAMILIA.

Fonte: adaptado de Frguas,G. O ENFRENTAMENTO DA NEFROPATIA DIABETICA NA OTICA DA FAMILIA: UMA ABORDAGEM NA PERSPECTIVA DO Modelo Calgary de Avaliao na Familia. Dissertao de Mestrado da escola de enfermagem de Minas Gerais, 2007, p.159

Fonte: adaptado de Frguas,G. O ENFRENTAMENTO DA NEFROPATIA DIABETICA NA OTICA DA FAMILIA: UMA ABORDAGEM NA PERSPECTIVA DO Modelo Calgary de Avaliao na Familia. Dissertao de Mestrado da escola de enfermagem de Minas Gerais, 2007, p.159

REDE SOCIALVincula a ptica utilizada pela terapia familiar s vicissitudes do meio microssocial Gregory Bateson as fronteiras do indivduo no esto limitadas por sua pele, mas incluem tudo aquilo que o sujeito interage famlia, meio fsico, relaes de trabalho, insero comunitria, prticas sociais.

REDE SOCIALDiscriminar entre a micro-rede social pessoal e a redemacro que inclui a comunidade de que fazemos parte, a sociedade, nossa espcie e nossa ecologia.

REDES DE REDES.

SISTEMA DE REDES

REDE SOCIALPode ser definida como a soma de todas as relaes que um indivduo percebe como significativas ou define como diferenciadas da massa annima da sociedade. Corresponde ao nicho interpessoal da pessoa e contribui substancialmente para o seu prprio reconhecimento como indivduo e para sua autoimagem. Constitui uma das chaves centrais da experincia individual de identidade, bem-estar, competncia e agenciamento ou autoria, incluindo os hbitos de cuidado da sade e a capacidade de adaptao em uma crise.

REDE SOCIALMAPA MNIMO (4 quadrantes): 1.Famlia 2.Amizades 3.Relaes de trabalho ou escolares 4.Relaes comunitrias, de servio ou de

credo.

REDE SOCIALTrs reas:-Crculo interno

Relaes ntimas (familiares diretos com contato cotidiano, amigos prximos);-Crculo intermedirio

Relaes pessoais com menor grau de compromisso (relaes sociais ou profissionais com contato pessoal, mas sem intimidade; amizades sociais, familiares intermedirios);-Crculo externo

Relaes ocasionais (conhecidos de, trabalho, vizinhos, frequentadores de um mesmo crculo).

REDE SOCIAL

REDE SOCIALPERGUNTAS CHAVE: - Quem so as pessoas importantes da sua vida? - Com quem vc conversou ou encontrou nesta ltima semana? - Quando vc est com vontade de visitar algum, para quem vc liga? - Quem , ou poderia ser, um ser um ombro para vc chorar? - Com quem vc se encontra regularmente?

REDE SOCIALEm que direo vc acha que sua relao com essa pessoa est indo, em direo a um

aumento da intimidade (para dentro), a umareduo da intimidade (para fora), ou sem mudanas previsveis?

AVALIAO DA REDEFUNES DA REDE: 1. Companhia social 2. Apoio emocional 3. Guia cognitivo e conselhos 4. Regulao social 5. Ajuda material e de servios 6. Acesso a novos contatos

REDE SOCIALVale salientar, considerando seu peso substancial como determinantes de sade e

doena, que as variveis de rede adquiremrelevncia clnica ainda maior nos tempos atuais.

REDE SOCIALH uma porcentagem crescente da populao que no vive com algum companheiro ou em famlia, mas s; Existe menos presso social no sentido de uma participao em atividades sociais informais e formais (clubes, atividades religiosas, organizaes voluntrias, etc.); Um maior nmero de casais decidem no ter filhos ou tm filhos adultos que vivem longe; Um nmero cada vez maior de indivduos, casais e famlias emigram ou mudam de rea de residncia reiteradamente no curso da vida; Existe uma reduo das atividades tribais com a famlia extensa.

DESAFIOS1. Entender a famlia com as quais vamos trabalhar. 2. Evitar diagnsticos simplistas, lidar com os nossos prprios preconceitos na tentativa de criar dinmicas que favoream a autonomia. 3.Entender qual o papel esperado da Unidade de Sade nesta relao familiar. 4.Discutir abertamente com a famlia as medidas necessrias para um melhor cuidado.

REDES SOCIAISSuporte de rede: 1. Mediadores Inibidores 2. Mediadores FacilitadoresFonte: Maruyama F. N.(Acadmica de Enfermagem) baseado em Lopes A. N. Prticas de Integralidade e as redes sociais: possibilidades avaliativas para a construo da cidadania de famlias em condies crnicas, 2010.

DiagramaPSF, Famlia, Vizinhas.(F) Analfabetismo (I)Educao

Famlia(F) (I) limitaes fsicas e problemas de sade.Situao Econmica \ Renda

21

Dificuldade de se aposentar por invalidez (Analfabetismo, Limitaes Fsicas)(I)

Vizinhas

Vizinhas (F) Limitaes Fsicas, Sade prejudicada (I)

Servios domsticos

PSF / ACS

A.G.SFilhos (Famlia) Sade

Aposentadoria

I- Mediadores Inibidores F- Mediadores FacilitadoresFonte: Maruyama F. N.(Acadmica de Enfermagem) baseado em Lopes A. N. Prticas de Integralidade e as redes sociais: possibilidades avaliativas para a construo da cidadania de famlias em condies crnicas, 2010.

1-Rede social Prxima. 2- Problemas e desafios identificados.

PSF / ACS,Acadmicos de Enf, HUJM Vizinhas,Famlia (F) Analfabetismo, Problemas Familiares (Etilismo) Problemas de Sade e Limitaes fsicas(I)

ECOMAPA: um diagrama que mostra as relaes da famlia com a comunidade, onde possvel avaliar as redes e apoio sociais disponveis e a utilizao pela famlia. Deve conter as interaes das famlias com as pessoas, instituies ou grupos. Reproduz ausncia ou presena de recursos sociais, culturais e econmico de um perodo da dinmica familiar, podendo ter modificaes com o decorrer do tempo. (ROCHA et al., 2002)

ECOMAPA

ECOMAPA IIgreja

Escola

30

Shopping

38

Famlia Estendida

LES IRC

10

Legenda:Muito ForteForte Fraco Fluxo de Energia

Pq. Me Bonifcia

Kawaata, M.K. Ecomapa I de uma usuria com LES, 2010

ECOMAPA IITarsila (secretria) Jlia Lopes (sobrinha) Emlia Bandeira (ex-cunhada)

Famlia EstendidaCora Coralina (irm) Raquel de Queiroz Infectologista Santa Casa Hemodilise

Ceclia Meireles (cunhada)

Legenda:Muito Forte Forte Fraco Muito Fraco Fluxo de Energia

HUJM Dr. Assis

FarmciaMediadores no Humanos - TiquinhoKawaata, M.K. Ecomapa II de uma usuria com LES, 2010

Agente de sade HUJM

EcomapaPSF Santa Isabel lll

Transporte publico

Legenda:Relao amorosa Relao amigvel Relao conflituosa

Vizinhos

Relao muito forte Relao fracaFluxo de energia Fonte: MARUYAMA F. N. (Acadmica de

Policlnica Verdo

CICLO FAMILIAR DEFINIDO POR DUVALL - OITO FASES

CRCULO FAMILIAR DE THROWER

Os mtodos de avaliao familiar usados nos Cuidados de Sade Primrios permitem aos tcnicos de sade pensar a famlia como um sistema, integrando o problema do doente na famlia a que ele pertence e ter em conta a dinmica familiar, sabendo como ele a influencia e como influenciado por ela. A literatura descreve mltiplos mtodos de abordagem familiar de utilizao regular na consulta de Medicina Geral e Familiar. Aqui valorizmos aqueles que, de uma forma grfica, nos podem traduzir sentimentos e emoes: o desenho infantil e o Crculo Familiar de Thrower. (MARAU,2007).

APGAR FAMLIAR

Avalia o modo como o indivduo sente a sua posio dentro da famlia num dado momento da vida, avaliando a famlia como funcional ou disfuncional. O APGAR familiar mede: Adaptao Modo como os recursos so partilhados. o grau de satisfao pela assistncia recebida quando um dos membros tem de recorrer famlia. Participao Modo como as decises so partilhadas. a satisfao de um membro pela reciprocidade na comunicao e pela soluo dos problemas. Crescimento Modo como a maturidade partilhada. a satisfao de um dos membros pela liberdade concedida, no que respeita a mudanas de funes, at se atingir o crescimento fsico e emocional. Afecto Modo como as experincias emocionais so partilhadas. a satisfao de um dos membros com a intimidade e interaco emocional que existe na famlia. Deciso Modo como tempo partilhado. a satisfao de um membro com o tempo que os outros elementos dedicam famlia. composto por um questionrio com cinco perguntas, cuja resposta se pode situar entre o nunca, s vezes e sempre, pontuando 0,1 ou 2, respectivamente.

APGAR FAMLIAR

composto por um questionrio com cinco perguntas, cuja resposta se pode situar entre o nunca, s vezes e sempre, pontuando 0,1 ou 2, respectivamente.

Pontuao Famlias altamente funcionais 7-10 Famlias com disfuno moderada 4-6 Famlias com disfuno acentuada 0-3

CONFERNCIA FAMILIAR uma reunio entre o paciente, os profissionais de sade, a famlia, vizinhos ou amigos. Caracteriza-se por uma interveno dirigida unidade familiar, tendo uma curta durao, e focando um problema escolhido por qualquer um dos intervenientes. Segundo Doherty e Baird h cinco nveis de interveno nas famlias: 1. Interveno familiar espordica; 2. Informao e aconselhamento da famlia; 3. Apoio familiar e social; 4. Ajuda na resoluo de problemas (avaliao sistmica e planeada); 5. Terapia familiar. ETAPAS DA ENTREVISTA FAMILIAR 1 - Acolhimento 2 - Definio do problema 3 - Interao com a famlia 4 - Redefinio do problema

FIROAs trs dimenses constituem uma seqncia lgica deprioridades para o tratamento, ou seja, primeiro a incluso, depois o controle e em seguida intimidade

(Chile, 2008; Ditterich, 2005).

Situaes nas quais o FIRO aplicvel 2. Quando a famlia sofre mudanas importantes, ou ritos de passagem, tais como descritos no Ciclo de Vida e faz-se necessrio criar novos padres de incluso, controle e intimidade. 3. Quando a incluso, o controle e a intimidade constituem uma seqncia inerente ao desenvolvimento para o manejo de mudanas da famlia.

Incluso

Diz respeito interao dentro da famlia para sua vinculao e organizao, ou seja, desvenda os que esto dentro ou que esto de fora do contexto familiar. Refere-se s interaes do exerccio de poder dentro da famlia.

Controle

Refere-se s interaes familiares correlatas s Intimidade trocas interpessoais, o modo de compartilhar sentimentos, tais como esperanas e frustraes, o desenvolvimento de atitudes de aproximao ou de distanciamento entre os familiares, as vulnerabilidades e as fortalezas.

PRACTICE

O modelo PRACTICE facilita o desenvolvimento da avaliao familiar, fornecendo as informaes sobre que intervenes podem ser utilizadas para planejar aquele caso especfico. Este modelo pode ser usado para itens da

ordem mdica, comportamental e de relacionamentos(Walters apud Ditterich, 2005, p. 42).

Deve ser aplicada sob a forma de momentos de entrevista

familiar e a abordagem pode ocorrer em diversasaproximaes.

PRACTICEP - ProblemR - Roles and Structure A Affect C Communication T Time in Life

Problema apresentadoPapis e estrutura Afeto Comunicao Tempo no Ciclo de Vida

I Illness in FamilyC Coping with stress

Doenas na famlia, passadas e presentes.Lidando com o estresse

E Environment or Ecology Meio ambiente ou Ecologia

ITINERRIO TERAPUTICOTrajetrias de busca, produo e gerenciamento do cuidado para a sade, empreendida por pessoas e famlias seguindo uma lgica prpria tecidas nas mltiplas redes para o cuidado em sade, de sustentao e de apoio que possam lhes dar certa sustentabilidade na experincia de adoecimento. (BELLATO et al 2008)

ITINERRIO TERAPUTICO TEMPORAL2006 2006Encaminhamento

2006

Inchao nos olhos

P.S.M. de Cuiab 2006Encaminhamento

2006 2010

2006

Medicao em Casa (Durante 4 anos)

Hospital Cuiab 2010 2010

2010

2010

Edema corporal + facial + HAS

Santa Helena Hemodilise

Santa Casa Hemodilise

CasaKawaata, M.K. Itinerrio Teraputico Temporal de uma usuria com LES, 2010

A FAMILIA NO CONTEXTO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM.A busca por uma assistncia Integral com foco nos principios do SUS.

A Integrao entre a famlia e o Enfermeiro (a).Avaliao/ Coleta de dados - Funo - Estrutura - Ambiente - Objetivos - Pontos Fortes - Necessidades Reavaliao/ Coleta de dados - Anlise - Reviso Informao Famlia Anlise - Necessidades - Preocupaes - Encaminhamento - Diagnsticos de Enfermagem de Famlias - Diagnsticos de Enfermagem do Indivduo

Confirmao da Famlia Planejamento - Prioridades - Prognstico - Objetivos - Intervenes (ordens) Implementao - Coordenar - Delegar - Colaborar - Completar

Avaliao dos Resultados - Progresso - Desfecho - Consecuo

Kawaata, M.K, Processo contnuo da comunicao bidirecional na Interao entre a famlia e o enfermeiro(a) e a SAE, 2010

REFERNCIAS

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