1.relatório estágio mônica

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  • 8/18/2019 1.Relatório Estágio Mônica

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    UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA)

    ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA (EST)

    COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL

    ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA CIVIL I:

    ORÇAMENTOS DE OBRAS PÚBLICAS E PROJETOS ELÉTRICOS

    MANAUS/AM

    Março/2016

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    MÔNICA DA SILVA ALMEIDA 

    ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA CIVIL I:

    ORÇAMENTOS DE OBRAS PÚBLICAS E PROJETOS ELÉTRICOS

    Supervisora do Estágio: Eng.ª Luciana Daou Modesto

    Professora da disciplina: Dr.ª Valdete dos Santos

    MANAUS/AM

    Março/2016 

    Trabalho apresentado àCoordenação do Curso deGraduação  em EngenhariaCivil, da Universidade doEstado do Amazonas,  comorequisito parcial para obtençãodo título de bacharel em Engenharia Civil.

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     AGRADECIMENTOS 

    Primeiramente, à Deus pоr me dar saúde е força pаrа superar аs dificuldades

    impostas pela vida.

     Aos meus pais e minha irmã pelo amor, força e apoio incondicional.

     Às minhas tias, tios, primos e primas, em especial à minha prima Jéssica que

    sempre me apoiam e cuidam de mim.

     Às minhas amigas Beatriz e Camila que sempre me alegram e apoiam nos

    momentos difíceis. Obrigada por estarem sempre presentes.

     Às amigas da faculdade pela ajuda tanto na vida acadêmica como na vida

    pessoal. À professora da disciplina por sempre estimular os alunos a darem o máximo de

    seu potencial.

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    RESUMO

    O estágio supervisionado I, com carga horária de 600 horas, foi realizado

    na  Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMINF), mais especificamente no

    Departamento de Projetos e Orçamentos que é responsável pelo

    desenvolvimento de orçamentos para implementação de infraestrutura nas

    áreas de saneamento básico, drenagem, obras públicas e urbanismo da cidade

    de Manaus. O período de estágio iniciou-se em 1º de Outubro de 2015. Durante

    este período de estágio, obteve-se a oportunidade de aprender a manusear os

    softwares AutoCAD e Lumine V4, além da base orçamentária oferecida pela

    própria SEMINF.

    Palavras – Chave: Estágio. SEMINF. Orçamento. AutoCAD. Lumine V4.

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    LISTA DE FIGURAS 

    Figura 1: Base Orçamentária no Excel .......................................................... 21 

    Figura 2: Orçamento Feito no Word .............................................................. 22 Figura 3: Instalação elétrica no Lumine V4 .................................................... 22 Figura 4: Exemplo de pasta com as informações .......................................... 24 Figura 5: Exemplo de Projeto Arquitetônico ................................................... 25 Figura 6: Cabeçalho .................................................................................... 26 Figura 7: Informações sobre a obra .............................................................. 26 Figura 8: Base Orçamentária ........................................................................ 27 Figura 9: Demonstração de Memorial de Cálculo .......................................... 27 Figura 10: Exemplo de Especificação Técnica .............................................. 28 Figura 11: Residência Modelo....................................................................... 29 Figura 12: Distâncias a serem respeitadas para instalações elétricas ............ 30 Figura 13: Diálogo de lançamento dos pavimentos ....................................... 36 Figura 14: Janela de Projeto ......................................................................... 36 Figura 15: Linha de Comando ....................................................................... 36 Figura 16: Comando de Visualização ............................................................ 37 Figura 17: Barra de Ferramentas do Lumine V4 ............................................ 37 Figura 18: Ícone Ferramentas ....................................................................... 37 Figura 19: Ferramentas de Construção ......................................................... 38 Figura 20: Comandos de Fiação ................................................................... 38 

    Figura 21: Comandos de Cabeamento .......................................................... 38 Figura 22: Gerar Lista de Materiais ............................................................... 39Figura C.1: Distribuição de circuitos da residência-modelo ........................ 45 

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: Tipos de Orçamento ...................................................................... 11 

    Tabela 2: Fator de demanda para iluminação e pontos de tomada ................ 32 Tabela 3: Fator de demanda para circuitos independentes ........................ 33 Tabela 4: Seções mínimas do condutor de neutro (N) ................................ 35 Tabela 5: Seções mínimas do condutor de proteção (P) ............................ 35Tabela B.1: Condições para estabelecer quantidade mínima de tomadas . 44 Tabela D.1: Tipos de linhas elétricas .......................................................... 46

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    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8 

    1. OBJETIVOS  .................................................................................................. 9 1.1 OBJETIVO GERAL  ............................................................................ 9 1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................... 9 

    2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 9 3. DESCRIÇÃO DA EMPRESA ........................................................................ 10 4. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 11 

    4.1 TIPOS DE ORÇAMENTO ................................................................. 11 4.1.1 Orçamento Tabelado ............................................................... 11 4.1.2 Orçamento Sintético ............................................................... 12 4.1.3 Orçamento Analítico  ............................................................... 13 

    4.2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ......................................... 13 4.3 ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO ................................................... 15 

    4.3.1 Análise da Documentação Técnica ........................................ 15 4.3.2 Custo Direto da Obra  .............................................................. 16 4.3.3 Composição de Preços Unitários ........................................... 16 4.3.4 Custo Horário de Equipamento .............................................. 17 

    4.4 ORÇAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS ............................................. 18 4.5 PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................................... 19 4.6 SOFTWARE ALTOQI LUMINE V4 .................................................... 20 

    5. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 21 5.1 MATERIAIS ...................................................................................... 21 

    5.1.1 Trena ........................................................................................ 21 5.1.2 Microsoft Excel ........................................................................ 21 5.1.3 Microsoft Word ........................................................................ 22 5.1.4 AltoQi Lumine V4  .................................................................... 22 

    5.2 MÉTODOS ...................................................................................... 23 5.2.1 Tipos de Obras Realizadas e Itens do Orçamento ................. 235.2.2 Elaboração do Orçamento ...................................................... 23 

    5.2.3 Recomendações para a elaboração de projetos elétricos ..... 295.2.4 Projetos Elétricos com o auxílio do software Lumine V4 ...... 36 6. RESULTADOS  ............................................................................................ 39 7. CONCLUSÃO  .............................................................................................. 40REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 41 APÊNDICE  ...................................................................................................... 42ANEXOS.......................................................................................................... 45 

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    1. OBJETIVOS 

    1.1 OBJETIVO GERAL

    Descrever as atividades realizadas no Departamento de Projetos e

    Orçamentos da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMINF), durante

    as 600 horas de Estágio Supervisionado.

    1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

    Com o intuito de atender a proposta geral do Estágio Supervisionado I, as

    propostas parciais foram:

      Aprender a utilizar a base orçamentária da SEMINF;

      Fazer orçamento de obras públicas;

      Aprender a projetar instalações elétricas;

      Manusear o Software Lumine V4 da empresa AltoQi.

    2. JUSTIFICATIVA 

    O estágio é uma experiência com característica formadora que

    proporciona ao estudante a participação em situações reais de trabalho,

    consolida sua profissionalização e explora as competências básicas

    indispensáveis para uma formação profissional ética.

     A realização do estágio alia conhecimento acadêmico com a experiência

    vivencial do ambiente de trabalho, porque esclarece e complementa na prática

    os temas abordados nas aulas pelo professor. Assim, o estudante pode reter

    melhor o conhecimento sobre Engenharia Civil através da experiência

    alcançada durante o programa de estágio.

    O orçamento de uma obra é de extrema importância, pois significa

    identificar previamente o custo global que esta obra deverá resultar ao seu finale assim poder identificar se o empreendimento é viável ou não. Seu objetivo é

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    orientar a diretoria da empresa e o engenheiro responsável pela obra quanto às

    decisões a serem tomadas para o cumprimento de custos e prazos e atingir

    sucesso do empreendimento.

     Aliado ao orçamento, tem-se utilização de softwares na EngenhariaCivil que são de extrema importância, uma vez que os mesmos permitem

    ao engenheiro civil a conclusão de um trabalho em um tempo muito mais

    hábil em relação a concepção do mesmo sem o auxílio de um software

    específico.

    3. DESCRIÇÃO DA EMPRESA 

    Conforme citado anteriormente, o estágio foi realizado no Departamento

    de Projetos e Orçamento da Secretaria Municipal de Infraestrutura que é

    responsável pelo desenvolvimento de orçamentos para implementação de

    infraestrutura nas áreas de saneamento básico, drenagem, obras públicas e

    urbanismo da cidade de Manaus.

     A secretaria de obras começou a funcionar nas dependências doantigo prédio da Prefeitura de Manaus, localizado na av. Sete de Setembro.

    Nesta época cerca de 200 funcionários estavam lotados na secretaria, que

    na década de 70 teve sua sede transferida para o prédio onde hoje

    funciona a secretaria municipal de Limpeza Pública, no bairro São

    Francisco.

    Em 1976, na gestão do prefeito Jorge Teixeira, a sede da então

    Secretaria Municipal de Obras, Serviços Básicos e Habitação (SEMOSBH)

    foi construída na Rua Gabriel Gonçalves, no Aleixo, popularmente chamada

    de “Garajão” e que funciona até hoje. Em 2009, o nome da secretaria

    passou a ser Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMINF).

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    4. REVISÃO DE LITERATURA 

    4.1 TIPOS DE ORÇAMENTO

    O orçamento pode ser calculado basicamente de trás formas distintas:

    Tabelado, Sintético e Analítico.

    Cada tipo de orçamento possui suas peculiaridades, que estão diretamente

    ligadas ao nível de informações que se possui do empreendimento, qual a

    finalidade do orçamento e do grau de assertividade que se necessita.

    Podemos resumir as características básicas de cada tipo de orçamento

    conforme quadro abaixo:

    TIPOSCARACTERÍSTICAS BÁSICAS

    Informações Metodologia Finalidade

    Tabelado  Área ConstruídaCusto Unitário

    Básico (CUB)Ordem de Grandeza

    Sintético Projeto BásicoÍndices de

    ConstruçãoEstimativa

    Analítico Projetos Executivos Apuração Completa Preço Real

    Tabela 1: Tipos de Orçamento

    4.1.1 Orçamento Tabelado

    O orçamento tabelado é aquele que utiliza como base para cálculo a

    multiplicação da metragem quadrada da área pelo Custo Unitário Básico da

    Construção Civil (Cub/m2).

    4.1.1.1 Formação do CUB

    O Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB) são calculados de

    acordo com disposto na ABNT NBR 12.721/2006, com base em novos projetos,

    novos memoriais descritivos e 11 novos critérios de orçamentação e, portanto,

    constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a

    definição anterior, com a designação de CUB/2006.

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    4.1.2 Orçamento Sintético

    O Orçamento Sintético é calculado pelo método dos Índices de Construção.

    Para a utilização do mesmo é imprescindível a presença de um projeto básico

    de onde serão calculadas todas as atividades macros mensuráveis;

    Para as atividades de fundação e estrutura utiliza-se uma metodologia que

    resume basicamente na aplicação de índices e taxas pré-estabelecidas

    calculadas em relação à área construída.

    4.1.2.1 Detalhamento do Método Sintético

    Para as atividades mensuráveis na planta baixa como: Alvenarias, Pisos,

    Revestimentos, Esquadrias, Cobertura etc. utiliza-se o processo dequantificação tradicional.

    Para as instalações pode-se utilizar a contagem de pontos elétricos e

    hidráulicos. Hoje existem revistas especializadas como “Informador das

    Construções” que apresentam preços médios por pontos elétricos e unidades

    de banhos e cozinhas.

    Para as atividades de fundação e estrutura deve-se proceder conforme os

    critérios detalhados a seguir:

      Para a Atividade de Estrutura: 

    - Volume de Concreto 

    Para o Volume de Concreto adota-se um índice uniforme determinando

    uma espessura média para o volume de concreto.

    Índices: Entre 12 e 15 cm - (Obras Simples)

    Entre 15 e 20 cm - (Obras Robustas)

    VOLUME DE CONCRETO = ÁREA CONSTRUÍDA X ÍNDICE

    - Peso da Armação

    Para o Peso da armação adota-se uma taxa de aço média por metrocúbico de concreto.

    Índices: Entre 80 e 88 kg/m³ - (Obras Simples)

    Entre 88 e 100 kg/m³ - (Obras Robustas) 

    PESO DA ARMAÇÃO = VOLUME DE CONCRETO X TAXA DE AÇO

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    - Área de Forma

    Para a área de Forma adota-se uma taxa por metro cúbico de concreto.

    Índices: 12mí/m³ - (Obras Simples)

    14mí/m³ - (Obras Robustas) 

    ÁREA DE FORMA = VOLUME DE CONCRETO X TAXA DE FORMA

      Para a atividade de Fundação seguir o seguinte critério: 

    Como a espessura média adotada para o volume de concreto refere-se

    somente a Estrutura não incluindo a fundação, para cálculo do orçamento

    sintético pode-se acrescentar à área construída uma metragem referente a um

    pavimento para a inclusão da fundação. Como por exemplo, se uma

    determinada obra possuir 400 metros quadrados de área construída total,

    sendo 100 metros quadrados por cada pavimento. Para o cálculo do concreto,

    forma e aço da fundação adotar 100 metros quadrados de área, e aplicar os

    índices e taxas seguindo os mesmos critérios adotados para a estrutura. 

    4.1.3 Orçamento Analítico

    O orçamento analítico consiste no detalhamento de todas as suas

    etapas resultando na confiabilidade do preço apresentado, é o tipo de

    orçamento onde toda a metodologia é aplicada considerando todos os recursos

    e variáveis. Em síntese no orçamento analítico o projeto é detalhado em

    atividades, mensurado e composto por composições, obtendo-se o custo

    direto. Posteriormente, com montagem dos custos indiretos acrescido do BDI,forma-se o preço de venda (ver ANEXO A).

    4.2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

    Orçar é quantificar insumos, mão de obra e equipamentos necessários à

    realização de uma obra ou serviço, bem como os respectivos custos e o tempo

    de duração dos mesmos.

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    O orçamento pode ser observado sob duas óticas: como processo e

    como produto. 

    Como processo, quando o objetivo é definir metas empresariais em

    termos de custo, faturamento e desempenho, donde participam naelaboração e se compromete com sua realização todo o corpo gerencial da

    empresa. 

    Como produto, o orçamento tem por objetivo definir o custo e, em

    decorrência, o preço de algum produto da empresa, seja a construção de

    algum bem ou a realização de qualquer serviço.

    4.2.1 O Orçamento Produto

     A realização do orçamento produto, basicamente, pode seguir dois

    procedimentos básicos:

      Por avaliação e estivamtiva;

      Por composição de custos unitários.

     As avaliações, as estimativas e os orçamentos diferenciam-se pelo grau

    de precisão, quando se compara o custo inicialmente proposto com aquele

    realmente incorrido.

    O grau de precisão obtido pelo orçamentista é função direta do grau de

    detalhamento do projeto e das informações disponíveis. As classificações e

    denominações utilizadas nesta apostilha divergem de acordo com a literatura

    utilizada.

    Definindo:

    a) As avaliações constituem-se na valoração de empreendimentos através

    de parâmetros genéricos;

    b) As estimativas de custo determinam o valor das obras a partir de

    projetos incompletos, cujas deficiências são supridas com a adoção de

    parâmetros particulares e;

    c) O orçamento é a expressão quantitativa expressa em unidades físicas e

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    valores monetários, referidos a uma unidade de tempo, dos planos

    elaborados para o período (ou períodos) subsequente (s).

    4.2.1.1 Tipos de Orçamento Produto

    O orçamento pode ser elaborado visando definir o custo e, por extensão, o

    preço de bens e serviços tais como:

      Elaboração de Projetos;

      Elaboração de Orçamentos,

      Cadernos de Encargos, Especificações;

      Elaboração de Laudos Técnicos;

      Serviços de fiscalização, auditoria ou assessoria técnica;

      Orçamento de Serviços ou mão de obra;

      Orçamento de construção ou empreitada;

      Orçamento de canteiros de obras ou obras complementares.

    4.3 ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

    4.3.1 Análise da Documentação Técnica

    4.3.1.1 Projetos e Anexos

     A análise dos projetos executivos e seus anexos são o primeiro passo para

    a criação da planilha de orçamento, pois através dessa analise são

    identificados todos os serviços com seus respectivos quantitativos integrantes

    do escopo.

    4.3.1.2 Cadernos de Encargos

    No caderno de encargos deverá ser definida toda a metodologia

    construtiva, os critérios de medição dos serviços e condições gerais de

    fornecimento. Na metodologia construtiva o contratante demonstra como

    tecnicamente os serviços deverão ser realizados.

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    4.3.1.3 Visita Técnica

    Na visita técnica realizada deverão ser coletados dados de influência direta

    na elaboração do orçamento como, por exemplo:

      Infraestrutura da cidade;

      Condições de acesso ao local da obra;

      Distância das ligações Hidráulicas e Elétricas;

      Cotação de preços dos principais insumos;

      Preço médio do transporte urbano;

      Valor do ISS da localidade;

      Lista dos principais fornecedores.

    4.3.2 Custo Direto da Obra

    O Custo Direto é o somatório de todos os custos provenientes dos

    insumos necessários à realização das atividades para execução do

    empreendimento e que podem ser levantados diretamente dos projetos,

    discriminados e quantificados na planilha orçamentária. Eles compreendem nos

    seguintes grupos de custo: Mão-de-obra, Materiais e Equipamentos.

    4.3.3 Composição de Preços Unitários

     As composições de Preços Unitários (CPU'S) consiste na apropriação

    dos materiais e equipamentos aos seus consumos e mão-de-obra a suas

    produtividades, associando seus respectivos preços para uma unidade de

    serviço. Os insumos compreendidos pelas CPU'S são basicamente:

    Mão de Obra

    É o resultado do valor do salário do trabalhador e o consumo de horas para

    a execução de determinada unidade de serviço. O custo horário é o salário

    acrescido dos encargos sociais, complementares e quando for o caso dos

    adicionais legais.

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    Materiais e Equipamentos

    Consiste no consumo de todos os materiais e equipamentos utilizados

    para a construção do empreendimento, considerando as quantidades

    levantadas com seus respectivos preços de mercado.

    Todos os valores são agrupados e formam as Composições de Preços

    Unitários (CPU’s), para cada tipo de atividade. Assim sendo as CPU’s são os

    custos unitários dos serviços, onde são apropriadas as quantidades dos

    insumos correspondentes. A formação das CPU’s consiste basicamente:

      Conjunto de Insumos Aplicados;

      Índices de Produtividades;

      Índices de Consumos;

      Preços Unitário e Totais.

    4.3.4 Custo Horário de Equipamentos

    Segundo Aldo (apud, Mattos, 2006, p.108) “A maneira habitual de atribuir

    valor a um equipamento é por hora de utilização, pois é dessa maneira que o

    equipamento aparece nas composições de custos unitários”. O custo horário de

    um equipamento é o resultado da soma de componentes que são baseados

    nas condições de trabalho, tipos de equipamentos e características específicas. 

     A hora produtiva de um equipamento é a hora total de trabalho onde

    todos os componentes estão sendo utilizados, assim seu cálculo é a soma de

    todos os componentes do custo horário total.

     A hora improdutiva de um equipamento é a hora em que o mesmo fica

    a disposição dos serviços, entretanto, fora da efetiva operação, situações

    normais de ocorrência devido a várias ocorrências em uma obra, nesse caso

    para o cálculo da hora improdutiva consideraram somente os componentes de

    depreciação, juros e operador.

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    4.4 ORÇAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS

    Para começar, é preciso ficar atento a alguns pontos críticos. Em

    algumas obras existem necessidades especiais – serviços diferenciados que

    não são contemplados nas tabelas de composição de serviços de engenharia,

    referenciais do SICRO (Sistema de Custos Rodoviários, do DNIT), SINAPI

    (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, da

    Caixa Econômica Federal), nem mesmo na tabela do órgão. Nestes casos, o

    orçamentista precisa elaborar composições de serviço específicos para a obra,

    apontando quais serão os insumos utilizados e suas quantidades, produção

    das equipes mecânicas, mão de obra, equipamentos e etc. A dificuldade está

    na obtenção destes coeficientes de consumos e principalmente nos preços de

    mercado. Outra dificuldade está na qualidade do projeto. Um projeto bem

    detalhado e bem definido poderá gerar um orçamento muito próximo da

    realidade. Já um projeto pouco detalhado, certamente irá gerar um orçamento

    com distorções, o que demandará aditivos futuros nos contratos de execução,

    podendo inclusive comprometer os saldos orçamentários do contratante.

    Primeira fase: projeto O processo de criação de um orçamento de obras públicas tem início

    quando o projetista encaminha o quadro de serviços e quantidades necessárias

    para a execução da obra para o orçamentista, que precisa gerar a planilha do

    orçamento e calcular o valor previsto da obra.

    Análise de composição 

    O orçamentista informa as características do serviço necessário e, se o

    trabalho for automatizado, um software retorna os resultados. O passo seguinte

    é a análise da composição mais adequada no referencial escolhido, como

    SICRO (DNIT) e SINAPI (CEF), que alimentam a planilha orçamentária. Muitos

    órgãos, entre eles os Departamentos de Estradas de Rodagem, dispõem de

    equipes que elaboram seus próprios referenciais de preço, inclusive

    publicando-os na internet, e que podem servir como apoio ao orçamentista.

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    Ajuste de preços e consumo de insumos 

    Com o auxílio de um software, é possível ainda ajustar os preços e o

    consumo dos insumos em função das características e da localização da obra

    com mais facilidade. Uma obra de pavimentação rodoviária, por exemplo, émuito diferente de uma obra de pavimentação urbana, apesar de realizar quase

    os mesmos serviços, pois a produtividade da equipe mecânica pode ser

    afetada com as interferências do trânsito local. Além disso, é comum os

    processos de contratação demorarem, deixando o orçamento desatualizado em

    função das mudanças dos preços unitários dos insumos. Neste contexto

    também a atualização de um orçamento antigo a partir de um novo referencial

    de preços é muito mais simples com a utilização de software especialista de

    composição de custos e orçamento de obras públicas.

     A utilização de um software facilita a composição de um orçamento de

    obras públicas e garante que os cálculos sejam efetuados corretamente,

    utilizando os critérios definidos pelo órgão. Com um software especializado e

    bases de composição de custos é possível ainda reduzir em até 80% do tempo

    para elaboração de planilha de orçamento.

    Sem um sistema automatizado, os riscos de elaborar um orçamento de

    obras públicas são grandes. É preciso ficar atento às fórmulas em planilhas

    eletrônicas, somatórios e os critérios de cálculo, pois é muito fácil utilizar uma

    célula indevida num cálculo e cometer um grande erro. Quando o órgão conta

    com equipes em diferentes localidades, a chance de erro também aumenta,

    pois poderão existir diferentes padrões de orçamentos.

    4.5 PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

    Uma instalação elétrica é definida pelo conjunto de materiais e

    componentes elétricos essenciais ao funcionamento de um circuito ou sistema

    elétrico. As instalações elétricas são projetadas de acordo com normas e

    regulamentações definidas, principalmente, pela Associação Brasileira de

    Normas Técnicas, ABNT. A legislação pertinente visa a observâncias de

    determinados aspectos, bem como, segurança, eficiência e qualidade

    energética, entre outros.

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    4.5.1 Normas

     A NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão, baseada na

    norma internacional IEC 60364, é a norma aplicada a todas as instalações cuja

    tensão nominal é menor ou igual a 1000VCA ou 1500VCC [6].

    Outras normas complementares à NBR 5410 são:

      NBR 5456 – Eletrotécnica e eletrônica - Eletricidade geral –

    Terminologia;

     NBR 5444 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais;

     NBR 13570 – Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público;

     NBR 13534 – Instalações Elétricas em Estabelecimentos Assistenciais

    de Saúde;

    É necessário considerar, ainda, as normas definidas pelas

    concessionárias de energia para o projeto e execução de instalações elétricas.

    No caso de uma residência localizada em Manaus, a concessionária Eletrobrásestabelece as seguintes normas, disponíveis em seu site:

      Norma Técnica para Conexão de Acessantes – Minigeração Distribuída

    em Média Tensão;

      Norma Técnica para Conexão de Acessantes – Microgeração Distribuída

    em Baixa Tensão.

    4.6 SOFTWARE ALTOQI LUMINE V4

    O AltoQi Lumine é um programa integrado para projeto de instalações

    elétricas prediais, contendo uma base independente de CAD, que contempla o

    lançamento, dimensionamento e detalhamento final da instalação. O programa

    dispõe de ferramentas para inserção dos pontos elétricos, dispositivos de

    comando e proteção, quadros e condutos. Com base no lançamento, o

    programa inclui, de uma só vez, os condutores necessários para ligar todos os

    pontos do projeto. Um Cadastro de Peças agrupa informações de simbologia,

    dimensionamento e lista de materiais.

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     Além de gerar os desenhos com as plantas do projeto, pode-se gerar

    desenhos adicionais, automaticamente atualizados a qualquer modificação,

    como listas de materiais, quadros de cargas, legendas, diagramas unifilares e

    multifilares, todos a partir das plantas lançadas.

    5. MATERIAIS E MÉTODOS

    5.1 MATERIAIS

    Os orçamentos e projetos são feitos inteiramente utilizando softwares, mas

    primeiramente é necessário colher dados do local a ser construído ou

    reformado.

    5.1.1 Trena

    Utilizada para fazer o levantamento das medidas dos locais a serem

    construídos ou reformados.

    5.1.2 Microsoft Excel

    É o software que possui a base orçamentária, de onde se retira os valores

    dos itens a serem utilizados. Seus recursos incluem uma interface intuitiva e

    simples que facilita a procura dos itens.

    Figura 1: Base Orçamentária no Excel.

    Fonte: PrintScreen do programa.

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    5.2 MÉTODOS

    5.2.1 Tipos de Obras Realizadas e Itens do Orçamento

    Dentre as obras orçadas no Departamento de Projetos e Orçamentos da

    Secretaria Municipal de Infraestrutura pode-se citar: construção e reforma de

    escolas municipais, revitalização de parques e praças, construção de

    academias ao ar livre, construção e reforma de quadras poliesportivas, entre

    outros.

    Todo orçamento realizado segue um padrão, constando nele os seguintes

    tópicos: Serviços Preliminares, Trabalhos em Terra, Infraestrutura,

    Supraestrutura, Paredes e Painéis, Revestimentos, Pisos, Cercas e Proteções,

    Instalações Elétricas, Instalações Hidráulicas, Pintura, Serviços Especiais,

    Móveis e Equipamentos e Serviços Finais.

    5.2.2 Elaboração do Orçamento Antes do início de qualquer orçamento, o engenheiro deve ser informado

    sobre qual tipo de obra será responsável, por exemplo: revitalização de

    estrutura, urbanização de praça, reforma de escolas municipais, construção de

    academia ao ar livre, etc.; os serviços que deverão ser feitos naquela

    determinada obra: reforma total ou parcial, troca da instalação elétrica ou

    hidráulica, entre outros; onde será a obra: local da cidade; e a verba disponível

    para obra. Para isto, o engenheiro recebe uma pasta contendo essasinformações.

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    Figura 4: Exemplo de pasta com as informações.

    Fonte: Acervo Pessoal.

    Simultaneamente a isso, o engenheiro recebe também o projeto

    arquitetônico virtualmente através da rede chamada DOAT, onde cada

    computador possui acesso.

    Com o projeto em mão, é feito a visita técnica ao local da obra. É

    quando se pode observar com mais detalhes o que deverá ser feito e como

    será feito. Além de serem pegas eventuais medidas necessárias.

    Com essas informações, pode dar início ao processo orçamentário,

    entendido como o conjunto de atividades desenvolvidas para a elaboração do

    orçamento de uma obra de construção, a partir do projeto.

     As atividades básicas que se desenvolvem no processo orçamentário

    são:

    a) Itemização e discriminação dos serviços que compõem o projeto, com

    suas respectivas unidades;

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    b) Levantamento das quantidades dos serviços;

    c) Composição dos custos unitários dos serviços;

    d) Cálculo do custo unitário dos equipamentos;

    e) Cálculo dos salários com os encargos sociais e complementares;

    f) Levantamento dos custos indiretos;

    g) Cálculo do BDI - Benefício e Despesas Indiretas que é calculado por

    uma outra equipe de funcionários.

    Cada segmento ou o tipo de obra a ser construída, reformada ou a ser

    mantida, apresenta características próprias que devem ser respeitadas e deve

    conter as seguintes informações básicas:

      Relação completa de todos os serviços a serem realizados constantesdos projetos básicos específicos;

      Demonstração da Composição Analítica dos Custos Unitários dos

    serviços, com a indicação de todos os insumos a serem utilizados e as

    suas respectivas produtividades;

      Especificações Técnicas dos serviços a serem executados;

      Cronograma físico-financeiro onde esteja estabeleciso o prazo parcial e

    total da obra  Quantificação dos serviços.

    O projeto arquitetônico é feito através do software AutoCAD.

    Figura 5: Exemplo de projeto arquitetônico.

    Fonte: PrintScreen do programa.

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    O processo orçamentário é feito no software Microsoft Word, em um

    documento com cabeçalho com os logos da Prefeitura de Manaus, com as

    informações da SEMINF e com o período em que o orçamento está sendo

    feito.

    Figura 6: Cabeçalho.

    Fonte: PrintScreen do programa.

     As primeiras informações a serem incluídas são o tipo de projeto, a obra e

    o local onde esta se encontra.

    Figura 7: Informações sobre a obra.

    Fonte: PrintScreen do programa.

    Feito isso, tem-se início a memória de cálculo, que consiste em pegar na

    base orçamentária o elemento que se julga necessário utilizar.

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    Figura 8: Base Orçamentária.

    Fonte: PrintScreen do programa.

     Após pegar o elemento na base, junto com seu respectivo código e

    unidade, coloca-o no documento do software Word onde está sendo feita a

    memória de calculo. E, analisando junto ao projeto arquitetônico, julga-se a

    quantidade necessária desse elemento.

    Figura 9: Demonstração de memorial de cálculo

    Fonte: PrintScreen do programa.

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     Ao terminar o memorial de cálculo, tem-se início as especificações

    técnicas, também feitas no software Microsoft Word, que descrevem, de forma

    precisa, completa e ordenada, os materiais e os procedimentos de execução

    de cada elemento a ser adotado na construção. Têm como finalidade

    complementar a parte gráfica do projeto. Partes das especificações técnicas:

    a) generalidades - incluem o objetivo, identificação da obra, regime de

    execução da obra, fiscalização, recebimento da obra, modificações de projeto,

    classificação dos serviços.

    b) especificação dos materiais - pode ser escrito de duas formas: genérica

    (aplicável a qualquer obra) ou específica (relacionando apenas os materiais a

    serem usados na obra em questão).

    c) discriminação dos serviços - especifica como devem ser executados os

    serviços, indicando traços de argamassa, método de assentamento, forma de

    corte de peças, etc.

    Figura 10: Exemplo de Especificação Técnica

    Fonte: PrintScreen do programa.

    Feito todos os procedimentos, encaminha-se os documentos através darede DOAT.

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    5.2.3 Recomendações para a elaboração de projetos elétricos 

    5.2.3.1 Recomendações da norma NBR 5410 para o levantamento da carga

    de iluminação

    Para determinar a potência total prevista para a instalação elétrica, é

    preciso realizar a previsão de cargas. E isso se faz com o levantamento das

    potências (cargas) de iluminação e de tomadas a serem instaladas. Para

    exemplificar o cálculo de uma instalação elétrica, utilizar-se-á a residência-

    modelo a seguir.

    Figura 11. Residência Modelo

    Fonte : SCHNEIDER, 2009.

    5.2.3.2 Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz:

      Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um

    interruptor de parede;

      Nas áreas externas, a determinação da quantidade de pontos de

    luz fica a critério do instalador;

      Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60 cm

    do limite do box ou da banheira, para evitar o risco de acidentes

    com choques elétricos.

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    Figura 12: Distância a ser respeitada para a instalação de tomadas, interruptores e

    pontos de luz.

    Fonte: SCHNEIDER, 2009.

    5.2.3.3 Condições para estabelecer a potência mínima de iluminação

     A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da

    residência:

      Em área igual ou inferior a 6 m² , atribuir no mínimo 100 VA.

      Em área superior a 6 m² , atribuir no mínimo 100 VA nos primeiros

    6 m², acrescidos de 60 VA para cada aumento de 4 m² inteiros.

    Vamos, por exemplo, calcular a potência mínima de iluminação da

    sala de nossa

      A norma NBR 5410 não estabelece critérios de iluminação de

    áreas externas em residências, ficando a decisão por conta do

    projetista.

    5.2.3.4 Recomendações da norma NBR 5410 para o levantamento da carga

    de pontos de tomada e circuitos independentes.

     As recomendações da norma NBR 5410 estão resumidas na Tabela B.1 do

     Anexo B.

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    5.2.3.5 Condições para estabelecer a quantidade de circuitos

    independentes. 

      A quantidade de circuitos independentes é estabelecida de acordo com

    o número de aparelhos com corrente nominal superior a 10 A;  Os circuitos independentes são destinados à ligação de equipamentos

    fixos, como chuveiro, torneira elétrica e secadora de roupas.

    5.2.3.6 Divisão dos circuitos da Instalação

     A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em circuitos

    terminais. Isso facilita a manutenção e reduz a interferência entre pontos de luz

    e tomada de diferentes áreas. Conforme as recomendações da norma NBR

    5410, a previsão dos circuitos terminais deve ser feita da seguinte maneira:

     Os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de pontos

    de tomadas e dos circuitos independentes (4.2.5.5);

      Todos os pontos de tomada de cozinhas, copas, copascozinhas, áreas

    de serviço, lavanderias e locais semelhantes devem ser atendidos por

    circuitos exclusivos (9.5.3.2);

      Todo ponto de utilização previsto para alimentar equipamento com

    corrente nominal superior a 10 A, de modo exclusivo ou ocasional, deve

    constituir um circuito independente. Além desses critérios, o projetista

    precisa considerar também as difi culdades referentes à execução da

    instalação.

    5.2.3.7 Cálculo das correntes

    Realizada a divisão dos circuitos, calcula-se as correntes Ic (correntecalculada) e Ib (corrente de projeto) do circuito de distribuição e dos circuitos

    terminais, para que, mais adiante, seja possível dimensionar as seções

    (bitolas) dos fios ou dos cabos.

    Quando vários fios são agrupados em um mesmo eletroduto, eles se

    aquecem, e o risco de um curto-circuito ou princípio de incêndio aumenta. Para

    que isso não ocorra, é necessário utilizar fios ou cabos de maior seção (bitola),

    para diminuir os efeitos desse aquecimento. Então a corrente Ic é corrigida

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    através do fator de agrupamento (f), resultando em uma corrente maior Ib, que

    é utilizada para determinar a seção (bitola) dos condutores. Onde:

    =Potência aparente do circuito

    Tensão nominal

     

    =Ic

     

    5.2.3.8 Cálculo da corrente do circuito de distribuição

    O cálculo da corrente do circuito de distribuição pode ser dividido em quatropassos:

      Primeiro passo: soma-se os valores das potências ativas de iluminação

    e dos pontos de tomada. O resultado é a potência instalada. Para a

    residência-modelo,este valor é de: (900 W + 4.400 W) = 5.300 W.

      Segundo passo: os 5.300 W de potência instalada seriam consumidos

    apenas se todos os circuitos funcionassem ao mesmo tempo com a

    carga máxima para a qual foram projetados. Como na prática isso não

    ocorre, multiplica-se a potência instalada pelo fator de demanda

    (consultar Tabela 4) correspondente para encontrar a demanda máxima,

    ou seja, a máxima potência que realmente será utilizadasimultaneamente.

    Tabela 2: Fator de demanda para iluminação e pontos de tomada

    Fonte: SCHNEIDER, 2009. 

    Como os 5.300 W de potência instalada estão na faixa entre 5.001 e

    6.000 W, o fator de demanda a ser utilizado é 0,45. (5.300 W x 0,45) = 2.400 W

    que é a demanda máx. dos circuitos de iluminação e de pontos de tomada)

      Terceiro passo: em seguida, some as potências instaladas dos circuitos

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    independentes – no nosso exemplo, são os circuitos para o chuveiro e a

    torneira elétrica – e multiplique o resultado pelo fator de demanda

    correspondente. O fator de demanda dos circuitos independentes é

    obtido em função do número de circuitos previstos no projeto.

    Tabela 3: Fator de demanda para circuitos independentes.

    Fonte: SCHNEIDER, 2009. 

      Circuitos independentes = 2 (chuveiro e torneira elétrica)

      Fator de demanda = 1,00

      Potência total instalada = 4.400 W + 3.500 W = 7.900 W 7.900 W x 1,00

    = 7.900 W (demanda máxima dos circuitos independentes)

      Quarto passo: some os valores das demandas máximas de iluminação,

    pontos de tomada e circuitos independentes. (2.400 W + 7.900 W =

    10.300 W).

      Quinto passo: esse valor (10.300W) corresponde à potência ativa

    instalada no circuito de distribuição. Para encontrar a corrente é preciso

    transformá-la em potência aparente (VA). Então, divida os 10.300W pelo

    fator de potência de 0,95 .

    ê 

      Sexto passo: obtida a potência aparente do circuito de distribuição,

    calcule sua corrente Ic. Para calcular a corrente Ic do circuito de

    distribuição, utilize sempre a maior tensão que ele fornece. Neste caso,

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    como o circuito é composto de duas fases e um neutro, utilize a tensão

    entre fase e fase (220Va).

    5.2.3.9 Cálculo da corrente dos circuitos terminais

    Obedecendo aos critérios estabelecidos pela norma NBR 5410 na

    Residência-modelo, o projeto deve possuir, no mínimo, quatro circuitos

    terminais: um para iluminação; um para os pontos de tomada; dois para os

    circuitos independentes (chuveiro e torneira elétrica).

      Circuitos de iluminação: optou-se por dividir as cargasde iluminação

    em dois circuitos, mesmo sendo pequena a potência de cada um, pois,

    em caso de defeito ou manutenção, não é necessário desligar toda ailuminação.

      Circuitos de pontos de tomada: optou-se por dividir as cargas dos

    pontos de tomadas em três circuitos, para não misturar no mesmo

    circuito os pontos de tomada da cozinha, da área de serviço, do corredor

    e do banheiro com os pontos de tomada da sala e do

    dormitório,conforme a recomendação 9.5.3.2 da norma NBR 5410.

    O primeiro passo consiste em montar a tabela de divisão dos circuitos. E

    o segundo passo é calcular a potência total de cada circuito. Com as correntes

    calculadas (Ic) de todos os circuitos, deve-se encontrar os fatores de

    agrupamento de cada um deles. O fator de agrupamento de um circuito é

    encontrado em função do maior número de circuitos que estão agrupados em

    um mesmo eletroduto. No exemplo mostrado no Anexo C, nota-se que o maior

    número de circuitos agrupados em um eletroduto é de 4 circuitos.

    5.2.3.10 Dimensionamento dos condutores

    Para encontrar a bitola correta do fio ou do cabo a serem utilizados em

    cada circuito, utiliza-se a Tabela D.1 do Anexo D, onde define-se o método de

    referência das principais formas de se instalar fios e cabos em uma residência.

    Para o circuito 1 da residência modelo, supondo que o teto seja de laje e que

    os eletrodutos serão embutidos nela, podemos utilizar “condutores isolados ou

    cabos unipolares em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria”. É o

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    segundo esquema na tabela. Seu método de referência é B1. Se em vez de

    laje o teto fosse um forro de madeira ou gesso, utilizaríamos o quarto esquema,

    e o método de referência mudariam.

    Normalmente, em uma instalação todos os condutores de um mesmocircuito têm a mesma seção (bitola), porém a norma NBR 5410 permite a

    utilização de condutores de neutro e de proteção com seção menor que a

    obtida no dimensionamento nas seguintes situações:

      Condutor de neutro: em circuitos trifásicos em que a seção obtida no

    dimensionamento seja igual ou maior que 35 mm2, a seção do condutor

    de neutro poderá ser como na tabela 6:

    Tabela 4: Seções mínimas do condutor de neutro (N)

    Fonte: SCHNEIDER, 2009.

      Condutor de proteção: em circuitos em que a seção obtida seja igual

    ou maior que 25 mm2, a seção do condutor de proteção poderá ser

    como indicado na tabela 7:

    Tabela 5: Seções mínimas do condutor de proteção (P)

    Fonte: SCHNEIDER, 2009.

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     A ferramentas de visualização auxiliam a trabalhar com maior precisão e

    segurança, sobre os elementos de desenho.

    Figura 16: Comando de visualização. 

    Fonte: PrintScreen do programa.

     A barra de ferramentas do software Lumine V4 está dividida da seguinte

    maneira: 

    Figura 17: Barra de Ferramentas do Lumine V4.

    Fonte: PrintScreen do programa.

    O primeiro ícone trata-se da ferramenta: Projeto. Com esta ferramenta é

    possível criar um novo projeto, salvar projeto, entre outros.

    Um ícone muito importante é o "Ferramentas", no qual podemos

    escolher a opção "Ler DWG/DXF" para importar arquivos do AutoCAD ou a

    opção "Gravar DWG/DXF" que é utilizada para exportar para o AutoCAD oprojeto elétrico já pronto. Além das ferramentas de "Posicionar Origem" e

    "Converter para escala", as quais são muito importantes ao iniciar o projeto.

    Figura 18: Ícone Ferramentas.

    Fonte: PrintScreen do programa.

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     À esquerda do programa, situam-se os ícones de construção, os quais

    são utilizados para distribuir no projeto as lâmpadas, as tomadas e os

    interruptores. Além de distribuir os circuitos.

    Figura 19: Ferramentas de Construção

    Fonte: PrintScreen do programa.

    Os comandos de fiação possibilitam a inserção de tubulações e fiações.

     Ao inserir a tubulação é possível escolher seu tipo, seu modo de instalação

    (parede, teto, solo), entre outros fatores. Já a ferramenta de fiação possibilita a

    inserção automática da fiação dos circuitos, como fase, neutro e terra, o que

    facilita muito o trabalho do projetista.

    Figura 20: Comandos de Fiação.

    Fonte: PrintScreen do programa.

    Com as fiações e as tubulações inseridas, é possível criar os quadros.

    Para isso, utiliza-se o ícone cabeamento na barra de ferramentas e

    dimensiona-se a distribuição e os quadros.

    Figura 21: Comandos de Cabeamento.

    Fonte: PrintScreen do programa.

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    E, ao terminar o projeto elétrico, é possível gerar uma lista de materiais, o

    que facilita ao fazer o orçamento da parte elétrica. A ferramenta "Lista de

    Materiais" localiza-se no ícone "Elementos" da barra de ferramentas.

    Figura 22: Gerar Lista de Materiais. 

    Fonte: PrintScreen do programa.

     Ao terminar o projeto elétrico, é possível exportar este para o Software

     AutoCAD. Para isto, deve-se selecionar a opção "Gravar DWG/DXF" como

    mostra a Figura 18.

    6. RESULTADOS 

    Durante este período de 600 horas de estágio na Secretaria Municipal de

    Infraestrutura, foi possível:

      Conhecer como funciona o processo de construção de obras públicas;

      Aprender a fazer orçamentos e especificações técnicas;

      Elaborar Projetos Elétricos;

      Manuseiar os softwares de Engenharia: Lumine V4 e AutoCAD.

      Obter uma melhor visão sobre como funciona um órgão público que atua

    na área de obras.

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    7. CONCLUSÃO 

    O Estágio Supervisionado em Engenharia Civil I é um grande

    desafio para o estudante, visto que é onde os  conhecimentos e

    habilidades adquiridas durante a graduação são postos à prova, tanto

    no âmbito técnico, como na maneira de interagir com a equipe de

    trabalho.

     A atuação do exercício profissional faz com que o estagiário

    adquira características que irão permitir ao acadêmico a oportunidade

    de desenvolver habilidades e potencialidades, além de contribuir para

    o desenvolvimento da maturidade pessoal e profissional do discente.

     Ao atuar na área de projetos, nota-se que o uso de softwares deEngenharia Civil facilita a vida profissional do engenheiro, mas não é

    autossuficiente, sendo indispensável que o engenheiro/estagiário conheça

    as normas aplicáveis, para ser capaz de analisar e corrigir o que foi

    executado pelo programa em questão.

    Conclui-se que o programa de estágio favoreceu a qualificação

    técnica, emocional e, principalmente, social, permitindo a prática de

    trabalhar em equipe, respeitando as diferenças e a hierarquia do local detrabalho. 

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    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

    MAFUANI, F. Estágio e sua importância para a formação douniversitário.  Instituto de Ensino superior de Bauru. 2011. Disponível

    em:  Acesso em: Mar. 2016.

    CARDOSO, Roberto S. Orçamento de obras em foco: um novo olhar sobrea engenharia de custos. São Paulo: Editora Pini, 2008.

     ÁVILA, A. V.; LOPES, O. C.; LIBRELOTTO, L. I. Orçamento de obras.Florianópolis: Universidade do Sul de Santa Catarina. 2003. Disponívelem: Acesso em: Mar. 2016.

    SCHNEIDER, M. Manual e Catálogo do Eletricista: Guia Prático paraInstalações residenciais e prediais. Instituto Schneider Eletric, 2009.Disponível em: Acesso em: Mar. 2016.

     ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410:Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004.

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    APÊNDICES

    APÊNDICE A: PROJETO ELÉTRICO FEITO COM O SOFTWARE LUMINE V4

    DE UM QUIOSQUE PRESENTE NA OBRA DE REVITALIZAÇÃO DA PRAÇA

    RODRIGO OTÁVIO

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    APÊNDICE B: DIAGRAMA UNIFILAR DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO E O

    QUADRO DE CARGAS DO PROJETO MOSTRADO NO APÊNDICE A

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    APÊNDICE C: LEGENDA DO PROJETO ELÉTRICO DO APÊNCIDE A

    GERADA PELO SOFTWARE LUMINE V4

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    ANEXOS

    ANEXO A - FLUXOGRAMA BÁSICO DA COMPOSIÇÃO ANALÍTICA

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    ANEXO B - RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410 PARA O LEVANTAMENTODA CARGA DE PONTOS DE TOMADA E CIRCUITOS INDEPENDENTES

    Tabela B.1: Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de tomada

    Local Área (m²) Quantidade Mínima

    Potência

    Mínima

    (VA)

    Observações

    Banheiros(local com

    banheira e/ouchuveiro)

    Qualquer   1 junto ao lavatório 600 

    A uma distância de nomínimo 60 cm da

     banheira ou do box). Se

    houver mais de umatomada, a potência

    mínima será de 600 VA por tomada.

    Cozinha, copa,copa-cozinha,área deserviço,

    lavanderia elocais similares

    Qualquer  1 para cada

    3,5 m, ou fração de perímetro.

    600 VA por

     ponto detomada, até 3

     pontos, e100VA por

     ponto

    adicional

    Acima de cada bancadadeve haver no mínimodois pontos de tomadade corrente, no mesmo ponto ou em pontos

    distintos.

    Varanda  Qualquer   1  100 

    Admite-se que o ponto

    de tomada não sejainstalado na própria

    varanda, mas próximoao seu acesso, quando,

     por causa da construção,ela não comportar ponto

    de tomada.

    Salas edormitórios

    Qualquer  

    1 para cada 5 m, ou fração de perímetro, espaçadas tão

    uniformemente quanto possível

    100 

     No caso de salas deestar, é possível que um ponto de tomada sejausado para alimentação

    de mais de um

    equipamento. Por isso, érecomendável equipá-las

    com a quantidade detomadas necessárias.

    Demaisdependências

    Qualquer  

    1 ponto de tomada para cada5 m, ou fração de perímetro,se a área da dependência for

    superior a 6 m², devendoesses pontos ser espaçadostão uniformemente quanto

     possível

    100 

    Quando a área docômodo ou da

    dependência só for igualou inferior a 2,25 m²,

    admite-se que esse ponto seja posicionado

    externamente aocômodo ou à

    dependência, no

    máximo a 80 cm da porta de acesso.

    Fonte: SCHNEIDER, 2009. 

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    ANEXO C - NÚMERO DE CIRCUITOS AGRUPADOS EM UM ELETRODUTO

    Figura C.1 - Distribuição de circuitos da residência-modelo

    Fonte: SCHNEIDER, 2009.

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    ANEXO D - MÉTODO DE REFERÊNCIA DAS PRINCIPAIS FORMAS DESE INSTALAR FIOS E CABOS EM UMA RESIDÊNCIA

    Tabela D.1: Tipos de linhas elétricas

    Método de referência* Esquema ilustrativo Descrição

    B1 Condutores isolados ou cabosUnipolares em eletroduto aparente deseção não-circular sobre parede

    B1 Condutores isolados ou cabosunipolares em eletroduto de seçãocircular embutido em alvenaria

    Condutores isolados ou cabos

    unipolares em eletroduto aparente deseção circular sobre parede ouespaçado desta menos de 0,3 vez odiâmetro do eletroduto

    B1 ou B2* Condutores isolados em eletroduto deseção circular em espaço deconstrução

    D

    Cabo multipolar em eletroduto (deseção circular ou não) ou em canaletanão-ventilada enterrado(a)

    Cabos unipolares em eletroduto (deseção não-circular ou não) ou emcanaleta não-ventilada enterrado(a)

    Cabos unipolares ou cabo multipolardiretamente enterrado(s) comproteção mecânica adicional

    * Se a altura (h) do espaço for entre 1,5 e 20 vezes maior que o diâmetro (D) do(s)eletroduto(s) que passa(m) por ele, o método adotado deve ser B2. Se a altura (h) for maiorque 20 vezes, o método adotado deve ser B1.Fonte: SCHNEIDER, 2009.