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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EAD – ESTÁCIO CAMPUS VIRTUAL MYCHEL MARCOS MOREIRA MARTINS ENSINO A DISTÂNCIA NO BRASIL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO

EAD – ESTÁCIO CAMPUS VIRTUAL

MYCHEL MARCOS MOREIRA MARTINS

ENSINO A DISTÂNCIA NO BRASIL

Goiânia-GO17 de maio de 2013

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MYCHEL MARCOS MOREIRA MARTINS

ENSINO A DISTÂNCIA NO BRASIL

Trabalho apresentado ao Curso de Comunicação em Mídias Digitais - Universidade Estácio de Sá, para a disciplina de Mediação e Conteúdos Digitais.

Prof. Marcelo Vasques de Oliveira

Goiânia-GO17 de maio de 2013

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................4

2. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL.............................................................5

2.1 CURSOS A DISTÂNCIA DE PÓS-GRADUAÇÃO MAIS PROCURADOS.........6

2.2 TECNOLOGIAS UTILIZADAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.........................6

2.3 OS POSSÍVEIS OBSTÁCULOS DOS CURSOS EAD.......................................8

2.4 FUTURO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL......................................9

2.5.1 Capes quer integrar educação presencial e a distância.............................11

2.5.2 Sobre o Sistema Universidade Aberta do Brasil........................................12

2.6 E-LEARNING CORPORATIVO........................................................................13

3. CONCLUSÃO.....................................................................................................15

REFERÊNCIAS.........................................................................................................16

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1. INTRODUÇÃO

Hoje no Brasil encontramos milhares de cursos de pós graduação,

tanto na modalidade presencial ou ainda à distância. A modalidade EAD (educação

à distancia) vem ganhando cada vez mais adeptos apesar de certa desconfiança por

parte de muitas pessoas. Porém, a facilidade e a praticidade de estudar a qualquer

hora e em qualquer lugar é algo que conquista tantos os brasileiros como estudantes

de todo o mundo.

Alguns cursos na modalidade EAD se destacam pela qualidade do

curso e do conteúdo, é o caso da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro, e

da Universidade Norte do Paraná do Paraná, instituições essas onde sou discente e

tenho conhecimento de causa.

Outros bons cursos de pós-graduação EAD do Brasil são oferecidos

por diferentes instituições de ensino espalhadas pelo território nacional. Existem

cursos gratuitos, mas em pós-graduação a maioria são pagos.

Um exemplo de gratuidade no Brasil é o do sistema UAB

(Universidade Aberta do Brasil), um programa que oferece cursos à distancia

destinados a professores da educação da rede pública e para o público em geral em

parceira com as universidades físicas.

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2. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

A Educação a Distância (EAD) vive uma fase de crescimento

exponensial e vem ganhando um grande número de adeptos. Apesar desse

crescimento, a EAD ainda é vista com certo preconceito e como um método de

ensino duvidoso, isso se deve pela falta de informação e de divulgação dessa

modalidade de ensino. No Brasil cerca de 20% dos estudantes estão cursando

uma faculdade a distância. http://www.ead.com.br/educacao-a-distancia-vale-a-

pena/

Mesmo com todo preconceito existente, a qualidade do ensino

superior EAD muitas vezes supera o ensino presencial. Um exemplo disso são os

resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), onde os

alunos do EAD obtiveram melhor nota em 7 das 13 áreas.

(http://www.ead.com.br/educacao-a-distancia-vale-a-pena/)

Atualmente são mais de 3,5 milhões de alunos matriculados em

cursos a distância. Mas de acordo com o documento Referência de Qualidades

para a Educação Superior a Distância elaborado pelo Ministério da Educação

(MEC). O ensino EAD é uma modalidade de aprendizado onde a comunicação se

dá em tempos e locais distintos. Devido a isso, são necessárias tecnologias

avançadas para atender as necessidades da educação a distância. A EAD é um

método de ensino que facilita a especialização de grande maioria das pessoas que

disponibilizam de pouco tempo livre e desejam aperfeiçoar seus conhecimentos.

Entre os benefícios do ensino EAD podemos citar: acessibilidade, flexibilidade,

redução dos custos e a inclusão social. (http://www.ead.com.br/educacao-a-

distancia-vale-a-pena/)

2.1 CURSOS A DISTÂNCIA DE PÓS-GRADUAÇÃO MAIS PROCURADOS

Muitos cursos de pós-graduação tem sido procurados para

complementar a formação de diversos profissionais, entre os de maior ênfase

estão:

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Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu;

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu;

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu: MBA;

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu : Gestão Ambiental;

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu: Logística;

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu: Pedagogia.

2.2 TECNOLOGIAS UTILIZADAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

“A tecnologia que está sendo utilizada no ensino a distância (EAD),

vem trazendo uma evolução na educação do país. Saiba quais os tipos de

tecnologias utilizadas por essa modalidade de ensino”.

(http://www.ead.com.br/tecnologias-utilizadas-na-educacao-a-distancia/)

Um dos responsáveis pelo sucesso do Ensino a Distância (EAD) , é

a evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Com elas, é

possível ter acesso a um grande número de informações e de maneira rápida.

Assim, o aprendizado fica mais simples e acessível. As ferramentas tecnológicas

possibilitaram um grande crescimento da EAD, proporcionando uma modalidade de

ensino onde a educação não tem fronteiras. (http://www.ead.com.br/tecnologias-

utilizadas-na-educacao-a-distancia/)

As tecnologias utilizadas na educação a distância proporcionam

meios que facilitam o ensino e exploram a sua potencialidade. Um exemplo disso é

o e-learning, que se utiliza da internet para a comunicação entre aluno e professor.

Isso aumenta a difusão da informação e da experiência para os alunos,

possibilitando que o conhecimento esteja sempre disponível. Entre os tipos de

tecnologias utilizadas pela modalidade de ensino a distância, destacam-se: Chats,

Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), Videoconferência, e outros.

(http://www.ead.com.br/tecnologias-utilizadas-na-educacao-a-distancia/)

Devido o surgimento dos dispositivos móveis, foi criada uma nova

perspectiva na modalidade EaD, conhecida como m-learning (aprendizado móvel),

onde, a educação a distância faz uso destes dispositivos móveis para auxiliar no

aprendizado dos alunos através da internet. (BARTHOLO et al., 2009).

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De acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações),

em março de 2010, o Brasil alcançou 179.109.801 acessos do Serviço Móvel

Pessoal. Comparado ao mês de fevereiro do mesmo ano, o crescimento foi de

1,32%.

Para Bartholo et al. (2009), o m-learning fornece uma extensão à

Educação a Distância, contribuindo para a aprendizagem do aluno, sem lugar e

hora pré-estabelecidos.

Os dispositivos móveis são aparelhos muito versáteis que

geralmente possuem algum meio de comunicação, principalmente sem fio, seja ele

wifi, 3G ou 4G. Eles dispõem de uma capacidade limitada de poder computacional

semelhante aos computadores. Como exemplos, temos o PDA (Personal digital

assistants), celular, netbooks, tablets, entre outros. (BARTHOLO et al., 2009).

Não podemos nos esquecer da TV digital que também poderá

contribuir na educação integrando-se com outras mídias na educação.

É importante ressaltar que:

A tecnologia digital baixa custos, a médio e longo prazos. Na educação, teremos muitos canais e recursos para acessar conteúdos digitais de cursos e realizar debates com especialistas e entre alunos. Será fácil também orientar pesquisas e projetos e mostrar (apresentar, disponibilizar) os resultados. Poderemos produzir belas aulas e deixá-las disponíveis para o aluno acessá-las no ritmo que quiserem e no horário que acharem conveniente, com qualidade melhor do que a atualmente conseguida na internet. Haverá mais realismo na interação a distância e nos programas de comunicação a distância, isto é, conseguiremos, mesmo fisicamente longe, ter a sensação de estarmos juntos, de quase tocar-nos fisicamente. (MORAN, 2007).

Conforme Moran (2007), “se estivermos viajando, poderemos

acessar um canal específico e interagir com os colegas e alunos através do celular

ou de um computador portátil”.

Na visão de Moran (2007), a TV digital oferecerá mais oportunidades

de os alunos transformarem-se em produtores de conteúdos multimídia, como

acontece hoje com o site YouTube, onde qualquer pessoa pode divulgar um vídeo

feito com câmeras profissionais ou amadoras como as dos celulares. Pela

quantidade de acessos e pelo número de estrelas atribuídos os usuários avaliam a

qualidade do vídeo. Conforme a avaliação, mais aparece para o público ou nas

pesquisas da internet.

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Segundo Moran (2007), “poderemos ter salas de aula abertas para

cada grupo, turma, universidade e recriar nelas todo o potencial da comunicação

presencial, a distância, mas conectados”.

2.3 OS POSSÍVEIS OBSTÁCULOS DOS CURSOS EAD

Apesar de ser uma modalidade de ensino que vem crescendo

muito no país, a EAD ainda possui algumas dificuldades.

(http://www.ead.com.br/os-possiveis-obstaculos-dos-cursos-ead/)

As mudanças aceleradas que vêm ocorrendo no mundo, aliadas ao rápido desenvolvimento das tecnologias da informação, têm aumentado a capacidade de modernização dos processos educacionais e ampliado as possibilidades de interação entre indivíduos separados geograficamente. (http://www.ead.com.br/os-possiveis-obstaculos-dos-cursos-ead/)

O Ensino a Distância (EAD) é um método que nos permite cursar

uma graduação, pós-graduação, especialização, entre outros, sem a necessidade

de comparecermos à salas de aulas como ocorre no sistema convencional. Ainda

permite uma versatilidade e flexibilidade enorme no que diz respeito a horário, local

de estudos e a realização das atividades. (http://www.ead.com.br/os-possiveis-

obstaculos-dos-cursos-ead/)

Porém, o desenvolvimento de projetos de EAD exige mudanças de

hábitos de toda a equipe responsável, que precisa valorizar o trabalho participativo,

e dos alunos, que devem desenvolver sua capacidade de autoformação, de modo

a conquistarem um processo de aprendizagem em que a presença física do

professor se torna eventual ou inexistente. (http://www.ead.com.br/os-possiveis-

obstaculos-dos-cursos-ead/)

Apesar da modalidade de ensino a distância ter consquistado uma

grande quantidade de adeptos, existem vários obstáculos que podem desistimular

o aluno e o tutor on-line.  Entre eles podemos destacar:

Evasão dos alunos

Falta de preparação dos alunos

Falta de boas práticas para tutoria on-line

Custos da produção dos cursos

Administração do tempo

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Dificuldades nas interações dos trabalhos em grupo

2.4 FUTURO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

A modalidade EAD vive um momento de questionamentos que

podem definir o seu futuro: qual o nível de intervenção necessário para garantir sua

qualidade? Que autonomia as instituições devem ter para criar novos métodos

pedagógicos?  É possível adotar um modelo unificado num país das dimensões do

Brasil?

Essas perguntas começaram a ganhar relevância a partir do final de

2007, quando o Ministério da Educação definiu os instrumentos para

credenciamento institucional, de polos e autorização de cursos na modalidade EAD.

Era então o início da regulação do setor que, até então, não tinha instrumentos

específicos. Passou-se a exigir uma infra-estrutura para cada polo presencial que

inclui, entre outros itens, auditório, biblioteca e laboratórios especializados. No final

do ano passado, o órgão anunciou o resultado do processo de supervisão iniciado

no começo de 2008: mais de mil polos desativados. Agora, o MEC estuda novos

critérios para a autorização de cursos.

(http://www.educacaoadistancia.blog.br/futuro-incerto-para-educacao-a-distancia/)

O setor começa a se adaptar às regras, mas as consequências já são visíveis. As instituições que adotaram o modelo de ensino online foram as mais afetadas. A maioria refreou planos de expansão e concentra esforços em altos investimentos para agregar infra-estrutura aos polos presenciais, que antes eram usados prioritariamente para as avaliações dos alunos. É o momento de adequação ao modelo de educação a distância que está sendo desenhado no país. (http://www.educacaoadistancia.blog.br/futuro-incerto-para-educacao-a-distancia/)

A Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) é a favor da

necessidade de se estabalecer critérios para a garantia da qualidade. No entanto, é

contra a adoção de um modelo pedagógico único para todo o Brasil e a

diferenciação de regras. “Outros países não têm leis específicas para a EAD. A

modalidade deveria ser incluída dentro do processo de educação da universidade”,

defende Frederic Litto, presidente da Abed.

(http://www.educacaoadistancia.blog.br/futuro-incerto-para-educacao-a-distancia/)

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O temor, alegam os envolvidos, é que esse ajuste desconsidere diversidades. “O modelo brasileiro tem de ser plural, o das federais não serve para as demais, é oneroso. O aluno que paga mensalidade não quer, nem pode pagar mais”, diz Beatriz Ribeiro, diretora da PUC Minas Virtual. Ela faz uma conta rápida: com a exigência de um tutor presencial por disciplina, no caso do curso de ciências contábeis da PUC, por exemplo, seria necessário contratar 48 tutores. A ida frequente dos alunos aos polos presenciais também é inviável para quem vive no interior, principal público da instituição, segundo Beatriz. “Há uma tensão entre a necessidade da comunidade que não tem acesso ao ensino e as exigências do MEC. Não é assim que se assegura qualidade”, reflete. (http://www.educacaoadistancia.blog.br/futuro-incerto-para-educacao-a-distancia/)

Especialistas revelam que a tendência do sistema Eadcon é encerrar

a oferta de ensino em cidades com menos de mil habitantes, onde vivem cerca de

50% de seus alunos. O motivo é a dificuldade em se cumprir com todas as

exigências para os polos presenciais em cidades pequenas. Para eles essa

legislação vai provocar efeitos positivos e negativos. Os investimentos em qualidade

são benéficos. Mas a preocupação é com a queda na cobertura da educação a

distância, se o modelo definido não conseguir chegar a cidades menores.

(http://www.educacaoadistancia.blog.br/futuro-incerto-para-educacao-a-distancia/)

Por outro lado, o Ministério da Educação investe na Universidade

Aberta do Brasil (UAB) como frente de batalha para a formação de professores e

expansão do número de alunos.

De qualquer forma, educadores são otimistas com relação ao futuro do ensino a distância no Brasil. A expectativa é que a modalidade, que cresceu 54,8% de 2004 a 2007, passe por um período de adequação, mas continue a se expandir. “A educação a distância não é uma opção, é o futuro. Quem estiver fora da EAD nos próximos anos está fora da educação”, analisa o pró-reitor de EAD da Metodista, Luciano Sathler. “Há uma mudança no perfil do aluno, no mercado e na maneira como a sociedade enxerga de que forma o conhecimento é disseminado. A EAD é a resposta para esses três níveis de mudança de paradigma”, justifica. (http://www.educacaoadistancia.blog.br/futuro-incerto-para-educacao-a-distancia/)

Segundo dados do Anuário Abed de 2007, 972 mil alunos estão

matriculados em instituições credenciadas, enquanto a educação corporativa conta

com 582 mil alunos. A previsão dos especialistas é que a educação a distância nas

empresas vai ter um crescimento exponensial.

(http://www.educacaoadistancia.blog.br/futuro-incerto-para-educacao-a-distancia/)

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Segundo os últimos dados disponíveis no Anuário Abed, 77% dos cursos a distância são realizados via material impresso, 62,9% por e-learning (internet), 45% por vídeo, 23,6% por televisão e 11,4% via satélite. A tecnologia que prevalecerá num futuro próximo ainda é uma aposta incerta. “Ninguém sabe como a internet e a telefonia móvel vão se integrar, mas sabemos que a conexão será toda via IP (Internet Protocol)”, avalia Beatriz, da PUC Minas.

“Seja qual for a tecnologia, os educadores são otimistas quanto à

adequação das atuais medidas para as necessidades do país. Por ser o começo do

processo é natural que ainda venham ajustes, defendem”.

(http://www.educacaoadistancia.blog.br/futuro-incerto-para-educacao-a-distancia/)

2.5.1 Capes quer integrar educação presencial e a distância

Para Climaco e Siqueira (2013):

Em 2009, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), como parte da missão atribuída pela Lei 11.502, de 2007, recebeu do Ministério da Educação (MEC) a responsabilidade pela operacionalização do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), com o objetivo de conferir à modalidade Educação a Distância (EaD), no nível superior, o reconhecimento angariado, no País e no exterior, pelo Sistema Nacional de Pós-Graduação, em especial no incremento da formação inicial e continuada dos professores da educação básica. A criação, o desenvolvimento e a implantação de novas mídias e tecnologias de informação e comunicação (TICs) aplicadas à educação são fatores primordiais para a atratividade, manutenção e, consequentemente, o sucesso do modelo de EaD no Brasil, um país de dimensões continentais e com expressivas carências no ensino, ainda não superadas.

A Capes foi criada pelo Decreto 29.741, de 11 de julho de 1951. As

atividades da Capes podem ser agrupadas nas seguintes linhas de ação, cada qual

desenvolvida por um conjunto estruturado de programas:

Avaliação da pós-graduação stricto sensu;

Acesso e divulgação da produção científica;

Investimentos na formação de recursos de alto nível no país

e exterior;

Promoção da cooperação científica internacional.

Indução e fomento da formação inicial e continuada de

professores para a educação básica nos formatos presencial

e a distância

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2.5.2 Sobre o Sistema Universidade Aberta do Brasil

Segundo Climaco e Siqueira (2013), o Sistema UAB, instituído pelo

Decreto 5.800, de junho de 2006, tem por objetivo o desenvolvimento da modalidade

EaD, com sua operacionalização a cargo da Diretoria de Educação a Distância

(DED) da Capes, transferida da Secretaria de Educação a Distância (SEED/MEC)

pela Portaria MEC 318, de 2 de abril de 2009. Nos termos do decreto, são objetivos

do Sistema UAB:

I – oferecer, prioritariamente, cursos de licenciatura e de formação

inicial e continuada de professores da educação básica;

II - oferecer cursos superiores para capacitação de dirigentes,

gestores e trabalhadores em educação básica dos Estados, do Distrito Federal e dos

municípios;

III - oferecer cursos superiores nas diferentes áreas do

conhecimento;

IV - ampliar o acesso à educação superior pública;

V - reduzir as desigualdades de oferta de ensino superior entre as

diferentes regiões do País;

VI - estabelecer amplo sistema nacional de educação superior a

distância; e

VII - fomentar o desenvolvimento institucional para a modalidade de

educação a distância, bem como a pesquisa em metodologias inovadoras de ensino

superior apoiadas em tecnologias de informação e comunicação.

É importante ressaltar que:

Atualmente, o Sistema UAB é integrado por 103 IPES, sendo 56 universidades federais, 30 estaduais e 17 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, além de 645 polos de apoio presencial ativos – centros de formação em localidades estratégicas em todas as unidades da federação, onde os alunos e professores dos cursos a distância realizam as atividades presenciais indispensáveis aos projetos pedagógicos, incluindo as avaliações. (CLIMACO E SIQUEIRA, 2013).

De acordo com Climaco e Siqueira (2013), para 2013 na expansão

da UAB, está prevista nos polos de apoio presencial a instalação de sistemas

WebTV para permitir a transmissão de informações e programas da Capes/MEC e

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das IES, de modo que os participantes do Sistema UAB se reconheçam como

membros efetivos das estruturas educacionais.

2.6 E-LEARNING CORPORATIVO

Segundo Dias (2008) buscando maior competitividade no mercado e

procurando criar diferenciais em meio à concorrência, as empresas estão cada vez

mais preocupadas com a qualificação de seus profissionais. Para tanto, estão

investindo em treinamentos, atualização, motivação e aperfeiçoamento de seus

stakeholders, propiciando, assim, condições para o desenvolvimento e a retenção de

talentos, evitando um elevado turnover. Essa proposta encontrou um enorme aliado

na EAD que, desde 1997, vem permitindo que a capacitação possa ser realizada

muitas vezes com menores custos e mantendo a eficácia desejada.

Para Dias (2008):

Um dos maiores desafios do e-learning corporativo, quando foi lançado, era a pouca credibilidade e a resistência à mudança por parte das empresas e funcionários. Mas os diversos benefícios capazes de serem propiciados por essa solução, como a autonomia e flexibilidade de tempo e espaço para o aluno, agilidade, possibilidade de redução de custos, abrangência e alcance, facilidade de acesso, menor interferência na rotina de trabalho, interatividade, montagem de cursos específicos, vieram, aos poucos, incentivando o uso e, consequentemente, a evolução dessa forma de capacitação. As estatísticas apontam que o uso do e-learning para o treinamento nas empresas vem crescendo nos últimos anos, tanto no mundo quanto no Brasil.

Atualmente, as organizações passaram a enxergar o e-learning não

só como ferramenta de treinamento, mas como uma estratégia de negócios. O e-

learning começou a ser reconhecido também como um agente agregador de valor,

se usado na capacitação dos negócios da empresa. Através da disponibilização de

conteúdo educacional para o segmento de negócios, essa proposta prevê a

possibilidade de gerar integração, colaboração e agilidade na troca de informações e

conhecimento entre todos os envolvidos no processo, de funcionários a clientes.

(DIAS, 2008).

Conforme Dias (2008), é inegável que a introdução do e-learning nas

empresas impulsionou a difusão e o compartilhamento do conhecimento que,

acabaram por incrementar o uso e a evolução dessa solução nos ambientes

corporativos.

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Mas não basta apenas se pautar nos benefícios que o e-learning pode apresentar para vê-lo consolidado como uma solução de ensino-aprendizagem nas organizações. Faz-se necessário reforçar a confiança nessa solução, sendo fundamental que o seu uso traga resultados consistentes com as necessidades de capacitação, formação e desenvolvimento de profissionais nas empresas ou, melhor dizendo, que os profissionais sejam formados e não apenas informados. A educação corporativa deve investir na criação de competências que possam ter uma atuação efetiva na produção de produtos e serviços, executem com eficiência os procedimentos operacionais em seu trabalho, tomem decisões embasadas no conhecimento adquirido, formando, assim, indivíduos que sejam capazes de conviver de forma natural com as transformações da sociedade atual. (DIAS, 2008).

Para Dias (2008) é primordial que sejam construídos projetos de

ensino que apresentem qualidade, obedecendo aos requisitos e especificações dos

demandantes, que possam agregar valor ao processo de aprendizagem.

Na implantação desses modelos educacionais, é conveniente, ainda,

que as empresas se preparem, utilizando tecnologia específica e utilizem os

padrões, recursos e ferramentas disponíveis atualmente no mercado facilitando a

implantação dos projetos. (DIAS, 2008).

Na opinião de Dias (2008), a educação corporativa deve ser pautada

refletindo sobre seu papel e a forma de enfrentar as exigências do mercado de

trabalho. Em paralelo, ela deve se preocupar em promover o desenvolvimento de

todos os profissionais do mercado, incluindo os autônomos. Talvez seja esse o

maior desafio para o e-learning corporativo.

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3. CONCLUSÃO

O fato é que a educação a distância (EAD) vem desempenhando um

papel muito importante na sociedade, uma vez que permitiu a inclusão de uma

grande parte da população na educação profissional e tecnológica. Com o passar do

tempo, novas são as possibilidades que surgem através da tecnologia, melhorando

o aprendizado e possibilitando a melhora do sistema de ensino nessa modalidade

e/ou como auxílio ao sistema tradicional.

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REFERÊNCIAS

EAD. Seu Portal de Ensino a Distância. Educação a distância vale a pena? Disponível em: <http://www.ead.com.br/educacao-a-distancia-vale-a-pena/>. Acesso: em 15 de maio de 2013.

EAD. Seu Portal de Ensino a Distância. Pós-Graduação a Distância. Disponível em: <http://www.ead.com.br/pos-graduacao-a-distancia/>. Acesso: em 15 de maio de 2013.

EAD. Seu Portal de Ensino a Distância. Tecnologias utilizadas na educação a distância. Disponível em: <http://www.ead.com.br/tecnologias-utilizadas-na-educacao-a-distancia/>. Acesso em: 15 de maio de 2013.

MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2007.

________. Desafios na comunicação pessoal. 3ª ed. revista. São Paulo: Paulinas, 2007.

BARTHOLO, Viviane et al. 2009. M-AVA: Modelo de Adaptabilidade para Ambientes Virtuais Móveis de Aprendizagem. Bandeirantes, 2009. Disponível em <http://www.br-ie.org/pub/index.php/sbie/article/view/1117/1020>. Acesso em: 15 de maio de 2013.

EAD. Seu Portal de Ensino a Distância. Os possíveis obstáculos dos cursos EAD. Disponível em: <http://www.ead.com.br/os-possiveis-obstaculos-dos-cursos-ead/>. Acesso em: 15 de maio de 2013.

EAD. Seu Portal de Ensino a Distância. Futuro Incerto para Educação a Distância. Disponível em: http://www.educacaoadistancia.blog.br/futuro-incerto-para-educacao-a-distancia/>. Acesso em: 15 de maio de 2013.

CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. História e missão. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/sobre-a-capes/historia-e-missao>. Acesso em: 15 de maio de 2013.

ESTADÃO. ARTIGO: 'Capes quer integrar educação presencial e a distância'. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/vida,artigo-capes-quer-integrar-educacao-presencial-e-a-distancia,1026219,0.htm>. Acesso em 17 de maio de 2013.

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Blog Brasileiro de Educação a Distância. Os desafios do e-learning corporativo. Disponível em: <http://www.educacaoadistancia.blog.br/revista/elearningcorporativo_rosanadias.pdf>. Acesso em 15 de maio de 2013.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Decretos. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view= article&id=12778%3Alegislacao-de-educacao-a-distancia&catid=193%3Aseed-educacao-a-distancia&Itemid=865>. Acesso em: 16 de maio de 2013.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Cursos de Pós-Graduação Latu Sensu a Distância. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?id=12776&option=com_content&view=article>. Acesso em: 17 de maio de 2013.

PLANALTO. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. DECRETO Nº 6.303, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6303.htm>. Acesso em: 17 de maio de 2013.

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