1º como saber se é o momento certo para pedir demissão e ... · Índice introduÇÃo ... eu sou...

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO......................................................................................................3

O MOTIVO POR TRÁS DE TUDO.......................................................................4

É HORA DE PEDIR DEMISSÃO?.......................................................................8

POR QUE VOCÊ DEVE PEDIR DEMISSÃO?...................................................13

QUANDO É O MELHOR MOMENTO PARA PEDIR DEMISSÃO? .................18

COMO PEDIR DEMISSÃO? .............................................................................22

A DECISÃO É SUA............................................................................................25

CONCLUSÃO.....................................................................................................27

AGRADECIMENTO E RECOMENDAÇÕES.....................................................28

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INTRODUÇÃO

Olá! Tudo bom? Eu sou o Paulo! Se você está lendo este livro é porque,

assim como eu, passou ou está passando por um momento delicado em sua vida,

no que se refere à sua escolha profissional. Provavelmente você não está

satisfeito com o seu trabalho, devido a um ou mais motivos, e, ao contrário do

que dizem a você, não acha que isso é normal, que “faz parte da vida”. Esse tipo

de resposta não serve para você! Bom, quero lhe dizer que não está sozinho!

Muitas pessoas atualmente estão passando pela mesma situação e encarando essa

realidade, que muitos fingem não enxergar. Estão buscando respostas diferentes,

mais informações úteis, novas opiniões, novas formas de pensar, enfim, soluções

para esse dilema. Eu sou uma dessas pessoas! Até hoje já pedi demissão de

quatro empregos diferentes, três dos quais ingressei por meio de concurso

público! Mas percebi que não era isso que eu queria para a minha vida! Eu estava

infeliz, sem motivação com o meu trabalho, triste com a vida. Estava num ponto

em que a minha vida pessoal estava sendo afetada. Eu estava “morrendo por

dentro aos poucos”, como costumava dizer às pessoas mais próximas. Pois é,

parece dramático demais, não é? Mas só quem esta passando pela situação sabe

exatamente a intensidade desse sentimento. Mas este livro não é sobre mim, e

sim sobre tentar ajudar os que, assim como eu, esperam mais da vida do que o

seu emprego atual está proporcionando/pode proporcionar. Por isso decidi

escrever este E-book! Através das minhas experiências pessoais, da observação

do comportamento das pessoas com quem convivi e convivo (sempre fui muito

observador), através de muita leitura e pesquisa sobre o assunto, buscando

artigos pertinentes, analisando os comentários de diversos especialistas, indo

atrás de opiniões de quem já passou, ou passa, por uma situação semelhante,

leitura de pesquisas realizadas sobre o tema, etc., busco trazer o máximo de

informação sobre “o momento certo para pedir demissão” àqueles que

precisam. E é por isso que vocês estão aqui, certo? Então, vamos lá!

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O MOTIVO POR TRÁS DE TUDO

“Toda vez que você se encontrar no lado da maioria, é hora de parar e refletir”

− Mark Twain

Olhe para as pessoas ao seu redor ou para seu grupo de amigos e

familiares. Quantos deles estão REALMENTE felizes com seus trabalhos?

Quantos estão motivados, inspirados, empolgados, e não simplesmente

“acomodados” porque as vantagens daquele trabalho acabam compensando de

uma forma ou de outra. Eu particularmente conheço pouquíssimas pessoas!

Agora olhe para você! Você se formou, conseguiu um bom emprego na

sua área ou até mesmo foi promovido durante um estágio. Sua carreira caminha

da melhor forma possível, até que em alguns anos, ou mesmo meses, você

começou a sentir que escolheu a profissão errada.

Ou... você trabalha no setor público, estudou e se preparou por um bom

tempo, investindo em cursos preparatórios, livros, materiais diversos. Teve sua

disciplina e força de vontade testadas. Finalmente foi aprovado em um concurso

público e conseguiu um trabalho com muitas vantagens e que muitos gostariam

de ter. Depois de alguns anos você está desmotivado e não tem mais a mínima

vontade de realizar suas atribuições.

Talvez você tenha seu próprio negócio. Investiu muito dinheiro e tempo

começando seu empreendimento do zero. Agora finalmente ele está dando

retorno financeiro e ainda há potencial para crescer, mas você percebeu que ter

negócio próprio não é todo esse “glamour”. Não sobra tempo para descansar,

curtir a vida, a família e os amigos. É correria o dia inteiro. É burocracia para

lidar, tributos para pagar, problemas para resolver. Você se sente aprisionado.

Não tem mais a mesma paixão com a sua rotina.

E por aí vai...

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Qual é o problema?Durante toda nossa vida nos ensinaram que dinheiro e segurança nos

proporcionariam realização pessoal. O problema aparece quando a gente ganha

cada vez mais e a satisfação nunca chega!

Perder a paixão pelo trabalho ou pela carreira escolhida é um problema

enfrentado por todos os tipos de profissionais, e cada dia mais as pessoas estão

despertando para o fato de que trabalhar fazendo algo que não traz felicidade

pode ser um dos maiores arrependimentos da vida.

A prisão do trabalho fixoReceber um salário fixo todo mês é confortável, temos a sensação de

missão cumprida por ter todas as contas pagas. Enquanto isso, acreditamos que

nossos sonhos podem esperar mais um pouco, já que a vida está “garantida” por

mais trinta dias.

O modelo social que a maioria das pessoas considera “normal” é o

conhecido como “o Sonho Americano”. Antes mesmo de você nascer, o mundo

já tinha expectativas sobre você, impondo um caminho que é traçado da mesma

forma pela maioria das pessoas - estudar, se formar, conseguir um bom emprego,

comprar uma boa casa, ter pelo menos um carro na garagem, ser alguém de

“sucesso” na carreira escolhida, dedicar sua vida à empresa, aposentar, e,

finalmente, curtir a vida. Você cresceu acreditando que não havia outras escolhas!

Porém, mais recentemente, algumas pessoas começaram a perceber que esse

modelo de vida capitalista estava criando cada dia mais prisões em suas vidas.

Elas começaram a perceber que tinham entrado numa corrida alucinada SEM

FIM em busca de mais dinheiro. Mas calma lá, ninguém aqui é contra ganhar

dinheiro! Desde que isso não signifique ter de abdicar de 70% do seu tempo, e

passar a viver DE VERDADE somente nos intervalos do expediente, nos finais

de semana e nas férias. A vida passa rápido demais, não podemos desperdiçar

todo esse tempo! Você faz faculdade e é fadado a trabalhar com aquilo pelo resto

da vida? No seu emprego atual tem que fazer tudo o que o chefe manda, mesmo

não concordando ou podendo fazer melhor, apenas para construir uma carreira?

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É preciso ir subindo de cargo com o tempo, e ganhar cada dia mais dinheiro,

para conseguir sustentar o padrão de vida formado por todos os gastos que você

é obrigado a ter quando é adulto? Seguindo esse modelo, o resultado é que

precisamos trabalhar cada vez mais, nos submeter a cada vez mais esforços sem

sentido, para que possamos pagar (E FAZER!) mais dívidas. Se você não escapar

dele, ele não terá fim, pois foi feito para não ter fim e a única forma de sair dessa

“prisão” da vida moderna é reconhecer o problema, analisar a situação, reunir a

coragem necessária e tomar uma atitude! Antes que seja tarde.

A vida é uma jornada única para cada indivíduo. Você não precisa seguir a

mesma trilha somente porque todas as pessoas estão seguindo também. Você

não precisa passar a vida reclamando do seu trabalho e do seu chefe somente

porque todo mundo faz isso e considera normal viver dessa forma. Se esse

modelo tradicional de vida não é algo que lhe traz felicidade, preste atenção!

Ignorar os sinais pode fazer com que você se arrependa para sempre!

O quanto seu tempo vale para você?

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Pedir demissão??A demissão surge como uma saída à esta situação. Pedir demissão é o tipo

de experiência que desperta um senso de urgência. É o impulso para buscar algo

novo com todo nosso potencial. Quando estamos empregados, nossa mente foca

apenas em resolver problemas ligados ao trabalho. Demitir-se pode ser arriscado,

mas é um risco que pode (e deve) ser calculado e minimizado antes que qualquer

atitude seja tomada (falaremos mais sobre isso). Mas posso garantir: cada oito

horas em seu trabalho, culpando a vida pelos seus problemas, é um dia que se

perde. É um tempo que não volta. Convenhamos, as coisas que realmente

importam na vida não vêm de graça.

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É HORA DE PEDIR DEMISSÃO?

Como ter CERTEZA que é hora de pedir demissão, para não termos

arrependimentos no futuro?

Primeiramente, devemos evitar ao máximo tomar qualquer tipo de decisão

importante em momentos de irritação, tristeza e doença. Estes estados

mentais/físicos irão afetar seu julgamento. O que é bom deixa de ser bom. O que

é ruim passa a ser horrível. Portanto, evite tomar decisões por impulso.

Tenho uma TÉCNICA que desenvolvi ao longo do tempo e que

costumo aplicar para descobrir o quão seguro estou sobre determinado assunto.

Funciona assim: a partir do primeiro momento em que o pensamento “não gosto

do meu trabalho, quero pedir demissão, não quero mais fazer isso!” aparece e você o

percebe, comece a prestar atenção em seus pensamentos pelas próximas semanas

ou meses (dois ou três meses já está de bom tamanho). Fique atento e observe se

é um pensamento RECORRENTE, ou seja, se ele ganha força, permanece por

um tempo, e logo em seguida “some” por alguns dias, para depois ressurgir mais

forte. Se ele for recorrente, significa que mesmo em dias e em situações

diferentes, enquanto você estava com humores variados, ele permaneceu

inalterado. É interessante também parar para pensar em diferentes dias da

semana, pois a nossa disposição mental varia muito ao longo dela. A partir do

momento em que você perceber que a sua vontade de pedir demissão e mudar

de vida é forte, tanto em momentos de descontentamento e cansaço (durante a

jornada de trabalho, por exemplo), quanto em momentos de relaxamento e

diversão (encontro com a família e amigos, finais de semana, férias, etc.), fica

claro o quanto você está SEGURO do que quer e o quanto isso está

AFETANDO sua vida. Acho essa técnica muito boa de ser utilizada em

momentos em que temos de tomar decisões com grande potencial de trazer

mudanças significativas em nossas vidas. Assim, você tem CERTEZA de que

não é uma vontade momentânea volúvel e não agirá por impulso.

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Além disso, você tem que avaliar se o seu desânimo é realmente devido ao

emprego. Pode ser um fator externo, como problemas amorosos, dificuldades

financeiras, problemas de saúde, etc.

Profissionais que gostam de desafios e mudanças jamais devem ficar

muito tempo em uma atividade. Isso vale também para perfis mais acomodados,

que com o tempo se cansam de executar tarefas repetidas (já passei por isso! É

muito comum na maioria dos cargos públicos). Nesse caso, escolher a profissão

certa para seu perfil é o primeiro passo para não se sentir desmotivado no

trabalho. É fundamental buscar algo que se gosta de fazer, que traga satisfação

pessoal, além de dinheiro. É preciso projetar sua carreira pensando no que

realmente se quer fazer, ou pelo menos o que não se quer fazer, traçando metas e

objetivos a serem alcançados no longo prazo, de forma a estar ciente de que está

indo na direção certa.

Já em situações em que a desmotivação está diretamente ligada ao cargo

ou às tarefas no trabalho, você deve tentar expor esse problema para seu chefe

imediato, a fim de explicar a situação e tentar propor novos desafios para sua

função. Também é recomendado pedir para mudar de setor. Não custa tentar,

afinal, você já está considerando a demissão!

Alguns especialistas dizem que a solução é dar sentido à sua função.

Dizem que a maioria dos profissionais que se desmotivam ocorre pelo fato de

não criarem um propósito, trabalham no automático. Acreditam que o

profissional deve encontrar novas formas de executar as tarefas, ler livros e

procurar cursos para aprimorar o trabalho em sua área, como formas para lidar

com a situação. Eu DISCORDO completamente. Quer dizer que devemos fazer

joguinhos mentais com a nossa mente para podermos nos motivar a fazer o que

SABEMOS que não gostamos? Para tornar SUPORTAVEL? Isso para mim é

resposta de quem já desistiu. De quem está acomodado com a situação e não tem

forças nem coragem suficientes para correr atrás de algo melhor! Assim nada vai

mudar. Essa “brincadeira” de disfarçar a realidade com “óculos cor de rosa”,

fingindo não enxergar o que está escancarado diante do próprio nariz, pode até

surtir algum efeito por um tempo, mas logo você cansa de tentar se enganar. E

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quando isso acontecer, o descontentamento voltará mais intenso e você estará

mais velho e mais frustrado do que antes.

“Colocar "óculos cor-de-rosa" para afirmar uma condição de felicidade pode ser

prejudicial, já que impede o enfrentamento objetivo dos problemas!” - frase de uma doutoranda

em psicologia.

Agora sim, sabendo que você não está agindo por impulso e que a sua

infelicidade no trabalho não é causada por fatores externos (o problema é o

trabalho em si), podemos ficar atentos aos sinais que indicam se é hora de pedir

demissão.

Sinais de que é hora de pedir demissão:

Você fica infeliz e angustiado só de pensar que tem que ir ao trabalho.

Há uma forte sensação de fadiga e melancolia na véspera de uma segunda-

feira, ou em qualquer outro dia, apenas por se imaginar no ambiente de

trabalho no exercício de sua função. Ir para o trabalho passa a ser uma tarefa

árdua, pesada. Você não vê a hora de que o dia chegue ao fim, de que a

semana termine. Você não tem disposição para curtir o tempo livre.

A relação com a chefia direta está desgastada ou o seu relacionamento com colegas não é saudável. As relações no ambiente de

trabalho são fundamentais para tornar o dia a dia mais agradável, mais leve.

Você não está sendo valorizado! Você não tem promoção e nenhum tipo

de reconhecimento há mais de um ano. Apesar de ter realizado

perfeitamente suas atividades ao longo dos últimos meses e de ter cumprido

todas as metas que lhe foram impostas, você está ressentido porque não se

sente valorizado. O sentimento geral é de que pode ser substituído por

qualquer um e de que seu trabalho não tem sentido. Se você acha que deveria

ser mais reconhecido, fale sobre isso com seu chefe. Se isso não for possível,

talvez seja o momento de repensar se este é o lugar certo para você! Um

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profissional merece levar crédito por seus êxitos. O reconhecimento é

importante e as boas companhias implementam programas para que os

funcionários saibam que são valorizados. Caso não sinta tal contrapartida no

seu emprego atual, procure uma empresa que valoriza seus talentos.

Seus valores pessoais vão de encontro com os da empresa. Seja por ter

de fazer uma tarefa com a qual não concorda, por não se sentir bem ou por

não achar certo, seja porque não se sente parte da empresa. A sensação geral

é de desconforto, de “não pertencer”. Verifique primeiro se não é apenas

uma questão de se adaptar a uma realidade diferente.

Vou falar rapidamente um pouco sobre mim, já que este último foi o

motivo determinante para eu pedir demissão de um dos meus empregos

anteriores.

Trabalhei em um banco, em 2008, por quase cinco meses (não agüentei

mais que isso!). Ingressei por meio de um concurso público, em que, para ser

aprovado, tive que investir muito tempo de estudo, fora o investimento

financeiro em livros e apostilas. Foi o pior emprego que já tive. Trabalhava no

atendimento. Havia filas e mais filas todo santo dia, pois na época só havia

aquela agência daquele banco naquela cidade. Era correria durante todo o

expediente. Não conseguia parar para almoçar. Havia assédio moral tanto dos

clientes - que já chegavam irritados - quanto (e principalmente) da chefia. Metas e

mais metas para cumprir. Mas o principal problema era o fato de que, para

alcançarmos nossas metas, nos era cobrado fazer coisas que em minha opinião

são no mínimo moralmente duvidosas. Vou citar um exemplo: o nosso público

era de baixo poder aquisitivo, pessoas simples, com pouco estudo, endividadas e

ignorantes em assuntos financeiros. Pois bem, num belo dia, eu estava atendendo

uma mulher de meia idade. Ela estava precisando de dinheiro e queria fazer um

empréstimo, mas não sabia qual contratar, pois havia vários tipos diferentes, cada

um com uma taxa de juros diferente. Depois de contar um pouco de sua história,

ela resolve me perguntar, do alto de sua ingenuidade, demonstrando que confiava

em mim, qual seria o melhor empréstimo para ela. Ela pediu a minha ajuda! Eu,

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mais que prontamente, analisei os empréstimos disponíveis para ela e escolhi o

com a menor taxa de juros e melhores parcelas. Ela contratou e saiu satisfeita,

apesar de descontente por estar endividada. O problema veio logo no final

daquele atendimento. Meu chefe imediato viu o que eu fiz e foi conversar

comigo. Levei uma bela bronca por não tem empurrado o empréstimo mais caro

para a cliente! Na hora me senti um bobo por ter perdido a oportunidade de

contribuir mais para o alcance das metas da agência, mas logo em seguida eu

percebi como aquela situação era errada. Eu não tinha motivos para me sentir

mal, muito pelo contrário! Fiz o que tinha que ser feito. Lá, situações

semelhantes se repetiam com certa freqüência, mas foi nesta ocasião em que

comecei seriamente a considerar o pedido de demissão. O dia em que me demiti

foi um dos melhores dias da minha vida. Senti um peso enorme sair das minhas

costas, e quase imediatamente soube que tinha feito a escolha certa!

Continuando...

Você não sente prazer em realizar o seu trabalho. Você mudou e está

necessitando de novos ares. Insistir na mesma tecla apenas consumirá mais

tempo para tomar uma decisão que, pelo jeito, já está sendo adiada! Se não

fosse o fato de depender do salário para pagar as contas no fim do mês, você

já teria se aventurado a buscar novos caminhos. O momento certo para pedir

demissão é o momento em que você verifica que não tem mais paixão pela

atividade que desempenha.

O autoconhecimento é fundamental. Gostar do que faz não é suficiente. Cada um de nós

tem valores, que devem ser respeitados ao realizarmos as nossas escolhas profissionais. Ser feliz

ou estar “confortável”? Sair da zona de conforto demanda coragem e deve ser algo planejado.

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POR QUE VOCÊ DEVE PEDIR DEMISSÃO?

Agora que você chegou até aqui, acredito que já saiba se é, ou não, a hora

certa de pedir demissão. Neste próximo tópico vou apresentar os motivos pelos

quais acredito que você deva arriscar e sair do seu emprego atual!

Como já foi dito, desde sempre você aprendeu que na vida há uma ordem

lógica de passos que todos devem seguir para conquistar sucesso profissional.

Seus professores disseram isso, seus amigos disseram isso, seus pais disseram

isso. Acontece que, o mesmo sistema que permite que você ganhe dinheiro,

precisa que você gaste esse dinheiro. Isso acontece porque quanto mais você

ganha, mais aumenta seu padrão de vida, e conseqüentemente, precisa de mais

dinheiro para mantê-lo. Quanto mais se ganha, mais se gasta! É uma corrida sem

fim, que faz com que a grande maioria das pessoas desperdice suas vidas em

busca de um sonho que NÃO É REAL.

Esperar para curtir a vida depois que você se aposentar é um péssimo

negócio. Há estudos que afirmam que no futuro haverá mais idosos, devido ao

aumento da expectativa de vida, e o governo terá sérias dificuldades em pagar a

aposentadoria a todos aqueles que contribuíram. Além disso, o ponto alto da sua

disposição e vitalidade acontece enquanto você é jovem. Quando finalmente

estiver aposentado, você não estará mais tão disposto e empolgado como se

sente hoje, pois passou a vida trabalhando em algo que não gosta! Talvez você

nem chegue vivo até lá! E o pior de tudo é que, quando você tiver essa

constatação, já será tarde demais. A única forma de escapar dessa frustração é

perceber o erro antes, e fazer algo a respeito para evitar que ele aconteça.

Ao se forçar a trabalhar em algo que não te faz feliz você está

prejudicando sua saúde. Se você detesta seu trabalho ou se trabalha em algo que

não te satisfaz, o seu corpo está sentindo todos os sinais de estresse. Toda vez

em que você se sente estressado, seu corpo tem uma resposta para te proteger.

Isso faz com que hormônios como cortisol sejam liberados, aumentando a

pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Além disso, o estresse pode causar

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outros efeitos negativos, como problema no coração, insônia, dores de cabeça,

refluxo, perda de memória, baixa imunidade, problemas de pele, envelhecimento

precoce, dentre outros. É claro que não dá para fugir completamente do estresse,

pois há situações cotidianas que fogem do nosso controle, mas se você passa a

vida toda fazendo um trabalho que não te satisfaz e que te deixa frustrado, será

muito pior, afinal, passamos boa parte das nossas vidas trabalhando.

Seu trabalho te impede de investir tempo no que gosta de fazer e no que é

realmente bom. Quem gasta muito tempo trabalhando com coisas que não gosta,

não tem tempo pra ficar bom no que gosta.

Se você está num ambiente ruim, muito provavelmente está se cercando

de pessoas desmotivadas e frustradas que só vão te colocar pra baixo. Se você

passa o dia com pessoas alegres, inspiradoras, criativas, as chances de você ser

alguém alegre, inspirador e criativo são bem maiores, e o mesmo acontece com o

inverso. Incorporamos essas características e hábitos positivos e negativos, afinal,

passamos mais tempo dos nossos dias no trabalho do que em casa ou com

amigos.

Seu trabalho atual desestimula sua criatividade. As melhores idéias surgem

quando você menos espera. Raramente você vai ter uma epifania olhando para a

tela em branco do computador ou para as paredes no escritório. Fazer alguma

atividade habitual, como sair para uma caminhada, tirar um cochilo, observar a

natureza, ou até arrumar a casa, permite que você, sem perceber, acesse

informações da área periférica do cérebro. As melhores idéias surgem quando

você se sente inspirado, e isso tende a acontecer pouco quando estamos

entediados. A maioria dos empregos exige que sigamos regras, protocolos,

padrões, deixando muito pouco espaço para que os funcionários possam se

expressar e inovar. Largando o emprego que te deixa infeliz, você libera sua

criatividade e pode mais facilmente encontrar uma solução para o seu problema.

Quem sabe descubra algo que realmente goste de fazer e aprenda a pôr em

prática? Ou desenvolva um negócio próprio? Ou descubra uma área nova em

que você tenha mais interesse? Isso também pode te ajudar a reavaliar seus

hábitos com o dinheiro, diminuindo gastos desnecessários e desperdícios.

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Lembre-se: você é apenas uma peça substituível. Não importa o quão

competente você seja, e o quanto o seu chefe faz parecer que você tem uma

importância vital na empresa, jamais se esqueça, você é uma peça totalmente

substituível. A empresa em que trabalha provavelmente já existia antes de você

chegar e vai continuar existindo depois que você sair. A única forma de evitar ser

uma peça substituível é fazer o que realmente gosta. Cada pessoa é única e ao

fazer realmente o que ama, jamais outra pessoa será capaz de realizar esse

trabalho da mesma forma.

Você mora longe. O trânsito que você é obrigado a enfrentar para chegar

ao seu local de trabalho está te deixando estressado. Você está sempre irritado e

mal humorado, pois desperdiça horas de sua vida preso dentro do carro, ou num

transporte público de má qualidade. Pode não parecer, mas isso faz parte da

“rotina do seu trabalho”.

Para finalizar, o mais importante: você está infeliz! A vida só nos dá uma

chance, então por que você desperdiçaria essa chance gastando a maioria de suas

horas num trabalho que você não gosta? Talvez você nem tenha percebido que

seu trabalho te faz infeliz, porque está cercado de pessoas na mesma situação, e

isso faz com que você nem questione esse fato e o considere normal. Mas se

você leu este e-book até aqui, já tem informações suficientes para se questionar e

descobrir a verdade.

Encontre seu novo caminho e comece a remar!

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Uma curiosidade: pesquisas comprovam que a grande maioria dos

profissionais que nasceram em meados de 1970 em diante, não pretende passar

mais de três anos numa mesma empresa! Atualmente, há dois pontos de vista

diferentes em relação ao assunto, que estão dividindo os especialistas. Alguns

acreditam que quem está sempre transitando entre vagas tem mais dificuldades

para conquistar os empregadores - e, conseqüentemente, ser alçado a cargos

melhores. Estudos apontam que, para chegar a cargos elevados e de comando, o

tempo médio passado com o mesmo empregador deve ser de quinze anos entre

os homens e vinte e três anos entre as mulheres. Eles dizem que as empresas

procuram líderes que inspiram confiança e estabilidade, uma imagem difícil de

associar a quem muda de emprego frequentemente. Podemos até reconhecer

certa lógica neste tipo de pensamento. Já outros acreditam que, hoje em dia, o

tempo de casa não tem mais o mesmo valor para os empregadores quanto

antigamente, pois o mundo e a cultura das empresas mudaram muito. Eles

acreditam que os especialistas que adotam o primeiro ponto de vista pertencem a

uma geração anterior, que costumava interpretar a mudança constante de

empresa como sinal de falta de compromisso, mas hoje essa noção foi

relativizada e, até certo ponto, invertida: quem fica tempo demais no mesmo

lugar é que pode ser mal visto, parecer acomodado. Essa é a visão que acredito

que prevalecerá no futuro! Está aí mais um motivo para você, que está infeliz

com sua situação atual, ter iniciativa, arriscar, enfrentar o medo, e buscar algo que

seja melhor para você, que te deixe mais realizado e satisfeito com o seu dia-a-

dia! Mas cuidado. Isso não quer dizer que períodos curtos demais em cada

empresa deixarão de ter efeitos nocivos para um currículo. O colaborador precisa

concluir suas atribuições e projetos, para levar um bom aprendizado de cada

experiência e ao mesmo tempo não se “queimar” na empresa. O importante é

constatar que o tempo de permanência não será mais tão decisivo para conseguir

um bom emprego. Engajamento e comprometimento com resultados pesam

muito mais hoje em dia. Mas, cá entre nós, independente de qual visão é a mais

correta, o que importa mesmo é estarmos felizes com o nosso trabalho, fazendo

o que nos inspira, nos deixa feliz. Buscar isso é muito mais importante do que se

16

preocupar com fatores que podem, ou não, influenciar negativamente o seu

currículo. É um risco pouco provável que com certeza vale a pena correr.

17

QUANDO É O MELHOR MOMENTO PARA PEDIR DEMISSÃO?

Acredito que toda mudança na vida precisa ser feita com cautela e

planejamento. Não estou defendendo a idéia de jogar tudo para o alto e seguir

um sonho sem ter se preparado para isso. Antes de pedir demissão, é SEMPRE

recomendável ter uma quantidade de dinheiro reservada para segurar as pontas

no começo até que você comece a lucrar com seu novo trabalho, ou então

alguma outra fonte de renda paralela. Além disso, é importante ter planos de

contingência, caso seu plano principal não seja bem sucedido. Vamos detalhar

isso melhor.

Antes de qualquer coisa, é bom esclarecer. Se você tem a opção de

continuar no seu emprego e ao mesmo tempo conseguir se manter motivado e

disposto enquanto busca uma nova fonte de renda, faça isso! Agora, se você está

tão desanimado, tão desmotivado, a ponto de não ter mais disposição mental

para olhar para fora de seu trabalho atual, pois ele suga toda sua energia... A

situação está feia! É especialmente a você que dedico este livro. Neste caso, siga

estes passos:

1. Ponha tudo na balança. A mudança deve ocorrer quando os ganhos são

realmente maiores que as perdas e depois de estudar os melhores

caminhos para o médio e longo prazo. A visão de curto prazo pode trazer

uma visão distorcida do futuro. Ou seja, é muito tentador focar apenas

nas conseqüências de curto prazo de sua decisão, pois, muito

provavelmente, você focará no prazer em nunca mais ter que ir trabalhar

no antigo local, na sensação momentânea de liberdade (como um grande

peso ter saído das costas), você focará no tempo livre e no novo potencial

de infinitas possibilidades. No médio e no longo prazo as coisas mudam,

pois surge a necessidade de considerar o aspecto financeiro da sua

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situação, sua nova rotina, seus novos objetivos e metas para a vida. Então,

resumindo, não se deixe levar pelas conseqüências positivas imediatas à

sua demissão. Esteja preparado.

2. Aprenda mais sobre você antes de tomar uma atitude. Desenvolva o seu

autoconhecimento! Analise suas forças internas, talentos, habilidades e

competências. Assim você vai ter uma idéia muito melhor de qual direção

tomar assim que sair do seu emprego atual. Aqui vale aquela máxima: “A

direção vale mais do que a velocidade”.

3. Procure pesquisar mais a respeito dos tipos de trabalho que estão ao seu

alcance. Estude mais sobre como abrir seu próprio negócio. Decida se

gostaria de tentar algum concurso público e já faça planos para sua

preparação. Atualize seu currículo e o envie para as empresas de seu

interesse. Considere a opção de fazer um curso ou especialização.

4. Converse com conhecidos, colegas, amigos, que já passaram por situação

parecida. O que eles fizeram?

5. Faça um planejamento financeiro. Isso é importantíssimo! Analise seus

gastos mensais e descubra quanto dinheiro você precisa para manter seu

padrão de vida a cada mês. Faça uma poupança de forma que você tenha

o suficiente para se manter por alguns meses (seis meses é um bom

número). Corte gastos desnecessários. Evite desperdícios. Para viver bem,

você precisa de menos do que imagina.

6. Controlar a ansiedade é importante para não fazer opções de carreira

equivocadas. A busca por uma nova vaga não deve começar

imediatamente após a demissão. Reflita por alguns dias, no mínimo, sobre

os motivos do desligamento, e corrija a sua 'rota', se necessário. O

intervalo entre empregos serve também para resolver assuntos pessoais e

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fazer cursos para se preparar para uma nova oportunidade profissional.

Você pode até descobrir novas áreas, em que nunca havia pensado atuar.

7. O tempo deve ser preenchido estrategicamente. Você precisa ocupar os

seus dias, indo atrás de contatos e conhecimentos que impulsionem os

seus planos. Pensar positivo faz a diferença, mas agir é fundamental!

8. Se você tem um emprego assalariado, preste atenção:

Se você tem férias vencidas ou está prestes a tirá-las e não tem nada

garantido ainda, tire as férias e use esse tempo para procurar um novo

emprego. Prepare-se o melhor que puder, financeiramente, para sua

demissão depois das férias.

Se faltarem dois a três meses para você receber seu décimo terceiro,

agüente as contas e fique na empresa mais um tempo para receber o

décimo terceiro e outros bônus aos quais você possa ter direito. A não ser

que você já tenha uma proposta de emprego encaminhada. Nesse caso

não marque bobeira e saia assim que puder. Você terá direito a receber o

décimo terceiro proporcional, de qualquer forma.

Seu saldo de salário no mês de demissão será proporcional aos dias

trabalhados.

Férias e 1/3: dependendo do caso, se forem férias já vencidas, você recebe

o adicional de 1/3. Caso você nunca tenha tido férias durante seu

emprego, seu empregador terá que pagar férias dobradas + 1/3. Você

NÃO terá direito: saque do FGTS; multa de 40% por demissão sem justa

causa; seguro-desemprego.

Vou aproveitar e esclarecer alguns equívocos sobre o assunto:

• Você só se sentirá realizado fazendo o que ama? Muitos livros de auto-

ajuda insistem nessa idéia. Isso não é o suficiente! Por mais que você

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adore o seu trabalho, existem outros fatores nessa equação, como grau de

qualificação, competências, circunstâncias econômicas, e mesmo sorte.

• Você será feliz quando alcançar seu objetivo? A realidade não é tão cor de

rosa quanto se imagina! Existem muitos executivos que chegaram ao topo

e, lá no alto, só encontraram mais estresse e cobrança.

• Só é feliz quem é dono do próprio negócio? Outra ilusão! Muitos

acreditam que para ser feliz basta poder “fazer as coisas do próprio jeito”,

ou seja, abrindo uma nova empresa. No Brasil, a maioria das empresas vai

à falência nos primeiros anos de existência. Neste ramo, não basta apenas

querer e gostar do que faz! Tem que saber o que está fazendo.

• Felicidade no trabalho é uma coisa, na vida pessoal é outra? Não acredito

nesta distinção! É difícil acreditar quando alguém diz que o trabalho está

ruim, mas que o resto vai bem, ou vice-versa. Penso assim porque o

trabalho ocupa uma parte muito grande da nossa vida!

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COMO PEDIR DEMISSÃO?

O mundo dá voltas e o mercado fala. Se for para sair do emprego, saia

pela porta da frente, sem se “queimar”. O chefe direto deve ser a primeira pessoa

a ser comunicada. Nada de ficar falando pelos corredores que vai sair, nem tirar

tudo que é seu do escritório antes de comunicá-lo. Vale até dizer que ainda está

em dúvida, caso ainda não tenha tomado a decisão final.

A questão de ‘queimar-se’ com a empresa acontece quando a liderança é

surpreendida com a notícia da saída "irreversível" em um momento de

necessidade. Escolha o momento certo para falar com ele e não deixe para

conversar na última hora. Seja prático e objetivo. Caso seja necessário, vale

agendar um horário para tratar do assunto. Escolher um lugar calmo e reservado

para ter a conversa. Se possível, diga seus motivos a ele. É uma proposta

vantajosa, insatisfação com os rumos da trajetória na empresa, mudança de

carreira? Seja sincero e direto. A sinceridade é importante até porque o chefe,

muitas vezes, pode esclarecer alguns aspectos da situação fazendo com que a sua

visão atual sobre o trabalho mude.

Caso uma briga tenha motivado a sua saída, não é hora de “lavar a roupa

suja”! Trate da sua saída e não volte ao tema da briga.

Esteja aberto a uma contraproposta. Quando o pedido de demissão é

seguido de uma contraproposta por parte do chefe, como aumento de salário,

promoção, novas atribuições, esteja aberto para ouvir o que a empresa pode

oferecer para evitar a sua saída. Não se apresse em responder se aceita ou se vai

sair mesmo assim. Evite responder na mesma hora, mas também não demore

muitos dias.

Não é necessário dar detalhes demais sobre o novo emprego. Seja

discreto, não é preciso dizer quanto vai ganhar, as funções que irá exercer e os

benefícios que terá.

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Nunca fale mal da empresa! As pessoas acham que porque estão saindo

podem dizer de tudo. Aja com maturidade e respeito. Agradeça as experiências

que a empresa te proporcionou. Não fale mal dos colegas ou da chefia.

Verifique o tempo necessário até a sua saída. Verifique com o chefe

quanto tempo a empresa vai precisar de você. Não deixe passar a impressão de

que você o está deixando na mão. Cargos executivos geralmente pedem um

tempo de transição maior, de dez a vinte dias é um tempo razoável. Para funções

mais operacionais, uma semana deve ser o suficiente. Mas entrem num acordo.

Para aqueles que já conseguiram um emprego, combine o prazo com seu novo

empregador agora que você já sabe o tempo que precisará ficar no emprego

atual. Não caia na pressão: “preciso que você comece amanhã”. Geralmente, o

novo empregador entende que é preciso fazer uma transição e que ela demanda

tempo, e considera isso como um sinal de que você tem consideração pela

empresa. Mas se a pressão continuar, diga que a mesma consideração que você

está tendo com a atual empresa você terá com a organização para a qual você vai

começar a trabalhar.

Deixe a empresa a par dos projetos que estão sob sua responsabilidade.

Prepare o material, para que o seu substituto tenha um panorama do que está

sendo feito. Estabeleça as metas a respeito do que você ainda vai entregar e

cumpra. É muito fácil você se deixar levar e se desmotivar com o trabalho,

sabendo que não mais continuará na empresa. Não deixe a “bola cair”. Lembre-

se de que uma relação de confiança é construída com muito trabalho, mas pode

ser quebrada por uma pequena atitude.

Registre o acordo a respeito do acerto de contas. Formalize por e-mail.

Deixar tudo registrado é uma forma de se proteger, caso a empresa não honre

com o que ficou acertado entre vocês. Ter documentos é sempre bom!

Ao adotar uma postura transparente, ética e objetiva, dificilmente você

corre o risco de “se queimar” na empresa. Porém, esteja preparado para uma

reação ruim de seu chefe. Muitas vezes você pode fazer tudo corretamente, mas

mesmo assim o seu pedido de demissão não ser bem recebido. É algo que foge

ao seu controle. Nestes casos, não seja reativo! Diga que entende o nervosismo,

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mas que vai continuar a conversa em outro momento, quando ele estiver mais

calmo. Se não for possível, trate da sua saída diretamente com o setor de

Recursos Humanos e informe-o a respeito do problema com o chefe. Busque o

apoio do RH como aliado nesta situação.

Ao fazer o seu pedido de demissão esteja convicto! Em alguns casos, é

oferecida uma contraproposta, como ajustamento, promoção, entre outros. Se

você pediu demissão e continuar no trabalho sem ter certeza se era aquilo que

queria, pode se tornar um profissional desmotivado. Você pode perder a

oportunidade de tentar um novo desafio em outro lugar.

Não se deve desmerecer a empresa de onde se está saindo. É sempre bom

sair pela porta da frente e evitar deixar algum mal entendido. Esta situação evita

mal estar caso algum dia você venha a voltar à organização.

Cumpra o aviso prévio. A falta de comprometimento, até mesmo no

cumprimento deste período, complica a situação da empresa que tem este tempo

para transmitir as funções ao novo funcionário. No caso de precisar de uma

referência isso vai depor contra você, podendo até mesmo fechar as portas para

oportunidades futuras.

É importante ter a consciência do término. No meu caso, antes de

efetivamente pedir minha demissão, visualizei como seria a minha vida sem ter as

vantagens que trabalhar naquela empresa me conferia. Eu não me relacionaria

com as mesmas pessoas, não iria para o mesmo lugar todos os dias, não faria as

mesmas atividades, não teria mais a rotina que eu vivi durante tanto tempo.

Psicologicamente terminei aquela relação e isso me deu força para terminá-la na

prática!

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A DECISÃO É SUA

Mesmo que você deseje desesperadamente se afastar do seu horrível local

de trabalho, colegas chatos ou chefes abusivos, você acaba hesitando em fazer

alguma coisa porque surgem vários pensamentos que o impedem de abandonar o

emprego. Essas desculpas podem parecer a “voz da sanidade”, oferecendo

motivos para ficar e SUPORTAR o mau emprego só mais um pouquinho. O que

eles fazem na verdade é mantê-lo preso em um emprego que o está desgastando

lentamente. Vamos ver as desculpas mais comuns:

A esperança de que as coisas podem melhorar: aquele chefe chato poderá

mudar de setor. Aquele colega mala poderá sair. Aquela quantidade

absurda de trabalho acumulado poderá desaparecer de repente. Por outro

lado, talvez nada mude. Ou tudo pode piorar. Se você já fez sua parte e

mesmo assim não há perspectivas de melhora, não adianta esperar.

“Não quero ser alguém que desiste”. “Não quero parecer um perdedor”.

Isto não tem a ver com vencer ou perder... é a SUA VIDA. Que tipo de

vida você quer ter? Você está saindo porque é o melhor para você.

O medo de “manchar” o currículo: na verdade, quanto mais você ficar em

um mau emprego, mais ele roubará sua energia, otimismo, autoconfiança

e motivação de que precisa para encontrar algo melhor. E mais

acomodado você parecerá, o que é pior para seu currículo.

“Perderei meu salário, minha posição social, o reconhecimento das

pessoas, etc." Sim, este é o preço de deixar um emprego. Isso é o que mais

assusta. Mas não está sendo o suficiente para você. Qual é o preço de ficar

em um emprego que o deixa infeliz? Esse preço pode estar sendo muito

pior para você.

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“Qualquer emprego que eu arranjar será a mesma coisa”. Há ótimos

lugares para trabalhar. Há diversas formas diferentes de ganhar dinheiro

honestamente.

“Estarei jogando fora tudo o que investi neste emprego”. Saia o quanto

antes! Continuar no emprego é desperdiçar mais tempo valioso em algo

ruim.

“Meu salário é muito bom". Não importa! Você está infeliz! Não vale a

pena. Use essa segurança financeira para deixar o emprego e encontrar

outro que o torne feliz.

“Pessoas dependem de mim”. Complicado! Mas talvez fosse melhor para

sua família e dependentes se você tivesse um emprego melhor, para que

não estivesse sempre cansado, irritado, estressado ou frustrado.

O céu é o limite...

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CONCLUSÃO

Durante os meus estudos sobre o tema, o que mais me chamou a atenção

foi a alta quantidade de vezes em que encontrei depoimentos do tipo “Deixei meu

emprego hoje! Não sei o que vou fazer agora, só sei que ao sair melhorei instantaneamente

minha qualidade de vida". Muitas pessoas ficariam muito mais felizes se

abandonassem os maus empregos logo. Muita gente que finalmente conseguiu

deixar um mau emprego só desejava que tivesse feito isso antes! Poucas pessoas

que abandonaram empregos ruins desejaram que tivessem continuado lá, por

motivos variados. Não é uma decisão fácil, mas vale a pena examinar com muito

cuidado os motivos para ter certeza que eles são sólidos.

Se você decidir pedir demissão, lembre-se: entre o término da relação com

o antigo trabalho e o reinício em um novo, existe um hiato. O reinício é certo,

mas para ele acontecer existe muito trabalho, dedicação e planejamento, e tudo

isso acontece durante esse espaço de tempo. É quando devemos colocar toda a

nossa energia nas ações que construirão o futuro que desejamos. Pensar

positivamente ajuda, mas AGIR é o que faz a diferença. Com certeza exigirá

bastante esforço, mas quando você trabalha para construir algo em que acredita,

todo esse esforço é gratificante. Demitir-se trará um grande senso de urgência.

Servirá como a mola propulsora, o trampolim, que te alçará para o seu sonho. A

transição é evolutiva. O seu passado te trouxe para quem você é, e hoje a

transição te levará para o futuro que quer construir.

Está tudo em suas mãos. Não dependa de ninguém para tomar essa

decisão.

“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”

- Peter Drucker

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AGRADECIMENTO E RECOMENDAÇÕES

Obrigado a você leitor, por ter dedicado um pouco do seu tempo lendo

este livro. O caminho é esse. A busca por informação e conhecimento é o que

nos faz evoluir. Espero ter ajudado você na sua tomada de decisão, ou pelo

menos ter feito você pensar de forma diferente a respeito de algumas coisas.

Com uma visão diferente, percebemos e enfrentamos nossos problemas de

forma diferente! Agora é com você. O que realmente você quer? Tome as rédeas

de sua vida! Ainda há tempo.

Um grande abraço,

Paulo M. Prati

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