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OBJETIVOS E IMPACTOS DE REFORMAS

TRABALHISTAS HÉLIO ZYLBERSTAJN – FEA/USP E FIPE

AUDIÊNCIA PÚBLICA - REFORMA TRABALHISTA

Projeto de lei 6787/2016

Brasília - Câmara dos Deputados

16/03/2017

OBJETIVOS E IMPACTOS DE REFORMAS TRABALHISTAS

Reformas trabalhistas na Europa – I

Cenário comum antes da reforma: desemprego estrutural (altas taxas, por muito

tempo)

Regra vigente: segurança no emprego (job security)

Diagnóstico: restrições à demissão inibem contratações e segmentam o mercado

de trabalho: insiders e outsiders.

Problema adicional: altíssimas taxas de desemprego dos jovens.


Reformas trabalhistas na Europa – II

Cenário desejado depois das reformas: redução do desemprego

Nova regra: segurança no mercado de trabalho (flexecurity)

Justificativa: Mais demissões, mas muito apoio aos demitidos. Seguro-desemprego,

treinamento e reciclagem intensa dos demitidos, intermediação muito ativa.

Argumento adicional: cenário mais favorável aos jovens.


Resultados das reformas trabalhistas na Europa

Dois países se aproximaram da flexecurity: Dinamarca e Holanda.

Bons resultados nestes países. Redução do desemprego e reciclagem do sistema

econômico.

Demais países: avançaram no flex (contratos de trabalhos menos rígidos).

Restrições fiscais inibiram a security.

Estudos dos impactos e avaliações dos especialistas: inconclusivos. Muita

divergência. Difícil isolar impactos de fatores concomitantes.


Reforma Trabalhista no Brasil - I

Cenário: Desemprego grande, mas recente. Excesso de fontes de direitos

trabalhistas: Lei, Negociação e Justiça do Trabalho.

Regra vigente: flexibilidade nas demissões.

Diagnóstico: Negação do conflito. Subdesenvolvimento da negociação coletiva.

Hipertrofia do papel do Estado. Submissão à Justiça do Trabalho na solução dos

conflitos (litigiosidade). Sindicatos pouco representativos. Desajuste crônico

entre as fontes de direitos.


Reforma Trabalhista no Brasil - II

Cenário desejado: Autonomia e segurança jurídica para a negociação coletiva.

Limitação do papel do Estado. Sindicatos mais representativos e mais

democráticos.

Nova regra: O resultado da negociação coletiva tem o valor de lei.

Representação dos empregados no local de trabalho.

Justificativa: Ampliar o espaço da negociação coletiva. Promover a solução do

conflito no local de trabalho por meio de negociação (representante dos

empregados).

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Reajustes acumulados em 12 meses e INPC

Abaixo do INPC Igual ao INPC Acima do INPC

Nossos sindicatos sabem negociar, mesmo na recessão

Fonte: Projeto Salariômetro - Fipe

Nossos sindicatos sabem negociar reajustes pisos, mesmo na recessão

Fonte: Projeto Salariômetro – Fipe

Mediana dos pisos salariais negociados

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Salário Mínimo Piso Mediano/SM Piso Mediano


Mas nossos sindicatos não negociam a solução de conflitos


Europa Brasil

Desemprego estrutural Desemprego conjuntural

Rigidez na demissão Flexibilidade na demissão

Negociação coletiva plena: salários,

condições de trabalho, solução de

conflitos

Negociação coletiva truncada e

incompleta

Alvo da reforma


Mensagem

As reformas trabalhistas da Europa e do Brasil são diferentes

Não é correto transpor as análises e as conclusões de lá para cá


Aperfeiçoamentos no projeto

Lista do que não pode ser negociado

Privilegiar o acordo coletivo

Requisito: representatividade do sindicato (50% + 1)

Eleição do representante – remeter para a negociação e criar órgão tripartite

Rescisão do contrato deve rescindir o contrato


Muito obrigado!

[email protected]

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