(1960). de maneira geral, o autor concebe contratransferência como algo que descreve uma...
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(1960)
De maneira geral, o autor concebe contratransferência como algo que descreve uma anormalidade nos sentimentos, relacionamentos e identificações que estão represados no analista;
A contratransferência aparece para demonstrar que o analista precisa de mais análise;
A técnica psicanalítica se caracteriza pelo uso e análise da transferência e pela instauração da neurose de transferência;
A transferência não é apenas uma questão de relacionamentos, mas sim do modo como fenômenos altamente subjetivos aparecem repetidamente;
A psicanálise consiste em propiciar condições para o desenvolvimento desses fenômenos e interpretá-los em momentos certos;
O analista no desenvolvimento de seu trabalho está sob tensão ao manter a atitude profissional;
A análise do próprio analista não funciona necessariamente para curar suas neuroses, mas sim para aumentar a sua estabilidade de caráter e sua maturidade;
A base do trabalho analítico é a manutenção de um relacionamento profissional;
A atitude profissional pressupõe uma distância entre analista e paciente: entre paciente e analista esta a atitude profissional do analista, sua técnica, o trabalho que executa com sua mente;
O analista deve ser objetivo e consistente na hora da sessão, sem pretender ser um salvador, professor, aliado ou moralista. O efeito importante na análise do próprio analista é que fortalece o ego, possibilitando ao analista permanecer profissionalmente envolvido e sem esforço demasiado;
Conclusão: em termos gerais, a contratransferência designa os aspectos neuróticos do analista que estragam a atitude profissional e perturbam o curso do processo analítico determinado pelo paciente;
O papel do analista pode variar em função do diagnóstico do paciente, modificando todas as considerações feitas anteriormente;
Casos anti-sociais, psicoses e borderlines: a questão da dependência infantil não foi vencida;
Quando a regressão atua fortemente, paciente precisará passar por uma fase de dependência infantil e o analista precisará desempenhar o papel de mãe para o lactente do paciente. Isto significa dar apoio ao ego em grande escala, assumindo uma posição de fusão com o paciente;
Os analistas que trabalham com estes pacientes que necessitam do estabelecimento desta dependência extrema geralmente tem dificuldades para entender e lidar com a transferência em seu sentido clássico com pacientes neuróticos;
Para analistas iniciantes não deveriam ser recomendados pacientes que necessitem deste relacionamento mais primitivo, pois poucos irão suportar tal demanda;
Por fim, a contratransferência remete a algo que esperamos eliminar, trabalhar ou manter sob controle no tratamento analítico;