10-as identificações imaginárias.ppt

8/19/2019 10-As Identificações Imaginárias.ppt

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AS IDENTIFICAÇÕESIMAGINÁRIAS



“O que os conduz ao crime é o sentimentoromanesco, isto é, a projeção de si na

mais magnífica, a mais audaz, a mais

perigosa das vidas. Eu traduzo para eles, pois têm o direito de utilizar uma

linguagem que os ajude a se aventurar.

GENET, Jean in “A criança criminosa”.



Gene !" voz ao #o$em %&e age sem o recurso simbólico

%&e '(e )ermiiria !i*er e re+'eir sore

os !escamin(os $i$i!os na a!o'esc-nciae a e)eri-ncia $i$i!a na insi&iç/o

%&e )reen!ia s&a ressocia'i*aç/o.



Em o!os os em)os,as transgressões s/o,)ara os a!o'escenes,

a )ossii'i!a!e !eaventura e risco %&e

0arane ares !e'ier!a!e,

a )ossii'i!a!e !e

conar (is1rias e$ana0em, !an!o provas !o aan!ono!e &ma )os&ra in+ani'.



2o#e, os a!o'escenes &scam, no m&n!o !ocrime, &ma imagem de brilho %&e '(es +oi

ne0a!a, '&0ar !e e$i!-ncia %&e, !e o&ro mo!o,)arece n/o esar a se& a'cance.

A +i0&ra !o an!i!o %&e con%&iso& &m '&0ar nas

)"0inas )o'iciais +ascina.Engancham o )r1)rio cor)o nessa ima0em %&e,s&)osamene, 0arane a )ossii'i!a!e !e sera'0&3m, ain!a %&e )or &m c&ro em)o e '(esc&se a $i!a.

A eis-ncia )arece n/o er nen(&m $a'or.



Na adolescência , tempo que exige o descolamento da

posição infantil, todos, sem exceção, assumirão a atitude

de oposição às determinações familiares buscando uma

imagem exterior de identificação.



O adolescente se mimetiza num

personagem que porta o signo que,tantas vezes, convoca o olar de

reprovação na fam!lia, mas o inclui no

novo grupo.

"sse tempo torna#se mais problem$tico

para aqueles que s% tem à suadisposição as identificações

imaginárias.



"mbora este modo de identificação permita um

funcionamento aparentemente est$vel, a imagem, por

não ser de fato internalizada, exige sua confirmaçãonos atos que asseguram sua existência e confirmam,

incessantemente, sua posição.

&odemos verificar isto na cl!nica da violência e no que

se refere às tatuagens, onde se evidencia a

necessidade de renovação da marca, aquela que

convoca o olhar do outro para a confirmação do signo de inserção no campo do desejo do outro materno.



A a&a0em sem)re ese$e 'i0a!a 4 eiiç/o !e raços !ei!eni+icaç/o a &m 0r&)o, como “a marca %&e re5ne a

mana!a a se& !ono”. 6acan, J.

Na a!o'esc-ncia, e'as oc&)am, m&ias $e*es, noima0in"rio !o cor)o, o '&0ar !os rios !e )assa0em %&e,)or &ma $ia sim1'ica, in!icam o acesso a &ma )osiç/o

$iri' e eiem o )ono a )arir !o %&a' o s&#eio se $-!ese#a!o.

“... nos rios !e )&er!a!e, 7recon(ecemos8 a' o&

%&a' +orma !e inscriç/o, !e marca, !e a&a0em, 'i0a!aa cera +ase, %&e se a)resena !e maneira n/o9am:0&a

como acesso a &m cero es"0io !o !ese#o. Isso &!osem)re se a)resena como marca e im)ress/o”.

6acan, J. ,semin"rio ;, ).<=>



Na a&a'i!a!e, $eri+ica9se &ma +a'-ncia!a +&nç/o !os ri&ais e ra!iç?es@ os

ani0os #" n/o ser$em mais, e os no$os,o& n/o se consi&:ram o& n/o -m ain!a

e+ei$i!a!e no seni!o !e criar marcas

sim!"licas.



A a&a0em 3 &ma marca %&ein!ica a i!eni+icaç/o ima0in"ria



or %&e &m a!o'escene eie &ma a&a0em %&e oi!eni+ica ao r"+ico !e !ro0asB

or %&e a'0&3m im)rime, no cor)o, a marca !oari0o !a 'ei %&e corres)on!e ao se& !e'ioB

%&e #&si+ica, na a&a'i!a!e, a&a0ens e

nomeaç?es %&e in!icam &ma ec'&s/o ass&mi!a,&m en%&a!re na ec'&s/oB

Seria a rei$in!icaç/o !a con!enaç/o %&e n/o(o&$eB As me!i!as s1cio9e!&cai$as %&e e'ec&m)re soam como o n/o recon(ecimeno !a

s&a rans0ress/oB Gene



Na $er!a!e, o %&e os 'e$o& ao m&n!o !o crime +oia +a'a !e &m enquadre viril, a &sca !e &m '&0ar

visível )ara a'o#ar o si9mesmo. Fa'(a a identificação sim!"lica %&e es" na

ori0em !o s&#eio !o inconsciene e se !")e'a introjeção !a si0ni+icaç/o %&e !esi0na os&#eio como o#eo !ese#"$e' .

Fa'(a a 'ei&ra %&e eria si!o !a!a )e'o )ai@a%&e'a %&e )aci+ica ao !ar a ca!a &m o nomee o '&0ar %&e '(e 3 )r1)rio.



Resa o i)o !ei!eni+icaç/o %&e es"

na ori0em !o e&, ac(ama!a identificação

imagin#ria.

E'a se !" )e'a projeção

!e si n&ma ima0emeerior !ese#"$e'.



2" em)os ar"s, os eem)'os cia!os seriamim)ens"$eis. 2a$eria $er0on(a.

Era )ara (&mi'(ar e casi0ar %&e &ma ani0a)r"ica socia', (" m&io em)o ao'i!a, ari&:a

marcas i!eni+ica1rias aos criminosos.

Eram marcas !e !iscriminaç/o.

2o#e, em o!os os )res:!ios, em !i+erenes '&0ares!o m&n!o, oser$a9se %&e essa )r"ica +oi

reoma!a, n/o mais como moi$o !e $er0on(a,mas como moi$o !e (onra, or0&'(o e eiiç/o.



9“E& so& 'a!r/o”9“E& so& =;”

9“E& so& m3!ico”

9 “E& so& a'co1'ara”

%&e 3 com&m e o %&e !isin0&e esas a+irmaç?esB

S/o o!as !enominaç?es %&e inserem o s&#eio n&m0r&)o.

A +&nç/o, com&m ao 0r&)o, s&si&i o )r1)rio nome na!esi0naç/o !o in!i$:!&o.

%&e ca&sa esran(e*a 3 a i!eni+icaç/o ao 0r&)o in!ican!o&ma

segregação assumida no social.



%&e in!icam eses casos on!e o “e& so&...'

se sore)?e ao nome )r1)rio !o s&#eioB

N/o (" a: )ro)riamene i!eni+icaç/o sim1'ica, no

seni!o !e “&ma rans+ormaç/o )ro!&*i!a nos&#eio %&an!o e'e ass&me &ma ima0em.”

6acan, J in Es"0io !o Es)e'(o

%&e ocorre 3 &ma imiaç/o, &ma i!eni+icaç/oima0in"ria, )or projeção, “o en0anc(ameno na

ima0em !o seme'(ane, !o )ar, %&e '(e !" ac(ance !e se )orar mais o& menos em n&macera si&aç/o”. 6acan, J in Escrios



H&e !en5ncia se e)'icia a%&iB

A virilidade 3 a'cança!a ara$3s !e &mano$a ima0em !e (ero:smo.

(er1i, (o#e, se +a* na violência, como nas0&erras. Mas ese (ero:smo res&'a !ainc'&s/o na mar0ina'i!a!e e, ao conr"rio!e o&ras 0&erras, in!ica ec'&s/o socia'.



Em “Re+'e?es Sore a H&es/o Ga”, Di!ier Erion nos ensinasore a in#5ria )resene nos )rocessos !e se0re0aç/o@

a in#5ria me +a* saer %&e so& a'0&3m %&e n/o 3 como os o&ros,

%&e n/o es" na norma.

“&ma )a'a$ra $eri0inosa, $in!a !o +&n!o !o m&n!o, ao'e a e'aor!em”. Jean Gene

o ins&'o 3 &m $ere!ico. &ma senença %&ase !e+inii$a, &macon!enaç/o )er)3&a com a %&a' $ai ser )reciso $i$er.

a nomeaç/o )ro!&* &ma conscieni*aç/o !e si mesmo como &mo&ro, %&e os o&ros rans+ormaram em o#eo.

a in#5ria )ro!&* e+eios )ro+&n!o na consci-ncia !e &m in!i$i!&o)e'o o %&e e'a !i* a e'e@ “e& e re!&*o a...”, “e& e assimi'o a...”.

“&!o se )assa como se a )"0ina !e &m 'i$ro se ornasseconsciene e se senisse lida em voz alta sem )o!er se ler ”. Sarre

Gene 3 marca!o como ladrão )e'o o'(ar !o o&ro, o'(ar com o



“A c&'&ra !as +eri!as, )e'os men!i0os, )ara e'es 3 am3m omeio !e er &m )o&co !e !in(eiro9)ara $i$er9mas se +oram

'e$a!os a isso )or &ma +ra%&e*a na mis3ria,o orgul$o %&e3 )reciso )ara s&senar9se +ora !o desprezo 3 &ma $ir&!e

$iri'@ o or0&'(o +&ra e !i$i!e o !es)re*o, arreena9o.”

assim %&e Gene e)'ica a )assa0em !a $er0on(a aoor0&'(o +rene 4 in#5ria cra$a!a no cor)o, )e'o o'(ar o&

)e'a )a'a$ra !o o&ro,%&e +ere e !omina &ma s&#ei$i!a!e.



ara a sican"'ise, ese or0&'(o %&e “)roe0e” oin!i$:!&o !o massacre eerci!o )e'a in#5ria, )o!e ser

com)ara!o com a arrog%ncia )resene nasi!eni+icaç?es on!e +a'a a me!iaç/o !o )ai.

s&#eio “se ac(a”, se acre!ia, )or eem)'o, &m+e'i*ar!o, mesmo %&e e'e n/o se#a ano %&ano acre!ia.

Isso se !" !e$i!o a uma identificação sem mediação !o

erceiro %&e inro!&*iria o senimeno !e rea'i!a!e. H&an!o a i!eni+icaç/o 3 ime!iaa, a)arece &m ar !e

arro0Kncia, !e )res&nç/o, !e en+a&aç/o. A arrog(ncia 3 )r1)ria !a%&e'es %&e, na $i!a, ao

!esem)en(ar &ma +&nç/o, &m )a)e', se acreditam no!e$er !e encarnar essa +&nç/o e o +a*em ass&min!o aima0em !e “$:imas e'eias”, a%&e'e %&e +oi o esco'(i!o

)ara esa +&nç/o.



“an:!oo )ara o $eneno” %&e +a* !asvítimas sem voz vedetes !a )"0inas

)o'iciais, seriam os )ro#eos !e are ee!&caç/o %&e )ro#eam eses #o$ensn&ma o&ra cena !e ri'(o, )ermiin!o &m

no$o en%&a!re.

Esa receia conra a ar"rie se aseiana )ossii'i!a!e !e 0erar a: a sensaç/o

!e )erencimeno, re$er-ncia ao e'o en/o ao (orror, a'0&m )ra*ere )ers)eci$a !e +&&ro.



“N/o 3 +"ci' !i*er o %&e 3 &m o'(ar. mesmo &ma %&es/o %&e )o!e m&io em

s&senar &ma eis-ncia e !e$as"9'a.”

6ACAN, Jac%&es, )emin$rio *+.

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