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I artigo original Matéria Médica Dialética Gilberto Ribeiro Vieira' "Ser ou não ser: eis a questão." Willian Shakespeare "Ser e não ser: eis a solução". O autor Resumo Objetivos: Propor uma metodologia para a investigação dos sintomas mais importantes de uma determinada matéria médica e compreender a inter-relação entre estes dados. Material: 1) Homeopático: sintomas patogenéticos, matéria médica clínica, repertório, estudos publicados em revistas es- pecializadas (incluindo casos clínicos); 2) Princípios da dialéti- ca: antagonismo, gradação e analogia; 3) Dicionários. Método: Tomam-se alguns sintomas para exemplificar cada um dos princípios dialéticos. Em seguida, formam-se dois gru- pos, os quais correspondem às metades inversas e comple- mentares de um único tema. Resultados: Forma-se o Quadro Bipolar com sintomas de am- bos os pólos. Palavras-Chave: Homeopatia - Matéria Médica - Método - Dialética - Pólo Abstract Objective: To propose a methodology for investigating the more important symptoms of a materia medica and under- standing the inter-relation between these data. Material: 1 ) Homeopathic: pathogenesic symptoms, clinical materia medica, repertory, published studies in magazines, including clinical cases. 2) Dialectic principles: antagonism, gradation and analogy. 3) Dictionaries. Methods: it takes some symptoms are select in order to exem- plify each one of the dialectic principles. Then, two groups are formed, which correspond to the inverse and complementary halves of one and the same theme. Results: it is formed the Bipolar Picture with symptoms of both poles. Keywords: Homeopathy - Materia Medica - Method - Dialectic - Pole 1. Introdução "A pesquisa científica deve ser planejada desde a escolha do tema, fixação dos objetivos, determinação da metodologia, coleta dos dados, sua análise e interpretação para a elaboração do relatório final." 1 O método constitui um conjunto de procedimentos or- denados para se alcançar um objetivo e o tema deste texto é o estudo de matéria médica (MM). A investigação e análise dos dados patogenésicos, clínicos e repertoriais de um deter- minado medicamento homeopático constitui uma verda- deira pesquisa científica. Neste caso, a finalidade é conhecer as características mais marcantes e, se possível, o tema especí- fico de um determinado medicamento. Os sintomas repre- sentam os fatores que precisam ser entendidos e contextua- lizados segundo uma dinâmica exclusiva, que se desvela à medida que o material é examinado. O método dialético (MD) surgiu aproximadamente em 1985. 2. Objetivos Propor uma metodologia para a investigação dos sintomas mais importantes de uma determinada matéria médica e com- preender a inter-relação entre estes dados, bem como a grada- ção dos mesmos. 3. Metodologia 3.1 Método Tradicional É necessário ficar claro o conceito de peculiaridade, pois ele é fundamental para o emprego clínico do medicamento. Entende-se por peculiar aquilo que é "estranho, singular, inco- 1 Secretaria de Saúde do Acre; mestrando em Medicina e Saúde - UFBA. [email protected]

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  • I artigo original Matria Mdica Dialtica

    Gilberto Ribeiro Vieira'

    "Ser ou no ser: eis a questo." Willian Shakespeare

    "Ser e no ser: eis a soluo". O autor

    Resumo Objetivos: Propor uma metodologia para a investigao dos sintomas mais importantes de uma determinada matria mdica e compreender a inter-relao entre estes dados. Material: 1) Homeoptico: sintomas patogenticos, matria mdica clnica, repertrio, estudos publicados em revistas es-pecializadas (incluindo casos clnicos); 2) Princpios da dialti-ca: antagonismo, gradao e analogia; 3) Dicionrios. Mtodo: Tomam-se alguns sintomas para exemplificar cada um dos princpios dialticos. Em seguida, formam-se dois gru-pos, os quais correspondem s metades inversas e comple-mentares de um nico tema. Resultados: Forma-se o Quadro Bipolar com sintomas de am-bos os plos.

    Palavras-Chave: Homeopatia - Matria Mdica - Mtodo - Dialtica - Plo

    Abstract Objective: To propose a methodology for investigating the more important symptoms of a materia medica and under-standing the inter-relation between these data. Material: 1 ) Homeopathic: pathogenesic symptoms, clinical

    materia medica, repertory, published studies in magazines, including clinical cases. 2) Dialectic principles: antagonism, gradation and analogy. 3) Dictionaries. Methods: it takes some symptoms are select in order to exem-plify each one of the dialectic principles. Then, two groups are formed, which correspond to the inverse and complementary halves of one and the same theme. Results: it is formed the Bipolar Picture with symptoms of both poles.

    Keywords: Homeopathy - Materia Medica - Method - Dialectic - Pole

    1. Introduo "A pesquisa cientfica deve ser planejada desde a escolha

    do tema, fixao dos objetivos, determinao da metodologia, coleta dos dados, sua anlise e interpretao para a elaborao do relatrio final."1

    O mtodo constitui um conjunto de procedimentos or-denados para se alcanar um objetivo e o tema deste texto o estudo de matria mdica (MM). A investigao e anlise dos dados patogensicos, clnicos e repertoriais de um deter-minado medicamento homeoptico constitui uma verda-deira pesquisa cientfica. Neste caso, a finalidade conhecer as caractersticas mais marcantes e, se possvel, o tema espec-fico de um determinado medicamento. Os sintomas repre-sentam os fatores que precisam ser entendidos e contextua-lizados segundo uma dinmica exclusiva, que se desvela

    medida que o material examinado. O mtodo dialtico (MD) surgiu aproximadamente em 1985.

    2. Objetivos Propor uma metodologia para a investigao dos sintomas

    mais importantes de uma determinada matria mdica e com-preender a inter-relao entre estes dados, bem como a grada-o dos mesmos.

    3. Metodologia

    3.1 Mtodo Tradicional necessrio ficar claro o conceito de peculiaridade, pois

    ele fundamental para o emprego clnico do medicamento. Entende-se por peculiar aquilo que "estranho, singular, inco-

    1 Secretaria de Sade do Acre; mestrando em Medicina e Sade - UFBA. [email protected]

  • artigo original

    mum, no usual; distinto dos outros em natureza ou carter; propriedade ou privilgio que pertence exclusivamente ou ca-racteristicamente a algum; ou que pertence a algumas pessoas, grupo ou coisa."2

    Toda matria mdica deve ser vista de forma global, mas com enfoque naquilo que a distingue de todas as demais. Por-tanto, o primeiro critrio que o sintoma raro, estranho e pe-culiar tem primazia para caracterizar o medicamento. O segun-do item a se observar refere-se freqncia de algum determi-nado sintoma ou modalidade naquela matria mdica: quan-to mais vezes ocorrer, maior a importncia atribuda ao sin-toma. Este aspecto contrabalana o anterior e forma com ele uma unidade dialtica: o primeiro mostra o alto valor de um sintoma dependendo de sua raridade em comparao com os demais medicamentos, e o segundo critrio reala o peso do sintoma de acordo com a freqncia aumentada numa mesma matria mdica. Exemplos:

    Critrio raridade: a) O sintoma "disposio cheia de vonta-des e deseja intensamente, mas no sabe o qu"5 exclusivo de Ipeca. b) "descarga vaginal profusa; flui como a menstruao e com um odor semelhante"'1 uma alterao exclusiva de Causticum.

    Critrio alta freqncia repertorial: a) o sintoma nusea aparece cerca de 50 vezes em Ipeca,5 associado s mais diferentes situaes, b) o sintoma choro ocorre aproximadamente 35 vezes em Causticum,5 em variadas circunstncias.

    Esses dois critrios correspondem anlise descritiva dos sintomas da matria mdica.

    3.2 - Mtodo Dialtico

    "No h cincia sem o emprego de mtodos cientficos." Marconi & Lakatos

    So quatro os mtodos considerados cientficos: "indu-tivo, dedutivo, hipottico-dedutivo, dialtico".6 Informaes mais detalhadas sobre a dialtica aparecem na obra Meto-dologia do Trabalho Cientfico,7 entre outras, mostrando que ela se apoia em quatro leis fundamentais: ao recproca, mudana dialtica, passagem da quantidade qualidade e in-terpenetrao dos contrrios.

    Derivando destes mencionados princpios, o mtodo dia-ltico (MD) prope trs novos recursos para o estudo da MM: antagonismo, gradao e analogia, descritos abaixo.

    3.2.1. Antagonismo Constitui o aspecto mais tpico do MD. Os sintomas que

    se opem mutuamente mostram a presena de metades inver-sas e complementares, e devem ser priorizados na seleo dos dados. Vejamos dois sintomas extrados de Causticum:

    al - "Compadecido excessivamente; em relao aos outros e das crueldades que lhe foram infligidas".4

    a2 - "Quando ela fecha seus olhos, sempre aparecem ex-

    presses assustadoras e faces humanas distorcidas diante dela". Em resumo, num plo a compaixo e no outro o horror

    De um lado, quem o cerca digno de simpatia, ainda que atin-gido por crueldades; no lado oposto, sente-se rodeado poi criaturas apavorantes, cujos traos de humanidade mostram-se distorcidos. No plo positivo temos a presena de um sen-timento nobre e no plo negativo a perda dessa virtude con o surgimento do medo e de um ser humano distorcido.

    Igualmente, os sintomas mais peculiares de Lycopodiun podem ser agrupados assim:

    Plo negativo (P-): vrios sintomas giram em torno de uma perda de confiana em si mesmo, especialmente no que se refere sua prpria fora: "perda da confiana em sua fora"; tais como timidez, ansiedade, antecipao etc.

    Plo positivo (P+): diversos sintomas demonstram o ex-cesso de confiana em sua prpria fora, a exemplo da obsti-nao, intolerncia contradio, ditatorial etc., como aparece em "insanidade e fria, irrompendo em inveja, exigncias e co-mandando os outros sua volta".4

    Aplicao clnica: alguns medicamentos disponibilizam muito mais informao sobre um plo de sua matria mdica e somente uma de suas faces conhecida. O mtodo dialtico permite elaborar uma hiptese sobre a metade ainda no reve-lada em patogenesias ou na clnica. No caso de Tarentula his-pnica, o quadro de sintomas relacionados na literatura mostra um ntido predomnio do P-: falsidade, fingimento, ameaa, au-to-agresso e, aparentemente sem conexo com o resto, tem-se "ingratido".s Estudando minuciosamente o significado de di-versos sintomas, pode-se deduzir que a idia principal nesta po-laridade negativa no reconhecer (ingratido) e no permitir o reconhecimento (simulao). Na investigao desta matria mdica, levantou-se, ento, a hiptese de que o P+ fosse o opos-to dos sintomas j conhecidos: gratido e reconhecimento. Posteriormente, ambas as possibilidades foram constatadas na clnica. Uma paciente, sexo feminino, adulta jovem, tinha com freqncia a sensao de j conhecer lugares e pessoas, os quais ela jamais havia visto. Pode-se dizer que, neste plo, o reconhe-cimento fica exagerado. Confirmou-se o tema gratido no caso de um garoto de cerca de cinco anos de idade, com queixa de alergia respiratria, agitao e desobedincia. Aps algumas prescries, sem resposta, observou-se durante uma consulta em que o paciente fazia um desenho que ele se mostrava exage-radamente polido, utilizando termos rarssimos do estilo "gen-tileza sua!", para agradecer o fato de eu lhe ter fornecido um ma-terial que havia solicitado. Considerando a compatibilidade do restante do quadro de sintomas do paciente, a escolha de Tarentula hispnica conduziu a uma resposta satisfatria.

    3.2.2 Gradao Dois ou mais sintomas podem exprimir diferentes inten-

    sidades ou um tempo distinto da mesma alterao. Isso signifi-ca que ambos fazem parte de uma nica face, no disponibi-

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    lizando nenhuma informao sobre o plo oposto. O que num momento parece vago, impreciso, ou apenas uma possibili-dade, em um outro sintoma aparece como algo acontecido, rea-lizado, definido. O que era perspectiva, ansiedade, medo, im-presso, torna-se fato e, posteriormente, pode ocorrer at mes-mo de forma exagerada. Nas duas polaridades existe uma tendncia intensificao, concretizao, ao excesso, por meio dos acrscimos quantitativos.

    Note-se que nos exemplos citados abaixo ocorre uma intensificao muito acentuada dos sintomas que desenca-deiam uma mudana qualitativa. necessrio estar atento ao significado para se detectar a relao entre os sintomas discretos e os extremos.

    Exemplo 1: Plo positivo em Causticum: bl -"Ansiosamente cuidadoso, em relao a todas as ocor-

    rncias."1

    b2 - "Compadecido excessivamente; em relatos dos outros e das crueldades que lhe foram infligidas."4

    b3 - "Chora por compaixo pelos outros. Ditatorial."5

    A preocupao com os familiares representa o estgio ini-cial da compaixo, na forma peculiar de Causticum viver sua gradao neste tema. E a compassividade pode se intensificar a ponto de chorar diante da situao das pessoas. Alm disso, este medicamento classicamente reconhecido como o "ditador bonzinho".' Expressa tal caracterstica atravs da superpro-teo. Pode-se dizer que o compassivo hipertrofiou-se e tenta impor ao outro aquilo que considera mais conveniente.

    Exemplo 2; Plo negativo de Hyoscyamus: b7 - "Medo de ser trado."3

    b8 - "Ele se deita nu na cama."4

    b9 - "Revela segredos."'" A acepo mais coerente com o restante de sintomas de

    Hyosciamus para a palavra trair "descobrir ou revelar, por exemplo, alguma coisa que a prudncia ocultaria".11 Ento, pode-se dizer que o medo de ser descoberto acontece de fa-to quando o paciente est nu. Revelar segredos vai um passo alm; enquanto ficar nu denota uma exposio passiva, pois depende da capacidade do outro para perceber as coisas, di-vulgar assunto sigiloso exige uma ao ativa.

    Aplicao clnica: onde existem dados discretos possvel prever a intensificao deles e quando as alteraes so ber-rantes pode-se imaginar como seriam em tons mais brandos. Uma paciente queixou-se de que "gostaria de ter a mente e o corpo no mesmo lugar para fazer as coisas mais bem feitas. Mas enquanto o corpo est aqui, a mente j est em outro lugar!"12 Foi admitido que se ela agravasse o quadro, desenvolveria de modo franco o sintoma sensao de dualidade, o qual se encon-trava ainda em grau discreto. A referida paciente foi medicada com Baptista tinctoria, que um dos principais medicamentos na rubrica iluso de dualidade, e evoluiu muito bem. Este me-dicamento tem o interessante sintoma, o qual parece explicar a sensao da paciente: "No capaz de confinar sua mente". "

    3.2.3. Analogia =_ a possibilidade de sintomas do mesmo ou de diferentes j B.

    nveis terem um contedo semelhante. Neste caso, no h opo-sio como no antagonismo nem intensificao como na gradao, e sim uma correspondncia ou similaridade. Exem- I pio, ainda em Causticum: j

    cl - "Em desacordo, divergncia consigo mesmo."4 c2 - "Paralisia de um lado da face." 13 V

    a I to c3 - Hipocrisia. 14 i -

  • artigo original

    No ms seguinte, nova avaliao: "depois de pescaria com dificuldade para se pegar peixe, moo abandona o local e nun-ca mais volta l; a floresta desmatada e ningum mais foi l. Ento, o IBAMA reflorestou e proibiu caar, pescar e derrubar rvores; o lugar tornou-se rea de lazer".

    Parece que o paciente estava encontrando uma soluo para o seu principal discurso, a ruptura definitiva seguida de abandono. Locais que antes foram completamente abandona-dos, como a igreja e a ilha, tornam-se reas de lazer aonde se vai ocasionalmente.

    4. Quadro Bipolar O primeiro passo do mtodo dialtico consiste em sele-

    cionar os sintomas que obedecem a algum dos critrios j des-critos: antagonismo, gradao, analogia, raridade e alta fre-qncia repertorial, e distribu-los em trs grupos, denomina-dos de Plo positivo (P+), Plo negativo (P-) e Plo misto (P+), cujas caractersticas compreendem:

    a) P+: classificam-se neste agrupamento os sintomas que expressam a presena ou existncia de alguma funo, quali-dade, princpio ou virtude (FQPV), ainda que de forma exage-rada. Exemplo: administrao, agrupamento, altrusmo, ami-zade, amor, arranjo, associao, benevolncia, coerncia, com-binao, conduo, confiana, coordenao, coragem, digni-dade, eqidade, equilbrio, esperana, expresso, fidelidade, de-finio, firmeza, harmonia, integrao, justia, liderana, lim-ite, ordem, proteo, recomeo, resignao, resistncia, sabe-doria, sensatez, seqncia, termo etc.

    b) P-: incluem-se neste grupo os sintomas que evidenci-am a carncia ou falta de alguma funo, qualidade, princ-pio ou virtude (FQPV), ainda que tal ausncia se mostre de forma exagerada. O excesso no P+ geralmente mais fcil de se entender; no entanto, o Plo negativo tambm mostra sin-tomas acentuados, seja de carncia, diminuio ou perda. Portanto, a intensidade de um sintoma no caracteriza ne-nhum plo. A classificao quanto aos plos se faz pela pre-sena ou ausncia de algum FQPV.

    c) P: fazem parte deste conjunto os sintomas que contm aspectos de ambos os plos. Tambm aqui se colocam os sin-

    tomas interessantes, cujo plo no parece evidente. medic que os sintomas vo sendo alocados nos plos positivo e n. gativo, este P desaparece.

    recomendvel iniciar a distribuio dos sintomas pi aqueles mais tpicos, cuja bipolaridade, gradao ou analog se mostrem evidentes, deixando os "duvidosos" para uma s< gunda etapa. Posteriormente, pode-se definir com seguran< em qual plo se deve classificar determinado sintoma ou de membr-lo, levando um pedao para o P + e o outro para o F Esses dois conjuntos formam a dupla face do medicamento, assim temos uma viso dialtica dele. O que um lado afirma, outro nega ou desconhece; o que este exalta, o outro abomin e aquilo que um engrandece, o outro anula ou avilta.

    Os sintomas de cada Plo permitem, freqentemente, cia: sific-los em trs categorias, de acordo com a gradao: discn tos, moderados e extremos. Assim, no incio do Plo colocan se os sintomas sutis e leves, que apenas esboam a presena o ausncia do tema; depois os de maior intensidade, nos quais questo se revela franca, clara e inconfundvel e, finalmente, os e; tremos, que podem chegar ao exagero, distoro, caricatur;

    A distribuio dos sintomas ao longo dos plos permite elaborao de um quadro bipolar, como o que se v na F i g u r a j

    F igu ra 1 - Quad ro Bipolar

    m~*t P- - P +

    E M D M E X 0 I I 0 X T D S S D T R E c c E R E R R R R E

    M A E E A M 0 D T T D 0

    0 0 0 0

    P-: Plo negativo P+: Plo positivo

    Data de recebimento: 20/06/2005

    Data de aprovao: 14/10/2005

    No foi declarado conflito de interesse.

    Agradecimento ao Dr. Carlos Melo, de Goinia, pelo incentivo.

    Referncias Bibliogrficas 1- Sarracini MC, Rodrigues Lopes VR, Zantut Nutti J. Bibliotecas comunitrias: Manual de orientao para trabalhos acadmicos.

    Website da UNICER Acesso em 31/10/05.

    2- Random House Webster's Unabridged Dictionary. Coll. Reference Engine, version II. 3- Hering C. Guiding Symptoms. In: Encyclopaedia Ilomeopathica. Bruxelas: Archibel; 2001. 4- Hahnemann S. Chronic Diseases/Pure Materia Medica. In: Encyclopaedia Homeoptica. 5- Radar for Windows. Verso 8. Bruxelas: Archibel, 2001. 6- Lakatos EM. Fundamentos de metodologia cientfica. So Paulo: Atlas; 2001. 7- Lakatos EM, Marconi MA. Metodologia do trabalho cientfico. So Paulo: Atlas; 2001. 8- Boericke W. Pocket Manual of homeopathic materia medica. In: Encyclopaedia Homeopathica. 9- Candegabe EE Curso de formao da Escuela Mdica Homeoptica Argentina. Buenos Aires, 1979. Notas de aula. 10- Lillienthal S. Homeopathic therapeutics. In: Encyclopaedia Homeopathica. 11- Babylon. Dicionrio on-line. Verso 5.0. 12- Vieira GR. Laws of cure on the mental level. Links. 2004; 17 (2): 80-94. 13- Allen TF. F.ncylopcdia of Pure Matria Medica. In: Encyclopaedia Homeopathica. 14- Murphy R. Homeopathic medical repertory. In: Encyclopaedia Homeopathica.