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    LIDERANA: UM DESAFIO CONSTANTE AOS GESTORES

    Daniela Giareta Durante1

    RESUMO

    Entendendo que o secretrio executivo tambm desempenha a funo de gestor. Nesseartigo, tenho o propsito de compreender o papel desse profissional (gestor) noambiente organizacional na atualidade e como a liderana (deve ser) desenvolvida porele. Para tanto, num primeiro momento, abordo os modelos gerenciais maissignificativos do sculo XX, baseada em Quinn (2004). Posteriormente, discuto como aliderana, uma das funes gerenciais, se constitui e desenvolvida em cada um dosmodelos gerenciais, bem como sua importncia. Por ltimo, na tentativa de indicar umcaminho aos gestores, trabalho o modelo de liderana servidora, baseada em James C.

    Hunter (2004). Pode-se dizer que a forma de gerir depende das diversas variveis doambiente externo e interno organizao. Da mesma maneira, a forma de liderar estatrelada a diversos fatores (cultura e estratgia organizacional, caractersticas erelacionamentos com os liderados, etc). Adotar um modelo de gerir e de liderar,independentemente da situao e contexto, parece no ser o mais acertado porque amesma estratgia (forma, maneira) dificilmente ser eficaz em todas as situaes.Acredito que o segredo est no gestor ter habilidade para desempenhar os oito diferentespapis citados por Quinn (produtor, diretor, coordenador, monitor, facilitador, mentor,negociador, inovador), adaptando-os a cada situao encontrada.

    Palavras-chave:gesto, liderana, secretrio executivo.

    INTRODUO

    Todas as pessoas possuem crenas e valores. As aes do ser humano

    normalmente ocorrem com base em seus valores e princpios. Conforme ocorrem as

    mudanas no mundo, os valores e as crenas das pessoas tendem a se adaptar tambm.

    Em outras palavras, no mundo empresarial, as pessoas tm crenas a respeito de comoas coisas devem ser feitas e, conforme a demanda da sociedade muda, as tcnicas

    utilizadas devem ser atualizadas para permanecerem eficazes. por esse motivo que, ao

    estudarmos modelos gerenciais e liderana, nos deparamos com vrias abordagens,

    teorias e conceitos, ou seja, conforme muda o contexto, novas prticas surgem para

    responder s novas situaes.

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    Bacharel em Secretariado Executivo Bilnge e especialista em Pedagogia Empresarial. Secretria eprofessora na Universidade de Passo Fundo Aluna do curso de Especializao em Gesto [email protected]

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    Nesse sentido, nesse artigo, tenho o propsito de compreender o papel do gestor

    no ambiente organizacional na atualidade e como a liderana (deve ser) desenvolvida

    pelo gestor. Para tanto, num primeiro momento, abordarei os modelos gerenciais mais

    significativos do sculo XX, baseada em Quinn (2004). Posteriormente, discutirei como

    a liderana, uma das funes gerenciais, se constitui em cada um dos modelos

    gerenciais, bem como sua importncia. Por ltimo, trabalharei um novo modelo de

    liderana, intitulada por James C. Hunter (2004) liderana servidora, como uma

    tentativa de responder s grandes e diversas expectativas em relao atuao dos

    gestores.

    Saliento que entendo o profissional de secretariado executivo como gestor, que

    por suas caractersticas, perfil e competncias vem atuando nessa funo e, por esse

    motivo, esclareo que ao me referir a gestor, refiro-me tambm ao profissional de

    secretariado executivo.

    1 MODELOS GERENCIAIS

    Para compreender o papel do gestor no ambiente empresarial atual, bem como

    a importncia da liderana no ambiente organizacional objetivos principais desse texto considero necessrio, primeiramente, abordar os modelos de gesto mais

    significativos do sculo XX. Para isso, baseio-me principalmente em Quinn (2004).

    Antes, no entanto, importante esclarecer que existem vrias terminologias para o

    homem que atua nas organizaes. Alguns autores referem-se a esse sujeito como

    administrador, outros como gestores, outros como lderes, outros como chefes

    (ROMANIO; DAZZI, 2002, p. 48). Nesse caso, adotaremos o termo gestor/lder.

    Entendo modelos gerenciais, assim como Quinn (2004), sendo as crenas epremissas acerca da forma como os gerentes devem atuar. Os modelos

    so representaes de uma realidade mais complexa. [..]. Osmodelos nos ajudam a representar, comunicar idias ecompreender melhor fenmenos mais complexos do mundoreal. No mundo social, os modelos costumam representar umconjunto de premissas a respeito de determinados fenmenos,ou uma maneira geral de conceb-los ou consider-los.

    Proporcionam uma certa perspectiva sobre a realidade maiscomplexa. (QUINN, 2004, p.2),

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    Com o decorrer dos tempos e com os acontecimentos e avanos ocorridos no

    mundo, vrias abordagens e teorias administrativas foram construdas. Do mesmo

    modo, vrios foram os modelos de gesto que emergiram ao longo do sculo XX, pois

    medida que mudam os valores da sociedade, alteram-se os pontos de vista existentes

    e surgem novos modelos de gerenciamento. (QUINN, 2004, p. 3). E o que se entende

    por gesto?

    J na Teoria Clssica da Administrao, Fayol desenvolveu as funes bsicas

    do administrador: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. O autor entendia

    a organizao a partir do nvel gerencial. Para Fayol (apud CARAVANTES, 1998, p.

    43),

    - prever perscrutar o futuro e traar o programa de ao;- organizar constituir o duplo organismo, material e social da empresa;- comandar dirigir o pessoal;- coordenar ligar, unir e harmonizar todos os atos e esforos;- controlar velar para que tudo ocorra de acordo com as regrasestabelecidas e as ordens dadas.

    Muito semelhante s idias de Fayol, atualmente, entende-se que a gesto se

    constitui basicamente de quatro funes: planejamento, organizao, direo e controle.

    Para Chiavenato (1999), planejar o ato de formular objetivos e os meios para alcan-

    los, bem como definir planos e programar atividades. Organizao o ato de dividir o

    trabalho, agrupando-o em rgos e cargos, definir autoridade e responsabilidade, alocar

    recursos. J a direo, segundo o autor, a situao de designar pessoas, dirigir seus

    esforos, motiv-las, lider-las e estabelecer canais de comunicao com elas. O

    controle diz respeito definio de padres para o monitoramento e avaliao dos

    desempenhos. Como pode ser observado, so funes que se complementam e

    constituem a totalidade do trabalho da gesto. Rodrigues (2004) entende a gesto como

    a ao de mediar os recursos para o fim de atingimento das metas estabelecidas pela

    organizao e esclarece que os recursos, nessa situao, se referem s pessoas, aos bens,

    aos servios e aos processos existentes na organizao.

    Da mesma forma, a gesto refere-se ao processo ativo de determinao e

    orientao do caminho a ser seguido por uma empresa para a realizao de seus

    objetivos, compreendendo um conjunto de anlises, decises, comunicao, liderana,

    motivao, avaliao, controle, entre outras atividades prprias da administrao. Ou

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    seja, o processo de gerenciar as demandas do ambiente face aos recursos disponveis

    na organizao. J, por estilo gerencial entende-se os tipos de comportamento adotados

    pelo lder em relao aos seus subordinados, isto , a maneira como o lder orienta sua

    conduta. (ROMANI; DAZZI, 2002, p. 58)

    No quadro abaixo, podem-se visualizar os quatro grandes modelos gerenciais

    do sculo XX, bem como suas principais caractersticas e como o gestor deve atuar em

    cada um dos modelos.

    Modelo Caractersticas Funo do gerente1 de metasracionais

    - os critrios de eficcia organizacional so a produtividade e o lucro;- crena que uma direo clara acarreta resultados produtivos;- clima organizacional econmico-racional;- objetivo principal a maximizao dos lucros.

    ser um diretor decisivoe um produtorpragmtico

    2 dosprocessosinternos

    - conhecido como burocracia profissional;- complementa o modelo anterior;- os critrios de eficcia so a estabilidade e a continuidade;- convico de que a rotinizao promove estabilidade,- a nfase em processos como a definio de responsabilidades,

    mensurao, documentao e manuteno de registros;- clima organizacional hierrquico.- decises so tomadas com base nas regras, estruturas e tradies

    existentes;- objetivo principal a eficincia do fluxo de trabalho.

    Monitor ecoordenador

    3 derelaeshumanas

    -

    os critrios de eficcia so o compromisso, a coeso e a moral;-

    premissa de que o envolvimento resulta em compromisso;- valores centrais giram em torno da participao, resoluo de

    conflitos e construo de consenso;-

    processo decisrio atravs do envolvimento;- organizao centrada em equipes.

    Assume o papel dementor emptico e defacilitador centradoem processos.

    4 desistemasabertos:

    - os critrios bsicos de eficcia organizacional so a adaptabilidade eo apoio externo;

    - premissa de que adaptao e inovao contnuas promovem aaquisio e manuteno de recursos externos;

    - os processos fundamentais so a adaptao poltica, a resoluocriativa de problemas, a inovao e o gerenciamento da mudana;

    - as decises so tomadas com agilidade;- importncia da viso comum e dos valores compartilhados.

    Inovador criativo,negociador/mediadordotado de substancialastcia poltica(Usa o poder einfluncia naorganizao)

    Quadro 2: Caractersticas dos quatro modelos gerenciais adaptado (QUINN, 2004, p. 11)

    Como pode ser observado, os dois primeiros modelos so o oposto do terceiro

    e, de certa forma, o segundo modelo complementa o primeiro. No primeiro modelo

    metas racionais a nfase est na tarefa, em realizar determinada tarefa em menor

    tempo possvel, ou seja, o entendimento de que a eficcia e o lucro so conseqncias

    da quantidade produzida. No segundo modelo processos internos a nfase est na

    criao de regras e normas, bem como na definio de responsabilidades para cada

    funo. Acredita-se que se o trabalhador especialista em determinada tarefa e aempresa possui procedimentos claros e detalhados, esse ir desenvolver a atividade com

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    maior preciso, agilidade, eficincia. Em outras palavras, nos dois primeiros modelos as

    preocupaes da gesto giram em torno da produtividade e da maximizao dos lucros

    e, para isso, os gestores atuam de forma centralizada e racional.

    J no terceiro modelo de relaes humanas a preocupao maior volta-se

    ao ser humano, aos trabalhadores, suas necessidades, desejos e expectativas. Pesquisas

    realizadas por Elton Mayo e seus colegas, na dcada de 1920 e 1930, comprovaram que

    fatores de carter interno ao ser humano, como suas relaes com os colegas, seus

    problemas pessoais, etc, estavam ligados produo do trabalhador. A partir dessa

    viso, algumas organizaes passaram a se preocupar mais com a motivao, satisfao,

    sonhos, qualidade de vida, interao, autonomia, etc, dos funcionrios, constituindo-se

    num modelo de gesto. Nessa perspectiva tambm se constituram as teorias

    motivacionais de Maslow, Herzberg, McGregor, Likert.

    No quarto modelo de sistemas abertos - a nfase est na busca da

    flexibilidade e de apoios externos, porm o ser humano no desconsiderado e sim

    visto como parte do sistema. Acredito que a origem desse modelo de gesto est na

    Teoria Geral dos Sistemas (TGS) que foi desenvolvida por Boulding e Bertalanffy, por

    volta da dcada de 60, buscando responder s novas demandas da sociedade. Os

    pesquisadores agruparam e hierarquizaram os sistemas de acordo com suas

    complexidades, sendo o total de oito. O ser humano faz parte do stimo sistema e as

    organizaes sociais do oitavo sistema, justificando a grandeza da complexidade que se

    encontra em ambos. Assim, o que encontramos nas organizaes so dois sistemas, o

    ser humano e a organizao social, que interagem entre si e que dependem um do outro

    e um influencia o outro.

    O modelo de gesto desenvolvido pela organizao normalmente faz parte da

    sua estratgia, que por sua vez, precisa estar alinhada ao cenrio poltico econmico em

    que est inserida. Parece ser um ciclo: o indivduo, atravs do seu conhecimento,inteligncia, experincia, cria, recria, gera inovaes, que so lanadas na sociedade,

    com isso as pessoas adaptam-se e/ou alteram suas formas de ser e agir, gerando outras

    necessidades. As organizaes existem para dar conta das demandas da sociedade, por

    isso obrigam-se a incorporar as mudanas para responder s novas necessidades das

    pessoas. Nesse processo cada organizao constri e utiliza suas estratgias. Com isso,

    configuram-se os modelos, inclusive os de gesto. Esse processo justifica porque cada

    modelo de gesto parece ser altamente potencial em um determinado perodo. Umexemplo disso entendo ser o processo de informatizao tecnolgica que vivenciamos.

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    No final do sculo XX, a maior preocupao dos executivos girava em torno

    da necessidade de atingir a eficcia organizacional num ambiente profundamente

    dinmico e muito pouco estvel. Nenhum dos modelos conhecidos at o momento

    respondia a essa necessidade de maneira satisfatria.Assim, foi necessrio visualizar os

    quatro modelos juntos(metas racionais, processos internos, relaes humanas, sistemas

    abertos) com a convico que, em determinados momentos, seria necessria a utilizao

    de um modelo especfico e, em outro momento, a utilizao de dois, trs modelos ao

    mesmo tempo, de forma que um complementaria o outro (QUINN, 2004). Ou seja, em

    alguns momentos seria necessrio o gestor centralizar a deciso e, em outros, decidir

    com a equipe; em alguns momentos seria necessrio atuar como diretor e em outros

    como agente facilitador e assim por diante. Isso quer dizer que o gestor, na atualidade,

    deve ter habilidade para desempenhar os oito diferentes papis, citados por Quinn

    (2004), no quadro anterior: diretor, produtor, monitor, coordenador, mentor, facilitador,

    negociador e inovador. O papel (ou papis) a ser desenvolvido depender da situao

    encontrada por ele.

    Partindo do pressuposto de que o gestor desempenha diferentes papis, parece-

    me necessrio que ele desenvolva diferentes estilos de liderana, isto , a liderana ser

    direcionada conforme o enfoque do papel gerencial desempenhado. Esse assunto

    abordado, especificamente, no prximo item.

    2 LIDERANA: UMA HABILIDADE NECESSRIA

    O processo de liderana se desenvolve em infinitas situaes e em diversos

    ambientes: na famlia, na escola, no esporte, na poltica, no trabalho, no comrcio.

    um processo social no qual se estabelecem relaes de influncia entre pessoas.

    (LIMONGI-FRANA; ARELLANO, 2002, p. 259). Toda pessoa capaz de exercer

    determinada influncia sobre as outras pessoas e, portanto, toda a pessoa um lder, em

    potencial.

    Uma das funes gerenciais a liderana, ou seja, a liderana faz parte do

    modelo de gesto. Assim sendo, decorre naturalmente que a eficcia da gerncia

    depende em parte do exerccio efetivo da liderana.

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    Como descrito no item anterior, existem vrios modelos de gesto e, em cada

    modelo, o papel do gestor/lder tende a ser diferente. Isso leva a crer que dependendo do

    papel a ser desempenhado pelo gestor (produtor, diretor, coordenador, monitor,

    facilitador, mentor, negociador, inovador), o estilo de liderana a ser desenvolvido

    tambm poder ser diferente. Por outro lado, a liderana no desenvolvida

    exclusivamente por cargos de gerncia. Outras pessoas de um mesmo grupo, setor ou

    empresa, podem exerc-la, independentemente de ocuparem posies gerenciais. Da

    mesma forma, dirigentes podem exercer vrias funes gerenciais e falhar na liderana.

    No entanto, sendo a liderana um meio que facilita as interaes pessoais e grupais ela

    deve ser almejada como uma funo primordial na gerncia. Mas, o que se entende por

    liderana?

    Podemos dizer que autores como Azevedo e Costa (2004), Motta (1997),

    Chiavenato (2000) so unnimes na idia de que liderar a capacidade de dirigir

    pessoas levando-as a realizar o que deve ser feito, influenciando e mantendo a equipe

    produtiva e motivada na busca e obteno de objetivos propostos. J para Gramigna

    (2002), liderar a capacidade para catalisar os esforos grupais, a fim de atingir ou

    superar os objetivos organizacionais, estabelecendo um clima motivador, formando

    parcerias e estimulando o desenvolvimento da equipe. Embora os conceitos paream

    iguais, identifico um tom diferenciado principalmente quando Gramigna coloca a

    funo de liderana como integrar as foras grupais (catalisar esforos), em

    contrapartida ao que os outros afirmam de forma incisiva como comando (dirigir

    pessoas). Enquanto um v liderana como comando, no velho estilo taylorista, outro v

    liderana como o aproveitamento da sabedoria que vem do grupo, num estilo muito

    mais humanista e de respeito ao homem como tal.

    Tambm as palavras formar parcerias e desenvolvimento da equipe demonstram

    uma preocupao diferenciada, ou talvez mais explcita, em relao posio dostrabalhadores. Para mim, a expresso formar parcerias significa que os objetivos do

    trabalhador so os da empresa e vice-versa ou, no mnimo, um depende do outro para o

    atingimento dos seus objetivos. A expresso desenvolvimento da equipe pode

    representar que no somente a organizao est lucrando, mas tambm o funcionrio,

    seja aprendendo, desafiando-se, quebrando barreiras, interagindo com pessoas de

    diferentes nveis e/ou objetos, dialogando com os colegas, refletindo a respeito de sua

    prtica em equipe, ou seja, desenvolvendo-se profissional e pessoalmente. Entendo serfuno tambm de lideranas proporcionar o desenvolvimento dos liderados.

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    Etzioni, autor renomado na rea, corrobora as idias de Gramigna (2002) e de

    Fleury (2002), afirmando que a liderana ocorre atravs de influncias e de poder entre

    as pessoas.

    Liderana uma forma especial de poder, intimamente relacionada forma referencial, pois envolve a habilidade, baseada nas qualidades dolder, para incentivar a concordncia voluntria dos seguidores em umaampla variedade de assuntos. Liderana se distingue do conceito de poderpor acarretar influncia, isto , mudana de preferncias, ao passo que opoder implica somente que as preferncias dos subordinados so mantidassuspensas. (ETZIONI, apud HALL, 2004, p. 127)

    Em relao s teorias de liderana, segundo Limongi-Frana e Arellano (2002,

    p. 262), a teoria dos traos, a teoria dos estilos de liderana e a teoria dos enfoques

    situacionais ou contigencial, representam as tendncias contemporneas mais utilizadas

    nos modelos gerenciais e tm subsidiado prticas e polticas de gesto de pessoas nas

    empresas. A teoria dos traos, que predominou nas dcadas de 1920 a 1950,parte do

    pressuposto de que os lderes possuem traos de personalidade que os auxiliam em seu

    papel. Trata-se de traos relacionados a fatores fsicos (altura, peso, idade, aparncia

    fsica), a habilidades (inteligncia, comunicao, formao, conhecimento) e a

    personalidade (moderao, controle emocional, autoconfiana, etc). De acordo com esse

    enfoque, o indivduo j nasce lder, fator considerado excessivo determinismoatualmente. J o enfoque da teoria dos estilos de liderana que as pessoas podem ser

    preparadas/desenvolvidas para exercerem o papel de lder. Os estilos de liderana tm

    dois extremos: a liderana orientada para o subordinado (participao do trabalhador) e

    a liderana orientada para a produo (submisso do trabalhador). Nas teorias de

    enfoque situacional, a forma de liderar o resultado de um conjunto de variveis

    (caractersticas do lder, comportamento dos liderados, situao especfica, etc).

    Com base no quatro 2, que sintetiza os modelos gerenciais, o que podemoscompreender em relao liderana? Para responder a essa pergunta atrevo-me a fazer

    um paralelo entre os modelos gerenciais e a liderana. No modelo gerencial de metas

    racionais e no de processos internos trata-se de medir desempenhos, estabelecer metas, a

    estrutura organizacional fundada em nveis hierrquicos, sendo que as decises so

    tomadas com base nessa hierarquizao. A maximizao dos lucros o principal

    objetivo e, em nenhum momento, a preocupao se volta ao ser humano e sua

    satisfao. A liderana nessa situao normalmente ocorre de forma controladora,autoritria, centralizada, o que no me parece ser o mais adequado, pois, mesmo sendo

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    necessrio maximizar os lucros e tomar decises centralizadas, entendo ser possvel e,

    em alguns momentos necessrio, envolver os funcionrios nesse processo. S se

    consegue o envolvimento dos funcionrios para o atingimento dos objetivos da empresa

    se esses forem tratados como serem humanos em sua totalidade e no como meros

    executores de tarefas, inclusive com precrias condies de trabalho.

    No modelo gerencial das relaes humanas se pretende administrar a

    organizao a partir do ser humano, sendo, portanto, o funcionrio o foco da gesto.

    Aspectos como comunicao, desenvolvimento de pessoas, gerenciamento de conflitos,

    compreenso do ser humano, abertura para a flexibilidade, entre outros, vm tona. O

    gestor deve se basear nesses aspectos e fazer com que o prprio gerenciamento seja

    participativo, isto , envolver os funcionrios no planejamento, execuo, decises, etc,

    da organizao, para que, com isso, sintam-se partes da mesma, aumentando o

    comprometimento e a motivao dos mesmos, o que se acredita ser um fator muito

    positivo para a organizao.

    J no modelo de gesto dos sistemas abertos o entendimento de que os seres

    humanos e as organizaes sociais so os sistemas mais complexos existentes e que o

    ambiente externo influencia diretamente o ambiente interno da organizao. Aspectos

    como tecnologia, mudanas, flexibilidade, clientes mais exigentes, tornam-se ordens do

    momento. Gerenciar nessas circunstncias parece ser mais complexo, porm no mais

    exigente e desafiador. No meu entendimento, a liderana dever ser guiada pelas teorias

    de enfoque situacional, ou seja, ir depender de uma srie de fatores, principalmente da

    situao encontrada. O lder ter o papel de facilitar, mediar as aes ao invs de

    control-las. Precisar atingir o comprometimento, satisfao e desenvolvimento dos

    funcionrios, primeiramente, para que sejam autnomos, flexveis, criativos frente aos

    desafios.

    Tudo isso nos leva a crer que o segredo de uma boa liderana a percepo dogestor. Perceber que com determinada situao, interna ou externa organizao, o

    estilo racional mais eficaz, ou que o participativo trar melhores resultados. Perceber

    que com determinado setor/pessoa necessrio agir com autoridade e com outro com

    poder, e assim por diante. Ou seja, olhar a situao por vrios ngulos e ter a percepo

    da melhor forma de agir para que o melhor resultado seja atingido. Limongi-Frana e

    Arellano (2002) colaboram nesse entendimento quando abordam que a participao

    mais efetiva dos funcionrios traz vantagens para a organizao, como crescimento damotivao, do comprometimento, da produtividade do funcionrio, no entanto, as

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    autoras afirmam que nem todo grupo est preparado ou tem condies de ser

    participativo.

    Parece-me claro que os fatores externos e internos organizao determinam a

    forma de gerir e de liderar. Em outras palavras, o gestor est a servio das pessoas. Essa

    concepo confirmada por Hall (2004), quando salienta que a conceituao

    contempornea de liderana envolve uma combinao de fatores. A posio na prpria

    organizao, as situaes especficas defrontadas, as caractersticas dos indivduos

    envolvidos e a natureza dos relacionamentos com os subordinados afetam o

    comportamento da liderana e o impacto desse comportamento (HALL, 2004, p. 143).

    Bergamini (1982) tambm d a sua contribuio, pois para ela a eficcia da liderana

    depende da habilidade de cada lder de utilizar os pontos fortes do seu estilo, tendo em

    vista o grupo de pessoas e a situao que enfrenta.

    Na tentativa de indicar caminhos s pessoas que se encontram na funo de

    gestor, passo a apresentar um novo modelo de liderana, intitulada por James C. Hunter

    (2004) como liderana servidora.

    2.1 Liderana servidora

    Como j podemos perceber, liderar no tarefa fcil. A liderana eficaz exige

    do lder/gestor/secretrio executivo vrias habilidades, principalmente relacionadas ao

    ser. Encontrei na obra de Hunter (2004), O monge e o executivo - uma histria sobre a

    essncia da liderana, algumas respostas para minhas indagaes, bem como outros

    tantos questionamentos e, de certa forma, um caminho para as pessoas que atuam como

    gestores.

    A liderana entendida por Hunter (2004, p. 25) como a habilidade deinfluenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos

    identificados como sendo para o bem comum. Entendo que a problemtica est em

    torno do bem comum, pois penso que est implcito que se trata da unio dos interesses

    do funcionrio com os da empresa, o que dificilmente acontece na prtica. Porm no

    podemos ser pessimistas e deixar de cultivar essa idia, mesmo porque, isso depende de

    ns tambm. Pessoas motivadas em busca de seus objetivos (satisfazer suas

    necessidades, tornarem-se pessoas melhores...) e dos objetivos da empresa (mais

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    clientes, mais capital, mais competitividade..) pode ser considerado ideal para o modelo

    de gesto.

    Acredito que uma das diferenas (quem sabe a principal) entre a liderana

    tradicional e a liderana servidora de Hunter em relao atuao do gestor com

    autoridade e/ou com poder. Para Hunter, poder a faculdade de forar ou coagir

    algum a fazer sua vontade, por causa de sua posio ou fora, mesmo que a pessoa

    preferisse no fazer(p. 26). J autoridade a habilidade de levar as pessoas a fazerem

    de boa vontade o que voc quer por causa de sua influncia pessoal(p. 26). Fica claro

    que a liderana servidora baseia-se na atuao do lder com autoridade e no com poder.

    A atuao atravs do poder faz com que os liderados sintam medo de seus gestores, de

    que os aprisionem, fazendo com que eles realizem as atividades com menos entusiasmo,

    menos concentrao, o que possibilita, inclusive, maiores chances de erros. J o lder

    com autoridade consegue que seus liderados realizem as atividades que ele necessita

    com boa vontade, motivao, entusiasmo.

    O desafio da liderana servidora inverter a pirmide. O topo da pirmide,

    normalmente utilizada pelo nvel mais alto da gerncia, passaria a ser o lugar do cliente,

    logo abaixo teramos o nvel operacional a servio do cliente e os nveis mais elevados a

    servio do operacional, como pode ser observado na figura abaixo.

    CLIENTE

    Dessa forma, o(s) gestor(es) atuar/atuaro a servio da sua equipe, mesmo

    que isso signifique sacrifcio para ele(s), ou seja, na busca de identificar e atender s

    necessidades da mesma, para que essa possa satisfazer as expectativas do cliente alvo

    principal da organizao.. Lder algum que identifica e satisfaz as necessidades

    legtimas de seus liderados e remove todas as barreiras para que possam servir ao cliente

    (HUNTER, 2004, p. 51).E ainda:O lder deve incentivar e dar condies para que as

    pessoas se tornem o melhor que podem ser (p. 56).

    OperacionalSupervises

    GerentesPresidncia

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    Assim, os gestores devem se questionar, constantemente, quais so as

    necessidades das pessoas que se encontram sob sua liderana. Um indicativo dessa

    questo seria perceber as suas prprias necessidades e adapt-las s dos liderados.

    At aqui abordei dois aspectos do modelo de liderana servidora: agir com

    autoridade e colocar-se a servio e sacrifcio das pessoas. Ainda fazem parte do

    modelo, amore vontade. O autor justifica, sinteticamente, a relao entre a liderana e o

    amor, atravs do seguinte quadro:

    Pacincia Mostrar autocontroleBondade Dar ateno, apreciao e incentivoHumildade Ser autntico e sem pretenso ou arrognciaRespeito Tratar os outros como pessoas importantesAbnegao Satisfazer as necessidades dos outrosPerdo Desistir de ressentimento quando prejudicadoHonestidade Ser livre de enganoCompromisso Sustentar suas escolhasResultados: servioe sacrifcio

    Pr de lado suas vontades e necessidades;buscar o maior bem para os outros

    Hunter (2004, p. 96).

    Hunter esclarece tambm que o amor o que o amor faz. [...] O amor

    traduzido pelo comportamento e pela escolha, no o sentido do amor (2004, p. 76). Em

    outras palavras, o amor aqui no significa ter o sentimento de amor em relao a umliderado, mas agir de forma que no o diminua, que no o fira, que no o deprecie. Ou

    seja, o lder deve ter atitudes humansticas (com respeito, humildade, pacincia, etc).

    O autor salienta, ainda que

    Liderana e amor so questes ligadas ao carter. Pacincia, bondade,humildade, abnegao, respeito, generosidade, honestidade,compromisso. Estas so as qualidades construtoras do carter, so oshbitos que precisamos desenvolver e amadurecer se quisermos nostornar lderes de sucesso, que vencem no teste do tempo. (HUNTER,2004, p. 125)

    O amor sempre fundamentado na vontade. As intenes que temos nada

    significam se no forem acompanhadas de aes. A verdadeira liderana requer muito

    esforo, dedicao e, principalmente, vontade para colocar em prtica nossas intenes.

    (HUNTER, 2004).

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    A liderana comea com a vontade, que nossa nica capacidadecomo seres humanos para sintonizar nossas intenes com nossasaes e escolher nosso comportamento. preciso ter vontade paraescolhermos amar, isto , sentir as reais necessidades, e no os

    desejos, daqueles que lideramos. Para atender a essas necessidades,precisamos nos dispor a servir e at mesmo a nos sacrificar. Quandoservimos e nos sacrificamos pelos outros, exercemos autoridade ouinfluncia [...]. E quando exercemos autoridade com as pessoas,ganhamos o direito de sermos chamados de lderes. (HUNTER, 2004,p. 70).

    Como pode ser observado, o princpio do modelo est na vontade do gestor em

    agir para o bem dos liderados, ou seja, com respeito, humildade, pacincia, bondade,

    perdo, etc. (habilidades construtoras do carter - amor). Isso significa perceber as reaisnecessidades dos liderados e san-las, colocar-se a servio deles e, muitas vezes, se

    sacrificar por eles; permitir que as necessidades deles sejam sanadas antes mesmo das

    suas. Agindo dessa forma estar exercendo autoridade e ter o reconhecimento da

    equipe. A equipe, por sua vez, sentir-se- motivada e compromissada em realizar as

    atividades com eficincia e eficcia e buscar os objetivos da empresa, porque o

    gestor/lder possibilita que as pessoas faam, efetivamente, parte da empresa e so

    tratadas como seres humanos.O modelo de liderana servidora de Hunter (2004) pode ser assim representado:

    Liderana

    CONSIDERAES FINAIS

    AutoridadeServio

    SacrifcioAmor

    vontade

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    A Administrao Cientfica avanou seus estudos, embora no o suficiente, na

    busca de responder s demandas da sociedade. Nessa tentativa, vrias abordagens,

    teorias, conceitos, modelos foram criados, adotados, adaptados, cada qual com suas

    contribuies e limitaes. O meio organizacional tornou-se cada vez mais complexo

    por conta das diversas variveis introduzidas em seu meio: tecnologia, flexibilidade,

    meio ambiente, satisfao das pessoas, menor custo, maior produtividade, etc.

    Esse cenrio econmico impe prticas aos gestores em torno do ter: ter mais

    clientes, ter mais eficincia e eficcia, ter mais capital, ter mais competitividade, ter

    mais estratgia.....muito dificilmente eles tm a oportunidade de ser: serem pessoas,

    seres humanos, conhecedores das limitaes e dificuldades de cada membro da equipe,

    e assim por diante. Hunter (2004, p. 125) defende que a real capacidade de liderana

    no fala da personalidade do lder, de suas posses ou carismas, mas fala muito de quem

    ele como pessoa. Acredito estar em um dilema. Como possvel o gestor ser sensvel

    s necessidades dos funcionrios, emptico.... se o cenrio no permite que as

    organizaes dem esse espao? Isso leva a crer que o gestor necessita, no mnimo, do

    apoio da organizao, isto , a percepo de que os trabalhadores no so gerenciveis e

    sim necessitam ser liderados de forma humanizada deve fazer parte da cultura e da

    estratgia da organizao.

    Lembrando o conceito de liderana de Hunter (2004, p. 25) como sendo a

    habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir

    aos objetivos identificados como sendo para o bem comum, relaciono a funo do

    profissional de secretariado executivo com a do lder. Devido s caractersticas, perfil,

    atuao e competncias, o profissional de secretariado executivo, muitas vezes,

    desenvolve o papel de lder, seja do setor, da equipe, do departamento, ou da empresa

    como um todo. Ele normalmente conta com o apoio de outros profissionais, entre os

    quais podemos citar recepcionista, telefonista, motorista, office boy, arquivista, serviosgerais, auxiliares administrativos, etc. Pode-se dizer que o secretrio executivo constitui

    uma equipe de trabalho, pois coordena pessoas, auxilia a equipe no atingimento dos

    objetivos organizacionais, contribui no desenvolvimento pessoal e profissional dos

    liderados, ou seja, necessita de habilidade em liderana.

    O profissional de secretariado executivo est diretamente envolvido nos

    processos de gesto da empresa, pois sua atuao se d em cargos de assessoria a

    diretores, gerentes, supervisores, assim como em cargos especficos de gesto, comoencarregado administrativo, gerente, responsvel pelo departamento, coordenador do

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    setor, consultor e tantas outras nomenclaturas existentes. Como pode ser observado,

    todas essas funes exigem o desenvolvimento de planejamento, organizao, liderana,

    controle, tomada de decises, entre outras, o que, mais uma vez, confirma a atuao do

    secretariado como gestor. Nesse sentido, fundamental que o profissional de

    secretariado executivo tenha habilidade para desempenhar os oito diferentes papis de

    gestor citados por Quinn (2004), bem como para perceber qual/quais o(s) papel/papis

    deve(m) ser desempenhado(s) com determinada situao/pessoa, o que me parece ser o

    maior desafio.

    Para que cada membro da equipe desempenhe suas atividades/atribuies com

    eficincia e eficcia, a liderana tem papel fundamental. O gestor dever comprometer e

    motivar o grupo em prol dos objetivos do setor/departamento/empresa. Como citado no

    item 2.2,, a liderana atinge esse estgio se, primeiramente, forem percebidas as

    necessidades de cada membro para que realizem o trabalho com qualidade, bem como

    sejam essas necessidades satisfeitas, isto , papel do lder derrubar as barreiras entre o

    funcionrio e o servio de qualidade. Fica claro que tambm papel do secretrio

    executivo colocar-se a servio de sua equipe servir para ser servido. Sendo assim,

    acredito que os conceitos e o modelo de liderana servidora de Hunter (2004) se

    enquadram perfeitamente na atuao do profissional de secretariado executivo.

    Lembrando os componentes do modelo de liderana de Hunter (2004),

    vontade, amor, servio/sacrifcio e autoridade, relaciono, mais uma vez, com a funo

    do secretariado executivo, que, atualmente, desempenhada pela classe feminina, na

    maioria das vezes. As mulheres, com muita vontadee dedicao, saram dos trabalhos

    apenas do lar, mas levaram para o ambiente organizacional o seu instinto sensvel,

    paciente, humilde, bondoso, aquilo que o amor faz, como diz Hunter. Para a mulher,

    bem como para a profisso de secretariado conquistar o seu espao significou muito

    trabalho e no menos sacrifcio. Hoje, tanto a classe feminina quanto a profisso desecretariado esto reconhecidas e possuem autoridadeno mundo dos negcios, fruto de

    muito esforo, trabalho, sacrifcio, coragem.....Portanto, atrevo-me a dizer que a

    liderana servidora sempre existiu na atuao do profissional de secretariado executivo.

    Desde que esse estudo tenha fornecido alguma contribuio para avanar o

    debate e instigar a reflexo sobre gesto, liderana, atuao do secretariado executivo,

    ele ter cumprido seu papel. Cabe salientar que a continuidade e aprofundamento desses

    estudos so essenciais rea secretarial.

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