17.2-direo defensiva e operacional muito bom

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  • 7/29/2019 17.2-Direo Defensiva e Operacional MUITO BOM

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    Curso de Formao de Agentes PenitenciriosMdulo 17- Prtica III

    Disciplina: Direo Operacional

    Mdulo 17- Prtica III

    Disciplina: Direo Operacional

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    Curso de Formao de Agentes PenitenciriosMdulo 17- Prtica III

    Disciplina: Direo Operacional

    Mdulo 17- Prtica III

    Disciplina: Direo Operacional

    Neste captulo, sero apresentados os conceitos de Legislao especifica paramotoristas de veculos que circulam e atuam em situao de emergncia,Direo Defensiva, Ofensiva e Evasiva, os elementos que permitam o perfeitoentendimento desses conceitos, bem como as tticas ofensivas e os conceitosde distncia de reao, de frenagem e de parada, de modo que fiquem clarasao condutor as dificuldades que uma frenagem brusca apresenta.

    Consideramos que, para a correta aplicao dos conceitos a seguir definidos, o

    motorista deve compreender seus elementos bsicos: CONHECIMENTO,ATENO, PREVISO, DECISO e HABILIDADE.

    Legislao especifica para veculos em situao de emergncia

    APRESENTAO

    O cdigo de transito brasileiro define no Art. 29 que o trnsito de veculos nasvias terrestres abertas circulao obedecer s normas previstas, Inciso VI

    os veculos procedidos de batedores tero prioridade de passagem,respeitadas as demais normas de circulao; Inciso VII os veculos deemergncia so: os destinados a socorro de incndio e salvamento, os depolcia, os de fiscalizao e operao de trnsito, as ambulncias. Alm deprioridade de trnsito, gozam de livre circulao, estacionamento e parada,quando em situao de emergncia, identificado por alarme sonoro esinalizao intermitente. Para esses veculos, o CTB estabelece algumasregras que vamos conhecer agora.

    O uso de dispositivo de alarme sonoro e de luzes intermitentes s poderocorrer quando em servio de urgncia.

    OBJETIVOS

    Os objetivos desta unidade so:

    Conhecer a normatizao geral para veculos de emergncia;

    Apresentar as responsabilidades do condutor do veculo quando emsituao de emergncia.

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    1.Normatizao geral para conduo de veculos de emergncia

    A conduo de veculos de emergncia est sujeita s normas especficaselaboradas pelos Estados e Municpios, com a finalidade de disciplinar essetipo de transporte em relao realidade local. Alm disso, h regras nacionaisestabelecidas pelo Cdigo de Trnsito Brasileiro, as quais so vlidas paratodos os condutores e veculos.

    Art. 27. Antes de colocar o veculo em circulao nas vias pblicas, o condutordever verificar a existncia e as boas condies de funcionamento dosequipamentos de uso obrigatrio, bem como assegurar-se da existncia de

    combustvel suficiente para chegar ao local de destino.

    Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra dever certificar-se deque pode execut-la sem perigo para os demais usurios da via que o seguem,precedem ou vo cruzar com ele, considerando sua posio, sua direo e suavelocidade.

    Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique deslocamento lateral, ocondutor dever indicar seu propsito de forma clara e com a devidaantecedncia, por meio da luz indicadora de direo de seu veculo, ou fazendogesto convencional de brao.

    Art. 65. obrigatrio o uso do cinto de segurana, para condutor e passageirosem todas as vias do territrio nacional, salvo em situaes regulamentadaspelo CONTRAN.

    Art. 42. Nenhum condutor dever frear bruscamente seu veculo, salvo porrazes de segurana.

    O.B.S: De acordo com o Art. 220, deixar de reduzir a velocidade do veculo deforma compatvel com a segurana do trnsito quando se aproximar depasseatas, aglomeraes, cortejos, prstitos e desfiles ou nas proximidades de

    escolas, hospitais, estaes de embarque e desembarque de passageiros ouonde haja intensa movimentao de pedestres, constitui infrao gravssima.De acordo com o Art. 311, esse considerado um crime em espcie pelo CTB.

    Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veculodeve demonstrar prudncia especial, transitando em velocidade moderada, deforma que possa deter seu veculo com segurana para dar passagem apedestre e a veculos que tenham o direito de preferncia.

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    Responsabilidades do condutor de veculo de emergncia

    A seguir, sero apresentados alguns artigos do CTB (destacando apenas osincisos especficos) que tratam diretamente da conduo de veculos deemergncia ou de situaes previstas no CTB para os casos de atendimentode urgncia, inclusive as penalidades para seu descumprimento.

    a) Quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidadedos veculos, todos os condutores devero deixar livre a passagempela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, senecessrio;

    b) Os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, devero aguardar nopasseio, s atravessando a via quando o veculo j tiver passadopelo local;

    c) O uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminao vermelhaintermitente s poder ocorrer quando da efetiva prestao deservio de urgncia;

    d) A prioridade de passagem na via e o cruzamento dever se dar comvelocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurana,obedecidas as demais normas deste Cdigo.

    Art. 46. Sempre que for necessria a imobilizao temporria de um veculono leito virio, em situao de emergncia, dever ser providenciada a imediatasinalizao de advertncia, na forma estabelecida pelo CONTRAN.

    Art. 189. Deixar de dar passagem aos veculos precedidos de batedores, desinais sonoros, socorro, incndio e salvamento, polcia, de operao efiscalizao de trnsito, quando em servio de urgncia e devidamenteidentificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminaovermelha intermitentes:

    Infrao gravssima;Penalidade multa.

    Art. 190. Seguir veculo em servio de urgncia, estando este com prioridadede passagem devidamente identificada por dispositivos regulamentares dealarme sonoro e iluminao vermelha intermitentes:

    Infrao grave;Penalidade multa

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    Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situaes de atendimento e emergncia,o sistema de iluminao vermelha intermitente dos veculos de polcia, de

    socorro de incndio e salvamento, de fiscalizao de trnsito e as ambulncias,ainda que parados:

    Infrao mdia;Penalidade multa.

    Art. 230. Conduzir o veculo:

    XII com o equipamento do sistema de iluminao e de sinalizao alterados:

    XXII com defeito no sistema de iluminao, sinalizao ou lmpadasqueimadas:

    Infrao mdia;Penalidade multa.

    Consideraes sobre o uso da sirene

    A sirene um alarme sonoro que caracteriza o deslocamento dos veculos deemergncia quando esto em servio de urgncia. A sirene emite o som emlinha reta, tanto para a parte dianteira quanto para a traseira do veculo.

    Quanto maior a velocidade do veculo de emergncia, menor o alcance dasirene. Assim, em curvas ou cruzamentos a velocidade dever ser reduzida,porque o som da sirene ainda no chegou e, quando chegar, os demaismotoristas ainda no tero identificado de onde vem o som (calcula-se que ocrebro de onde vem o som leva um tero de segundo para codificar o estmuloe mandar a resposta, por exemplo, para atravessar a rua, frear etc.).

    Observe este exemplo: uma ambulncia a 80 km/h andar 22 m/s enquanto

    sua sirene estar 34 metros a sua frente, o que d 12 metros ou meio segundode reao a qualquer motorista ou pedestre.

    O.B.S: O efeito emocional do toque da sirene tambm tem influncia nocomportamento do policial. O condutor do veculo de emergncia, quando estcom a sirene ligada, aumenta seu ritmo cardaco e, consequentemente, tende areagir aumentando a velocidade de veculo. Isso pode ocorrer, tambm, com osdemais condutores. Esse um dos fatores que limitam o acionamento dasirene apenas para situaes de emergncia.

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    CONCLUSO

    Sabemos que o direito vida considerado um direito fundamental. Por isso,

    os veculos destinados a socorro de incndio e salvamento, os de polcia, os defiscalizao e operao de trnsito e as ambulncias possuem prioridade nacirculao e, em caso de emergncia, podem realizar manobras diferentementedos demais veculos. Com o propsito de promover um trnsito mais seguro,com menor nmero de acidentes e de vtimas, o Cdigo de Trnsito Brasileiroestabelece normas de circulao e conduta para esses veculos, que precisamser conhecidas e respeitadas por todos os usurios das vias.

    DIREO DEFENSIVA

    Dirigir defensivamente significa planejar todas as aes pessoais ao volante,prevenindo com antecedncia o comportamento dos outros motoristas. Ummotorista na defensiva aquele que conduz um veculo levando emconsiderao a falta de habilidade e de conhecimento dos outros motoristas.Estatisticamente sabemos que a principal causa dos acidentes a falta deateno dos motoristas. Alm desse fator, podemos tambm destacar outrasimportantes fontes como: estado de conservao do veculo, estado deconservao das vias, acidentes ocorridos por perigos naturais (chuva, neblina,noite) ou provocados (animais na pista, bloqueios de marginais, leo na pista,etc.).

    O conceito de direo defensiva implica observar estes trs aspectos:CONDIES DO MOTORISTA, CONDIES DO VECULO e CONDIESADVERSAS DO CLIMA E DAS VIAS.

    DIREO OFENSIVA

    Ocorre quando o veculo est sendo conduzido desafiando algumas regras desegurana e normas de trnsito, devido a uma situao extraordinria ou deemergncia (perseguio, tentativa de assalto ou sequestro, socorro deurgncia, etc.).

    DIREO EVASIVA

    definida pelo emprego de manobras ofensivas em aes de evaso, ou seja,de fuga.

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    TTICAS OFENSIVAS

    So definidas quando, mantendo o veculo em movimento, o motorista

    emprega uma ou mais das tcnicas ofensivas a seguir listadas:

    Manobras para a direita ou a esquerda de modo a forar os atacantes a umaao defensiva;Utilizao de tcnicas de frenagem;Realizao de giros;Cavalo de Pau de Frente (180 e 90);Cavalo de Pau de R (manobra em "J");Realizao do slalon;Realizao de manobras mistas.

    FRENAGEM

    DISTNCIA DE REAO

    a distncia percorrida, pelo veculo, entre o instante que se percebe umasituao de perigo e o efetivo acionamento de um comando do veculo. Eladepende do reflexo do motorista.

    DISTNCIA DE FRENAGEM

    distncia percorrida entre o acionamento do pedal de freio e a efetivaparada do veculo. Depende das condies do veculo e da via.

    DISTNCIA DE PARADA

    o somatrio das distncias de reao e de frenagem, ou seja, inicia-se nomomento em que se percebe o perigo e termina com a total parada do veculo.

    elocidade em

    Km/hora

    Distncia de

    Reao

    Distncia de

    Frenagem

    Distncia de

    Parada

    60 12,40 m 17,15 m 29,55 m

    80 16,67 m 30,90 m 47,57 m

    100 20,83 m 43,60 m 64,43 m

    Curiosidade: um veculo de Frmula 1 leva da distncia de um veculocomum para frear.

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    ORIENTAES GERAIS PARA OS CONDUTORES

    Nesta nova etapa, sero repassadas as principais orientaes que todo

    condutor deve receber de modo que seu veculo esteja em condies de daruma adequada resposta para o caso da necessidade de uma ao maisofensiva, bem como para que tenha pleno conhecimento do funcionamento epotencialidade do veculo que conduz. Ademais sero observados os deveresbsicos do condutor, as responsabilidades dos passageiros e finalmente osmateriais que todo veculo deve transportar.

    ORIENTAES GERAIS PARA OS CONDUTORES

    Periodicamente verificar ou solicitar que um especialista realize exameminucioso das condies do veculo:

    Nvel de gua; Nvel de leo; Combustvel existente (necessidade de abastecimento); Condies das luzes (alta, baixa, laterais, freio, r, luzes de pisca); Calibragem dos pneus (inclusive o estepe, 30 libras ideal); Regulagem dos freios (de pedal e de mo); Regulagem da embreagem; gua do reservatrio para limpeza dos para-brisas; Localizao e condies do estepe, macaco, chave de rodas e tringulo.

    . Ter pleno conhecimento sobre o funcionamento do veculo (familiarize-se como veculo):

    Como ligar o veculo; Como ajustar os bancos; Como ajustar os retrovisores; Como ajustar o volante; Caso o veculo possua sistema de memorizao das regulagens(normalmente trs) saber como us-lo;

    Como ligar, desligar e regular o sistema de ar-condicionado, inclusive asopes de renovao de ar ou de circulao interna;

    Onde acender as luzes e regul-las (alta, baixa, laterais, como cortarluz); Acionamento das setas; Acionamento do alerta; Acionamento do alarme; Acionamento do rdio e CD Player;

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    Acionamento dos limpadores de para-brisa (inclusive o traseiro);

    Acionamento dos esguichos de gua para limpeza dos para-brisas; Acionamento dos vidros eltricos e seu travamento; Abertura e travamento das portas; Abertura do cap; Abertura do porta-malas; Acionamento das luzes internas (como e onde acender); Acionamento do para-sol traseiro (caso haja).

    Jamais deixar as chaves na ignio;

    . Na sada de eventos, ficar atento ao posicionamento do Chefe ou Diretor;

    . Cuidar sempre da apresentao pessoal: roupas, calado, cabelo e barba;. Procurar chegar sempre antes do horrio marcado, de prefernciaminutos antes;. No utilizar o veculo de servio para eventos particulares, salvo seautorizado;. Evitar excesso de intimidade e lembrar que estar servindo a uma autoridadeno significa ser ela.

    Relao de equipamentos para o veculo

    Todo veculo deve conduzir, pelo menos, os seguintes equipamentos: Macaco, chave de roda e tringulo; Caixa de ferramentas e lanternas; Pequenas peas de reposio: fusveis, lmpadas, etc.; Macaco ou esteira e luvas; Kit mnimo de Primeiros Socorros; Pneu estepe devidamente calibrado.

    RESPONSABILIDADES EM RELAO AO DESLOCAMENTO EM

    UM VECULO.

    Do motorista:

    Zelar pelo bom uso e conservao do veculo; Portar permanentemente a Carteira Nacional de Habilitao (vlida),cdula de identidade, os documentos de licenciamento do veculo atualizados,inclusive o comprovante de pagamento do seguro obrigatrio; Verificar, diariamente, se o veculo est em perfeitas condies de uso,realizando uma rpida inspeo (luzes, gua, combustvel, etc.); Ter conhecimento do manual do veculo fornecido pelo fabricante;

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    Enviar o carro a uma oficina quando da ocorrncia de algum defeito ouproblema de origem desconhecida.

    Do Passageiro: No abrir os vidros laterais mais do que cinco centmetros; Utilizar o cinto de segurana; Manter as portas travadas.

    REGRAS BSICAS PARA UMA CONDUO SEGURA

    Este captulo compreende as regras bsicas para uma conduo segura, ondesero enfatizados os elementos da direo defensiva e algumas medidas

    relativas ateno que se deve ter para a preveno de aes delituosas.

    Para entender tais regras, deve-se levar em conta que vrios fatoresinfluenciam no grau de risco, so as chamadas fontes de perigo durante umaconduo: problemas no prprio carro, atravs de defeitos naturais ousabotagem, ameaa de outros veculos, riscos oriundos da via utilizada (naturalou intencional) e de pessoas ou grupos criminosos (sequestro, assalto ouatentado).

    Finalmente, antes de passarmos questo das regras de segurana, importante tecer esclarecimentos acerca de uma grande inimiga: a Rotina. Para

    quem tem trabalho com horrio fixo, por exemplo, das 9 s 17 horas, sai decasa todos os dias na mesma hora, seguindo o mesmo itinerrio para,finalmente, estacionar no mesmo lugar, torna-se muito difcil romper essarotina, mas devemos pensar que nossa segurana pode estar em jogo. Porisso aconselhamos: Quebre a rotina "seja consequentemente inconsequente"!

    Regras bsicas de segurana ao conduzir

    a) Sente-se confortavelmente ao volante do veculo, ajustando o assento, oencosto, o encosto de cabea, o volante e os retrovisores interno e externos;

    b) Utilize sempre o cinto de segurana;

    c) Utilize sempre a trava de segurana das portas traseiras quandoconduzir crianas. No se esquea, crianas devem ser sempre conduzidas nobanco de trs;

    d) No saia em disparada (arrancadas bruscas), certifique-se de que tudoest em ordem, portas fechadas, bem como se o(s) passageiro(s) est(o)acomodado(s), quando for o caso;

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    e) Dirija, em princpio, com todo o cuidado, defensivamente e com todas asprecaues;

    f) Pouca velocidade convite a um ataque, excesso de velocidade convite a acidentes;

    g) No d freadas bruscas e redues violentas (salvo em casos deemergncia), nem entre em curvas em velocidade excessiva (cuidado para nosair pela tangente);

    h) No se esquea da sinalizao que deve ser antecedida a uma manobra(parada, mudana de faixa, etc.);

    i) Lembre-se que deve estar atento ao dirigir o carro, mantendo a distncia

    adequada dos outros veculos e a ateno redobrada em pontos de risco;

    j) Mantenha uma viso ampla da rea no trajeto sem, contudo desviar suaateno da via;

    k) Ao passar em lombadas ou locais esburacados faz-lo lentamente,porm no se esquea de que voc est vulnervel, portanto toda a ateno necessria;

    l) Em caso de emergncia e a alternativa seja a de abandonar o local (ruaou estrada), procure faz-lo com o veculo em velocidade moderada a fim de

    evitar danos desnecessrios, principalmente queles que possam imobilizar oveculo;

    MEDIDAS DE SEGURANA AO CONDUZIR

    O captulo que ora iniciamos de vital importncia, tendo em vista tratar-se dasorientaes principais relativas s medidas de segurana a serem deconhecimento do condutor. Conhec-las e aplic-las permitir, naturalmente,uma preveno a possveis aes delituosas bem como serviro paraaumentar a ateno do condutor fazendo com que a conduo passe a sermais segura tambm em relao aos acidentes normais a que todos estamossujeitos. As medidas a seguir foram extradas de pesquisas realizadas empublicaes nacionais e internacionais e referem-se doutrina de seguranaaplicada tanto em pases como Inglaterra, Itlia e Alemanha, como em pasesde alto risco como Colmbia, frica do Sul e Brasil.

    a) Utilize pelcula redutora de luminosidade. Ela dificulta a viso de umpossvel agressor, na dvida o meliante prefere no arriscar;

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    b) Antes de sair, verificar se no existem nas proximidades veculos oupessoas suspeitas;

    c) Ateno especial a motocicletas, principalmente com dois ocupantes.Caso o garupa esteja de casaco ou camisa por fora, ateno redobrada;

    d) Ao deslocar-se no trnsito verificar se no est sendo seguido por outroveculo ou motocicleta. Se perceber que est sendo seguido certifique-se disso, realizando uma manobra, por exemplo uma mudana bruscade itinerrio, se confirmada a suspeita, coloque-se em alerta e tometodas as medidas e precaues necessrias, mantendo o veculosempre em movimento at encontrar um ponto de apoio;

    e) Ateno especial a veculos com mais de dois ocupantes, principalmente

    se for de quatro portas;

    f) Investir o veculo contra os atacantes, s em casos extremos, se for umamotocicleta mais fcil, inclusive utilizando uma frenagem brusca;

    g) Mantenha sempre a concentrao, no se distraia com som, conversas,garotas/rapazes, ocorrncias na rua, etc.;

    h) Se o veculo for imobilizado, no esboar reao. Evitar gestos bruscos,no encarar os meliantes e, se possvel, memorizar os detalhes dasituao: caractersticas do local, fisionomia, quantidade e roupas dos

    agressores, veculos envolvidos etc.;

    i) Procurar trafegar prximo ao centro da via, para ter um espao maior demanobra direita ou esquerda;

    j) Evitar parar prximo a caminhes ou nibus, voc perde a visibilidade efica encoberto;

    k) Ataques geralmente so rpidos e no duram mais que algunssegundos. Caso voc esteja prximo e no seja o alvo, permaneacalmo at que tudo termine, no desembarque, agache-se para evitarser alvo de uma bala perdida;

    l) Ao parar em semforos ou em engarrafamentos, no ficar muito prximoao veculo da frente, deixe sempre espao para manobras evasivas. Dpreferncia pista da direita, isso obrigar o agressor a atravessar a ruaou dar a volta no carro antes de agir, se possvel nunca fique na 1 linhade veculos;

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    m) Ao aproximar-se do destino, verificar a presena de veculos ou pessoas

    estranhas;n) Se possvel parar o carro sempre na garagem (prdio ou residncia)

    para embarque e desembarque;

    o) Se tiver que aguardar na rua, no ficar dentro do veculo, procurarportaria ou local seguro em que possa observar o carro;

    p) Nas ruas onde normalmente trafega, procurar identificar possveispontos de apoio (delegacias, quartis da PM ou das Foras Armadas,etc.) e de risco (lombadas, favelas, locais ermos, etc.);

    q) Procurar, dentro do possvel, variar os itinerrios de ida e volta, evitandoa rotina;

    r) Quando for acessar a garagem, no parar prximo ao porto, parar nomeio da rua, aguardando para ter o acesso com ateno aosretrovisores e aproximao de veculos ou pessoas suspeitas;

    s) Evitar transitar com volumes ou joias mostra nos bancos do carro;

    t) Se possvel, retire do carro qualquer adesivo que faa referncia a seu

    estilo de vida: nome do condomnio, clube que frequenta, profisso etc.;

    u) Nunca confie a chave do carro a flanelinhas ou lavadores;

    v) Ande sempre com algum dinheiro em espcie, alguns meliantespreferem garantir um trocado a correr o risco de ficar rodando com avtima;

    w) Assaltantes e sequestradores costumam simular pequenas colises ousituaes (pedras no para-brisa, moto que se choca com o retrovisor,indicao de pneu vazio ou roupa fora do carro, vazamentos, etc.) paradeix-lo vulnervel, fique atento antes de desembarcar de seu veculo;

    x) Se possvel e economicamente vivel, coloque rastreador em seuveculo e conduza um rastreador pessoal;

    y) Caso o veculo no seja blindado, balas penetram facilmente em vidrose lataria, da que voc poder ser atingido por disparos durante a aoou durante a fuga.

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    Regulagem do Veculo

    A partir de agora, iremos passar a orient-lo como ajustar os equipamentos doveculo que so de uso exclusivo do condutor. Seu adequado conhecimentopermitir seu melhor emprego, e tal fato permitir uma direo mais segura,uma diminuio da possibilidade de acidentes e a segurana necessria execuo de manobras mais bruscas.

    AJUSTE DOS BANCOS, DO VOLANTE, DOS ESPELHOS RETROVISORES EREGULAGEM DO FREIO DE MO

    AJUSTE DO BANCO

    . ASSENTO

    A distncia ideal aquela que permite acionar o pedal da embreagemcom o p direito, sem necessidade de retirar as ndegas do assento; Caso possua regulagem de altura, faz-la utilizando o mesmoparmetro.

    ENCOSTO

    A inclinao deve ser tal que permita ao condutor segurar o volante comas duas mos, cruzando os braos, sem que seja necessrio inclinar-se para a

    frente, retirando as costas do assento; Os braos ficaro dobrados e nunca retesados, formando um ngulo de135 entre o brao e o antebrao.

    . ENCOSTO DE CABEA

    Lembre-se, o encosto um item de segurana obrigatrio e no um item deconforto, portanto ele deve ser regulado de modo a permitir

    Total contato com a cabea impedindo um movimento brusco para trs emcaso de choque na traseira.

    AJUSTE DO VOLANTE

    Os veculos, de modo geral, possuem ajuste de altura do volante: alto,mdio e baixo, alguns mais luxuosos possuem ainda o ajuste de profundidade.a altura e profundidade ideal dependem da compleio fsica do condutor. Nogeral, a altura ideal a mdia ou a alta.

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    AJUSTE DOS ESPELHOS RETROVISORES

    O espelho retrovisor interno deve ser utilizado para que o condutor tenhauma ampla viso do vidro traseiro de seu veculo. Assim sendo, o ideal queele esteja centralizado em relao quele; Os retrovisores externos, colocados direita e esquerda, servem paraque o condutor tenha uma viso do movimento nas laterais de seu veculo. Suaregulagem deve permitir uma ligeira viso do lado do carro. Para fins dedefinio de altura e afastamento lateral, o parmetro utilizado medidoatravs do uso dos dedos indicador e mdio das respectivas mos, de modoque, em relao altura, os dois dedos na horizontal limitem a linha dohorizonte e , em relao viso lateral, os dois dedos na vertical limitem aviso da lateral do veculo.

    REGULAGEM DO FREIO DE MO

    O freio de mo normalmente vem com uma regulagem alta de fbrica,ou seja, o travamento das rodas se d aps oito a dez cliques de subida, issodificulta seu emprego em manobras mais bruscas, assim sendo o ideal regular o freio de mo para travar as rodas aps trs ou quatro cliques.

    Manobras ofensivas

    Passaremos a partir de agora a repassar as principais manobras tticas que

    podero ser empregadas em situaes extremas, de modo a permitir aocondutor safar-se ou despistar os agressores e evitar tornar-se mais um dostemas das manchetes que permeiam as pginas policiais e as estatsticas dapolcia. So manobras que exigem certa habilidade a mais, principalmente,confiana em sua capacidade e estrita obedincia s orientaes dosinstrutores. Sua correta utilizao e execuo poder significar a diferenaentre uma fuga com xito ou o sucesso de uma ao delituosa.

    REALIZAO DE MANOBRASTCNICAS DE FRENAGEM

    BRUSCA (injetar o pedal de freio e embreagem simultaneamente, erroclssico dos motoristas comuns, no utilizar); BOMBEADA (injeo contnua e rpida do pedal de freio); MISTA (COMPLETA):

    Bombeie continuamente o pedal de freio de modo que no ocorra o travamentodas rodas;Simultaneamente efetue a reduo de marchas;Desvie do obstculo, se possvel.

  • 7/29/2019 17.2-Direo Defensiva e Operacional MUITO BOM

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    Curso de Formao de Agentes PenitenciriosMdulo 17- Prtica III

    Disciplina: Direo Operacional

    OBS: Tais orientaes referem-se aos veculos que no possuem ABS(Sistema Anti Travamento), no qual o pedal deve ser apertado em um nicomovimento e seguro at a parada ou desvio do obstculo. Esse sistema

    permite at a frenagem em curvas e pistas com pouca aderncia com eficinciae segurana sem risco de as rodas travarem.

    SLALON

    Atinja a velocidade suficiente; Vire rapidamente o volante para a direita ou a esquerda; Desvie do obstculo; Pressione o pedal de freio caso sinta que no vai desviar do obstculo; Quando no houver mais obstculos, siga na direo desejada.

    Essa manobra serve como treinamento para deslocamentos rpidos por umavia com muitos obstculos (buracos, veculos, etc.).

    CAVALO DE PAU DE FRENTE (180 OU 90)

    Escolha o local apropriado; Atinja a velocidade suficiente; Pressione o pedal da embreagem; Gire rapidamente o volante para a direita ou a esquerda, de acordo como espao disponvel; Simultaneamente, acione totalmente o freio de mo com o boto de

    liberao comprimido, at que as rodas traseiras travem;

    Quando o carro estiver na direo desejada, solte o freio de mo, engate aprimeira e arranque; Para o giro de 180, o volante dever ser girado mais ou menos at ametade de seu curso total e o freio de mo puxado totalmente; Para o giro de 90, o volante dever ser girado mais ou menos at deseu curso total e o freio de mo puxado e solto imediatamente; Em ambos os casos, utilize o freio pedal apenas para evitar que o carrogire alm dos 180 ou 90 , conforme o caso.

    Essa manobra permite mudana brusca de direo bem como a rpidaexecuo de manobras que, normalmente, exigem tempo maior de execuo,por exemplo, a entrada em curvas fechadas ou retornos.

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    Curso de Formao de Agentes PenitenciriosMdulo 17- Prtica III

    Disciplina: Direo Operacional

    CAVALO DE PAU DE R (Manobra em "J")

    Escolha o local apropriado;

    Atinja a velocidade apropriada, em marcha r; Acione o pedal de embreagem; Gire rapidamente o volante para a direita ou para a esquerda, de acordocom o espao disponvel; Enquanto o carro gira, engate a primeira marcha; e, Quando o carro estiver na posio desejada, arranque rapidamente; Utilize o freio pedal para evitar que o carro gire alm dos 180.

    Tem por finalidade executar mudana rpida e completa da direo de umveculo quando de uma situao que bloqueie totalmente a via em frente(bloqueio total frente).

    CONCLUSO

    As relaes se estabelecem entre as pessoas que convivem entre si, seja emcasa, na sociedade ou no trabalho. Durante a convivncia, podem ocorrermomentos agradveis e outros desagradveis, e nem sempre a pessoa tem areao de resolver, por exemplo, um impasse com um colega de trabalho.Porm, quando est conduzindo um veculo, o motorista tem autonomia econtrole sobre a mquina, sendo assim, todo envolvimento nas vias fruto dealgum processo de seu comportamento.

    Todos ns conhecemos algum que j foi usurio do transporte de emergnciaalgum dia. A partir dessa constatao, percebemos que a atividade doscondutores de veculos de emergncia est prxima de todas as pessoas.Fique atento e use todos os conhecimentos adquiridos neste curso para auxiliarvoc em suas atividades como condutor.