15 maio 2012

35
XX 83 15/05/2012 * Operador do Código Florestal é processado por fraude do carvão - p.01 * Mais 153 câmaras na batalha contra a violência na capital - p. 20 * MG terá comitê contra violência - p.13

Upload: clipping-ministerio-publico-de-minas-gerais

Post on 21-Mar-2016

223 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Clipping Eletrônico

TRANSCRIPT

Page 1: 15 Maio 2012

XX 83 15/05/2012

* Operador do Código Florestal é processado por fraude do carvão - p.01

* Mais 153 câmaras na batalha contra a violência na capital - p. 20

* MG terá comitê contra violência - p.13

Page 2: 15 Maio 2012

hoje em dia - P. 03 - 15.05.2012

01

Page 3: 15 Maio 2012

CoNT... hoje em dia - P. 03 - 15.05.2012

02

Page 4: 15 Maio 2012

CoNT... hoje em dia - P. 03 - 15.05.2012

03

Page 5: 15 Maio 2012

CoNT... hoje em dia - P. 03 - 15.05.2012

04

Page 6: 15 Maio 2012

hoje em dia - P. 03 - 15.05.2012

Promotor de Defesa do Patrimônio Público, José Carlos Fernandes Júnior acaba de instaurar inquérito civil para investigar possível ato de im-probidade administrativa por parte do Codau. O objetivo é apurar supostas irregularidades em contrato de execução de reforma do Reservatório 10 (R-10) no bairro Gameleiras, o mesmo que veio ao chão na década de 90 e, após sua reconstrução, passou a apresentar inúmeros problemas e causar pânico à população. Agora a autarquia tem 10 dias para prestar esclarecimentos ao Ministério Público sobre a questão.

A denúncia foi proposta pelo vereador Itamar Ribeiro em maio deste ano, em que moradores reclamam de rachaduras e vazamentos na estru-tura do R-10 desde 2009. Na época, o Codau afirmou que “vinha estabe-lecendo manobras técnicas para permitir a recuperação da estrutura do reservatório elevado”. O engenheiro Vicente Marino Júnior, que projetou o R-10 em 1991, avisou que seria necessário fazer um revestimento atra-vés da impermeabilização na laje, o que solucionaria as fissuras. No mês seguinte, o reservatório teria voltado a vazar e em proporção maior. “O presidente do Codau alegou que o aumento do vazamento teria sido pelo fato de o reservatório ter sido abastecido em sua capacidade total (500m³), para que não faltasse água à população”, revela o vereador, observando que o reservatório com problemas tem capacidade de 800 mil litros de

água.Em novembro de 2009, o Codau manifestou a contratação de uma

consultoria especializada por meio de convite. Sendo firmado por 90 dias contrato de prestação de serviços no valor de R$27 mil com a empresa Recuperação Serviços Especiais de Engenharia. O objetivo era realizar inspeção e análise estrutural do reservatório. Depois o Codau contratou a empresa Betonix Tecnologia e Comércio Ltda., por R$220.183,46, para executar a recuperação do reservatório elevado de acordo com o apurado no laudo técnico. Porém, ao final da obra, testes confirmaram que a estru-tura continuou vazando se ele fosse reabastecido em sua capacidade total. A questão foi enviada à assessoria jurídica para o bloqueio do pagamento da obra até que fosse solucionado o problema. Foram realizados mais tes-tes e os vazamentos persistiram. Segundo a denúncia, a empresa chegou a manifestar que o material previsto em contrato não era adequado para a estrutura, mas o Codau recusou pedido de troca.

Para o vereador Itamar Ribeiro, o resultado disso foi “um supos-to mau uso do dinheiro público, já que, foram gastos na sua totalidade R$247.183,46 para sanar os referidos problemas. Vale ressaltar que, estra-nhamente, o Codau em momento algum se posiciona em acionar a empre-sa na Justiça, recebendo a obra sem a definitiva correção”, destaca.

jorNal da maNhã - mG - CoNamP - 14.05.2012

Ministério Público investiga reforma do R-10 do Codau

05

Page 7: 15 Maio 2012

CRISTIANO MARTINSUm contrato para serviços terceirizados de coleta de

lixo e manutenção de um aterro sanitário estabelecido em re-gime emergencial - ou seja, após dispensa de licitação - está na mira de uma comissão de sindicância instaurada na se-mana passada pela Câmara Municipal de Mariana, na região Central do Estado, e deve tornar-se objeto de investigação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

De acordo com as denúncias que serão analisadas pe-los vereadores e pela promotoria da cidade, o novo contrato mais do que triplica os valores empenhados pelo município na prestação dos serviços - de R$ 162 mil mensais para par-celas de R$ 530 mil.Após ter cancelado, por meio de uma liminar judicial, o vínculo com a Empar - empresa local que venceu licitação para prestar serviços até outubro de 2013 -, a prefeitura convocou, de forma emergencial, as construto-ras Contorno e Terrayama, ambas sediadas em Belo Hori-zonte. A princípio, as empreiteiras prestarão os serviços por um período de três meses, mas o acordo pode ser renovado.

Os novos contratos preveem pagamentos totais de apro-ximadamente R$ 1,1 milhão para a Contorno, responsável pela coleta, e R$ 495 mil para a Terramaya, que fará a ma-nutenção do aterro sanitário

Presidente da comissão de sindicância, o vereador Fer-nando Sampaio (PRB) declarou que apresentará hoje um requerimento à prefeitura pedindo todos os documentos e decisões judiciais que embasaram a decisão do Executivo.

“A prefeitura rompeu a licitação que estava em vigência, e não sabemos o que motivou essa atitude. Era um contrato só, e agora dividiu e triplicou o preço. Precisamos, antes de tudo, saber com precisão porque a Empar foi descartada”, afirmou o parlamentar. Ele ressaltou que a comissão tem au-tonomia para requerer as informações sem necessidade de autorização ou justificativa oficial.O MPMG, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou que foi protocolado na última quinta-feira, dia 10, uma notícia de fato - em ou-tras palavras, um procedimento prévio para a abertura de um inquérito.Representantes da promotoria confirmaram que já foram solicitados à prefeitura os documentos referentes aos contratos. Os dados devem ser entregues no prazo de 20 dias. Segundo o órgão, a Empar impetrou mandado de segurança contra a decisão do Executivo.resPosTa

Em nota, a prefeitura argumentou que o contrato com a Empar se referia apenas à locação de veículos e equipa-mentos e “não atendia ao interesse público”. Os trabalhos eram feitos por servidores que, segundo a assessoria, serão realocados para outras funções.Conforme o comunicado, os serviços da Empar apresentavam problemas e chegaram a

desencadear dois processos administrativos. “Em todas as reclamações, a empresa alegava que não era responsável pela coleta de lixo e fazia apenas o aluguel das máquinas. Ao se eximir da responsabilidade, a resolução dos proble-mas ficavam comprometidas e a população era a principal prejudicada”, diz a nota.

Mariana vive um período de instabilidade desde 2008. A prefeita Terezinha Ramos (PTB), que voltou ao cargo re-centemente, enfrenta grande oposição na Câmara.

desvios

Serviços são investigados pelo TCEConforme O TEMPO mostrou ontem, os serviços públicos de

coleta e destinação de lixo têm sido tema recorrente de denúncias em todo o Estado. Só nos últimos cinco anos, o plenário do Tribu-nal de Contas do Estado (TCE) apreciou ao menos 96 processos relativos ao tema.Em Belo Horizonte, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público apura uma suspeita de fraude e deve apresen-tar ação contra a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). Ontem, a HAP Engenharia, uma das empresas investigadas, infor-mou que não presta serviços à prefeitura desde 2010 e que não foi notificada sobre a investigação.(CM)

denúncia

Vereador quer CPI na capitalO vereador e corregedor da Câmara de Belo Horizonte, Edi-

nho do Açougue (PTdoB) defendeu, ontem, em seu discurso, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e apurar como está sendo investida a verba destinada à coleta de lixo e a varrição de vias públicas da capital A iniciativa teve origem após a reportagem “Contratos de coleta de lixo são porta aberta para desvios” veiculada na edição de ontem de O TEMPO.

“Há muito tempo existem denúncias sobre esses serviços. A gente observa que não está havendo varrição correta em toda a ci-dade, não capinam os terrenos. Os lugares estão cheios de lixo, no centro e nos bairros. Precisamos investigar isso. É um desrespeito com a população”, disse. O vereador afirmou ainda que vai debater o assunto durante toda a semana e quer providências da casa sobre o assunto.O vereador Arnaldo Godoy (PT) também afirmou ser favorável à apuração de como estão sendo aplicadas as verbas para limpeza e destinação de resíduos. “Já que existem essas suspeitas, elas precisam ser apuradas. Isso é obrigação da Câmara, e à prefei-tura cabe explicar isso”, explicou.

Audiência. Foi marcada para 28 de maio uma audiência pú-blica para discutir o projeto do Executivo que cria o sistema de gestão de resíduos. A iniciativa é de Arnaldo Godoy, que admite que o projeto está confuso porque não esclarece de que forma será feita a destinação do lixo urbano.

Um outro vereador, que preferiu não ser identificado, admi-tiu que o projeto contempla muito mais a questão do resíduo da construção civil do que a do lixo. (Denise Silva, especial para O TEMPO)

Mariana. Prefeitura cancela contra licitado até outubro de 2012 e convoca duas outras empreiteiras

Emergência triplica o preço dos serviços de coleta de lixoMinistério Público de Minas Gerais deverá investigar o procedimento

o TemPo - 1ª P. e P. 03 - 15.05.2012 mariana

Contrato para coleta de lixo triplica valorMinistério Público pretende investigar a alteração em contrato de serviço em cidade na região Central. Página 3

06

Page 8: 15 Maio 2012

o TemPo - P. 06 - 15.05.2012CidadaNia

MP quer ‘abrir’ escola militar Ministério Público Federal considera

discriminatórias normas para acesso ao Colégio Militar de BH e recomenda reserva de vagas para

candidatos com deficiência físicaNo Colégio Militar de Belo Horizonte, na Região da Pam-

pulha, não entram alunos com deficiência física, surdos e com distúrbios de fala nem reações sorológicas positivas para Aids, doença de Chagas ou sífilis. Para se matricular nessa instituição de ensino militar não basta passar no denominado “concurso de admissão”, constituído de exame intelectual (EI) e que consta de testes de português e matemática. Os candidatos também não po-dem tomar bomba na inspeção de saúde.

Ontem, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), recomen-dou ao Departamento de Educação e Cultura do Exército (De-cex), em Brasília, e aos diretores do Colégio Militar em BH e em Niterói, no Rio de Janeiro, a adoção de vagas para pessoas com deficiência nos concursos para ingresso de novos alunos. Foi sugerido também que o edital dos futuros concursos seja alte-rado para limitar o acesso por motivo de saúde apenas nos casos em que a patologia for causa de incapacidade definitiva para o trabalho.Os rígidos princípios do ensino militar são impostos aos alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino mé-dio já na entrada da escola, em duas placas com o lema educação e disciplina dispostas perto do portão. Apesar de os estudantes matriculados nessas duas unidades não serem obrigados a seguir carreira militar, os alunos são educados “segundo os valores do exército brasileiro”, conforme o manual do candidato, divulgado na internet.deNTes NaTUrais

Os colégios militares seguem portaria expedida pelo Decex quanto à exigência de submissão a exames médicos dos alunos que pretendem ingressar em suas unidades de ensino. O anexo C da Portaria Número 14, de 9 de março de 2010, mostra quais são as patologias que incapacitariam o candidato, entre elas, a “imperfeita mobilidade funcional das articulações e quaisquer vestígios anatômicos e funcionais de lesões ósseas ou articula-ções anteriores”.Também não são aceitos “distúrbios da fala que impeçam o entendimento” e a “surdo-mudez”. Na mesma por-taria, são critérios excludentes doenças contagiosas da pele, ter menos de 20 dentes naturais na boca e anormalidade no sistema nervoso central.

Para o Ministério Público Federal, as exigências violam regras constitucionais que garantem igualdade de acesso entre os candidatos, inclusive portadores de deficiência. “Já existem decisões jurisprudenciais afirmando que a seleção para ingresso em estabelecimento de ensino público assemelha-se ao concurso para ingresso em cargo público, atraindo, por isso, o princípio constitucional de proteção às pessoas portadoras de deficiência”, afirma a procuradora regional dos Direitos do Cidadão, Silmara Goulart.A procuradora alerta ainda que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também proíbe qualquer forma de negli-gência ou discriminação contra as crianças e adolescentes, asse-gurando-lhes igualdade de condições para o acesso e permanên-cia na escola.“Por isso, é fundamental que o Colégio Militar se adeque às leis brasileiras, assegurando as adaptações que forem compatíveis com as necessidades individuais dos eventuais por-tadores de deficiência”. Ela concedeu prazo de 10 dias úteis para resposta à recomendação.O EM tentou contato com a direção do Colégio Militar de Belo Horizonte, mas o funcionamento da es-cola foi encerrado mais cedo devido à realização de olimpíadas. A assessoria do Decex não retornou as ligações.

esTado de miNas - P. 22 - 15.05.2012

07

Page 9: 15 Maio 2012

esTado de miNas - P, 06 - 15.05.2012

08

Page 10: 15 Maio 2012

hoje em dia - P. 13 - 15.05.2012 jB oNliNe - rj - CoNamP - 15.05.2012

SP: Ministério Público quer proibir venda de

celulares no EstadoO Ministério Público de São Paulo

entrou com uma ação contra as princi-pais fabricantes de aparelhos celulares no Brasil para impedir a venda dos dis-positivos. O objetivo é que as vendas sejam paralisadas até que, pelo menos, um efetivo sistema de coletas seja orga-nizado por essas companhias.

A ação foi movida pelo promotor Roberto Lisboa “contra LG Electronics de São Paulo Ltda., Nokia do Brasil Tecnologia Ltda., Motorola Industrial Ltda., Samsung Eletrônica da Amazô-nia Ltda., e Sony Ericsson Mobile Com-municatios do Brasil Ltda., para que a Justiça proíba as empresas de distribuir novos lotes de aparelhos de telefonia celular enquanto não disponibilizarem pontos de coletas de baterias inservíveis ou inutilizadas dos produtos comercia-lizados em todos os pontos de venda de seus produtos no País.”, como diz o do-cumento dispobilizado na internet

O promotor lembra, na ação, que o Brasil é um dos países com maior nú-mero de aparelhos de telefonia celular per capita do mundo, atingindo 210 mi-lhões de aparelhos, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “Todavia, ao mesmo tempo em que se torna um dos maiores mer-cados de consumo de telefonia celular no mundo, o Brasil também passa a in-tegrar o ranking dos maiores produtores de lixo tecnológico proveniente de apa-relhos celulares, ficando atrás somente da China (segundo relatório da ONU, produzido no ano de 2010), situação esta apta à criação de sérios danos à saúde e segurança do consumidor”, acrescenta.

Além disso, o importante para o promotor não é apenas ter postos de coleta, mas também fazer campanhas de conscientização sobre a importância de fazer o descarte correto deste tipo de material.

09

Page 11: 15 Maio 2012

esTado de miNas - P. 12 - 13.05.2012

10

Page 12: 15 Maio 2012

CoNT... esTado de miNas - P. 12 - 13.05.2012

esTado de miNas - 1ª P. - 15.05.2012

Uma dívida de R$ 40 mi

11

Page 13: 15 Maio 2012

MINAS GERAISCIRCULA EM TODOS OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO ESTADO

DIÁRIO OFICIAL

DOS PODERES

DO ESTADOwww.iof.mg.gov.br

BELO HORIZONTE, , 15 DE MAIO DE 2012ANO 120 - Nº 89

AGRICULTURA

EDUCAÇÃO

Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que a safra 2011/2012 de grãos em Minas deve chegar a 11,8 milhões de toneladas, cerca de 1,1 milhão a mais do que o maior volume registrado até agora. O sorgo é um dos destaques. (Página 3)

Aproveitar bem os alimentos é a meta de alunos da Escola Estadual Professor Gabriel Arcanjo de Mendonça, em São João Nepomuceno, na Zona da Mata. Eles aprendem a fazer bife de casca de banana, doce de casca de maracujá e torta de folhas e talos. Enquanto cozinham,

Melhoram o Português, escrevendo nos

mais sobre ciências, com avaliação dos nutrientes. Tudo isso graças ao programa escolar denominado Reciclagem de Alimentos. (Página 8)

Novos aspectos do ensino público no País, com destaque para Minas Gerais, foram apresentados em reportagem da revista Veja na edição desta semana.

consegue”, a matéria apresenta resultados de uma pesquisa da ONG

Todos pela Educação. Conforme o levantamento, dos dez municípios

públicas capazes de assegurar as bases para a excelência em educação, sete são mineiros, sendo que as cinco cidades mais bem colocadas no rankingsão de Minas. (Página 3)

Cohab entrega conjunto com 60 casas populares em Carmo do Paranaíba

(Página 6)

SEGURANÇA

Mais um instrumento para combate à criminalidade entra em vigor em Minas. Foi criado ontem o Comitê

Monitoramento e Repressão de Crimes Violentos, assinado pelo secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz; pelo comandante-geral da PM,

Sant´anna; pelo chefe de gabinete da Polícia Civil, Jésus Trindade Barreto; e pelo

é acompanhar diariamente os índices e propor medidas para a contenção e repressão. (Página 4)

DIVULGAÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

MINAS GERAIS 4DEFESA SOCIAL

Objetivo é propor medidas para a repressão

Secretaria cria comitê para monitorar diariamente os índices de criminalidadeO

---

-

-

-

-

--

shoppings

-

-

-

-

-

-

-

----

-

--

-

-

-

-

-

--

-

pitchings

--

-

-

Programa Curta da Rede Minascompleta 13 anos e estreia série

Mariana Tavares, apresentadora e diretora do programa

P

-

---

---

-

-

-

--

--

--

-

INTERESSE

-

-

-

-

--

-

-

-

--

-

Curso capacita 320 pessoaspara policiamento comunitário

MINAS GERAISCIRCULA EM TODOS OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO ESTADO

DIÁRIO OFICIAL

DOS PODERES

DO ESTADOwww.iof.mg.gov.br

BELO HORIZONTE, , 15 DE MAIO DE 2012ANO 120 - Nº 89

AGRICULTURA

EDUCAÇÃO

Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que a safra 2011/2012 de grãos em Minas deve chegar a 11,8 milhões de toneladas, cerca de 1,1 milhão a mais do que o maior volume registrado até agora. O sorgo é um dos destaques. (Página 3)

Aproveitar bem os alimentos é a meta de alunos da Escola Estadual Professor Gabriel Arcanjo de Mendonça, em São João Nepomuceno, na Zona da Mata. Eles aprendem a fazer bife de casca de banana, doce de casca de maracujá e torta de folhas e talos. Enquanto cozinham,

Melhoram o Português, escrevendo nos

mais sobre ciências, com avaliação dos nutrientes. Tudo isso graças ao programa escolar denominado Reciclagem de Alimentos. (Página 8)

Novos aspectos do ensino público no País, com destaque para Minas Gerais, foram apresentados em reportagem da revista Veja na edição desta semana.

consegue”, a matéria apresenta resultados de uma pesquisa da ONG

Todos pela Educação. Conforme o levantamento, dos dez municípios

públicas capazes de assegurar as bases para a excelência em educação, sete são mineiros, sendo que as cinco cidades mais bem colocadas no rankingsão de Minas. (Página 3)

Cohab entrega conjunto com 60 casas populares em Carmo do Paranaíba

(Página 6)

SEGURANÇA

Mais um instrumento para combate à criminalidade entra em vigor em Minas. Foi criado ontem o Comitê

Monitoramento e Repressão de Crimes Violentos, assinado pelo secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz; pelo comandante-geral da PM,

Sant´anna; pelo chefe de gabinete da Polícia Civil, Jésus Trindade Barreto; e pelo

é acompanhar diariamente os índices e propor medidas para a contenção e repressão. (Página 4)

DIVULGAÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

miNas Gerais - 1ª P. e P. 04 -15.05.2012

12

Page 14: 15 Maio 2012

o TemPo - P. 23 - 15.05.2012Ações. Saidinha de banco, assalto a shopping explosão de caixa eletrônico e homicídio são principais focos

MG terá comitê contra violênciaGrupo reúne Secretaria de Defesa Social, Ministério Público e polícias

13

Page 15: 15 Maio 2012

CoNT... o TemPo - P. 23 - 15.05.2012

Fernando Zuba

Com a prisão de Luciano Ferreira Quadra, de 35 anos, ocor-rida na manhã de ontem, a Polícia Militar (PM) acredita ter tirado de circulação mais um estuprador que agia em Belo Horizonte. O suspeito foi preso em flagrante quando tentava violentar uma mulher no Bairro das Indústrias, na Região do Barreiro. Ainda se-gundo a polícia, a prática criminosa estava crescendo na região, onde nos últimos dias foram registrados pelo menos cinco casos de estupro.A vítima, que foi abordada quando entrava sozinha em sua residência. De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), o suspeito simulou estar armado com uma faca e rendeu a vítima, uma mulher de 26 anos. Ele a obrigou a entrar em um dos quartos do imóvel. No entanto, em um momento de distração do agressor, a vítima conseguiu fugir.

Uma testemunha acionou uma viatura da PM. O agressor foi preso próximo ao local da tentativa de abuso. Após ser detido,

outras três mulheres compareceram à 2ª Delegacia de Polícia no Bairro Cardoso, onde também acusaram o suspeito de violência sexual.

Para a polícia, o número e vítimas pode aumentar depois que a imagem de Luciano Ferreira Quadra for divulgada, uma vez que ele tem um cicatriz marcante no rosto. Em depoimento informal, o suspeito teria dito que é portador do vírus HIV e, por ser aidético, jamais abusaria de alguém. O estuprador foi encaminhado à Divi-são de Proteção à Mulher, Idosos e Deficiente Físico.Crimes violeNTos

Representantes do Ministério Público de Minas, das polícias Militar e Civil e da Secretaria Estadual de Defesa Social se reu-niram na tarde de ontem para oficializar a criação do Comitê In-terinstitucional de Monitoramento de Repressão aos Crimes Vio-lentos. O objetivo é definir estratégias mais eficazes para enfrentar modalidades novas de crime, como assalto a shoppings, explosão de caixas eletrônicos e as chamadas saidinhas de banco.

A criação do Comitê Interinstitucional de Monitoramento de Repressão aos Crimes Violentos é vista com desconfiança por es-pecialistas em segurança pública ouvidos pela reportagem de O TEMPO. Para eles, mais que se reunir quinzenalmente e traçar ações contra a criminalidade, é preciso que o grupo tenha força para conseguir fazer com que as medidas sejam efetivamente exe-cutadas, principalmente, diante das divergências entre as polícias Militar e Civil.

“Já se sabe onde estão os problemas. Agora, ações a curto, médio e longo prazo têm que ser colocadas em prática para re-verter o quadro da criminalidade”, afirmou o membro do Fórum

Brasileiro de Segurança Pública, Robson Sávio.Segundo ele, desde o fim da década de 1990, Minas já pos-

sui o Conselho Estadual de Defesa Social, com representantes das polícias Militar e Civil, da Secretaria de Estado de Defesa Social e da sociedade civil. “Mas o órgão não teve força para agir na inte-gração das polícias e dar transparência aos dados”, avalia.

Já Luís Flávio Sapori, coordenador do Centro de Pesquisa em Segurança Pública da PUC Minas, defende que as ações sejam imediatas. “Se (o comitê) ficar só em reuniões, nada muda. Tem que funcionar como força-tarefa”, disse. (RR)

esTado de miNas - P. 22 - 15.05.2012 violÊNCia

Homem suspeito de estupros é preso

Crítica

Especialistas defendem ação efetiva e imediata

14

Page 16: 15 Maio 2012

esTado de miNas - P. 07 - 15.05.2012

15

Page 17: 15 Maio 2012

irregularidades

Lanches e habeas corpus também serão apurados

o TemPo - P. 04 - 15.05.2012

16

Page 18: 15 Maio 2012

CoNT... o TemPo - P. 04 - 15.05.2012

17

Page 19: 15 Maio 2012

esTado de miNas - P. 23 - 15.05.2012

18

Page 20: 15 Maio 2012

CoNT... esTado de miNas - P. 23 - 15.05.2012

19

Page 21: 15 Maio 2012

hoje em dia - P. 19 - 15.05.2012

20

Page 22: 15 Maio 2012

hoje em dia - P. 19 - 15.05.2012

21

Page 23: 15 Maio 2012

MINAS GERAIS 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

U ---

---

-

--

-

-

-

-

--

-

-

-

-

-

--

-

-

--

-

-

-

VELOCIDADE - -

-

--

-

-

-

-

-

--

-

---

-

Empresas são consideradas culpadas por acidente com vigilante

Abuso de poder gera indenização

Os cursos fazem parteda preparação de instalação das Apacs nas comarcas

Apac de Sacramento prepara voluntáriosJustiça e comunidade unem

forças na tentativa de ressocializar o detento

-

-

-

PARCERIAS ---

-

-

-

-

-

-

-

-

-

MINAS GERAIS 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

U ---

---

-

--

-

-

-

-

--

-

-

-

-

-

--

-

-

--

-

-

-

VELOCIDADE - -

-

--

-

-

-

-

-

--

-

---

-

Empresas são consideradas culpadas por acidente com vigilante

Abuso de poder gera indenização

Os cursos fazem parteda preparação de instalação das Apacs nas comarcas

Apac de Sacramento prepara voluntáriosJustiça e comunidade unem

forças na tentativa de ressocializar o detento

-

-

-

PARCERIAS ---

-

-

-

-

-

-

-

-

-

MINAS GERAIS 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

U ---

---

-

--

-

-

-

-

--

-

-

-

-

-

--

-

-

--

-

-

-

VELOCIDADE - -

-

--

-

-

-

-

-

--

-

---

-

Empresas são consideradas culpadas por acidente com vigilante

Abuso de poder gera indenização

Os cursos fazem parteda preparação de instalação das Apacs nas comarcas

Apac de Sacramento prepara voluntáriosJustiça e comunidade unem

forças na tentativa de ressocializar o detento

-

-

-

PARCERIAS ---

-

-

-

-

-

-

-

-

-

MINAS GERAIS 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

U ---

---

-

--

-

-

-

-

--

-

-

-

-

-

--

-

-

--

-

-

-

VELOCIDADE - -

-

--

-

-

-

-

-

--

-

---

-

Empresas são consideradas culpadas por acidente com vigilante

Abuso de poder gera indenização

Os cursos fazem parteda preparação de instalação das Apacs nas comarcas

Apac de Sacramento prepara voluntáriosJustiça e comunidade unem

forças na tentativa de ressocializar o detento

-

-

-

PARCERIAS ---

-

-

-

-

-

-

-

-

-

MINAS GERAIS 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

U ---

---

-

--

-

-

-

-

--

-

-

-

-

-

--

-

-

--

-

-

-

VELOCIDADE - -

-

--

-

-

-

-

-

--

-

---

-

Empresas são consideradas culpadas por acidente com vigilante

Abuso de poder gera indenização

Os cursos fazem parteda preparação de instalação das Apacs nas comarcas

Apac de Sacramento prepara voluntáriosJustiça e comunidade unem

forças na tentativa de ressocializar o detento

-

-

-

PARCERIAS ---

-

-

-

-

-

-

-

-

-

MINAS GERAIS 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

U ---

---

-

--

-

-

-

-

--

-

-

-

-

-

--

-

-

--

-

-

-

VELOCIDADE - -

-

--

-

-

-

-

-

--

-

---

-

Empresas são consideradas culpadas por acidente com vigilante

Abuso de poder gera indenização

Os cursos fazem parteda preparação de instalação das Apacs nas comarcas

Apac de Sacramento prepara voluntáriosJustiça e comunidade unem

forças na tentativa de ressocializar o detento

-

-

-

PARCERIAS ---

-

-

-

-

-

-

-

-

-

MINAS GERAIS 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

U ---

---

-

--

-

-

-

-

--

-

-

-

-

-

--

-

-

--

-

-

-

VELOCIDADE - -

-

--

-

-

-

-

-

--

-

---

-

Empresas são consideradas culpadas por acidente com vigilante

Abuso de poder gera indenização

Os cursos fazem parteda preparação de instalação das Apacs nas comarcas

Apac de Sacramento prepara voluntáriosJustiça e comunidade unem

forças na tentativa de ressocializar o detento

-

-

-

PARCERIAS ---

-

-

-

-

-

-

-

-

-

22

Page 24: 15 Maio 2012

esTado de miNas - P. 25 e 26 - 13.05.2012

23

Page 25: 15 Maio 2012

CoNT... esTado de miNas - P. 25 e 26 - 13.05.2012

24

Page 26: 15 Maio 2012

CoNT... esTado de miNas - P. 25 e 26 - 13.05.2012

25

Page 27: 15 Maio 2012

CoNT... esTado de miNas - P. 25 e 26 - 13.05.2012

26

Page 28: 15 Maio 2012

CoNT... esTado de miNas - P. 25 e 26 - 13.05.2012

27

Page 29: 15 Maio 2012

BRASÍLIA. Pouco mais de um mês após o Supremo Tribu-nal Federal (STF) concluir que a interrupção de gestação de anencéfalo não é crime, entrou em vigor, ontem, a resolução do Conselho Federal de Me-dicina (CFM) disciplinando o diagnóstico da anomalia e as regras para o procedimento.

Pela resolução, o diagnós-tico deve ser feito a partir da 12ª semana de gravidez por meio de ultrassom detalhado. Duas fotografias, de frente e de lado, demonstrando a ausência da calota craniana devem ser anexadas ao laudo, que precisa ser assinado por dois médicos.

A resolução não obriga a gestante a interromper a gravi-dez. O médico também não é obrigado a fazer o procedimen-to. Há um dispositivo no Có-digo de Ética da categoria que assegura ao médico o direito de exercer a profissão com au-tonomia, não sendo obrigado a prestar serviço que contrarie a sua consciência. Nesses casos, outro profissional deve anteci-par o parto.

Presidente interino do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima explicou que a regulamentação do direito à interrupção das gestações de anencéfalos acaba com a obri-gatoriedade de as gestantes ob-terem autorização judicial para realizar o procedimento. Se-gundo ele, a primeira decisão judicial autorizando o procedi-mento foi tomada em 1989.oPção

Pela resolução do CFM, diagnosticada a anencefalia, a gestante pode optar por inter-

romper a gestação, por man-tê-la ou por adiar a decisão. “Uma gestante com feto anen-céfalo não prepara um berço, mas um caixão”, disse Corrêa. Se resolver antecipar o parto, o procedimento deverá ser re-alizado somente em hospital com estrutura adequada para tratamento de eventuais com-plicações.

Caberá ao médico infor-mar à gestante sobre os riscos de ela gerar no futuro um novo feto com anencefalia. “Inter-rompida a gravidez, há justifi-cada preocupação deste conse-lho federal com a recorrência de gestação de feto anencéfa-lo, que tem cerca de 50 vezes mais chances de ocorrer, se não forem adotados cuidados após a antecipação terapêutica do parto”, ressalta a exposição de motivos da resolução do CFM.

Os cuidados devem incluir uma contracepção imediata ou uma assistência pré-concep-cional, que deverá ser dada an-tes da nova gestação. “Estudos indicam que o uso diário de 5 mg de ácido fólico, por pelo menos dois meses antes da gestação, reduz pela metade o risco de anencefalia”, conclui o CFM.

minientrevista“a antecipação do

parto é direito, e não obrigação.”

Heverton Pettersen Médi-co fetologista

Vice-presidente da Socie-dade Brasileira de Medicina Fetal

As orientações do CFM são suficientes para o diagnós-

tico da anencefalia?Com 12 semanas de gesta-

ção, podemos confirmar, com certeza, essa má-formação ce-rebral, pois, no exame de ul-trassom, é possível perceber a ausência da calota craniana e da formação inadequada do tecido cerebral. A exigência de dois médicos vem exatamente para provar que houve uma se-gunda opinião.

Os postos de saúde têm estrutura para atender à resolu-ção do CFM, que prevê orien-tação à gestante no diagnóstico e após a cirurgia?

Nem todos os postos têm estrutura suficiente, mas, na rede pública, a paciente poderá ser encaminhada aos hospitais de gravidez de alto risco nos quais ela poderá obter todos os cuidados e orientações. E o Conselho Regional de Medici-na de Minas Gerais tem uma câmara técnica, se maiores esclarecimentos forem neces-sários.

Qual a sua opinião sobre os critérios anunciados?

Acredito que o CFM pon-tuou adequadamente os crité-rios e ainda tomou cuidados para as futuras gestações des-sas mulheres, que devem usar 5 mg de ácido fólico por dia, pelos menos, dois meses antes e durante o primeiro trimestre da gestação. Com essa medi-da, podemos reduzir em mais de 50% a recorrência dessa má-formação. É importante ressaltar também que, como diz o CFM, a antecipação é um direito, e não uma obrigação, e dependerá somente da decisão da gestante. (Andréa Juste)

o TemPo - oN liNe - 15.05.2012 regulamentação

Aborto de anencéfalo só com ultrassom e 2 laudos médicosDireito acaba com a obrigatoriedade de gestantes obterem autorização judicial

28

Page 30: 15 Maio 2012

Por Carlos Arthur FrançaEm meio à discussão sobre a

possibilidade de o Ministério Pú-blico investigar juntamente com a Polícia, já sendo travada no Su-premo Tribunal Federal, o MP de São Paulo se adiantou e comprou o sistema de espionagem Guardião, usado em interceptações telefôni-cas. A informação foi destacada pelo ex-procurador-geral de Justi-ça Fernando Grella Vieira, em dis-curso feito durante solenidade de posse do novo detentor do cargo, Márcio Fernando Elias Rosa, nesta sexta-feira (11/5), no Memorial da América Latina, na capital.

Criado em 1998, o sistema eletrônico monitora interceptações telefônicas e ambientais e de dados e faz cruzamentos de informações. O novo equipamento foi compra-do em dezembro e custou R$ 2,1 milhões.

“Adquirimos recentemente o sistema, que servirá às unidades do Ministério Público às promotorias em todo o estado”, disse Vieira. Segundo ele, o equipamento trará “eficiência e maior segurança no cumprimento das ordens judiciais e nas interceptações eletrônicas.”

A aquisição foi feita enquanto tramita no Congresso a Proposta de Emenda à Constituição 37/2011, que tem a intenção de restringir apenas à Polícia o poder de inves-tigar. A batalha também é travada no Judiciário. O Superior Tribunal de Justiça decidiu, em 2011, que o MP tem essa prerrogativa. Já o Su-premo Tribunal Federal começou a julgar em 2007 o pedido de Habeas Corpus 85.548, que também ques-tiona a atribuição do MP. Após dois votos, dos ministros Celso de Mello, contra o MP, e Sepúlveda Pertence, a favor, a causa está em-patada. O ministro Cezar Peluso

pediu vista.Chamada de “PEC da Impu-

nidade” por Márcio Rosa, a PEC 37 foi tomada pelo novo procura-dor-geral como um dos maiores desafios do MP a curto prazo. “A proposta não é só inconstitucional como é uma desnecessidade. O Es-tado brasileiro reclama o aperfei-çoamento dos sistemas de investi-gação e não o seu abrandamento”. Ele prevê que o projeto não será aprovado no Congresso. “Ela [a PEC] gera insegurança jurídica”, avalia.

Apesar dos elogios à gestão anterior e felicitações ao novo pro-curador, o presidente da seccio-nal paulista da OAB, Luiz Flávio Borges D’Urso, afirma que, neste assunto, as divergências não são pequenas. “Nós entendemos que o Ministério Público não os tem [os poderes de investigação]. A legis-lação não os contempla. Mas são teses antagônicas que merecem um debate democrático e fortalecem a democracia”, afirmou.Paz Nas Bases

O desconforto gerado nas as-sociações de promotores após Márcio Elias Rosa ter sido escolhi-do pelo governador Geraldo Alck-min para o cargo apesar de ter sido o segundo colocado nas votações entre promotores e procuradores foi deixada de lado nos discursos das entidades.

“Não haverá terceiro turno”, disse Cesar Bechara, presidente da Associação Nacional do Ministé-rio Público (Conamp). “Vossa Ex-celência encontrará todo o apoio necessário [da Conamp]”, afirmou. O 1º vice-presidente da Associa-ção Paulista do Ministério Público, Antonio Luís Benedan, também garantiu apoio semelhante. Uma PEC que pede a eleição direta dos

procuradores-gerais tramita no Se-nado a pedido da Conamp.GesTão aNTerior

Diretor-geral do MP-SP e sub-procurador-geral durante a gestão de Grella Vieira, Márcio Rosa elo-giou e agradeceu seu antecessor que, para ele, “operou profundas transformações no Ministério Pú-blico paulista, valorizou as institui-ções, seus membros e servidores. Fernando Grela Vieira escreveu seu nome na história do Ministé-rio Público com rara habilidade”, disse.

Vieira, por sua vez, fez um balanço positivo de sua gestão. Segundo ele, as reivindicações da classe foram atendidas. Entre elas, ele destacou o reestabelecimento da paridade salarial entre servido-res do MP-SP e do Judiciário e en-tre funcionários ativos e inativos, além da instituição de plano de carreira.

Ele também ressaltou “parâ-metros objetivos para as principais decisões, demonstração concre-ta da impessoalidade no trato das questões” e a criação da carreira de assistente jurídico.

Também cumprimentaram o novo procurador-geral o governa-dor Geraldo Alckmin e o presiden-te do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori. Outras autoridades prestigiaram o evento, como o vice-presidente da República Michel Temer, o prefei-to Gilberto Kassab, o deputado fe-deral Gabriel Chalita (PMDB-SP), o cardeal Dom Odilo Pedro Sherer, além dos ex-governadores Luiz Maria Marin, Cláudio Lembo, José Serra e Luiz Antonio Fleury Filho.

Carlos Arthur França é repór-ter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 12 de maio de 2012

CoNsUlTor jUrídiCo - sP - CoNamP - 14.05.2012

MP-SP empossa novo chefe e quer investigar

29

Page 31: 15 Maio 2012

Conselheiro nacional do Minis-tério Público, o advogado natalense Adilson Gurgel de Castro é o autor da proposta de resolução que cria o Có-digo de Ética na instituição, a exem-plo do que já existe em relação à ma-gistratura e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Com 12 artigos, a proposta de Adilson Gurgel retoma uma discus-são interrompida em fevereiro de 2006, quando o plenário do Conselho decidiu pela inoportunidade da apro-vação de outro projeto, “sem prejuízo do reexame posterior do tema”. Ago-ra no segundo e último mandato de dois anos de conselheiro, Castro foi escolhido relator para a nova pro-posta, que deverá ser encaminhada até junho ao presidente do CNMP, Roberto Monteiro Gurgel Santos. “O que me impulsionou a discutir, nova-mente, este tema no CNMP é a inten-sa preocupação com a questão ética na atuação do Ministério Público por parte da sociedade (OAB) e dos con-gressistas, no Senado”, disse Adilson Gurgel.

O que vem a ser essa proposta de Código de Ética que o senhor enca-minhou para o Conselho Nacional do Ministério Público?

Eu constatei e outras pessoas também, não sou único, que o artigo 133 da Constituição Brasileira diz que três profissões são essenciais à administração da Justiça: a magistra-tura, o Ministério Público e a advoca-cia. Desses três, a magistratura já tem o seu Código de Ética, e advogacia já tem o seu Código de Ética, faltava então Código de Ética para o Ministé-rio Público. Então, devido a essa au-sência, esse vácuo, essa brecha, nós apanhamos um projeto que já estava sendo estudado dentro do próprio Conselho e apresentamos agora para a sua aprovação.

Qual o motivo para esse vácuo de um Código de Ética no MP?

Não sei dizer exatamente os mo-

tivos pelos quais ainda existia esse vácuo, mas agora ele será preenchi-do, se Deus quiser.

Isso ocorre depois da nova for-matação dada ao MP a partir da Cons-tituição de 1988?

Antes não existia, é a primeira vez que isso está sendo apresentado, fruto de algumas discussões que já houve anteriormente, e depois que apresen-tei a proposta ao Ministério Público, fiz algumas reuniões especialmente com os corregedores de todo o Bra-sil. Na última segunda-feira à tarde (dia 7), estava havendo o 4º Encontro Nacional dos Corregedores do Minis-tério Público e me foi dado uma hora para conversar com eles e fiz uma apresentação integral do projeto e em seguida comecei a colher sugestões feitas por eles, que vão mandar mais subsídios por e-mail.

Então, a sua proposta não é uma coisa fechada?

É um projeto, aberto, apenas eu tenho a responsabilidade como re-lator, de aceitar ou não as propostas que me forem encaminhadas, porque o que eu já apresentei, já assumi. O Conselho pode fazer três coisas, que é o mesmo que acontece no Congres-so Nacional. Podem ser apresenta-das propostas de emendas supressi-vas, para tirar alguma coisa que eles acham que não pode ser colocadas, emendas aditivas, para acrescentar alguma coisa e emendas modificati-vas. Por exemplo: já verifiquei nesse debate de segunda-feira que não está bem explicitado o cuidado que se deve ter com as redes sociais na inter-net, pois se sabe que com o Twitter, o Facebook, o Orkut, então são esses instrumentos que nós temos hoje são excelentes meios de comunicação. Mas, acontece que, por exemplo, se você faz uma entrevista comigo e va-mos dizer que eu tenha me contraria-do com alguma coisa sua, ai, quando você sai, pego no Twitter e digo que o jornalista se comportou mal, daqui

a pouco eu me arrependo, de ter feito isso, não, realmente eu provoquei, eu dei razão, ele fez mais que uma defesa da dignidade dele, porque fui eu que atingi a dignidade dele. Mas, já está no ar, você já está com a sua imagem denegrida por mim. Posso até dizer que foi um equivoco da minha parte, mas quem é que viu em seguida. Hoje em dia tem de se ter muito cuidado com o que você posta ou coloca nas redes sociais. Isso ai foi um detalhe que eu vi aqui e já estão chegando algumas reclamações ao Conselho de postagens feitas nas redes sociais.

Depois que concluir o relatório, como vai funcionar isso?

Quando concluir, ele vai a plená-rio e quero ver se mês que entra já possa começar as discussões. Minha proposta de votação vai ser no sistema idêntico que acontece no Congresso Nacional, se apresenta o projeto todo e o que não for feito destaque é con-siderado aprovado e os destaques, em seguida, são debatidos e aprovados, rejeitados ou modificados.

E sua aprovação será por maioria simples ou absoluta?

Nesse caso aqui eu creio que seja por maioria simples, porque se trata de uma mera resolução e a gente não pode extrapolar aquilo que esteja na lei. Eu tive o cuidado de remeter para a lei, nessa proposta, a parte punitiva. É claro que a gente diz aqui, que as infrações ao que aqui estão previstas, serão fruto de um processo adminis-trativo disciplinar, mas no entanto não posso colocar numa norma muito pe-quena nos termos da hierarquia da lei, as punições aqui dentro. Mas, quais são as punições que um membro do Ministério Público pode sofrer: a mais simples é a de advertência, em seguida tem a de suspensão, que pode ser de um a 90 dias e depois, a pena de demissão. Nós não podemos colo-car um membro do Ministério Públi-co para fora, mas a gente determinar a abertura de processo visando a ex-

TriBUNa do NorTe - rN - CoNamP - 14.05.2012

“Falta o código de ética do Ministério Público”

30

Page 32: 15 Maio 2012

clusão daquele membro.Essa iniciativa de criar um Códi-

go de Ética partiu de dentro da pró-pria instituição do MP ou alguma par-cela da sociedade já vinha sugerindo isso?

Na realidade, no ano passado me submeti a um processo de renovação do meu mandato no Conselho Nacio-nal do Ministério Público, porque o mandato é de dois anos, renovável por mais dois anos e depois a gente sai. E acho que é um modelo que de-veria ser adotado pelo Poder Judici-ário, se vai até o topo da montanha e depois se volta para a planície.

Mas, nesse processo de renova-ção, ele tem três etapas, a primeira é a aprovação pelo Conselho Federal da OAB, onde eu fui votado e meu nome indicado, a segunda fase é a aprova-ção no Senado Federal, e no Sena-do, primeiro tem de ser aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, onde somos submetidos à sabatina pelos senadores e um dos senadores que me interrogaram foi José Agripino, aqui do Rio Grande do Norte.

E ele me fez essa pergunta, se a magistratura tem o seu Código de Ética e a advocacia tem, porque o Ministério Público não tem? Então, praticamente me comprometi perante os senadores que iria apresentar um projeto nesse sentido, e agora estou cumprindo esse compromisso que eu fiz, acho que foi em julho do ano pas-sado.

Aqui e acolá se fala em modificar as prerrogativas do Ministério Públi-co definidas a partir da Constituição Federal de 1988, principalmente com relação a investigação criminal, como em denúncias de corrupção política e na administração pública e mesmo para crimes comuns. O senhor acha que isso seja um retrocesso?

Realmente existe em andamento um projeto de lei no Congresso Na-cional tentando tirar os poderes in-vestigativos do Ministério Público. Eu creio e concordo que isso será um

retrocesso. No mundo inteiro o Mi-nistério Público sempre participa das investigações e se alguém assiste um filme americano, por exemplo, todos os processos criminais são conduzi-dos pelo Ministério Público. Essa fa-mosa série “Lei e Ordem”, os investi-gadores, que são os artistas principais, eles não fazem nada se o Ministério Público não autorizar e não acompa-nhar. Isso aí é mais uma garantia para nós, cidadãos. Não é que a gente este-ja dando um direito, uma benesse ou qualquer coisa ao Ministério Público, é mais uma garantia para o cidadão, porque a Constituição ampliou extre-mamente os poderes dados ao Minis-tério Público.

E como funcionava antes o Mi-nistério Público?

Era muito da parte criminal, tan-to é que quando se falava em Minis-tério Público, só se falava em pro-motor no tribunal do juri. Eu mesmo lembro, porque fiz Direito antes da Constituição de 1988, até uma piada que circulava no meio jurídico, “o meu processo está parado porque o Ministério Público não colocou ainda o “nada a opor”. Então, eram só co-locar duas palavras e assinar, “nada a opor”. Hoje a gente vê que o Mi-nistério Público cresceu por demais e confesso que me considero até uma pessoa “felizarda” no sentido de que eu cheguei no Conselho numa fase de grande crescimento.

O Conselho Nacional do Minis-tério Publico foi criado pelo anseio da sociedade, inclusive eu participei como membro da OAB na criação do CNJ e do CNMP, mas eles foram cria-dos como órgãos de controle externo, mas hoje posso dizer que o CNMP é muito mais um órgão auxiliar da me-lhoria da qualidade do Ministério Pú-blico. É incalculável a serie de even-tos, reuniões, oficinas de trabalho, eu faço parte de uma comissão cujo ob-jetivo é diminuir a letalidade nas pri-sões de acusados e perseguidos que é muito alta no Brasil.

E como o senhor avalia, vamos

dizer assim, esse desnudamento da magistratura ou até do MP com o tra-balho feito pelos Conselhos?

Eu diria que talvez a gente seja mais discreto. Até pela exposição do juiz que é muito maior do que a do membro do Ministério Público, re-percute-se muito mais um malfeito ou uma acusação a um juiz do que a um membro do MP, mas isso não significa que não temos problemas nem coisa nenhuma, porque em qual-quer profissão nós temos. Eu lembro que vim da advocacia e nós temos números elevadíssimos de processos éticos, em quase toda sessão do Con-selho Federal da OAB nós temos de excluir colegas que não fazem bem feito a sua advocacia.

Os tribunais superiores já decidi-ram manter o exame da Ordem, mas vez ou outra falam em acabar com ele, como o senhor avalia isso?

Eu sou um dos maiores respon-sáveis pelo exame de ordem da forma que ele está sendo feito, porque mui-tas coisas que estão dentro do exame partiram de propostas minhas, quan-do conselheiro federal da OAB, por-que eu tive a oportunidade de presidir por duas vezes a Comissão Nacio-nal de Educação Jurídica, que mexe justamente com o ensino jurídico e tudo mais. Sou um ardente defensor do exame de ordem, ele não só serve para verificar se o bacharel está apto a assumir a advocacia, como dá até uma certa garantia ao cidadão que aquele profissional foi testado e verificado que estava apto a assumir a profissão, e como também, indiretamente, ele serve como uma espécie de aferidor da qualidade das faculdades.

É bem verdade, que na faculda-de, a análise que o MEC faz do curso de Direito, ele tem quatro linhas tron-cos: as instalações físicas, o projeto didático-pedagógico e o corpo docen-te, isso ai é tudo responsabilidade da própria instituição. E o quarto tronco é o Exame Nacional de Desempenho Estudantil (Enad), mas só que apare-ce para o público é o Enade.

CoNT... TriBUNa do NorTe - rN - CoNamP - 14.05.2012

31

Page 33: 15 Maio 2012

o TemPo - oN liNe - 15.05.2012

PEDRO GROSSIO vazamento na internet de fotos íntimas da atriz Caro-

lina Dieckmann reacendeu o debate em torno da segurança de dados na rede. Embora as celebridades sejam o alvo pre-ferencial dos hackers, pessoas comuns também podem so-frer com a divulgação indevida de informações privadas. Os especialistas são unânimes ao afirmar que não há informa-ções 100% segura na internet, mas há maneiras de proteger seus dados e minimizar os riscos de publicações indevidas.

“A principal dica é: não deixe informações privadas em computadores públicos”, resume o especialista em seguran-ça digital Jeferson dos Anjos. Segundo ele, computadores compartilhados, mesmo que com amigos ou parentes pró-ximos, não devem ter fotos confidenciais gravadas. O pre-sidente da Comissão de Crimes Cibernéticos da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), Luis Felipe Silva Freire, reforça o conselho. “Nunca grave este tipo de arquivo no HD do computador. Salve essas infor-mações em dispositivos móveis, como CDs, DVDs ou pen-

drives”, afirma.Mas não são apenas fotos íntimas que podem ser aces-

sadas indevidamente. Outros arquivos e históricos de con-versas também estão sujeitos a este tipo de prática. Alguns programas de compartilhamento, como eMule e Soulseek, se mal configurados, podem disponibilizar para outros usu-ários suas pastas de arquivos e imagens. Programas espiões também podem induzir o usuário a clicar em links que rou-bam as senhas do internauta e deixam na mão de estranhos informações privadas.

jUsTiçaLuis Felipe explica que, mesmo sem ter um código es-

pecífico para crimes na internet, a legislação brasileira já possui artigos para a maioria dos crimes cometidos online. “Seja em que ambiente for, digital ou não, os crimes de fur-to, roubo, injúria, extorsão e ameaça são passíveis de puni-ção da mesma forma. A internet não é uma terra sem lei” ,explica.

segurança

Há cuidados, mas é difícil proteger dados confidenciais na webFotos, conversas e dados podem ser acessados de várias formas por hackers

32

Page 34: 15 Maio 2012

o GloBo - P. 03 - 14.05.2012

33

Page 35: 15 Maio 2012

“É um serviço que favo-rece a fraude”, afirmou em O TEMPO, ontem, o coordena-dor das Promotorias de Defe-sa do Patrimônio Público, Le-onardo Barbabela. O serviço, essencial para a coletividade, é o de coleta e destinação do lixo urbano, que tem suas comple-xidades.

No Tribunal de Contas do Estado, foram abertos, de 2008 para cá, 96 processos de inves-tigação de contratos com o po-der público. Só na promotoria de Belo Horizonte, correm sete inquéritos, um deles, envol-vendo a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU).

A autarquia poderá ser processada por improbidade administrativa, por contratar uma empreiteira sem licitação para prestação de serviços de

varrição e coleta de lixo. Há suspeita de superfaturamento e fraude. A empresa foi doadora da campanha do ex-prefeito Pi-mentel.

Poder público e empreitei-ras se aproveitam da dificulda-de de contratar esses serviços para estabelecer uma parceria benéfica não só à coletividade. Primeiro, os serviços são essen-ciais. Segundo, existem poucas empresas com know-how e es-trutura para prestá-los.

Sendo assim, fica fácil ale-gar urgência, a fim de se dis-pensar a licitação. Depois, há a dificuldade de mensurar o serviço a ser executado e de estabelecer o valor da emprei-tada. Geralmente, os contratos são de valor alto e longo prazo, proporcionando grandes ga-nhos.

A maioria dos contratos contempla grandes empresas. Eles expõem a relação estrei-ta, umbilical mesmo, que estas mantêm com o Estado, funcio-nando como apêndice dele. São esses contratos que financiam as campanhas dos partidos e dos políticos.

Pelo menos um partido tem tirado maior proveito dessas contratações. O fato é notório. Não por acaso, recentemente, um empreiteiro advertiu o ex-presidente Lula sobre os efei-tos da CPI do Cachoeira, que poderá revelar a intimidade dessas relações com o gover-no.

O lixo é apenas o primeiro contrato - aquele que abre as portas para a fraude e a corrup-ção.

o TemPo - oN liNe - 15.05.2012

Portas da corrupção

Provavelmente, o abuso sexual de crianças e ado-lescentes por adultos existe desde que o mundo é mun-do. A literatura registra inúmeros casos, inclusive de quando essas relações faziam parte dos costumes so-ciais, constituindo uma etapa da educação dos jovens.

O avanço civilizatório veio condenar essas práti-cas, a partir dos registros de traumas deixados em adul-tos que sofreram essas experiências. Mais recentemen-te, crianças e adolescentes, que antes não tinham voz, passaram a ser ouvidos, relatando violências.

O Brasil tem, em 18 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças. Na ocasião, as autoridades exibem estatísticas. No dia a dia, porém, os meios de comunicação se encarregam de expor casos com cada vez mais frequência.

Recentemente, foi preso um ex-bancário acusado de 16 estupros contra meninas entre 6 e 12 anos nos anos 1990. Ele foi reconhecido por uma de suas víti-mas, hoje com 26 anos. Em seguida, houve os casos de um advogado e ex-juiz e de um instrutor de futebol.

A maioria dos casos, no entanto, não é exposta ao público porque se passa no recinto dos lares, praticada por parentes ou conhecidos, como padrastos, tios e vi-zinhos. Desses, 90% dos casos não chegam ao conheci-mento das autoridades. Só 10% são denunciados.

Essa violência sexual geralmente fica impune, ape-sar de a lei prever penas de até 15 anos de prisão. A dificuldade é o flagrante. Os criminosos moram com as vítimas e muitas vezes são provedores da família. Mes-mo com a denúncia, o acusado responde em liberdade.

Só agora é que esses criminosos estão sendo expos-tos à execração pública. A criação de canais de denún-cia, como delegacias especializadas de polícia e conse-lhos tutelares, estimula as comunidades a se mobiliza-rem na proteção de suas crianças e adolescentes.

Esse mal começará a ser erradicado quando todos tiverem consciência de que é um crime.

o TemPo - oN liNe - 14.05.2012

Abuso de imaturos

34