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Propriedade:Federação do Setor FinanceiroNIF 508618029

Correio eletrónico:[email protected]

Diretor:Delmiro Carreira – SBSI

Diretores Adjuntos:Aníbal Ribeiro – SBCCarlos Marques – STASHorácio Oliveira – SBSIMário Mourão – SBN

Conselho editorial:Firmino Marques – SBNPatrícia Caixinha – STASRui Santos Alves – SBSISequeira Mendes – SBC

Editor:Elsa Andrade

Redação e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 062/090Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 64.470 exemplares(sendo 5.470 enviados porcorreio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

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DOSSIÊ l Homenagem a mulheres sindicalistas 4Wanda Guimarães: "Estruturas têm de ser alteradas" 4Na primeira pessoa 6Debate com deputados: É urgente corrigir desigualdades 7

Atualidade l SINDICAL40 anos de sindicalismo livre 81.º de maio em Belém 9Manifestação em Bruxelas 9Secretariado da Febase analisa contratação 10Órgãos do sindicato único em debate 10UNI – Europa Finanças:Parceiros sociais devem participar na união bancária 11

CONTRATAÇÃO l SegurosPlano Individual de Reforma:o início das contribuições do empregador 12

CONTRATAÇÃO l BancaParvalorem vai avançar com novo processo de rescisões 13

QUESTÕES l JurídicasTrabalhadores bancários: que futuro? 14

Visto de fora l Glória RebeloCondições de trabalho em tempo de crise 16Coação moral e conflitualidade nas organizações 19

TEMPOS LIVRES l NacionalSão Pedro ajudou na primeira caminhada do ano 20Convívio comemora centenário do ex-BPSM 20

l STAS ActividadeSeguradora

l Bancários Sule Ilhas

l Bancários Norte24l Bancários Centro

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l EDITORIAL

Pé ante pé, o Governo lá foi conseguindo introduzirmedidas que acabam por subverter completamenteo xadrez da legislação laboral que vinha regendo o

mundo do trabalho no nosso País.Subserviente aos ditames da Troika, não se quis, todavia,

confinar às ordens recebidas do triunvirato que entrou poresse País fora para espalhar as mais diversas diatribes.Não. Por motivos que escapam a qualquer bom entende-dor – ou talvez não… – desatou a espadeirar a torto e adireito (mais a torto do que a direito, está bom de ver),legislando em matéria laboral sem rei nem roque.

E, se fosse para satisfazer alguma peregrina reivindicaçãodas associações empresariais, ao menos ficaria visível esseobjetivo. Mas nem isso. Ainda agora, quando se tratou daúltima proposta legislativa, o próprio patronato considerou-adespicienda.

Desta forma, o Executivo, que gasta tantas palavras a exortara um clima de negociação entre todos os agentes políticos esociais, foi o primeiro a dar uma machadada sabe-se lá comque consequências na concertação e no diálogo social.

Ao promover e aprofundar esta situação de insatisfaçãoe de instabilidade, ao mesmo tempo que insiste numaausteridade cujo dramatismo social as mais recentesestatísticas vieram agora tornar público de uma formainequivocamente brutal, o Governo apenas consegue au-mentar a conflitualidade, circunstância que, em nadacontribuindo para a harmonização da economia interna,exporta também sinais profundamente negativos para osnossos parceiros internacionais.

TEXTO: MÁRIO MOURÃO

Chegou a altura de as instituiçõesde crédito abandonarem atitudes

de chantagem, por um lado,e de miserabilismo, por outro,

acompanhando o posicionamentode elevado sentido de responsabilidade

que tem pautado o comportamentodos Sindicatos Verticais do setor à mesa

das negociações

Legislação, contratação e eleições

Num outro aspeto, importa referir que este ano de 2014é crucial para a banca e para os bancários, designada-mente no que à contratação coletiva diz respeito. Chegoua altura de as instituições de crédito abandonarem atitu-des de chantagem, por um lado, e de miserabilismo, poroutro, acompanhando o posicionamento de elevado sen-tido de responsabilidade que tem pautado o comporta-mento dos Sindicatos Verticais do setor à mesa dasnegociações – e não só…

Está em causa a negociação da convenção coletiva detrabalho dos bancários. Nesta, como em todas as nego-ciações, a responsabilidade, como referi, deve ser apalavra-chave que norteia as atitudes das partes. Pelonosso lado, já demonstrámos – temo-lo vindo a demos-trar ao longo dos anos – uma permanente abertura parao diálogo. Só que o diálogo tem de ser construtivo ecaraterizado por um elevado sentido de razoabilidade. Anossa disponibilidade, nesse contexto, mantém-se invio-lável…

Para terminar, gostaria de lembrar que é já no próximomês que se realizam as eleições para o ParlamentoEuropeu. Daqui exorto todos os colegas bancários a par-ticiparem nessa importante manifestação cívica, paraque possamos ter na União deputados verdadeiramenteconhecedores dos problemas dos trabalhadores portu-gueses e assim influenciarem as políticas europeias, nosentido de darem maior atenção ao Dossiê Social e deminimizarem os custos de uma austeridade que temvindo a empobrecer cada vez mais a nossa sociedade.

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SINDICAL l Atualidadedossiê

Obrigado!O agradecimento sentido marcou o tributo promovido

pela Comissão de Mulheres da UGT a um grupo de sindicalistasdo sexo feminino. A cerimónia teve o simbolismo

de se realizar na casa da democraciaTEXTO: PEDRO GABRIEL

Foram pessoas que dedicaram gran-de parte da sua vida ao sindicalismo,lutando pela igualdade de direitos

entre homens e mulheres na altura emque a democracia dava os primeiros pas-sos no pós-25 de abril. No âmbito dascomemorações do Dia Internacional daMulher, a Comissão de Mulheres da UGTdecidiu homenagear um conjunto de sin-dicalistas do sexo feminino. No dia 12 demarço, precisamente na semana da Mu-lher, o auditório do edifício novo da As-sembleia da República recebeu várias fi-guras, da política ao sindicalismo, para

sindicatos é a sua própria batalha deafirmação na sociedade".

A presidente da Comissão de Mulhe-res afirmou ainda que sendo a Repúblicarepresentada por uma mulher fazia todoo sentido que a homenagem ocorressena Assembleia.

Falando sobre a questão da igualdadesalarial, Lina Lopes referiu que, nos diasde hoje, as mulheres trabalham mais 65dias do que os homens, ganhando me-nos 18%. Pelo combate às desigualda-des e descriminação, deixou um profun-do agradecimento às homenageadas.

Gratidão

A secretária-geral adjunta da UGT,Paula Bernardo, aproveitou para saudara Comissão de Mulheres pelo trabalhoque tem vindo a realizar. "Esta iniciativahomenageia a luta persistente destasmulheres, que ousaram defender me-lhores condições de trabalho e direitosiguais numa sociedade predominante-mente masculina, contribuindo para quea UGT e os seus sindicatos sejam hojereconhecidos como estruturas funda-mentais na promoção da igualdade deoportunidades".

Já Dina Carvalho, secretária-geral ad-junta, afirmou que as mulheres são muitopouco valorizadas, embora tenham sidofeitos muitos progressos desde o 25 deabril. "Os homens adquiriram a liberda-de, as mulheres adquiriram a identida-de. As nossas homenageadas tiveram

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homenagearem Wanda Guimarães, Ma-nuela Teixeira, Elisa Damião, Maria doCarmo Fernandes, Raquel Noronha e, atítulo póstumo, Alice Martins e RicardinaGuerreiro. Uma solenidade com especialimportância para a Febase, já que duas dasdistinguidas estiveram na sua criação.

A cerimónia contou ainda com um painelde oradores composto pelos deputadosSónia Fertuzinhos e Marcos Perestrello, doPS, Pedro Roque e Laura Esperança, do PSD.

A primeira palavra de agradecimentosurgiu através de Lina Lopes, para quema "luta da mulher para ter espaço nos

"Estruturas têm de ser alteradas"

Febase - Como recebeu esta homenagem?Wanda Guimarães - Nunca aceitei nenhuma homena-

gem porque achei sempre que a minha missão era fazero melhor possível. Infringi esse princípio por ser umainiciativa da UGT e da Comissão de Mulheres. Entendi que

Após a homenagem, a sindicalista do SBSImantinha a serenidade própria de quem deu

tudo em prol da defesa dos trabalhadores

Wanda Guimarães:

o devia fazer em nome de todas as mulheres, não só as que têm lugares de destaque nos sindicatosou na Central mas sobretudo das mulheres anónimas que contribuíram, com grande empenho,trabalho e dedicação, para consolidar um projeto sindical que eu entendo ser fundamental nasociedade portuguesa.

P - Passou muitos anos ligada ao sindicalismo. Ainda ficou alguma coisa por fazer?R - Nas questões da igualdade há um manancial enorme de coisas por fazer. Pese embora os muitos

e importantes avanços que se deram depois do 25 de abril, a verdade é que quando lemos odocumento [sobre a Igualdade, feito em 1983], ele levanta questões que subsistem. São problemasestruturais e só existe uma maneira: alterar profundamente as estruturas da sociedade. As pessoastêm de caminhar numa plenitude de direitos, em direção à tal comunidade paritária e humana.

P - Essa alteração ainda está longe?R - Infelizmente está, e a crise veio agravar os problemas e trazer ao de cima as fragilidades de

todo um sistema, que se traduzem num empobrecimento dos trabalhadores. As bolsas de pobrezaforam sempre compostas, na sua maioria, por mulheres.

Homenagem a mulheres sindicalistas

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uma participação ativa na imagem e namelhoria das condições. No entanto, ocaminho a percorrer ainda é muito".

Dirigente carismática

A primeira homenageada foi Manue-la Teixeira, que não pôde estar presentena cerimónia. Coube a Manuela Felícioa honra de fazer a apresentação, afir-mando que os professores devem mui-to a Manuela Teixeira por "uma vidadedicada ao ensino, ao movimento sin-dical da área coletiva, à melhoria dascondições do trabalho e na dignificaçãoda profissão docente".

Primeira presidente do sexo femi-nino da UGT, foi secretária-geral daFederação Nacional da Educação (FNE)e representou durante vários anos oSindicato dos Professores da ZonaNorte (SPZN). "Manuela Teixeira foiuma dirigente carismática, contribu-indo para fazer da Federação e daUnião instituições de sucesso, sendoreconhecida não apenas pela sua ca-pacidade negocial mas também pelasua filosofia reivindicativa. Em todosos cargos que ocupou, fê-lo com umagrande competência, é por isso umexemplo para todas e para todos nós",referiu Manuela Felício.

Maria José Rangel representou Ma-nuela Teixeira na cerimónia e agrade-ceu em nome da homenageada "todasas referências feitas quer ao seu traba-lho quer à sua personalidade".

Uma ativista determinada

Wanda Guimarães começou a sua ativi-dade sindical ainda antes do 25 de abril de1974, no Sindicato dos Bancários do Sul eIlhas (SBSI). Subscreveu, em 1978, a CartaAberta, documento que deu origem à for-mação da UGT, onde foi dirigente durante20 anos. Em 1985 constituiu o Grupo deAção de Mulheres (GRAM) do SBSI. Noentanto, a sua influência não se esgotanestes cargos, como referiu Fátima Lopesao destacar o papel da homenageada nanegociação coletiva. "Imprimiu uma dinâ-mica que hoje se sente e que é necessárioque venha a ter mais presença de mulhe-res. (…) É uma ativista, uma mulher deter-minada e uma defensora intransigente daluta e da justiça social".

Wanda Guimarães mostrou-se muitofeliz com a distinção, revelando que "é aprova de que o sindicalismo no femininocria laços muito fortes que perduram aolongo dos anos".

A homenageada recuou até 1983 paraexplicar o processo de criação do Documen-to sobre a Igualdade de Oportunidades dasMulheres Trabalhadoras, terminando a suaintervenção com a frase que encerra odocumento: "Não se trata de substituiruma hegemonia masculina por uma femi-nina mas de conseguir uma possibilidadeigual para todos de determinar o seufuturo coletivo e individual e uma partici-pação igualitária nas estruturas do poder.Esta situação dialética necessita e criaránovas relações humanas, novas estrutu-

ras sociais, uma sociedade sem papéisdeterminados em função do sexo".

Presença feminina essencial

Secretária-geral do Sindicato de Escri-tórios de Setúbal, deputada e eurodepu-tada, Elisa Damião foi eleita em 1984para o Secretariado Executivo da UGT etornou-se na primeira coordenadora daComissão de Mulheres. Por sua iniciativaorganizou-se o primeiro Encontro Nacio-nal das Mulheres Trabalhadoras. "Umamulher de coragem, que sem medo en-frentou agruras e desafios", descreveuConceição Pinto na apresentação da ho-menageada.

Elisa Damião começou por arrancarsorrisos na plateia, ao afirmar que foigraças às "picardias" com Wanda Guima-rães que se conseguiu afirmar uma estru-tura. "O nosso objetivo principal era com-bater as desigualdades salariais, querondavam os 30%".

A homenageada fez notar que a pre-sença das mulheres nos sindicatos é es-sencial para se alcançar o equilíbrio. "Hámuitas situações em que não nos pode-mos escudar no nosso papel na família.Temos a família que constituímos e quesoubemos ou não mudar, portanto é pre-ciso mudar em várias frentes".

Sindicato democrático

Maria do Carmo Fernandes entrou nomundo sindical em 1977 como membro

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Paula Viseu, coordenadorado GRAM do SBSI, durante

a homenagem

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dossiêdo então Sindicato dos Técnicos Paramé-dicos, afeto à CGTP. Viria a demitir-se doisanos depois, em desacordo com o contro-lo sindical do PCP. Ingressa na UGT, par-ticipando no Congresso de 1979 comosócia independente. Posteriormente, dáinício à fundação do Sindicato dos Técni-cos Superiores de Diagnóstico Terapêuti-co, onde viria a ser secretária-geral de

2008, como "uma mulher de valores, ideiasfirmes, convicções e de palavra, que "lutousempre pela igualdade de direitos e deoportunidades".

Momento emotivo

O momento em que se prestou homena-gem a Alice Martins e Ricardina Guerreiro,já desaparecidas, foi o que mais emocionoua audiência.

Coube a Paula Viseu dizer umas palavrassobre Alice Martins, dirigente do SBSI comresponsabilidades em vários pelouros aolongo dos anos.

A atual coordenadora do GRAM referiuque "a preocupação [de Alice Martins] eraa igualdade dos direitos das mulheres epreocupou-se sempre em perceber o que sepassava nas fábricas".

Para Paula Viseu, Alice Martins "erauma pessoa sem protagonismo mascom muita tenacidade a defender osdireitos dos trabalhadores. Era umamulher muito sensata", confessou, vi-sivelmente emocionada.

Os dois filhos de Alice Martins, Nunoe Manuela, e a irmã, Fernanda, marca-ram presença nesta homenagem. "Esteé um momento de dor mas também dealegria e gratidão, a minha irmã foiextraordinária a representar as mulhe-res e os trabalhadores", confidenciouFernanda perante um misto de lágri-mas e aplausos oriundos da plateia.

A mesma emoção que se sentiu quan-do se homenageou Ricardina Guerreiro,dirigente da UGT de 2000 a 2013. Fran-cisco Pinto, secretário-geral do SINAPE,escreveu uma mensagem lida peranteo auditório, na qual destacou o percursoprofissional de Ricardina Guerreiro e asua luta na defesa dos trabalhadores.

Assunção EstevesPresidente da AR

"Admiro muito aqueles que fazem do seu trabalho umcombate e o sindicalismo é a ligação entre o trabalho eo combate, é uma forma de política e a política é umaforma de sindicalismo de ideias, sempre para o desígniofinal do bem comum. O combate exige-nos a todos umaentrega total, é isso que o sindicalismo tem feito emPortugal, não apenas no plano dos microcosmos empre-sariais mas também quando integram o grupo dosparceiros sociais."

Lucinda DâmasoPresidente da UGT

"Parabéns à Comissão de Mulheres por esta homenagema um grupo de sindicalistas que nos lembra todas as outrasque, com muito sofrimento, contribuíram para o crescimen-to e consolidação da UGT. Estas mulheres deram-nos econtinuam a dar força, fazem-nos sentir que vale mesmo apena lutarmos por aquilo em que acreditamos."

Lina LopesPresidente da CM da UGT

"É um orgulho fazer esta homenagem e posso agrade-cer a estas mulheres, porque foram elas que iniciaramesta carreira, foram elas que lutaram pelas mulheres. Sóespero poder dignificar o nome delas e continuar a fazero trabalho que elas fizeram."

Maria de BelémDeputada do PS

"Aquilo que faz a força de qualquer movimento é a lutapela justiça, se não houver reconhecimento da justiça dascausas pelas quais lutamos não conseguimos ganharnenhuma. E a especificidade da situação das mulheresperante o trabalho, a família e a sociedade é uma lutaprópria que deve continuar a ter relevância."

Na primeira pessoa

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1983 a 1999. Fez ainda parte do Secreta-riado Executivo da UGT, de 1988 a 2008.

Dina Carvalho referiu que Maria doCarmo Fernandes "sempre fez questão delevar o grupo profissional para a frente,demonstrando as suas capacidades e as-sumindo a sua importância a nível dasaúde e dos sindicatos".

Por seu turno, Maria do Carmo Fernan-des confessou ter saído do primeiro sin-dicato porque a mudança por dentro era"completamente impossível". Entrou naUGT com o objetivo de criar um sindicatonacional e democrático na sua área pro-fissional. "Procurei dar uma dignidade àclasse profissional a que pertencia", refe-riu, deixando uma palavra de agradeci-mento a Leonor Beleza e Maria de BelémRoseira, "dois grandes avanços para adignificação dos profissionais que repre-sentamos".

A homenageada considera que houveum grande retrocesso na evolução damulher. "Como é que uma mulher podepensar em ter filhos se o seu companhei-ro está no desemprego ou tem um em-prego precário? E ela própria não poderealmente exigir nada porque senão tam-bém fica no desemprego".

De alma e coração

Foi visivelmente emocionada que Ra-quel Noronha proferiu algumas palavras.Revelando ter sido "um choque tremendo"este tributo, a homenageada acrescentouque se dedicou sempre de alma e coraçãoao que acreditava e às pessoas com quemse cruzou, mas nunca pensou ter "tantomérito".

Antes, Catarina Marques tinha feito arespetiva apresentação, adjetivando Ra-quel Noronha, dirigente da UGT de 1983 a

Wanda Guimarães entre a assistência que encheu a sala

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Homenagem a mulheres sindicalistas

Precedendo a homenagem, realizou--se um debate subordinado ao tema"O Papel das mulheres sindicalistas

no passado e no futuro". Coube a PedroRoque, que já esteve ligado à UGT, abriro painel de oradores, destacando queesta iniciativa é "inteiramente justa por-que procura não só homenagear as pes-soas mas aquilo que elas simbolizam".

O deputado afirmou que esta é umaluta recente em Portugal, já que o 25 deabril de 1974 trouxe um conjunto dedireitos, liberdades e garantias a todos oscidadãos, mas com especial destaquepara as mulheres, a quem outros direitoseram sonegados.

Pedro Roque alertou para a questão daigualdade salarial, "que se deseja chegueo mais depressa possível", já que em seuentender "é algo que nos envergonha en-quanto País desenvolvido e democrático".

Antes de concluir, o deputado realçoutrês das homenageadas, com quem tra-balhou diretamente: Manuela Teixeira,"uma grande presidente da UGT, que dig-nificou bastante o movimento sindical";Wanda Guimarães, "que tem uma perso-nalidade forte e um trabalho vincado nãosó nas questões da igualdade mas emtudo aquilo em que se empenha emtermos da sua atividade sindical"; e Ma-ria do Carmo Fernandes, "que procuroudefender sempre a organização que re-presentava e os interesses dos técnicossuperiores de diagnóstico terapêutico".

Sociedade mais desenvolvida

Sónia Fertuzinhos dividiu a sua inter-venção em cinco pontos. O primeiro ser-viu para destacar o papel destas sindi-calistas: as mulheres veem nas home-nageadas "a simbologia de uma luta, deuma ambição, (…) de terem tido a cora-gem de defender ideais que estavam àfrente do tempo", disse a deputada do PS.

No seu segundo ponto, Sónia Fertuzi-nhos falou do papel do sindicalismo nocontexto da crise, afirmando que grandeparte do emprego feminino está presen-te em setores de trabalho intensivo, comcondições muito difíceis e que dependemmuito de um diálogo social forte.

O complicado momento que se vive nomundo do trabalho e na forma como asrelações laborais evoluem também foiabordado. No entendimento de SóniaFertuzinhos, muitos dos setores onde asmulheres trabalham dependem da forçada negociação coletiva, para elas pró-prias "conseguirem concretizar os seusdireitos e melhorar muitas das suascondições de trabalho".

O quarto ponto que a deputada apre-sentou divide-se em três áreas chavepara o trabalho dos sindicatos: a desi-gualdade salarial – "se hoje temos cadavez mais mulheres trabalhadoras commais qualificações, a verdade é que adesigualdade salarial é maior nas mulhe-res mais qualificadas. É um exemplo clarodos desafios que ainda temos de lutarpara alterar"; a natalidade aliada ao au-mento da participação das mulheres nomercado de trabalho; e a situação dasmulheres nos vários quadrantes da so-ciedade.

Sónia Fertuzinho terminou realçando ocontributo importante das homenagea-das. "Estas mulheres são maiores queelas próprias (…) e homenageá-las é

Debate com deputados

É urgente corrigir desigualdades

Deputados do PS e do PSDparticiparam no colóquio

"O Papel das mulheressindicalistas no passado

e no futuro". Foram unânimesem apontar o caminho da

paridade

afirmarmos que a defesa da igualdadeentre mulheres e homens é condição dedesenvolvimento".

Exemplo de sucesso

Laura Esperança citou o seu próprioexemplo para destacar como a apostanas mulheres para cargos superiores dáresultado. A deputada do PSD explicouque, aos 18 anos, aceitou dar continuida-de à empresa dos pais. Como responsá-vel pelos Recursos Humanos, foi "o rostode todas aquelas companheiras de traba-lho, que satisfeitas as suas necessidades,se percebia que eram mais felizes, ti-nham famílias mais estáveis e podiamcontribuir com o seu trabalho mais ativa-mente".

Para a deputada, "era importante fazercom que as empresas crescessem e queas pessoas pudessem ser motivadas egostassem de trabalhar".

Em relação à homenagem, Laura Espe-rança afirmou que "estarmos a reconhe-cer percursos de pessoas que lutaram emcondições muitas vezes adversas dá-nosalento para o futuro".

Estruturas progressistas

Já Marcos Perestrello focou a sua inter-venção na desigualdade entre homens emulheres e deu o exemplo de dois depu-tados, um do sexo masculino e outro dofeminino, que na mesma infração quecometeram (conduzir com uma taxa dealcoolemia superior ao limite) recebe-ram tratamento diferenciado, quer pelaopinião pública, quer pela própria comu-nicação social.

O deputado do PS considera que asociedade olha de maneira diferente paraas mulheres em situações em que ocomportamento é idêntico ao dos ho-mens. "As mulheres são sempre tratadasonde quer que estejam como uma mino-ria, apesar de serem a maioria".

Para Marcos Perestrello, a maior desi-gualdade entre homens e mulheres con-centra-se no acesso a cargos dirigentes ede administração.

O deputado afirmou ainda que, vendode fora, não considera os sindicatos comoestruturas particularmente progressis-tas na sociedade portuguesa, pelo que opapel das mulheres é precisamente con-trariar essa tendência.

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SINDICAL l Atualidade

40 anos de sindicalismo livreComemora-se este ano o 40.º

aniversário da Revoluçãodo 25 de abril, uma data

histórica para Portugal e comum significado muito especial

para trabalhadores e sindicatos.É o momento propício

para um balanço

Aliberdade conquistada com o 25 deabril foi fundamental para os tra-balhadores, sentida não só na sua

vida individual e coletiva mas tambémnos locais de trabalho.

E se os sindicatos eram uma realidadeantes do 25 de abril, foi sem dúvida coma Revolução que conseguiram alcançar aforça na defesa dos trabalhadores por quehá muito lutavam.

Após quase meio século de fascismocaraterizado por sindicatos corporativosfortemente dirigidos e vigiados, uma le-gislação laboral restritiva de direitos eum contexto de relações de trabalhoabsolutamente favorável aos emprega-dores, o sindicalismo do Portugal demo-crático tem tido um percurso singular.

TEXTO: ELSA ANDRADE

Marcado por uma intensa clivagempolítico-sindical e por uma luta contra aunicidade sindical que esteve na origemda cisão na CGTP e na constituição da UGT,só em ocasiões muito excecionais conse-guiu unidade na ação. Esta divisão explicao paralelismo de convenções no sistemade negociação coletiva nacional, único naEuropa.

O percurso não tem sido linear, feito deavanços e recuos em matéria de direitossociais e laborais. Da conquista do saláriomínimo e do direito à greve no pós-25 deabril, aos benefícios alcançados na nego-ciação coletiva e vertidos nas convenções– não é por acaso que em muitos setoresde atividade, como a banca, os emprega-dores estão a aproveitar a oportunidadeagora conferida pelo Código do Trabalhopara denunciar os IRCT, na expectativa deeliminar as regalias conquistadas pelossindicatos ao longo dos anos.

Os sindicatos, provam-no vários estu-dos, conseguem melhores compensações,pecuniárias ou não, para os trabalhado-res, em valores bem superiores aos queseriam obtidos sem a sua intervenção àmesa negocial ou através da luta – ochamado prémio sindical. Mas não rarasvezes esses ganhos são atribuídos pelasempresas a sindicalizados e não sindi-calizados, levando trabalhadores a opta-rem por receber os benefícios sem o encar-go da quotização. Esse egoísmo contabi-lístico de custo-benefício reflete-se num

progressivo decréscimo da taxa de sindi-calização, retirando poder aos sindicatos.É o reverso da medalha da democracia: asindicalização antes da Revolução eratotal, por obrigatória.

Não nos iludamos. Também houvemarchas-atrás. A intensificação da globa-lização tem provocado profundas trans-formações no mercado de trabalho, coma concentração de capital, a privatizaçãode serviços, o encerramento e deslocali-zação de empresas e a consequente des-regulamentação e flexibilização das rela-ções de trabalho. Crescem as formas detrabalho precário como o trabalho a tem-po parcial, temporário, domiciliário, arecibos verdes ou os falsos estágios.

Os governos tendem a restringir por vialegal direitos laborais e regalias sociais,no intuito de criar condições privilegiadaspara atrair capital estrangeiro.

Ao longo destes 40 anos já se perderamdireitos. Mas não como neste presenteesmagador. A pretexto da crise, está mon-tada uma gigantesca trituradora que pul-veriza o emprego, os subsídios sociais, osdireitos. Aumentam os despedimentos eos seus critérios legais, as rescisões, oshorários de trabalho na razão inversa emque diminuem os salários, os feriados, opagamento do trabalho extraordinário…

Em 40 anos muito se conquistou emuito se perdeu. Estamos dispostos aaceitar que prossiga esta curva descen-dente?

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Atualidade l SINDICAL

Belém acolhe 1.º de maio da UGT

A central sindical voltaa comemorar o Dia do

Trabalhador junto a Belém.No mês em que a troika diz

adeus ao País, espera-se umaparticipação maciça

TEXTO: PEDRO GABRIEL

Oprimeiro dia de maio tem vindocada vez mais a revestir-se deuma importância extrema, quer

pela carga simbólica que acarreta querpelas penalizadoras medidas que ati-ram os cidadãos para um empobreci-mento forçado.

E como o Dia do Trabalhador é feito deluta mas também de comemoração, aUGT vai organizar uma verdadeira festa

Manifestação em Bruxelas

Europeus unidos contra a austeridadeMais de 100 mil pessoas

desfilaram no centro políticoda União Europeia exigindomais emprego e igualdade.A Febase esteve presente,

integrando a delegação da UGT

Amanifestação da Confederação Eu-ropeia de Sindicatos (CES) juntouem Bruxelas, no dia 4 deste mês,

mais de 100 mil trabalhadores e dirigen-tes sindicais de 21 países, em protestopela austeridade que está a destruir oemprego e o modelo social europeu.

O desespero dos trabalhadores estevepatente no desfile, que registou algunsprotestos mais veementes.

Os líderes sindicais exigiram um novorumo para a Europa, com mais investi-mento, empregos de qualidade, igualda-de e justiça social.

A UGT esteve representada na euroma-nifestação através de uma grande dele-gação liderada pelo secretário-geral, na

junto a Belém. A partir das 11h00realiza-se um colóquio relacionado como 1.º de maio em 40 anos de democra-cia, em que será abordada a evoluçãodeste dia numa perspetiva histórica.Este debate antecede um almoço deconfraternização, ideal para estreitarlaços e fomentar o convívio entre to-dos. Vários tipos de animação estãoigualmente garantidos durante todo odia.

Na parte da tarde, não faltarão ashabituais palavras de ordem bem comoos discursos de Carlos Silva e da presi-dente da UGT, Lucinda Dâmaso. Na suaintervenção, o secretário-geral da UGTnão deixará de voltar a apelar ao au-mento do salário mínimo, tendo jáafirmado que levará esta questão "atéàs últimas consequências".

O encerramento do Dia do Trabalha-dor ficará a cargo do cantor CarlosAlberto Moniz, cujo reportório de mú-sicas fará reavivar, ainda mais, o espí-rito de luta e liberdade característicosdeste dia.

nomias. Essa tem de ser a prioridade doslíderes e dos governos europeus".

O líder da central sindical exigiu que aEuropa volte a colocar a solidariedade nocentro das suas políticas. "Não podemosdesmantelar a Europa social, nem permi-tir o aumento das desigualdades", frisou.

"Chegou a hora de todos os europeus seunirem e gritarem a uma só voz por maisdireitos e melhores condições de vida",exortou Carlos Silva.

qual marcaram presença dirigentes dosSindicatos da Febase.

Na sua intervenção, Carlos Silva lem-brou que ao fim de cinco anos de crise naEuropa "os cidadãos continuam a vivernum clima de incerteza económica esocial em que o desemprego, a preca-riedade, as desigualdades sociais e apobreza arruinaram a vida de muitos",pelo que se "torna urgente combater arecessão e a estagnação das nossas eco-

TEXTO: INÊS F. NETO

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SINDICAL l Atualidade

Contas de 2013 aprovadas

Secretariado da Febase analisa contrataçãoGrupo negociador da Febase

vai apresentar ao Secretariadouma proposta estratégica

sobre negociação coletiva atéfinal do mês

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

OSecretariado da Febase, reunidodia 8 no Porto, apreciou as infor-mações de ordem genérica presta-

das pelo coordenador do grupo negociadorda contratação coletiva, Paulo Alexandre.

A matéria comunicada, pela relevân-cia de que se reveste, suscitará umareunião posterior do grupo, que a ana-lisará pormenorizadamente e elabora-rá uma proposta a apresentar ao Secre-tariado, a fim de ser debatida em reu-

Órgãos do sindicato único em debateComissão de elaboração

dos estatutos optou por iniciaros trabalhos pela definição

da estrutura de baseda futura organização

TEXTO: DELMIRO CARREIRA

AComissão nomeada pelas Dire-ções do SBC, SBN, SBSI e STAS paraelaborar os estatutos do futuro

sindicato único do setor financeiro rea-lizou a sua segunda reunião no dia 8deste mês, no Porto. No encontro vol-taram a ser abordadas questões consi-deradas por alguns dos seus membroscomo prévias à análise e redação dosdispositivos estatutários.

Após ter sido já objeto de análisepelas Direções sindicais a problemáti-ca respeitante à metodologia do pro-cesso de fusão, situação patrimonial eintegração dos atuais três SAMS, a Co-missão considerou ser prioritário o de-bate de outras matérias.

Assim, nesta reunião assumiu parti-cular importância a discussão em tornodo que fazer caso algum dos sindicatosnão esteja interessado em participarno processo ou os seus órgãos estatu-tários não tenham aprovado a fusãocom as outras organizações.

Foi entendido que se poderia começara análise da estrutura, ou seja, de quaisos órgãos do novo sindicato e respetivacomposição, colocando em cima da mesapara reflexão das Direções dos atuaisSindicatos o tema anteriormente abor-dado após a Comissão ter terminado asua análise à estrutura.

Nesse sentido foi distribuído a todosos membros da Comissão um documen-to que integra um conjunto variado desugestões para a definição da estruturabase, o qual será objeto de discussão naspróximas reuniões da Comissão.

Acelerar o processo

Recorde-se que os quatro Sindicatostêm já compromissos para a criação dosindicato único e, face ao atual momen-to laboral e sindical, as respetivas Dire-ções têm manifestado a intenção de

acelerar o processo da sua constitui-ção.

Nesse sentido, o trabalho da Comis-são revela-se da maior importânciapara a concretização do projeto, cujarealidade é uma antiga ambição dosbancários e contribuirá para reforçar aintervenção dos trabalhadores, agluti-nados numa só estrutura sindical.

A Comissão responsável pela re-dação dos estatutos do futuro sindi-cato único é composta por 12 ele-mentos, designados pelas respeti-vas Direções sindicais:

SBSI: João Gonçalo Ferreira, Rui San-tos Alves, Fernando Martins e DelmiroCarreira;

SBN: Teixeira Guimarães, VitorinoRibeiro, Carlos Nobre, Joaquim Oliveira;

SBC: Aníbal Ribeiro e Freitas Simões;STAS: José Pais e José Val Figueira.A seu pedido, o SISEP vai passar

também a integrar a Comissão.

nião extraordinária convocada para fi-nais do corrente mês.

O Secretariado aprovou também ascontas de 2013, tendo deliberado apro-var também, com uma abstenção, uma

contribuição extraordinária, destinadaa prover custos com situações que, porinesperadas dadas as próprias carate-rísticas da atividade sindical, não sãosuscetíveis de orçamentação prévia.

A Comissão

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Atualidade l SINDICAL

Proposta da UNI-Europa Finanças

Parceiros sociais devem participarna união bancária

A organização sindicalquer ter um papelativo no processo

de regulamentação da novaestrutura de supervisão

TEXTO: INÊS F. NETO

As questões de transparência e con-sulta têm sido sempre uma preo-cupação para a UNI-Europa Finan-

ças e agora que a estrutura da uniãobancária avança a organização sindicalpretende não ficar fora do processo.

Assim, e face à transferência da toma-da de decisões da Comissão e do Parla-mento Europeu (PE) para o Banco CentralEuropeu (BCE), a UNI-Europa Finançasconsidera imperativo que os parceirossociais possam desempenhar o seu papelno processo de regulamentação. Tantomais que a responsabilidade democráti-ca da nova estrutura de supervisão foireforçada pela via legislativa.

"Graças aos esforços do PE no acordocelebrado com o BCE em dezembro de2013, existem já medidas de responsabi-lização externa mais fortes", frisa a orga-nização em comunicado.

A UNI-Finanças sublinha que a uniãomonetária destina-se a reforçar a toma-da de decisão comum, assumir uma res-ponsabilidade coletiva sobre os bancos e

reduzir o risco crescente de fragmenta-ção dos mercados bancários da UE.

"Dado o peso do sistema financeiro nosprincipais países europeus, uma supervi-são eficiente é de extrema importância ea criação do mecanismo único de super-visão bancária é um elemento importan-te", acrescenta.

Recorde-se que o BCE vai ter um papelcentral, agindo em estreita cooperaçãocom as autoridades nacionais de supervi-são. Dos seis mil bancos europeus, 128estarão sob a responsabilidade de super-visão direta do BCE.

Diálogo social

Face a todas estas alterações, o diálo-go social do sistema europeu dos bancoscentrais é ainda mais importante e aUNI-Europa Finanças está empenhadana discussão das matérias com relevân-cia para os trabalhadores. É o caso dacontratação de equipas, necessariamen-te em número elevado para concretizar anova função de controlo comum do BCE edos bancos centrais nacionais.

Nesse âmbito, realizou-se uma reu-nião em Frankfurt para debater os contra-tos de trabalho, a independência dasautoridades de controlo e as condições deemprego. "Estas questões foram coloca-das na mesa de uma forma verdadeira-mente aberta", refere a UNI-Finanças.

Do mesmo modo, tiveram lugar váriasreuniões especiais de consulta aos sindica-

Ute Meyenberg, especialista da UNI-Euro-pa Finanças, participou num debate com doisrepresentantes da Comissão Europeia sobreunião bancária, que se realizou em França.

A iniciativa partiu da Vida Nova, umaassociação com sede em França, Luxembur-go e Bélgica, que tem como objetivo a edu-cação e troca de informações sobre questõeseuropeias.

Apesar da natureza técnica do assunto, odebate contou com um público interessadoe participativo de cerca de duas centenas defranceses (sindicalistas e sociedade civil).

A UNI aproveitou a oportunidade parademonstrar que os sindicatos europeus sãointervenientes ativos nas políticas europeias– mesmo em áreas específicas como finan-ças – bem como para dar a conhecer as suasatividades nesta área.

Sensibilizar a população

tos, unicamente dedicadas ao debate domecanismo único de supervisão bancária.

"Em fevereiro, o Parlamento Euro-peu votou o mecanismo único de reso-lução, no qual a UNI-Europa Finançasviu incluídas todas as suas propostasde alteração", refere a organização,congratulando-se com a posição do PE,pois "é importante que os funcionáriossejam tratados com respeito no difícilprocesso de resolução".

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CONTRATAÇÃO l Seguros

Plano Individual de Reforma:o início das contribuições do empregador

A constituição do PIRé uma das maioresvantagens obtidas

na contratação coletivanos últimos 20 anos

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS*

Na edição anterior e sob o título"Há seguradoras que incum-prem no dever de informação",

o STAS abordou a falta de informaçãoque era devida pelas seguradoras,quanto ao valor atual correspondenteao PIR-Plano Individual de Reforma.

Entretanto algumas seguradoras fi-zeram essa comunicação aos colabo-radores abrangidos pelo Contrato Co-letivo de Trabalho para a AtividadeSeguradora.

A este propósito e confirmando naíntegra o que sempre se referiu, a

criação do PIR é substancialmentemelhor que o sistema de pensões dereforma previsto no anterior CCT e éatribuído a todos os trabalhadores, oque não acontecia anteriormente emrelação a quem tivesse sido admitidoposteriormente a 22 de junho de 1995.

É sem sombra de dúvidas uma dasmaiores vantagens obtidas na contra-tação coletiva nos últimos 20 anos,pelo que representa de individualiza-ção e expressão garantida de um direi-to que anteriormente era meramenteexpectável e, na maior parte dos ca-sos, sem significado no momento dareforma, não perdendo de vista ascaracterísticas únicas que nele estãocontidas.

A todos os trabalhadores sindicali-zados no STAS, que com a sua perseve-rança e elevado sentido de responsa-bilidade nos ajudam diariamente, ex-pressamos os nossos agradecimentose a manifestação de continuarmos alutar diariamente pela melhoria dassuas condições.

Aos não sindicalizados nos sindica-tos subscritores, que tendo aderido aoCCT para a Atividade Seguradora estãoagora a beneficiar de algo para o qualem nada contribuíram, uma palavrade incentivo à sindicalização no STAS,única forma de se poder ter força ne-gocial para continuar a lutar pela me-lhoria dos direitos dos trabalhadoresde seguros.

Em suma e sem falsas modéstias,verifica-se que o atual CCT representauma novel etapa na vida dos trabalha-dores da atividade seguradora e con-tinuamos convictos que servirá de ca-talisador para a construção de um fu-turo melhor.

Ao mesmo tempo afirmamos que,tendo sido modernizado, o CCT permi-tirá a garantia dos nossos legítimosdireitos em termos económicos e so-ciais.

Contem sempre com o STAS!

*Vice-Presidente do STAS

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Banca l CONTRATAÇÃO

Parvalorem vai avançarcom novo processo de rescisões

A Febase reclamaque o plano de rescisões

por mútuo acordo seja abertoa todos os trabalhadores

da empresa

TEXTO: INÊS F. NETO

Após ouvir os trabalhadores da Par-valorem nas deslocações efetua-das aos locais de trabalho e as

suas estruturas representativas, a Fe-base – em representação do SBC, SBN eSBSI – solicitou uma reunião à Parvalo-rem.

O encontro com o presidente do Con-selho de Administração (CA) teve lugarno dia 1 e foi solicitado pela Federaçãocom o objetivo de debater diversosassuntos de interesse para os trabalha-dores daquela instituição.

Entre os vários temas, foi abordado oinquérito relativo ao curriculum vitae(C.V.), que tem suscitado dúvidas aostrabalhadores quanto à sua finalidade eurgência de resposta – até 31 de março.

Questionado pelos Sindicatos da Fe-base, o presidente do CA esclareceu queo inquérito destina-se apenas à atuali-zação das fichas individuais dos funcio-nários, pois com as mudanças ocorridasalguma dessa informação extraviou-se.Trata-se somente de um processo dereorganização dos serviços da DRH, fri-sou, adiantando que o prazo impostodeve-se ao facto de essas falhas coloca-rem a instituição numa situação deilegalidade face à legislação em vigor.

Tendo em conta esta clarificação, aFebase nada tem a opor ao preenchi-mento do inquérito pelos trabalhado-res, desde que nele sejam referidasexpressamente as funções desempe-nhadas na empresa por atribuição darespetiva direção.

Os Sindicatos alertam ainda os traba-lhadores para que no seu currículo refi-ram toda a atividade bancária exercidaao longo da sua carreira, independente-mente da instituição onde foi executada.

Melhorar condições

Relativamente ao processo das resci-sões por mútuo acordo destinado aos

No que se refere à majoraçãodos salários devido à integraçãona Segurança Social dos bancáriosda Parvalorem e respetivo au-mento dos descontos, novo pro-cesso judicial está pendente noTribunal do Trabalho do Porto. Aaudiência das partes está marca-da para dia 29 de abril.

Decorre um processo semelhan-te envolvendo os trabalhadoresdo BPN Crédito, cuja situação é amesma. A audiência das partesdecorreu dia 9.

trabalhadores com processo judicialcontra a instituição, a empresa infor-mou que foi reduzido o número de tra-balhadores a aderir.

O presidente da Parvalorem adiantouque após o ajustamento do organigra-ma da instituição ao novo objeto socialirá decorrer um segundo processo derescisões por mútuo acordo.

Os Sindicatos reclamaram a sua aber-tura a todos os funcionários da institui-ção, bem como uma melhoria nas con-dições a serem apresentadas, nomea-damente no que diz respeito ao valordas indemnizações.

A Febase questionou o responsávelda Parvalorem sobre que futuro está aser desenhado para a empresa ao nívelde efetivos, ficando a saber que numaprimeira fase deverá ser asseguradacerca de centena e meia de postos detrabalho, prevendo-se, posteriormen-te, uma nova redução de trabalhado-res.

Fundo de Pensões

Os Sindicatos manifestaram ainda asua oposição à dualidade de critérios daCaixa Geral de Aposentações (CGA) nacontagem do tempo de serviço paraefeitos de reforma.

Os Sindicatos defendem que a interpre-tação da CGA não está de acordo com asdisposições constantes no plano de refor-mas do Fundo de Pensões do ex-BPN,posição também subscrita pela Parvalo-

rem e, segundo informações chegadas àFebase, igualmente pela empresa gesto-ra do Fundo de Pensões e pelo Instituto deSeguros de Portugal (ISP).

Em consonância com esta posição, aFebase solicitou já reuniões ao presi-dente da CGA, bem como aos secretá-rios de Estado do Tesouro, da Adminis-tração Pública e da Segurança Social,com o objetivo de clarificação do decre-to-lei n.º 88/2012, de 11 de abril, queprocedeu à transferência do Fundo dePensões para a CGA, e à rápida resolu-ção deste problema.

Ações judiciaisdo ex-Grupo BPN

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QUESTÕES l Jurídicas

Trabalhadores bancários:que futuro?

Importa que os trabalhadores saibam quaisas consequências de cada uma das formas de cessação

do contrato de trabalho e quais as posições a tomar peranteuma proposta do banco

TEXTO: ANTÓNIO BAPTISTA*

Trabalhar no sector bancário, inde-pendentemente da Instituição, eraaté há poucos anos uma garantia

de estabilidade no emprego quase sepodendo dizer que trabalhar num bancoera sinónimo de "emprego para a vida".Em bom rigor, pode afirmar-se que nãohavia desemprego na banca.

Justiça seja feita aos bancos que, deum modo geral, não recorriam ao des-pedimento fácil dos seus trabalhado-res, antes procuravam resolver inter-namente as chamadas vicissitudes con-tratuais.

Mas os tempos mudaram e por issotambém a banca mudou e aquilo queera a precariedade no emprego noutrossetores de atividade chegou, infeliz-mente, à banca.

É assim que assistimos à chamada"reestruturação" dos bancos, que maisnão é do que promover o despedimentodos trabalhadores ora recorrendo aodespedimento coletivo, à extinção do

posto de trabalho, aos apelidados "acor-dos" de revogação do contrato de tra-balho, às rescisões destes medianteindemnização ou nalguns casos, pou-cos, à passagem à reforma.

É neste contexto que importa que ostrabalhadores saibam quais as conse-quências que decorrem para si de cadauma destas formas de cessação do con-trato de trabalho e quais as posições atomar perante uma proposta do banco.

Perda do SAMS

Com exceção da passagem à refor-ma, todas as demais formas de cessa-ção do contrato de trabalho implicam ocorte com o setor bancário, com tudo oque isso implica, designadamente aonível da perda da qualidade de associa-do do Sindicato em que cada trabalha-dor estiver filiado e da perda da quali-dade de beneficiário ou utente do SAMSe dos seus familiares.

Convenhamos que nos dias de hoje aperda do SAMS representa um prejuízoatual e futuro de valor inestimável,principalmente numa altura em que aresposta do Serviço Nacional de Saúdenem sempre corresponde às necessi-dades dos seus utentes, sendo que oSAMS não pode continuar a atribuirbenefícios sem a correspondente en-trada de contribuições quer dos benefi-ciários quer das Instituições de Crédito.Esta realidade não é minorada pelofacto de um ou outro banco proporacordos temporários de descontos parao SAMS porque no final o trabalhadorperde efetivamente a qualidade debeneficiário.

Que fazer numa rescisão

Isto significa que a primeira coisa queum trabalhador bancário que seja abor-dado para a cessação do seu contratode trabalho deve saber é que não éobrigado a aceitar a proposta do banco,por mais aliciante que a mesma possaparecer. E não aceitando, mantém o seuvínculo laboral intacto.

Ma se decidir analisar a proposta que lheé feita, qual a posição que deve tomar?

Antes de mais, não deve aceitar pra-zos de resposta do tipo ultimatos comdia e hora certa para uma resposta(normalmente curta), sob pena de jánada poder fazer. Trata-se, como é bem

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Questões l JURÍDICAS

de ver, de um ardil que visa coagir otrabalhador na tomada da sua declara-ção de vontade sem a necessária pon-deração e aconselhamento.

Por outro lado, o trabalhador devesempre exigir que a proposta lhe sejafeita por escrito com a inclusão detodos os elementos essenciais quepossam ser tidos em conta na decisão,a saber:

a) Data da cessação do contrato.Este elemento releva para efeitos dosvalores a pagar a título de retribuiçãomensal e proporcionais dos subsídiosde férias, Natal e da retribuição deférias, não esquecendo que se há fériasnão gozadas têm as mesmas de serpagas;

Valor da indemnizaçãoe prazo de pagamento

b) Valor da indemnização a pagar,incluindo o valor isento de tributação –quer em sede de IRS quer em sede deSegurança Social (convém ter presenteque os trabalhadores bancários foramintegrados na Segurança Social a partirde 1 de janeiro de 2011) – e o valor nãoisento. Neste particular, chama-se àatenção dos trabalhadores que presta-ram a sua atividade em diversas Insti-tuições de Crédito para que verifiquemse a sua antiguidade no setor bancáriofoi tido ou não em consideração no

número de anos a considerar no cálculoda indemnização.

É que, nesta matéria, as surpresasabundam porque em muitas situaçõesos bancos não consideraram ou restrin-giram, ao nível do contrato individualde trabalho, a antiguidade decorrentedo tempo de serviço prestado a outrosbancos. Ainda neste particular do cál-culo da indemnização, deve-se averi-guar se o banco apurou a base de cálcu-lo da retribuição a ter em conta multi-plicando a mesma por 14 meses e divi-dindo por 12. Deve dizer-se que, paraefeitos de isenção do IRS, a AutoridadeTributária tem reconhecido esta formade cálculo, a qual acaba por se traduzirnuma diferença significativa para mais;

c) Prazo e a forma de pagamento daindemnização e dos créditos vencidos:tem havido situações de bancos quepropõem o pagamento não de uma sóvez mas por fases, o que não se podeadmitir. De facto, no ato da assinaturado acordo o valor a pagar tem de ser, deimediato, colocado à disposição do tra-balhador;

d) A questão fiscal subjacente à in-demnização a receber tem de ser vistacom todo o cuidado, porque muitasvezes um valor indemnizatório aparen-temente significativo pode redundarnum valor a receber significativamenteinferior tendo em conta uma eventualalteração de escalão em sede de IRS e

tendo em conta que nos casos dos tra-balhadores casados os rendimentos docônjuge não podem deixar de ser tidosem conta para além de rendimentos deoutra natureza, designadamente patri-moniais ou mesmo de capitais. É que orendimento coletável a tributar pelaAdministração Fiscal resulta da somade todos os rendimentos auferidos. Ostrabalhadores devem estar atentos àssimulações que lhes são apresentadasque, na maioria dos casos, apenas re-fletem os rendimentos do trabalhadorauferidos ao serviço da Instituição. Ten-do em conta que é a Autoridade Tribu-tária quem, em última análise, procedeà liquidação do valor a pagar em sedede IRS, não será despicienda a consultaprévia à referida Autoridade;

Subsídio de desemprego

e) Prestações de desemprego: É im-portante que os trabalhadores saibampreviamente se têm direito às presta-ções de desemprego no imediato, emque montante e durante quanto tempo.É que, sendo os bancos empresas commais de 250 trabalhadores ao seu ser-viço, estão limitados legalmente noque diz respeito à cessação do contratode trabalho por mútuo acordo com fun-damento em motivos de reestrutura-ção que confira direito às prestações dedesemprego. Por isso, uma consultaprévia ao Centro de Emprego pode aju-dar à tomada de decisão.

De resto, bem se pode dizer que,tendo em conta o número de trabalha-dores que cessaram os seus contratosde trabalho nos últimos três anos, osbancos se encontram tapados. Por isso,só com autorização do Ministério doTrabalho e da Segurança Social serápossível abrir a possibilidade de atri-buir prestações de desemprego.

Casos há em que alguns bancos majo-ram a indemnização com o valor queseria devido a título de prestações dedesemprego em função da limitação aci-ma referida. Todavia, alerta-se que essasolução só resolve uma parte do proble-ma que é o pagamento, mas não resolvea questão da contagem do tempo deatribuição de prestações de desempregoser considerado pela Segurança Socialpara efeitos de carreira contributiva, oque tem reflexos no cálculo de uma futurapensão de reforma a pagar pelo CentroNacional de Pensões.

São estes, em resumo, alguns conse-lhos que aqui se deixam aos trabalha-dores que sejam abordados.

*Advogado do SBSI

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Visto de fora

A tendência para a segmentação do mercado de trabalhoparece acentuar-se em Portugal: em 2013 registou-se um

decréscimo do número de pessoas que tinham um contratode trabalho sem termo e um aumento do número de

trabalhadores com contrato de trabalho com termo, alerta asocióloga neste artigo, escrito em exclusivo para a revista

Febase

Omundo mudou muito na últimadécada e, desde logo, se a globa-lização potencia um inédito con-

tacto entre povos, pessoas e empresas,potencia, igualmente, a incerteza. Aeconomia portuguesa em particular estásujeita a uma forte concorrência inter-nacional e esta crise financeira interna-

Globalização e precarização do emprego

Condições de trabalho em tempo de

GlóriaRebelo

cional – que, recorde-se, teve origemno subprime – teve um forte impactonas empresas, e em especial nas con-dições de trabalho. Assim, no atualcontexto socioeconómico do País falarem "condições de trabalho" implica ne-cessariamente analisar, por um lado, omovimento de precarização do traba-

lho e de segmentação do mercado detrabalho, a evolução do desemprego.

Dito isto, atente-se no movimentode precarização do emprego. Sugerin-do a ideia de transitório, instável, in-seguro, a precariedade reflete a ideiade elevada probabilidade de desem-prego. Assim, a precariedade abrange

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l Glória Rebelo

termo e um aumento do número detrabalhadores com contrato de traba-lho com termo.

Trabalho parcialem função do sexo*

De facto, e como o reconhecem di-versos estudos internacionais (desig-nadamente os da Fundação Europeiapara a Melhoria das Condições de Vidae de Trabalho), as tendências globaispara o trabalho há muito que indicamque a precariedade integra um con-junto de relevantes transformaçõessocioeconómicas, tornando os mer-cados de trabalho mais segmentadose acentuando desigualdades socioeco-nómicas.

Por exemplo, se bem que o recursoao trabalho a tempo parcial possa re-fletir as preferências pessoais e ajudara entrar (ou a regressar) ao mercadode trabalho, a verdade é que diversosestudos vão demonstrando que ho-mens e mulheres não fazem a mesmautilização do tempo de trabalho.

A percentagem de trabalhadores daUE-27 cujo principal emprego era atempo parcial aumentou de 16,2% em2001 para 19,5% em 2011, sendo amais elevada na Holanda (de 49,1%),seguida do Reino Unido, Alemanha,Suécia, Dinamarca e Áustria, paísesonde o trabalho a tempo parcial repre-senta cerca de um quarto do empregototal (de 25% a 27%).

E a incidência do trabalho a tempoparcial difere significativamente emfunção do sexo: em 2011, 32,1% dasmulheres com emprego na UE-27 tra-balhava a tempo parcial, percenta-gem muito mais elevada do que a doshomens (9,0%). Acresce que, por exem-plo, o recurso ao trabalho a tempoparcial junto das mulheres aumentacom o número de crianças, o que nãoacontece com os homens. Na UE umterço das mulheres-mãe de um filho emetade das mulheres mães de trêsfilhos trabalham a tempo parcial, en-quanto a proporção de homens queocupam este tipo de emprego variapouco em função do número de filhos.

E se, em geral, o trabalho a tempoparcial é visto de forma positiva seexercido voluntariamente (ou seja, semser imposto). Contudo, o que teorica-mente fora considerado como uma es-colha dos trabalhadores (e mesmouma reivindicação) tende a transfor-mar-se, em muitos casos, num cons-trangimento ditado pela falta de em-prego a tempo completo.

Mães e trabalhadoras

E se a percentagem de mulheres tra-balhadoras a tempo parcial aumentade forma significativa, esta evoluçãotraz para as mulheres um redobrar daprecariedade: muitas mulheres que têmum emprego de duração determinada(a termo ou temporário) trabalham atempo parcial e, no conjunto, acumu-lam trabalho provisório com trabalho atempo parcial. Em consequência, a ex-pansão do trabalho a tempo parcial naUnião Europeia tem sido desigual e, deum modo geral, parece ser perigosa a"tentação" para assim se estabeleceruma dupla gestão do trabalho.

Esta diferença ilustra bem a relativaambiguidade do trabalho a tempo par-cial. Para as mulheres, a vida em casalinduz a profundas transformações naorganização da vida de homens e demulheres, nomeadamente nos casosem que estas dedicam mais tempo aosseus familiares enquanto os seus mari-dos investem na sua vida profissional.

A presença de crianças no lar induz anecessidades contraditórias: um desejode mais tempo livre para se ocupar delas– nomeadamente quando ainda são pe-quenas – mas, igualmente, uma neces-sidade de recursos acrescida. Assim,para as mulheres com crianças comidades baixas a probabilidade de aceitarum emprego com um horário de traba-lho parcial e não compensado parecemais elevada do que para as mulheressem crianças. Tal situação não pareceobservar-se junto dos homens: na estru-tura familiar, o papel destes será "o deservir as necessidades da família" peloque para eles o constrangimento finan-ceiro revela-se ainda mais forte que aaspiração ao "tempo livre".

Idade como fator penalizador

Em 2011 a OCDE – num documentoque intitulou "A Grande Recessão dopós-guerra" – realçava que a destruiçãode emprego não atingia, com a mesmaintensidade, os diferentes países daZona Euro.

Por exemplo, ao nível do emprego, aAlemanha está melhor do que antes doinício da crise em 2008, assistindo-se auma diminuição progressiva da taxa dedesemprego desde então até à atuali-dade; também a Áustria, a Holanda ouo Luxemburgo conseguiram conter, comsucesso, durante estes anos de crise, oaumento do desemprego.

Já outros países, como a Grécia, aEspanha, Irlanda e Portugal viram as

crisea atividade por conta de outrem – deque os contratos a termo e os contra-tos de trabalho temporário são exem-plo – e o trabalho independente.

E Portugal tem das mais altas taxasda União Europeia de contratos de tra-balho de duração limitada, como oscontratos de trabalho a termo e tem-porários. Segundo o Eurostat, na UniãoEuropeia a Polónia, a Espanha e Portu-gal são os países com a mais elevadapercentagem de trabalhadores vin-culados mediante contratos de traba-lho de duração limitada.

E, em Portugal, esta tendência paraa segmentação do mercado de traba-lho parece acentuar-se, uma vez queao longo de 2013 registou-se um de-créscimo do número de pessoas quetinham um contrato de trabalho sem

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Visto de foraTrabalho foi profundamente alterado.Desde logo, com a entrada em vigor daLei n.º 53/2011, de 14 de outubro, queestabeleceu um novo cálculo de com-pensação para as cessações do contra-to de trabalho, designadamente redu-zindo o valor das compensações devi-das legalmente aos trabalhadores emcasos de despedimentos ou caducida-des de contratos; depois com a Lei n.º23/2012, de 25 de junho, que introdu-ziu relevantes alterações no que res-peita à matéria da organização do tem-po de trabalho e, mais recentemente,com a Lei n.º 69/2013, de 30 de agosto,que procedeu à quinta alteração aoCódigo do Trabalho e voltou a alterar ocálculo destas compensações, reduzin-do o seu valor. Assim, ante o atualconjunto de políticas de severa auste-ridade (que vão aniquilando a procurainterna) e, aproveitando este sinal dolegislador que visa facilitar as formasde cessação do contrato de trabalho,estima-se a consequente deterioraçãoda conjuntura de emprego.

E inquieta, em particular, a gradualdestruição de emprego permanente(isto é, baseado em vínculos contra-tuais por tempo indeterminado e atempo completo) que tende a ser subs-tituído por emprego não permanente(contratos a termo e temporários) e atempo parcial.

Ora, numa conjuntura em que profun-das mutações estruturais têm influen-ciado a economia nacional, importafrisar que as propaladas reformas es-truturais do mercado de trabalho nãose revelaram eficientes.

Pelo contrário, têm conduzido a umasegmentação crescente do mercado detrabalho e, estimulando a redução desalários, a um empobrecimento da ge-neralidade dos trabalhadores.

Na área laboral, um dos valores éti-cos há muito consagrado é o da estabi-lidade contratual, considerando-se queo caráter duradouro dos contratos é oque melhor se ajusta à ideia de integra-ção estável do trabalhador na organi-zação empregadora.

Compreende-se bem a razão de ser:do ponto de vista do trabalhador, ocaráter estável do vínculo tem reper-cussões não só nos limites da organiza-ção laboral como na vida familiar esocial, em especial no que concerne àsua subsistência económica. Tambémdo lado do empregador se manifestaminteresses ligados à perdurabilidade docontrato: a maior motivação e partici-pação do trabalhador na atividade re-força o envolvimento com a empresa.

suas taxas de desemprego aumentarexponencialmente. Nota-se pois, pas-sados mais de seis anos do início destacrise, quanto aos dados do desempre-go, uma acentuada assimetria entrepaíses. E muito embora com exceções –como no caso da Alemanha, Áustria,Holanda ou Luxemburgo – estima-seum aumento na generalidade dos paí-ses da UE do desemprego, em especialdo desemprego de longa duração.

Também, ao contrário do que aconte-cia outrora – em que os jovens eram ogrupo mais atingido – o desempregodas pessoas com 45 ou mais anos temaumentado significativamente desde2008 (em grande parte devido ao au-mento dos denominados "despedimen-tos económicos" e das revogações pormútuo acordo).

Sendo este maioritariamente com-posto por desempregados de longaduração com, como é conhecido, redo-bradas dificuldades em encontrar novoemprego, é uma tendência que se con-solidará, dia após dia, pois a esperançade uma melhoria (ainda que limitada)do mercado de trabalho beneficiará,prioritariamente, os desempregadosmais jovens, considerados mais "em-pregáveis".

E o tendencial aumento do Desempre-go de Longa Duração coloca problemasgraves à economia e à sociedade. Desdelogo, no plano económico, pois o Desem-prego de Longa Duração pesa significa-

tivamente sobre o desemprego estrutu-ral e o crescimento potencial de qual-quer país (alimentando a persistênciada inatividade e do subemprego e, as-sim, penalizando o crescimento econó-mico a médio e longo prazo).

Depois, do ponto de vista social, umavez que os desempregados de longaduração arriscam esgotar os seus direi-tos em termos de prestações sociais nodesemprego (subsídio de desemprego)e a resvalar para situações de pobreza.É assim que, em matéria de políticaspúblicas, urge concretizar medidas es-pecíficas para estes desempregados,reforçando o seu acompanhamento aonível da inserção no mercado de traba-lho.

Paralelamente, também ao nível danegociação coletiva importará sensibi-lizar para a importância deste proble-ma, promovendo negociações maisatentas especificamente a esta proble-mática. Tanto mais que o Desempregode Longa Duração é uma problemáticaprioritária – mina fortemente a coesãosocial – importando delinear uma es-tratégia que inclua medidas em maté-ria de emprego, formação e condiçõesde trabalho.

Lei influenciaemprego permanente

Em Portugal, no âmbito do programade assistência financeira, o Código do

As mãestrabalhadoras são

duplamentepenalizadas

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l Glória Rebelo

Dignidade no trabalho

A5 de maio deste ano, Frei BentoDomingues, em artigo de opiniãopublicado no jornal Público – ex-

pressivamente intitulado "A ditadura domedo" –, enfatizava as palavras do bispoemérito de Setúbal a propósito das come-morações do 25 de abril e escrevia: "(…)D. Manuel Martins tinha falado da ditadurado medo na sociedade portuguesa atual,devido ao desemprego crescente nummodo avassalador: medo de perder oemprego, medo de não conseguir empre-go, medo da miséria (…)". Um discursoforte mas que retrata o ambiente que sevive em muitas organizações.

Sob a fortíssima pressão do aumento dodesemprego em Portugal – a uma cadên-cia nunca antes observada – aumentam osproblemas que envolvem a coação morale conflitualidade nas organizações de tra-balho. Por exemplo, o assédio moral notrabalho – consagrado no Código do Traba-lho e entendido como o comportamentoindesejado, praticado aquando do acessoao emprego ou no próprio emprego, traba-lho ou formação profissional, que tem porobjetivo ou efeito perturbar ou constran-ger a pessoa, afetar a sua dignidade oucriar um ambiente intimidativo, hostil,degradante, humilhante ou desestabiliza-dor – parece apresentar cada vez maisvisibilidade nesta ambiência de vincadacrise social e laboral.

Desde logo, porque estamos num con-texto socioeconómico em que o aumentodo desemprego tem repercussões no pla-no da denominada "cidadania na empre-sa" (isto é, no âmbito dos direitos funda-mentais das pessoas, dos direitos existen-tes em cada trabalhador) e esta envolven-te torna muito exigente o esforço de pro-moção de otimização das condições detrabalho assim como, em consequência,da melhoria das relações entre emprega-dor e trabalhador, mas também das rela-ções dos trabalhadores entre si, por exem-plo ao nível da cooperação.

Depois porque, existindo menos oportu-nidades de emprego, as pessoas temem

Sob a fortíssima pressãodo desemprego em Portugal

aumentam os problemas queenvolvem a coação moral

e conflitualidade nasorganizações de trabalho

perder o seu emprego e, por essa razão,propendem a suportar condutas indeseja-das que afetam a sua dignidade no trabalhosem as questionar. Além do mais, o aumen-to da individualização das relações de tra-balho constitui terreno fértil para o desen-volvimento de situações de pressão e medono trabalho.

Consequênciasdo assédio moral

Ora, na medida em que estas situaçõescriam constante sobressalto – com conse-quências não só a nível individual mastambém no plano familiar – quer o Parla-mento Europeu quer a Fundação Europeiapara a Melhoria das Condições de Vida e deTrabalho têm vindo a alertar para as reper-cussões do assédio moral ao nível da saúde(física e psíquica) dos trabalhadores comodo bem-estar destes e das suas famílias,mas também porque o assédio pode provo-car um aumento dos custos organizacio-nais (sob a forma de absentismo, menorempenhamento, menor produtividade) e,simultaneamente, projetar uma imagemnegativa para a própria organização.

Banalização e impunidadeTermino esta reflexão com umas breves

considerações sobre o tema da efetivida-de legal e da fiscalização das condições detrabalho. Se a cidadania social constituium dos fundamentos mais marcantes dasPolíticas Públicas, ante o aumento do de-semprego e de cessação de contratos detrabalho, assim como de formas de con-tratação individual não permanente ou,ainda, de práticas de distorção da concor-rência entre empresas e setores, torna-sefulcral reforçar a fiscalização das condi-ções de trabalho.

Acresce que, num momento de difícilconjuntura económica e social, urge quese entenda que a atividade laboral tendea ser acompanhada de um perigoso sen-timento de banalização e de impunidade,tornando-se necessário que se avalie adimensão do fenómeno e se encoraje arealização de estudos que permitam umacompreensão global do fenómeno e per-mitam identificar ao nível setorial e deempresa a efetividade legal.

Neste difícil contexto – e tanto maisque cresce a perceção de que vivemosum período de "maior incumprimentolaboral" – a Autoridade para as Condi-ções de Trabalho deve assumir um papeldecisivo no garante de níveis razoáveisde efetividade legal sendo, por exemplo,no que respeita ao trabalho irregular, àsformas de trabalho utilizadas fora doquadro normativo ou, ainda, irregulari-dades na organização e no registo dostempos de trabalho, conveniente refor-çar os instrumentos de fiscalização.

* Subtítulos da responsabilidade da Redação

Glória Rebelo é licenciada e Mestre em Direito(Ciências Jurídicas) pela Faculdade de Direito daUniversidade de Lisboa. Mestre em Sistemas Socio-Organizacionais da Atividade Económica pelo Insti-tuto Superior de Economia e Gestão da UniversidadeTécnica de Lisboa (ISEG/UTL) e Doutora em Socio-logia Económica e das Organizações pelo InstitutoSuperior de Economia e Gestão da UniversidadeTécnica de Lisboa (ISEG/UTL). Professora Associadada ULHT desde 2004. Investigadora; Membro efetivodo Conselho Científico do Centro de Estudos sobrea Mudança Socioeconómica, Dinâmia /CET do ISCTE-IUL e Membro da Associação Portuguesa de Direitodo Trabalho (APODIT); Membro do Conselho Consul-tivo Nacional do IET - Centro de Inovação Empresariale do Trabalho, Faculdade de Ciências e Tecnologia/Universidade Nova de Lisboa.

Coação moral e conflitualidade nas organizações

Devido ao receio do desemprego, os trabalhadores tendem a suportar condutasindesejadas

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TEMPOS LIVRES l Nacional

São Pedro ajudou na primeira caminhada do ano

A magnífica paisagemda Serra da Arrábida proporcionou

um arranque em grande estilodas caminhadas deste ano.

A de abril também já está à porta

TEXTO: PEDRO GABRIEL

A jornada estava marcada para bemcedo. Às 8h00 de um sábado quedeixava o Inverno para trás e dava

as boas-vindas à Primavera, 40 corajososparticipantes deram início à primeira ca-

Apesar de todas estas peripécias e donatural cansaço, o grupo portou-se à altura,valendo-se da boa disposição e convívio edo já habitual espírito de equipa e interaju-da. A presença de um socorrista conferiuuma segurança adicional aos caminheiros.

A organização desde cedo se mostrouapreensiva com a elevada dificuldade dacaminhada, mas o exemplo de um casalseptuagenário, que terminou a prova emexcelente estado físico, foi a prova de quea idade é um estado de espírito.

Celebrar a liberdade

E uma excelente forma de comemorarabril é dar continuidade às caminhadas. Apróxima está marcada para o dia 26, emCheleiros, Mafra. O preço é de 5 € porpessoa e para se inscrever deverá enviarpara o email [email protected] osseguintes elementos: nome completo, n.ºsócio, sindicato, data de nascimento, nomee data de nascimento de todos os acom-panhantes e comprovativo de pagamen-to. Para mais informações consulte o bloghttp://febase-caminhadas.blogspot.pt/

Venha caminhar connosco!

Convívio comemora centenário do ex-BPSMO Banco Pinto & Sotto Mayor

cumpriria 100 anos em 2014 se aindaexistisse. Para celebrar a data,

os antigos trabalhadores juntam-senum almoço-convívio em junho

Depois do sucesso do grande Encon-tro Nacional de 29 de junho de2013, evento que teve a participa-

ção de cerca de 850 pessoas e estavadefinido não se repetir, foram muitos oscolegas que mostraram vontade em par-ticipar numa nova reunião este ano, como pretexto de se comemorar o centésimoaniversário do Banco.

Assim, o novo encontro realizar-se-áno dia 28 de junho, nas instalações doCentro Nacional de Exposições de Santa-rém (CNEMA).

As inscrições podem ser feitas até ao dia31 de maio, através dos seguintes contac-tos telefónicos:

GDEBPSM (Porto): 227 121 460; ClubeMillennium BCP (Lisboa): 211 131 020;Eugénio Morais (Valpaços): 925 478 080;

Simplício de Sousa (Braga): 919 738 488;Avelino Castro (Guimarães): 918 757 160;Ramiro Resende (Porto): 917 562 859;Macedo Oliveira (Porto): 912 243 775;Guilherme Figo (Coimbra): 914 781 636;Carlos Bragança (Fundão): 963 606 932;António Casadinho (Santarém): 962 641074; Oliveira Pina (Lisboa): 919 315 547;Luís Fragoso (Beja): 917 569 078 e AntónioEnes (Portimão): 916 358 794;

Endereço de correio eletrónico:[email protected].

O preço é de € 27,00 por pessoa, crian-ças até aos 4 anos (inclusive) não pagame dos 5 aos 9 pagam 50%. O pagamentodeverá ser feito por transferência bancá-ria, para a conta aberta no Millennium BCPcom o NIB 0033 000045431322551 05. Oacesso ao recinto do CNEMA far-se-á me-diante a apresentação do documento com-provativo da transferência bancária.

A Comissão poderá colaborar na orga-nização de transportes coletivos a partirdas localidades/regiões onde o númerode inscrições o justifique.

minhada Febase do ano. O destino era asempre apetecível Serra da Arrábida, compassagem obrigatória pelo Formosinho.

Este percurso, feito de forma circularnuma distância de 17 quilómetros, é clas-sificado com um nível de dificuldade ele-vado. Não é de estranhar, portanto, quetenha sido uma prova de resistência bas-tante dura sobretudo para os menos pre-venidos, quer em termos de resistênciafísica, quer em termos de equipamentotécnico adequado. Daí que o ritmo tenhasido quase sempre baixo, já que a preo-cupação da organização foi zelar e respei-tar o ritmo de cada um.

Foram sete horas de uma caminhadapor piso escorregadio e enlameado epor terrenos inclinados, irregulares eíngremes, com os destemidos partici-pantes a verem-se obrigados a passarpor vegetação cerrada em alguns pon-tos.

O grupo subiu até aos 500 metros dealtitude, passando por debaixo de árvo-res derrubadas, caminhos de difícil aces-so e onde a rede telefónica não conse-gue chegar, bem ao jeito de um verda-deiro "survival" pedestre.

Peregrinação a FátimaUm grupo de sócios bancários re-

formados está a organizar uma pere-grinação dos militares que cumpri-ram serviço nas ex-colónias ao San-tuário de N.ª Sr.ª do Rosário de Fáti-ma. A peregrinação realiza-se no dia25 de maio, com missa às 11h00.Mais informações através dos tele-fones 219 832 478 e 962 930 530.

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Notícias l Bancários NorteBancários N

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Núcleo de Fotografia

Um ciclo encerra, outro inicia

Em maio é inauguradaa última exposição do projeto

"Treze Meses, Treze Temas"e logo no mês seguinte

começa "Caminhos", que seprolonga até junho de 2015

TEXTOS: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

partir de junho deste ano e até julho de2015, o Núcleo levará a efeito um outrociclo de exposições, também mensais,com a designação "Caminhos" e com aseguinte calendarização temática: ju-nho, Graffitis; julho, Locais de Culto;agosto, Portas, Janelas e Fachadas; se-tembro, Planeta Verde; outubro, Deta-lhes; novembro, Reflexos e Sombras;dezembro, Quotidiano; janeiro, Contra-luz; fevereiro, Preto e Branco; março,Azulejos; abril, Livre; maio, Esculturas;junho, Todos e Encerramento.

A exposição que encerra "Treze Me-ses, Treze Temas", será inaugurada às 16horas de 7 de maio, terminando no dia4 de junho. Poderá ser visitada às quar-tas e quintas-feiras, das 15 às 17h30.

No dia 7 de maio, o Núcleo deFotografia vai proceder ao encer-ramento do projeto "Treze Meses,

Treze Temas", que decorreu desde marçode 2013, sob a orientação do coordenadordo grupo, Manuel Santos Vale, e com acolaboração de dois membros – FernandoCastro e José Cerqueira.

As exposições realizaram-se mensal-mente na galeria do Sindicato, na RuaConde de Vizela, 145, de autoria de AiresPereira, António Costa, António Morais,Eduardo Nogueira, Fernando Castro, Jo-aquim Silva, Jorge Viana Basto, JoséCerqueira, José Godinho, Júlio Pereira,Manuel Cardoso, Manuel Vale e Rui Costa.

No seguimento do que tem vindo anortear a sua intervenção sociocultural, a

J. Viana Basto

KartingCom o objetivo de proporcionar o conví-

vio entre bancários que se dedicam a estamodalidade desportiva e para apuramentodos representantes do SBN à final nacional,a realizar em 18 de outubro no kartódromodo Bombarral – na qual o Sindicato se farárepresentar por um máximo de oito pilotos–, iniciou-se a 22 de março, em Vila Nova dePaiva, o 16.º campeonato regional de kar-ting, que terá continuação nas datas e noskartódromos a seguir mencionados: 10 demaio em Fafe; 21 de junho em Viana doCastelo e 27 de setembro no Cabo doMundo.

Tiro aos pratosO 18.º campeonato regional de tiro aos

pratos, destinado a sócios do SBN, teráinício em 12 de abril, no Clube Industrial dePevidém, em S. Jorge de Selho, prosseguin-do em 24 de maio no Clube de Caça e Pescade Vila Verde, na Cruz do Reguengo.

encontram o campeão e o vice-campeãode 2013, respetivamente Fernando Ribeiroe José Ramalho, ambos do MBCP, ini-ciou-se, dia 23, em Pedras Brancas, o 6.ºcampeonato regional de surfcasting. Estainiciativa prossegue no próximo dia 13 deabril, com a realização da segunda e últimaprova, marcada para Pedras do Corgo.

XadrezOs tempos primaveris de meados de

abril vão trazer para os muitos e dedica-dos xadrezistas associados do Sindicatodos Bancários do Norte a oportunidadede, bem junto ao mar, em Ofir, participa-rem no 30.º torneio regional da modali-dade.

A exemplo do ano passado, aprovei-tar-se-á o fim de semana de 12 e 13 deabril para realizar uma prova única, nofigurino de final direta, com o que se preten-de não apenas levar a cabo uma competi-ção, mas também, sem mais custos, sabo-rear o convívio de uns dias diferentes.

O evento no qual podem participar ossócios do SBN amantes da modalidade, noativo ou na reforma, apura vários xadre-zistas para a final nacional, que terá lugarno Vimeiro, nos dias 24, 25 e 26 de outubro,e cujo número dependerá do volume deinscrições neste torneio regional.

As provas serão disputadas na variantede fosso universal, em duas pranchadas de25 pratos e nelas serão apurados, paraalém do campeão regional, os represen-tantes à final nacional, que decorrerá no dia28 de junho, no Clube de Caçadores de Mira.

Caminhada em BarcelosRetomando as caminhadas "Põe-te a

andar, pela tua saúde…", foi promovida, dia22 de março, destinada a sócios e familia-res, a 20.ª caminhada, no concelho deBarcelos, pelo percurso Inter Vinhas, de 12quilómetros e com um grau de dificuldademédio-baixo, num ambiente, que se podeconsiderar de interesse cultural e paisagís-tico.

O ponto de partida foi a Quinta de SantaMaria (Carreiras), tendo terminado no cen-tro de interpretação ambiental da Quintado Balão, em Moure.

Esta edição das caminhadas do SBN, comadesão e participação de dezenas de cami-nheiros, decorreu num clima de camarada-gem, em que a diferença de idades entre osparticipantes não constituiu qualquer óbiceao êxito do evento.

SurfcastingCom a participação de cerca de quatro

dezenas de pescadores, entre os quais se

Em várias das modalidadespromovidas pelo SBN estáem disputa o pódio, cujos

vencedores representarão oSindicato nos torneios nacionais

Atividades desportivas

À procura dos campeões regionais

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Notícias l Bancários NorteBa

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Comissão Permanente aprovou Relatório

A revisão do ACT do setorbancário e a constituição do

sindicato único do setorfinanceiro estiveramtambém em análise

AComissão Permanente, reunidano dia 27 de março, aprovou, comapenas cinco votos contra e uma

abstenção, o Relatório e Contas apre-sentado pela Direção, e com apenas

Na Trofasénior Residências

Apoiar a renovação afetiva Grupos de sócios da Trofaséniorusufruem semanalmente daspropostas da metodologiade integração humana, atravésdo movimento, da músicae do canto

quatro contra e duas abstenções o Pare-cer do Conselho Fiscalizador de Contas.

Por outro lado, com apenas umaabstenção, aprovou a proposta da Di-reção que visa, em articulação com oConselho de Gerência do SAMS e com aComissão Sindical de Reformados,transferir as instalações dos espaçosdo posto clínico de Cândido dos Reis edas instalações da CSR do rés-do-chãopara o 1.º andar do n.º 100.

No último ponto da ordem de traba-lhos, a Comissão Permanente aprovou,

com apenas um voto contra, uma propos-ta de alteração ao artigo 9.º do RegimeGeral do SAMS dos Sindicatos Verticais,que passa a ter a seguinte redação: "Osbeneficiários referidos nas alíneas a) e b)do n.º 1 do art.º 3.º que sejam ou possamser beneficiários titulares de outros sub-sistemas, associação ou similar que per-sigam os mesmos fins, terão apenas di-reito à atribuição de benefícios em regi-me de complementaridade".

O Relatório aborda a atual situação doACT do setor bancário ("2014 será um ano

Os órgãos de gestão da TrofaséniorResidências e o Sindicato dos Ban-cários do Norte, na pessoa de Má-

rio Mourão, acarinharam e estão a de-senvolver e a apoiar, em conjunto com afacilitadora de Biodanza Cândida Paiva ea supervisão da facilitadora didata AnaMaria Silva, aquela atividade.

Uma movimentada sessão de Biodanzacom residentes fisicamente independentes

Mário Mourão durantea sua intervenção

na Comissão Permanente

A Biodanza traduz-se, segundo as pala-vras de Rolando Toro, criador desta meto-dologia nos anos 60, no Chile, num sistemade integração humana, de renovação or-gânica, reeducação afetiva e reaprendiza-gem das funções originárias da vida. Temcomo pilar básico a indução de vivênciasintegradoras através do movimento, damúsica, do canto e de situações de encon-tro em grupo.

Assim, usufruem das propostas de bio-danza, com periodicidade semanal, gru-pos de sócios da Trofasénior Residências,divididos em dois grupos de funcionalida-de: dependentes e independentes. Tendonascido de uma pura e inspirada medita-ção sobre a vida, é uma proposta metodo-lógica que se propõe restaurar no ser

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Notícias l Bancários NorteBancários N

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e Contas de 2013TEXTOS: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

através da Biodanza

decisivo para o futuro das negociações detrabalho"), a dinamização sindical e asindicalização ("no ano transato foramefetuadas reuniões com a estrutura sin-dical, em especial sobre a tabela salariale a revisão dos ACT e dos AE, bem comosobre a instabilidade no setor bancário"),o SAMS ("graças a uma gestão de rigor, aocontrolo de custos e à otimização derecursos e de processos, foi possívelmanter durante 2013 – e em alguns casosalargar – o nível dos serviços prestados"),a Loja de Ótica ("em 2013 foi alcançadoum volume de negócios muito próximode um milhão de euros, com a loja doPorto a crescer 12,72%"), além de muitosoutros fatores de interesse para a vidados bancários (ACT do BCP adaptado aoCódigo do Trabalho, o plano de reestrutu-

ração daquele banco, a situação na Par-valorem, no BIC/BPN, na CGD, no Bar-clays, no Banif, a extinção do ACT no IFAP,os subsídios de férias e de Natal, a decla-ração de inconstitucionalidade de nor-mas do OE, e as atividades de todos ospelouros do SBN).

Voltar às negociações

A reunião começou com uma inter-venção do presidente da Direção, MárioMourão, centrada em três pontos ful-crais: a dívida da ACSS, a negociação doACT do setor bancário e o dossiê sobreo sindicato único.

Mourão principiou por referir que oSBN intentou uma ação contra o Estadoportuguês relativamente à dívida que a

ACSS mantém para com o SAMS, o quenão impede de, se houver vontade daoutra parte resolver a situação por viade um entendimento, o Sindicato nãoesteja aberto à negociação.

Relativamente ao ACT, recordou queestão pendentes matérias essenciais,como a dos automatismos, que a entidadepatronal insiste em não negociar, o queprovocou a suspensão das conversações.Mas considerou que chegou agora o mo-mento de voltar à mesa das negociações.

"Um projeto de todos"

No que diz respeito ao dossiê do sindi-cato único do setor financeiro, conglome-rando os atuais três verticais dos bancá-rios e os dois dos seguros – configurando,no fundo, o que é hoje a Febase, federaçãoque foi criada no sentido de uma aproxi-mação ao sindicato único –, Mário Mourãoassinalou que essa é a vontade da grandemaioria dos bancários.

Nesse sentido, foi já instituída umacomissão para a criação de uma primeiraproposta de estatutos, que constitui umprimeiro passo de um caminho comple-xo, mas que já iniciou o seu percurso:"Este não é um projeto de nenhuma ten-dência, mas um projeto de todos. E quan-to ao SBN só será possível depois de serrealizada uma assembleia-geral."

partir dos gestos naturais e da comunica-ção entre os seres humanos.

Investindo no sentido antropológico dadança, Rolando Toro concebeu uma formade resgatar as manifestações ancestraisda dança, quando elas representavam parao ser humano veículos de conexão consigopróprio, com o outro e com o cosmos.

humano o vínculo original com a espécie,como totalidade biológica, e com o uni-verso, como totalidade cósmica.

Sabiamente, Rolando Toro apelou aonosso sentir humano, existencial, profun-do, como seres grupais, propondo a reedu-cação afetiva enquanto modo essencial,um modus vivendi para resgatar o nossoviver quotidiano perturbado, num séculode profundas transformações, em que,apesar dos avanços tecnológicos terempermitido uma melhoria da qualidade devida do ser humano, este se tem reveladoausente da esfera afetiva e longe da apren-dizagem biológica que conduz a uma vidasaudável. O convite à dança é, na sessãode biodanza, um convite à partilha huma-na, à participação na dança cósmica, a

O grupo de sóciosdependentes

Tendência Sindical Socialista

Tendência Social-Democrata Tendência Bancários de Portugal

Tendência Independente Democrata-Cristã

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Surfcasting

Apurados representantes à final nacionalOs pescadores do BPIe do BCP dominaram

as provas e vão representaro SBC em Vieira de Leiria

TEXTO: SEQUEIRA MENDES / PEDRO VEIGA

A1.ª prova de surfcasting do campeo-nato do Sindicato dos Bancáriosdo Centro decorreu dia 1 de março,

na sempre deslumbrante vila de S. Mar-tinho do Porto, destinada a apurar os seusrepresentantes à final nacional.

Depois de ter sido adiada devido ao mautempo que se tem feito sentir ao longo detoda a costa, a primeira prova acabou porse realizar, obviamente com muito máscondições meteorológicas. Chegou a serponderado um novo adiamento, mas ahipótese foi abandonada pois inviabiliza-ria o seu enquadramento no calendáriodas atividades desportivas em vigor.

Tais condições meteorológicas influen-ciaram a participação dos pescadores,registando-se, por via disso, várias desis-tências. A prova teve a duração habitualde quatro horas, tendo o peixe optado porficar em casa, tornando ainda mais difícila já de si árdua tarefa dos atletas.

Com efeito, apenas três pescadoreslograram efetuar capturas.

A classificação desta primeira prova foia seguinte: em primeiro lugar ficou PedroVeiga, em segundo António Cairrão e emterceiro António Gonçalves.

Bom tempo e muito peixe

Já a segunda e última jornada deapuramento dos atletas para a finalnacional realizou-se a 15 de março. Olocal escolhido foi a praia da Vieira deLeiria, uma antiga praia de pescadoresque é hoje uma excelente estância tu-rística, com uma gastronomia muitorica, principalmente à base de peixefresco e marisco, onde ressalta a tradi-cional caldeirada.

A prova decorreu exatamente no lo-cal onde, a 17 de maio, decorrerá a finaldo campeonato nacional de surfcasting

da Febase. Desta vez, os pescadores fo-ram presenteados com um dia bastanteagradável, com muito sol, temperaturaamena e um mar calmo e sem vento,condições que propiciaram um elevadonúmero de capturas.

Os robalotes, os peixes-aranha, as tai-nhas, as sarguetas e os pregados foram asespécies que animaram esta jornada depesca desportiva, onde a camaradagem,o convívio e o desportivismo mais umavez imperaram, tornando estas provasmuito importantes no panorama social,desportivo e de lazer no seio do SBC, poisvão ao encontro dos objetivos sindicais,que consistem na valorização cultural eformativa dos associados.

Nesta jornada os primeiros classificadosforam os seguintes: 1.º Rogério Silva (BCP);2.º Pedro Veiga (BPI); 3.º Paulo Prata (BPI).Juntando as duas provas, a classificaçãofinal é a seguinte: 1.º Pedro Veiga (BPI); 2.ºRui Prata (BPI); 3.º Rui Nunes (BPI); 4.ºAntónio Gonçalves (BCP); 5.º António Cair-rão (BCP); 6.º David Faria (BCP) e 7.º RogérioSilva (BCP). Por equipas, o BPI ficou em 1.ºlugar e o BCP em 2.º. Vão disputar a fase finalos seis primeiros classificados.

O evento terminou com um animado ereconfortante almoço, onde foram entre-gues os troféus e prémios de participaçãoa todos os pescadores.

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Curso de poda entusiasma associados

Perante o sucesso da iniciativa,o Departamento de Tempos Livres

pondera alargar o âmbitoda formação à jardinagem

e cultura de plantas e flores

TEXTO: A. CASTELO BRANCO

Cerca de duas dezenas de sócios ebeneficiários do SBC participaram,no dia 8 de março num curso de

formação na área das podas de frutei-ras, para o qual se haviam inscrito noano transato mas que as condiçõesclimatéricas não permitiram a suarealização.

A responsabilidade técnica desta açãoesteve a cargo da engenheira agrícolaLetice Gonçalves, investigadora emBiotecnologia no Departamento dasCiências da Terra e da Vida da Universi-dade de Coimbra.

Atendendo à recetividade desta inici-ativa, o Departamento de Tempos Livresestá a ponderar alargar o seu âmbito àjardinagem e cultura de plantas e flores.

É por esta época, na Primavera, quemais sentimos a Natureza com todo oseu desabrochar: são as árvores, asplantas e as flores, os campos a verde-jar e muito de perto a nidificação dasaves após a escolha dos parceiros.

Voos nupciais estonteantes sulcamos céus durante o dia, embalados por

gorjeios e chilreadas, enquanto a noitetraz o canto dos machos para afastar ospredadores dos ninhos, onde as fêmeasse encontram.

A pensar nestas e noutras vozes daNatureza, a revista publica, numa ho-menagem ao autor, um poema da au-toria de Pedro Dinis, que para ensinar osmais pequenos assim cantou:

Regouga a sagaz raposa(Bichinho muito matreiro);Nos ramos cantam as aves;Mas pia o mocho agoireiro.

Sabem as aves ligeirasO canto seu variar;Fazem às vezes gorjeios,Às vezes põem-se a chilrar.

O pardal, daninho aos campos,Não aprendeu a cantar;Como os ratos e as doninhas,Apenas sabe chiar.

O negro corvo crocita;Zune o mosquito enfadonho;A serpente no desertoSolta assobio medonho.

Chia a lebre; grasna o pato;Ouvem-se os porcos grunhir;Libando o suco das flores,Costuma a abelha zumbir.

Bramam os tigres, as onças;Pia, pia o pintainho;Cucurica e canta o galo;Late e gane o cachorrinho.

A vitelinha dá berros;O cordeirinho dá balidos;O macaquinho dá guinchos;A criancinha vagidos.

A fala foi dada ao homem,Rei dos outros animais.Nos versos lidos acima,Se encontram, em pobre rima,As vozes dos principais.

Pedro Diniz

Por lapso, na notícia intitulada"Conselheiros aprovam Memo-rando com BCP", publicado naedição n.º 41, refere-se a aprova-ção de uma proposta que altera onúmero 2 do Art.º 9.º dos Estatu-tos dos SAMS, quando o que sepretendia dizer era Regulamentodos SAMS. Aos sócios e leitorespedimos desculpa.

Retificação

Vozes dos animais

Palram pega e papagaioE cacareja a galinha;Os ternos pombos arrulham,Geme a rola inocentinha.

Muge a vaca; berra o touro;Grasna a rã; ruge o leão;O gato mia; uiva o lobo,Também uiva e ladra o cão.

Relincha o nobre cavalo;Os elefantes dão urros;A tímida ovelha bale;Zurrar é próprio dos burros.

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Universidade Sénior Pedro Santarém

Aprender e ensinar em simultâneo

O êxito das Oficinas de Lazersupera em muito

as expectativas maisambiciosas. O próximo

período letivo inicia-se dia 22e as inscrições estão abertas

TEXTO: MÁRIO RÚBIO*

No final de mais um período do anoletivo na Universidade Sénior Pe-dro Santarém podemos concluir

que as Oficinas de Lazer se transforma-ram num espaço de convívio e partilha deconhecimentos sem limites.

O caráter aberto destas formações –onde todos têm possibilidade de apren-der e ao mesmo tempo transmitirem os

seus conhecimentos nas mais diversasáreas dos trabalhos manuais – revelou-se adequado às expectativas dos alunos.

O universo de participantes, compos-to por reformados dos setores da bancae dos seguros, tem naturalmente inte-resses que durante muito tempo esti-veram "adormecidos" devido ao ritmoe intensidade da carreira profissional,

pelo que agora, face a um quotidianomais distendido e menos sobrecarre-gado, encontram nestas Oficinas a opor-tunidade de aprender as artes manuaisdo seu agrado.

Por outro lado, e porque ao longo da vidamuitos são os conhecimentos adquiridos,os alunos transformam-se também emprofessores, numa intensa e vantajosatroca de experiências entre todos que omodelo formativo adotado promove.

Além, é claro, do salutar convívio pro-porcionado, que é uma mais-valia muitosalientada pelos frequentadores.

Para todos os gostos

Dos diversos trabalhos realizados nasOficinas de Lazer destacamos os artigosem tricot e malha, bem como em porce-lana fria, vulgarmente conhecida por "bis-cuit". As fotos que reproduzimos demons-tram bem a qualidade dos trabalhos jáconcluídos.

Venha daí participar. Partilhe connoscoos seus conhecimentos. Vai ver não custanada. As aulas recomeçam em 22 de abril.Estamos à sua espera!

Os contactos são os já conhecidos:[email protected]

telef: 218 802 160.

*Coordenador da USPSO trabalho em equipa é uma constantee os resultados estão à vista

Obra embiscuit

Propostas de trabalhoscom aproveitamentos

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Notícias l Bancários Sul e Ilhas

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Bancários Sul e Ilhas

GRAM promove ações para estrutura sindical

Saber reconhecer os sinais de assédioO assédio sexual e moral

no local de trabalhotem aumentado com

a precariedade laboral,deixando as vítimas

desprotegidas e com receiode denunciar a situação.

Para inverter essa tendência,o Sindicato está a realizar

um conjunto de açõesde sensibilização

TEXTO: INÊS F. NETO

Afalta de visibilidade do assédio eas representações sociais de mi-nimização do fenómeno vulne-

rabilizam as vítimas, em especial nascondições atuais de precariedade laboral.

Os sindicatos costumam encontrar di-ficuldades em intervir nestas situações,uma vez que quando há denúncias sãocasos isolados e nem sempre acolhem asolidariedade dos demais trabalhadores- mulheres e homens.

Tendo presente este enquadramentorestritivo, o GRAM do SBSI está a desen-volver um conjunto de ações com o obje-tivo de sensibilizar dirigentes, delegadossindicais e membros dos Secretariadossindicais para esta problemática, demodo a identificarem situações de assé-dio moral e sexual em contexto de traba-lho, reconhecerem os primeiros sinais ecompreenderem as consequências davitimação, no intuito de uma melhoratuação na prevenção e combate a estaviolação dos direitos humanos.

A iniciativa é uma parceria com a UMAR- União de Mulheres Alternativa e Res-posta e insere-se no projeto "AssédioSexual. Quebrar Invisibilidades. Uma Cul-tura de Prevenção e Intervenção", cofi-nanciado pela Comissão para a Cidadaniae Igualdade de Género e pelo Fundo SocialEuropeu.

Apoio às vítimas

Com o objetivo de preparar os sindica-listas para intervirem nos locais de traba-lho, as sessões de sensibilização incluem

diversas perspetivas, do enquadramen-to conceptual do assédio sexual e moralà legislação sobre esta matéria.

Formas de atuação para promover umacultura organizacional de prevenção dofenómeno e de posturas igualitárias enão discriminatórias nas práticas quoti-dianas e nas relações profissionais sãoigualmente realçadas.

Nas ações já realizadas, os sindicalistasque participaram destacaram a oportuni-dade da iniciativa do GRAM, salientando oalerta para formas menos conhecidas deassédio que habitualmente passam des-percebidas à maioria dos trabalhadores. Odesconhecimento e a inibição de denúnciasão dificuldades acrescidas à comunica-ção de situações à estrutura sindical.

Sindicalistas satisfeitos com iniciativaOs membros da estrutura

sindical que participaram nasprimeiras ações considerarama iniciativa do GRAM bastantepositiva. Eis dois testemunhos.

Ana Isabel AraújoSecretariado BdP

E a estrutura sindical fica mais sensibi-lizada para atuar, até porque no BdP jáhouve queixas dessa natureza, algumascom consequências graves.

São muito importantes estas iniciati-vas, quanto mais não seja para informare alertar os trabalhadores sobre os pe-rigos do assédio sexual e como podemprecaver-se.

No dia a dia confrontamo-nos compequenos gestos e palavras que ultra-passam os limites do que é consensualsem que os tomemos em consideração,por isso este esclarecimento é positivo.

João SousaSecretariado CGD

Esta iniciativa do GRAM foi bastantepositiva, aconselho os colegas a inscre-verem-se para participar. Ações destetipo são sempre benéficas, há semprenovidades e aprende-se algo, além davantagem da troca de experiências eenvolvimento com colegas.

Na CGD nunca houve qualquer queixapor assédio sexual, pelo menos ao co-nhecimento do Secretariado. Mas casohaja, depois desta ação sinto-me maispreparado para agir.

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Pesca de Alto Mar

António Reis Valério tetracampeãoHá quatro anos consecutivos

que o concorrentedo Millennium bcp não dáhipóteses à concorrência.

A nível coletivo, o troféu foipara a Secção Sindical

Regional de Setúbal

TEXTOS: PEDRO GABRIEL

Afinal do Sul e Ilhas do 28.º Campeo-nato Interbancário de Pesca deAlto Mar realizou-se no dia 22 de

março, em Setúbal, tendo contado comdez participantes, três dos quais oriundosdas Secções Regionais do Funchal, Angrado Heroísmo e Ponta Delgada.

Como é habitual nestas provas, o diacomeçou bem cedo, com os pescadores aentrarem na embarcação Roaz do Sado porvolta das 6h00, rumo ao pesqueiro. Oregresso deu-se por volta das 16h30.

Durante este período, o destaque vaipara António Reis Valério, que conseguiusagrar-se novamente campeão, fruto dos1.145 pontos conquistados. É a quarta vezconsecutiva que o concorrente do Millen-nium bcp arrecada o primeiro prémio.

No segundo lugar, a alguma distância,ficou Camilo Lopes Santos (Montepio Ge-ral), com um total de 910 pontos, enquan-to Bruno Ferreira (Banco Popular) termi-nou em terceiro, com 815, alcançandoainda o feito de pescar o maior exemplardo dia, um pargo com 32,5 cm.

Com os oito primeiros classificados aqualificarem-se para a final nacional, dia31 de maio em Vilamoura, os restantesconcorrentes ficaram ordenados da se-guinte maneira: 4.º Camilo Augusto Baía(Santander Totta), 670 pontos; 5.º PauloJorge Bettencourt (Banif Angra), 545; 6.º

Luís Manuel Ferreira (Santander Totta),520; 7.º José Manuel Rosa (CGD Funchal),505; 8.º João Nogueira Nunes (SantanderTotta), 455; 9.º Luís Fernando Patas (San-tander Totta), 455; 10.º António PernaSemião (Banif Ponta Delgada), 340.

Na classificação por equipas, a SecçãoSindical Regional de Setúbal foi a vencedo-ra, com 12 pontos. O GD Santander Totta,com 18 pontos, e o GDCT Unicre, com 42,ocuparam o segundo e terceiro lugares,respetivamente.

Por volta das 20h00, realizou-se umjantar-convívio num restaurante da cida-de, que serviu igualmente para a entregados prémios. Este ano, a organização deuinício à atribuição do prémio de Colabora-dor Honorário, com o primeiro nomeado aser Vítor Rosa Luís, colaborador (delegadode mar) desde o início da modalidade.

Pesca de Mar

Artur Pereira Silva vence 1.ª provaPeniche marcou o arranque

de mais um campeonatode pesca de mar, que contou

com a participaçãode 43 pescadores

o segundo classificado. A terceira posiçãofoi para José Carlos Bernardino (Clube Mil-lennium bcp), com 15.260 pontos. A com-pletar o lote dos cinco primeiros ficarammais dois pescadores do Banco BPI: DavidGlória Franco ficou em quarto lugar, com14.740 pontos, e Carlos Brandão Silva emquinto, com 14.280.

Destaque para o maior exemplar do dia,uma tainha de 1.540 gramas, capturada porJosé António Silva Duarte (Banco BPI).

A nível coletivo, o Banco BPI, de ArturPereira Silva, Carlos Brandão Silva, JorgeSaraiva Ribeiro e Manuel Santos Carvalho,terminou na primeira posição, com 21 pon-tos. Seguiu-se a equipa Millennium A (Mi-llennium bcp), composta por José CarlosBernardino, António Conceição Marques,

O34.º Campeonato Interbancário dePesca de Mar é composto por duasprovas que antecedem a final do

Sul e Ilhas, marcada para 24 de maio, emPeniche. Esta cidade do litoral português foio palco da primeira prova, realizada a 15 demarço, e que terminou com a vitória deArtur Pereira Silva. O concorrente do BancoBPI conseguiu 38.520 pontos contra os32.940 de João Nunes da Silva (Clube Banif),

Francisco Cruz Garcia e Nuno Chapado Silva,com 33 pontos. No último lugar do pódio,com 59 pontos, ficaram João Nunes da Silva,João Filipe Cabrita, Sérgio Canana Panela eCarlos Alberto Alves, pertencentes ao Clu-be Banif.

A 2.ª prova deste campeonato realiza-seno dia 26 de abril, em Porto Covo. Daremosconta dos respetivos resultados em futuraspublicações.

A equipa da Regional de Setúbalarrecadou o 1.º lugar

O campeão exibe o prémio

O vencedor no momento da pesagemdo peixe

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Bancários Sul e Ilhas

Futsal

Hegemonia lisboeta nos quartos-de-finalNo arranque da fase finalhouve de tudo um pouco.

Conjunto de resultados deixaapenas uma certeza:

o troféu fica na capital

Afase final do 38.º Torneio NacionalInterbancário de Futsal iniciou-seno dia 22 de março com a realiza-

ção dos jogos dos quartos-de-final, noPavilhão da CGD. Com muito apoio vindodas bancadas, as partidas ficaram marca-das pelos golos, emoção e nervos de aço.

No primeiro desafio, a Team Foot Acti-vobank venceu os Ilhéus (Horta), por 5-2.Jogo praticamente de sentido único ondeRogério Gomes, um dos melhores marca-dores da equipa, apontou dois golos. Aointervalo, o resultado fixava-se em 4-1com a etapa complementar a conhecermais dois golos, um para cada lado.

O embate entre Uniteam (Setúbal) eSS Montepio Geral não podia ter tidomais emoção. Bruno Fonseca adiantou aequipa do Montepio, aos 9', mas PauloGuerreiro, cinco minutos depois, resta-

beleceu a igualdade. Na 2.ª parte o filmerepetiu-se. Bruno Fonseca bisou no pri-meiro minuto mas a festa durou pouco,já que Rui Santos fez o empate para aUniteam, aos 5'. Depois de um prolonga-mento sem golos, a decisão chegou atra-vés das grandes penalidades.

Carlos Santos, da equipa setubalense,falhou a conversão ao terceiro penalty.José Mourata teve nos pés a hipótese devitória para os SS Montepio, mas tam-bém ele não conseguiu marcar. Rui San-tos, da Uniteam, no castigo máximo quepodia dar o empate, não conseguiu batero guardião Carlos Sequeira e entregou avitória aos SS Montepio, numa grandepartida de futsal.

Já o Banco BPI não teve dificuldadespara vencer os Albi-bancários (CasteloBranco), por 6-1. Sérgio Rola bisou, comJosé Alcaso a fazer o tento de honra paraa equipa albicastrense.

No último jogo, entre GD SantanderTotta e Banif´s (Madeira), a emoção tam-bém esteve presente: 1-1 era o resultadono final do tempo regulamentar. No pro-longamento, os três golos da equipa doSantander foram suficientes para contra-riar o tento dos Banif´s, tendo o jogo termi-nado ao intervalo devido à regra do golode prata. As meias-finais realizaram-se a29 de março e a final teve lugar no dia 13de abril. Daremos conta dos respetivosresultados em futuras publicações.

Ainda há vagas para algumas viagensSe ainda não planeou uns

merecidos dias de descanso,o Sindicato tem vagas em

algumas viagens. E, para os maisnovos, as colónias de férias são

uma excelente oportunidadede convívio e aprendizagem.

As inscrições estão abertasaos sócios do SBSI e dos

restantes sindicatos da Febase

APrimavera já chegou, o que significaque é altura de começar a projetaras férias. Se está sem planos, o SBSI

ainda tem vagas em programas diversifi-cados. Caso pretenda fazer uma viagem,pode optar por um cruzeiro pelo Mediter-râneo, de 18 a 31 de julho. O preço por

Crianças e jovens

O SBSI também preparou um conjuntode atividades a pensar nos jovens. Ascolónias de férias são o local ideal para odivertimento, ao mesmo tempo que sefomentam novas amizades. De 19 de julhoa 2 de agosto e destinado a jovens dos 7aos 17 anos, este programa tem o preçopor participante de 382,50 €.

O curso de língua inglesa, na sempreapetecível Londres, é também uma boaaposta. O preço é de 2.060 € por partici-pante e o período vai de 20 de julho a 2de agosto.

Os interessados devem contactar a Sec-ção Administrativa do SBSI, podendo asreservas serem feitas no imediato. Paramais informações, utilize os seguintescontactos: 213 216 021/022/003/005;[email protected] ou a revista deFérias e Lazer, disponível no sítio do Sindi-cato em www.sbsi.pt

pessoa, em camarote duplo, vai desde3.125 € a 3.360 €.

Se prefere ficar por terra, o norte deÁfrica é um ótimo destino. De 7 a 16 desetembro, fique a conhecer as maravilhasde Marrocos, onde a presença portuguesaainda é bastante visível. O preço por pes-soa em quarto duplo é de 1.355 €.

Ainda por terras africanas, a Tunísiaé também um local apetecível. A via-gem está marcada de 4 a 11 de outubroe o preço por pessoa em quarto duplocifra-se nos 810 €.

Outro país com uma forte influêncialusa é o Sri Lanka. De 27 de setembro a8 de outubro, fique a conhecer a terra queum dia já se chamou Ceilão. O preço é de2.300 €• por pessoa em quarto duplo.

Os fascínios do Oriente são motivo paranão perder a viagem que o levará à Malá-sia, Singapura, Timor, Bali e Jakarta, de 25de outubro a 9 de novembro. O preço porpessoa em quarto duplo é de 4.535 €.

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