14/mar/2018 – aula 6 ciclos termodinâmicos reversíveis ... · exemplo: expansão isotérmica...

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1 16 e 21/Mar/2018 – Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais Entropia no ciclo de Carnot e em qualquer ciclo reversível Variação da entropia em processos irreversíveis Diagramas TS Entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica; formulações de Clausius e de Kelvin-Planck Segunda Lei da Termodinâmica e reversibilidade Entropia, desordem e probabilidade 14/Mar/2018 – Aula 6 Ciclos termodinâmicos reversíveis Diagrama PV e eficiência do Ciclo de Carnot Ciclo de Otto (motores a gasolina): processos e eficiência Ciclo de Diesel: processos, eficiência e trabalho Comparação entre os ciclos de Otto e de Diesel Motor de Stirling: processos e eficiência

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1

16 e 21/Mar/2018 – Aula 7

EntropiaVariação da entropia em processos reversíveisEntropia e os gases ideaisEntropia no ciclo de Carnot e em qualquer ciclo reversívelVariação da entropia em processos irreversíveisDiagramas TSEntropia e a Segunda Lei da Termodinâmica; formulações de Clausius e de Kelvin-PlanckSegunda Lei da Termodinâmica e reversibilidadeEntropia, desordem e probabilidade

14/Mar/2018 – Aula 6

Ciclos termodinâmicos reversíveisDiagrama PV e eficiência do Ciclo de Carnot

Ciclo de Otto (motores a gasolina):processos e eficiência

Ciclo de Diesel:processos, eficiência e trabalho

Comparação entre os ciclos de Otto e de Diesel

Motor de Stirling: processos e eficiência

22

Aula anterior

Ciclos termodinâmicos reversíveis

Reservatório a alta temperatura TH

Reservatório a baixa temperatura TL

W

QH

QL

Ciclos reversíveis

L

H

L

H

T

T

Q

Q=

Nos ciclos reversíveis, o quociente entre as quantidades de calor transferido pode ser substituído pelo quociente entre as temperaturas absolutas

33

Aula anterior

Diagrama PV do Ciclo de Carnot

Compressão adiabática

Compressão isotérmica

Expansão isotérmica

Expansão adiabática

Expansão isotérmicaa TQ

Expansão adiabática

Comp.

adiabática

Compressão isotérmica a TF

a

b

c

d

44

Aula anterior

Eficiência do Ciclo de Carnot

Qualquer máquina reversível que realize um ciclo entre duas temperaturas TH e TL tem a mesma eficiência.

Qualquer máquina irreversível que realize um ciclo entre as mesmas duas temperaturas tem uma eficiência menor que a da máquina reversível.

H

L

H

L

T

T1

Q

Q1ε −=−=

∆∆∆∆Uint = 0

W = QH - QL

55

Aula anteriorCiclo de Otto (motores a gasolina)

(1) O→→→→A Admissão do combustível: a mistura

ar-combustível entra no cilindro à pressão

atmosférica e o volume aumenta de V2 para V1

à medida que o pistão se move para baixo.

(2) A→→→→ B Compressão adiabática: o pistão

desloca-se para cima, reduzindo o volume de

V1 para V2.

(3) B→→→→C Aquecimento isocórico: T aumenta rapidamente à medida que a

energia (interna) do combustível é convertida em calor; durante um

pequeno intervalo de tempo, a pressão aumenta rapidamente enquanto

o volume permanece constante.

(4) C→→→→D Expansão adiabática: como a pressão aumenta, o volume

aumenta novamente de V2 para V1.

(5) D→→→→A Arrefecimento isocórico: o calor é libertado e a pressão baixa.

(6) A→→→→O Exaustão dos gases residuais: os gases residuais saem do

cilindro e o volume reduz-se de V1 para V2.

Processos adiabáticos

66

(admitindo que a mistura ar-combustível se comporta como um gás ideal)

(e dado que B →→→→ C e D →→→→ A

são processos isocóricos) :

)T(TnCQ BCVH −= = −= −= −= −L V A DQ nC (T T )

A partir de

−−−−= −= −= −= −

−−−−

A D

C B

T Tε 1

T T

= = −= = −= = −= = −L

H H

QWε 1

Q Q

Eficiência do ciclo de Otto

Aula anterior

em que r = V1/V2 é a taxa (ou razão) de compressão

1

2

1

r

11

1-

V

V

11ε

−−=

γ

−=γγγγ

7

Aula anterior

Num ciclo de Diesel, só existe ar no

cilindro durante a compresssão.

O combustível é injectado no cilindro

quando a temperatura atinge a

temperatura de ignição, perto do fim

da compressão.

Após a ignição, a mistura ar-

combustível sofre uma expansão a

pressão constante até um volume

intermédio, seguida por uma

expansão adiabática.

Quando o pistão atinge a posição

mais elevada, a válvula de exaustão é

aberta, provocando a saída de

energia a volume constante.

Ciclo de Diesel

B

CC

V

Vr ===== A

B

Vr

V

Processos adiabáticos

88

Eficiência e trabalho do ciclo de Diesel

Admitindo que a mistura ar-combustível se comporta como um

gás ideal diatómico, a eficiência e o trabalho num ciclo de Diesel

ideal podem ser aproximados por:

em que ∆∆∆∆V é o volume deslocado por cilindro, expresso em cm3

(((( ))))−−−−

−−−−= − ⋅= − ⋅= − ⋅= − ⋅

−−−−

c1

c

r 11ε 1

r 1r

γγγγ

γγγγ γγγγ

(((( )))) (((( )))) ====

W γ -1 γc c

∆V 7 5r r - 1 - r - 1

1 2 210 1 -

r

(((( )))) (((( ))))

(((( )))) (((( ))))

−−−−−−−−−−−−

γγγγε

P C B V D AH L D A

H H P C B C B

C T -T C T -TQ Q T -TW= = = = 1

Q Q C T -T T -T

Aula anterior

99

Motor de Stirling

Utiliza um gás como substância

de trabalho.

O rendimento aproxima-se

bastante do do ciclo de Carnot.

O princípio de funcionamento é

bastante simples: uma certa

quantidade fixa do gás é transferida

entre as extremidades fria e quente

dum cilindro.

Um pistão obriga o gás a deslocar-se

e outro é responsável pelas variações

do volume interno que acompanham

as expansões e compressões do gás.

T

41

2 3

V2V1

T1

T2

Aula anterior

1010

Aula anterior

Processos do Motor de Stirling (gás ideal monoatómico)

T

41

2 3

V2V1

T1

T2( ) ( ) 0W0TTnR2

3TTCQ 121212V12 =>−=−=

= = = > =

∫ ∫2 2

1 1

V V

223 2 2 23 23

1V V

VdVQ PdV nRT nRT ln 0 Q W

V V

( ) ( ) 0W0TTnR2

3TTCQ 342121V34 =<−=−=

1 1

2 2

V V1

41 1 1 41 412V V

VdVQ PdV nRT nRT ln 0 Q W

V V

= = = < == = = < == = = < == = = < =

∫ ∫∫ ∫∫ ∫∫ ∫

Aquecimento isocórico a VL , 1 →→→→ 2

Expansão isotérmica a TH , 2 →→→→ 3

Arrefecimento isocórico a VH , 3 →→→→ 4

Compressão isotérmica a TL , 4 →→→→ 1

11

Entropia

A entropia de um sistema (S) é uma variável termodinâmica associada com a Segunda Lei da Termodinâmica e directamente relacionada com a irreversibilidade.

A entropia é a medida do grau de desordem dum sistema termodinâmico fechado (maior entropia ⇔⇔⇔⇔ maior desordem).

Macroscopicamente, é possível determinar a variação de entropia do sistema mas não o seu valor para um dado instante.

nRTdQ = dW = pdV = dV

V

Exemplo: expansão isotérmica infinitesimal de um gás ideal

=dV dQ

V nRT

12

Num processo reversível, a variação de entropia dS devida àtransferência de uma quantidade infinitesimal de calor dQ àtemperatura (absoluta) T é dada por:

Para variações finitas, quando o sistema termodinâmico é levado de um estado de equilíbrio a para outro estado de equilíbrio b ao longo de uma transformação reversível, a variação de entropia pode ser determinada por integração de dS:

Variação da entropia em processos reversíveis

T

dQdS =

∫∫ ==−=b

a

b

aab

T

dQdSSS∆S

=ddV

V

Q

nRT

13

A variação de entropia para um gás ideal que passe de umestado de equilíbrio caracterizado por ( Ti ,Vi ) para outro estadode equilíbrio ( Tf , Vf ) através dum processo reversível quase-estático é dada por:

= + = +int V

dVdQ ∆U P dV nc dT nRT

V= +V

dQ dT dVnc nR

T T V

∆∆∆∆ S depende apenas dos estados inicial e final e não do caminho entre eles ⇔⇔⇔⇔ a entropia é uma função de estado.

dVPdST∆U int −=

Note que se pode escrever

Identidade fundamental da Termodinâmica

Entropia e os gases ideais

ln ln= = +∫f

f fVi

i i

T VdQ∆S nc nR

T T V

14

Num ciclo de Carnot, a transferência de calor ocorre apenas nas duas transformações isotérmicas

⇒⇒⇒⇒ a variação de entropia é dada por

Mas como (para um ciclo de Carnot)

Variação da entropia no ciclo de Carnot

H

HBA

T

QS∆ =→A→→→→B

C→→→→D→ = −

LC D

L

Q∆S

T

= −LH

H L

QQ∆S

T T

L

L

H

H

H

L

H

L

T

Q

T

Q

T

T

Q

Q=⇒=

∆∆∆∆S = 0

15

Qualquer ciclo reversível pode ser representado por um conjunto de ciclos de Carnot

0T

Q=∑

Variação da entropia em qualquer ciclo reversível

0T

dQ=∫

(integral ao longo duma linha fechada)

∆∆∆∆S = 0 (processo isentrópico)

16

Para quaisquer dois estados de equilíbrio, a e b, num ciclo reversível

∆∆∆∆S entre dois estados de equilíbrio é independente do caminho escolhido ⇔⇔⇔⇔ a entropia é uma função de estado.

a

b

2

1

P

V

0dSdS∆S2

a

b1

b

a

=+= ∫∫

Variação da entropia em qualquer ciclo reversível (cont.)

0dSdS2

b

a1

b

a

=− ∫∫

2

b

a1

b

a

dSdS ∫∫ =

17

Considere 1 kg de gelo a 0 ºC que se derrete muito lentamente em águaa 0 ºC (processo reversível). Admita que o gelo está em contacto com um reservatório cuja temperatura é apenas infinitesimalmente superior a 0 ºC.Determine:

a) a variação de entropia associada à massa de gelo a derreterb) a variação de entropia do reservatório

a) O processo é efectuado a temperatura constante (T = 273 K) e podeser considerado reversível:

∫ ∫ ===T

QdQ

T

1

T

dQ∆Sgelo

Calor necessário para fundir o gelo: Q = m L, com L = 3,33 ×××× 105 J/kg

×= = =

5

gelo

mL (1kg)(3,33 10 J/Kg)∆S 1220 J/K

T 273K⇒

18

b) A mesma quantidade de calor (Q = m L ) é removida do reservatório (conservação de energia):

J/K 1220T

Q∆Sres −=−=

a variação total de entropia é nula :

0∆S∆S resgelo =+

Considere 1 kg de gelo a 0 ºC que se derrete muito lentamente em água a 0 ºC . Admita que o gelo está em contacto com um reservatório cuja temperatura é apenas infinitesimalmente superior a 0 ºC.Determine:

a) a variação de entropia do gelob) a variação de entropia do reservatório

19

Variação da entropia em processos irreversíveis

A definição de ∆∆∆∆S dada anteriormente só é válida para processos reversíveis. No entanto, como a entropia é uma variável de estado, a sua variação só depende dos estados final e inicial.

Assim, para um sistema que efectue um processo irreversível entre dois estados de equilíbrio, é possível determinar a sua variação de entropia a partir da expressão anterior, calculando-a para qualquer caminho reversível que ligue esses dois estados.

20

Exemplo: uma caixa isolada termicamente é dividida por uma membrana em dois compartimentos iguais, de volume Vi . Inicialmente, só um dos compartimentos está ocupado por n moles de um gás ideal à temperatura T. A membrana é retirada e o gás expande-se rapidamente, ocupando os dois compartimentos. Qual é a variação de entropia?

Num diagrama PV para este processo só é possível representar Vf = 2Vi , Pf = ½Pi e Tf = Ti.

f

i

V

PTrata-se de uma expansão livre adiabática, naqual Q = 0, W = 0 e ∆∆∆∆Uint = 0 . O sistema passapor vários estados de não-equilíbrio até chegarao estado final (de equilíbrio).

Variação da entropia em processos irreversíveis (cont.)

21

No entanto, admitindo que se pode passar do estado inicial para o final através de um processo isotérmico quase-estático reversível:

f

i

V

P

IsotérmicaV

dVTRndVPdQ ==

2RnV

VRn

V

dVRn

T

dQ∆S

i

fV

V

f

i

f

i

lnln ==== ∫∫

Variação da entropia em processos irreversíveis (cont.)

22

Considere 1 kg de água a 0 ºC que é aquecido até 100 ºC . Determine a variação de entropia.

Neste caso, a temperatura não se mantém constante

dQ = m c dT⇒⇒⇒⇒

1

2T

T T

Tcm

T

dTcm∆S

2

1

ln== ∫

=××=273

37341861,0 ln

⇒⇒⇒⇒

J/K 1310=

− −= 1 1águac 4186 J kg K

23

Ciclo de Carnot

Diagramas TS

dVPdST∆U int −=

24

Num diagrama TS, a área abaixo da curva representa a quantidade de calor de um processo reversível.

T

s

P=c

V=c

1

2

∫=

2

1

12 dsTq

Diagramas TS (cont.)

Processo reversível

25

Entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica

Quando um sistema sofre um processo entre dois estados de equilíbrio, a entropia total (sistema + ambiente) não pode diminuir.

∆S ≥ 0

26

Se se pudesse construir uma

máquina frigorífica à qual não fosse

necessário fornecer trabalho, então a

entropia total da máquina e dos

reservatórios de calor diminuiria,

violando a 2ª Lei enunciada em

termos da entropia.

Entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica (Clausius)

0T

Q

T

Q∆S

LH

<−=

Frigoríficocom W = 0

Q

Q

Reservatório a alta temperatura TH

Reservatório a baixa temperatura TL

27

Se fosse possível construir uma

máquina térmica ideal,

então a entropia total da

máquina e dos reservatórios de

calor diminuiria, violando a 2ª

Lei enunciada em termos da

entropia.

Entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica (Kelvin-Planck)

0T

Q∆S

H

<−=

W

Q

Reservatório a alta temperatura TH

Reservatório a baixa temperatura TL

Máquina térmica

ideal

28

Segunda Lei da Termodinâmica e reversibilidade

A 2ª Lei formulada em termos da entropia só estabelece que a

entropia do sistema e do ambiente (Universo) nunca pode diminuir

quando o sistema efectua um processo. Portanto, a entropia total

pode aumentar ou manter-se.

A entropia total mantém-se constante se o processo for reversível

e aumenta se o processo for irreversível.

29

A tendência de todos os processos naturais é atingir um estado de maior desordem (todos os processos naturais são irreversíveis). No limite, a entropia do Universo tenderia para um valor máximo.

Entropia, desordem, probabilidade e configuração

A entropia pode ser interpretada microscopicamente em termos da desordem do sistema.

Quando se fornece calor a uma substância, a aleatoriedade dos movimentos moleculares aumenta (a entropia dum gás aumentadurante uma expansão livre devido ao aumento da aleatoriedade da posição das moléculas do gás).

Para este valor, o Universo estaria num estado de equilíbrio, com densidade e temperatura uniformes. Neste estado, todos os processos físicos (e químicos e biológicos …) acabariam, dado que um estado de desordem total implica que não existe calor disponível para realizar trabalho ⇒⇒⇒⇒ morte térmica do Universo ...

30

Processo Característica Trabalho CalorVariação da

energia internaVariação da

entropia

Isocórico

Isobárico

Isotérmico

Adiabático

Resumo para um gás ideal

0V∆ =

0p∆ =

0T∆ =

0Q =

0

p V∆

2

1

V

V

p dV∫2

1

V

V

p dV∫

Vn c T− ∆

Vnc T∆

Vn c T∆

Vnc T∆

0

Vnc T∆

pnc T∆

0

∫ VncdT

T

∫ Pn cdT

T

2

1

∫V

V

pdV

T

0

31

Em Física Estatística, a entropia de um sistema está relacionada com a probabilidade desse sistema existir num dado estado (configuração).

Entropia, desordem, probabilidade e configuração (cont.)

S = kB ln ΩΩΩΩ Relação de Boltzmann

em que ΩΩΩΩ é a probabilidade do sistema se encontrar num dado estado relativamente a todos os estados possíveis em que pode existir.

32

Entropia, desordem, probabilidade e configuração (cont.)

Temperatura aumenta

Energia aumenta

Volume mantém-se

Concentração mantém-se

Entropia

(térmica)

aumenta

Entropia

(configuracional)

mantém-se

33

Temperatura mantém-se

Energia mantém-se

Volume aumenta

Concentração diminui

Entropia

(térmica)

mantém-se

Entropia

(configuracional)

aumenta

Entropia, desordem e probabilidade (cont.)

34

Um sistema absorve 200 J de calor reversivelmente de um reservatórioa 300 K e rejeita 100 J reversivelmente para outro reservatório a 200 K enquanto muda do estado A para o estado B. Durante este processo, o sistema realiza 50 J de trabalho. Determine:

a) a variação na energia interna do sistemab) a variação na entropia do sistemac) a variação da entropia nos conjunto dos dois reservatóriosd) a variação na entropia do universoe) se o sistema for de A para B irreversivelmente, qual é a alteraçãonas alíneas anteriores?

= + = + = + =H LH L

H L

Q Q 200 J -100 J∆S ∆S ∆S 0,167 J/K

T T 300 K 200 Kb)

a) 1ª Lei da Termodinâmica ⇒⇒⇒⇒ ( ) J50J50J100J200WQ∆U =−−=−=

d) = =U reserva tórios∆S ∆S + ∆S 0 J /K= − S )reservatórios(∆S ∆

e) Como SSISTEMA é uma função de estado ⇒⇒⇒⇒ ,J50∆U = J/K0,167∆S =

0∆SU >e

= − = −reservatórios∆S ∆S 0,167 J/KProcessos reversíveis c)

35

Considere o processo representado na figura, efectuado por n molesde um gás ideal. Sabendo que P = a V e Vf = x Vi , com a e x constantes,avalie a variação de entropia entre os estados i e f .

Da figura, obtém-se Pf = a Vf = a.x Vi = x Pi . A variação de entropia (queé uma função de estado) não depende do caminho usado. Por exemplo:

( )

ln ln ln ln

ln ln ln ln ln

⋅ ⋅= + = + = ⋅ ⋅

+= + = + = + =

j j jf f f

i j i i j j

f fP V P

i i

T T∆S C C C C

T T

P V R R 1C C n c c x n x n R x

P V -1 -1 -1

V P V P

V VP P

V

P V P V

P V P V

γ γ

γ γ γ

P

Pf

Pi

Vf VVi

i

f

P

Pf

Pi

Vf VVi

i

fj

36

Dois recipientes adiabaticamente isolados, de volumes V1 e V2 , contêm (cada um) n moles do mesmo gás à pressão P e às temperaturas T1 e T2 . Determine a variação de entropia depois de se ter aberto a ligação entre os dois recipientes.

V1V2

T , P

2 n

T , P

Processo isobárico : ln=1 P1

T∆S nc

Tln=2 P

2

T∆S nc

T

Equilíbrio térmico : = + ⇒ = +1 2 V V 1 V 2U U U 2 nc T nc T nc T

⇒+

=⇒2

TTT 21

V1V2

T1 , P

n

T2 , P

n

37

Dois recipientes adiabaticamente isolados, de volumes V1 e V2 , contêm (cada um) n moles do mesmo gás à pressão P e às temperaturas T1 e T2 . Determine a variação de entropia depois de se ter aberto a ligação entre os dois recipientes.

V1V2

T , P

2 n

T , P

V1V2

T1 , P

n

T2 , P

n

( )0

TT4

TTC

T2

TT

T2

TTC∆S∆S∆S

21

2

21P

2

21

1

21P21 ≥

+=

++

+=+= lnlnln

porque( ) ( )

0TT4

TT1

TT4

TT

21

2

21

21

2

21 ≥+

⇔≥+

ln

Nota : se T1 = T2 ⇒⇒⇒⇒ ∆∆∆∆S = 0

38

Considere uma caixa (à temperatura T) está dividida em duas metadesidênticas por uma membrana impermeável. Um dos lados estáocupado por 1 mole de um gás ideal A e o outro por 1 mole de um gásideal B. Determine:a) a variação de entropia depois de se ter retirado a membrana e osdois gases se terem misturadob) a variação de entropia se os dois gases fossem iguais.

( )( )= = = = = = +

∫ ∫∫ A B

P dV nRT 1/V dV∆Q ∆W∆S nR 1/V dV ∆S ∆S

T T T Ta)

( )ln ln

= =

fA

iA

V∆S 2 nR 2 nR 2

V( )( ) ( )ln= ⋅ =2 1mol 8,314 J/mol K 2 11,5 J/K

b) Como as moléculas agora são indistinguíveis, a entropia não varia.

=

Ai

Af

AV

VRn∆S ln

=

Bi

Bf

BV

VRn∆S ln c/ ViA = ViB , Vf A = Vf B ,

VfA= 2 ViA , VfB= 2 ViB